TECNOLOGIAS DE REUSO DA ÁGUA • ÁGUA NEGRA: água proveniente de vasos sanitários (contém coliformes fecais). • ÁGUA CINZA OU ÁGUA SERVIDA: água proveniente de pias, chuveiros, máquinas de lavar roupas e pratos, tanques. SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES Fonte: www.pentagramaprojetos.com.br Com segurança e higiene torna a água útil para: - Rega de jardim; - Lavagem de veículos e calçadas. CAPTAÇÃO E APROVEITAMENTO DA ÁGUA DA CHUVA • Captar do telhado: armazenar e aproveitar em descargas de vasos sanitários, rega de jardim, lavagem de veículos e calçadas. • Combate a enchentes: Lei municipal (São Paulo) – obrigatória a execução de reservatório para águas coletadas por coberturas e pavimentos nos lotes, edificados ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 500 m2. INTERESSE EM: • Novas técnicas construtivas; • Soluções alternativas de obtenção de energia; • Tratamento de resíduos. CONTANDO COM: 1. Situação deficitária de habitação no país; 2. Incentivo à geração de emprego e renda; 3. Parâmetro para conjuntos habitacionais destinados a famílias de baixa renda. MATERIAIS • Único material realmente renovável na construção civil tradicional: MADEIRA • • • • Tijolos feitos com terra do local; Madeira de demolição ou de reflorestamento; Vidros de demolição; Piso de cerâmica (matéria-prima reaproveitada); • Cobertura em estrutura de bambu com telhas de demolição e telhado verde. MATERIAIS • • Tijolo modular (com ou sem cimento): feito de terra em prensa sem queimar, vazado para permitir a passagem da instalação e evitar quebras e desperdício de material Telha e forro: tubos de pasta de dentes ou COBERTURA embalagens longa PAREDES vida reciclados. Superfície aluminizada (25%) melhora o conforto térmico ESTRUTURA Madeira proveniente de manejo florestal – nativa ou plantada • PISOS Fabricado com óleo de linhaça, farinha de madeira, resinas naturais e pigmentos minerais • Tubos de PET (reciclado): para esgoto. • Tubos de PP (reciclável e atóxico): para água quente e fria. • Tubos de PEAD (reciclável e atóxico): para água fria e gás. Bar em pastilhas de casca de coco Torneira com sensor de presença (-77%) DOCOL Válvulas de descarga que controlam o fluxo (6 ou 3 litros) DECA TINTAS À base de terra, substituem pigmentos que contêm metais pesados Loja Primamatéria – www.primamateria.com.br Esmaltes e vernizes produzidos a base de garrafas PET SUVINIL ISOLANTES TÉRMICOS Bloco de Concreto Celular Gesso Acartonado Lã de Vidro Lã de Rocha ISOLANTES TÉRMICOS Polietileno Expandido (isopor) Durafoil Manta Asfáltica Isola da radiação térmica MATERIAL CONDUTIBILIDADE TÉRMICA k (kcal/h m oC) CONCRETOS De pedregulho De cascalho Celulares Armado ARGAMASSAS De cal ou de cimento Cimento em pó (portland) Cimento agregado CERÂMICOS Tijolo maciço (artesanal) Tijolo maciço (Industrial) Tijolo furado PÉTREOS Mármore Granito Ardósia VIDRARIA Vidro METÁLICOS Alumínio Cobre Ferro Aço ISOLANTES Cortiça Polietileno expandido - Isopor Poliestireno expandido Lã de Vidro Lã de Rocha Amianto Espuma rígida de poliuretano 1,10 0,70 0,09 0,7 – 1,21 0,64 0,25 0,90 0,52 0,54 0,78 2,5 2,9 1,8 0,65 – 1,4 197 330 62 40 0,04 0,03 0,027 0,04 0,02 0,15 0,02 Lei nº 14.459 – 3/07/2007: “Instalações de sistemas de aquecimento de água por meio de aproveitamento da ENERGIA SOLAR” Novo item da seção: das Tubulações Prediais, do Código de Obras e Edificações. EDIFICAÇÕES Residenciais Comerciais Apartamentos e casas: Se a atividade específica demandar água aquecida no processo de industrialização, ou quando oferecer vestiário para os funcionários. quatro banheiros ou mais até 3 banheiros (preparar) Piscinas – todas NBR – norma técnica publicada pela ABNT Eficiência dos equipamentos: INMETRO 8% da energia elétrica consumida no Brasil é para o aquecimento de água. Sistema de Energia Solar Placas Coletoras: absorvem a radiação solar e o calor é transferido para água que circula na tubulação. Reservatório Térmico: cilindro (cobre, inox, polipropileno) isolado termicamente com poliuretano. Sistema natural – TERMOSSIFÃO Fonte: SOLARFORTE, 2008. Água dos coletores mais quente menos densa que a do reservatório A água fria “empurra” a água quente circulação No verão: suficiente No inverno: sistema elétrico extra (acionado na hora do consumo) HEARST TOWER 1º Prédio comercial em N.Y. – Certificado “ Gold Leed ” (Leadership in Energy and Environmental Design do U.S. Green Building Council) • 46 andares • U$ 500 milhões Estrutura de vidro e aço em forma de diamante: • formato diagonal: 20% do aço • 85% do aço é reciclado Fonte: Foster, 2006. Obra • telhado recolhe 25% da água de chuva - Reduz o volume dos esgotos - Sistema de ar condicionado - Irrigação de plantas • vidros ( performance): economia de energia solar • sensores de luz: controla o consumo Fonte: Foster, 2006. Redução de 26 % do consumo de energia BANK OF AMERICA TOWER 2º edifício mais alto de N. Y. (Empire State – 110 andares) • 55 andares • 288 metros • Mais de US$ 1 bilhão Inauguração prevista: fevereiro de 2008 Usina gás natural – 70% do consumo Fonte: Revista Época, 2007. Despesas adicionais verdes: • 3% do custo total da obra • Pay-back: 4 anos 50% no consumo de água e energia BANK OF AMERICA TOWER Arquitetura Ecológica: 1 - Reaproveitamento de água 2 - Teto verde 3 - Energia própria 4 - Materiais Recicláveis 5 - Tanques de gelo 6 - Transporte público Fonte: Revista Época, 2007. BANK OF AMERICA TOWER Arquitetura Ecológica: 1 – Iluminação Natural 2- Ar Limpo 3- Ar- Condicionado 4- Sistema de Luzes Fonte: Revista Época, 2007. AGÊNCIA GRANJA VIANA DO BANCO ABN AMRO REAL 1ª construção no Brasil dentro das normas sustentáveis - Brasil: não existem instituições certificadoras - Padrão EUA: Leed Tecnologias para atender a 5 critérios: • Eficiência energética • Qualidade ambiental interna • Sustentabilidade do espaço • Sustentabilidade dos materiais • Racionalização do uso da água Fonte: Banco Real, 2008. 1) OBRA • Gerenciamento do lixo • Materiais reciclados: concreto, cimento, tinta, polietileno, etc. • Materiais fabricados na região (reduzir a emissão de CO2 - transporte) • Madeira certificada: portas, rodapés, escadas. Fonte: Banco Real, 2008. 2) EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS • Eficientes ( rendimento consumo) 3) AR CONDICIONADO • Sistema evaporativo: utiliza gases que não são nocivos ao meio ambiente • Reduz aproximadamente 5 ºC da temperatura externa • As condicionado convencional para os dias mais quentes • Telhado verde 4) BANHEIROS • Torneiras de fechamento automático • Bacias Sanitárias - com duplo fluxo de acionamento - usa água coletada da chuva - todo esgoto é tratado 5) ILUMINAÇÃO • Controles automatizados e setorizados • Aproveitamento da luz natural – clarabóias 6) ENERGIA SOLAR • Captada durante o dia em painéis fotovoltaicos (teto) • Utilizada a noite 7) JARDIM • Utiliza água tratada do esgoto para regar as plantas Fonte: Banco Real, 2008. “ A engenharia é a técnica, é a solução de um problema, são os materiais empregados, enfim é a ciência que permite um trem a transportar passageiros trinta metros abaixo do solo, uma ponte ser construída a uma altura superior a prédio de 100 andares ou uma barragem armazenar bilhões de metros cúbicos de água, gerando energia, empregos e desenvolvimento. Corrupção, desvios de verbas públicas, pagamento de propinas, licitações dirigidas e obras fantasmas ou desnecessárias, é caso de polícia, é crime, é falta de caráter, mas não é engenharia.” “ (...) como se construir uma ponte desnecessária por um preço baixo atenuasse a irrelevância da obra.” Eng. Edemar de Souza Amorim Presidente do Instituto de Engenharia INTRODUÇÃO A) Condicionamento Térmico Natural Com a crise energética, o problema de condicionamento térmico das habitações e das indústrias, tanto no inverno quanto no verão, tem sido encarado por novos prismas. Ofuscado pelas maravilhosas descobertas tecnológicas, o homem esqueceu-se dos recursos que a natureza pôs à sua disposição para seu conforto térmico. Ao que diz respeito à temperatura, afirma-se que, na maior parte do Brasil, o condicionamento térmico das habitações, por meios puramente naturais, é perfeitamente possível: • Proteção adequada contra a insolação no verão; • Orientação dos ventos; • Amortecimento das variações de temperatura por meio de materiais de grande inércia térmica; • Aproveitamento da insolação no inverno; • Isolamento racional das superfícies externas para proteger os ambientes habitados contra trocas indesejáveis de calor e condensação. Um edifício projetado para o clima no qual está inserido torna-se confortável, além de poupar energia. A metodologia de projeto deve basear-se na exclusão da radiação solar direta dos ambientes internos e na minimização da radiação solar direta e difusa das fachadas e cobertura do edifício. No verão, a superfície interna de uma parede, sem a adequada resistência térmica à passagem do calor, pode estar, de 4 a 8 ºC mais quente do que se tivesse a resistência necessária. O corpo das pessoas que ocupam o edifício recebe essa radiação, proveniente das paredes, forro e piso, sentem calor, e diminuem a temperatura do termostato do aparelho de ar condicionado, por exemplo, consumindo, nesse caso, mais energia elétrica. No inverno, na região sul, o efeito será contrário: o corpo do usuário perderá calor, por radiação, para as superfícies frias mal projetadas. O ar adjacente às superfícies frias também se esfriará, aumentando sua densidade e substituindo o ar quente. Para manter o conforto térmico desse local, o usuário novamente terá que recorrer ao aumento do consumo de energia elétrica. A solução desses problemas, tanto para a condição de verão quanto para a de inverno, está na adequação do projeto do edifício (paredes, cobertura e aberturas). Muitas formas de isolar o calor e o frio também desempenham função de isolamento acústico. Janelas e portas de vedação perfeita impedem a passagem do ar e dos ruídos. Para tanto, basta usar técnicas construtivas simples, mas racionais, que visem ao aproveitamento das condições favoráveis da natureza para o condicionamento ambiental. Quando isso não é possível, deve-se utilizar a tecnologia adequada: • Isolação; • Calefação; • Refrigeração; • Ventilação; • Ar Condicionado. B) Isolamento Térmico O tipo mais simples de isolamento térmico (ou de interferência à passagem do calor), chamado isolamento por resistência, resiste à passagem do calor de um lugar constantemente mais quente para outro constantemente mais frio. Tal isolamento é proporcionado por materiais de baixa condutividade térmica (k). É ideal para proteger caldeiras e tubulações que conduzem calor, sendo também usado para isolar edifícios nos climas temperado-frios, onde o aquecimento a uma temperatura bem maior que a exterior é necessário durante todo o ano. Entretanto, nos climas quentes, a maioria das cargas térmicas que se deve isolar não é constante, mas variável. A carga térmica por radiação e a temperatura do ar aumentam durante o dia e diminuem à noite. Nos climas quente-úmidos, onde a variação das temperaturas diurna-noturna não é grande (da ordem de 10 ºC), a melhor maneira de isolar um edifício é usar uma cobertura ou parede cuja resistência térmica e seu atraso à passagem do calor, em horas: • garanta que a temperatura das superfícies internas do edifício (forro e paredes) não ultrapasse os valores estabelecidos como adequados do ponto de vista técnico-econômico; • não se transformem em superfícies radiantes do local. Nesse caso, as paredes sombreadas podem ter menor resistência térmica. • O uso correto da sombra projetada por um quebra-sol, por exemplo, combinada ao efeito protetor das árvores e cercas vivas, podem reduzir a necessidade de isolamento térmico das paredes de uma residência, escritório, ou galpão de uma fábrica. • O uso correto dos conceitos/mecanismos de transmissão de calor, aplicados aos equipamentos de fábrica aumentam o conforto térmico (operador), bem como a vida útil dos equipamentos.