O PAPEL DESEMPENHADO PELO PROGRAMA LEXT-OESSTE E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO E PARA O EXERCÍCIO PROFISSIONAL Larissa dos Santos Gomes Resumo O presente artigo refere-se ao trabalho de conclusão de curso realizado sobre o papel do estágio na formação profissional. Foi realizada uma pesquisa com os egressos do Programa Lext-Oesste e com os atuais extensionistas e estagiários, abordando o processo de trabalho a partir do qual as atividades no Lext-Oesste são organizadas e relacionando-o com o processo de trabalho do Serviço Social. Os resultados indicam as contribuições do estágio nesse campo para a atuação profissional, onde os egressos apontam para a atuação a partir dos conhecimentos adquiridos no período de formação e os estagiários, para a contribuição no entendimento dessas atividades. Palavras-chave: Formação profissional, trabalho profissional e processo de trabalho. INTRODUÇÃO A inserção no Programa Lext-Oesste deu-se, em um primeiro momento, no sentido de observar e conhecer a dinâmica das ações desenvolvidas nesse campo de estágio na condição de aluna extensionista. No segundo momento, como estagiária, atuei em uma atividade de assessoria desenvolvida no segundo semestre de 2006 que tratava da construção de instrumentos para a atuação do assistente social, onde, nesse caso, foram construídos quatro jogos em articulação com a equipe de assistentes sociais da Vara de família do Fórum de São Gonçalo, e a segunda experiência foi com o público da terceira idade através do Projeto Tempo de Aprender, uma experiência desenvolvida desde 2005, que atualmente é o grupo para o qual nossas ações estão voltadas. Segundo IAMAMOTO (1998: 268): O estágio constitui um momento da formação profissional que articula teoria e prática em meio ao processo de aprendizagem do aluno em relação às dimensões teórico-metodológicas, técnico-operativa e ético-política, sendo um momento da vida acadêmica do aluno onde ele terá a oportunidade de vivenciar a dinâmica da profissão escolhida. Entendendo o espaço do estágio como um espaço onde serão construídas respostas para as demandas identificadas na realidade a partir de um determinado referencial teórico, o que caracteriza o processo de trabalho do assistente social, nesse sentido o estágio, em articulação com o conteúdo das demais disciplinas que compõem a formação em 1 Serviço Social, vai capacitar o aluno para intervir em diferentes situações que irão surgir em seu cotidiano profissional. O estágio é um dos espaços privilegiados de contato direto dos acadêmicos com o cotidiano institucional no mercado de trabalho, como as experiências de trabalho desenvolvidas por assistentes sociais e outros profissionais afins. O Programa Lext-Oesste (Laboratório de Extensão-Organização de Experiências em Serviço Social, Trabalho e Educação) é um programa de Extensão da Universidade Castelo Branco e atua a partir de sete frentes, que chamamos de NAE – Núcleo de Atividades Extensionistas, são eles: Adolescente, Comunidade, Criança, Família, Mulher, Terceira Idade e Trabalhador. Através dessas frentes de atuação realiza-se o conjunto de atividades que compõem o Programa Lext-Oesste e que são organizadas a partir de nossas linhas de ação, são elas: Estágio Supervisionado, capacitação de equipes profissionais, ações interventivas, atividades investigativas, cursos, produção de material pedagógico e publicações. O mercado de trabalho, que se organiza a partir de exigências mais restritas, demanda hoje, majoritariamente, por profissionais com uma boa qualificação técnicooperativa atendendo a uma necessidade de mercado, onde o objetivo é atender às solicitações da população de forma mais imediata possível causando a impressão de uma boa atuação, mas que revela a ausência de uma preocupação com a efetiva transformação social. Esse mercado de trabalho que demanda por profissionais meramente operativos constitui um grande desafio ao profissional que busca compreender a realidade social analisando e refletindo teoricamente sobre ela, sendo o assistente social um trabalhador assalariado que muitas vezes atua em condições que não favorecem a reflexão teórica e crítica sobre seu próprio fazer profissional; nesse sentido, em que medida os profissionais que compartilham dessa concepção conseguem estabelecer em seu cotidiano espaços onde possam refletir sobre o seu fazer profissional? Ou apenas os profissionais incorporam as dimensões técnico-operativas que são trabalhadas durante o estágio e a formação de maneira geral? Mas será que essa vivência em um campo de estágio que investe em uma formação diferenciada, de fato, resulta na qualificação de novos sujeitos profissionais que buscam apresentar em seus respectivos campos de atuação profissional os reflexos dessa formação diferenciada? O objetivo geral do trabalho foi analisar os egressos, estagiários e extensionistas do Programa Lext-Oesste, identificando o papel do estágio na formação profissional. E os 2 objetivos específicos se dividem em: analisar o perfil das atividades desenvolvidas pelos egressos, estagiários e extensionistas no período de inserção no Programa Lext-Oesste; investigar em que medida as preocupações e formas de condução do Programa com as atividades desenvolvidas foram ou poderão ser incorporadas e como no cotidiano profissional dos egressos, dos estagiários e dos extensionistas do Programa Lext-Oesste; e avaliar quais as principais contribuições identificadas a partir da experiência no Programa Lext-Oesste em relação à compreensão sobre o trabalho do assistente social. DESENVOLVIMENTO A relação estabelecida entre a educação, instituições que atuam com essa política e o mercado constitui uma relação de cumplicidade, assim a educação se torna um recurso utilizado para atender às demandas estabelecidas pelo mercado onde a lógica da mercadoria acaba sendo incorporada, transformando os sujeitos e as relações estabelecidas nessa dimensão em algo que ao invés de possuir um valor humano passa a possuir um valor de mercado. Essa educação não é capaz de oferecer subsídios para que os indivíduos sejam capazes de elaborar uma análise crítica sobre a realidade, tendo um modelo que mantém os indivíduos domesticados, oprimidos, em posição acrítica e passiva, impedindoos de buscar sua autonomia enquanto sujeitos sociais. Sendo o mercado a esfera que orienta todas as relações sociais, a educação a qual nós temos acesso hoje é uma educação que visa atender as suas necessidades e também submetida aos interesses da classe dominante, que busca a manutenção e a permanência de seu poder. Para estar apto a servir a esse mercado, os indivíduos se tornam alvo de uma preparação que não consiste somente em aperfeiçoar habilidades e conhecimentos técnicos, mas que os manipule de forma a facilitar sua dominação. O processo de mercantilização se faz presente no campo educacional de duas maneiras. Uma interferindo na forma como essa educação é conduzida, visando preparar os indivíduos para atender as demandas do mercado e outra transformando a educação em mais uma mercadoria a ser ofertada pelo mercado, onde o acesso e a qualidade desse serviço vão estar diretamente ligados ao valor que cada um está disposto ou tem possibilidade de pagar. Em meio às reformas de Estado, com a finalidade de ajustar nosso país às exigências do mercado mundial e conseqüentemente do capital, diversas instâncias sociais 3 sofreram transformações, já que o mercado se afirma como árbitro das relações não só econômicas como também sociais, culturais e educacionais. Isso pode explicar a resistência das forças políticas à aprovação da proposta inicial da LDB que foi elaborada em meio a um processo de discussões em seminários, conferências e reuniões caracterizando um processo democrático de construção dessa proposta que, para ser aprovada, teve que ser submetida a inúmeras restrições e alterações, pois essa proposta inicial da LDB poderia representar uma ameaça aos interesses das forças políticas que submeteram a proposta da LDB a mudanças como condicionantes de sua aprovação; o fizeram objetivando a adequação da proposta ao projeto societário do interesse do governo em articulação com as exigências do mercado mundial. Logo, a LDB aprovada se correlaciona com a ideologia da desregulamentação, flexibilização e privatização. A realidade da educação de nível superior não é exclusiva dessa dimensão da educação, tanto a educação superior quanto os demais níveis da educação são submetidos à lógica do mercado à medida em que o acesso passa a ser mediado pelo consumo, o indivíduo só tem “direito” de ter acesso através da aquisição de um serviço ofertado pelo mercado. Com isso afirma-se a diretriz mercantilista a que vem sendo submetido o campo educacional no Brasil. A que assistimos e vivenciamos é uma transição da educação da esfera pública para a esfera do mercado, onde a educação perde seu caráter de construção de conhecimento e valorização da experiência dos indivíduos passando a ser uma transmissão de conhecimentos e fazendo dessa prática algo que pode ser vendido rendendo altos lucros para o mercado, além de um treinamento do aluno visando ofertá-lo ao mercado de trabalho como mais uma peça necessária para a acumulação do capital. A prática educativa se dá em meio a contextos históricos, culturais e políticos, ou seja, uma mesma concepção de prática educativa vai ser aplicada de maneira diferenciada de acordo com o contexto no qual ela vai estar inserida e dos interesses que perpassam essa esfera, nesse sentido é necessário desenvolver um olhar crítico sobre a concepção de educação trabalhada hoje pelo Estado e por outras instituições, pelas escolas e pelas universidades, que consiste em uma educação que em sua maior parte visa preparar e capacitar os indivíduos para a atuação no mercado de trabalho, essa relação acaba resultando em uma série de aspectos relevantes que hoje passam ao longo do campo educacional. 4 Entender a realidade que perpassa a prática profissional é importante também para a compreensão acerca das transformações no âmbito da formação, reconhecendo a articulação entre esses dois momentos. O contexto histórico não só é relevante para a atuação profissional, como parte integrante do trabalho do assistente social, como também se relaciona com a recente redefinição da formação profissional, onde no decorrer das décadas de 80 e 90 as reformas do Estado e as conseqüentes transformações vivenciadas na sociedade em função da lógica mercantilista trouxeram a necessidade de mudanças em todas as dimensões da profissão acarretando inevitáveis rebatimentos para a formação em Serviço Social. O currículo da formação em Serviço Social atualmente articula as disciplinas visando contemplar o aluno de forma que ele possa compreender a realidade social em sua totalidade e não cada dimensão isoladamente, de maneira fragmentada, o que possibilita uma articulação entre as dimensões histórica, política e as possibilidades profissionais que se colocam para o assistente social e essa capacidade de articulação é necessária para a atuação com qualquer segmento social. Na década de 80, o Serviço Social viveu um momento de reflexão sobre as dimensões da própria profissão e desse processo resultam o código de ética profissional, a lei de regulamentação da profissão de Serviço Social e as novas diretrizes gerais para o curso de Serviço Social. Esse conjunto de diretrizes vai estabelecer bases que irão orientar desde a formação até o trabalho profissional. Esse processo de articulação entre o Serviço Social e o contexto histórico deveria ter seu início ainda no âmbito da formação, o que possibilita também o envolvimento dos alunos na construção de alternativas elaboradas no âmbito acadêmico para os profissionais, onde a universidade, através da extensão universitária, tem essa dimensão de construção de novas propostas de ação profissional, como um dos compromissos que perpassam a relação entre a sociedade e a universidade enquanto espaço de produção de conhecimento. As diferentes demandas que surgem advindas das necessidades da sociedade em cada momento histórico são o objeto sobre o qual as diferentes profissões irão elaborar suas alternativas de atuação de acordo com o seu campo de intervenção. As mudanças e transformações que são identificadas nessas demandas da população vão se constituir em rebatimentos diretos nas formas de condução das diferentes profissões. As relações que são estabelecidas hoje na sociedade enquanto objeto e alvo da ação profissional é o que 5 determina uma ação articulada com a realidade da dinâmica na qual esse profissional se insere. No âmbito da formação profissional é preciso construí-la além da sala de aula, e a universidade, independente de ser uma instituição de caráter público ou privado, é uma instituição que tem como uma de suas características a relação com a sociedade e a participação do aluno no esforço de aproximação dessa instituição com a comunidade em geral é um caminho para que o aluno possa estabelecer essa relação com a realidade social ainda no espaço da formação e na condição diferenciada da condição de profissional, que no caso do aluno permite dúvidas, questionamentos e aprendizado para uma futura atuação na profissão. No entanto, o profissional de Serviço Social deve se apropriar de subsídios que não se limitem aos que se encontram disponíveis nos espaços institucionais para não reduzir sua atuação a um caráter meramente burocrático. Essa percepção pode, e precisa, começar a ser construída ainda na universidade identificando a necessidade de uma formação profissional que leve o estudante a construir o seu conhecimento não somente a partir do espaço da universidade, mas uma formação abrangente, que possibilite ao aluno a inserção e a participação em espaços para além dos muros da universidade, como seminários, palestras, fóruns e demais opções que levem esse estudante a ser sujeito de sua formação, viabilizando uma futura atuação mais política e crítica desse profissional em detrimento de uma formação moldada com limites restritos aos espaços da universidade, que pode resultar em uma concepção de profissão com esse mesmo caráter. Uma das dimensões do ofício do assistente social é a dimensão teórica e é ainda no período em que o estudante de Serviço Social encontra-se na graduação que ele vai iniciar sua capacitação para a elaboração dessas reflexões conhecendo e se apropriando dos instrumentais que vão possibilitar essas construções e também é o espaço em que o aluno entra em contato com os aportes teóricos que irão fundamentar suas observações possibilitando uma futura atuação profissional teoricamente sustentada, sendo essa articulação que vai diferenciar o posicionamento do profissional de um posicionamento pautado no senso comum, do qual todos somos detentores antes do contato com o mundo acadêmico e o estágio será um dos espaços onde o aluno terá a possibilidade de construir esta articulação no decorrer de sua inserção acadêmica. As ações que são desenvolvidas pelo Programa Lext-Oesste com os diferentes públicos são concebidas tendo como eixo orientador a relação existente entre o Serviço 6 Social, trabalho e educação, onde a inserção dessas categorias em um contexto histórico denomina sua alteração de acordo com a transformação da configuração da sociedade. A instauração de um novo padrão de produção demanda por mudanças no campo políticoideológico, com reflexos no campo da reprodução social como base de sustentação desse padrão de produção. Nesse caso, as transformações que ocorrem na esfera da produção, ou seja, no mundo do trabalho são acompanhadas por transformações no âmbito cultural, incluindo mudanças no campo educacional. No momento em que nasce o Programa Lext-Oesste a área da educação ainda não se constituía em um campo vasto para a inserção do Serviço Social, mas era identificada como uma área estratégica para investimento naquele momento. Um dos fatores que justifica esse interesse é a elevação do significado que a educação escolarizada passou a ter diante das transformações no mundo do trabalho, o que justifica o interesse da universidade e dos assistentes sociais em investigar esse campo. O Programa Lext-Oesste é um campo de estágio da Universidade Castelo Branco que se organizou a partir de ações que envolvem a dimensão interventiva e a dimensão investigativa do fazer profissional do assistente social, ou seja, o campo teórico-prático do fazer profissional, entendendo essas duas dimensões enquanto componentes que se articulam e não como componentes distintos. Essa compreensão se expressa na forma de organização e desenvolvimento das ações no cotidiano desse campo de estágio, onde a inserção do grupo de estagiários e extensionistas que compõe a equipe do programa ocorre no desenvolvimento de ações como planejamento, capacitação, avaliação, sistematização, assessorias, reflexões teóricas, socialização onde a realização dessas ações tem como pressuposto a supervisão realizada pelo professor responsável pelo campo. Essa pesquisa foi desenvolvida através das avaliações feitas pelos egressos, que se inseriram nesse campo e pelos atuais estagiários e extensionistas que ainda se encontram inseridos no Programa Lext-Oesste, a fim de analisar como os entrevistados situam o papel desenvolvido pela realização do estágio em sua formação profissional. O tipo de pesquisa escolhida para a realização desse estudo foi a pesquisa qualitativa, que segundo a abordagem da autora Minayo (2007) é um tipo de pesquisa que ocorre a partir de uma das características fundamentais do ser humano, a sua capacidade de reflexão que não pode ser apreendida através da pesquisa somente quantitativa. 7 O roteiro das entrevistas foi elaborado a partir dos eixos e dos objetivos que se encontram relacionados no quadro de análise, em anexo. Por se tratarem de dois grupos com características diferenciadas, lembrando que um grupo corresponde a profissionais que tiveram períodos de inserção no Lext-Oesste no decorrer de sua formação profissional e outro grupo ainda se encontra inserido no estágio, foram elaborados dois roteiros para entrevista onde algumas questões foram formuladas de maneira diferente considerando a particularidade de cada grupo. Cada etapa do roteiro se relaciona com um eixo e mesmo com formulações diferentes, as questões abordam o mesmo conteúdo no roteiro correspondente aos dois grupos. As categorias que foram utilizadas para a análise do material foram: ensino superior, buscando uma reflexão acerca da educação de maneira geral estabelecendo uma discussão até chegar ao ensino superior abordando algumas das questões que perpassam a realidade dessa política atualmente, tendo em vista o processo de mercantilização que estabelece uma correlação de forças entre a concepção de educação somente enquanto mercadoria e os espaços que atuam segundo essa política em uma dimensão de busca pela construção do conhecimento; formação profissional, enquanto categoria que relacionada ao ensino superior abrange dimensões como o ensino em sala de aula e a vivência no espaço do estágio como parte dessa formação; o Serviço Social, onde as transformações na realidade com a qual atua representam reflexos na formação dos profissionais que precisam desenvolver a capacidade teórico-metodológica para lidar com as demandas dos usuários que são alvo da ação profissional; processo de trabalho e trabalho profissional, onde a abordagem dessas duas categorias possibilita relacionar a atuação no estágio, através de seu processo de trabalho, com a atuação nos espaços ocupacionais em que o assistente social se insere. E os eixos que orientaram a análise dos conteúdos foram: trajetória de inserção no Programa Lext-Oesste e perfil das atividades desenvolvidas; relação entre as atividades desenvolvidas durante a inserção no Programa Lext-Oesste e as atividades que compõem o cotidiano do fazer profissional do assistente social; e o papel do estágio no processo de formação profissional e possíveis contribuições para o trabalho profissional. CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS A realização dessa pesquisa possibilitou o contato com profissionais que tiveram a inserção no Lext-Oesste como parte de sua formação profissional e foi possível perceber o 8 grande número de contribuições que a inserção essa prática trouxe para a atuação desses profissionais, assim como foi importante conhecer algumas experiências profissionais, mesmo que de forma breve. Algumas atividades foram incorporadas com maior intensidade no cotidiano profissional e outras nem tanto, porém, mesmo não sendo incorporadas em sua totalidade, o desenvolvimento dessas atividades ainda no decorrer do estágio contribuiu para a construção da postura profissional e para a condução do trabalho de maneira geral. Foi possível perceber também ao longo da pesquisa uma relação entre as falas do grupo de egressos, de estagiários e extensionistas que, embora participando em épocas diferentes, se inserindo em frentes diferentes, estando em períodos de estágio diferentes, percebem a dinâmica do Lext-Oesste de maneira parecida, o que demonstra o envolvimento do grupo na dinâmica do estágio de maneira comprometida com as concepções trabalhadas no Lext-Oesste, o que resulta em reflexos para a atuação profissional. O objetivo do Lext-Oesste de contribuir para a formação de profissionais com capacidade para pensar criticamente sobre a realidade e sobre seu próprio trabalho articulando a dimensão teórica e a dimensão metodológica é claramente expresso na fala dos entrevistados, expressando que esse comprometimento tem reflexos na formação e na atuação profissional. REFERÊNCIAS ALMEIDA, N. L. T. Retomando a temática da Sistematização da prática. Revista Em Pauta. n. 10. Rio de Janeiro: UERJ, 1997. ______. Extensão e Capacitação Permanente na Faculdade de Serviço Social da UERJ. Revista Em Pauta. n. 12. Rio de Janeiro: UERJ, 1998. ______. O projeto de formação profissional em Serviço Social e a universidade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ, 1996. ______. Assessoria e extensão universitária. Rio de Janeiro: [s.n], s/d. ______. Desafios contemporâneos para a formação profissional em Serviço Social. Rio de Janeiro: [s.n.], 1999. ______. Proposta de criação do Projeto Lext-Oesste. Rio de Janeiro, 2001. 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