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Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Instituto Nacional de Meteorologia – INMET
Coordenação Geral de Agrometeorologia
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Data:
22/05/2002
Prognóstico Trimestral (Junho, Julho e Agosto de 2002).
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), com base nas informações de análise e prognósticos
climáticos, fornecidos por modelos numéricos de médio e longo prazo dos principais
Centros Meteorológicos Mundiais e análise dos mapas de padrões máximos e mínimos
de precipitação (Método dos Decis), apresenta este Prognóstico sobre as condições
meteorológicas que poderão ocorrer neste período em todo o País, bem como suas
principais características. O mapa a seguir (Fig.01) mostra o Prognóstico de Precipitação
das Regiões para o trimestre.
Fig.01
Prognóstico JJA 2002-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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Observou-se um enfraquecimento das águas quentes (em profundidade) no
Oceano Pacífico equatorial, de oeste para leste, no último mês, em relação ao mês
anterior. Esta situação não favorece o desenvolvimento do fenômeno El Niño a curto
prazo. No Pacífico central ao sul da linha do Equador, nota-se um aumento nas
temperaturas da superfície do Oceano da ordem de 1.0 ºC a 2.0ºC (Fig. 02).
Fig. 02
Fonte: NESDIS/NOAA
Climatologicamente, o período é caracterizado pela redução das chuvas
nas Regiões Sudeste, Centro-Oeste e sul da Região Norte. O pico da onda de CHEIAS,
nos afluentes da margem esquerda do rio Amazonas, ocorrem no final do mês de junho.
A costa leste do Nordeste apresenta o trimestre mais chuvoso do ano, enquanto grande
parte do semi-árido tem o término do período chuvoso em maio. Outra característica do
trimestre é o declínio nas temperaturas. Nas Regiões Sul, Sudeste e parte do CentroOeste do País há ocorrência de GEADAS; queda de NEVE na Região Sul e as
Prognóstico JJA 2002-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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primeiras FRIAGENS no sul da Região Norte. A partir de julho, diminui a umidade
relativa do ar em Goiás e no Distrito Federal, atingindo valores inferiores a 20%.
As condições meteorológicas nesta estação dependem da evolução dos
seguintes sistemas:
•
as frentes frias e as massas de ar de origem polar atuam com maior freqüência e
intensidade, ocasionando declínio de temperatura nas Regiões Sul, Sudeste, CentroOeste e nos Estados da Bahia, Acre, Rondônia e sul do Amazonas;
•
as Ondas de Leste contribuem para o aumento da precipitação na faixa litorânea que
vai do leste do Rio Grande do Norte até Salvador.
REGIÃO NORTE
Chuva
A característica predominante no período é a continuidade das chuvas, com
decréscimo gradativo dos totais pluviométricos em grande parte da Região de norte para
sul, com exceção do Estado de Roraima, onde ocorre incremento dos totais mensais. No
litoral e nordeste do Pará, o fenômeno das brisas favorece as instabilidades formando
aglomerado de nuvens responsáveis pelas chuvas ao anoitecer.
Em junho, os máximos de precipitação variam de 420mm a 480mm em Roraima e
Norte Amazonense; os mínimos, inferiores a 10mm, ocorrem no sul do Pará, Rondônia e
Tocantins. Em julho, os máximos de precipitação variam de 300mm a 360mm no norte de
Roraima e noroeste do Amazonas; os mínimos inferiores a 10mm ocorrem em Rondônia
e sul do Pará. Em agosto, os máximos de precipitação, de 240mm a 300mm ocorrem no
extremo norte do Amazonas e Estado de Roraima; os mínimos ocorrem no sudeste do
Pará e Estado do Tocantins com valores inferiores a 20mm.
Prevê-se que os totais pluviométricos deverão ocorrer ligeiramente abaixo
dos padrões climatológicos no litoral e nordeste do Pará. As demais áreas
apresentarão valores dentro dos padrões climatológicos ((FIG. 01).
Temperatura
O trimestre é caracterizado pela ocorrência de baixas temperaturas devido à
influência das massas de ar frio no sul da Região. Em junho, as máximas acima de 33ºC
ocorrem no Tocantins e sudeste do Pará; as mínimas de 18ºC a 21ºC no sul do
Amazonas, do Pará, Acre e Tocantins. Em julho, as máximas entre 33ºC e 36ºC ocorrem
no sul do Pará, centro e norte do Tocantins; as mínimas de 15ºC a 18ºC ocorrem no Acre,
Rondônia, sul do Pará, centro e sul do Tocantins, podendo atingir temperaturas de até
12ºC no Acre, Rondônia e sul do Amazonas em conseqüência do fenômeno conhecido
como FRIAGENS. Em agosto, as temperaturas máximas entre 33ºC e 36ºC ocorrem no
sudeste do Amazonas, centro e sul do Pará e Estado do Tocantins; as mínimas
Prognóstico JJA 2002-Instituto Nacional de Meteorologia - INMET
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entre18ºC e 21ºC ocorrem no sul do Amazonas, sul e centro do Pará e estados do Acre,
Rondônia e Tocantins.
Prevê-se que as temperaturas ficarão dentro dos padrões climatológicos em
toda a Região.
REGIÃO NORDESTE
Chuva
O trimestre é caracterizado pelo final da estação chuvosa da região semi-árida. Na
costa leste, as chuvas continuam, ocasionadas pelas Ondas de Leste, quando
associadas às frentes frias oriundas do sul, são responsáveis por pancadas de chuvas,
às vezes intensas no período de 24 horas, principalmente no litoral entre Natal e
Salvador. A partir de agosto, as chuvas diminuem consideravelmente no leste da Região.
Em junho, os índices máximos variam de 240mm a 400mm no leste do Rio Grande
do Norte, da Paraíba, de Pernambuco e litoral de Alagoas. Os menores valores ocorrem
no Piauí, exceto o litoral, centro e sul do Maranhão, sudoeste do Ceará, oeste de
Pernambuco, centro e oeste da Bahia, podendo atingir valores abaixo de 10mm. Em
julho, os valores máximos oscilam entre 300mm e 420mm no litoral da Paraíba, de
Pernambuco e de Alagoas. Valores inferiores a 10mm ocorrem no Piauí, centro e sul do
Maranhão, sul e oeste do Ceará, sudoeste do Rio Grande do Norte, oeste de
Pernambuco, centro e oeste da Bahia. Em agosto, os valores máximos de precipitação,
oscilam entre 120mm e 240mm no litoral leste do Rio Grande do Norte e litoral dos
estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Por outro lado, valores inferiores a 10mm
ocorrem no Piauí, centro, sul e leste do Maranhão, centro, sul e oeste do Ceará, oeste
dos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, centro e oeste da Bahia.
Para o trimestre, prevê-se condições de chuva dentro dos padrões climáticos
nos estados do Maranhão e Bahia e nas demais áreas da Região entre normal a
ligeiramente abaixo. (FIG. 01).
Temperatura
O trimestre é caracterizado pela diminuição das temperaturas, principalmente das
mínimas em toda a Região, com declínio mais acentuado nos meses de julho e agosto.
Em junho, os máximos acima de 33ºC ocorrem no centro e norte do Piauí e oeste dos
Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em julho, os valores máximos
acima de 33ºC ocorrem no sudoeste do Maranhão, centro e norte do Piauí, sul e oeste do
Ceará, oeste dos estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Em agosto, os valores
máximos acima de 33ºC, ocorrem no centro, sul e leste do Maranhão, centro e norte do
Piauí, centro, sul e oeste do Ceará, oeste do Rio Grande do Norte e do Pernambuco e
noroeste da Paraíba e da Bahia. Durante o período, os valores mínimos ocorrem entre
12ºC e 15ºC, nas regiões serranas dos Estados do Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco e
Bahia, podendo chegar até 10ºC em localidades isoladas nas regiões serranas da Bahia.
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Prevê-se que as temperaturas fiquem entre normal a ligeiramente acima dos
padrões climatológicos em toda a Região.
REGIÃO CENTRO-OESTE
Chuva
O período é caracterizado pela estiagem em toda a Região e baixos índices de
umidade relativa do ar. Em junho, as maiores precipitações ocorrem entre 60mm a
120mm no sul e centro do Mato Grosso do Sul; os mínimos, abaixo de 10mm, em grande
parte da Região. Em julho, os maiores valores ocorrem de 20mm a 60mm no centro e
norte do Mato Grosso do Sul, de 10mm a 20mm no sul de Goiás, sul e noroeste do Mato
Grosso e abaixo de 10mm nas demais áreas da região. Em agosto, os maiores valores
ocorrem entre 40mm a 60mm no sul e centro do Mato Grosso do Sul, de 20mm a 40mm
no sul de Goiás e no oeste e sul do Mato Grosso; os menores valores abaixo de 10mm
em grande parte da Região.
Prevê-se que o regime pluviométrico ficará dentro dos padrões climatológicos.
(Fig. 01).
Temperatura
Neste trimestre, as temperaturas diminuem gradativamente em toda Região, com
ocorrência de geadas no sul do Mato Grosso do Sul. Em junho, as máximas variam de
30ºC a 33ºC no Mato Grosso, oeste e norte de Goiás e de 27ºC a 30ºC no Distrito
Federal; as mínimas variam de 12ºC a 15ºC no sul dos Estados de Goiás e Mato Grosso
do Sul. Em julho, as máximas variam de 33ºC a 36ºC no norte do Mato Grosso, de 30ºC a
33ºC no oeste e centro de Goiás e restante do Mato Grosso, enquanto que as mínimas
variam de 12ºC a 15ºC no Mato Grosso do Sul, sul e leste de Goiás, Distrito Federal e
centro-sul do Mato Grosso. Em agosto, as máximas variam de 33ºC a 36ºC em grande
parte do Mato Grosso e no oeste e noroeste de Goiás; as mínimas variam de 12ºC a
15ºC no sul do Mato Grosso do Sul, sudoeste e leste de Goiás e sudeste do Mato
Grosso.
Prevê-se que as temperaturas fiquem ligeiramente acima dos padrões
climatológicos.
REGIÃO SUDESTE
Chuva
O trimestre é caracterizado pela redução das chuvas em toda a Região. Em junho,
os valores máximos oscilam de 120mm a 180mm no sudeste de São Paulo e os mínimos,
abaixo de 10mm, concentram-se em Minas Gerais e extremo norte de São Paulo e oeste
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do Espírito Santo. Em julho, os valores máximos oscilam entre 60mm e 120 mm no sul e
sudeste de São Paulo, sul e leste do Rio de Janeiro, leste e norte do Espírito Santo; os
mínimos, inferiores a 20mm, ocorrem no estado de Minas Gerais, centro, norte e oeste de
São Paulo e oeste dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em agosto, os
máximos oscilam de 60mm a 120mm no sul e leste de São Paulo e leste dos estados do
Rio de Janeiro e Espírito Santo; os mínimos inferiores a 10mm ocorrem no norte e oeste
de São Paulo e em Minas Gerais, exceto na região nordeste.
Prevê-se para o período chuvas entre normal a ligeiramente acima dos
padrões climatológicos para o litoral de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Espírito
Santo e dentro dos padrões climatológicos para as demais áreas da Região. (FIG.
01).
Temperatura
No trimestre, as massas de ar frio tornam-se mais intensas, favorecendo o declínio
nas temperaturas, que deve acentuar-se nos meses de junho e julho. Nessa época, as
condições meteorológicas são predominantemente de dias ensolarados com maior
presença de nevoeiros e formação de geadas, principalmente nas regiões serranas. Em
junho, as máximas variam de 27°C a 30°C no noroeste de São Paulo, oeste, norte e
nordeste de Minas Gerais e norte dos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. As
mínimas oscilam de 6°C a 9°C na regiões serranas de São Paulo e sul de Minas Gerais.
Em julho, os valores máximos atingem 27ºC a 30ºC no Triângulo e norte de Minas Gerais,
Espírito Santo e noroeste de São Paulo. Em agosto, as máximas variam de 30°C a 33°C
no Triângulo e noroeste de Minas Gerais e noroeste de São Paulo; os valores mínimos,
de 6°C a 9ºC, no sul de Minas Gerais. Com a chegada das massas de ar frio mais
intensas, as temperaturas podem atingir valores abaixo de 0ºC nas áreas elevadas do
nordeste de São Paulo e sul de Minas Gerais.
Prevê-se que as temperaturas fiquem entre normal a ligeiramente acima dos
padrões climatológicos.
REGIÃO SUL
Chuva
No período, o regime pluviométrico é influenciado principalmente por sistemas
frontais. Devido à passagem rápida destes sistemas, associados a baixas pressões,
podem ocorrer rajadas de ventos fortes, seguidas logo após pelos ventos Minuano. As
precipitações diminuem consideravelmente no norte do Paraná.
Em junho, os máximos de precipitação variam de 180mm a 240mm no centro, norte
e noroeste do Rio Grande do Sul, centro e oeste de Santa Catarina e sudoeste do
Paraná; os mínimos variam de 20mm a 40mm no norte do Paraná. Em julho, os máximos
de precipitação variam de 180mm a 240mm na serra do sudeste, centro e norte do Rio
Grande do Sul e os mínimos variam de 10mm a 20mm no extremo norte do Paraná. Em
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agosto, os máximos de precipitação variam de 180mm a 240mm no norte do Rio Grande
do Sul e sul de Santa Catarina; os mínimos variam de 10mm a 20mm no norte do Paraná.
Prevê-se que a precipitação
climatológicos na Região (Fig. 01).
ficará
ligeiramente
acima
dos
padrões
Temperatura
Neste período, as temperaturas declinam consideravelmente, devido à maior
freqüência e intensidade de massas de ar frio, causando a formação de geadas em
quase toda a Região e neve nas áreas mais altas com temperaturas mínimas atingindo
valores abaixo de zero. A formação de nevoeiros é freqüente durante a madrugada e
início da manhã, principalmente nas regiões de planaltos, serras e vales.
Em junho e julho, as temperaturas máximas oscilam de 24ºC a 27ºC no noroeste
do Paraná e as temperaturas mínimas variam de 6ºC a 9ºC na campanha, serra e
planalto do Rio Grande do Sul, planalto de Santa Catarina e centro-sul do Paraná. Em
agosto, as temperaturas máximas oscilam de 24ºC a 27ºC no norte e oeste do Paraná e
as temperaturas mínimas variam de 6ºC a 9ºC no leste do planalto do Rio Grande do Sul,
planalto sul de Santa Catarina e na região central do Paraná (Curitiba e entorno).
Prevê-se para o período temperaturas dentro dos padrões climatológicos na
Região.
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