de diabásio do subdomínio 4C discordantes das camadas sedimentares (diques) e pela intrusão alcalina do subdomínio 4A, o relevo se caracteriza por apresentar topografia de morros de vertentes bastante irregulares e varia de suavizado a montanhoso (fotos 41 e 42). Porção correspondente ao reverso da cuesta (figura 21) sustentada por rochas magmáticas extrusivas. Porção correspondente ao fronte da cuesta (figura 21) que tanto pode ser sustentada por rochas magmáticas extrusivas e intrusivas como por arenitos dos domínios 5 e 6. Zona de fronte por onde o relevo é dissecado e erodido. Zona de reverso. Geralmente se caracteriza por apresentar topografia suave ondulada. próximas da superfície não se deve depositar lixo e implantar fontes potencialmente poluidoras como cemitérios, fossas negras etc; embora na maior parte ocorram bastante intemperizadas e recobertas por solos profundos de baixa resistência ao corte e à penetração, pelo fato de serem rochas que se alteram de forma muito diferenciada é difícil prever qual é o comportamento geotécnico em subsuperfície e em meio a solos bastante profundos e com pedogênese avançada, de maneira aleatória podem aparecer blocos, matacões e até afloramentos in situ de rochas totalmente preservadas do intemperismo (figura 22), por isso, antes de executar qualquer tipo de obra subterrânea nesses terrenos, recomenda-se realizar sondagens geotécnicas pouco espaçadas; por serem compostas principalmente de minerais ferromagnesianos, são bastante densas. As rochas alcalinas do subdomínio 4A são um pouco mais resistentes ao intemperismo, são menos fraturadas, apresentam boas qualidades para serem usadas para brita e pedra de revestimento; Arenito da Formação Botucatu (domínio 5) Sill de diabásio Arenito da Formação Pirambóia (domínio 6) Figura 20 - Perfil esquemático mostrando como é um relevo de cuesta e como são as relações de contato entre as rochas magmáticas e suas encaixantes arenosas. Figura 21 - Bloco-diagrama mostrando a morfologia de uma cuesta, relevo tipo dissimétrico. Manto de alteração Blocos Rochas básicas frescas Foto 43 - Afloramento de rochas basálticas exibindo denso fendilhamento. São fraturas de alívio que funcionam como superfícies de fraqueza e que facilitam a percolação rápida de fluidos. Foto 41 - Porção montanhosa da borda oeste da intrusão alcalina de Poços de Caldas. Foto 42 - Nesta foto pode se observar o quanto varia o relevo dos terrenos sustentados por rochas básicas intrusivas. No primeiro plano, destaca-se o relevo plano associado a um sill. No segundo, a porção montanhosa é sustentada por uma intrusão discordante. Relacionadas aos solos - pelo fato de serem derivados de rochas pobres em quartzo, os solos desses terrenos têm como característica comum a textura síltico-argilosa ou argilo-siltosa. Em função das características comuns do meio físico retromencionadas, nas ações de planejamento regional é importante considerar que em toda a extensão dos terrenos diferenciados como domínio 4: do ponto de vista geotécnico - o manto de intemperismo é bastante argiloso e de baixa erodibilidade natural; os solos quando molhados tornam-se muito pegajosos e escorregadios, portanto, não se recomenda iniciar grandes e demoradas obras de escavação e terraplenagem nos períodos chuvosos, pois as ferramentas e equipamentos emplastam-se excessivamente e as estradas não-pavimentadas tornam-se muito escorregadias; além disso, por serem compostos de partículas muito leves, quando secos entram e permanecem em suspensão por longo tempo, ou seja, formam muita poeira que demora muito para se dispersar. Os basaltos e diabásios, por serem rochas de cor escura (preta), quase não refletem luz, conseqüentemente, esquentam muito quando são expostas à luz do sol, o que as tornam inadequadas para serem usadas em revestimentos de exteriores; são rochas constituídas de minerais de baixa resistência ao intemperismo físico e químico; por serem portadoras de alta densidade de fendas dispostas em várias direções, especialmente os basaltos (foto 43) e porque alteram-se de forma heterogênea, não são muito adequadas para serem utilizadas como brita e pedra de revestimento em obras sujeitas a variações climáticas, desestabilizam-se com facilidade se forem expostas em taludes de corte e são bastante percolativas, portanto, onde afloram ou estão situadas 22 Figura 22 - Uma característica comum do domínio 4 é a possibilidade de se encontrarem blocos e matacões isolados em meio aos solos. Característica importante de ser levada em consideração no caso de edificar sobre esses terrenos. do ponto de vista agrícola - os solos associados a esses terrenos, por serem argilosos, apresentam textura porosa e favorável para reter elementos, conseqüentemente respondem bem à adubação e durante os períodos secos mantêm boa disponibilidade hídrica por bom tempo; por outro lado, compactam-se, impermeabilizam-se e sofrem alta erosão hídrica se forem mecanizados continuamente com equipamentos pesados e/ou pisoteados por gado - forma-se uma camada endurecida e impermeável entre 15 e 20cm de profundidade que funciona como uma superfície de deslize para a camada superficial mais fofa, fenômeno conhecido como “pé de grade”; quando a pedogênese é pouco avançada e são pouco lixiviados, apresentam boa fertilidade natural; quando excessivamente lixiviados, são enriquecidos em ferro e alumínio, porém, em geral, apresentam excelentes características físicas e texturais para o desenvolvimento de todos os tipos de plantas; do ponto de vista hidrológico - por serem sustentados por rochas bastante fendilhadas esses terrenos, especialmente os basálticos (foto 43), apresentam alta permeabilidade secundária e alta capacidade de armazenamento d’água, por isso constituem-se em bons aqüíferos subterrâneos do tipo fissurado. Onde as rochas dos subdomínios 4B e 4C ocorrem próximas dos arenitos dos domínios 5 e 6 (figura 20), elas podem estar trapeadas com esses arenitos, constituindo-se numa morfolitostrutura favorável à existência de aqüíferos confinados; do ponto de vista ambiental - na maior parte dos subdomínios 4B e 4C o manto de intemperismo apresenta boa capacidade retentora e eliminadora de poluentes, conseqüentemente, é um importante manto protetor dos aqüíferos Botucatu e Pirambóia que a eles estão sotapostos. Também destaca-se que, devido às excelentes características agrícolas dos solos, os subdomínios 4B e 4C constituem-se num importantíssimo cinturão de diversificada produção agrícola. A esses terrenos é que estão associados, entre outros excelentes solos, a famosa “terra roxa”, muito conhecida nas regiões Sul-Sudeste do Brasil, por se constituir num dos melhores solos do país. 3.4.4 - Subdomínios e particularidades importantes de serem consideradas nas ações setorizadas de uso e ocupação Como pode ser visto nos quadros a seguir, os subdomínios 4A, 4B e 4C apresentam muitas diferenciações topográficas, às quais se associam outras implicações geotécnicas, agrícolas, hidrológicas e ambientais importantes de serem consideradas nas ações mais setorizadas de planejamento territorial.