CLASSE
PROGRESSIVA
DE
AMIGOS
Manual Editado pelo Clube de Desbravadores de Arcozelo 2009
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1.
Ter feito o voto há pelo menos 3 meses.
2.
À descoberta da Bíblia:
a) Salmo 23.
• Este salmo descreve o Grande Pastor, Jesus
Cristo, que vive pelas Suas ovelhas. Podemos dividir o
salmo em três partes e estabelecer outras tantas
comparações: “o pastor e as ovelhas” (vv. 1 e 2), “o guia
e o viajante” (vv. 3 e 4), e “o hospedeiro e o hóspede”
(vv. 5 e 6). Jesus ressalta aqui as três grandes verdades da
provisão, da direcção e da comunhão divinas.
- O Senhor é o meu pastor. Comparando com a sua
própria experiência enquanto pastor, Davi realça o pastor
que encontra em Cristo e o facto de Ele conduzir,
alimentar, e proteger as Suas ovelhas (cf. João 10:1-16).
- Pastos verdejantes... águas tranquilas. Cristo é o pão da vida (João 6:48) e água
viva (João 4: 10, 14) para quem O segue.
- Refrigera-me. O pastor é também Salvador e cura as Suas ovelhas.
- Vara e cajado. Utilizados para conduzir e defender o rebanho (cf. Actos 20: 2831).
- Unges. O pastor põe óleo nas feridas das ovelhas. É costume o hospedeiro
oriental derramar óleo perfumado sobre a cabeça do hóspede. Assim, o Senhor Jesus
alivia e consola.
- Habitarei. A comunhão com Deus aqui na Terra e eternamente no Céu é o
prémio dos que decidem pertencer à Sua família (Efésios 2:19).
Este salmo é um salmo de comunhão: o autor apenas se refere a si próprio e a
Deus. Nada falta àquele que se entrega ao Bom Pastor: nem descanso (v. 2), nem
refrigério, nem direcção (v. 3), nem companhia, nem consolo (v. 4), nem sustento, nem
gozo (v. 5). Nada enfim.
b) Êxodo 20:2-17 (Dez Mandamentos).
• Deus foi utilizando vários métodos para a revelação e publicação gradual da Lei.
Primeiro foi escrita na Natureza (Salmos 19:1), logo após na consciência do Homem
(Romanos 2:15) e depois, Seus Princípios Fundamentais, sobre as tábuas da Lei (Êxodo
24:12). No devido tempo, Jesus surgiu como a encarnação perfeita de Verdade (João
1:14), a qual Ele mostrou na Sua própria vida sem pecado. Mais tarde vieram todas as
Escrituras, a edição escrita mais ampla e completa (Romanos 15:4). Era propósito de
Deus que Sua Lei também fosse escrita no coração do Seu povo (Actos 8:10) e que Seus
preceitos pudessem ser “lidos” na vida exterior de cada um deles (II Coríntios 3:2, 3).
O Decálogo é uma promessa de felicidade dada pelo Senhor, nosso Deus e
Libertador (v. 2).
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I – Não se deve amar, adorar ou obedecer a qualquer coisa que esteja acima de Deus e
da Sua vontade.
II – A idolatria está totalmente condenada em todas as suas formas. As ajudas visíveis
ao culto são um torpeço para a verdadeira adoração em espírito e em verdade, inclusive
imagens de cristo e dos anjos (no Céu) e dos apóstolos, mártires e santos (na Terra).
III – Este mandamento condena a hipocrisia. É contra a linguagem profana, contra o
perjúrio, contra a teologia que não do próprio Deus. Refere-se à forma pouco digna
como representamos Cristo, visto que ostentamos o título de cristãos.
IV – Apela a guardar em memorial (“Lembra-te”), uma prática que o povo já observava
(Êxodo 16:23), o facto de Deus ser o grande arquitecto da Criação. Para os crentes,
aponta para a nova e definitiva criação (Apocalipse 21:1-5).
V / VII – Enfatizam a santidade, a pureza e o valor da vida em família e em união social
e religiosa (Provérbios 10:1; Provérbios 23:22; Efésios 6:2,3; Marcos 10:9; Hebreus
13:4).
VI – Preserva a santidade da vida humana (II Samuel 2:6).
VIII / X – Estes mandamentos preservam o direito da propriedade que cada um deve
administrar como mordomo de Deus, apontando os pensamentos e actos como maus aos
olhos do Senhor.
IX – Conserva a pureza da verdade (Efésios 4:25; Provérbios 12:22).
A título de curiosidade, as Leis também são apresentadas em Deuteronômio 5.
c)
Mateus 6:9-13 (Oração Modelo).
• Após o afastamento da ligação Deus/Homem,
face a face, Deus ofereceu ao Homem a possibilidade de
estabelecer contacto com o Pai, através da oração, que
surgiu quase no início do mundo (Génesis 4:26). Algo de
fundamental é também a forma como oramos, como nos
dispomos a falar com Deus (II Crónicas 7:14; Jeremias
29:13).
- Pai nosso...santificado o Teu nome. O
pensamento hebraico não distinguia claramente entre a
pessoa e o nome, que sempre indiciava sobre a própria
pessoa. Santificar o nome de Deus implica viver de tal
forma que essa santidade se manifeste nos Seus filhos.
- Venha o Teu reino. Podemos considerar dois
aspectos: no sentido presente o seu reino manifesta-se onde quer que Ele seja adorado,
nos corações onde Deus reina; de forma definitiva, quando Deus vencer e eliminar o
Seu inimigo, o Seu reino será este mundo recriado, quando da Segunda Vinda de Cristo.
- O pão-nosso de cada dia dá-nos hoje. Aponta para total dependência de Deus
(Mateus 6:25-34).
- Perdoa-nos...como temos perdoado. (Mateus 18:23-25).
- Não nos deixes cair em tentação. A tentação, que do ponto de vista de Satanás
nos deve derrotar, na perspectiva de Deus deve fortalecer-nos (Lucas 22:32). A vitória
somente se consegue vigiando e orando «(Mateus 26:41; I Coríntios 10:13).
d) João 14:1-3 (Promessa da volta de Jesus).
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• Este texto é a base da paz cristã: Jesus sofreu dor de
morte física para remissão dos nossos pecados, não nos
deixando órfãos. Esta confiança n’Ele foi vindicada na
Ressurreição e daí temos acesso às moradas do templo de
Deus. Deus foi nos preparar um lugar nesse “espaço”
celestial e voltará para nos receber nesse Lar. A espera é
curta (v. 19) e o caminho até ao Pai já o conhecemos (v. 6).
3.
Saber orar em grupo.
• A oração é-nos oferecida por Deus para estarmos em constante contacto com
Ele, mas para tal é necessária a ajuda do Espírito Santo (Romanos 8:26,27), para nos
conduzir as palavras. Podemos ir a Deus em oração por meio de Cristo (João 14:13, 14;
João 15:16). Deve se invocar o nome santo do Senhor (Salmos 91:15) e render súplicas
e acções de graças (Filipenses 4:6). Os nossos “desejos” devem ser pedidos segundo a
Sua vontade (I João 5:14), pedindo tudo e tudo agradecendo no nome de Jesus (Efésios
2:18; Hebreus 10:19). Deve haver consenso nas orações de grupo (Mateus 18:19) e o
nosso coração deve manter uma postura de contrição, humildade (II Crónicas 7:14),
sinceridade (Jeremias 29:13) e fé (Marcos 11:24). A oração deve ser breve (Mateus 6:7)
– Ellen White afirma que Deus Se enfadonha com certas orações.
4.
Saber encontrar sem bússola os oito pontos cardeais.
• N – Norte ou Setentrião.
S – Sul, Meridião ou Meio-dia.
E – Este, Leste, Levante, Nascente ou Oriente.
O – Oeste, Ocidente ou Poente.
NE – Nordeste.
SE – Sueste ou Sudeste.
NO – Noroeste.
SO – Sudoeste.
• Métodos:
- Uso do Mapa.
Se se dispõe de um mapa do local em questão, pode se orientar identificando a
posição actual em que se encontra e a de algum ponto estrategicamente escolhido do
terreno (zona acidentada, edifício,). Orientando o mapa segundo esses dois pontos,
encontrando-se facilmente o Norte.
- Uso do Relógio.
O relógio deve ser acertado segundo o fuso horário de Greenwhich (Hora GMT –
Greenwhich Meridian Time), que é a hora solar. Depois, coloca-se o relógio na posição
horizontal, com o mostrador para cima, e aponta-se para o sol o ponteiro das horas. Sem
deslocar o relógio, coloca-se um indicador (lápis,...) sobre o mostrador de modo a que
este assuma a bissectriz do ângulo formado pelo ponteiro das horas e o número 12. O
indicador estará então apontando para Sul e formará a linha Sul/Norte.
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- Ajuda do Sol.
Aceita-se que o sol nasce a Este, indica o Sul ao meio-dia e põe-se
a Oeste, mas isto é apenas uma verdade parcial, visto que o azimute do
nascer e pôr-do-sol é o ângulo formado pelo sol com o Norte e este
ângulo varia ao longo do ano, com valores determinados para cada
latitude (existem tabelas com os valores desses ângulos para cada dia
do ano). Considere-se apenas que nos Equinócios e datas próximas
pode-se encontrar, sem grande margem de erro, a linha Este/ Oeste.
Utilizando não o sol, mas a sua sombra, obtêm-se resultados mais
significativos. Sabendo que, no Hemisfério Norte, o sol aponta para
Sul às 12H, e que portanto as sombras estão projectadas para Norte, a
sombra de um objecto ao meio-dia indica o Norte. Se não se dispõe de um relógio para
saber quando é meio-dia, marca-se o “tamanho” das sombras que se vão produzindo a
cada 15min aproximadamente. Naturalmente, a sombra mais curta corresponde à do
meio-dia (o sol está mais alto) e portanto indica o Norte.
Também se pode utilizar um método semelhante, trabalhando com o evoluir das
sombras, encontrando-se assim a linha Este/Oeste, mas correr-se-ia o risco citado
anteriormente.
- Ajuda dos Astros.
As estrelas são astros idênticos ao sol, contudo este parece ser mais brilhante
devido à sua proximidade (cerca de 150 milhões de Km). As estrelas mais brilhantes
receberam nomes próprios na Antiguidade (em Grego ou Árabe) e, actualmente, usamse nomes próprios para designar cerca de 200, das mais de 500 mil catalogadas, enter
elas a Polar (Ursa Menor), Sírio (Cão Maior) ou Antares (Escorpião).
Como a constelação Ursa Maior é facilmente reconhecida e encontra-se visível
durante todo o ano, será o ponto de partida para o nosso percurso celeste. A parir dela
identificam-se a Ursa Menor e a Cassiopeia (as suas estrelas mais brilhantes formam um
“M” ou “W”, com as “pernas”
apontadas à Ursa Maior).
A disposição das constelações,
mostrada na figura, apresenta-se
rodada mais para a esquerda ou direita,
consoante a época do ano. Do mesmo
modo, na mesma noite, à medida que o
tempo avança, as constelações vão
rodando de Este para Oeste,
aproximadamente em torno da estrela
Polar
(este
movimento
é
aparentemente constante e deve-se à
rotação da Terra).
Como
se
vê
na
figura,
prolongando (no sentido contrário ao
da curvatura da cauda da Ursa Maior)
cerca de 5 vezes a distância aparente
entre as Guardas da Ursa Maior (Merak e Dubhe), encontra-se uma estrela bem visível e
destacada: a estrela Polar. Esta estrela é a mais brilhante da Ursa Menor e indica a
direcção Norte, visto que, ao olhá-la e baixando o olhar na vertical, encontra-se, com
boa aproximação, o ponto Norte do horizonte.
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- Indícios Naturais.
Pode-se descortinar aproximadamente o Norte através do musgo, que cresce com
mais intensidade nos lugares orientados a Norte (mais húmidos e frios), das árvores, que
cortadas mostram os seus anéis mais separados do lado orientado a Sul, pois é por onde
cresce mais.
NOTA: Todos estes métodos são aproximados e não exactos e são válidos apenas
para o Hemisfério Norte! No Hemisfério Sul terás de utilizar outros métodos de forma a
conseguires orientar-te.
5.
Saber fazer e explicar os dez nós e as 4 amarras seguintes:
Simples; Cego; Direito; Cirurgião; Lais de guia; Catau; Escota; Pescador;
Fateixa; Corrediço; Volta de Fiel.
• As cordas e outros fios são instrumentos com muitas utilizações, desde que se
saiba manejá-los bem: o conhecimento dos nós é fundamental na arte do Pioneirismo.
Aprendê-los é relativamente fácil, bastando que haja persistência e paciência. Aprendese o uso dos nós no sentido de os saber utilizar na altura e situação correctas, sem a
mínima hesitação.
Há dois tipos de nós: os maus e os bons. Os maus não se seguram ou seguram tanto
que se tornam definitivos. Os bons fazem-se depressa, são sólidos e têm bom aspecto.
Para se saber manejar bem uma corda é necessário primeiramente conhecer as
várias partes de uma corda: o chicote curto é a parte com que se trabalha; a volta é o
anel formado quando se volta a corda sobre si própria; e o chicote comprido é a parte
longa da corda que normalmente se mantém estática.
Simples – É um nó extra, visto que é a base de quase todos os
nós. Utiliza-se também para impedir uma corda de se desfiar.
Dá-se uma volta, passando através dela a extremidade da corda.
Cego – Escorrega e é praticamente inútil. Aprende-se
para se evitar. Depois da volta simples, faz-se um
segundo nó, cruzando o chicote curto sobre o
comprido da mesma forma que no nó simples.
Direito – Não escorrega nem aperta, sendo fácil de desatar.
Utiliza-se para amarrar embrulhos e mesmo em Socorrismo.
Faz-se um nó simples e um novo nó simples, cruzando o
chicote curto sobre o comprido na direcção oposta à que foi
feita primeiro.
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Cirurgião – Usado pelos médicos para atar os pontos de uma
sutura. Faz-se um nó simples, passando então segunda vez o
chicote curto através da volta. Finaliza-se com um nó simples
no topo.
Lais de Guia – Usado para prender uma pessoa
ou animal quando há necessidade imperiosa de
que a laçada não se aperte, como quando se
quer subir ou descer alguém para um patamar
inferior, sem que haja danos físicos. Este nó não
corre, nem emperra e tem um grande valor, o
que faz dele um nó de salvamento. Faz-se uma volta sobre o chicote comprido de forma
a que o chicote curto tenha comprimento suficiente para tornear a pessoa ou animal.
Passa-se então o chicote curto pela volta, que deve ser pequena, de baixo para cima, e
faz-se contornar o chicote comprido e novamente através da volta, de cima para baixo.
Para socar, segura-se o nó e puxa-se pelo chicote comprido. (É possível fazer este nó
com uma só mão, à volta da própria pessoa.)
Catau – Muito útil para encurtar um cabo
cujos extremos estejam presos, encurtar uma
corda sem Ter de a cortar, aproveitar cabos
enfraquecidos em qualquer ponto da sua
extensão ou reforçar uma cora num ponto de maior desgaste ou tensão. Agarrar a parte a
ser encurtada em forma de “Z”, fazendo com ela meia laçada em torno de cada uma das
voltas. Pode ainda ser utilizado um outro método: Desenham-se com a corda três
argolas sobrepostas, cada uma sobre a seguinte e fazer passar a do meio por dentro das
outras.
Escota – Usado para ligar a escota à vela de um navio, ou
fixar uma corda a uma argola flexível (a uma bandeira,...).
Trata-se de um nó muito útil para esticar um lençol para
Pano de fundo de uma projecção. Pode-se também usar este
nó para atar duas cordas de bitolas diferentes. Dispõe-se a corda mais grossa ou canto
do lençol em forma de “U”. Meter, por baixo, a corda mais fina, fazê-lo passar sobre a
perna do “U” e dar a volta por trás da corda mais grossa. Passar a ponta do chicote de
corda mais fina por baixo de si mesmo, sem que volte a passar dentro da corda mais
grossa. Aperta-se o nó, puxando-o.
Pescador – Muito prático para ligar
cabos finos, como as linhas de pescar, ou unir
cordas molhadas. Este nó não escorrega e é
fácil de desatar. Dispõem-se os cabos
paralelamente e, com o chicote curto de cada um, dá-se um nó simples sobre o outro.
Depois, apenas se puxam os dois cabos.
Fateixa – Útil por ser fácil de executar e não ceder sob
qualquer esforço. Faz-se passar a corda pela argola, ou
mastro, e em torno do chicote comprido, passando-a
depois pela laçada assim formada. Repete-se este
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movimento as vezes que se considerar necessário.
Corrediço – É usado em diversas situações, como amarrar um
cavalo a um poste. O nó escorrega, mas, quando executado
correctamente, torna-se tanto mais apertado quanto mais se
puxar o chicote curto. Faz-se um a volta e, em vez de passar
por ela o chicote curto, como no nó simples, passar o cordão duplo. Se o nó deve passar
por uma argola, passa-se por esta o chicote curto e então ata-se um nó simples sobre o
chicote comprido.
Volta de Fiel – É o nó usado para amarrar um barco ao cabeço do cais,
as cordas de uma tenda... É fundamental em Pioneirismo, já que é o nó
que serve de base às amarras. Passa-se a corda em redor do mastro e
cruza-se. Roda-se de novo e faz-se passar o chicote curto por baixo do
ponto onde a corda se cruzou., saindo o chicote curto por entre as duas
voltas (os chicotes devem sair por lados opostos).
Botão em Esquadria, Botão em Cruz, Peito de Morte, Amarra Continua
Durante a execução das amarras, a corda deve estar sempre bem esticada e as juntas
bem unidas e puxadas para o centro.
Para se ligarem as varas ou troncos mais grossos é conveniente fazer um desbaste
(corte) nas superfícies a unir de modo que elas se ajustem.
Botão em Esquadria
Serve para unir duas varas ou troncos, formando entre si ângulos de 90º.
Inicia-se com a volta de fiel e termina-se com o nó direito. São dadas voltas em torno
das varas ou troncos, de modo que passem alternadamente por trás e pela frente, sendo
depois, estas voltas, esganadas com voltas dadas perpendiculares às primeiras (Fig.31).
Botão em Cruz
Esta ligação serve para unir varas ou troncos que formem entre si ângulos diferentes de
90º.
Inicia-se com a volta de fiel de modo a abraçar os dois paus, na junção. De seguida dãose as voltas principais, primeiro num sentido, depois noutro, que irão depois ser
esganadas.
Termina-se a ligação com o nó de direito numa das varas (Fig.32).
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Peito de Morte
Serve para reforçar ou acrescentar uma vara. Inicia-se com a volta de fiel numa das
varas e, de seguida, dão-se voltas redondas em torno das duas varas. Depois de se
esganarem estas voltas, termina-se a ligação com o nó direito numas das varas, ver na
figura 33.
Amarra Contínua
Para prender várias varas em ângulos sempre rectos transversais em outra vara, como
por exemplo fazer o tampo de uma mesa.
Corte as varas no tamanho desejado e apare as extremidades. Entalhe a vara de
armadura, como na figura 1, encaixe as outras varas na posição correcta.
Com o meio da corda dê um nó volta do fiel na vara de estrutura, passando as
extremidades do corte sob cada vara conforme a figura 2. O nó deve ser feito de modo
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que as extremidades da corda apertem a laçada enquanto passam ao longo da vara de
estrutura.
Com uma extremidade da corda em cada mão, puxe sobre o cruzamento e por baixo da
vara de estrutura.
Cruze a corda formando um X, como mostra a figura3, puxando bem para apertar.
Traga de novo para cima sobre o cruzamento, repetindo a operação até passar por todos
os cruzamentos.
Termine com o nó direito, fateixa ou volta do fiel, e enfie as extremidades da corda por
baixo da última vara.
6.
Conhecer os sinais de pista.
• Os sinais de pista são uma linguagem secreta entre dois grupos. Os sinais
deixados pelo primeiro grupo devem permitir que o segundo siga, sem problemas, a
pista.
Para traçar uma pista, deve-se sinalizar no solo ou até à altura dos olhos e sempre
do lado direito do caminho a seguir. Os sinais devem ser reconhecíveis (aconselha-se o
uso do mesmo material durante todo o traçado) sem atrair a atenção de outras pessoas.
Podem se utilizar sinais desenhados no solo ou amontoar pedras, ramos, ou mesmo
materiais artificiais, como o papel higiénico e as fitas. Nunca degradar ou destruir a
vegetação ou propriedades onde passe a pista. O último grupo a passar deve recolher ou
apagar os sinais.
Caminho a
seguir
Caminho a
evitar
Perigo
Mensagem
escondida
Espera aqui
Unidade
divide-se
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Caminho com
obstáculo
Obstáculo a
transpor
Água potável
Água não
potável
Acampamento
nesta direcção
Fim de Pista
NOTA: Se se perde na pista, deve se regressar ao último sinal e procurar o sinal
seguinte, descrevendo círculos cada vez mais amplos.
7.
À descoberta da Natureza. Conhecer:
a) Cinco árvores.
• As árvores são plantas vivazes de caules e ramos lenhosos. Em geral, a maioria
das espécies de árvores apresenta um tronco lenhoso único e vários ramos, distanciados
do solo, formando a copa. A sua folhagem pode ser persistente ou caduca.
Acácia-Bastarda, Falsa-Acácia ou Robínia, Robinia
pseudoacacia – Árvore de porte mediano, normalmente com
muitos rebentos. A folhagem, caduca, de até 20cm, de 13 a 15
folíolos, com frequência apresenta um espinho na base. As
flores são brancas e aromáticas, em cachos pendentes. Os frutos
assemelham-se com grupos de vagens castanhas de ervilheiras.
Surgem normalmente em soutos, parques e jardins, sobretudo do
Sul e Oeste da Europa, em solos arenosos.
Acácia-Dealbada ou Mimosa, Acacia dealbata – Árvore de
porte médio e folhagem caduca. As folhas atingem os 12cm de
comprimento, possuem de 13 a 25 folíolos pubescentes, de cor
cinzento-prata ou verde-amarelado. As flores, de forma
globular e aos cachos pendentes, apresentam a cor amarelobrilhante. Os frutos são semelhantes aos da Acácia-Bastarda,
mas mais aplanados. Muito plantadas no Sul da Europa, são
utilizadas para fixar solos arenosos e dunas, assim como
também para efeitos ornamentais.
Eucalipto, Eucalyptus – Árvore grande ou de tamanho médio,
amiúde elegante, de folha perene. Apresenta normalmente dois
tipos de folhagem na mesma árvore: folhas jovens, azuis ou
verdes; e folhas adultas, compridas, pendentes e lanceoladas. As
flores, com penugem, agrupam-se nas axilas das árvores (o
invólucro da flor forma-se na árvore um ano antes de se abrir).
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Muito frequente em parques e jardins, devido ao seu rápido crescimento. Absorve muita
água e, por isso, seca os terrenos em volta. É explorado comercialmente pelo óleo e pela
madeira para papel.
Pinheiro-Bravo ou Marítimo, Pinus pinaster – Árvore
conífera de tamanho mediano, de folha perene, com os ramos
muito espaçados na parte superior. Os cones femininos
maduros, de 8 a 22cm de comprimento, de cor verde e sem
pedúnculo, permanecem na árvore mesmo depois de as
sementes terem caído. As folhas com 10 a 20cm de
comprimento, crescem aos pares, muito espessas e rígidas,
verde-esbranquiçadas, de forma pouco densa nos ramos.
Cresce em solos leves e dunas na região mediterrânica. Ocupando a maior área florestal
de Portugal, aparece desde o Minho e Trás-os-Montes até à península de Setúbal. (Pode
ser confundido com o Pinheiro-Silvestre e o Pinheiro-Manso.)
Zimbro-Comum, Juniperus communis – Árvore pequena ou
arbusto grande, de folhagem perene, com folhas pequenas, tesas
e pontiagudas, em verticilos de três, verde-escuras com uma
faixa branca na página superior. As flores masculinas crescem
em cones, em árvores separadas das femininas. O fruto é uma
baga verde que ao amadurecer, após permanecer um ano na
árvore, se torna azul-negra; contém numerosas sementes. Pode
ser encontrada em zonas baixas calcárias ou caliças e em
terrenos baldios e ácidos de quase toda a Europa.
b) Cinco flores.
• Pertencendo ao grupo das plantas herbáceas, são plantas cujos caules não são
lenhosos, mas sim tenros e fibrosos. Geralmente mais pequenas que os arbustos, pouco
passam dos 2m de altura, muitas vezes nem os atingem. Podem tratar-se de plantas
vivazes, que fenecem no Inverno, ou anuais, que crescem florescem formam sementes e
morrem no mesmo ano.
Cana comum, Arundo donax – A cana europeia maior é
parecida com o bambu. Esta planta vivaz forma colónias
densas; cresce a partir de rizomas que por baixo de solo
chegam a grande distância. Os caules são lenhosos e muito
folhosos. As lâminas das folhas são verde-acinzentadas,
atingem até 60cm e têm margens ásperas. As flores crescem
numa inflorescência plumosa, densa, no cimo, em Setembro
e Outubro. Primeiramente branco-esverdeadas tingido de
púrpura, tornam-se prateadas com pêlos sedosos compridos.
Forma, densos e extensos canaviais ao lado das correntes, sobre as margens dos rios, em
canais e em lugares húmidos, à volta de todo o Mediterrâneo.
Cardos, Carduus – Plantas herbáceas anuais ou vivazes, a maioria com caules
erectos espinhosos, por vezes alados. Outras formam rosetas planas de folhas
espinhosas. Folhas alternas inteiras ou profundamente fendidas, espinhosas. As flores
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crescem em densas cabecinhas formadas por flores de disco,
rodeadas de brácteas espinhosas; os capítulos florais podem ser
solitários ou em cachos. Muitas espécies têm flores vermelhopúrpureas, outras são amarelas. Na Europa crescem muitas
espécies de cardos, algumas só no Mediterrâneo. Crescem em
lugares por cultivar, bermas de estradas, terrenos baldios, zonas
áridas rochosas ou pedregosas, em redor de todo o
Mediterrâneo.
Golfão-Branco ou Nenúfar, Nymphaea alba –
Planta aquática vivaz, cujo grosso rizoma horizontal está
submerso no lodo. Possui grandes folhas arredondadas com
um entalhe, sustentadas por longos pecíolos, que flutuam
livremente na superfície da água. As flores, de 10 a 20cm de
diâmetro, flutuam na água, na extremidade de longos
pedúnculos enterrados no lodo; possuem numerosas pétalas
brancas cheirosas. O fruto é subgloboso e amadurece debaixo
de água, libertando sementes flutuantes. O nenúfar cresce em toda a Europa, nos lagos,
lagos artificiais, canais e rios de curso lento.
Malmequeres e Margaridas, Chrysanthemum
coronarium e Anthemis chia – Plantas herbáceas anuais ou
vivazes, geralmente muito ramificadas, com caules erectos ou
prostrados e folhas paripinuladas recortadas, às vezes muito
divididas em segmentos estreitos. Muitas espécies são
perfumadas. As flores crescem em umbelas como a camomila,
muitas vezes grandes e atraentes, brancas (Margaridas) ou
amarelas (Malmequeres). Têm flores de disco no centro
rodeadas pelas flores radiais à volta delas, semelhante a pétalas. Encontram-se em
campos por cultivar, nas bermas das estradas, lugares rochosos e arenosos junto do mar,
muitas vezes em abundância, em redor de todo o Mediterrâneo.
Papoila, Papaver rhoeas – Planta anual que brota
de uma roseta basal, completamente eriçada de cerdas, com
folhas divididas e longamente pecioladas. Os caules, com
folhas bi-pinadas e flores, contêm latéx branco. As flores
solitárias têm a cor vermelha viva; com longos pedúnculos
eriçados de pêlos, situados na axila das folhas superiores.
Os frutos são cápsulas com uma fiada de buracos debaixo
do opérculo, por onde saem as sementes. Esta erva daninha
campestre, comum em toda a Europa, actualmente encontra-se confinada às bermas das
estradas e entulheiras.
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c)
Duas plantas medicinais.
• Malva, Malva sylvestris – Planta anual ou vivaz com
um caule grosso ramificado e peludo de folhas
palmatilobadas com longos pecíolos, sobretudo as inferiores;
as caulinares são alternas e têm uma estípula na base do
pecíolo. As flores são grandes lilases ou róseas que formam
racimos nas axilas das folhas superiores. Possui uma corola
composta de 5 pétalas recortadas, amplamente separadas e
frutos que são cápsulas de sementes em forma de queijo,
envoltas no cálice persistente. Cresce em toda a Europa, nas bermas das estradas e
entulheiras.
A malva possui propriedades emolientes e laxantes e as suas mucilagens são
úteis no tratamento de prisão de ventre e das colites. Em infusão, as flores ou as folhas,
misturadas com um pouco de mel, são utilizadas para tratar as inflamações do aparelho
respiratório e como tratamento contra a tosse, catarro e rouquidão. A água da fervura é
usada quer para a lavagem de feridas quer para tratar inflamações cutâneas e irritações
oculares. Como cosmético, a decocção desta planta pode ser utilizada como loção de
limpeza.
Hipericão, Hypericum perporatum – Planta vivaz
sem pêlos e ramificada que se produz por rebentos folhosos,
de caules erectos providos de muitas folhas opostas, sésseis e
ovadas, que parecem perfuradas com pequenos pontos
translúcidos. As flores, em grande número, dispõem-se em
corimbos ramificados, na extremidade dos caules, constam
de 5 pétalas amarelas com pontos pretos e estames muito
numerosos no centro. É comum em toda a Europa, em
pradarias clareiras taludes relvados e sebes.
O hipericão tem propriedades anti-sépticas e cicatrizantes no que toca a
problemas com a epiderme; tem também efeitos diuréticos e adstringentes.
8.
Demonstrar saber gerir equilibradamente o tempo (estudo, trabalho,
momentos lúdicos e momentos espirituais).
9.
Bibliografia
Manual de Amigos do Núcleo de Canelas (2003)
Manual Editado pelo Clube de Desbravadores de Arcozelo 2009
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CLASSE PROGRESSIVA DE AMIGOS