64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
TRATAMENTO TAXÔNOMICO PARA TRIBO HELIANTHEAE S.L.
(ASTERACEAE) EM RIO PARANAÍBA, MINAS GERAIS
1,*
1
1
1
1
Vinícius R. Bueno , Caio M. Campos , Carla C. Custódio , Isabel T. F. V. Lopes , Jacqueline B. e Cândido ,
1
1,2
Natasha N. M. Lobo , Silvana da C. Ferreira
1
2
Universidade Federal de Viçosa – Campus Rio Paranaíba, Docente da Universidade Federal de Viçosa,
* [email protected]
Introdução
Heliantheae s.l. é uma das maiores tribos dentro da
família Asteraceae, com cerca de 300 gêneros e 4000
espécies com distribuição cosmopolita, e pode ser
caracterizada morfologicamente por apresentar folhas
alternas, páleas no receptáculo, capítulo heterógamo e
cipselas enegrecidas [1]. Este trabalho apresenta o
tratamento taxonômico da tribo Heliantheae s.l. para o
Município de Rio Paranaíba, Minas Gerais, inserido no
bioma cerrado, o qual apresenta uma grande diversidade
de espécies para família Asteraceae.
Metodologia
diferenciou dos demais por apresentar brácteas
involucrais patentes. Para Aspilia Thouars, caracterizado
por apresentar flores do raio com duas nervuras
inconspícuas, foram encontradas três espécies: Aspilia
clausseniana Baker, Aspilia foliacea (Spreng.) Baker e
Aspilia riedelli Baker. E por último Aldama La Llave &
Lex., reconhecido por apresentar folhas alternas e
opostas no mesmo ramo, está representado na área de
estudo por três espécies: Aldama gardneri (Baker)
E.E.Schill. & Panero, Aldama robusta (Gardner)
E.E.Schill. & Panero, Aldama kunthiana (Gardner)
E.E.Schill. & Panero. Serão apresentadas chave de
identificação de gêneros e espécies e prancha de fotos
das espécies estudadas.
O trabalho foi realizado com coletas quinzenais feitas de
agosto de 2011 até junho de 2013, totalizando
praticamente dois anos de coleta. Os espécimes
coletados foram herborizados segundo as técnicas
convencionais e acondicionados no laboratório de
Sistemática Vegetal da Universidade Federal de Viçosa,
Campus de Rio Paranaíba. As identificações taxonômicas
foram feitas com base na literatura especializada,
consultas a especialistas e herbários.
Resultados e Discussão
Foram coletados e identificados 12 gêneros e 20
espécies.
Dentre
as
espécies
coletadas,
Acanthospermum Schrank é representada apenas por
Acanthospermum australe (Loefl.) Kuntze, enquanto para
o gênero Melampodium L. foi coletado Melampodium
perfoliatum Kunth. Os dois gêneros são os únicos que
apresentam flores do disco funcionalmente estaminadas
por aborto do gineceu e se diferenciam por
Acanthospermum apresentar frutos com tricomas
uncinados e Melampodium frutos glabros. O gênero
Tridax L., representado por Tridax procumbens L. foi o
único que apresentou pápus cerdoso. Para Wedelia Jacq.
foram encontradas duas espécies: Wedelia trichostephia
DC. e Wedelia puberula DC.,que apresentam em comum
flores do raio pistiladas e pápus coroniforme. Calea L.,
representado pela a espécie Calea mediterranea (Vell.)
Pruski, é caracterizado por apresentar tecas amarelas e
pápus de páleas livres. O gênero Eclipta L., incluindo
Eclipta prostata (L.) L. foi identificado por ser o único a
apresentar pápus escabroso. O gênero Cosmos Cav.
apresentou duas espécies Cosmos caudatus Kunth e
Cosmos sulphureus Cav.; e para o gênero Bidens L.
foram encontradas três espécies Bidens pilosa L., Bidens
segetum Mart. ex Colla e Bidens subalternans DC.,
ambos gêneros são facilmente distinguidos dos demais
por apresentar pápus com tricomas retrorsos.
Diferenciam-se por Cosmos apresentar cipsela rostrada e
Bidens cipsela sem rostro. Tilesia G. Mey., representado
na área de estudo por Tilesia baccata (L.f.) Pruski, foi o
único gênero com presença de frutos carnosos.
Dimerostemma
Cass.,
incluindo
unicamente,
Dimerostemma lippioides (Baker) S.F. Blake,
se
Figura. C. mediterranea – novo registro pra Minas Gerais.
Conclusões
Com base nos resultados, conclui-se que 8 espécies são
endêmicas do Brasil e C. mediterranea (Vell.) Pruski
representa uma nova ocorrência para Minas Gerais.
Agradecimentos
Agradecimentos à UFV – Campus Rio Paranaíba pelo
apoio. Agradecimentos também a Dr. João Ubiratan dos
Santos, Dr. Jimi Naoki Nakajima e Dr. Aristônio
Magalhães Teles pela ajuda nas identificações das
espécies. Ao amigo Rodrigo Pacheco pela acolhida no
HUFU e sugestões sempre válidas. E agradecimento
especial aos colegas do laboratório de Sistemática
Vegetal.
Referências Bibliográficas
[1] Bringel Jr., J.B. de A. & Cavalcanti T.B. 2009. Heliantheae
(Asteraceae) na Bacia do rio Paranã (Goiás, Tocantins), Brasil.
Rodriguésia 60(3): 551-580.
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Resumo - Sociedade Botânica do Brasil