Conjuntura Econômica: erros e
acertos da atual política econômica
Armando Castelar Pinheiro
IBRE/FGV – IE/UFRJ
Florianópolis, 25 Setembro 2013
Armando Castelar
25 Set 2013
• Cenário de mercado é de acomodação “medíocre” dos
indicadores macroeconômicos
• Mudança externa muda condicionantes da política
econômica
• Novo modelo será mais sustentável, mas piora dos
fundamentos domésticos e eleições complicam
transição para novo modelo de política econômica
Armando Castelar
25 Set 2013
Finanças públicas ainda em ordem, mas piorando
DLSP - (% PIB)
Sem Eletrobras e Petrobras
Total
1996.01
1997.01
1998.01
1999.01
2000.01
2001.01
2002.01
2003.01
2004.01
2005.01
2006.01
2007.01
2008.01
2009.01
2010.01
2011.01
2012.01
2013.1
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
• Desvalorização ajudou gestão
da DLSP, mas
• Dívida bruta vem subindo
com empréstimos a bancos
públicos
• Superávit primário em queda
e metas fiscais não serão
alcançadas em 2013 e 2014
• Alta nos juros irá elevar
despesas com serviço da
dívida
• Contabilidade criativa reduziu
transparência e confiança na
política fiscal
Fonte: Banco Central.
Armando Castelar
25 Set 2013
Dívida externa é baixa, mas contas pioram
Dívida externa / Exportações
5
•
Div ext liq/exp
Div ext/exp B&S
4
3
•
2
1
0
2Q2012
3Q2010
3Q2008
3Q2006
3Q2004
Fonte: Banco Central.
3Q2002
3Q2000
4Q1994
4Q1986
4Q1978
4Q1970
-1
Brasil é credor externo
líquido, de forma que
risco de crise de
financiamento externo
é baixo, mas
Déficit em conta
corrente em alta e não
mais financiado
integralmente por
investimento direto
estrangeiro
Armando Castelar
25 Set 2013
Projeções de inflação (Focus) para o ano seguinte
5,40
5,40
4,90
4,90
4,40
4,40
3,90
3,90
5,90
5,90
2013
2012
12/09/2013
02/09/2013
21/08/2013
09/08/2013
30/07/2013
18/07/2013
08/07/2013
26/06/2013
14/06/2013
04/06/2013
22/05/2013
10/05/2013
29/04/2013
17/04/2013
05/04/2013
25/03/2013
13/03/2013
01/03/2013
19/02/2013
05/02/2013
24/01/2013
14/01/2013
02/01/2013
14/12/2012
28/11/2012
09/11/2012
23/10/2012
04/10/2012
18/09/2012
30/08/2012
14/08/2012
27/07/2012
11/07/2012
25/06/2012
06/06/2012
21/05/2012
03/05/2012
16/04/2012
28/03/2012
12/03/2012
23/02/2012
03/02/2012
18/01/2012
02/01/2012
Armando Castelar
25 Set 2013
Fonte: Banco Central, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
16/12/2011
30/11/2011
11/11/2011
25/10/2011
06/10/2011
20/09/2011
01/09/2011
16/08/2011
29/07/2011
13/07/2011
27/06/2011
08/06/2011
23/05/2011
05/05/2011
15/04/2011
30/03/2011
14/03/2011
22/02/2011
04/02/2011
19/01/2011
03/01/2011
17/12/2010
01/12/2010
12/11/2010
26/10/2010
07/10/2010
21/09/2010
02/09/2010
17/08/2010
30/07/2010
14/07/2010
28/06/2010
10/06/2010
24/05/2010
06/05/2010
19/04/2010
31/03/2010
15/03/2010
25/02/2010
05/02/2010
20/01/2010
04/01/2010
6,00
5,90
5,80
5,70
5,60
5,50
5,40
5,70
5,60
5,50
5,40
5,30
5,20
5,10
5,00
4,90
2011
2010
Taxa de Inflação (12 Meses) e Expectativas de Mercado
(FOCUS) 2013 e 2014
em %
(FOCUS: dados de final de mês; mediana das projeções de mercado.)
7,5
7,0
IPCA
FOCUS 2013
FOCUS 2014
6,5
6,0
5,5
5,0
4,5
jan/10
fev/10
mar/10
abr/10
mai/10
jun/10
jul/10
ago/10
set/10
out/10
nov/10
dez/10
jan/11
fev/11
mar/11
abr/11
mai/11
jun/11
jul/11
ago/11
set/11
out/11
nov/11
dez/11
jan/12
fev/12
mar/12
abr/12
mai/12
jun/12
jul/12
ago/12
set/12
out/12
nov/12
dez/12
jan/13
fev/13
mar/13
abr/13
mai/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
4,0
Fonte: Banco Central e IBGE, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
Armando Castelar
25 Set 2013
Piora no trade off crescimento - inflação
Focus: IPCA vs . PIB 2013
6,00
5,75
5,50
5,25
5,00
4,75
4,50
4,25
4,00
3,75
3,50
3,25
3,00
2,75
2,50
2,25
2,00
set-10
dez-10
mar-11
jun-11
set-11
dez-11
Centro da Meta
Fonte: Focus.
mar-12
jun-12
IPCA 2013
set-12
dez-12
mar-13
jun-13
set-13
PIB 2013
Armando Castelar
25 Set 2013
Piora no trade off crescimento - inflação
Focus: IPCA vs . PIB 2014
6,00
5,75
5,50
5,25
5,00
4,75
4,50
4,25
4,00
3,75
3,50
3,25
3,00
2,75
2,50
2,25
2,00
set-10
dez-10
mar-11
jun-11
set-11
dez-11
Centro da Meta
Fonte: Focus.
mar-12
jun-12
IPCA 2014
set-12
dez-12
mar-13
jun-13
set-13
PIB 2014
Armando Castelar
25 Set 2013
Piora persistente no trade off crescimento - inflação
Focus: IPCA vs . PIB 2015
6,00
5,75
5,50
5,25
5,00
4,75
4,50
4,25
4,00
3,75
3,50
3,25
3,00
2,75
2,50
2,25
2,00
set-10
dez-10
mar-11
jun-11
set-11
dez-11
Centro da Meta
Fonte: Focus.
mar-12
jun-12
IPCA 2015
set-12
dez-12
mar-13
jun-13
set-13
PIB 2015
Armando Castelar
25 Set 2013 9
PIB de 2,5% em 2013 e 1,8% em 2014
2012
PIB
2013P 2014P
0.9
2.5
1.8
Agricultura
-2.3
10.0
4.5
Indústria
-0.8
1.1
1.2
Serviços
1.7
2.1
1.7
Consumo privado
3.1
1.7
1.6
Consumo governo
3.2
1.7
2.3
Investimento
-4.0
7.1
2.8
Exportações
0.5
1.0
1.4
Importações
0.2
7.7
-0.9
Fonte: IBRE/FGV.
• Em 2013, safra recorde
aqueceu economia, não
só na agropecuária, mas
também na venda de
caminhões e máquinas.
• Desaceleração sensível
do consumo privado.
• Exportações líquidas
devem voltar a
contribuir positivamente
para PIB.
Armando Castelar
25 Set 2013
Inflação de 5,9% em 2013 e 6.1% em 2014
2012 2013F 2014F
IPCA
5.8
5.9
6.1
Preços administrados
3.7
1.7
4.3
Preços livres
6.6
7.2
6.7
Serviços
8.7
8.4
8.2
Bens ex-alimentação
1.8
5.4
4.9
Alimentação domiciliar 10.0
8.2
5.6
Selic*
7.25
10.0
10.0
Taxa câmbio (R$/US$)**
2.0
2.2
2.4
• Preços administrados –
ônibus, gasolina,
eletricidade etc. –
foram centrais para
manter IPCA abaixo do
teto de 6.5%. Mas vão
pressionar em 2014.
• Baixo desemprego
pressiona preços de
serviços.
• Preços ao consumidor
com baixo impacto da
desvaloriazação do
real.
(*) Fim de ano. (**) Média anual.
Fonte: IBRE/FGV.
Armando Castelar
25 Set 2013
Desonerações: receitas públicas menores em até 1,6% do PIB
R$ Bilhões
% do PIB
90,0
1,5
80,0
70,0
85,0
1,6
1,4
1,2
1,1
50,0
1,0
0,8
46,4
40,0
0,8
0,5
30,0
0,3
0,6
0,4
27,0
0,4
18,4
10,0
0,0
1,8
72,1
60,0
20,0
1,6
15,3
0,2
8,7
2008
0,0
2009
2010
2011
2012
Fonte: Ministério da Fazenda, elaboração Gabriel Barros e José Roberto Afonso, IBRE/FGV.
2013E
2014E
Armando Castelar
25 Set 2013
Reequilíbrio Fiscal só a partir de 2015
Resultado e Expectativa de Superávit Primário para o
Setor Público Consolidado (em % do PIB)
Receitas Cíclicas**
Esforço Fiscal (Ex - Cíclicas)
3,4
3,1
2,6
0,6
2,8
3,3
0,9
2,5
Abatimento da Meta
3,2
3,2
1,4
1,3
2,7
1,0
0,6
Superávit Primário Total
2,0
2,5
1,7
1,1
1,1
1,0
1,2
1,8
0,6
2008
0,9
2009
0,6
0,6
0,7
0,8
2010*
2011
2012
2013E
0,4
1,9
0,6
Meta 2013
2014E
Meta 2014
* Desconsidera o processo de capitalização da Petrobrás.
** Inclui receitas de concessões, outorgas e dividendos (inclusive antecipação).
Fonte: Ministério da Fazenda, elaboração Gabriel Barros e José Roberto Afonso, IBRE/FGV.
Armando Castelar
25 Set 2013
Investimento Público Federal em Infraestrutura segue em
queda pelo 4º ano consecutivo
Em % do PIB
Saúde + Educação
Infraestrutura
Investimento Total
1,40
1,14
1,20
1,00
1,05
1,08
1,09
2011
2012
1,06
0,93
0,82
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
2007
2008
2009
2010
1
2013
¹ Acumulado até Julho
Fonte: Ministério da Fazenda, elaboração Gabriel Barros e José Roberto Afonso, IBRE/FGV.
Armando Castelar
25 Set 2013
Por que o desempenho econômico piorou
tanto desde 2010?
• Políticas adotadas desde 2005 – estímulos ao
consumo via crédito e altas reais do salário mínimo –
não eram sustentáveis
• Novas medidas de política econômica desde 2011
agravaram disfuncionalidade da política econômica:
“nova matriz econômica”
• Mudança no ambiente externo – China e EUA –
restringiram graus de liberdade da política econômica
Armando Castelar
25 Set 2013
A “nova matriz econômica”
• Foco nos estímulos fiscais, monetários e creditícios
– Crescimento baseado na demanda
– Seleção de “campeões nacionais”
• Erro de diagnóstico: ignora restrições de oferta
– Piora do trade-off crescimento-inflação: governo
reagiu com mais estímulos, isenções tributárias e semicongelamento de preços
– Aumentou intervenção estatal na economia
– Empresas como Petrobrás e Eletrobrás sofreram
perdas financeiras consideráveis
Armando Castelar
25 Set 2013
Taxa Real de Juro (SELIC) e Superávit Primário
Ajustado do Setor Público Consolidado (em % do PIB)
(juro real = SELIC – expectativa FOCUS 12 meses adiante)
em %
16
4,5
14
4,0
3,5
12
3,0
10
2,5
8
2,0
6
1,5
4
1,0
juro real
superávit primário ajustado
Fonte: Banco Central, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
jul-13
abr-13
jan-13
out-12
jul-12
jan-12
abr-12
out-11
jul-11
abr-11
jan-11
jul-10
out-10
abr-10
jan-10
out-09
jul-09
jan-09
abr-09
out-08
jul-08
abr-08
jan-08
jul-07
out-07
abr-07
jan-07
out-06
jul-06
abr-06
jan-06
out-05
jul-05
abr-05
jan-05
out-04
0,0
jul-04
0
abr-04
0,5
jan-04
2
Armando Castelar
25 Set 2013
Expansão do crédito público é outro pilar da
“nova matriz econômica”
Saldo em R$ constantes (Mar 2007 = 100, defl. IPCA)
350
300
Público
Privado
250
200
150
100
Fonte: Banco Central.
jun-13
mar-13
dez-12
set-12
jun-12
mar-12
dez-11
set-11
jun-11
mar-11
dez-10
set-10
jun-10
mar-10
dez-09
set-09
jun-09
mar-09
dez-08
set-08
jun-08
mar-08
dez-07
set-07
jun-07
mar-07
50
Armando Castelar
25 Set 2013
Crise internacional trouxe forte desaceleração global
Crescimento anual do PIB mundial (% a.a.)
6
5
4
3
Tx var
MM5Anos
2
1
0
2012
2010
2008
2006
2004
2002
2000
1998
1996
1994
1992
Fonte: FMI.
1990
1988
1986
1984
-1
Armando Castelar
25 Set 2013
Desaceleração afetou desenvolvidos e emergentes
Crescimento anual do PIB (% a.a.)
10
Desenvolvidos
Emergentes
8
6
4
2
0
2012
2010
2008
2006
2004
2002
2000
1998
1996
1994
1992
1990
1988
1986
1984
1982
1980
-2
-4
Fonte: FMI.
Armando Castelar
25 Set 2013
Ásia emergente passa por desaceleração estrutural
Crescimento médio anual do PIB (MM5A, %)
12
6
Ásia Emergente
LAC
10
5
8
4
6
3
4
2
2
1
0
0
2018
2016
2014
2012
2010
2008
2006
2004
2002
2000
1998
1996
1994
1992
1990
1988
1986
1984
Fonte: FMI.
Armando Castelar
25 Set 2013
Fonte: Funcex.
mar-13
ago-12
jan-12
jun-11
nov-10
abr-10
set-09
fev-09
jul-08
dez-07
mai-07
out-06
mar-06
ago-05
jan-05
jun-04
nov-03
abr-03
set-02
fev-02
jul-01
dez-00
Desaceleração na Ásia começa a impactar
exportações
200
180
160
140
120
100
Preço
80
Quantum
60
40
20
0
Armando Castelar
25 Set 2013
Alta no déficit externo apesar da melhora nos
termos de troca (MM12M)
2
140
1
130
0
120
-1
110
-2
100
Conta Corrente
Termos de Troca
Fonte: Funcex e Banco Central.
dez-12
mar-12
jun-11
set-10
dez-09
mar-09
jun-08
set-07
dez-06
mar-06
jun-05
set-04
70
dez-03
-5
mar-03
80
jun-02
-4
set-01
90
dez-00
-3
Armando Castelar
25 Set 2013
Exportações líquidas de bens e serviços não fatores
Comparando-se os 12M terminados em junho de 2005 e 2013, alta média anual de
11,7% nas importações de B&S não fatores, contra 2,8% de alta nas exportações
5%
Preços 1995
4%
3%
Preços
Correntes
2%
1%
0%
-1%
-2%
-3%
1996.IV
1997.III
1998.II
1999.I
1999.IV
2000.III
2001.II
2002.I
2002.IV
2003.III
2004.II
2005.I
2005.IV
2006.III
2007.II
2008.I
2008.IV
2009.III
2010.II
2011.I
2011.IV
2012.III
2013.II
-4%
Fonte: IBGE.
Armando Castelar
25 Set 2013
Com perspectiva de que os EUA saiam da crise, a
política monetária começa a normalizar
• Balanços das famílias estão ficando mais ajustados
• Desemprego ainda alto, mas já caiu bastante
• Mercado imobiliário segue melhorando
• Uma vez que a contração fiscal perca força, PIB deve
acelerar
• Ainda que o “tapering” não tenha começado em
setembro, como esperado, ele deve vir até o fim do
ano
Armando Castelar
25 Set 2013
Famílias americanas progrediram bastante no ajuste
de seus balanços
1,8
0,30
Passivo Total / Patrimônio
Líquido Total (famílias)
Tendência entre 1951.I a
2007.I
0,25
1,6
Hipotecas / Patrimônio
Líquido Imobiliário
1,4
Tendência entre 1951.I
e 2007.I
1,2
0,20
1,0
0,15
0,8
0,6
0,10
0,4
0,05
0,2
2012Q1
2006Q1
2000Q1
1994Q1
1988Q1
1982Q1
1976Q1
1970Q1
1964Q1
1958Q1
2012Q1
2006Q1
2000Q1
1994Q1
1988Q1
1982Q1
1976Q1
1970Q1
1964Q1
1958Q1
1952Q1
Fonte: FED, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
1952Q1
0,0
0,00
Armando Castelar
25 Set 2013
Normalização monetária nos EUA vai elevar juros no
Brasil também
1,5
7,0
TIPS (10 anos) - eixo esq.
6,5
NTNB (2020) - eixo dir.
1,0
6,0
NTNB (2035) - eixo dir.
NTNB (2045) - eixo dir.
5,5
0,5
5,0
4,5
0,0
4,0
3,5
-0,5
3,0
Fonte: Bloomberg, elaboração José Júlio Senna, IBRE/FGV.
set-13
jul-13
mai-13
mar-13
jan-13
nov-12
set-12
jul-12
mai-12
mar-12
jan-12
nov-11
set-11
jul-11
mai-11
mar-11
2,5
jan-11
-1,0
Armando Castelar
25 Set 2013
Privatizações na infraestrutura ajudam, mas pouco
• Programa de Investimento em Logística prevê R$ 242
bilhões em projetos de rodovias, ferrovias, portos e
aeroportos
• Programa está bem atrasado, mas
– As rodovias BR 050 foi privatizada em setembro, mas os
demais trechos serão mais complicados
– Ferrovias: nada deve acontecer neste governo
– Aeroportos: Galeão e Confins privatizações este ano, depois
para na preparação de 270 aeroportos regionais
– Portos: avanços graduais a partir de 2014
• Cenário externo menos favorável, eleições e risco
político-regulatório elevado
Armando Castelar
25 Set 2013
Política econômica não muda no curto prazo
• “Nova matriz econômica” não deverá ser abandonada
voluntariamente antes das eleições
• Manifestações de junho limitaram os graus de liberdade
do governo:
– Mais inflação reprimida
– Mais expansão fiscal
Armando Castelar
25 Set 2013
Ajuste vai ficar para 2015
• Necessidade de corrigir preços em 2015 acarretará elevada
inflação corretiva:
– Gasolina e álcool: atraso e repasse cambial
– Redução de isenções para melhorar contas públicas
• Política monetária terá de ser apertada para recuperar
credibilidade e limitar espiral preços-salários
• Aumento do desemprego para consolidar queda dos
rendimentos reais
• Situação dos bancos públicos pode requerer novos aportes do
Tesouro
• Juros em alta e desaceleração (atividade e mercado de
trabalho) vão complicar situação fiscal
Armando Castelar
25 Set 2013
Taxa de câmbio efetiva real e preços relativos
tradables vs. não tradables
180
100
160
95
140
90
120
85
100
80
80
75
60
70
40
65
TXCEFR
Tradables/Não-tradables
60
0
55
1996.01
1996.09
1997.05
1998.01
1998.09
1999.05
2000.01
2000.09
2001.05
2002.01
2002.09
2003.05
2004.01
2004.09
2005.05
2006.01
2006.09
2007.05
2008.01
2008.09
2009.05
2010.01
2010.09
2011.05
2012.01
2012.09
2013.05
20
•
Fonte: IBGE, Banco Central e IPEADATA.
Armando Castelar
25 Set 2013
Relação entre contas externas, câmbio e renda real
Fonte: IBGE e Banco Central, elaboração Samuel Pessôa, IBRE/FGV.
Armando Castelar
25 Set 2013
Novo modelo será mais sustentável, mas há riscos
• Mudanças na economia mundial e disfuncionalidade da
política econômica vão exigir reformas e uma melhor
política macroeconômica
• Ajuste estrutural aumentará competitividade industrial
(alta da relação câmbio salário)
• Custo do ajuste será alto devido à demora em corrigir
fundamentos
• Existe um risco de que o novo governo opte por dobrar
aposta em modelo intervencionista, ou pelo menos
adiar mudanças, em vez de fazer ajuste em 2015
Armando Castelar
25 Set 2013
Salários no Brasil cresceram acima da média mundial
34
Salário Real | Crescimento Anual
4,5%
4,0%
4,0%
3,5%
3,0%
2,5%
3,8%
3,2%
3,4%
3,0%
3,2%
2,7%
2,6%
2,1%
2,0%
1,5%
1,0%
1,0%
1,3%
1,2%
0,5%
0,0%
2006
2007
2008
2009
Brazil
Brasil
World
Mundo
Fonte: Banco Central do Brasil, , elaboração Beny Parnes, SPX Capita
2010
2011
Armando Castelar
25 Set 2013
Persiste o problema de competividade
Salário Real Médio e Produtividade do Trabalho no Setor Industrial
Sazonalmente ajustado (Jan/07=100)
130
125
122
120
115
110
108
105
100
95
90
85
Salário Real
Produtividade do trabalho
80
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fonte: IBGE, elaboração Beny Parnes, SPX Capital.
Armando Castelar
25 Set 2013
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Conjuntura Econômica