REGULAMENTO OFICIAL da Proposta do Tema para a Competição de Estudo de Caso Apresentar Plano de Negócio para processamento de olerícolas e comercialização para a COOPESPERANÇA¹ – Cooperativa de Produtores Familiares do Município de Ribeirão Preto Estado de São Paulo As hortaliças, alimentos indispensáveis para a dieta equilibrada, são importantes fontes de vitaminas, sais minerais, carboidratos, fibras e outras substâncias como β – caroteno que contribuem, indiscutivelmente, para saúde humana. O consumidor vem apresentando cada vez maior consciência na escolha de sua alimentação, porém com menor tempo disponível para preparar refeições saudáveis, e, diante disso, o mercado de hortaliças processadas tem aumentado rapidamente, proporcionando o surgimento de produtos convenientes, ou seja, produtos frescos que podem ser preparados e consumidos em pouco tempo. Tal caracterização atual do consumidor de hortaliças justifica o beneficiamento e processamento dos vegetais como uma grande oportunidade de acesso ao mercado e de agregar valor à produção. De acordo com dados da FAO (2013), o Brasil produz 18.769,9 mil toneladas de hortaliças, sendo o tomate a olerícola produzida em maior quantidade, 3.074,0 mil toneladas. A olerícola, dentre as atividades agrícolas, destaca-se por apresentar alto custo de produção por área, mas também por apresentar alto potencial de retorno. Uma cooperativa é uma forma de associação autônoma, de pessoas que se unem voluntariamente, para satisfazer aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida (definição da Aliança Cooperativista Internacional), ou seja, além dos objetivos comuns, também é possível auferir lucros e de alguma maneira distribuí-los aso associados, de acordo com seu estatuto e a legislação específica. Ainda as vantagens do Cooperativismo podem aparecer nas seguintes situações: na negociação de preços mais acessíveis para determinadas matérias-primas; no barateamento ou na ampliação do canal de distribuição dos seus produtos e serviços; na promoção dos cursos; na divisão de espaços, e enfim, na colaboração mútua para o desenvolvimento. (¹): Trata-se de um caso real, porém com nome e local fictícios. A COOPESPERANÇA possui 17 cooperados, todos olericultores, que participarão deste projeto. Dos 17 olericultores, 7 possuem área de cultivo de orgânicos. A cooperativa está localizada no município de Ribeirão Preto – SP. Os empreendedores atuam na produção de hortaliças há pelo menos 12 anos e se dedicam ao cultivo de cenoura, milho verde, pepino, repolho, mandioca, tomate, alface, abóbora, abóbora cabotiã e alface, e comercializam estes produtos “in natura”. As propriedades olerícolas são 100% familiares e contam com mão de obra familiar para condução do campo de produção. Os cooperados possuem o Selo de Agricultura Familiar do Ministério de Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA) e participam do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), comercializando 40% da produção total com o programa. O empreendimento produz e comercializa hoje 1.827.100 kg de hortaliças mais 174.720 kg de milho verde. Este valor é composto por 261.000 kg de mandioca, 340.200 kg de alface, 189.000 kg de abóbora, 386.400 kg de tomate, 144.900 kg de cenoura, 242.000 kg de pepino, 83.600 kg de repolho, 120.000 kg de couve manteiga e 60.000 kg de cabotiã, mais 174.720 kg de milho verde. Os olericultores comercializam com 40% dos mercados do próprio município, além de participar do programa de aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). Atualmente, a produção é comercializada “in natura” tão logo é colhida, mas a cooperativa pretende, com a implantação deste projeto, comercializar produtos embalados e higienizados, ou seja, processados. A cooperativa conta com estrutura composta por um barracão, um salão – em construção - para recepção, beneficiamento, processamento, expedição, também estrutura para futuro armazenamento das olerícolas e ainda tanque de recepção de água proveniente da lavagem das hortaliças. A cooperativa não possui transporte próprio para a produção.