UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Andreza Mirella Rosa Bárbara Ayako Nass RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL LINS SP 2009 ANDREZA MIRELLA ROSA BÁRBARA AYAKO NASS RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a Orientação dos Professores Esp. Paulo José Manzoli Godinho e Profª Esp. Ana Beatriz Lima. LINS SP 2009 R694r Rosa, Andreza Mirella; Nass, Bárbara Ayako Responsabilidade sócio-ambiental: Prefeitura Municipal de Lins / Andreza Mirella Rosa; Bárbara Ayako Nass. Lins, 2009. 116p. il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2009 Orientadores: Paulo José Manzoli Godinho;Ana Beatriz Lima 1. Responsabilidade Sócio-Ambiental. Sustentabilidade. I Título CDU 658 2. Meio Ambiente. 3. ANDREZA MIRELLA ROSA BÁRBARA AYAKO NASS RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL Monografia apresentada ao Centro Universitário Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Administração. Aprovada em. ___/___/___ Banca examinadora: Prof.º Orientador: Paulo José Mazoli Godinho Especialista em Administração Empresarial pela Faculdade Integrada de Marília Assinatura: ____________________________________ 1º Prof.(a): __________________________________________________________ Titulação: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Assinatura: _____________________________________ 2º Prof.(a): __________________________________________________________ Titulação: ___________________________________________________________ ___________________________________________________________________ Assinatura: _____________________________________ DEDICATÓRIA À DEUS Por n u n ca m e d ei x a r d esi st i r m esm o qu a n d o p en sei , sem p r e m e f a z er a cr ed i t a r qu e é p ossív el m e d a n d o f or ça s p a r a con t i n u a r minha caminhada. A MINHA MÃE TEREZINHA Por a cr ed i t a r em m i m , m e d a r f or ça s e confiar n a m i n h a ca p a ci d a d e d e en f r en t a r e p or m e dar a m ã o sem p r e p a r a l ev a n t a r d i a n t e d os d esa f i os d a v i d a , p or t er m e d a d o à v i d a e estar sempre ao meu lado nos momentos tristes e felizes. AOS MEUS IRMÃOS E SOBRINHO Por est a r em sem p r e a o m eu l a d o m e i n cen t i v a n d o p el a paciência e amor A MINHA FILHA CAMILLE Por ser a razão da minha vida ANDREZA À DEUS D ed i co est e t r a ba l h o a o Sen h or p or m e dar f or ça s n os m om en t os con t u r ba d os e p or col oca r p essoa s i n cr ív ei s n a minha vida e sabedoria ao longo desses anos. A MINHA MÃE D ed i co a p essoa m a i s i m p or t a n t e d a m i n h a v i d a , m i n h a M ã e, sem p r e t ã o p r esen t e a t en ci osa a t u d o o qu e a con t eci a . A gr a d eço a s p r eocu p a ções, i n cen t i v os e a os con sel h os, p or ém qu e n em sem p r e f or a m segu i d os, m a s v á l i d os. Su a p r esen ça em m i n h a v i d a é si m p l esm en t e i n su bst i t u ív el , e d i v i n a sem v ocê p r esen t e não teria chegado até aqui. AO MEU PAI D ed i co a o m eu p a i , u m h om em d e p ou ca s p a l a v r a s, qu e n ã o sa be d em on st r a r seu s sen t i m en t os p or com p l et o, m a s qu e t em u m grande coração e preocupação perante a minha educação. BÁRBARA AGRADECIMENTOS A gr a d ecem os D eu s p el a f on t e d e i l u m i n a çã o em n ossa s v i d a s, n os a u x i l i a n d o,d a n d o f or ça s e cor a gem p a r a segu i r m os n essa lut a i n ca n sá v el p el o n osso obj et i v o e p or n u n ca n os abandonar. A s n ossa s f a m íl i a s p el o ca r i n h o, a t en çã o, a m or con f i a n ça m ost r a r á n ós e p el a d ep osi t a d a e p or n os d a r a op or t u n i d a d e d e qu e som os ca p a z es d e cr escer sem p r e e qu e som os especiai s.. A em p r esa , p el a a t en çã o e com p r een sã o d ed i ca d a a n ós, sem p r e n os a t en d en d o com a m a i or d i sp osi çã o em t od a s a s n ossa s necessidades e pelas informações compartilhadas. A os p r of essor es e or i en t a d or es, qu e d ed i ca r a m seu t em p o n os t r a n sm i t i n d o seu con h eci m en t o e n os en si n a n d o a cr escer profissionalmente. A os n ossos a m i gos p or t or n a r em essa j or n a d a m a i s f el i z , a gr a d á v el e si m p l esm en t e i n esqu ecí v el . Obr i ga d a p el a a m i z a d e e p el o com p a n h ei r i sm o d e t od os qu e n os a com p a n h a r a m n essa j or n a d a e sem p r e com a esp er a n ça d e qu e a i n d a h a v er á m u i t os encontros. Sucesso a todos RESUMO Nos dias atuais a questão de responsabilidade sócio-ambiental, tornouse uma preocupação frequente para as empresas que buscam garantir a sustentabilidade do meio ambiente e seu poder de competitividade no mercado, utilizando-se de meios para garantir os recursos naturais às futuras gerações. Esta nova preocupação é devido à nova consciência dos consumidores, que passaram a se preocupar mais com o meio ambiente, onde obrigam as empresas a aderirem às suas necessidades e colocando-o dentro de seus objetivos. A inclusão do meio ambiente nos objetivos da empresa traz a ela uma série de benefícios, tanto a curto como a longo prazo e vão desde influências sobre os recursos financeiros da empresa até a sociedade, ou seja, proporcionam benefícios mútuos à sociedade e à empresa. A questão ambiental vem se tornando um diferencial competitivo. O cuidado com a saúde, segurança, preservação dos recursos finitos, visando diminuir os impactos ambientais; que vêm crescendo assustadoramente, tornando-se uma estratégia de grande valia a todas as empresas. A conscientização da preservação ambiental deve ser implantada e incentivada desde cedo pelo poder público, aplicada às cidades, escolas e instituições de ensino superior e principalmente praticada pela população sempre pensando na melhoria da qualidade da vida humana e do planeta. Porém esta ação de preservação ambiental deve ser espontânea e não esporádica. Com o auxílio de projetos bem elaborados, com objetivos claros e principalmente bem divulgados sobre seus benefícios a natureza é um pequeno passo para que a população mude seus pensamentos e agreguem essa conscientização no seu cotidiano, mas que deve sempre ser verificado o grau de envolvimento nos projetos de preservação ambiental que incentivem a uma nova visão e preocupação para que a população realmente funcione e atenda aos seus objetivos. Palavras-chave: Sustentabilidade. Responsabilidade Sócio-Ambiental. Meio Ambiente. ABSTRACT Nowadays the question of environment social responsability it is become a frequent concern for the companies that seek to ensure the sustainability of the environment and its competitivety power in the market, using means to secure the natural resources to the future generations. This new concern is due to the new consciousness of consumers that have become more concerned about the environment, where companies must adhere to its needs and putting it within of its objectives. The inclusion of environmental in the company´s objectives brings a series of benefits, both short and long term since the influences on the company's financial resources to society, that is, provide mutual benefit to the society and to the business. The environmental issue has become a competitive differential. The care with the health, safety, conservation of finite resources in order to reduce the environmental impacts has grown tremendously, becoming a great valuable strategy for all companies. The awareness of environmental conservation must be implemented and encouraged early on by the public power, implemented to the cities, schools and higher education institutions and mainly practiced by the population always thinking in the improving the quality of human life and the planet. So this action of environmental conservation must be spontaneous and mustn´t sporadic. With the help of well-designed projects with clear objectives and mainly wellpublicized on the nature of its benefits is one small step for that the population changes its thoughts and add this awareness in its daily lives, but that must always be verified the degree of involvement in environmental preservation projects that encourage a new vision and concern to that the population actually works and attends its goals. Keywords: Environment Social Responsibility. Environment. Sustainability LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista Panorâmica da Cidade de Lins.................................................19 Figura 2: Trilha Ecológica do Barbosinha .........................................................27 Figura 3: Novo horto em funcionamento ...........................................................29 Figura 4: Mutirão do Lixo Eletrônico..................................................................32 Figura 5: Município Verde Azul .........................................................................40 Figura 6: Cidade Amiga da Amazônia...............................................................43 Figura 7: Centro de Educação Ambiental ..........................................................45 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Prefeitos e sua ações......................................................................19 Quadro 2: Princípios do ciclo SGA....................................................................65 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Gênero...............................................................................................77 Tabela 2: Faixa Etária .......................................................................................78 Tabela 3: Renda Familiar ..................................................................................78 Tabela 4: Escolaridade......................................................................................79 Tabela 5: Você sabe o que é Responsabilidade Social?..................................79 Tabela 6: Você se preocupa com o meio ambiente?........................................80 Tabela 7: Em qual(is) ação(es)? .......................................................................80 Tabela 8: Você tem conhecimento das ações ambientais desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Lins? .....................................................................80 Tabela 9: Você sabe o que é SEDESU?...........................................................81 Tabela 10: Você tem conhecimento das ações desenvolvidas pela SEDESU? ...........................................................................................................81 Tabela 11: Você acha importante a preocupação da Prefeitura Municipal de Lins pelo meio ambiente?...................................................................................81 Tabela 12: Você frequenta o horto florestal? ....................................................82 Tabela 13: Você tem conhecimento dos projetos desenvolvidos no horto florestal? ....................................................................................................82 Tabela 14: Qual(is)? ..........................................................................................83 Tabela 15: Você participa desses projetos? .....................................................83 Tabela 16: Você acha que com esses projetos houve melhoria na qualidade de vida ou do meio ambiente? ...........................................................................84 Tabela 17: O que na sua opinião poderia(m) ser feito(s) para esses projetos elaborados alcançassem uma que maior colaboração da população? .........................................................................................................84 Tabela 18: Como você tomou conhecimento dos projetos desenvolvidos pela prefeitura para o meio ambiente? ......................................................................85 Tabela 19: Para você o(s) foco(s) maior(es) no desenvolvimento dos projetos deveriam ser em relação ao que?......................................................................85 Tabela 20: Em seu bairro, qual(is) projeto(s) poderia(m) melhorar as condições para o meio ambiente e para as pessoas? ........................................................86 Tabela 21: Avalie a importância da elaboração de projetos para a sua vida e da sua cidade? ..................................................................................................86 Tabela 22: Qual(is) projeto(s) que você conhece deveria(m) ter uma maior atenção por ser um projeto importante? ............................................................87 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS APP - Áreas de Preservação Permanente SABESP - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo CAA - Cidade Amiga da Amazônia CEA - Centro de Educação Ambiental COMDEMA - Conselho Municipal do Meio Ambiente COMPOR - Coordenadoria de Política Rural e Meio Ambiente CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz COOPERSOL - Cooperativa Recicladora de Lixo DPRN - Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais END - Esgotos Não Domésticos FATEC Faculdade de Tecnologia IBAMA - Instituto brasileiro do meio ambiente e dos recursos naturais renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ISO - International Organization for Standardization ONG - Organização Não Governamental PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro PML Prefeitura Municipal de Lins PURA - Programa de Uso Racional de Água SGA - Sistema de Gestão Ambiental SEDESU SENAI Secretaria do Desenvolvimento Sustentado Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial S/A - Sociedade Anônima UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro UNIMEP - Universidade Estadual Paulista UNESCO - United Nation Educational, Scientific and Cultural Organization SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13 CAPÍTULO I - PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS ........................................16 1 A Fundação da Cidade de Lins ...............................................................16 1.1 A história da Prefeitura Municipal de Lins...............................................16 1.1.1 Administração da Prefeitura Municipal de Lins ........................................19 1.1.2 Os objetivos da Prefeitura Municipal de Lins ...........................................25 1.1.3 Missão da Prefeitura Municipal de Lins ...................................................26 1.2 Aspectos Administrativos ........................................................................26 1.3 Ações Ambientais da Prefeitura Municipal de Lins .................................27 1.3.1 Trilha Ecológica do Barbosinha...............................................................27 1.4 História da SEDESU................................................................................28 1.4.1 Evolução da SEDESU .............................................................................28 1.5 Leis Ambientais da Prefeitura Municipal de Lins ....................................29 1.5.1 Conselho Municipal de Política Urbana e Meio Ambiente (CONDEMA) 29 1.5.2 Coordenadoria de Política Rural e Meio Ambiente COMPOR .............30 1.5.3 Políticas de Responsabilidade Ambiental Sustentável ...........................31 1.6 Projetos Ambientais.................................................................................31 1.6.1 Mutirão do Lixo Eletrônico.......................................................................31 1.6.2 Bosques Urbanos ....................................................................................33 1.6.3 De olho no óleo .......................................................................................35 1.6.4 Arborização Urbana.................................................................................36 1.6.5 Papa Pilhas..............................................................................................36 1.6.6 Parque Linear ..........................................................................................38 1.6.7 Município Verde.......................................................................................38 1.6.8 Coopersol ................................................................................................40 1.6.9 Cidade Amiga da Amazônia-Greenpeace...............................................41 1.6.10 Associação dos Amigos do Horto Florestal de Lins...............................43 1.7 Centro de Educação Ambiental...............................................................44 1.8 A importância da Administração Verde...................................................45 CAPITULO II RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL .........................47 2. Responsabilidade Social ..........................................................................47 2.1 Questão Meio Ambiente ...........................................................................50 2.2 Evolução dos Problemas Ambientais......................................................51 2.3 Construção da Consciência Ambiental ..................................................57 2.4 Benefícios Estratégicos ...........................................................................59 2.5 Legislação Ambiental ..............................................................................60 2.6 Normas Ambientais .................................................................................63 2.7 Protocolo de Quioto ................................................................................66 2.8 Responsabilidade Ambiental voltada para o Município ..........................67 2.9 Empresas Sustentáveis...........................................................................68 2.9.1 Sabesp.....................................................................................................68 2.9.2 Companhia Paulista de Força e Luz - CPFL..........................................70 2.9.3 O Boticário ...............................................................................................71 2.9.4 Faber-Castell ..........................................................................................72 CAPITULO III A PESQUISA ...........................................................................76 3 Introdução..............................................................................................76 3.1 Apresentação dos dados da pesquisa ..................................................77 3.1.1 Apresentação dos dados de identificação do público pesquisado .......77 3.1.2 Apresentação doa dados das questões especificas.............................79 3.2 Discussão .............................................................................................88 3.3 Parecer final .........................................................................................89 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ......................................................................90 CONCLUSÃO.....................................................................................................92 REFERÊNCIAS ..................................................................................................93 APÊNDICES.......................................................................................................97 13 INTRODUÇÃO Atualmente, com a globalização, com a economia complexa e a reogarnização das empresas, a sociedade obrigou-as a reverem seus conceitos e a prática da ética, exigindo delas a responsabilidade sócioambiental. De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente (2003, p. 10), As relações de interdependência entre a sociedade e o meio ambiente, neglicenciadas pela modernidade industrial, colocam-se hoje como um dos grandes dilemas do mundo contemporâneo . Há pouco tempo, a competitividade era baseada em preço e qualidade; hoje, a qualidade incorporou-se à qualidade nas relações e nos valores agregados às pessoas envolvidas. Com isso, as organizações passam a se preocupar com a escassez dos recursos não renováveis e a atender o novo cliente que, preocupado com o impacto ambiental, busca empresas e produtos com essa consciência. Surgiu assim o termo Responsabilidade Social abrangendo obrigações com a sociedade, meio ambiente, cultura e educação. Dessa forma, é exigido das organizações o poder de mudança que possuem. A preservação do meio ambiente é importante na definição de qualidade de vida da comunidade; por isso as empresas socialmente responsáveis, além de gerar valor ao próximo, conquistam a melhoria como um diferencial competitivo e uma de estratégia de sobrevivência. Segundo Donaire (1999, p. 21), As atividades das organizações afetam as condições da sociedade onde se localizam e a espécie de civilização urbana que ela possui . O novo contexto econômico caracteriza-se por uma rígida postura dos clientes, voltadas à experiência de interagir com organizações que sejam éticas, com boa imagem institucional no mercado, e que atuem de forma ecologicamente responsável. (TACHIZAWA, 2005, p. 23). Com as mudanças globais, certos paradigmas de preocupação com a questão ambiental surgiram devido ao crescimento desenfreado das cidades e das indústrias, o que mudou a maneira de agir e pensar das pessoas, das empresas e principalmente do governo, que, pressionados, adotam atitudes ambientais, melhoram sua relação com a saúde e a segurança de seus 14 colaboradores, assumindo assim uma posição de responsável ética e socialmente perante a sua comunidade. Segundo Ashley (2005), a responsabilidade social pode atender aos interesses e às partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviços, fornecedores, consumidores, comunidade, governo e meio ambiente), com valores éticos e algumas ferramentas de marketing, proporcionam um diferencial importante no mercado competitivo e globalizado. Atualmente, a questão ambiental é essencial no processo de gestão, elevando a preocupação para o nível estratégico das empresas que não são apenas questionadas pelo que fazem, mas especialmente pelo que deixam de fazer, como o descaso com problemas sociais e pouca qualidade dos produtos e serviços. No passado, as empresas eram vistas como fonte de progresso e riqueza, e hoje são analisadas pelo custo social do desenvolvimento. Segundo Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000), a nova consciência ambiental, como a mudança na cultura, onde a fumaça passou a ser vista como anomalia e não mais como uma vantagem, ganhou dimensões no meio ambiente como um dos princípios fundamentais do homem moderno. De acordo responsabilidade com social Tachizawa são (2005), instrumentos a gestão gerenciais ambiental importantes e a de competitividade em qualquer que seja o segmento econômico. Para uma gestão ambiental e responsabilidade social sustentável são precisos executivos e profissionais nas organizações públicas e privadas, que unam tecnologia inovadora, regras de decisão e conhecimentos. Conforme o autor já citado (2005, p. 31), O avanço tecnológico e o desenvolvimento do conhecimento humano, por si só, não produzem efeitos se a qualidade da administração efetuada sobre os grupos organizados de pessoas não permitir a aplicação efetiva desses recursos humanos . Entre todas as preocupações de uma organização, a preocupação ambiental é muito relevante, originando assim o termo desenvolvimento sustentável para atender às necessidades presentes sem comprometer as futuras gerações. Segundo Donaire (1999), a qualidade social é medida pela melhoria do bem bem-estar das populações despossuídas, e a qualidade ecológica, pela solidariedade e com as futuras gerações. 15 Diante da exposição sobre Responsabilidade Sócio-Ambiental, a pesquisa será realizada na Prefeitura Municipal de Lins (PML) Desenvolvimento Sustentado (SEDESU) Secretaria de , com o intuito de analisar a importância do meio ambiente e seus recursos naturais para o município. A SEDESU existe há 16 anos, tendo sido criada dentro da prefeitura em meados de 1993, onde foram iniciados projetos de preservação ambiental. Ela é responsável pelo diagnóstico, planejamento e determinação de indicadores de qualidade do meio ambiente. O objetivo do trabalho é descrever e analisar os projetos desenvolvidos pela PML SEDESU , sua influência sob a população, e enfatizar a importância da responsabilidade sócio-ambiental; analisar o conhecimento e envolvimento da população nos projetos sócio-ambientais desenvolvidos pela PML e conhecer a prática da responsabilidade sócio-ambiental desenvolvida pela SEDESU. Diante do exposto surgiu o seguinte problema: Até que ponto o conceito de Responsabilidade Sócio-Ambiental desenvolvida pela PML tem importância para a população linense? Como hipótese, acredita-se que o conceito de Responsabilidade SócioAmbiental é conhecido e importante para a população linense, pois, foram através das ações sócio-ambientais desenvolvidas pela PML SEDESU que pudemos analisar e constatar a veracidade deste projeto. Para demonstrar na prática os resultados, a pesquisa foi realizada na PML durante o período de fevereiro a outubro de 2009, cujos métodos e técnicas utilizadas nesta pesquisa estão descritos no capítulo III. Capítulo I Descreve a PML, sua história, evolução e seus projetos ambientais. Capítulo II Aborda a Responsabilidade Sócio-Ambiental e seus conceitos, benefícios e implementação. Capítulo III Demonstra a análise da pesquisa de campo realizada. Por fim, a proposta de intervenção e as considerações finais também constituem a parte final deste trabalho. 16 CAPÍTULO I PREFEITURA MUNICIPAL DE LINS 1 A FUNDAÇÃO DA CIDADE DE LINS 1.1 A história do município de Lins A história de Lins iniciou-se o século XX, onde tudo era sertão, a terra virgem, a mata fechada, a flora e fauna ricas em espécies, corria, mansas e serenas, com suas águas cristalinas, um córrego denominado "Brumadinho" (muitos assim o chamavam), posteriormente chamado "Douradinho" e finalmente "Campestre". Lins nascia com o nome de Douradinho (Brumadinho), Campestre, Santo Antônio do Campestre; depois, Albuquerque Lins até oficializar-se como Lins. O município surgiu no cruzamento de uma trilha de índios, localizada nas proximidades dos Rios Tietê e Dourado e à Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. As paralelas cintilantes dos trilhos da Estrada de Ferro, chegavam por estes lados trazendo os homens e suas famílias, cortando as matas com seu destino já traçado pelo Marechal Rondon, rumo ao Mato Grosso. Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.] desde o nascer desta terra generosa e boa, imperou o amor e o bairrismo pelo torrão que emergia da mata. De elevado espírito religioso, tratavam desde logo os primitivos moradores: Cel.(Coronel) Manoel Francisco Ribeiro, Capitão Joaquim Carlos Ribeiro, Manoel Lourenço Ribeiro, Francisco José Ribeiro, José Noronha Ribeiro, Cel. Joaquim Toledo Piza e Almeida, Francisco Teófilo de Andrade, Frederico M. Costa, Amâncio Nogueira, José do Rego, Francisco Veloso Martins, Cel. João Pedro de Carvalho Júnior, Joaquim de Godoy, Fortunato Hena, Joaquim Barbosa de Morais, Amâncio de Assis Nogueira, Egidio Galleti, Domingos de Matos Guedes, Antonio Marques Castanheira, Dona Amélia 17 Marques Castanheira (primeira parteira de Lins), Antônio Seabra (primeiro professor), etc. A fé e o espírito desses bandeirantes, resultaram no surgimento de um aglomerado de toscas casas, a maioria de pau-a-pique, cobertas de zinco ou da própria vegetação local, ao redor da Estação de Campestre. Desde o ano de 1906, o fazendeiro Manuel Francisco Ribeiro, que tinha grandes extensões de terra em São Sebastião de Pirajuí (hoje Pirajuí), já andava por essas passagens atrás de farta caça e pesca. A partir de então, várias famílias por aqui se estabeleceram (Ribeiro Noronha, Moreira da Costa, Toledo Piza, Carvalho, Andrade, Assis Nogueira, etc.), fundando o patrimônio de Santo Antônio do Campestre. Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.] em 16 de fevereiro de 1908, o então Presidente da República, Senhor Afonso Penna, acompanhado do engenheiro, o Conde Paulo de Frontin (inspetor da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil), visitou a região para proceder à inauguração da 20ª seção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, compreendendo as Estações de Monjolo (Presidente Afonso Penna, hoje Cafelândia), onde almoçou na Estação de Hector Legrú (hoje Promissão), chegando até Miguel Calmon (hoje Avanhandava). Por motivos de força maior e alheios à sua vontade, deixou de seguir viagem com a comitiva do Presidente, o Major Manoel Joaquim de Albuquerque Lins, então Governador do Estado de São Paulo (sendo representado pelo Deputado Luiz Toledo Sobrinho). Naquele mesmo dia 16 de fevereiro de 1908, a estação da via férrea, km 152, recebeu o nome de "ALBUQUERQUE LINS" em homenagem ao mesmo. João Noronha Ribeiro, Virgilio Noronha Ribeiro (descendentes do Cel. Manuel), construíram as primeiras casas de tábua no decorrer de 1911, aqui chegando no mesmo ano Frederico Moreira da Costa. O Cel. João Pedro de Carvalho veio em 1912, juntamente com sua esposa Dona Sózima Andrade de Carvalho, sendo ela mais tarde, Presidenta da Legião Brasileira de Assistência e Ação de Lins, criando ainda o Patronato Anita Costa. Ambos paulistas, proprietários de uma gleba de terras, colaboraram decisivamente no progresso ascendente de Lins, juntando-se aos que aqui antecederam e a outros tantos que viriam sucessivamente. 18 Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.], no ano de 1913, aqui se estabeleceu o Cel. Joaquim de Toledo Piza e Almeida e sua esposa, Dona Maria Augusta de Souza Piza. Foi doada pelo Coronel uma gleba à Municipalidade de Bauru, anexa à Estação de Albuquerque Lins, para que se estabelecesse o núcleo de uma povoação. Criou-se o Distrito de Albuquerque Lins, transferido em 1914 para o município de Pirajuí. Em 30 de dezembro de 1913, o Doutor Carlos Augusto Pereira Guimarães, Vice-Presidente do Estado em exercício, promulgou a Lei Estadual nº 1408, criando o Distrito de Paz de Albuquerque Lins, com sede no povoado da estação do mesmo nome da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, no município de Bauru. Tudo se passou muito rápido, era o fim da 1ª Guerra Mundial, nossa Lins, pujante, resfolegava em progresso, rumo à sua emancipação política, que se daria em 21 de abril de 1920. A primeira eleição ocorrida na cidade de Lins foi em março, onde foram eleitos os seus primeiros vereadores e teve como seu primeiro Prefeito Municipal o Doutor Urbano Telles de Menezes e como primeiro Presidente da Câmara o Senhor José Antunes da Silveira, que tinham a responsabilidade de cuidar do município e de dar suporte aos seus respectivos moradores. Somente em 27 de dezembro de 1926, com a Lei nº 2182, o município de Albuquerque Lins, da Comarca de Pirajuí, passou a se denominar simplesmente LINS e a lei nº 2199, de 27 de setembro de 1927, a Comarca de Lins desmembrou-se da Comarca de Pirajuí. Em 26 de dezembro de 1950, foi criada a Diocese de Lins, com a transferência da Cúria Diocesana, e a Igreja de Santo Antônio elevada à categoria de Igreja Catedral de Lins. A instalação, em ato solene, foi presidida pelo Bispo D. Henrique Gelain, com a presença numerosa de religiosos, fiéis e autoridades civis e militares. A cidade de Lins se localiza na porção central da região, a 455 km da Capital, com área total calculada em 571,442 km ², com atualmente 81.982 habitantes. O município de Lins se encontra junto ao cruzamento das rodovias BR-153 (Transbrasiliana) e SP-300 (Marechal Rondon) e na altura do km 131 da antiga ferrovia NOB (R.F.F.S. A), hoje privatizada com o nome de Ferrovia Noroeste S/A (Sociedade Anônima). 19 A cidade de Lins tem como slogan de A CIDADE DAS ESCOLAS por suas incontáveis escolas estabelecidas na cidade desde as primeiras séries, até as de ensino superior, das escolas municipais, estaduais e particulares , além de possuir sua própria Diretoria de Ensino, que abrange Municípios como: Cafelândia, Getulina, Guaiçara, , Lins (sede), Promissão, entre outros A cidade de Lins tem uma população estimada de 72.568 segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2008, e o prefeito em exercício é o senhor Waldemar Sândoli Casadei, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). A Prefeitura Municipal de Lins está situada na Rua Olavo Bilac nº 640, Centro, CEP 16400-901, telefone (14) 3533-7000 e possui um site próprio, o www.lins.sp.gov.br. Fonte:Portal da Prefeitura Municipal de Lins [s.d.] Figura 1 : Vista Panorâmica da cidade de Lins 1.1.1 Administração da Prefeitura Municipal de Lins A Prefeitura Municipal de Lins vem desde 1926, agindo para o progresso da cidade e bem-estar da população. No quadro abaixo estão todos os prefeitos e suas principais criações de seus mandatos. Continuação PREFEITOS IMPLANTAÇÕES *Fundação da Santa Casa de Lins 18/03/1923 *Inauguração da agência do Banco do Brasil 19/07/1923. 20 Continuação *Inauguração da agência do Banco do Brasil Urbano Telles de Menezes 21/04/1920 a 22/04/1924 *Inauguração da agência do Banco Noroeste 02/01/1924 *Criação da subprefeitura do Distrito de Paz de Guaiçara *Elaboração do Código de Postura do município *Compra do terreno na Praça Joaquim Pizza para doar à Matriz da Igreja de Albuquerque Lins *Convênio com a CPFL para explorar o serviço telefônico no município *Criação da Inspetoria Sanitária Municipal Nilo Alves de NoronhaVice Prefeito 23/04/1924 a 20/06/1924 Dimas Ribeiro 21/06/1924 a 04/05/1925 *Inauguração do Clube Linense 15/12/1924 Domingos de Mattos Guedes Governador do município nomeado pela Revolução de 1924 21/07/1924 a 04/08/1924 Pedro Ferreira vice prefeito 05/04/1925 a 14/01/1926 *Inauguração da agência do Banco Comercial (1926) *Fundação do Clube Atlético Linense 12/06/1927 *Instalação da Comarca de Lins *Fundação da loja maçônica União e Fraternidade 08/06/1927 Paulo Lusvargui *Funcionamento da Santa Casa de Lins 15/01/1926 a 10/05/1930 18/03/1928 *Instalação do Cartório e 1º Ofício e Tabelionato 01/02/1928 *Instalação do Cartório Distribuidor,Contador Partidor e Avaliador Judicial 01/02/1928 *Instalação do Cartório de Registro Geral de Imóveis e anexos em 01/02/1928 João Pinto da Silva 10/05/1924 a 24/10/1930 Ranulpho Silva - Governador *Inicio das atividades do asilo São Vicente de do município nomeado pela Paula 17/03/1931 Revolução de 1930 *Funcionamento do Ginásio Americano 26/10/1930 a 15/04/1931 11/02/1928 21 Continuação Arnaldo de Andrade 24/12/1931 a 01/02/1932 Érico de Abreu Sodré 01/02/1932 a 21/09/1932 Pedro Ferreira 21/09/1932 a 20/10/1932 João José Garcez Novaes 20/10/1932 a 01/03/1933 Antenor Faria 01/03/1933 a 08/08/1933 Paulo Olympio Nogueira Costa Secretário da prefeitura que respondeu por 08/08/1933 a 14/07/1938 José de Andrade Vieira 23/08/1933 a 30/11/1934 João Bráulio Junqueira de Andrade 24/12/1934 a 09/07/1938 *Criação da Delegacia Regional de Ensino de Lins em 07/01/1932 *Fundado o Clube Paulista de Guaiçara 30/08/1932 *Criação da Escola Professor Jorge Americano 18/04/1932 *Fundação 15/08/1933 do Clube Atlético Ipiranga *Fundação da Associação Santa Rita de Cássia 30/10/1933 *Galerias Fluviais (bueiros) na vila Ribeiro e na Rua 21 de abril *Construção do Matadouro municipal *Construção do Viaduto sobre as vias NOB na Rua Campos Sales *Retificação do córrego campestre *Reconstrução da estrada Lins-Sabino *Remodelação do campo de aviação *Implantação de obras de abastecimento de águas e construção de grupos escolares (pelo estado) *Fundação da Associação Comercial de Lins 21/04/1935 *Fundação do Clube Atlético Comercial 25/03/1938 *Fundação do Colégio Salesiano Dom Henrique 01/08/1937 *Funcionamento da Escola Normal Livre Nossa Senhora Auxiliadora 01/03/1938 *Criação da Escola Fernando Costa *Instalação do Tiro de Guerra 58 em Lins 01/09/1935 *Instalação da Matriz de Santo Antônio 13/06/1935 *Instalação do Cartório do Depositário Público 02/04/1937 *Instalação da Caixa Econômica do Estado 22 Continuação *Inauguração do Prédio Municipal 15/08/1942. *Inauguração do Lactário Linense 17/08/1942 *Inicio da construção da rodovia BauruAraçatuba 04/10/1943 *Lançamento do jornal Correio de Lins 10/06/1941 *Inauguração da Lins Rádio Clube 21/04/1941 *Chegada da 1ª unidade do Exército 14/02/01942 *Fundação do Rotary Clube de Lins 16/08/1943 *Fundação do Conservatório Municipal de Lins 02/10/1943 *Lançamento da Pedra Fundamental do Albergue noturno Humberto de Campos25/11/1943 *Inauguração da Igreja Adventista 05/08/1944 *Inauguração da Igreja Protestante Metodista 1941 *Loteamento do bairro Garcia 06/09/1939 *Fundação do Aeroclube de Lins 20/04/1931 *Inauguração da agência do Banco Bandeirantes 04/11/1944 *Inauguração da agência do Banespa Urbano Telles de 07/07/1945 Menezes *Inauguração da agência do Bradesco 14/07/1938 a 19/11/1945 30/05/1943 *Inauguração da agência Brasu 06/10/1943 *Instalação do Circuito Operário de Lins 1939 *Fundação da Cooperativa de Laticínios Lenine 01/06/1940 *Instalação da Escola Educacional do SESI 01/02/1942 *Inauguração da Estação Rodoviária de Lins 1942 *Fundação da Escola 21 de Abril 1945 *Fundação da Escola D. Genoveva Junqueira 1945 *Fundação da Paróquia São João Bosco 24/05/1939 *Funcionamento do Seminário Menor Diocesano N.S. Rosário 23/03/1942. *Instalação do Cartório de Paz (2º subdistrito) 16/07/1939 *Instalação do Cartório do 2º Ofício e Tabelionato 01/02/1939 *Iniciação do abastecimento de água 1938 *Iniciação do serviço da rede de esgoto 1940 * Inauguração do Cine São Sebastião 1943 23 Continuação Urbano Telles de Menezes 28/12/1945 a 24/03/1947 Mario Bueno Brandão 26/04/1947 a 17/09/1947 Paulo Olympio Nogueira Costa 17/09/1947 a 04/12/1947 *Reiniciado o calçamento com paralelepípedos *Criado o Distrito de Guapiranga 21/12/1948 *Loteamento do Bairro Labate 15/07/1949 *Loteamento da Vila Santa Terezinha 15/09/1949 *Loteamento da Vila Irmãos Andrade 02/05/1951 *Loteamento do Jardim São Jorge e Jardim Campestre 09/09/1948 Joaquim Mauro Prado *Loteamento do São Benedito 05/12/1950 Negreiros *Loteamento do bairro São João 03/03/1950 01/01/1948 a 31/12/1951 *Loteamento da Vila Amália 01/12/1950 *Fundação da Associação Linense Para Cegos 25/06/1948 *Fundação do Berçário Creche São Francisco de Assis 06/03/1948 *Criação da Escola Profª Minervina Sant Anna Carneiro *Nasce o jornal A GAZETA de Lins 04/07/1948 *Inauguração da agência da Caixa Econômica Federal 28/11/1953 *Loteamento do Jardim Santa Clara 07/12/1955 *Clube Atlético Linense sobe para a 1ª divisão FPF 31/05/1953 *Instituído o Brasão de Arma de Lins 21/12/1953 *Instalada a Delegacia de Saúde de Lins 02/01/1952 João Santos Meira *Funcionamento da Faculdade de Odontologia 01/01/1952 a 01/12/1955 de Lins 24/03/1954 *Criação do Lar Antônio de Pádua 13/13/1952 *Criação da escola João dos Santos Meira *Criação da Sociedade Amigos da Cidade 08/08/1954 *Fundação da Paróquia São José 01/01/1955 *Instalação do Cartório de Paz do Guapiranga 14/07/1953 *Nasce o jornal Bandeirantes 21/11/1953 *Inauguração do Aeroporto de Lins 14/08/1959 24 Continuação Moisés Antõnio Tobias 01/01/1956 a 02/08/1959 *Inauguração do Hospital Psiquiátrico Clemente Ferreira 30/09/1955 *Instalada a Associação Paulista de Medicina Regional de Lins 07/08/1955 *Criação do Horto Florestal de Lins 1958 *Loteamento da Vila Cinqüentenário 13/06/1958 *Fundação da Cooperlins 06/01/1958 *Funcionamento da faculdade Auxilium de Lins 10/03/1957 *Criação da Faculdade de Serviço Social 31/12/1958 *Inauguração do Hospital Sanatório Clemente Ferreira 30/09/1956 *Fundação do Centro Social Dom Bosco 28/08/1956 *Asfaltamento em ruas da cidade *Construção do Grupo Escolar do Junqueira *Inauguração do prédio do Fórum de Lins (hoje Câmara) *Construção do Mercado Modelo Municipal *Construção do Mausoléu ao Soldado Constitucionalista *Industrialização do lixo domiciliar *Compra do terreno para construção do Estádio C.A.Linense *Construção da ponte de concreto sobre o Rio Feio entre Lins-Guaimbê *Criação da Faculdade de Medicina de Lins 15/01/1959 *Inauguração do Círculo Operário de Lins 21/04/1959 Manuel Ferreira Martins Vice-Prefeito em exercício 29/12/1957 a 22/01/1958 Raphael Sant Anna Carnero 24/08/1959 a 31/12/1959 *Fundação do Lions Clube de Lins 28/08/1959 *Inauguração da Estação Ferroviária de Lins 15/11/1962 *Criação da Polícia Mirim de Lins 1960 *Abertura da Fonte de Fátima Gilberto Geraldo Siqueira *Distribuição da rede de água pela cidade Lopes *Construção e inauguração do Estádio do 01/01/1960 a 05/03/1963 C.A.Linense *Iluminação pública nos bairros *Inauguração da Escola 21 de Abril *Construída a Casa da Lavoura *Construído o Almoxarifado da Prefeitura 25 Conclusão *Nasce o jornal Tribuna do Povo 21/04/1960 *Inauguração do Cine Lins 17/10/1961 *Instalação da fábrica de móveis Douglas, grupo Garavelo. Luiz Noronha 31/08/1962 a 31/12/1963 Rubens Valadão Furquim 01/01/1964 a 31/01/1969 *Inauguração da Casa do Médico *Loteamento do Jardim Leoni 22/08/1967 *Início do funcionamento da Escola de Engenharia de Lins 24/01/1964 *Fundação do Rotary Clube de Lins-Norte 05/05/1968 *Inauguração do Lins Country Clube 22/10/1965 *Criação da Escola Profº Octacílio Sant Anna *Criação da Escola Dom Henrique Mourão *Fundado a Paróquia de Nossa Senhora de Fátima 01/01/1968 *Circulação do jornal Correio de Lins 14/07/1964 *Fundada a Associação dos Cirurgiões Dentista Regionais de Lins *Chegada da TV em Lins e criação da SARTEL-Serviço Autônomo de Retransmissão de Televisão de Lins 25/04/1967 Fonte: Prefeitura Municipal de Lins (2008) Quadro 1:Prefeitos e suas ações 1.1.2 Os objetivos da Prefeitura Municipal de Lins A Prefeitura Municipal de Lins tem como principal objetivo, o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana, garantindo o bem-estar de seus habitantes, o desenvolvimento econômico, a justiça social, a erradicação da pobreza e da marginalização e a proteção e preservação do meio ambiente, em conformidade com os ditames dos artigos 182 e 183 da Constituição da República Federativa do Brasil, da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 e dos artigos. 26 1.1.3 Missão da Prefeitura Municipal de Lins Em diferentes níveis de governos que buscam alcançar seus objetivos através de discussões e aprovações de leis que regulamentem e implantem suas políticas buscando a melhoria da cidade e da população, a Prefeitura Municipal de Lins demonstra a sua preocupação com o meio ambiente através de campanhas e se adequando às exigências da Legislação Ambiental, que vão desde as questões de preservação à coletividade de defesa para as futuras gerações. A responsabilidade social e ambiental exercida está associada à elaboração de projetos, uso de produtos nocivos ao ambiente, promover soluções eficientes e conscientes para a cidade. 1.2 Aspectos Administrativos A cidade de Lins se encontra em pleno desenvolvimento com seus processos e o poder público deve se adaptar aos que se interessam pelo desenvolvimento local, pois exercem influências nos processos coletivos e na busca do consenso, pois auxiliam num maior aproveito do potencial local para o crescimento. A Prefeitura deve focar suas ações nas quais dela precisam da vontade própria e da iniciativa de outros, pela sua contribuição para o desenvolvimento municipal, além de se responsabilizar pela saúde ambiental e a qualidade de vida dos seus habitantes e das ações desenvolvidas na cidade como: coletas, tratamento de resíduos, abastecimento de água e o esgotamento sanitário. A Prefeitura ainda realiza obras de drenagem, conservação de vias públicas e estradas vicinais, podendo ainda analisar licenciamentos ambientais para empreendimentos que possam impactar o meio ambiente como causar erosões, prejudicar mananciais, controle no uso de agrotóxicos, educação ambiental, etc. 27 1.3 Ações ambientais da Prefeitura Municipal de Lins A Prefeitura, com a sua preocupação com o meio ambiente, criou a Secretaria onde as estratégias de sustentabilidade ambiental, baseadas nas diretrizes de desenvolvimento municipal, visam à preservação, conservação e valorização do meio ambiente natural e construído, de modo a garantir que a expansão urbana respeite os limites colocados pelas situações de risco, pela oferta de infra-estrutura, pelas áreas de proteção e preservação ambiental e pelo bem-estar e qualidade de vida da população. 1.3.1 Trilha ecológica do Barbosinha Fonte:Secretaria do desenvolvimento Sustentado (2008) Figura 2: Trilha Ecológica do Barbosinha O principal objetivo da Trilha Ecológica do Horto Municipal de Lins é auxiliar neste processo, contribuindo na formação de líderes locais, imbuídos no trabalho de preservação do meio ambiente e melhora da qualidade de vida. Esse projeto envolve desde a cooperação das escolas, universidades e outras organizações para promover a conscientização. O passeio pela trilha desperta a interpretação da natureza, de forma 28 estimulante e prazerosa, fazendo com que os visitantes compreendam a sistemática de funcionamento da fauna e flora. Antes do início da trilha, os participantes recebem informações por meio de palestras, no auditório do Centro de Educação Ambiental (CEA), onde os monitores apresentam material sobre o que eles irão ver durante o percurso e sobre outros projetos como: Herbário, Xiloteca, Carpoteca, Coleção Entomológica e a Biblioteca Ambiental. A trilha tem uma extensão de 565m onde este percurso é realizado em 20 minutos em média, e recebe, aproximadamente, 1600 crianças por mês das redes pública, municipal e particular de ensino, além de outros grupos organizados. 1.4 História da SEDESU A SEDESU, criada pelo Decreto nº. 141, em 22 de janeiro de 1993, realizada pela própria Prefeitura Municipal de Lins, pelo Prefeito em exercício o Sr. Roberto Pires da Silva, tem a finalidade de apoiar e estruturar projetos voltados ao meio ambiente na cidade de Lins, onde a mesma se divide em vários setores e projetos diversificados. Meio ambiente e defesa da água são questões fundamentais ao desenvolvimento sustentado e a SEDESU trabalha, associada à Coordenadoria de Política Rural e Meio Ambiente (COMPOR), em projetos de recomposição de matas nativas ou comerciais e proteção dos mananciais, córregos e rios do município, pois inicia os contatos com interessados em instalar-se no município e empresas já instaladas estimulando o desenvolvimento e geração de empregos com confiança no poder público. 1.4.1 A evolução da SEDESU A SEDESU cria e aperfeiçoa leis que incentivam e canalizam investimentos para áreas de interesse, administram o Fundo Municipal de 29 Desenvolvimento Econômico e Solidário, convênios com entidades oficiais e privadas, além de se responsabilizar pelos Parques Industriais e Empresariais, desde a sua criação até a cessão de lotes para empresas e apoio aos investidores. Administra, planeja e implanta áreas incentivando à geração de empregos e rendas, com projetos na área de turismo, artesanatos e outros, oferecendo possibilidades aos empresários em questões de logística e incentivos à criação de oportunidades na formação de mão-de-obra, parcerias com universidades e escolas técnicas da cidade, coordenam projetos de novos centros de treinamento e formação como a Faculdade de Tecnologia (FATEC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Coordena a aproximação de Lins com entidades e comunidades de outros países para abertura de possíveis negócios e intercâmbios. Suas ações caminham em cima do desenvolvimento do meio ambiente, onde a arborização, reciclagem e o reflorestamento estão sempre sendo atualizados e melhorados para o meio em que vivemos. Fonte:Secretaria do Desenvolvimento Sustentado(2009) Figura 3: Novo Horto em funcionamento 1.5 Leis ambientais da Prefeitura Municipal de Lins 1.5.1 Conselho Municipal do Meio Ambiente COMDEMA 30 Nas leis estipuladas pela Prefeitura Municipal de Lins estão ações prioritárias para proteção ambiental no município como a criação da Secretaria do Meio Ambiente, que se responsabilizará em fornecer, em comum acordo como o Conselho Municipal do Meio Ambiente COMDEMA, certidões e pareceres relativos à aprovação e regularização de empreendimentos, elaborando a Lei de Zoneamento Ambiental; desenvolver o Programa Permanente de Incentivo à Microbacia Municipal; executar obras apropriadas à contenção de cheias na área urbana; recuperar e reestruturar o Horto Municipal, como ponto turístico, área de lazer e contemplação, educação ambiental e cultivo da flora; exigir os recuos estabelecidos no Código Florestal para as margens dos córregos, rios e nascentes; elaborar e implantar o Projeto Paisagístico para os espaços livres públicos; desenvolver projetos de mudas nativas e de ornamentação para o Projeto Paisagístico; desenvolver e implantar o projeto do Parque Linear; adequar o Aterro Sanitário em uso, tratando e gerenciando dos resíduos sólidos; estudar e definir uma área apropriada à construção de um novo aterro sanitário, prevendo o crescimento da cidade, com distância apropriada de construções residenciais,o transporte do lixo, a preservação ambiental; desenvolver projeto de recuperação e monitoramento do antigo lixão . 1.5.2 Coordenadoria de Política Rural e Meio Ambiente - COMPOR O COMPOR foi criado pela Lei Complementar nº 141/93, e está descrito no item I (Administração Direta), artigo 21 da Subseção II da Estrutura Administrativa da Prefeitura Municipal de Lins. O COMPOR é responsável por engendrar e executar projetos ligados ao setor agrícola e ambiental, no sentido de proporcionar alternativas econômicas ao produtor rural, promover a preservação de matas ciliares e mananciais por meio de reflorestamentos e projetos que contemplem a reciclagem e educação ambiental, visando em seus programas o respeito e a sustentabilidade ambiental, bem como o bem estar e a qualidade de vida dos seres vivos. 31 1.5.3 Políticas de responsabilidade ambiental sustentável A responsabilidade ambiental é protegida de forma que a população se conscientize da importância da preservação do meio ambiente em defesa de um município agradável e bem conservado para as futuras gerações. 1.6 Projetos ambientais A recuperação do meio ambiente em função do desenvolvimento de projetos busca a sua preservação e revitalização e seu crescimento. 1.6.1 Mutirão do Lixo Eletrônico Muitas pessoas entendem por lixo eletrônico os SPAM s que são enviados por e-mails, porém, quando você descarta um equipamento eletrônico que não possui mais utilidade, você também estará gerando um lixo eletrônico, mais conhecido como e-lixo . São materiais como pilhas, baterias, celulares, computadores, televisores, DVD s, Cd´s, rádios, lâmpadas fluorescentes e muitos outros, que, se não tiverem uma destinação adequada, vão parar em aterros comuns e contaminar o solo e as águas, trazendo danos para o meio ambiente e para a saúde humana. O problema é que o tempo de utilização destes produtos é cada vez menor, não é porque eles deixam de funcionar, mas, sim porque, com a rápida modernização das tecnologias, os aparelhos tornam-se ultrapassados em uma velocidade assustadora. Como exemplo no Brasil, onde o tempo médio de uso de um celular é inferior a dois anos e o de um computador é de quatro anos nas empresas e cinco anos nas residências. Então, imagine o seguinte cenário: hoje, o país tem 130,5 milhões de celulares. Se daqui a dois anos todos forem trocados, aonde é que vai parar 32 esta montanha de celulares descartados? E o que fazer daqui a quatro ou cinco anos com os 50 milhões de computadores em uso nas empresas e nas residências brasileiras? Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.], estima-se que são produzidos, todos os anos, cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, que correspondem a 5% de todo o resíduo produzido na Terra. Isso representa um volume suficiente para lotar uma locomotiva, com vagões que dariam a volta ao mundo. A boa notícia é que boa parte deste lixo pode ser reutilizada em equipamentos novos ou reciclada em outros produtos. Basta que as pessoas dêem um destino adequado ao seu e-lixo . Fonte:Prefeitura Municipal de Lins(2009) Figura 4: Mutirão do Lixo Eletrônico A população deve se informar na sua cidade sobre onde descartar aquele celular, aquela pilha recarregável e aquela bateria que estão largados na sua casa, não devolvendo para a natureza o que ela não criou. Em 2007, no Brasil, foram comercializados 10,5 milhões de computadores, estima-se um crescimento das vendas em 28%; para este ano, a previsão é que o Brasil duplicará o número de computadores até 2012, chegando à marca dos 100 milhões. Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.], em 2007, pela primeira vez, o mercado brasileiro comercializou mais computadores do que televisores. O número de usuários de Internet no país chegou a 41,5 milhões em março 33 deste ano; daqui a quatro anos, cerca de 1,8 bilhões de pessoas, ou 25% da população mundial, estarão conectadas à rede mundial de computadores. Os Estados Unidos será o país com o maior número de internautas, mas o crescimento vai se dar, principalmente, nos países emergentes; entre eles Brasil, Rússia, Índia e China. Em 2006, foram comercializados, no Brasil, 10,8 milhões de televisores novos, com essa expansão, nove entre dez casas possuem aparelhos de televisão atualmente. Assim com tantos celulares, computadores e televisores novos entrando em nossas casas, o que fazer com os velhos? Essa pergunta também vale para os aparelhos de DVD, rádios, liquidificadores, microondas, enfim, tudo aquilo que é eletrônico e temos dentro de casa ou na empresa e, até mesmo, na escola. Os pontos de Coleta do respectivo projeto em Lins são: Horto Municipal de Lins; Amigão Supermercado; Casa Hirata; Polícia Ambiental. 1.6.2 Bosques Urbanos A Prefeitura de Lins atua de maneira a promover o desenvolvimento sustentável, ou seja, procura suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender às necessidades das futuras gerações. O Programa Bosques Urbanos prevê o reflorestamento das matas ciliares dos cursos d água que cortam o município de Lins. Além de estar de acordo com a Legislação Ambiental (Código Florestal 4.771/65; SMA 8/07), recupera a vegetação das Áreas de Preservação Permanente (APP), contribui para melhorar a qualidade do ar, atrai pássaros, promove o fluxo gênico da flora e fauna garantindo a reprodução, preserva os recursos hídricos, a paisagem e a estabilidade geológica, evita erosão protegendo o solo, elimina espaços que poderiam estar sendo usados para depósitos de entulhos, lixo urbano ou moradias clandestinas e proporciona aos munícipes a oportunidade de entenderem a importância da preservação da natureza como condição Sine Qua Non para sua sobrevivência. O Programa Bosques Urbanos é de caráter 34 sustentável, pois garante a continuidade da vida no planeta nos mesmos patamares quando do seu início. Neste projeto, há a participação de parceiros locais e regionais, como ONG s ambientalistas, Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN), Universidade Estadual Paulista (UNIMEP), clubes de serviço (Rotary), Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP) , AES-Tietê, Polícia Ambiental entre outros, com o intuito de somar esforços para a realização de reflorestamentos. Até o momento, já foram plantadas 36.453 mudas às quais estão sendo mantidas pela prefeitura e parceiros. Estas estão divididas nos seguintes locais: - Bosque da Rondon (Córrego Barbosa) - Bosque Novo Milênio (Lagoa - nascente) - Bosque Lins V e VI 230 mudas; - Bosque Bom Viver 300 mudas; - Novo Horto 960 mudas; 225 mudas; 900 mudas; - Bosque das Cerejeiras 100 mudas; - Bosque da UNIMEP (Córrego Jacintina) 1211 mudas; - Bosque do Xingu (Córrego Douradinho) 2785 mudas; - Bosque do Campestre (Córrego Campestre) 14492 mudas; - Bosque do Campestre Nova Era (Córrego Campestre) 585 mudas; - Bosques dos Eucaliptos (15000 mudas de Eucalipto); - Parque Linear 372 mudas. Atualmente, com o Programa Bosques Urbanos e o plantio dos eucaliptos, atingiram uma área reflorestada de 21,87ha a mais, totalizando 50,76ha, ou seja, já se tem um ganho de 77,69% sobre o total que havia, demonstrando um ganho ambiental de área verde e elevando o índice de reflorestamento em relação à área do município de 0,05% para 0,09% (Fonte: Inventário Florestal do Estado de São Paulo, 2006). Há ainda projetos elaborados para o reflorestamento da APP das matas ciliares dos córregos Barbosinha (2100 mudas), Campestre (Novo Horto e Nova Era Casa. 8000 mudas), Irara (14000 mudas) nas dependências da Fundação 35 1.6.3 De Olho no Óleo O Brasil produz cerca de 230 mil toneladas de lixo por dia. Deste total, 55% são jogados a céu aberto em lixões que, sem tecnologia e sem o devido tratamento, contaminando reservas de água potável do subsolo. Cerca de 35% do lixo coletado poderia ser reciclado ou reutilizado, e outros 35% poderiam ser transformados em adubo orgânico. Um dos grandes poluidores do meio ambiente é o óleo de cozinha. A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para diminuição o aquecimento global. Estudos realizados no Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), indicam que a decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera onde o mesmo é um dos principais gases que causam o efeito estufa, que contribui para o aquecimento global. Desta forma, o óleo de cozinha, que muitas vezes vai para o ralo da pia, acaba chegando ao oceano pelas redes de esgoto. Em contato com a água do mar, esse resíduo líquido passa por reações químicas que resultam na emissão do metano. Você acaba tendo a decomposição e a geração de metano, através de uma ação anaeróbica (sem ar) de bactérias. A maioria dos ambientalistas concorda que não existe um modelo de descarte ideal para o produto, onde as alternativas é reaproveitamento do óleo de cozinha para fazer sabão ou biodiesel. Por possuir um efeito altamente poluidor, cada litro de óleo despejado no esgoto tem capacidade para poluir cerca de um milhão de litros de água. O acúmulo de óleos e gorduras nos encanamentos causar entupimentos, refluxo de esgoto e até rompimentos nas redes de coleta. Para retirar o produto e desentupir os encanamentos são empregados produtos químicos altamente tóxicos. A presença de óleos nos rios cria uma barreira dificultando assim a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo assim a base da cadeia alimentar aquática, além de contribuir para a ocorrência de enchentes. O óleo arrecadado nos pontos de coleta é encaminhado para cooperativa recicladora de lixo (COOPERSOL) e logo após vendida ao Grupo Bertin DIVISÃO BIODISEL gerando trabalho e renda. Serão beneficiadas 36 com esse projeto 20 famílias. Com isso, além de conduzir o óleo vegetal de volta ao sistema produtivo, a ação evita a extração de combustíveis fósseis não-renováveis. Por meio de ações de propaganda e de marketing busca-se o envolvimento da população linense, onde são abordadas sobre a importância da colaboração de todos com a coleta do óleo de cozinha e a preservação ambiental. 1.6.4 Arborização Urbana A arborização urbana é fundamental para a cidade, pois melhora a qualidade de vida de seus habitantes, pois além de sua função paisagística, proporciona certos benefícios como: proteção dos ventos, diminuição da poluição sonora, absorve parte dos raios solares, sombreamento, ambientação aos pássaros, neutraliza os efeitos da poluição, libera o oxigênio, eleva a umidade do ar e absorção do gás carbônico e proporciona uma temperatura agradável. Para verificar a sua eficácia, uma árvore frondosa tem a mesma capacidade para refrescar equivalente a de quatro aparelhos de ar condicionados ligados após vinte horas. A Organização Mundial de Saúde recomenda um mínimo de 12m2 de área verde por habitante. De acordo com a lei nº 9605/98 é proibido destruir, danificar, lesar ou maltratar de qualquer modo plantas de logradouros públicos ou em propriedade privada, e ainda tem a Lei Municipal 1043/08 que obriga a plantação de árvores em logradouros públicos e multa de 100 UFMs para quem abater árvores sem o aval da Prefeitura Municipal da sua cidade. 1.6.5 Papa Pilhas 37 A parceria entre o Horto Municipal de Lins e o Banco Real, no Programa de Reciclagem de Pilhas e Baterias, ou simplesmente Papa-Pilhas tem a função de recolher pilhas e baterias portáteis usadas e se encarrega de sua reciclagem. O projeto contribui para uma adequada disposição desses materiais, cujos resíduos tóxicos representam um risco ao meio ambiente e à saúde publica. Depositadas em lixões e aterros sanitários, pilhas e baterias podem vazar e contaminar o lençol freático, solo, rios e alimentos, causando danos às pessoas e animais. O programa, busca a conscientização das pessoas sobre a necessidade de dar uma destinação correta a esses materiais, reduzindo assim a quantidade de pilhas e baterias lançadas inadequadamente no meio ambiente. A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para realizar esse trabalho. O Banco Real é responsável pelos custos de coleta, transporte e reciclagem dos materiais. O Papa Pilhas reforça as Práticas de Gestão, buscando o engajamento dos públicos que se relacionam com o Banco na construção de uma sociedade melhor. O Papa Pilhas recolhe todo tipo de pilhas e baterias usadas em lanternas, rádios, controles remoto, relógios, celulares, telefones sem fio, laptops, câmeras digitais e outros aparelhos portáteis, assim como determina a legislação ambiental (Resolução Conama 257 de 30/06/1999), pilhas e baterias com peso superior a 500 gramas ou dimensões maiores que 5cm x 8cm devem ser devolvidas ao local da compra ou encaminhadas diretamente ao fabricante. O mesmo deve ser feito com baterias de chumbo ácido de qualquer tamanho, usadas em motocicletas, alarmes, celulares rurais e automóveis. O Brasil já recicla volumes expressivos de papel, plásticos, vidros, alumínio, ferro e outros materiais. Agora, o Banco Real, compreendendo a importância de preservar o meio ambiente e os recursos naturais para as gerações futuras, busca reciclar pilhas e baterias esgotadas que ainda não é uma prática comum entre as pessoas. Além disso, descartá-las de forma incorreta é extremamente perigoso, pois os metais pesados existentes em seu interior não se degradam e são extremamente nocivos à saúde e ao meio ambiente. Uma pilha comum contém, geralmente, três metais pesados, tais 38 como, chumbo, cádmio e mercúrio, além de manganês, cobre ,níquel, cromo e zinco. Por isso, pilhas e baterias representam hoje um sério problema ambiental. São produzidas a cada ano no país cerca de 800 milhões de pilhas secas (zinco-carbono) e alcalinas (hidróxido de potássio ou de sódio zinco). Na natureza, uma pilha pode levar séculos para se decompor, os metais pesados, porém, nunca se degradam, em contato com a umidade, água, calor ou outras substâncias químicas, os componentes tóxicos vazam e contaminam tudo por onde passam: solo, água, plantas e animais e com as chuvas, penetram no solo e chegam às águas subterrâneas, atingindo córregos e riachos. A água contaminada acaba atingindo a cadeia alimentar humana por meio da irrigação agrícola ou do consumo direto. Os metais pesados possuem alto poder de disseminação e uma capacidade surpreendente de acumular-se no corpo humano e em todos os organismos vivos, os quais são incapazes de metabolizá-los ou eliminá-los, o que traz sérios danos à saúde. 1.6.6 Parque Linear Os Parques Lineares são locais para expansão da área verde e melhorias na permeabilidade do solo, contribuindo para controlar enchentes. Eles também reduzem áreas de risco e protegem os córregos, pois evitam o uso e a construção de habitações irregulares nas APP. 1.6.7 Município Verde Participação, democratização e descentralização. Esta é a receita do Projeto Estratégico Município Verde Azul, onde o Governo do Estado de São Paulo e os municípios trabalham juntos na efetivação da agenda ambiental paulista. 39 Com a gestão ambiental compartilhada, o Governo passou a ter os municípios como fortes parceiros, tomando decisões conjuntas, estimulando ações municipais em prol do meio ambiente e da sociedade. Esta política ambiental descentralizada também visa promover a participação da sociedade na gestão ambiental e, dessa forma, conscientizar a população, transformandoa em atores sociais comprometidos com as questões ambientais de suas cidades. A adesão dos municípios ao Projeto se dá a partir da assinatura de um Protocolo de Intenções , propondo dez Diretivas Ambientais que abordam questões ambientais prioritárias a serem desenvolvidas. É estabelecida a parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente que orienta, segundo critérios específicos a serem avaliados, rumo às ações necessárias para que o município seja certificado como Município Verde-Azul . As dez Diretivas são: Esgoto Tratado, Lixo Mínimo, Recuperação da Mata Ciliar, Arborização Urbana, Educação Ambiental, Habitação Sustentável, Uso da Água, Poluição do Ar, Estrutura Ambiental e Conselho de Meio Ambiente, onde os municípios concentram os seus esforços na construção de uma agenda ambiental efetiva. Dos 645 municípios paulistas, 642 já assinaram o Protocolo. Em 2008, primeiro ano do Projeto, 614 municípios assinaram o Protocolo de Intenções e, destes, 332 conseguiram preencher o Plano de Ação nas dez Diretivas, habilitando-se para a avaliação e lançamento no ranking ambiental dos municípios paulistas. Em novembro de 2008 este ranking foi divulgado, onde 44 municipalidades se consagraram Municípios Verdes , ao alcançarem nota acima de 80, em uma avaliação que varia de zero a 100. Neste ano, o nome do Projeto mudou para Município Verde-Azul , para enfatizar também a importância da gestão das águas. No ano de 2009, a capacitação dos interlocutores, representantes dos municípios junto ao Projeto, foi realizada em 16 encontros, onde 609 interlocutores receberam orientações técnicas e sugestões a serem aplicadas em suas cidades, além de exercerem a troca de experiências e conhecerem casos de sucesso realizados em diferentes localidades. 40 A participação dos representantes dos poderes executivo e legislativo também foi expressiva nas capacitações. Foram 398 prefeitos, 116 vicesprefeito e 427 vereadores presentes. No final de 2009, um novo ranking será divulgado. Será o momento de avaliar as evoluções ambientais em cada município e, consequentemente, no Estado de São Paulo. Com as capacitações ocorridas e a participação em massa dos municípios ao longo do primeiro semestre do ano, a expectativa é que aumente o número de municípios certificados principal indicador de que o Estado está cada vez mais Verde e Azul e de que a descentralização da gestão ambiental é o melhor caminho rumo ao desenvolvimento sustentável. Fonte:Prefeitura Municipal de Lins [s.d.] Figura 5 : Município Verde Azul 1.6.8 COOPERSOL É uma cooperativa onde são enviados os materiais recicláveis, onde são triados, beneficiados e depois vendidos para as indústrias recicláveis. Dessa forma, protege-se a natureza, geram empregos às famílias dos cooperados e proporcionam crescimento social e econômico de forma sustentável. Dessa forma ao separa o lixo reciclável do orgânico pode-se: reciclar vidas; melhorar a qualidade de vida das presentes e futuras gerações; reduz a quantidade de lixo depositada no lixão; evita a poluição dos rios,estimula a indústria de reciclagem,reduz a extração de matérias-primas extraídas da natureza, como o petróleo, bauxita e celulose;Evita a destruição das florestas e colabora com a Coopersol. 41 Na cidade de Lins a coleta é feita de segunda-feira a sábado da seguinte forma: Segunda-feira Jardim Campestre, Residencial Fortaleza, Xingu, Garcia e Jardim Arapuá. Terça-feira Jardim Marabá, Cinqüentenário, Pasetto, Junqueira, Res. Henrique Bertin, Residencial Manabu Mabe e Jardim Bom Viver I, II, III, IV e V. Quarta-feira Jardim Morumbi, Vila Mafalda, Vila Alta, Labate, Jardim Pinheiro e Jardim Americano. Quinta-feira Jardim Bandeirantes, São Benedito, Jardim São Luís, Jardim Linense, Ribeiro, São João, NOB, Pq. dos Ferroviários, Pq. dos Trabalhadores, Jardim Primavera, Jardim Tropical, Jardim Aeroporto, Lins V e VI. Sexta-feira Vila Anchieta, Santa Terezinha, Jardim Primavera, Jardim das Paineiras, Parque das Américas, Rebouças, Irmãos Andrade, Jardim União e Centro. Sábado Jardim Santa Clara, Jardim São Francisco, Alto da Boa Vista, Ulisses Guimarães, Conjunto Habitacional José Dias dos Santos, Teisuke Kumasaka, Jardim do Sol, Jardim Santa Maria, Chácara Flora, Tangará, Florestan Fernandes, Paulo Freire, Jardim São Roque, Bairro dos Comerciários, Vila Ester, Pq. Das Oficinas, Residencial Santa Lúcia, Jardim são Vicente e Chácara Iracema. 1.6.9 Cidade Amiga da Amazônia - GREENPEACE Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.], o atual prefeito, o engenheiro Waldemar Casadei, assinou o termo de intenção, junto ao Greenpeace, para implantar o Programa Cidade Amiga da Amazônia no município de Lins, onde as ações são conduzidas pela Coordenadoria de Política Rural e Meio Ambiente e Secretaria de Desenvolvimento Sustentado em parceria, além da ONG também com a Fundação Getúlio Vargas, que recentemente aderiu ao programa e está responsável pela gestão do mesmo. 42 O objetivo do programa Cidades Amigas da Amazônia é criar uma legislação municipal que elimine a madeira de origem ilegal e de desmatamentos criminosos de todas as compras municipais. Com isso, o programa ajuda a criar condições de mercado para a madeira produzida de forma sustentável na Amazônia. O programa foi idealizado para transformar as compras municipais em política ambiental, adicionando um novo critério aos processos de licitação para compras de produtos e serviços que envolvam madeira da Amazônia. Atualmente, a maior parte da madeira amazônica é extraída de forma ilegal e predatória, onde não se pagam impostos, remuneram-se mal seus empregados e invade áreas públicas ou protegidas para conseguir matériaprima. Essa madeira, proveniente de extração irregular ou desmatamentos não-autorizados, é muito mais barato do que a madeira produzida em planos de manejo sustentável, que demandam conhecimento técnico, documentação regular e responsabilidade social. Assim, a madeira de origem ilegal domina o mercado por conta da abundância e do preço baixo, inviabilizando as chances de concorrência da madeira de manejo. As prefeituras ao se tornarem Cidades Amigas da Amazônia, estarão contribuindo de forma concreta para mudar este quadro, já que deixarão de incentivar a indústria madeireira que destrói ilegalmente a Amazônia para beneficiar empresários que estão realmente comprometidos com o desenvolvimento sustentável da região, é o mercado consumidor fazendo a sua parte para garantir um futuro da maior floresta tropical do planeta e condições decentes de sobrevivência aos seus 20 milhões de habitantes. Segundo a Prefeitura Municipal de Lins [s.d.], para se tornar uma Cidade Amiga da Amazônia é preciso assinar um Termo de Compromisso, assumindo as demandas do programa. Na sequência, é estabelecido um Grupo de Trabalho que reúne representantes de setores do governo municipal e da sociedade civil que se encarregará de elaborar a legislação municipal e definir o melhor instrumento jurídico (decreto, projeto de lei) para implementála. O Greenpeace contribui neste processo com informações, oferecendo um modelo de projeto de lei formulado por juristas que inclui todos os critérios do programa. Este modelo foi desenvolvido para servir como um guia de 43 referência na elaboração da legislação de cada cidade, facilitando o trabalho dos departamentos jurídicos dos municípios. Uma vez elaborada, a legislação deve ser apresentada à câmara dos vereadores e aos demais setores da sociedade para discussão. A participação é voluntária e todas as informações sobre o programa estão disponíveis num web site ou num kit impresso em CD-ROM pode ser enviado pelo correio, basta fazer a solicitação ao Greenpeace. Algumas cidades foram escolhidas pelo Greenpeace em função de seu tamanho e índices de consumo de madeira. Mas o projeto Cidade Amiga da Amazônia (CAA) tem caráter autoaplicável e pode e deve ser adotado por qualquer município que tenha consciência que pode ajudar a reverter à tendência de destruição do patrimônio amazônico. Todo o conteúdo do CAA é cedido gratuitamente aos municípios interessados em participar do programa. O investimento fica por conta do trabalho de elaboração e implementação do projeto de lei municipal dessas cidades. Fonte:Prefeitura Municipal de Lins(2009) Figura 6:Cidade Amiga da Amazônia 1.6.10 Associação dos Amigos do Horto Florestal de Lins A Associação dos Amigos do Horto Florestal de Lins foi fundada no intuito de fortalecer os projetos desenvolvidos pelo Centro de Educação Ambiental. 44 A associação tem como finalidade, contribuir para conservação, preservação, aprimoramento e ampliação do patrimônio histórico, natural, paisagístico, científico e cultural do Horto Florestal de Lins, bem como para o incremento de suas fontes de renda. Visa também comercializar mercadorias em geral, incluindo souvenirs, tais como camisetas, bonés, chaveiros e outros produtos de escritório e de decoração e mais plantas, livrarias, cafeterias, brinquedos temáticos, transporte, locação de objetos e utensílios para visitantes, podendo ainda participar de processos licitatórios junto ao Horto Florestal de Lins. Esta Associação objetiva apoiar as atividades científicas, culturais, históricas e preservacionista do Horto Florestal de Lins, compreendendo, sem a isto se limitar, seminários, mesas redondas, debates, cursos, reuniões, ciclos de palestras, conferências, exposições, programas artísticos, lançamento de livros, projetos de pesquisas, edição de publicações científicas, técnicas, ecológicas e ambientais, produção de materiais gráficos e audiovisuais, intercâmbio com entidades congêneres. Além disso, pretende firmar convênios no âmbito agrícola, social, cultural e ambiental com entidades públicas ou privadas, inclusive estrangeiras ou internacionais; prestar serviços a terceiros e apoiar e estimular medidas que visem à salvaguarda do espaço físico e adjacências do conjunto do Horto Florestal de Lins, bem como à proteção de seu acervo florístico e ecossistema. Para mais informações está disponível um telefone para maiores informações, cujo número é (14) 3532 43 18. 1.7 Centro de Educação Ambiental O Centro de Educação Ambiental tem como principal objetivo o incentivo de estudos e pesquisas sobre a flora, possibilitando atividades ecológicas educativas aos alunos das redes de ensino público e particular e ao público em geral, buscando a consciência, à sensibilização dos participantes das atividades com relação ao meio ambiente e à importância dos diferentes ecossistemas, da necessidade de sua preservação e conservação com o 45 objetivo da melhoria das condições de não só do homem, mas de todos os seres vivos do Planeta. Além de desenvolver um trabalho de sensibilização e conscientização, ele ainda prevê uma série de atividades relacionadas ao tema principal (Educação Ambiental, como pesquisa, gincanas, excursões, palestras, plantio de mudas hortaliças e ervas medicinais , confecção de brinquedos e jogos utilizando sucatas, coleta seletiva, entre outras). Conforme definição da United Nation Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO) - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (1987), a educação ambiental é um processo permanente onde os indivíduos e as comunidades tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem conhecimentos, habilidades, experiências, valores e determinação que os tornam capazes de agir, individual ou coletivamente, na busca de soluções para problemas ambientais, presentes e futuros. Fonte:Prefeitura Municipal de Lins(2009) Figura 7: Centro de Educação Ambiental 1.8 A importância da administração verde A Prefeitura Municipal busca, por meio de suas ações e projetos, uma melhor qualidade de vida para seus habitantes. Assim sendo, tem uma forte política ambiental onde foram implantadas trilhas instrutivas, onde os visitantes conhecem os nomes originais das plantas que a cercam, das árvores, pássaros e animais locais. Além do aprendizado é possível desfrutar do ar puro e de um ambiente agradável e seguro, tudo isso sem sair da cidade. 46 A reestruturação do Horto Municipal inibe o abate de árvores, onde essa prática é de responsabilidade do COMPOR, e somente é permitida a poda após avaliação e autorização municipal que analisa se realmente ela é necessária e ainda estuda a possibilidade de naquele mesmo local seja plantada uma outra da mesma espécie ou outra à escolha do cidadão. O COMPOR ainda executa o Projeto Bosques Urbanos que recompõe áreas vegetais de preservação permanente com mudas doadas por parceiros. 47 CAPÍTULO II RESPONSABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL 2 RESPONSABILIDADE SOCIAL A responsabilidade social implica no sentido de obrigação com a sociedade, assumindo diversas formas como proteção ambiental, projetos filantrópicos e educacionais, serviços sociais em geral em conformidade com o público e tem se intensificado em resposta às mudanças ocorridas nos valores da sociedade. A influência do ambiente afeta de forma diferente pequenas, médias e grandes empresas e isto acarreta diferenças de percepção por parte delas. A empresa deve reconhecer que sua responsabilidade com a sociedade e com o público em geral vai muito além de suas responsabilidades com os clientes. Segundo Donaire (1999), uma empresa tem liberdade de existir e trabalhar por um objetivo. O pagamento dessa liberdade é a sua contribuição com a sociedade. O sentido de responsabilidade social por parte da empresa se dá pela liberdade que a sociedade concede à mesma para existir. Podendo considerar a existência de um contrato social entre a empresa e a sociedade. Esses contratos mudam com tempo e os novos termos baseiam-se na visão de que empresas com objetivo unicamente lucrativo acabam acarretando alguns efeitos que representem custo social para todos. Em muitos casos, o crescimento está ligado à deterioração física do meio ambiente, substâncias tóxicas e condições insalubres de trabalho. Para Donaire (1999) adeptos à responsabilidade social alertam que as expectativas da sociedade mudaram e as empresas devem se adaptar a elas. A organização só tem razão de existir se desempenhar um papel útil à sociedade. Nesse sentido, a maximização do lucro deve ser vista em um contexto de longo prazo. Com a prática da responsabilidade social as organizações acabam melhorando sua imagem institucional, sendo traduzida 48 em mais consumidores, mais vendas, melhores funcionários e fornecedores, possuindo assim uma vantagem estratégica em relação àquela que não tem esta postura. Enfim, o envolvimento das organizações com questões sociais pode transformar-se em uma oportunidade de negócios. A preocupação das organizações está fazendo com que elas reavaliem seus processos, com obtenção de tecnologias limpas e reaproveitamento de resíduos, que acabam impactando negativamente no meio ambiente; porém, geram vultuosas economias que não teriam sido obtidas sem esse envolvimento. A responsabilidade social pode ser definida como o relacionamento ético da empresa com todos os grupos de interesse que influenciam ou são impactados pelos stakeholders (acionistas). Este relacionamento das empresas com os stakeholders e o meio ambiente deve estar de acordo com seus valores, políticas, cultura e estratégias. Na medida em que a empresa está inserida na sociedade, pode-se observar uma relação de interdependência entre ambas, uma sinergia que pode ser qualificada como responsabilidade social da empresa. Segundo Garcia (2002) a responsabilidade social é o objetivo social da empresa somado à sua atuação econômica, sendo inserida na sociedade não somente como agente econômico, e sim, agente social, cumprindo deveres, buscando o desenvolvimento da sociedade, enfim, sendo uma empresa cidadã que se preocupa com a qualidade de vida do homem na sua totalidade. De acordo com Ashley (2005), a Responsabilidade Social permite exercer de modo coerente e racional as estratégias dos canais de relação entre a empresa, seu público e a sociedade, baseado nos seguintes princípios: 1. Contribuir para o desenvolvimento do ser humano, respeitando sua cultura e valores, e defendendo seu direito à liberdade de pensar e se expressar; 2. Assegurar condições saudáveis de trabalho para os seus funcionários, retribuição justa, capacitação profissional, realização pessoal, dando vazão ao diálogo e à liberdade no processo de tomada de decisões; 3. Agir com transparência e ética, priorizando o interesse coletivo na condução dos negócios; 49 4. Promover a preservação do meio ambiente, levando em consideração a gestão de recursos e a oferta de produtos ecologicamente corretos; 5. Exercer a excelência na fabricação de produtos e na prestação de serviços, associados à característica ética, a partir do seu consumo ou utilização, não acarretando prejuízo aos consumidores; 6. Viabilizar projetos com vistas ao desenvolvimento científico, cultural, esportivo, educacional e comunitário. Não se pode confundir a responsabilidade social de uma empresa como um investimento isolado, pois estes investimentos são louváveis, porém, seu conceito é muito mais amplo que se possa ter conhecimento. A responsabilidade social empresarial deve começar com uma avaliação da importância e do poder da empresa, que seriam detentoras de influência, o que implica muita responsabilidade. A adoção da responsabilidade social pode trazer muitos benefícios às organizações e também à sociedade. Alguns estudiosos condenam o uso da responsabilidade social como forma de promoção e publicidade. No entanto, uma empresa deve aliar seus objetivos como lucro e crescimento à responsabilidade social, já que os primeiros garantem a sobrevivência da empresa e o segundo a perpetuação de sua atividade. O uso da responsabilidade social como forma de obter benefícios é ao mesmo tempo uma oportunidade de promover o bem-estar da sociedade e de agregar valor para a empresa, não podendo ser relegado a segundo plano, sob o risco de ocasionar riscos financeiros e comprometer sua existência e sua atuação positiva na sociedade. (GARCIA, 2002, p. 61). Conforme Ashley (2005), o conceito de Responsabilidade Social é ainda distorcido e bastante confundido com filantropia. É certo que para muitas empresas o bem-estar ainda não é predominante, mas a busca por melhores negócios e lucratividade. Na Responsabilidade Social há o lucro pela relação onde todos saem ganhando. Ainda segundo o mesmo autor, as características de um relacionamento de Responsabilidade Social são: a) Dar satisfação não somente aos acionistas, mas ao governo, 50 funcionários, comunidades de relacionamento, organizações não governamentais e à mídia. As empresas possuem novos parceiros sociais no processo de decisão. As mudanças comportamentais das empresas e sociedade conduziram a um diálogo mais aberto, o que proporciona também à empresa um ganho de legitimidade social; A Responsabilidade Social aplica-se a toda a cadeia produtiva, envolve fatores ambientais, sociais e culturais. Há uma relação de interdependência entre as empresas, fornecedores e consumidores onde cada um assume um papel na exigência e cumprimento de um processo produtivo dentro dos padrões éticos; Está intimamente ligado com o conceito de desenvolvimento sustentável, exigindo responsabilidade com o meio ambiente e à sociedade, com a prevenção da escassez dos recursos, porém não se aplica somente ao meio ambiente, mas à gestão da empresa em si, seu compromisso de lucratividade, preservação da imagem e solidez da empresa e prevenção de riscos futuros, como demandas judiciais; Forte demanda por transparência que vão além dos livros contábeis. Empresas são pouco forçadas a divulgarem suas ações sociais e ambientais, as medidas de prevenção de impactos ou os próprios impactos causados e as compensações decorridas destes. As empresas estão sendo obrigadas a divulgar seu desempenho em balanços anuais. Atualmente várias empresas já elaboram estes balanços sócio-ambientais, que num breve espaço de tempo serão obrigatórios. 2.1 Questão meio Ambiente A preocupação com a proteção do meio ambiente está em crescente debate mundial, traduzindo-se com vários movimentos sociais, uma mudança de cultura, que caracteriza uma nova postura do setor privado no lançamento de produtos ou serviços e na sua revisão nos processos de produção com a 51 fabricação de produtos que não agridam a natureza e não se tornem uma ameaça para as gerações futuras. A primeira manifestação internacional organizada em prol do meio ambiente foi o Business Council for Sustentable Development (grupo de trabalho formado pela iniciativa privada mundial, participante da Conferência Internacional do Meio Ambiente realizada em 1992 no Rio de Janeiro), com o objetivo de influenciar discussões técnicas e políticas mostrando a opinião pública nas iniciativas implementadas pelas empresas. Segundo Donaire (1999) o fato do meio ambiente ter sido considerado como um recurso abundante, onde não há necessidade de trabalho para sua obtenção, dificultou a possibilidade de um critério para sua utilização, disseminando a poluição ambiental, afetando a população na sua totalidade. A sociedade atual exige uma redefinição do papel social da empresa, onde cresce a conscientização de que não basta gerar empregos, criar produtos, oferecer benefícios à sociedade, pois elas também produzem resultados indesejáveis como à poluição, degradação do meio ambiente, ou seja, danos ocasionados pela empresa a terceiros (pessoas ou comunidade); enfim, a empresa tem que demonstrar sua utilidade social e sua contribuição para amenizar estes problemas, buscando o bem comum. A empresa ambientalmente responsável investe em tecnologia antipoluição, recicla produtos e lixo, cria áreas verdes, mantém um relacionamento ético com órgãos de fiscalização e comunidade, é responsável pelo ciclo de vida de seus produtos e principalmente dissemina práticas de preservação do meio ambiente. A sua prática irresponsável pode acarretar em multas e indenizações que podem comprometer a saúde da empresa. A repercussão da questão ambiental na organização ocorre quando a empresa se dá conta de que sua atividade não propicia só despesa, mas pode transformar-se em uma excelente oportunidade de redução de custos, viabilizando o reaproveitamento e venda de resíduos, aumentando a possibilidade de reciclagem. 2.2. Evolução dos problemas ambientais 52 O terceiro milênio enfrenta inúmeros problemas ambientais que ameaçam o equilíbrio ecológico do planeta, a vida de sua biodiversidade e até mesmo a humanidade, colocando o planeta em iminente perigo. Segundo Romaneli [s.d] os fatores de degradação ambiental são: a) Falta de água; b) Desmatamento; c) Aquecimento global; d) Buraco na camada de ozônio; e) Chuva ácida; f) Lixo; g) Perda da biodiversidade; h) Poluição; i) Queimadas; j) Superpopulação. Apesar de o planeta ter mais de dois terços de água, quase toda composta por água salgada é de difícil utilização, sobrando apenas 2,5% de toda a água do planeta sob a forma de água doce. Mas considerando que a maior parte dessa água se encontra sob a forma de gelo nos pólos, outra grande parte em reservatórios subterrâneos inacessíveis, apenas 0,75%, menos de 1% de toda a água pode ser disponibilizado ao uso humano, seja para sua alimentação, higiene e lazer ou para a produção rural e o sustento de rebanhos. E desse volume, 0,70% também se encontra em reservatórios subterrâneos, restando, como águas de superfície, apenas 0,05%. O homem necessita de água para obter seu alimento, na ingestão direta de líquidos, nas atividades agrícolas, na elaboração de alimentos, em necessidades domésticas e nos processos industriais. Uma das grandes preocupações mundiais é o desperdício de água. Segundo Romaneli [s.d], no Brasil, a média ideal de gasto de água/dia por pessoa é de quarenta litros; a média de utilização ultrapassa aos duzentos litros. Estima-se que 70% de toda a água tratada no país são desperdiçados em vazamentos. Recentemente, o brasileiro conviveu com o risco de apagões e com racionamento de luz. Ainda de acordo com Romaneli [s.d], em um futuro 53 bastante próximo, teremos não só o racionamento de luz como o da própria água. O desmatamento também é alarmante. A maior floresta tropical do mundo, a Amazônica, já sofreu, desde 1500, em território brasileiro, onde se encontra mais de sua metade, um desmatamento equivalente a 13% da área brasileira original. Pior situação se encontra a Mata Atlântica que hoje possuem apenas 7,5% da área existente na época do descobrimento. Os cerrados brasileiros, responsáveis pela maior variedade de vida no país, se resumem, hoje a apenas 20%, tendo, no mesmo período, sofrido uma devastação de 80% de sua área. Assim, como a própria água, e porque há uma interdependência inseparável entre elas, a cobertura vegetal é indispensável à vida do planeta e à vida humana, sendo absolutamente necessária, devido ao fato de ser ambiente dos ecossistemas, para liberar oxigênio, necessário à respiração da maioria dos seres vivos, para absorver dióxido de carbono, para sombrear e refrescar, para reter água na terra e umidade no ar, para produzir frutos, alimentos e abrigo e para proteger o solo da desertificação. As principais causas da destruição da cobertura vegetal no planeta são as queimadas, a extração comercial desordenada e a ocupação humana, com suas peculiares derrubadas de árvores e limpezas de terrenos para construir, utilizar madeiras em suas habitações e lenha para combustível residencial e industrial e ampliar áreas pastoris e agrícolas. Outro problema preocupante é o aquecimento global. O efeito estufa é causado principalmente pelo acúmulo de gás carbônico na biosfera, o que impede a fuga de parte do calor para o espaço. É imprescindível à vida no planeta para manter um aquecimento equilibrado. A concentração desses gases cresce de forma e velocidade preocupantes em função da intervenção humana nos processos naturais, principalmente por causa da queima de combustíveis fósseis, na sua maioria petróleo, em carros e indústrias, incêndios e queimadas, aumento das plantações de arroz e da criação de gado, atividades que depositam metano, óxido nitroso e outros gases na atmosfera. Segundo Romaneli [s.d] a emissão desses gases deve dobrar neste século XXI, e a aumentar a temperatura em até 6ºC, elevando os níveis dos 54 oceanos em proporções gigantescas, causando enormes catástrofes e prejuízos naturais. Dentre os prejuízos estarão a morte dos recifes de corais, responsáveis por abrigar e alimentar a maior parte da vida marinha animal, o alagamento de áreas urbanizadas, o aumento no número de furacões, tempestades entre outras; a morte prematura de seres da biodiversidade mundial pelo excesso de calor ou por afogamento, o aumento das doenças e maiores dificuldades em tratá-las, o desmatamento causado pela inundação de áreas verdes, e pela migração de seres humanos e animais para áreas mais elevadas e secas. Há também os problemas relativos ao desgaste na camada de ozônio que protege a atmosfera terrestre e os fenômenos das chamadas chuvas ácidas. A camada de ozônio, na estratosfera, retém parte dos raios ultravioletas vindos do sol. Os buracos são as áreas onde a camada de ozônio é mais rarefeita. As chuvas ácidas são provocadas por gases provenientes de combustíveis fósseis que se convertem, através de reações químicas na atmosfera, em ácidos nítrico e sulfúrico, aumentando a acidez de cursos de água e das fontes, inclusive dos lençóis freáticos. Esses ácidos, depostos pela chuva ou neve, causam desequilíbrio ao meio ambiente e provocam morte de peixes, da cobertura vegetal, tornam a água imprópria ao consumo, acidificam terras prejudicando o plantio, a germinação e até a evolução de muitas culturas agrícolas. Segundo Romaneli [s.d] os prejuízos causados pelo excesso de raios ultravioletas nos sistemas vivos do planeta são imensuráveis e desconhecidos. No ser humano, atribuem-se-lhes doenças como câncer e envelhecimento precoce da pele, manchas solares, queimaduras e prejuízos ao sistema imunológico. São temidas, ainda, doenças desconhecidas provocadas por alterações genéticas e pela infiltração de um volume excessivo de raios ultravioletas em níveis mais profundos da pele. Entre os problemas ambientais o mais grave é o lixo. Segundo Romaneli [s.d], cada brasileiro produz, em média, quatrocentos e quarenta mil quilos de lixo por ano, habitualmente; na grande maioria, o lixo recolhido pelos serviços públicos de limpeza vai para os lixões e aterros sanitários. Muitos detritos, por outro lado, são jogados pela própria população, diretamente no ambiente onde 55 os materiais que compõem o lixo envenenam e poluem terra, água e ar. O lixo aterrado é uma bomba de efeito retardado que, em médio prazo, transformar-se-á em sério problema de degradação ambiental. O lixo incinerado, ao contrário, é uma bomba de efeito imediato, já que os incineradores depositam diretamente na atmosfera vários poluentes e materiais de alta toxidade. Em médio prazo grande risco vem do chamado lixo atômico composto principalmente de plutônio, que leva cerca de meio milhão de anos para perder seu potencial agressivo. A produção anual de plutônio é cerca de duzentos a duzentos e cinquenta quilos, sendo que bastariam quinhentos gramas para causar câncer de pulmão em todos os habitantes do planeta. A perda da biodiversidade também é um dos grandes riscos ambientais, ou seja, a perda dos elementos vivos é um dos graves problemas do planeta Terra. A biodiversidade estimada no planeta é de cinco a cinquenta milhões de espécies, onde apenas cerca de um milhão e quatrocentos mil foram identificadas e catalogadas. Ou seja, há a possibilidade de que existam entre três milhões e seiscentas mil a quarenta e oito milhões e seiscentas mil espécies desconhecidas. No Brasil, encontram-se 20% de todas as espécies existentes no planeta. No entanto, estão sendo destruídas em larga escala, principalmente por queimadas, desmatamentos, extração mineral e comércio ilegal de espécies. A gravidade da situação é tamanha que, de 1975 a 2000, foram extintas 20% das espécies vivas do planeta. Um outro fantasma é a poluição, seja ela a atmosférica, das águas, sonora ou visual. Quanto à poluição atmosférica, desde o início da revolução industrial por volta de meados do século XVIII duzentas e setenta e um bilhões de toneladas de carbono foram depositadas na atmosfera. Todo esse carbono tem causado sérios problemas, como o acréscimo excessivo dos gases efeito estufa, a deposição de resíduos tóxicos nas bacias hidrográficas e o venenoso e altamente tóxico "smog" uma massa de ar estagnado composto por uma mistura de diversos gases, vapores de ar e fumaça. Hoje em dia são corriqueiros os casos de internações hospitalares e até mesmo de óbitos de crianças, de animais domésticos, de pessoas idosas 56 ou com doenças cárdio-respiratórias, intoxicados pelo ar poluído. A poluição das águas é causada principalmente pelo lixo urbano e industrial, esgotos urbanos e industriais, deposição de detritos e diversas formas de sujeiras, mercúrio dos garimpos, resíduos de baterias e pilhas e agrotóxicos, pesticidas e outros produtos químicos aplicados desordenadamente em lavouras, na pecuária e no combate a pragas e parasitas, o que polui também o solo. Grande fator de poluição das águas marinhas e dos litorais são os vazamentos de petróleo, de plataformas de extração, de canalizações ou de navios. A poluição sonora, com níveis de pressão acima daqueles indicados para o nosso organismo, comum em quase todos os cantos das cidades de grandes e médios portes, provoca estresse, distúrbios físicos, mentais, psicológicos, insônia, deficiência auditiva, altera a pressão arterial, causa problemas digestivos, provoca má irrigação sanguínea da pele e até impotência e frigidez sexual. A poluição visual prejudica a qualidade de vida das pessoas, ofende sua integridade psíquica, causando nervosismo, cansaço e mal estar e confunde alguns animais, prejudicando profundamente seus hábitos, interferindo em seus processos de acasalamento, de procriação e de sobrevivência. As queimadas são responsáveis por grande parte da perda da biodiversidade e dos vastos prejuízos ambientais e à saúde devido aos gases depositados no ar e aspirados, causando doenças respiratórias, asfixias, doenças alérgicas, irritação e outras doenças oculares, doenças de pele, doenças cardiovasculares e uma enormidade de outros incômodos, como mal estar, enjôos, falta de ar, inquietação, irritabilidade, dores de cabeça, fadiga visual, entre outros. As queimadas ressecam a atmosfera, seja pela deposição direta de gases, seja pelo calor produzido, dificultam as chuvas, aumentam a poluição do ar, do solo e das águas, acresce à atmosfera quantidades impróprias de gases efeito estufa e colaboram para o aquecimento global. O ponto de partida desses problemas ambientais é o aumento irregular e desmedido da população humana no planeta que causam o desmatamento para ocupação da área, utilização de madeira nas construções e como combustível doméstico, excesso de produção de lixo e consequentemente 57 maior deposição de lixo e resíduos no solo, nos rios e oceanos. É necessário o aumento das atividades produtivas agrícolas, pecuárias e industriais, para satisfazer o acréscimo populacional. Em um círculo vicioso, há o aumento da emissão de gás carbônico, de incêndios e queimadas, uma maior demanda por habitação e alimentos. O aumento populacional é mais acelerado nos países e nas regiões mais pobres. Países desenvolvidos, ou pessoas de médio poder aquisitivo, preocupam-se com o controle e a redução da natalidade, nas faixas de maior pobreza, onde há um crescimento desordenado pela falta de orientação e educação sexual. Por essa razão, nos próximos trinta anos, os países mais pobres responderão por 90% do crescimento populacional. O mais triste e doloroso é saber que o ser humano é o principal gerador desses perniciosos acontecimentos e a maior influência em seu descontrole 2.3 Construção da consciência ambiental Segundo Barcelos (2005), o termo Educação Ambiental é relativamente novo e só parece bem definido em documentos oficias internacional através dos Princípios de Educação Ambiental estabelecidos em um seminário organizado pelo UNESCO em 1974, em Tammi, Finlândia. Durante as décadas de 70 e 80 foram realizadas várias conferências visando o estabelecimento de princípios para uma educação ambiental. Percebem-se as dificuldades para o estabelecimento da educação ambiental ao observar-se o período de tempo entre a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, em 1972, onde ainda não se falava em educação ambiental e o estabelecimento de diretrizes sobre o assunto durante a Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável realizada no Rio de Janeiro, em 1992, marcando os 20 anos da Conferência de Estocolmo, estavam presentes 170 países e considerado como um dos maiores e mais representativos eventos diplomáticos já realizados. 58 A declaração do Rio visava estabelecer acordos internacionais que respeitassem os interesses de todos e protegessem a integridade do sistema global de ecologia e desenvolvimento. Mudanças de comportamento através do desenvolvimento de práticas sociais ambientalmente responsáveis e menos predatórias bem como a adoção de novos valores e concepções baseados na compreensão das relações entre as sociedades humanas e a natureza, entre os problemas ambientais, globais e o nível local são as diretrizes básicas da educação ambiental baseadas nos princípios estabelecidos pela Agenda 21 adotadas em escala mundial. (BARCELOS, 2005, p. 49). A partir de 1999, a educação ambiental no Brasil passou a ser regida por uma legislação específica, tendo como marco inaugural a lei que estabeleceu a Política Nacional de Educação Ambiental, que tem como princípios básicos o enfoque humanista, concepção do meio ambiente em sua totalidade, o pluralismo de idéias, respeito à pluralidade e diversidade individual, vinculação entre a ética e educação, trabalhos sociais articuladas às questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais. Segundo Barcelos (2005) as mudanças de mentalidade, atitudes e valores de quem dependem dos recursos naturais para satisfação das necessidades, são os maiores desafios da educação ambiental, que clama por uma reorientação. É necessária a conjugação de esforços de toda a sociedade para o desenvolvimento de programas educacionais que examinem as causas das temáticas ambientais, e não atuem somente em relação aos sintomas diagnosticados. Como resultado dessa conscientização ambiental ampla, uma nova atitude pessoal de responsabilidade poderá ser atingida. A missão mais importante da educação ambiental não consiste em conhecer o meio ambiente, mas, desenvolver ações sobre ele. Com relação aos objetivos da Educação Ambiental Franco (1997) apresenta-os de acordo com o elaborado no Congresso de Belgrado: a) Tomada de Consciência: ajudar pessoas, empresas, alunos e toda a comunidade a tomar consciência do ambiente global e dos problemas relacionados ao meio ambiente. b) Competência: desenvolver entre eles competências específicas que tornem operativos os conhecimentos e as atitudes adquiridas, através 59 das ações concretas sobre o meio ambiente. c) Conhecimentos: ajudá-los a compreender as responsabilidades e o papel crítico reservado ao homem em relação ao meio ambiente. d) Atitude: levá-los a desenvolver valores sociais, sentimentos de interesse pelo meio ambiente e motivação forte para tomar parte na tarefa de conservá-lo e melhorá-lo. Para que estes objetivos sejam alcançados é necessário desenvolver programas formais e não formais de Educação Ambiental integrados ao desenvolvimento sustentável, a fim de criar consciência de desenvolvimento integral do ser humano. Portanto, a Educação Ambiental deve estar intimamente integrada à formação dos seres humanos. 2.4 Benefícios estratégicos Segundo Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000), crescimento econômico é o crescimento contínuo do produto nacional em termos globais e desenvolvimento econômico não é somente o crescimento da produção nacional, mas também a forma como está distribuída socialmente. A inclusão do meio ambiente entre os objetivos da empresa ampliam o conceito de administração, com a introdução de reciclagem e medidas de como poupar energia, ampliando o cunho ecológico da empresa. De acordo com Andrade, Tachizawa e Carvalho (2000) a proteção ambiental deixou de ser função exclusiva de proteção para tornar-se função administrativa, interferindo no planejamento estratégico da empresa. Ainda de acordo com os mesmos autores, os benefícios da administração com consciência ecológica são: a) Sobrevivência humana; b) Consenso público; c) Oportunidade de mercado; d) Redução de risco; e) Redução de custos; 60 f) Integridade pessoal. A responsabilidade sócio-ambiental é um dos temas mais atuais no mundo, podendo ser encontrado notícias na mídia a toda hora. Hoje, tudo deve ser sustentável à energia e matérias-primas principalmente; porém, pouco é abordado e seus benefícios estratégicos não são colocados em pauta, em relação ao quanto as empresas podem ganhar com a divulgação das suas práticas sustentáveis e responsavelmente éticas. De acordo com Silva, Camargo, Castaraneli e Gomes (2008) os benefícios estratégicos manifestam de diferentes formas dentro da empresa, tais como: a) Investidores: empresas que trabalham com a mesma ideologia de negócio e esteja disposta a participar desses projetos. b) Recursos financeiros: as entidades que incorporarem as práticas sustentáveis conseguiram mais facilidades de empréstimos em bancos, pois existem muitas linhas de créditos. c) Sociedade: o reconhecimento pelos serviços prestados pela empresa e órgãos públicos, assim agregando valores e mais fidelidade de seus clientes. d) Mercado: entidades que adotam essas práticas conseguem uma maior credibilidade atraindo investidores e clientes. e) Benefícios Fiscais: empresas podem ficar isentas de impostos através de programas que o governo oferece a essas organizações para que invistam em práticas ambientais. 2.5 Legislação ambiental O comportamento ético, que respeite as normas ambientais e o enfoque na responsabilidade social, é preocupação das empresas do mundo inteiro. Cada vez mais o cuidado com o meio ambiente é visto como um investimento de retorno, que contribui não somente com a empresa, mas também com o crescimento econômico e a melhoria da qualidade de vida da população. 61 A Legislação Ambiental Brasileira é uma das melhores do mundo, porém não funciona corretamente pela falta de ética e profissionalismo ao implantálas. É indispensável a qualquer empresa ao ser iniciada que a mesma atenda a legislação ambiental federal e municipal do local vigente, onde esteja situada. Em nosso país, particularmente, nos estados mais desenvolvidos do ponto de vista industrial, como, por exemplo, São Paulo, e respaldado por uma legislação ambiental considerada como uma das mais avançadas do mundo, a sociedade tem conseguido bloquear projetos que em outros tempos teriam pouca ou nenhuma resistência por serem considerados fonte de desenvolvimento e novos empregos. (DIAS, 2006, p.72) A legislação ambiental brasileira é muito complexa, porém infelizmente não é cumprida adequadamente para que possa garantir a preservação e a correta utilização do meio ambiente. De acordo com Machado (2003) as principais leis são: a) Lei da Ação Civil Pública: Onde é responsabilizado quem danar o meio ambiente, consumidor e o patrimônio artístico, turístico e paisagístico; b) Lei dos Agrotóxicos: Regulamentando desde a pesquisa e fabricação até a sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização e o destino da embalagem; c) Lei da Área de Proteção Ambiental: Criando Estações Ecológicas, que representam o ecossistema, onde 90% permanecem intocadas e 10% são para pesquisas científicas, essas áreas podem conter propriedades privadas onde o governo limita suas atividades econômicas para fins de proteção ambiental; d) Lei das Atividades Nucleares: Que responsabiliza civilmente por danos nucleares e criminalmente por atividades nucleares; e) Lei dos Crimes Ambientais: Refere-se às infrações e punições. A pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração pode ser penalizada, se esta foi criada ou usada para facilitar ou ocultar algum crime. A punição pode ser extinta; caso seja comprovada a recuperação do dano, as multas variam de R$ 50,00 a R$ 50.000.000,00; 62 f) Lei da Engenharia Genética: Com regulamentação de normas desde o seu cultivo, manipulação e transporte de organismos modificados, até a sua comercialização, consumo e liberação no meio ambiente; g) Lei da Exploração Ambiental: Regulamenta as atividades garimpeiras, que é obrigatório a licença ambiental prévia concedida pelo Órgão Ambiental competente; h) Lei da Fauna Silvestre: É considerado crime o uso, perseguição e captura de animais silvestres, a caça profissional, o comércio dessas espécies e produtos derivados desta, além de proibir criação e a caça amadora sem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos recursos naturais renováveis (IBAMA), a exportação de peles e couros de anfíbios e répteis em bruto; i) Lei das Florestas: Protege florestas nativas e define como área de preservação permanente uma faixa de 30 a 500 metros das margens dos rios, lagos e reservatórios, topos de morros e encostas, exigem ainda das propriedades rurais do sudeste a preservação de 20% da área arbórea que deve estar averbada em cartório de imóveis; j) Lei do Gerenciamento Costeiro: Determinando diretrizes para o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro, definindo o que é zona costeira como espaço geográfico da interação do ar, do mar e da terra, como os recursos naturais; k) Lei da Criação do IBAMA: Que tem o poder de executar a Política Nacional do Meio Ambiente, que atua para conservar, fiscalizar, controlar os recursos naturais; l) Lei do Parcelamento do Solo Urbano: Estabelece regras para loteamentos urbanos e proteger áreas de preservação ambiental; m) Lei do Patrimônio Cultural: Proteção para o patrimônio histórico e artístico nacional, como os bens etnográficos, arqueológicos, monumentos naturais, sítios e paisagens naturais ou que veio da imaginação humana; n) Lei da Política Agrícola: Onde o poder público disciplina e fiscaliza o uso do solo, a água, a fauna e a flora, zoneando agroecológicos, desenvolver programas de educação ambiental e distribuição de mudas de espécies nativas; 63 o) Lei da Política Nacional do Meio Ambiente: É considerada a mais importante, pois obriga o poluidor a indenizar os danos causados, independente da sua culpa; p) Lei dos Recursos Hídricos: Prevêem a criação do Sistema Nacional de Informação sobre os recursos hídricos para a coleta, tratamento, armazenamento e a recuperação das informações e fatores intervenientes; q) Lei do Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição: Onde atribui aos municípios e estados o poder de estabelecer limites e padrões para instalações e licenciamento das indústrias, exigindo o estudo de Impacto Ambiental. A legislação ambiental vai depender do seu município a que está inserido. A gestão ambiental é responsabilizada pela degradação do meio ambiente, devido a esse fator é que se torna necessário um acompanhamento desses processos. Esse controle faz surgir nos municípios às secretarias e departamentos do meio ambiente, que encontram dificuldades como falta de pessoal qualificado, objetivos pré-definidos, já que muitos deles só são criados para satisfazer a opinião pública, escassez de recursos financeiros e falta de integração do órgão com empresas privadas e ONG's. Para Dias (2006) o IBGE, em maio de 2005, realizou uma pesquisa em 2002, que constatou que em 6% dos municípios contêm secretarias de meio ambiente e 32% não têm nenhum órgão para o meio ambiente e apenas 1,1% atua na área ambiental. 2.6 Normas ambientais À medida que aumentam as preocupações com a manutenção e a melhoria da qualidade do meio ambiente, bem como a proteção da saúde humana, organizações de todos os tamanhos vem de forma crescente, voltando suas atenções para os potenciais impactos de suas atividades, produtos e serviços. 64 O desempenho ambiental de uma organização vem tendo importância cada vez maior para as partes interessadas, internas e externas. Alcançar um desempenho ambiental consistente requer comprometimento organizacional e uma abordagem sistemática ao aprimoramento contínuo. A ISO 14000 é um conjunto de normas que definem parâmetros e diretrizes para a gestão ambiental para as empresas privadas ou públicas. Estas normas Standardization foram definidas pela International Organization for ISO (Organização Internacional para Padronização), uma organização não-governamental, sediada em Genebra, fundada em 23 de fevereiro de 1947. Estas normas foram criadas para diminuir o impacto provocado pelas empresas ao meio ambiente. Muitas empresas utilizam recursos naturais, geram poluição ou causam danos ambientais através de seus processos de produção. Seguindo as normas do ISO 14000, estas empresas podem reduzir significativamente estes danos ao meio ambiente. Quando uma empresa segue as normas e implanta os processos indicados, ela pode obter o Certificado ISO 14000. Este certificado é importante, pois atesta que a organização possui responsabilidade ambiental, valorizando assim seus produtos e marca. Para conseguir e manter o certificado ISO 14000, a empresa precisa seguir a legislação ambiental do país, treinar e qualificar os funcionários para seguirem as normas, diagnosticar os impactos ambientais que está causando e aplicar procedimentos para diminuir os danos ao meio ambiente. O objetivo geral da ISO 14000 é fornecer assistência para as organizações na implantação ou no aprimoramento de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Ela é consistente com a meta de desenvolvimento sustentável e é compatível com diferentes estruturas culturais, sociais e organizacionais. Um SGA oferece ordem e consistência para os esforços organizacionais no atendimento às preocupações ambientais através de alocação de recursos, definição de responsabilidades, avaliações correntes das práticas, procedimentos e processos. A ISO 14000 oferece diretrizes para o desenvolvimento e implementação de princípios e sistemas de gestão ambiental, bem como sua coordenação com outros sistemas gerenciais. 65 Tais diretrizes são aplicáveis a qualquer organização, independente do tamanho, tipo ou nível de maturidade, que esteja interessada em desenvolver, implementar e/ou aprimorar um SGA. As diretrizes são destinadas ao uso interno como uma ferramenta gerencial voluntária, não sendo apropriada para uso por parte de entidades de Certificação/Registro de SGA, como uma norma de especificações. As diretrizes baseiam-se nos elementos centrais da especificação para SGA encontrados na ISO 14001 e incluem importantes elementos adicionais para um Sistema de Gestão Ambiental amplo. Segundo o site Ambiente Brasil [s.d], o ciclo do SGA segue a visão básica de uma organização que subscreve os seguintes princípios: Uma organização deve focar aquilo que precisa Princípio 1 ser feito, deve assegurar comprometimento ao SGA e definir sua política. Uma organização deve formular um plano para Princípio 2 cumprir com sua política ambiental. Para uma efetiva implantação, uma organização deve desenvolver as capacidades Princípio 3 e apoiar os mecanismos necessários para o alcance de suas políticas, objetivos e metas. Uma organização deve medir, monitorar e Princípio 4 avaliar sua performance ambiental. Uma organização deve rever e continuamente aperfeiçoar seu sistema de gestão ambiental, Princípio 5 com o objetivo de aprimorar sua performance ambiental geral. Fonte: Ambiente Brasil [s.d] Quadro 2 Princípios do ciclo SGA Com isto em mente, o SGA é mais observado como uma estrutura de organização, a ser continuamente monitorada e renovada, visando fornecer orientação efetiva para as atividades ambientais de uma organização, em 66 resposta a fatores internos e externos em alteração. Todos os membros de uma organização devem assumir a responsabilidade pela melhoria ambiental. 2.7 Protocolo de Quioto Quando adotaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em 1992, os governos reconheceram que ela poderia ser a propulsora de ações mais enérgicas no futuro. Segundo Protocolo de Quito cerca de 10000 delegados, observadores e jornalistas participaram desse evento de alto nível realizado em Quioto, Japão, em dezembro de 1997. A conferência culminou na decisão por consenso (1/CP3) de adotar-se um Protocolo segundo o qual os países industrializados reduziriam suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em pelo menos 5% em relação aos níveis de 1990 até o período entre 2008 e 2012. Esse compromisso, com vinculação legal, promete produzir uma reversão da tendência histórica de crescimento das emissões iniciadas nesses países há cerca de 150 anos. O Protocolo de Quioto foi aberto para assinatura em 16 de março de 1998 e entrou em vigor 90 dias após a sua ratificação por pelo menos 55 Partes da Convenção, incluindo os países desenvolvidos que contabilizaram pelo menos 55% das emissões totais de dióxido de carbono, em 1990, desse grupo de países industrializados. Enquanto isso, as Partes da Convenção sobre Mudança do Clima continuarão a observar os compromissos assumidos sob a Convenção e a preparar-se para a futura implementação do Protocolo. Segundo site Wapédia [s.d], o Protocolo de Kyoto é um tratado internacional, assinado por 175 países, que tem o compromisso rígido de diminuição dos gases que provocam o efeito estufa. Uma das causas do efeito estufa é a elevação da temperatura do planeta, pelas mudanças climáticas que afetam o mundo todo, que vem da excessiva concentração de gases na atmosfera, absorvendo uma grande quantidade de radiação infravermelha, aumentando assim a temperatura da Terra. Entre os principais gases causadores desse efeito estufas estão o dióxido de carbono, metano e o óxido nitroso. O aumento desses gases vem, 67 em sua maioria, das indústrias e estas estão ganhando força na busca para sua redução. Segundo Dias (2006), a responsabilidade histórica desse acúmulo de gases vem dos países mais desenvolvidos; em contrapartida, os países menores possuem vegetação que absorvem esses gases. O maior país em emissão de gases poluentes é os Estados Unidos, que desistiu do acordo em 2001, alegando que causaria queda no crescimento econômico, por exigir altos investimentos ou a diminuição das atividades industriais. Conforme Dias (2006) o Protocolo de Kyoto objetiva a redução da emissão de gases, realiza estudos para conscientizar a sociedade e regulamenta o acesso ao bem público como recurso comum, considerando a necessidade de diminuir as desigualdades sociais. Para Dias (2006) os principais pontos são: a) Os países desenvolvidos se comprometem a reduzir entre os anos de 2008 e 2012 suas emissões abaixo do registrado no ano de 1990, data do primeiro encontro. De maneira conjunta, devem reduzir em 5,2%; b) Os países poderão participar de sistemas de intercâmbio de direito de emissão e na medida do possível, melhorar seus sistemas de informação e de inventário de emissão; c) Os países devem formular programas para combater a mudança climática e remover obstáculos que limitem a redução da emissão dos gases e desenvolver o Mecanismo para o Desenvolvimento Limpo, no qual os países em desenvolvimento poderão receber investimentos dos países desenvolvidos para abater a emissão de gases através de um mecanismo de compensação; d) O Protocolo entrará em vigor em 90 dias depois que tenha sido ratificado pelo menos por 55 países que representam pelo menos 55% de suas emissões totais. 2.8 Responsabilidade sócio-ambiental voltada para o município. 68 Devido ao êxodo rural, as cidades foram desenvolvendo-se e transformando-se rapidamente; sem nenhum controle de crescimento, isso ocasionou a falta de infra-estrutura e saneamento básico em muitos lugares. Segundo Silva, Camargo, Castaraneli e Gomes (2008) daqui a alguns anos, 80% da população passará a viver nas cidades e não existe nenhum planejamento para esta migração. O problema torna-se maior devido aos impactos sobre o meio ambiente e quem vai pagar por essa situação é a própria população. Com esse crescimento descontrolado, as cidades ficaram muito atrasadas em relação à responsabilidade com o meio ambiente e só agora começaram a se preocupar com o crescimento dos municípios e criaram Secretarias de Desenvolvimento Sustentável para controlar o crescimento das cidades através de leis e fiscalizações. Silva, Camargo, Castaraneli e Gomes (2008) em relação à água e esgoto muitas cidades já possuem tratamentos, mas não operam em 100%, como poderia ocorrer e muitas vezes não chega a atingir bairros que se desenvolveram longe dos grandes centros; porém, o que tem dado mais trabalho é o armazenamento do lixo produzido. Entretanto, podemos ver algumas ações de algumas cidades junto com a sociedade e empresas privadas, que realizam projetos que não só preservam o meio ambiente, mas também geram lucros como no caso da cidade de Lins/SP, que possui uma trilha ambiental com fazendas, restaurantes e sorveterias, além de um centro de educação ambiental que busca informar crianças e adolescentes sobre a preservação do meio ambiente. Esses projetos estão rendendo frutos para as cidades que passam a investir mais nesse negócio, que, além de ser lucrativo para as empresas, o município consegue se desenvolver sem prejudicar o meio ambiente e a população que nela reside. 2.9 Algumas empresas sustentáveis 2.9.1 Sabesp 69 Os produtos oferecidos pela Sabesp proporcionam vantagens e benefícios relacionados à redução de custos nas atividades produtivas e principalmente melhorias significativas ao meio ambiente, com: a) Uso Racional da Água. b) Tratamento de esgotos. c) Conscientização e educação de empregados. d) Melhorias nos processos produtivos. e) Sustentabilidade ambiental. Os projetos desenvolvidos pela Sabesp são: Contrato de fidelização: Por meio de um contrato de fidelização, clientes comerciais e industriais com grande consumo de água obtêm melhores condições de preços e tarifas. Este contrato é firmado por um período mínimo de um ano e o desconto concedido pode chegar a mais de 40%. Além da redução de custos, os relatórios de controle tornam a gestão do consumo mais simples e eficiente. O contrato pode ser firmado com a inclusão de uma ou mais ligações de água, isto é, o cliente poderá somar o consumo da matriz e das filiais para definir o valor mínimo. Água de reuso: Produzida dentro das Estações de Tratamento de Esgoto e pode ser utilizada para inúmeros fins, como geração de energia, refrigeração de equipamentos, em diversos processos industriais, em prefeituras e entidades que usam a água para fins não-potáveis. As empresas podem aproveitar o produto na cadeia produtiva e colaborar com a ampliação da oferta de água destinada ao abastecimento público, colaborando, assim, com a sustentabilidade ambiental. Cada litro de água de reuso utilizado representa um litro de água conservada em nossos mananciais. A água de reuso não é potável, portanto, não deve haver nenhum tipo de uso/consumo humano, apesar de sua aparência ser semelhante à potável. Programa de Uso Racional de Água (PURA): Preocupada com a escassez dos recursos hídricos, a Sabesp desenvolveu o PURA que promove redução no consumo de água de sua empresa, hospitais ou instituição. O trabalho abrange ações tecnológicas e mudanças culturais para a conscientização quanto ao correto uso da água. As soluções para diminuir o 70 consumo de água são compostas de diversas ações como detecção e reparo de vazamentos, troca de equipamentos convencionais por equipamentos economizadores, estudos para reaproveitamento da água e palestras educativas. Em geral, o retorno do investimento é rápido ou até imediato. Reduz o consumo e o desperdício de água, gerando uma economia de no mínimo 10% e em geral da ordem de 20 a 40%. Medição Individualizada: Cada unidade paga somente o que efetivamente consumiu. Com isso, é possível identificar o consumo de cada habitação, além de promover o uso racional da água, a gestão de gastos e a justiça social. O condomínio interessado na medição individualizada escolhe o profissional certificado para fazer as instalações e a manutenção internas e, se elas estiverem de acordo com o padrão estabelecido pela Sabesp, a concessionária realiza a emissão de conta individual por unidade. O consumo da área comum é apurado e cobrado em conta específica. Esgotos Não Domésticos (END): A Sabesp recebe e trata dos esgotos não domésticos, provenientes do processo produtivo das empresas. Ao adotar este programa as empresas repassam a responsabilidade do tratamento e disposição final à Sabesp, reduzem o custo operacional e atendem as exigências legais de controle de poluição ambiental. Trata-se, portanto, de um programa que regulamenta o recebimento, coleta e tratamento dos esgotos não domésticos, fossas sépticas e caixas de gordura que poderão ser encaminhados por rede ou caminhão, para tratamento nas unidades da Sabesp. 2.9.2 Companhia Paulista de Força e Luz CPFL A CPFL possui sistemas de gestão com seu público interno, comunidade e meio ambiente. Possui uma política de considerar permanentemente a responsabilidade e a sustentabilidade no processo de gestão dos negócios, através do gerenciamento dos impactos das ações da empresa nos campos 71 econômico, social e ambiental, em sintonia com os legítimos interesses da sociedade e a legislação. A criação do Comitê de Sustentabilidade na CPFL foi um passo importante no alinhamento e integração das diversas ações que são desenvolvidas na empresa, relacionadas ao meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade corporativa. O Comitê é um espaço nos quais os representantes de diversas diretorias da empresa apresentam projetos e discutem os benefícios de cada um, alinhando-os ao planejamento estratégico da empresa e às políticas de sustentabilidade e responsabilidade corporativa. Segundo o Comitê de Sustentabilidade na CPFL [s.d], o planejamento das ações está focado em: a) Consumo consciente: Educação para o consumo consciente; Definindo Metas de Redução de Consumo de Água e Energia e Destinação Responsável de Resíduos. b) Balanço de carbono: Realização de diagnósticos e desenvolvimento de projeto para neutralização das emissões de gases agravantes do efeito estufa. c) Cadeia reversa: Adesão ao Programa 6 Sigma, que visa integrar esforços para implementação de melhorias sócio-ambientais na Cadeia Reversa e consumo consciente empresarial. d) Biodiversidade: Reestruturação do Programa de Arborização Urbana, com vistas à convivência adequada das redes de energia com a vegetação, associada à melhoria da qualidade ambiental e à formação de corredores ecológicos; Utilização de madeira proveniente de fontes certificadas e programas de conservação da fauna e flora. e) Sustentabilidade envolvendo usinas: Participação mais direta nas ações sócio-ambientais desenvolvidas nos empreendimentos hidrelétricos. f) Energia para o futuro: Projetos de Pesquisa e Desenvolvimento com foco em geração de energia por fontes alternativas e apoio a projetos de Eficiência Energética. 2.9.3 O Boticário 72 O Boticário é uma grande rede de perfumes reconhecida no país pelas ótimas fragrâncias de seus produtos, que vão desde perfumes, xampus, cremes, produtos de maquiagens e perfumes. Preocupada com os problemas ambientais atuais ela criou a Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, sem fins lucrativos, que busca realizar ações de conservação da natureza, criada em 1990. Esta fundação atua em todo o país que incluem proteção de áreas naturais, apoio a projetos de outras organizações e sensibilização da sociedade para a causa conservacionista, contribuindo para o equilíbrio ecológico do planeta e para a manutenção da vida, protegendo importantes remanescentes de dois dos biomas mais ameaçados do Brasil: Mata Atlântica e Cerrado. Além disso, incentiva outros a também investirem na proteção de áreas naturais, por meio de apoio a projetos e de pagamento por serviços ecossistêmicos. Por meio de suas ações, ajuda a amenizar os impactos das mudanças climáticas, já que o desmatamento evitado é um dos principais caminhos para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Além disso, por acreditar em seu poder multiplicador, compartilha conhecimento e investe na sensibilização da sociedade. Proteger a natureza é responsabilidade de todos. 2.9.4 Faber-Castell Em sua história de 77 anos de vida no Brasil, a empresa aprendeu a conhecer as peculiaridades de nosso País, delas extraindo as melhores oportunidades de crescimento. Para se ter ideia, o comprometimento de longo prazo com o Brasil, tão grande e de características tão diversas, bem como as capacidades e competências da empresa, permitiu à Faber-Castell adaptar-se rapidamente às mudanças dos cenários econômicos e políticos, fato que tem contribuído, sobremaneira, ao contínuo crescimento de sua organização no país. 73 De modo a assegurar, nos próximos anos, a expansão nacional e internacional de seus negócios, a companhia sabe que será indispensável melhorar a eficiência da cadeia produtiva por intermédio do estabelecimento de parcerias com fornecedores, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além de inovar constantemente no aprimoramento de seus recursos humanos. Dentro desses projetos de ecoeficiência existem subprojetos como o Projeto Animalis. Ao completar 15 anos, diante da crescente quantidade de espécimes e número de indivíduos em plantações e áreas de preservação, este projeto comprova acerto e qualidade do manejo. Ao todo, a Faber-Castell possui 9600 hectares de florestas. Destes, 3500 são de Reserva Legal e Preservação Permanente no município de Prata, em Minas Gerais. Nas áreas de plantação e matas nativas dos parques florestais já foram identificadas mais de 219 espécies de pássaros, 40 de mamíferos e 41 de répteis e anfíbios. Muitos dos quais, ameaçados de extinção, a exemplo do que ocorre com o lobo-guará, tamanduá bandeira e onça parda. Estes são alguns dos resultados obtidos depois da implantação do Projeto Animalis, plano de monitoramento da fauna, que completou 15 anos em 2007. Seu objetivo é criar um ambiente propício à sobrevivência dos animais e fazer com que outras espécies de animais silvestres possam ter abrigo garantido nos parques da empresa quando fugirem de incêndios, caça predatória ou qualquer outro tipo de ameaça. Para definir novas ações, bem como comprovar sua eficiência, o trabalho do Projeto Animalis conta com comparações periódicas entre levantamentos faunísticos anteriores e atuais, de modo a verificar a evolução em quantidade e qualidade de vida das espécies. Além desta avaliação, são realizados estudos sobre os efeitos e impactos que a plantação de pinos exerce sobre a fauna. Felizmente, a diversidade está cada vez maior, fato que comprova que as plantações da Faber-Castell estão sendo manejadas corretamente. Para garantir a sobrevivência de algumas espécies de animais em extinção também são desenvolvidas pesquisas sobre detalhes de seus hábitos alimentares. Isso para que se possam criar as melhores condições para sua preservação. Diversos outros estudos são realizados para avaliar a riqueza, 74 abundância e diversidade dos insetos que têm uma importância fundamental para o equilíbrio dos vários ecossistemas do cerrado, já que muitos animais se alimentam desses insetos. A Faber-Castell estabelece uma relação de troca e respeito com a natureza, recebe todos os benefícios que o planeta oferece sem, no entanto, agredi-lo. Por isso, a empresa se vale de todos os recursos tecnológicos disponíveis para assegurar, entre outras ações ecológicas, a sobrevivência dos diversos animais que vivem em seus parques. Os principais beneficiados com este posicionamento adotado pela empresa são as crianças, para as quais a Faber-Castell desenvolve materiais específicos para escrita, desenho e pintura. Com essa posição pró-ativa diante do meio ambiente, a empresa tem certeza de que é o melhor exemplo de conduta e respeito. Agindo desta forma, afinal, todos poderão ver a natureza no futuro com todas as cores e pujança que podemos ver hoje. Até mesmo melhor no amanhã. Sem dúvida, esta é uma motivação para todos nós. Para atingir os objetivos pretendidos com seus programas de preservação, a Faber-Castell realiza o monitoramento da flora nativa, do solo e da água. Busca-se, além de preservar as espécies já existentes, aumentar a diversidade de outras espécies que possam chegar aos seus parques. Nesse sentido, entre 1999 e 2002, a Faber-Castell plantou mais de 40 mil mudas de plantas nativas, muitas delas frutíferas, que complementam a dieta de muitos animais. Constantemente, estudos e avaliações realizadas pela Faber-Castell sobre ecossistemas apontam para novidades e informações. Uma delas, por exemplo, dá conta de que grande parte dos animais que habitam o cerrado vive nas matas ciliares, ou nas matas de galeria que se formam em áreas próximas aos rios. Esse dado é importante porque orienta as ações da empresa nos projetos específicos de preservação para estas áreas, como o Projeto Arboris. A Faber-Castell mantém um sério compromisso com a flora. Afinal, ela garante a sobrevivência de diversos animais, que vivem nas áreas de plantio da empresa, fornecem matéria-prima para a produção de seus ECOLÁPIS e contribuem para a pureza do ar que respiramos. É por esta razão que a empresa desenvolveu e implantou o Projeto Arboris, para garantir a 75 preservação e incrementar a mata nativa presente em seus parques florestais, além de auxiliar na conservação dos solos e águas. O Projeto Animalis tem apresentado excelentes resultados. E sempre traz boas notícias à empresa. Hoje em dia, é bastante comum andar pelos parques da Faber-Castell e encontrar ninhos de emas com ninhadas acima de 20 filhotes. A ema é um animal com risco de extinção no estado de Minas Gerais. E sua procriação nos parques da empresa é importante sinal de que as suas plantações estão sendo manejadas de forma correta. Uma curiosidade é que os machos da ema podem acasalar com mais de uma fêmea, que sempre depositam seus ovos no mesmo ninho. Foi o que provavelmente aconteceu com este ninho que continha 27 ovos, encontrado nos parques da Faber-Castell. 76 CAPÍTULO III A PESQUISA 3. INTRODUÇÃO Foi realizada uma pesquisa de estudo de caso na Prefeitura Municipal de Lins-SEDESU, no período de fevereiro a outubro de 2009, com a finalidade de conhecer os projetos desenvolvidos, reconhecendo seu desenvolvimento e a importância para a resolução dos problemas ambientais. Afim de identificar qual o envolvimento e o conhecimento que a população possui de tais projetos, foi realizada uma pesquisa diretamente com a população da cidade estratificada em diversas classes sociais no período de junho a julho de 2009. A Prefeitura Municipal de Lins tem com seus projetos ambientais o objetivo de buscar amenizar os efeitos poluentes e a degradação do meio ambiente. Para saber como essas ações e projetos influenciam e são importantes para o município e para a população, foram realizadas atividades ao longo do ano de 2009, através de métodos e técnicas específicas mostradas a seguir. Métodos Método do estudo de caso: foi realizada estudo de caso na SEDESU para analisar os aspectos dos projetos desenvolvidos. Método de observação sistemática: foram observados, analisados e acompanhados os procedimentos aplicados para o desenvolvimento dos projetos e o envolvimento da população nesse processo. Método Histórico: foram observados dados da evolução histórica da SEDESU. Método Estatístico: foi realizada uma pesquisa direta com a população da cidade de Lins nos meses de junho e julho de 2009, a população foi dividida em classes sociais, com um questionário que objetivava a identificação do 77 conhecimento sobre a responsabilidade sócio-ambiental. A pesquisa foi feita através da técnica de amostragem, com 200 pessoas , com margem de erro de +/- 10% (GIL, 2002). Técnicas Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A) Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B) Roteiro do Histórico da SEDESU (Apêndice C) Roteiro de Entrevista para o Engenheiro Ambiental (Apêndice D) Roteiro de Entrevista para o Engenheiro Agrônomo (Apêndice E) Roteiro de Entrevista para o Secretário do Desenvolvimento Sustentado - SEDESU (Apêndice F) 3.1 Apresentação dos dados da pesquisa A pesquisa foi realizada no intuito de saber o conhecimento e envolvimento da população nos projetos desenvolvidos pela Prefeitura Municipal de Lins SEDESU. O questionário é composto por 4 questões de dados de qualificação dos entrevistados e 18 questões objetivas sobre o assunto. 3.1.1 Apresentação dos dados de identificação do público pesquisado Tabela 1 Item Gênero Frequência Numérica Frequência Percentual ( %) Masculino 107 53,50% Feminino 93 46,50% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) 78 A tabela 1 demonstra que 53,50% dos entrevistados são do sexo masculino e 46,50% do sexo feminino. Tabela 2 Faixa etária Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) 15 aos 20 anos 17 8,50% 21 aos 35 anos 37 18,50% 36 aos 45 anos 40 20,00% 46 aos 55 anos 39 19,50% 56 aos 65 anos 30 15,00% 66 aos 75 anos 27 13,50% Acima dos 75 anos 10 5,00% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A tabela 2 demonstra que 58% dos entrevistados encontram-se entre 21 a 55 anos., com preponderância da faixa etária de 36 a 45 anos que corresponde a 20,00%. Tabela 3 Renda Familiar Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Até 4 salários mínimos 75 37,50% De 5 a 8 salários mínimos 90 45,00% De 9 a 12 salários mínimos 27 13,50% Acima de 13 salários 8 4,00% 200 100,00% mínimos Total Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A tabela 3 demonstra que a renda familiar de 82,50% dos 79 entrevistados é de até 8 salários mínimos, com índice de maior incidência com 45,00% na faixa de 5 a 8 salários mínimos. Tabela 4 Escolaridade Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Analfabeto 0 0,00% Ensino Fundamental 44 22,00% Ensino Médio 99 49,50% Graduação 54 27,00% Pós Graduação 2 1,00% Mestrado 1 0,50% 200 100,00% Total Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A tabela 4 demonstra que 98,50% dos entrevistados tem entre o ensino fundamental e a graduação, destacando-se o ensino médio com 49,50% e a graduação com 27,00%. 3.1.2 Apresentação dos dados das questões específicas Tabela 5 Você sabe o que é Responsabilidade Social? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 136 68,00% Não 64 32,00% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A maioria representada por 68,00% do público entrevistado diz saber o 80 que é responsabilidade social, enquanto 32% dos entrevistados admitem desconhecê-la. Tabela 6 Você se preocupa com o meio ambiente? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 200 100,00% Não 0 0,00% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A pesquisa demonstra que 100,00% dos entrevistados preocupam-se com o meio ambiente. Tabela 7 Em qual(is) ação(es)? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Reciclagem de lixo 96 19,88% Economia de água 183 37,89% Economia de luz 181 37,47% Participação em projetos 3 0,62% Plantio de árvores 7 1,45% Coleta seletiva 13 2,69% Total 483 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A economia de água e luz representam as ações mais conhecidas e praticadas com 75,36% das respostas, a participação em projetos é a mais desconhecida com 0,62% das respostas. Tabela 8 Você tem conhecimento das ações ambientais desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Lins? 81 Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 13 6,50% Não 187 93,50% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A pesquisa demonstra que apenas 6,50% da população tem conhecimento das ações ambientais desenvolvidas pela PML e 93,50% as desconhecem.. Tabela 9 Você sabe o que é SEDESU? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 6 3,00% Não 194 97,00% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Dentre os entrevistados apenas 3,00% sabem o que é SEDESU, 97,00% admitem desconhecê-la. Tabela 10 Você tem conhecimento das ações desenvolvidas pela SEDESU? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 0 0,00% Não 200 100,00% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Dos entrevistados 100,00% desconhecem as ações desenvolvidas pela SEDESU. Tabela 11 Você acha importante a preocupação da Prefeitura Municipal de Lins, pelo meio ambiente? 82 Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 197 98,50% Não 3 1,50% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Conforme demonstra a tabela 11, 98,50% dos entrevistados acham importante a preocupação da Prefeitura com o meio ambiente, apenas 1,50% disseram que essa preocupação não é importante.para a cidade. Tabela 12 Você frequenta o horto florestal? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 24 12,00% Não 176 88,00% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Como demonstra a tabela 12 apenas 12,00% dos entrevistados frequentam o horto florestal e 88,00% não frequentam. Tabela 13 Você tem conhecimento dos projetos desenvolvidos no horto florestal? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 25 12,50% Não 175 87,50% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A pesquisa demonstra que 87,00% dos entrevistados desconhecem os projetos desenvolvidos no horto florestal e 13,00% dizem conhecer. 83 Tabela 14 Qual(is)? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Papa pilhas 14 6,41% Bosques urbanos 1 0,46% Mutirão do lixo eletrônico 2 0,92% De olho no óleo 15 6,88% Arborização urbana 7 3,21% Parque Linear 0 0,00% Município verde 0 0,00% Coopersol 3 1,38% Cidade amiga da 0 0,00% 1 0,46% Desconhece 175 80,28% Total 327 100,00% Amazônia Associação dos Amigos do Horto Florestal Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Dentre os entrevistados, 80,28% desconhecem os projetos desenvolvidos no horto florestal. Os projetos mais conhecidos são: papa pilhas e de olho no óleo com 13,30%. Tabela 15 Você participa desses projetos? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 3 1,50% Não 12 11,00% Desconhece 175 87,50% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) 84 Dentre os entrevistados apenas 1,5% participam dos projetos, 87,50% não opinaram devido a não conhecerem os projetos. Tabela 16 Você acha que com esses projetos houve melhoria na qualidade de vida ou do meio ambiente? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Sim 24 12,00% Não 1 0,50% Desconhece 175 87,50% Total 200 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A pesquisa demonstra que apenas 0,05% dos entrevistados acredita que não houve melhoria na qualidade de vida ou meio ambiente com os projetos, 12,00% acreditam que houve melhora e 87,50% desconhecem os projetos e não opinaram. Tabela 17 O que na sua opinião poderia(m) ser feito(s) para que esses projetos elaborados alcançassem uma maior colaboração da população? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Maior divulgação 110 36,31% Mostrar os resultados 76 25,08% Fazer palestras em 114 37,62% 3 0,99% 303 100,00% escolas e empresas Outros Total Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Para os entrevistados uma maior divulgação e palestras são as melhores formas de os projetos alcançarem maior interação com a população com 73,93%. 85 Tabela 18 Como você tomou conhecimento dos projetos desenvolvidos pela prefeitura para o meio ambiente? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Jornal 2 0,93% Ações feitas 22 10,27% Rádio 1 0,47% Escola 1 0,47% Panfletos 1 0,47% Pessoas 10 4,67% Televisão 1 0,47% Empresa 1 0,47% Desconhece 175 81,78% Total 214 100,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) As ações feitas na cidade são a forma pelo qual os entrevistados mais tomam conhecimento dos projetos com 10,27%. Tabela 19 Para você o(s) foco(s) maior(es) no desenvolvimento dos projetos deveriam ser em relação ao que? Item Frequência Numérica Frequência percentual (%) Reciclagem de lixo e coleta 57 18,45% Recolhimento de poluentes. 44 14,24% Preservação da área verde 42 13,59% Trabalho de 166 53,72% 309 100,00% seletiva conscientização Total Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) 86 Para os entrevistados o trabalho de conscientização com a população deve ser o maior foco no desenvolvimento dos projetos com 53,72%., seguido da reciclagem de lixo e coleta seletiva com 18,45%. Tabela 20 Em seu bairro, qual(is) projeto(s) poderia(m) melhorar as condições para o meio ambiente e para as pessoas? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Papa pilhas 8 3,85% Bosques urbanos 1 0,48% Mutirão do lixo eletrônico 3 1,44% De olho no óleo 10 4,81% Arborização urbana 7 3,37% Parque Linear 0 0,00% Município verde 1 0,48% Coopersol 1 0,48% Cidade amiga da 0 0,00% 0 0,00% Desconhece 177 85,10% Total 208 100,00% Amazônia Associação dos Amigos do Horto Florestal Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Dentre os entrevistados 85,10% não opinaram. Papa pilhas, de olho no óleo e arborização urbana são para os entrevistados os que mais podem melhorar as condições para o meio ambiente e para as pessoas com 12,03%. Parque Linear, CAA e Associação dos Amigos do Horto não foram citados. Tabela 21 Avalie a importância da elaboração de projetos para a sua vida e da sua cidade? 87 Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Muito importante 183 91,50% Importante 15 7,50% As vezes é importante 2 1,00% Não é importante 0 0,00% 200 100,00% Total Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) A pesquisa demonstra que 91,50% dos entrevistados avaliam a elaboração de projetos com muito importante para sua vida e sua cidade. Tabela 22 Qual(is) do(s) projeto(s) que você conhece deveria(m) ter uma atenção maior por ser um projeto importante? Item Frequência Numérica Frequência Percentual (%) Papa pilhas 8 3,80% Bosques urbanos 3 1,42% Mutirão do lixo eletrônico 1 0,47% De olho no óleo 12 5,70% Arborização urbana 6 2,84% Parque Linear 0 0,00% Município verde 1 0,47% Coopersol 1 0,47% Cidade amiga da 0 0,00% 1 0,47% Desconhece 178 84,36% Total 211 100,00% Amazônia Associação dos Amigos do Horto Florestal Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) 88 De acordo com a pesquisa 12,34% dos entrevistados acreditam que o projeto papa pilhas, de olho no óleo e arborização urbana devem ter foco maior pois são projetos importantes, 84,36% não deram opinião por não conhecer os projetos. 3.2 Discussão É notório que a preocupação com o meio ambiente vem ganhando cada vez mais importância no cenário mundial, entretanto deve se sair das discussões ou meramente dos discursos para a realização de fatos concretos que realmente resolvam os problemas ambientais. Não se pode negar que a solução só será encontrada pela união das forças vivas de uma comunidade, dentre elas o poder público, as empresas, os meios de regulamentação e fiscalização e principalmente a população. Quando analisamos o trabalho desenvolvido pela SEDESU encontramos vários pontos afirmativos para a resolução ou pelo menos amenização dos problemas ambientais, mas não encontramos qualquer correspondência dos outros públicos para a resolução do problema como aliados. Na pesquisa efetuada nota-se que o fator divulgação é extremamente falho, pois a grande maioria da população desconhece completamente os projetos, deduz-se então que uma participação importante deveria ser atribuída à mídia falada e escrita, para que esta divulgação atingisse a maior parte da população procurando conscientizá-los quanto aos problemas ambientais e também chamá-los a participação efetiva nos projetos. Outro fator seria o engajamento das empresas e quando fala-se nas empresas também destacase a área educacional como prioritária para em conjunto desenvolverem medidas que possibilitem uma divulgação mais intensa de tais projetos. Por fim, o desenvolvimento da consciência crítica da população pode ser afirmado como fator mais importante para que tais projetos ganhem a dimensão e a relevância que devem ter. A grande maioria das pessoas afirmam seu conhecimento sobre a responsabilidade social, entendem a sua 89 obrigação de participação,mas não traduzem tais preocupações em fatos concretos. É necessário que o cidadão exerça verdadeiramente a cidadania, onde através de suas ações conscientes possam evitar a degradação do meio ambiente, restringindo o consumo de produtos de empresas que não são éticas e preferir produtos que não poluam, participar efetivamente e exigir projetos que colaborem com tal solução. O entendimento é que a solução do problema ambiental esta muito mais adstrito ao problema educacional, só com a educação de nossa população é que se conseguirão bons resultados na preservação do meio ambiente. 3.3 Parecer Final A PML é um órgão público que se preocupa com a qualidade de vida da população e a preservação dos recursos renováveis para as futuras gerações, nesse intuito criou-se a Secretaria do Desenvolvimento Sustentável (SEDESU), que procura por meio de projetos conscientizarem a população dos problemas ambientais, buscando formas de amenizá-las. Somente a elaboração de projetos sem a divulgação adequada e com parcerias com órgãos de forte apelo à população, como as Instituições de Ensino e a mídia em geral, não garantem a participação da comunidade juntos às causas ambientais. Enfim, a pergunta problema foi respondida e a hipótese de que a Responsabilidade Sócio-Ambiental é conhecida e importante para a população foi comprovada com base na pesquisa elaborada,porém apesar de todos os esforços da PML, não há o engajamento da população devida à falta de conhecimento dos projetos desenvolvidos, afinal sua divulgação não é praticada de forma eficiente. 90 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO O estudo realizado através da pesquisa feita sobre responsabilidade sócio-ambiental desenvolvida pela PML-SEDESU, focou o conhecimento da população linense em relação aos projetos desenvolvidos por ela, e sua participação. Abordou-se também sua importância para a população. Com referencia em todos os projetos desenvolvidos pela PMLSEDESU, verificou-se que apesar de seus esforços, os objetivos ainda não foram alcançados, não havendo colaboração da população em relação ao desenvolvimento dos projetos, principalmente pelo não conhecimento e pela não conscientização dos problemas ambientais que degradam nosso planeta. Após as análises dos projetos da PML-SEDESU e da pesquisa, foram sugeridas as seguintes propostas: O meio educacional deve ser um grande aliado na divulgação e conscientização dos problemas ambientais. Se desde a infância as escolas desenvolverem, incentivarem a preservação do meio ambiente as crianças terão maiores condições de aderirem a esse hábito. Porém pouco é feito, quase não se vê instituições educacionais trabalhando em prol do meio ambiente ou ajudando na divulgação das ações que são desenvolvidas. Com a colaboração das escolas, inclusive de Nível Superior em participar e incentivar os projetos realizados tornando a instituição um ponto de divulgação ou até mesmo um ponto de referencia para os projetos desenvolvidos pela PMLSEDESU, como forma de influenciar a sociedade e seus alunos. Como atesta a pesquisa, as palestras em escolas e empresas poderiam auxiliar na busca pela colaboração da população afinal o que falta a elas é o conhecimento a respeito do assunto e a vital importância de sua participação Utilizar-se mais dos meios de comunicação, criando uma parceria com rádios locais, afinal elas chegam a todas as classes sociais e têm um forte poder de divulgação. Envolver a população a participar e acompanhar os projetos, com o auxilio de grupos de apoio nos bairros da cidade que trabalhem na conscientização da população em relação ao meio ambiente, afinal preservá-lo 91 é mais vantajoso do que trabalhar em sua recuperação que pode demorar anos para se restabelecer. 92 CONCLUSÃO Nunca o problema ambiental suscitou tanta preocupação em lideres mundiais. Nações que sempre foram poluidoras não se preocupando com a preservação do meio ambiente, já começam a reconhecer que devem ter uma postura diferente. Na mesma correspondência empresas que sempre foram agressivas quanto a exploração dos meios naturais, começam a se preocupar em preservá-lo. Ainda temos muito mais discursos do que pratica, pois entendem os governantes e os empresários que o desenvolvimento ou o lucro são fatores mais importantes do que a preservação, mas isso vem mudando e vai mudar muito mais nos próximos anos. A solução mais viável e definitiva do problema deve ser atribuída as duas partes componentes do problema, uma delas justifica-se no interesse desse trabalho efetuado, ou seja, as universidades, as escolas de ensino fundamental e médio devem assumir uma parcela importante que é o de divulgar e conscientizar seus alunos, para que tenham uma postura diferente. Somente com a formação de lideres empresariais e políticos conscientes com o problema ambiental é que teremos o verdadeiro respeito à condição de vida saudável no planeta em que habitamos. O outro elo da cadeia é uma confissão de reconhecimento de culpa que pertence a nós mesmos, cidadãos, que não desenvolvemos o conceito de cidadania, não exigimos os nossos direitos, continuamos com praticas que degradam o meio ambiente, não repudiamos empresas que são verdadeiras causadoras da destruição da vida saudável na Terra, esse direito é nosso e estranhamente abrimos mão corroborando com interesses escusos de nossos governantes e empresários. Se quisermos uma vida saudável e um ambiente adequado para nossos filhos, temos que deixar a postura de acomodação, achando que o problema não é nosso e pró-agirmos. Considerando-se por satisfeitas todas as expectativas em relação ao tema abordado, porém sem ter-se esgotado o tema, podendo ser fonte de pesquisas futuras e de constante atualização. 93 REFERÊNCIAS ANDRADE, R. O. B; TACHIZAWA, T; CARVALHO, A. B. Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicada ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2000. ASHLEY, P. A. (Cood) Ética e responsabilidade social nos negócios: estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.. ASPECTO geral da ISO 14000. Ambiente Brasil. [s.l.:s.d.] Disponível em : <http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3base=./gestao/index.html&co nteudo=./gestao/iso.html> Acesso em : 23 ago 2009 BARCELOS, F. R. Descarte de embalagens de agrotóxicos um estudo na região do município de Campos Gerais (MG) sob o enfoque da gestão ambiental. 2005. Dissertação (Mestrado em Administração e Produtividade Organizacional) - FACECA , Varginha. COSTA, A. R. P; FERNANDES, L. A. Responsabilidade ambiental. 2007. Monografia (Pós Graduação em Gestão Empresarial) UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, Lins. CPFL ENERGIA. Comitê de Sustentabilidade. [s.l.:s.d.] Disponível em <http://www.cpfl.com.br/sustentabilidade/MeioAmbiente/ComitêdeSustentabilid ade/tabid/666/Default.aspx> Acesso em 23 ago 2009. DIAS, R. 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[s.l.:s.d.] Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki /ISO_14000> Acesso em 23 ago 2009. 97 APÊNDICES 98 APÊNDICE A 1 Roteiro de Estudo de Caso INTRODUÇÃO Serão apresentados os métodos e técnicas utilizadas na pesquisa, o período de coleta de dados, como objetivo de verificar a importância da Responsabilidade Sócio-Ambiental desenvolvida no município de Lins. 1.1 RELATO DO TRABALHO REALIZADO REFERENTE AO ASSUNTO ESTUDADO a) Serão coletadas informações da Responsabilidade Sócio-Ambiental na SEDESU da Prefeitura Municipal de Lins, onde serão analisadas a sua importância dentro do município. b) Serão entrevistados: Engenheiro Ambiental, Engenheiro Agrônomo e Secretario do Desenvolvimento Sustentável. 1.2 DISCUSSÃO Conforme pesquisa realizada será confrontada com a teoria, através de dados obtidos e a prática utilizada na entidade. 1.3 PARECER FINAL SOBRE O CASO E SUGESTÕES SOBRE A MANUTENÇÃO OU MODIFICAÇÕES DE PROCEDIMENTOS 99 APÊNDICE B I Roteiro de Observação Sistemática IDENTIFICAÇÃO Empresa: Localização: Atividade Econômica: II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA PREFEITURA 1. Cuidados com o meio ambiente. 2. Desenvolvimento dos projetos. 3. Envolvimento com a população 100 APÊNDICE C I Roteiro do Histórico da SEDESU DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Empresa Localização Atividade Econômica II ASPECTOS A SEREM DESCRITOS 1 Inicio das atividades 2 Evolução dos projetos 3 Evolução das instalações 101 APÊNDICE D - Roteiro de entrevista para o Engenheiro Ambiental 1 O que você entende por Responsabilidade Sócio Ambiental? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Você acredita que a população conhece e participa dos projetos desenvolvidos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 3 Qual a sua participação nos projetos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4 Tem alguma sugestão para o melhoramento desses projetos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 5 Como os projetos são desenvolvidos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 6 Para você, qual existe um projeto mais importante? Qual e por quê? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 102 APÊNDICE E - Roteiro de entrevista para o Engenheiro Agrônomo 1 Quais os projetos ambientais são desenvolvidos e os futuros? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Como é feita a divulgação desses projetos? ........................................................................................................................................ ........................................................................................................................................ ........................................................................................................................................ 3 Qual a resposta da população em relação aos projetos desenvolvidos? ........................................................................................................................................ ........................................................................................................................................ ........................................................................................................................................ 4 Que pontos, em relação a população podem ser melhorados com a pratica constante da Responsabilidade Sócio-Ambiental? ........................................................................................................................................ ........................................................................................................................................ ........................................................................................................................................ 5 Qual o projeto de mais fácil implantação? Por quê? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 6 Qual é a sua importância na elaboração, implantação e desenvolvimento dos projetos Bosques Urbanos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 103 APÊNDICE F - Roteiro de entrevista para o Secretario Municipal do Desenvolvimento Sustentado 1 Qual a importância da Responsabilidade Sócio-Ambiental para o Município? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 2 Como funciona a política ambiental do município? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 3 Existem parcerias com outros órgãos e empresas para os projetos desenvolvidos? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 4 É realizado algum tipo de pesquisa a fim de identificar o retorno dos projetos junto a população? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 5 A mídia influência na responsabilidade sócio-ambiental? Como ela faz isso? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 104 6 Houve melhora no município, com a implantação dos projetos desenvolvidos pela Prefeitura Municipal de Lins - SEDESU? ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... ............................................................................................................................... 105 APÊNDICE G Apresentação dos dados Gênero: 46,50% Masculino 53,50% Feminino Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Faixa Etária: 5,00% 8,50% 13,50% 15 aos 20 anos 18,50% 21 aos 35 anos 36 aos 45 anos 46 aos 55 anos 15,00% 56 aos 65 anos 66 aos 75 anos 20,00% acima dos 75 anos 19,50% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) Renda Familiar: 4,00% 13,50% até 4 salários mínimos 37,50% de 5 a 8 salarios minimos de 9 a 12 salarios minimos acima de 13 salários mínimos 45,00% Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) 106 Escolaridade: Analfabeto 1,00% 27,00% 0,50% Ensino Fundamental 0,00% Ensino Médio 22,00% Graduação 49,50% Pós Graduação Mestrado Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você sabe o que é Responsabilidade Social? 32,00% Sim Não 68,00% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você se preocupa com o meio ambiente? 0,00% Sim Não 100,00% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 107 Em quais ações? 2,69% 1,45% 0,62% 19,88% Reciclagem de lixo Economia de água Economia de luz 37,47% Participação em projetos Plantio de árvores 37,89% Coleta seletiva Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você tem conhecimento das ações ambientais desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Lins? 6,50% Sim Não 93,50% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você sabe o que é SEDESU? 3,00% Sim Não 97,00% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 108 Você tem conhecimento das ações desenvolvidas pela SEDESU? 0,00% Sim Não 100,00% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você acha importante a preocupação da Prefeitura Municipal de Lins, pelo meio ambiente? 1,50% Sim Não 98,50% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você frequenta o horto florestal? 12,00% Sim Não 88,00% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 109 Você tem conhecimento dos projetos desenvolvidos pelo horto florestal? 12,50% Sim Não 87,50% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Qual(is)? Papa Pilhas 6,41% 0,46% 0,92% 6,88% Bosques Urbanos Mutirão do Lixo Eletrônico De Olho no Óleo Arborização Urbana 3,21% 0,00% 0,00% 80,28% Parque Linear Município Verde 1,38% Coopersol 0,00% Cidade Amiga da Amazônia Associação dos Amigos do Horto Florestal Desconhece 0,46% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Você participa desses projetos? 1,50% 11,00% Sim Não Desconhece 87,50% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 110 Você acha que com esses projetos houve melhora na qualidade de vida ou do meio ambiente? 12,00% 0,50% Sim Não Desconhece 87,50% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) O que na sua opinião, poderia(m) ser feito(s) para que esses projetos elaborados alcançassem uma maior colaboração da população? 0,99% Maior divulgação 36,31% 37,62% Mostrar resultados Fazer palestras em escolas e empresas Outros 25,08% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Como você tomou conhecimento dos projetos desenvolvidos pela prefeitura para o meio ambiente? 0,93% 10,27% 0,47% 0,47% Jornal Ações feitas Rádio 0,47% 81,70% Escola 4,67% Panfletos 0,47% Pessoas Televisão Desconhece Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 111 Para você o(s) foco(s) maior(es) no desenvolvimento dos projetos deveriam ser em relação ao que? 18,45% Reciclagem de lixo e coleta seletiva. Recolhimentos de poluentes 14,24% 53,72% Preservação da área verde Trabalho de conscientização 13,59% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Em seu bairro, qual(is) projeto(s) poderia(m) melhorar as condições para o meio ambiente e para as pessoas? Papa Pilhas 3,85% 0,48% 1,44% 4,81% Bosques Urbanos Mutirão do Lixo Eletrônico De Olho no Óleo Arborização Urbana 3,37% Parque Linear 0,00% 0,48% 85,10% Município Verde 0,48% Coopersol 0,00% Cidade Amiga da Amazônia Associação dos Amigos do Horto Florestal Desconhece 0,00% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) Avalie a importância da elaboração de projetos para a sua vida e da sua cidade? 7,50% 1,00% 0,00% muito importante Importante As vezes importante Não é importante 91,50% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 112 Qual(is) dos projeto(s) que você conhece deveria(m) tem uma atenção maior por ser um projeto importante? Papa Pilhas 3,80% 1,42% 0,47% 5,69% 2,84% 84,36% Bosques Urbanos Mutirão do Lixo Eletrônico De Olho no Óleo Arborização Urbana 0,00% Parque Linear 0,47% Município Verde 0,47% Coopersol 0,00% Cidade Amiga da Amazônia Associação dos Amigos do Horto Florestal Desconhece 0,47% Fonte: Elaborada pelas autoras (2009) 113 APÊNDICE H I Entrevista com a população CLASSIFICAÇÃO. Gênero: ( )masculino ( )feminino Faixa Etária: ( )15 aos 20 ( )21 aos 35 ( )36 aos 45 ( )46 aos 55 ( )56 aos 65 ( )66 aos 75 ( )acima dos 75 Renda Familiar: ( )Até 4 salários mínimos ( )de 5 a 8 salários mínimos ( )de 9 a 12 salários mínimos ( )acima de13 salários mínimos Escolaridade: ( )Analfabeto ( )Ensino Fundamental ( )Ensino Médio ( )Graduação ( )Pós Graduação ( )Mestrado Bairro onde mora:_________________________________________________ II - PERGUNTAS ESPECIFICAS. 1. Você sabe o que é Responsabilidade social? Sim ( ) Não ( ) 2. Você se preocupa com o meio Ambiente? Sim ( ) Não ( ) 3. Em qual(is) ação(es): ( )Reciclagem do lixo ( )Economia de Água ( )Economia de Luz ( )Participação de Projetos ( )Plantio de Arvores ( )Coleta seletiva 4. Você tem conhecimento das ações ambientais desenvolvidas pela Prefeitura Municipal de Lins? 114 Sim ( ) Não ( ) 5. Você sabe o que é a SEDESU? Sim ( ) Não ( ) 6. Você tem conhecimento das ações desenvolvidas pela SEDESU? Sim ( ) Não ( ) Qual?_________________________________________________ 7. Acha importante a preocupação da Prefeitura Municipal de Lins, pelo meio ambiente? Sim ( ) Não ( ) 8. Você freqüenta o Horto florestal? Sim ( ) Não ( ) 9. Você tem conhecimento dos projetos desenvolvidos pelo Horto Florestal? Sim ( ) Não ( ) 11. Qual(is)? ( ) Papa Pilhas ( ) Bosques Urbanos ( )Mutirão do Lixo Eletrônico ( )De olho no óleo ( )Arborização Urbana ( )Parque Linear ( )Município Verde ( )Coopersol ( )Cidade Amiga da Amazônia-Greenpeace ( )Associação dos Amigos do Horto Florestal de Lins 12. Você participa desses projetos? ( ) Sim ( Como?________________________________________________ )Não 13. Você acha que com esses projetos houve melhora na qualidade de vida ou do meio ambiente? ( ) Sim ( ) Não 14. O que em sua opinião, poderia(m) ser feito(s) para que os projetos elaborados alcançassem uma maior colaboração da população? ( ) Maior divulgação ( ) Mostrar resultados ( ) Fazer palestras em escolas e empresas ( ) outros. Qual ________________________________ 15. Como você tomou conhecimento dos projetos desenvolvidos pela Prefeitura para o meio ambiente? ( ) jornal ( ) panfletos 115 ( ) alguma ação feita na cidade ( ) por pessoas ( ) rádio ( ) televisão ( ) escola ( )outros: Qual?________________________________ 16. Para você o(s) foco(s) maior(es) no desenvolvimento dos projetos deveriam ser em relação ao que? ( )Reciclagem de lixo e coleta seletiva. ( ) Recolhimentos poluentes ( )Preservação da área verde. ( )Trabalho de conscientização 17. Em seu bairro, qual(is) projeto(s) poderia(m) melhorar as condições para o meio ambiente e para as pessoas? ( ) Papa Pilhas ( ) Bosques Urbanos ( )Mutirão do Lixo Eletrônico ( )De olho no óleo ( )Arborização Urbana ( )Parque Linear ( )Município Verde ( )Coopersol ( )Cidade Amiga da Amazônia-Greenpeace ( )Associação dos Amigos do Horto Florestal de Lins 18. Avalie a importância da elaboração de projetos para a sua vida e da sua cidade? ( ) muito importante ( ) importante ( ) as vezes é importante ( ) não é importante 19. Qual(is) dos projeto(s) que você conhece que deveria(m) ter uma maior atenção por ser um projeto importante? ( ) Papa Pilhas ( ) Bosques Urbanos ( ) Arborização Urbana ( )Mutirão do Lixo Eletrônico ( )De olho no óleo ( )Parque Linear ( )Município Verde ( )Coopersol ( )Cidade Amiga da Amazônia-Greenpeace ( )Associação dos Amigos do Horto Florestal de Lins 116 APÊNDICE I - Organograma da Prefeitura Municipal de Lins Fonte: Elaborado pelas autoras (2009) 117 This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.