Newsletter da APROLON – Edição nº 007 Londrina, 10 de junho de 2013. “Tamo Junto” Já se passaram dez dias desde o falecimento de nosso colega Danilo Peres da Silva, e o sentimento de profunda tristeza que tomou a todos vai, aos poucos, dando lugar àquele vazio típico das ausências. Um vazio, repleto de saudade. Passado o choque inicial por este lamentável acontecimento, gostaríamos de trazer uma singela homenagem em memória desse Procurador do Município que, por pouco mais de um ano e meio esteve ao nosso lado, compartilhando de nossos momentos felizes e de agruras, ajudando a tornar o ambiente da PGM-Londrina mais agradável, por sua típica alegria, expressa no constante sorriso de que todos nos recordamos. Normalmente, a morte é benevolente com a imagem pessoal, colocando em tons pastéis os defeitos e reforçando os adjetivos dos que se foram. No caso do Danilo, no entanto, não é hipocrisia típica de obituários a afirmação de que ele era uma pessoa especial, querida por todos, um jovem de apenas 26 anos que lutou muito na vida contra dificuldades gigantescas, com muito ânimo, força, coragem e alegria. Um jovem que, tanto na PGM – pelo que vimos em primeira pessoa – quanto em sua vida social e familiar – que conhecemos por relato – era admirado por ser capaz de tornar melhor o ambiente em que se encontrava por seu jeito companheiro, confiável e de retidão em todos os níveis. Quiçá tenha sido a luta contra a doença que o acompanhou desde os 20 anos, considerada vencida em determinado momento, que o tenha forjado como uma pessoa diferente, acima de muitas das mesquinharias típicas dos relacionamentos humanos. Quiçá, tenha sido por sua fé e sua forma de ser tão rara hoje em dia que tenha conseguido continuar nesta luta por seis anos. Isso não saberemos. Fato é que a PGM perdeu um grande profissional, inteligente, disponível, solidário; fato é que perdemos todos um colega que fará falta, por todas as qualidades antes mencionadas; fato é que a morte de um jovem, cheio de projetos para um futuro brilhante, é daquelas situações que não conseguimos normalmente aceitar muito bem, por ultrapassar os limites de nossa compreensão humana. Dono de uma jovialidade típica da geração “y”, Danilo ficou conhecido na PGM por utilizar gírias e expressões comuns a sua idade, que muitos de nós não conhecíamos e que acabaram por se incorporar ao léxico de alguns Procuradores, por sua espontaneidade: desde um “chupa essa manga” a um “caixão e vela preta”, um “pode isso, Arnaldo?” a um “marrento way of life”, sem esquecer da célebre “sangue no zóio”... mas, uma dessas expressões, trazida por ele ao nosso entorno e que, depois, se mostrou mais famosa socialmente, fazendo parte até de propagadas televisivas, parece-nos ser uma boa definição de seu jeito de ser e, também, assim nos parece, uma espécie de síntese de seu legado a todos nós: “tamo junto”. “Tamo junto” era a expressão utilizada por ele para dizer que era solidário nos momentos difíceis, das decisões que envolviam riscos, nas situações que necessitam de união de forças, de fraternidade, por assim dizer. É um bom resumo do que ele representava como companheiro de todos nós, do quanto era fiável, do quanto se podia contar com ele para tudo... Que sua curta e intensa passagem pelos quadros da PGM e da APROLON nos deixe esse legado, esse aprendizado do quanto é importante nossa união, nosso companheirismo, nosso compartilhar de ideais para o bem comum, saindo de nossos individualismos. Que, em memória do Danilo, consigamos conjugar nossas atuações mais com “nós” do que com “eu” e que, sempre que necessitemos, lembremos que “tamo junto” para o que der e vier. Sentiremos sua falta, Danilo. “Tamo junto”, esteja onde estiver! Danilo Peres da Silva 03/11/1986 01/06/2013