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AULA EXPOSITIVA E INTERATIVA SOBRE O
COTIDIANO NA IDADE MÉDIA
Carolina Miranda – [email protected]
Gabriella Perez de Souza – [email protected]
Prof. Sirlene Brandino/Coordenadora da Área
Prof. Dr.Marco Antônio Soares - Coordenador
Universidade Estadual de Londrina / UEL
Resumo: A atividade de interação com os alunos foi uma proposta de ação apresentada pela
professora de História Sirlene Brandino, do Colégio Estadual Professor Newton Guimarães
para as turmas de sétimo ano. Com o objetivo de encerrar o bimestre com uma atividade
diferente de fixação e ampliação do conhecimento, elaborou-se uma aula expositiva e interativa
baseados na proposta metodológica de Isabel Barca (2004), abordando o cotidiano na Idade
Média e os aspectos de tempo, sexualidade, alimentação, moradia, vestuário, lazer e morte. Os
temas foram apresentados com base no texto “As Estruturas Cotidianas” do autor Hilário
Franco Junior e em imagens ilustrativas a respeito do assunto abordado. Ao apresentar
imagens e detalhar esses aspectos acima citados, possibilita-se ao aluno uma maior
compreensão sobre dinâmica social no medievo e interesse, já que a história necessita desse
caráter visual por ser baseada em fatos. Como atividade de fixação do conteúdo aplicou-se um
questionário onde o aluno completaria uma tabela com o que achou de mais interessante do
dia a dia na época medieval. Constatou-se um grande interesse dos alunos que se
surpreendiam ao comparar com os dias atuais. A atividade foi bem sucedida e pode-se contar
com a atenção e dedicação dos alunos na apresentação da aula e na resolução do
questionário.
Palavras chaves: Ensino de História, Idade Média, Cotidiano.
A partir das aulas ministradas durante o primeiro semestre dos alunos do
sétimo ano do Colégio Newton Guimarães, a professora Sirlene propôs que
estes alunos teriam uma aula sobre Idade Média com um conteúdo diferente do
apresentado no livro didático. O texto “As Estruturas Cotidianas“ de Hilário
Franco Junior foi utilizado como base do material que seria apresentado aos
alunos, para melhor compreensão e memorização, imagens seriam utilizadas.
O texto explica a visão de tempo, de como era visto a questão do sexo,
a alimentação, como eram as moradias, o vestuário, o lazer e como viam a
morte naquele período. As questões levadas aos alunos no questionário que
iriam responder ao final, era em tópicos e teriam que relatar o que de acharam
mais interessante ou diferente dos tempos atuais.
Na questão de tempo foi explicada a contagem utilizada na época, que o
seu cálculo não era preciso e que os clérigos eram os que mais utilizavam, pois
as orações eram de 3 em 3 horas. A maioria doa alunos responderam que eles
não se importavam com as horas só a Igreja, pois tinham que fazer a suas
orações. Uma aluna, Amanda respondeu que “Eles não se preocupavam muito
com o tempo, e o clero contavam a partir de 3 em 3 horas. O relógio só tinha o
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ponteiro das horas.”. Este fato de que os minutos e segundos não eram tão
importantes, foi o que chamou mais a atenção, porque nos dias atuais o horário
é muito importante causando até um pequeno espanto.
Já como segundo ponto da aula foi o que eles ficaram mais atentos e
mais interessados, Hilário Franco Junior diz na questão do sexo que eles
defendiam a vida mais regrada e afastada dos prazeres, e pregavam a imagem
da mãe de Jesus como modelo a ser seguido pelas mulheres, muitos
casamentos não eram apenas por amor mas por questões financeiras e que
este ato tornou-se obrigatório apenas no século XVI, e na cerimônia de
casamento os noivos vestiam vermelho e quando chegavam em casa não
havia privacidade. Todas as respostas dos alunos foram de que os noivos não
tinham privacidade, apenas dois alunos responderam que não era bem visto e
que pregavam a imagem da virgem Maria. Isto mostra que o espanto maior foi
com o fato dos noivos não terem privacidade em sua noite de núpcias, onde o
que queríamos mostrar era o fato de que o sexo não era bem visto e que a vida
das pessoas teria que ser regrada de prazeres, vivendo uma vida casta e que
depois de casados esta relação deixaria de ser pecado, achando uma brecha
dentro da imposição da Igreja na vida de seus seguidores.
Sobre alimentação e moradia o que foi passado com imagens foi o fato
de comeram muitos cereais, e o pão sendo base de alimentação de todos e o
vinho, sendo o dos servos diluído com água e dos nobres puro, junto com o
pão o nobre comia carne. Já na moradia, a dos servos geralmente era feita
apenas de um único cômodo onde todos dormiam, comiam e as vezes, por
conta do frio, dividiam até com seus animais. E com a chegada do burguês
esta casa começou a sofrer alterações por causa do individualismo que
pregavam. Os alunos responderam tudo o que dissemos e esperávamos de
resposta tendo maior entendimento sobre estes tópicos por haver mais
imagens para ilustrar, e por fazer uma comparação mais razoável com os dias
atuais conseguindo fazer associações com o hoje vivenciado por eles, o fato de
misturar água no vinho foi o que mais chamou atenção, mas quando explicado
todos viram esta questão como respondida e entendida.
Já com os temas de vestuário, lazer e morte o que mais chamou a
atenção foi o fato de não temerem a morte, a maioria dos alunos não deram
como importante o tema vestuário e lazer, pois não viram importância nestes
tópicos, um ou outro responderam que usavam túnicas e relacionaram o lazer
ao sexo, dizendo que não tinham privacidade. Já no ponto onde falamos da
morte muitos responderam que era normal e se assustaram com o fato de não
temerem algumas respostas foi de que “ Eles não se sentiam tristes.”, “Para
eles era normal, eles não temiam, não tinham medo de morrer. Morriam em
torno de 30 anos. Pessoas que viviam até 45 anos já eram considerados
idosos” e o último explica muito bem oque o espantou neste tópico “Eles viam a
morte como se fosse bom morrer e não fazem nada. Para nós morrer é a pior
coisa do mundo.”.
Com as respostas nos questionário podemos constatar que o resultado
foi bom, mas que quando os alunos conseguiam fazer uma associação com o
mundo atual e com o seu dia a dia esta compreensão de conteúdo era maior. O
texto escolhido para esta aula também contribuiu para esta interação, pois é
muito didático e de fácil entendimento, não sendo voltado apenas para o
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campo acadêmico, podemos utilizar conteúdos diversos com o alunos, não
ficando presos ao livro didático.
Bibliografia
FRANCO JR., Hilário. As estruturas cotidianas. In: Idade Média,
Nascimento do Ocidente. SP: 1992.