POLITÍCA E RELIGIÃO SOBRE A EDUCAÇÃO COMPARADA: uma análise das historias que narram à chagada do Vale do amanhecer no Cariri Cearense Antonio Leonardo Figueiredo Calou1 Bolsista pelo Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/CAPS e-mail:[email protected] RESUMO O Vale do Amanhecer é uma religião de denominação espiritualista cristã que traz sobre o seu seio, para além da mística de ser uma religião espiritualista, todo um arcabouço que regula suas práticas, rituais e comportamentos baseados no seu sistema político que se fundamenta pela hierarquia e a tradição. Sobre essa perspectiva procuramos analisar esse sistema sobre as bases metodológicas da educação comparada enfatizando a historia dessa doutrina e sua atuação do Cariri Cearense. Objetivamos com esse artigo trazer, a luz das historias e memórias da doutrina do Vale do Amanhecer, conceitos para se pensar o funcionamento de um sistema que é político por criar normas e regras que geram conflitos aos seus participantes, mostrando o que está para além de uma instituição religiosa. Palavras-Chave: Vale do Amanhecer. Sistema político religioso. Educação comparada. Introdução Nas planícies macedônicas daqui, para o Brasil Jesus mandou, missionários de muitas linhas, rituais tudo é amor, alertai a missão alertai, alertai missionários alertai. (Mantra do Vale do Amanhecer). O templo do Vale do Amanhecer da cidade de Juazeiro do Norte é localizado em uma área rural, mas que se encontra em processo de cornubação, desde que o templo de acordo com as instancias que são responsáveis pela demarcação entre rural e urbano, fica no sitio Brejo Queimado, s/n. Porém, a poucos metros fica o bairro mais conhecido como pedrinhas, à vila São Francisco, um bairro considerado pobre e de delicado acesso, com fama de bairro violento. No caso do sitio Brejo Queimado não se atribui o contexto do bairro vizinho, mas Graduado em Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade Anhanguera – UNIDERP e Graduando em Licenciatura Plena em Ciências Sociais pela Universidade Regional do Cariri – URCA, bolsista pelo Programa de Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID/CAPS, 88 98047024, [email protected] 1 para acessar ao templo do Vale do Amanhecer por vias urbanas, somente atravessando o bairro. Logo, a base para este contexto de urbano e rural se conceberá sobre as duas faces mostradas por Simmel (1987) desde que as pessoas que frequentam e as que moram nas proximidades deste espaço interagindo entre si, são pessoas de zonas urbanas e rurais, por isso trazem aspectos de zona urbana sobre o prisma de divisão social do trabalho (sobre o caráter de gênero), com relações secundarias, com relações pautadas sobre a impessoalidade, e do rural com relações de parentesco, cooperatividade e coletividade como também com algumas relações pautadas pela pessoalidade. Mas para se entender melhor o contexto do Vale do Amanhecer, quem criou, de onde vem, qual sua função e denominação, é necessário compreender um pouco mais da sua historia. O Vale do Amanhecer é uma religião espiritualista que tem base sobre as concepções míticas de sua fundadora a médium Neiva Chaves Zelaya, mas conhecida pelos seguidores e participantes da doutrina como tia Neiva. Tais concepções advêm da crença sob a mediunidade, que em sentido mais geral, se dar por dons espirituais, uma espécie de habilidades que é sobrenatural ou metafísico. A tia Neiva é considerada por seus seguidores uma médium de 108 dons, chamada também de Koatay 108, como classificação desses dons, uma espécie de nome espiritual. A mediunidade mais conhecida é a clarividência, no acreditar que a médium via, ouvia e dialogava com os espíritos e seres de outras dimensões. A médium fundadora desta doutrina religiosa deixou antes de falecer um contexto cultural e religioso (ou doutrinário como chamam seus seguidores), um espaço físico chamado de Vale do Amanhecer, em forma de um templo religioso, que começou sua historia em Brasília, especificamente em Planaltina e que nos dias atuais tem crescido e se espalhado pelo Brasil e fora dele, dentro de uma tradição. No Cariri Cearense, a cidade do Crato foi à primeira cidade deste interior a sediar um templo, logo após a cidade de Juazeiro do Norte completando 20 anos de existência. A tia Neiva, antes de falecer (ou desencarnar como enfatizam os médiuns da doutrina) deixou sobre a tradição um legado de regras, rituais, vestimentas (indumentárias), entre outros, espaços específicos para esses rituais e duas funções básicas (mediunidades) para os seguidores da doutrina, o apará, médium com mediunidade de incorporação, espécie de transe, que troca a personalidade do individuo, influenciado por espíritos, e o doutrinador um médium que parece ser uma espécie de auxiliar do médium apará e que está sempre ao seu redor. Esse par de médiuns, o apará e o doutrinador, parecem se não posso afirmar que são essenciais no funcionamento dos rituais da doutrina nos espaços do templo, em interação com o publico de visitantes, também chamados de pacientes, fazem rituais na busca da cura física e espiritual. Juazeiro do Norte sendo uma cidade nascida sobre um berço cristão católico trás sobre seu seio a tradição deixada pelo padre fundador e causador de toda sua fama e desenvolvimento religioso e em parte econômico, o Padre Cícero. A doutrina do Vale do Amanhecer na cidade vai se tornar o que Magnani (2002) vai conceber como “mancha”, uma referencia física que neste caso não compõe o padrão que se formou a cidade, mas que em si carrega a relatividade ao receber também os seus fies católicos cristãos. A religião no vale do Cariri se constitui de uma historia de conflitos gerados pelo sistema político de hierarquia e tradição. No primeiro momento estaremos caracterizando a sua conjuntura político, a idéia que pauta a doutrina sobre suas regras e normas. No segundo estaremos discutindo sua historia na chegada no Cariri Cearense fazendo comparativos no seu sistema político e nos conflitos que se conceberam. A conjuntura política de uma religião espiritualista Desde os estudos de Weber sobre as concepções do livro A ética protestante e o espírito do capitalismo temos a idéia de que as religiões contemplam em seu pensar estruturante, modelos hierárquicos que se deslocam nas categorias do poder de cada sujeito que compõe essa hierarquia. No Vale do Amanhecer esses modelos não é diferente. A doutrina nos mostra uma dada realidade que para além de um sistema hierárquico segue concepções de tradição, cheia de normas e regras a serem seguidas. Tais caracteriscas da doutrina nos fazem correlacionar ao modelo do espaço em que ela nasce. Nascida sobre o berço da política no Brasil, a doutrina do Vale do Amanhecer parece carregar em si muitos atributos de quem compreendia esse espaço, falando de sua criação pela Clarividente. O que nos faz pensa também a arquitetura do templo do Vale do Amanhecer sendo projetada nas proximidades da cidade projetada, Brasília. Ao criar o Vale do Amanhecer, Tia Neiva cria um conjunto de regras e normas que inferem qualquer reprodução sem autorização ou permissão dela. Regras e normas denominadas pelos lideres de leis do amanhecer. Essas leis correspondem a uma espécie de controle dos corpos nos espaços/rituais e impõe uma perspectiva de respeito dos liderados para com os lideres. As leis deste espaço espiritualista são claras quanto ao sistema de hierarquia e tradição. Tia Neiva como fundadora dessa conjuntura religiosa deixou nessas leis uma espécie de perpetuação do poder, ao falecer quem toma de conta do chamado Templo Mãe é o seu marido e posteriormente os seus filhos. Tal perspectiva de poder nos remete a pensar no reinado como sistema na doutrina espiritualista, que até mesmo sobre a diferenciação de gênero ela é pautada, ou seja, o repasse do poder depois de sua morte somente poderia acontecer na sua família e pelos sujeitos de sexo masculino. Tais leis são universais no contexto hierárquico desse reinado, da mesma forma acontece nos templos externos, à falta de um filho homem para substituição desse sistema patriarcal, faz com que o vice-presidente do templo assuma sua direção. O filho herdeiro é chamado de Trino Sárdios, o que corresponde dizer na linguagem da doutrina que ele é filho herdeiro de um presidente de templo. A face da tradição vai um pouco mais além do sistema de leis, ela se concebe também na subjetividade do imaginário dos sujeitos participantes da doutrina. Isso corresponde dizer que toda a hierarquia é obedecida em face ao respeito que se deve ter com os antigos da doutrina, repetida vezes afirmadas nas falas de rituais de iniciação ou chamada aulas de desenvolvimento. - “Mestres ensinando mestres” ou “em caso de qualquer dúvida procure o mestre mais antigo da doutrina”- são típicas falas que direcionam o poder a alguns poucos sujeitos homens que supostamente por terem mais experiência com a doutrina tem mais conhecimento legitimo sobre ela. Como também a restrição a qualquer pesquisa nesse meio, enfático nos conselhos “procure não ler qualquer outra coisa que não seja do Vale, para que não haja confusão entre doutrinas”. Fica claro também essa idéia quando nos deparamos com o respeito dado àqueles que conviveram com a médium Neiva. O poder destes é ainda mais legitimo do que aqueles que não tiveram essa oportunidade. Conviver com a médium é suposto de ter vivenciado com ela práticas mediúnicas, criação de leis, de rituais, participação de suas aulas e palestras o que possibilita certa legitimidade de um falar por ela, nas faces do discurso quando por vezes a memória desses sujeitos é suscitada e eles pronunciam citações das falas da médium. Depois de construído o Templo Mãe, o templo modelo, considerado pela Tia Neiva dessa forma por esse espaço ser construído em Brasília no centro do país, os lideres da doutrina pesquisada afirmam que, a lei deixada por ela sobre os templos que seguiriam dali era de que em cada cidade deveria haver somente um templo e este templo sobre a supervisão do Templo Mãe, presidido sempre por homens autorizados pelos lideres do Templo Mãe, os seus herdeiros, que julgariam ser consagrados presidentes ou não, de acordo com a obediência com as leis para a abertura de um templo. A abertura de um templo corresponde também à condução de um povo, o poder dado a um presidente é um poder burocrático de gerir em seu templo a quantidade de médiuns que aderem à doutrina naquela cidade, o que parece que o presidente tem total autonomia sobre seu povo, desde que esteja de acordo com as leis do templo de Brasília. No entanto, como toda face política nem todas as leis são compridas, principalmente quando falamos do contexto cultural brasileiro que a sempre uma exceção sobre a regra, no Vale do Amanhecer não é diferente. Hoje a transgressão sobre as regras impostas são tantas que a própria religião não tem se sustentado sobre a coordenação de seu templo central, conflitos pelo poder foram motivos da separação e ramificação da doutrina. Acompanhando a doutrina no Nordeste, podemos constata em sua historia e memória, uma pouco das relações políticas que nascem no Vale do Amanhecer. De Brasília para o Cariri Cearense: historias do Vale do Amanhecer no nordeste. Antes de sua morte a Clarividente já previa em suas visões o nascimento de outros templos pelo Brasil a fora, designando alguns grupos de familiares para abertura desses templos externos ao templo central. De acordo com os lideres da doutrina, aos quais acompanhamos suas falas durante suas palestras, aulas e reuniões, três famílias foram destinadas nas visões da médium para constituírem a doutrina no nordeste, em especifico no seu interior, foi no Cariri Cearense que essas três famílias se estalaram e estabilizaram. Para Neiva de acordo com os lideres pesquisados, a doutrina no nordeste teria uma espécie de mística, o que nos parece ter haver com os milagres do padre fundador da cidade de Juazeiro do Norte e pela crença em portais de energia espiritual escondidos na floresta das serras do cariri. A visão da médium previa então para o nordeste o Templo Pai, seria no Cariri o lugar onde a adesão de médiuns participantes da doutrina teria tão grande ênfase quanto em Brasília. Estaladas na cidade do Crato, a primeira parada das três famílias que vieram de Brasília, essas famílias se alto denominavam de corte, aproximando-se da idéia de ciganos que viajavam ao mundo em cortes. A tal corte composta pelas famílias Quirino, Figueiredo e Oliveira trazia consigo toda uma força legitimada pela fundadora da doutrina, junto com todo o arcabouço constituinte dela, em regras, rituais, vestimentas, controles de comportamentos e etc. O que parece não ter sido previsto pela médium Neiva seria o conflito pelo poder do templo que se estabelecia entre as três famílias. Muitas vezes citado pelos lideres pesquisado, o composto de uma dessas famílias chamado de Zezinho de Oliveira, médium com dons de incorporação era o sujeito que tinha mais poder de legitimidade pelo dom, ou seja, por ter aprendido a pratica da incorporação com Neiva esse médium tinha grande importância sobre os espíritos que ele manifestava, sendo o intermediador da previsão por espíritos da desmontagem do grupo. Os espíritos afirmavam sempre que forças negativas iriam fazer tal feito, o que parece ser que esse tal feito seria a briga pela presidência do templo. Em desacordo os chefes das famílias Figueiredo e Quirino entram em conflito. Importante ressaltar que o chefe da família Oliveira não tinha a incumbência de presidir um templo seja aonde quer que fosse, pois era médium com dom de incorporação, apará na língua nativa do Vale do Amanhecer. Os médiuns com tal dom não poderia ser presidente de templo mesmo que tivesse o mais alto grau de títulos da doutrina, que no seu caso seria Vâncares, o ultimo estagio de homem com dom de incorporação. Os únicos que eram autorizados a abertura de um templo eram doutrinadores, espécie de auxiliar que parece não ter dons mediúnicos que se externalizem diante de seu publico, mas com uma função de gestor, o doutrinador parece ter total poder sobre um médium apará, e somente o doutrinador com seu ultimo estagio autorizado pelos lideres do Templo Mãe chamado de Arcanos. Aquele doutrinador que chegará ao seu ultimo titulo poderia também não ser um Arcano, um mestre autorizado a abrir um templo e constituir um povo, logo se esse doutrinador não fosse um Arcano ele seria um Trino, um doutrinador que tem funções menos burocráticas e mais ritualísticas, sem permissão para a abertura de templo. A mediunidade do líder da família Oliveira fazia com que eles não fizessem parte do conflito entre três famílias, mas se agregava com os Figueiredo pelo fato de a esposa do líder da família Figueiredo ser irmã do líder da família Oliveira. No entanto o poder não era suficiente perante a quantidade de médiuns participante que o líder da família Quirino já teria agregado. Trino na época o líder da família Quirino vai até Brasília pedir a mudança de titulo que lhes é concedida pelos filhos herdeiros da Clarividente. O então líder da família Quirino ganha pela decisão dos médiuns participantes o direito de ficar na cidade do Crato, fazendo com que os lideres da família Figueiredo e Oliveira sintam-se a vontade para permanecer ou não na cidade e na doutrina, o que decidem migra para a cidade vizinha, para a construção de um novo templo em Juazeiro do Norte. Em Juazeiro do Norte e já estalados os conflitos não pararam de acontecer, e há a segunda ruptura, levando a separação de toda a família Oliveira inclusive à esposa do líder da família Figueiredo, junto com filhos, que fica sozinho com seus poucos recém-agregados. O que faz com que o líder da família Oliveira mesmo não sendo autorizado, por ser um médium de incorporação, abra um templo na mesma cidade, que é prontamente desarticulado e expulso da doutrina tendo que dar outro nome ao seu templo, no tempo chamando de Vale da Luz. Todas essas desarticulações de laços familiares faziam com que os médiuns lideres perdessem vários seguidores, tendo que articular novos. No contexto de Juazeiro do Norte, dez anos depois do ultimo conflito que separa as famílias, o presidente vitalício do templo o líder Figueiredo, é convidado a ser coordenador de todos os templos externos do Nordeste, o que faz com que deixe sua presidência e nomeia um de seus seguidores mais antigos. Três anos após é exaurido da coordenação que enfatiza ser pelo cansaço e retoma o poder do templo que construiu, causando mais um conflito com separação de povos. Essa tal separação faz com que a cidade de Juazeiro do Norte tenha então dois templos autorizados pelos lideres do Templo Mãe, que abrem a exceção. Toda essa historia nos faz pensar como se dar a dimensão política sobre uma religião espiritualista como a do Vale do Amanhecer. Tal conjuntura de conflitos nos faz pensar a necessidade de tais sujeitos sobre brigas por poderes e status dentro desse espaço religioso, que enfatizam não ganhar nenhuma poder aquisitivo financeiro, o que os diferenciam da política de estado. No entanto, o poder a que está em jogo parece ser a necessidade de ter seguidores ao qual se prega uma crença, ou a mística nessa crença de que está cumprindo uma missão. Missão que é paradoxal, quando se associada aos conceitos pregados de amor, humildade e tolerância. Os conflitos mostram o oposto dessa pregação. O Vale do Amanhecer aqui no nordeste tem constituído uma historia dentro de seu sistema político de sua crença que partem da formação de sua própria conjuntura de hierarquia e tradição e conseqüentemente os leva aos conflitos e crises. Fazendo os participantes de sua crença entrar e saírem a todo o momento. Isso se dar talvez pela percepção dessa desarticulação política que leva ao descrédito. Considerações Finais Sobre o método da educação comparada, este artigo teve a pretensão de fazer uma discussão a cerca da doutrina do Vale do Amanhecer sobre um caráter político, contado sobre o seu sistema na experiência dos templos localizados no Cariri Cearense. Com bases de escrita etnográfica, este artigo tem constatações comparativas do sistema político da religião sobre os conceitos de hierarquia e tradição dados a uma política ainda em moldes de reinado e de perpetuação de poder. Que foram analisadas sobre os discursos assistidos em palestras, aulas e reuniões dos lideres do Vale do Amanhecer de Juazeiro do Norte. Onde então podemos suscitar um pouco da historia da formação dessa doutrina no Nordeste. Podemos perceber o funcionamento dessa política e como os corpos dos sujeitos participantes funcionam dentro de um lugar que é sagrado. Essa percepção comparada nos dar a oportunidade de conhecer e desvendar um pouco do pensamento mítico da doutrina que infere politicamente na vida de seus participantes na briga pelo poder da hierarquia e da tradição. Referencias CASTELLS, M. A sociedade em rede. V. 1. 5º ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. CORREIA, J. J. A educação comparada e sua arquitetura histórica. Publicações UEPG: Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Linguagem, Letras e Artes. Ponta Grossa: V. 20 nº 02, 117-129, jul./dez. de 2012. FREUD, S. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1969. MAGNANI, J. G. C. 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