23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental III-018 – DIAGNÓSTICOS DAS GESTÕES MUNICIPAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO Kátia Regina Alves Nunes, D.Sc.(1) Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mestre em Engenharia Civil pela Universidade Federal Fluminense. Engenheira Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Engenheria da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Cláudio Fernando Mahler, D.Sc. Prof. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Programa de Engenharia Civil Rogério de Aragão Valle, D.Sc. Prof. Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro - Programa de Engenharia de Produção Endereço(1):COPPE / Programa de Engenharia de Produção, Caixa Postal 68.507, CEP 21.945-970, Rio de Janeiro – RJ – Brasil - Tel. 0055 21 25627848 Email: [email protected] RESUMO Com a publicação da Resolução CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) no 307, de 05/07/2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos Resíduos da Construção Civil (RCC), os municípios e o Distrito Federal ficam obrigados a elaborar e implantar uma gestão sustentável dos RCC. Porém, observa-se que em muitos municípios as práticas atuais em relação a estes resíduos ainda estão distantes das exigidas pela resolução. O objetivo principal deste trabalho foi o de levantar e analisar os dados existentes relativos à gestão e reciclagem de RCC no Brasil, apresentando diagnósticos tanto sobre o desenvolvimento das gestões de RCC implantadas em alguns municípios brasileiros, quanto sobre a operação das centrais de reciclagem de RCC existentes. As conclusões destes diagnósticos irão permitir que os dirigentes municipais e empreendedores conheçam resultados existentes de gestão de RCC, os quais apoiarão estes profissionais na formulação de novas estratégias para o desenvolvimento deste tema no Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Resíduos Sólidos da Construção Civil, Reciclagem, Centrais de Reciclagem e Construção Civil. INTRODUÇÃO Firmas de construção realizam empreendimentos geralmente únicos, situados em diferentes locais, envolvendo inúmeros fornecedores, utilizando mão-de-obra intensiva e pouco qualificada. As obras de reforma e demolição, muitas vezes, são atividades executadas por profissionais autônomos, tendo curta duração e sendo realizadas em locais com pouco espaço para disposição temporária de resíduos. Estas condições conferem aos responsáveis por atividades de construção civil dificuldades significativas no gerenciamento de resíduos. O rápido crescimento das cidades de médio e grande porte, com os seus contínuos serviços de construção, reforma e demolição de edificações e de infra-estrutura urbanas, vem aumentando a geração de RCC (Resíduos Sólidos da Construção Civil). O incremento da geração, somado com a falta de políticas municipais específicas para os RCC, agravam os problemas dos municípios com a coleta, transporte e disposição dos resíduos sólidos urbanos, sendo freqüentemente observada a prática de disposição ilegal dos RCC em locais não adequados, tais como ruas, calçadas, terrenos baldios, encostas e leitos de córregos e rios. Para as áreas com disposição ilegal de RCC são atraídos outros tipos de resíduos sólidos, como resíduos industriais e lixo domiciliar, podendo estas áreas trazer potenciais riscos ambiental e sanitário para a população vizinha. Quando estas áreas se localizam próximas a talvegues, encostas, redes de drenagem e córregos, podem ocorrer a obstrução de redes de drenagem e o assoreamento dos rios, ampliando os riscos de enchentes e deslizamento de encostas, além de aumentar os custos municipais com limpeza urbana e com obras de infra-estrutura. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental A maioria dos municípios brasileiros emprega ações corretivas em relação aos RCC, realizando limpezas emergenciais dos locais onde ocorreram deposições ilegais. Porém, na ausência de soluções municipais satisfatórias para os RCC, muitos destes locais acabam se firmando como bota-foras não oficiais, tornando rotineiras as limpezas emergenciais. Nestas condições, os municípios atuam como agentes corretivos, arcando com custos que poderiam ser evitados, caso políticas e ações municipais preventivas contra disposições ilegais e reciclagem de RCC fossem implantadas (PINTO, 1999). Com a publicação da Resolução CONAMA no 307, de 05/07/2002, que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, os municípios e o Distrito Federal ficam obrigados a elaborar e implantar uma gestão sustentável dos RCC. Os municípios e o Distrito Federal tinham prazo até janeiro de 2004 para elaborarem os seus Planos Integrados de Gerenciamento Municipal de RCC e, até julho do mesmo ano, estes já deveriam ter sido implantados. Também a partir de julho de 2004, ficou estabelecido pela resolução CONAMA que os RCC não poderiam ser mais destinados para aterros de resíduos domiciliares, áreas de “bota fora”, encostas, corpos d’água, lotes vazios e em áreas protegidas por legislação específica. Ainda segundo esta mesma resolução, a fração dos RCC que pode ser reutilizável ou reciclável como agregado, deverá ser reinserida no processo produtivo ou destinada à áreas de aterro exclusivo de RCC. Os benefícios da reinserção dos RCC no ciclo produtivo são, entre outros (EPA, 2000; NUNES, 2004): - - Redução dos impactos ambientais da extração, transporte e processamento de recursos naturais; Redução dos custos de construção, através de menores custos com disposição de RCC, da menor necessidade de aquisição de materiais e da obtenção de receitas com a venda dos materiais recuperados; Apoio às comunidades, aos construtores e aos incorporadores no alcance da conformidade com políticas e normas ambientais nacionais e locais, já em vigor ou a serem implantadas em breve, tais como: resolução CONAMA sobre Resíduos da Construção Civil, normas da ABNT 1 e normas institucionais de empresas de limpeza urbana; Melhora a imagem pública de empresas e de organizações que reduzem a quantidade gerada de resíduos; Reduz a necessidade de disposição de RCC em aterros sanitários, aumentando a vida útil dos aterros. Para cumprir as metas fixadas pela resolução CONAMA, os municípios e o Distrito Federal já deveriam ter elaborado os seus Planos de Gerenciamento, implantando as ações necessárias, alocando os devidos recursos e delegando responsabilidades. No final de 2003, apenas doze dos 5507 municípios brasileiros (0,2%) possuiam centrais de reciclagem de RCC com capacidade significativa (NUNES, 2004). Nas centrais existentes (algumas delas paradas) era beneficiada somente parte dos RCC gerados nestes municípios. Portanto, pode-se concluir que no período estudado a grande maioria dos RCC no Brasil não era reciclada. Segundo IBGE (2000), em 4690 municípios brasileiros (85,4% do total) era realizado algum tipo de coleta municipal de RCC. No mesmo levantamento constatou-se que 94,5% do lixo coletado por todos os municípios era disposto em lixões, aterros controlados ou em aterros sanitários. Considerando que as situações do beneficiamento de RCC e da disposição do lixo coletado não se alteraram significativamente nos últimos anos, pode-se também concluir que quase todo o RCC coletado no Brasil está sendo disposto em lixões ou aterros, junto com outros resíduos, freqüentemente misturado com resíduos domiciliares. Constata-se então que as práticas atuais dos municípios em relação aos RCC estão distantes daquelas que são exigidas pela resolução CONAMA. Além disso, as experiências dos municípios que adotaram política mais ativa em relação aos RCC são em geral pouco divulgadas. Estes aspectos tornam-se críticos para o momento atual, pois os municípios se mobilizam para cumprir as exigências do CONAMA. O conhecimento das experiências brasileiras obtidas com gestão de RCC e com a implantação de centrais de reciclagem, obtidos através de diagnósticos e análises de dados, podem apoiar consideravelmente os profissionais atuantes na área de RCC. 1 Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 2 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental OBJETIVO DESTE TRABALHO O objetivo principal deste trabalho foi o de levantar e analisar os dados obtidos sobre gestão e reciclagem de RCC no Brasil, apresentando diagnósticos tanto sobre o desenvolvimento das gestões de RCC implantadas em alguns municípios brasileiros, como sobre a operação das centrais de reciclagem de RCC existentes. As conclusões destes diagnósticos irão permitir que os dirigentes municipais e empreendedores conheçam alguns dos resultados obtidos com gestão de RCC, os quais os apoiará na formulação de novas estratégias para o desenvolvimento deste tema no Brasil. METODOLOGIA Catorze municípios brasileiros foram escolhidos para serem analisados, pois, através de informações coletadas, eram os que apresentariam os maiores avanços em relação ao tema gestão de RCC durante o período a ser pesquisado. Doze destes municípios possuíam centrais de reciclagem de RCC. Como dois destes doze municípios têm duas centrais, são catorze o número de centrais de reciclagem de RCC incluídas nesta pesquisa. Parte da coleta dos dados para este trabalho foi feita através de visitas a alguns dos municípios e centrais pesquisados. Para a maioria dos municípios e centrais, foram enviados questionários para dirigentes municipais responsáveis pela questão dos RCC, gerentes das centrais instaladas e profissionais de empresas privadas envolvidas com limpeza urbana. A obtenção dos dados também envolveu pesquisa bibliográfica e consultas junto a fornecedores de materiais e equipamentos, empresários do ramo de mineração e reciclagem, sindicatos de produtores de agregados, entre outros inúmeros profissionais. O principal período de coleta de dados ocorreu entre janeiro e novembro de 2003. As informações apresentadas, que se referirem a períodos anteriores ou posteriores a este, estão citadas na pesquisa com as devidas referências. Os diagnósticos sobre a situação de cada município pesquisado em relação a diferentes aspectos da gestão de RCC foram formulados através da análise crítica dos dados coletados. Os dados foram agrupados em tabelas e posteriormente analisados. DIAGNÓSTICOS DAS GESTÕES MUNICIPAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO Os diagnósticos são apresentados através da avaliação dos municípios estudados segundo os seguintes aspectos (NUNES, 2004): - Situação da implantação da gestão sustentável de RCC; - Situação dos municípios em relação à áreas de entrega voluntária de RCC; - Centrais de reciclagem de RCC: Informações sobre os produtos escoados; e - Centrais de reciclagem de RCC: Informações sobre as operações. 1. Situação da Implantação da Gestão Sustentável Segundo PINTO (1999), as diretrizes básicas da gestão sustentável dos RCC são: (1) facilitação total da disposição dos RCC, (2) a diferenciação integral dos resíduos sólidos captados e (3) alteração da destinação dos resíduos captados, através da reciclagem. Pode-se verificar pela tabela 1, segundo as informações fornecidas pelos órgãos responsáveis, que o município que no final de 2003 tinha as três diretrizes da gestão sustentável de RCC implantadas e operando plenamente era Belo Horizonte. Os municípios de Piracicaba, Vinhedo, Guarulhos e Ribeirão Pires tinham pelo menos uma das três diretrizes ainda em implantação ou operando de forma não adequada. Contudo, estavam próximos de ter as diretrizes operando plenamente. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 3 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Os municípios restantes apesar de já terem elementos da gestão sustentável de RCC, ainda estavam distantes de tê-la operando satisfatoriamente. Tabela 1: Situação da implantação de gestão sustentável de RCC nos municípios estudados 2 MUNICÍPIOS GESTÃO SUSTENTÁVEL DE RCC: DIRETRIZES FACILITAÇÃO DA DISPOSIÇÃO SEGREGAÇÃO NA CAPTAÇÃO Parcialmente Ribeirão Pires/SP S. J. do Rio Preto/SP Belo Horizonte/MG Londrina/PR Brasília/DF Parcialmente. Novos pontos estavam sendo implantados. Sim Parcialmente. Novos pontos estavam sendo implantados Não Parcialmente Parcialmente Parcialmente Parcialmente. Novos pontos estavam sendo implantados. Parcialmente Parcialmente Sim Não n.d. Macaé/RJ Não Rio de Janeiro/RJ Salvador/BA 3 São Paulo/SP Ribeirão Preto/SP S. J. dos Campos/SP Piracicaba/SP Vinhedo/SP Guarulhos/SP ALTERAÇÃO DA DESTINAÇÃO POSSUIA CENTRAL DE CASO TENHA RECICLAGEM DE CENTRAL, ESTAVA EM RCC? OPERAÇÃO? Não - Sim Sim Não Sim Não Não n.d. Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não Sim Sim Sim Parcialmente Sim Sim Não n.d. Sim Estava em implantação Sim Sim Sim Não Sim Sim Sim Não Uma central em operação e outra paralisada. Sim. n.d. Informação não disponível. 2. Situação dos municípios em relação à áreas de entrega voluntária de RCC Pela tabela 2, pode-se observar que, segundo dados fornecidos pelos órgãos responsáveis, Belo Horizonte e Rio de Janeiro eram os municípios que possuíam o maior número de áreas de entrega voluntária de RCC operando. Tabela 2: Situação dos municípios estudados em relação a áreas de entrega voluntária de RCC1 MUNICÍPIOS Rio de Janeiro Salvador1 ÁREAS DE ENTREGA VOLUNTÁRIA DE RCC 42 Ecopontos já tinham sido implantados na cidade. O objetivo era aumentar este número. Seis dos 22 PDE (Postos de Descarga de Entulho) previstos já estavam em operação. São Paulo Projeto para instalação de 96 Ecopontos, além de ATT 4 . Ribeirão Preto Não São José dos Campos Cinco pontos de recolhimento gratuito de entulho para pequenos produtores ou transportadores (Entulhódromos). Caçambeiros utilizavam terrenos particulares. Piracicaba Implantadas 3 das 21 áreas previstas para recepção de RCC de pequenos produtores. Vinhedo Não Guarulhos Programa para 24 pontos de PEV (Pontos de Entrega Voluntária) de RCC: um em funcionamento, quatro em construção, seis em licitação e nove em projeto. Ribeirão Pires Não São José do Rio Preto 6 dos 14 pontos de coleta de RCC previstos já estavaam operando. Belo Horizonte 22 Unidades de recebimento de pequenos volumes de RCC Londrina Não Brasília n.d. Macaé Não n.d. Informação não disponível. 2 Conforme informações obtidas dos responsáveis pela gestão de RCC em cada município pesquisado ou conforme dados coletados durante visitas realizadas. 3 Segundo CARNEIRO, BRUM e SILVA (2001). 4 ATT (Área de Transbordo e Triagem). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 4 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Cabe salientar que a grande maioria das áreas instaladas no Município do Rio de Janeiro estava localizada na Zona Oeste do município. Devido principalmente à falta de espaços adequados na Zona Norte e na Zona Sul, nestas regiões a coleta de RCC era feita gratuitamente no domicílio por caminhão da empresa de limpeza urbana municipal, após pedido feito por contato telefônico. Os municípios de Salvador, São Paulo, São José dos Campos, Piracicaba, Guarulhos e São José do Rio Preto já possuíam áreas de entrega voluntária, porém ainda deveriam implantar mais áreas para terem a gestão operando plenamente. Pode-se observar pela tabela 2 que cinco municípios (Ribeirão Preto, Vinhedo, Ribeirão Pires, Londrina e Macaé) não possuíam áreas de entrega voluntária de RCC5. 3. Centrais de Reciclagem: Informações sobre os produtos escoados A tabela 3 traz várias informações sobre quantidades, clientes e empregos dos materiais beneficiados nas centrais de reciclagem. Tabela 3: Produtos escoados: Quantidade, clientes e utilizações 6 MUNICÍPIOS São Paulo PRINCIPAIS PRODUTOS Brita corrida Ribeirão Preto Brita corrida São José dos Campos Piracicaba Brita corrida Vinhedo Guarulhos Ribeirão Pires São José do Rio Preto Belo Horizonte – Estoril Belo Horizonte – Pampulha Londrina Brasília Aterro/ Jóquei Brasília Ceilândia Macaé Brita corrida e artefatos de concreto Cascalho, areia, pedrisco, brita 1 e brita 4. Brita corrida QUANTIDADES ESCOADAS Antes da parada de produção: 230 t/dia Antes da parada de produção: 80 t/dia Antes da parada de produção: 60 t/dia Média diária: Brita corrida: 140 t Blocos: 1.350 unidades Nos últimos 12 meses 7 : Areia 20 m³, pedrisco 15 m³, pedra 150 m³, pedra 460 m³, cascalho 900 m³. Média mês: 90m² n.d. PRINCIPAI SCLIENTES Prefeitura Prefeitura Prefeitura Prefeitura Prefeitura e empresas privadas PRINCIPAIS UTILIZAÇÕES Regularização de vias municipais e pavimentação de calçadas Regularização de estradas municipais sem asfalto (cerca de 330 km) e ruas sem asfalto. Regularizações em áreas rurais sem pavimentação Base e sub-base, regularização de ruas e calçadas, estradas rurais, regularização de valas e cobertura de lixões. Regularização de vias municipais e pavimentação de calçadas. Pavimentação e correção de ruas de terra. n.d. Prefeitura e a PROGUARU 8 Prefeitura Central a ser implantada Prefeitura Média mensal: 4.880 t Média diária: 222 t Prefeitura e firmas de engenharia Prefeitura e firmas de engenharia Prefeitura Brita 1, brita 3, pedrisco e brita corrida Brita 1 e 2, brita corrida e artefatos de concreto Brita corrida e artefatos de concreto 9 Brita corrida e artefatos de concreto8 Areia, brita 1 e 3 e pedrisco Antes da parada da produção: 1.500 blocos/dia Brita corrida 100 t/dia n.d. Base e sub-base, artefatos de com-creto, cobrimento de aterro, reco-brimento de estradas municipais não pavimentadas e calçamento de áreas públicas Base e sub-base, conformações em obras de saneamento e pequena parcela de artefatos de concreto não estrutural. Base e sub-base, conformações em obras de saneamento e pequena parcela de artefatos de concreto não estrutural. Confecção de artefatos de concreto não estruturado (tijolos, pré-fabricados e tubos de concreto) Regularização de vias do Aterro do Jóquei - - - - Blocos, pavis, meio-fios e brita corrida. Brita corrida: 32 t/dia Blocos: 950 unid., pavis: 1.638 unid. e meio-fio: 34 unid.. Prefeitura Peças para pavimentação e material para sub-base, pavimentação e aterramento. Média mensal: 4.880 t Média diária: 222 t Regularização de vias municipais e pavimentação de calçadas n.d. Informação não disponível. 5 Não considerando a área da central de reciclagem como área de entrega voluntária. Conforme informações obtidas dos responsáveis pela gestão de RCC em cada município pesquisado ou conforme dados coletados durante visitas realizadas. 7 Período de 01/07/2002 a 30/06/2003. 8 PROGUARU (Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos S.A.). 6 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 5 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Como o Rio de Janeiro e Salvador10 não possuíam centrais de reciclagem de RCC, estes municípios não foram incluídos na tabela 3. Os RCC recolhidos nestas duas cidades não estavam sendo reinseridos no ciclo produtivo, indo para aterros. A coluna quantidades escoadas refere-se à produção média dos últimos doze meses de uma central. Se a central estava paralisada, o valor apresentado indicará a média dos últimos doze meses antes da paralisação. Com exceção da central de Brasília (Aterro / Jóquei), os principais empregos dos agregados beneficiados eram os de regularização de vias municipais sem pavimentação, de base e sub-base para vias municipais a serem pavimentadas e pavimentação de calçadas. Empregos sem escala, com pouco consumo de agregado beneficiado e provavelmente demandando mão-deobra intensiva, eram as produções de artefatos de concreto simples (principalmente blocos de vedação) feitas nas centrais de Belo Horizonte e de Macaé. Segundo a COMLURB (2003), o Município do Rio de Janeiro já estava cumprindo a resolução CONAMA, pois ao empregar todo o RCC coletado em aterros como camada de cobrimento e como pavimentação de vias de acesso e manobras, estava deixando de consumir agregados naturais que seriam empregados para estas finalidades. Excetuando-se as centrais de Belo Horizonte e Vinhedo, as outras centrais só possuíam um único cliente: a própria prefeitura. As centrais de Belo Horizonte e Vinhedo atendiam clientes externos, que eram basicamente firmas de engenharia que trabalhavam com pavimentações. Contudo, a quantidade escoada para estes clientes não era significativa. Quase toda a produção era consumida pelas prefeituras. Quando perguntados pelo mix de produção, a maioria dos gerentes informou que as suas centrais tinham capacidade de disponibilizar diferentes produtos (brita corrida, brita 1, brita 2, brita 3, entre outros). Porém, a principal saída era de brita corrida, que era o produto mais fácil de ser obtido (passa somente por uma britagem e não é peneirado) e mais barato (consome menos energia e menos homens-horas). 4. Centrais de Reciclagem: Informações sobre as operações A tabela 4 apresenta dados sobre as operações e outras características das centrais. Pela coluna proprietário dos equipamentos, constata-se que todas as centrais são municipais11. Em cinco centrais, a operação era feita por empresas terceirizadas e, em outras cinco, era feita por pessoal do próprio município. Em Vinhedo, a operação era realizada por equipe mista, sendo uma parte com pessoal da prefeitura e outra com pessoal terceirizado. Em Guarulhos, a operação era de empresa de economia mista. Em São José do Rio Preto ainda não estava definido quem faria a operação e, em Brasília / Ceilândia, nunca houve operação. Deve-se ressaltar, conforme descrito na tabela 3, que das catorze centrais listadas, cinco estavam paradas12 (São Paulo, Ribeirão Preto, São José dos Campos, Londrina e Brasília / Ceilândia), uma em construção (São José do Rio Preto) e oito em operação (Piracicaba, Vinhedo, Guarulhos, Ribeirão Pires, Belo Horizonte, Brasília -Aterro / Jóquei e Macaé), conforme dados dos órgãos e empresas responsáveis pela gestão dos RCC. A maioria das centrais tinha Licença de Operação (L.O.) ou documento provisório que permitia os seus funcionamentos. Em São Paulo, somente em 2003, a CETESB13 criou a obrigatoriedade de licença de operação para centrais de reciclagem de RCC. 9 Artefatos de concreto: Produção experimental. Segundo CARNEIRO, BRUM e SILVA (2001). 11 Com exceção da central de Guarulhos, que pertencia à empresa de economia mista PROGUARU. 12 Base: Novembro e dezembro de 2003. 13 CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo. 10 ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 6 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental No Estado do Rio de Janeiro, empresários sentiam grandes dificuldades para a concessão de L.O. pela FEEMA14, pois as regras para isto ainda não eram claras. Este fato, em específico neste estado, desestimulava a participação da iniciativa privada na reciclagem de RCC. Tabela 4: Características da operação das centrais de reciclagem de RCC nos municípios 15 MUNICÍPIO São Paulo PROPRIETÁRIO DOS EQUIPAMENTOS município OPERAÇÃO LICENÇA DE OPERAÇÃO (LO) Não 16 Ribeirão Preto São José dos Campos Piracicaba Vinhedo Guarulhos município município município município empresa de economia mista terceirizado (estava em licitação) municipal municipal terceirizado municipal e terceirizado responsabilidade da empresa de eonomia mista Ribeirão Pires município municipal n.d. São José do Rio Preto Belo Horizonte – Estoril município município ainda não estava definido municipal Sim Sim Belo Horizonte – Pampulha município municipal Sim Londrina / PR município Brasília -Aterro/ Jóquei Distrito Federal terceirizado (estava em licitação) terceirizado Possui carta de anuência do IAP para as instalações existentes. Em processo de licenciamento Brasília - Ceilândia Distrito Federal - Em processo de licenciamento. Macaé município terceirizado Sim Não 17 Sim Sim Sim Sim n.d. Informação não disponível. Das centrais brasileiras pesquisadas não se obteve informações sobre possíveis impactos ambientais negativos que tivessem sido causados pela reciclagem. Contudo, a observação destes impactos está presente na literatura estrangeira sobre este tipo de instalações na Europa, Estados Unidos e Japão, pois estes países estão mais propensos a beneficiarem RCC contaminado (KOHLER, 1997; EPA, 2000). Isto acontece mais com as frações de solos impregnadas com produtos químicos em concentrações perigosas, que muitas vezes se originam de antigos passivos ambientais de suas indústrias. Estes produtos podem poluir direta ou indiretamente o ar, o solo ou os recursos hídricos em sua vizinhança. No Brasil, os principais impactos ambientais negativos causados pelas centrais de reciclagem de RCC, observando as características dos RCC brasileiros, seriam emissão de poeira mineral inerte, emissão de ruído e aumento de tráfego na vizinhança. Os dois primeiros impactos podem ser compensados através de plantio de árvores de grande porte no perímetro do terreno, umidificação dos RCC antes do início do beneficiamento, entre outras ações. O aumento do tráfego seria menos observado se a central se localizasse em área industrial, que geralmente é longe do centro do município, o que aumenta os custos com transporte. A localização das centrais e de outras instalações industriais depende fortemente do zoneamento urbano particular a cada município. As informações contidas na tabela 5 permitem que se avalie as centrais pelo seu tempo de operação em relação a idade dos equipamentos18. 14 15 16 17 18 FEEMA (Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente do Rio de Janeiro). Conforme informações obtidas dos responsáveis pela gestão de RCC em cada município pesquisado ou conforme dados coletados durante visitas realizadas. Não foi necessária, pois a central estava localizada dentro da área do aterro de inertes. Na época da implantação e operação da central não houve exigências de L.O. pela CETESB. Os equipamentos foram adquiridos novos. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 7 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Algumas das centrais estão ou estiveram paradas durante algum tempo (semanas, meses ou anos) devido a diferentes razões, tais como mudança na política de reciclagem dos municípios, cortes nos orçamentos municipais, roubo ou vandalismo das instalações e problemas com a vizinhança. O tempo de operação é a idade da central, descontando-se longos períodos de paralisação (acima de trinta dias). Pela coluna T / I comprova-se que as centrais que vinham operando de forma contínua desde o início eram as centrais com valor igual a um, que são as centrais de Vinhedo, Belo Horizonte/Estoril, Belo Horizonte/Pampulha e Macaé. Tabela 5: Idade dos equipamentos e tempo de operação das centrais 19 IDADE DOS EQUIPAMENTOS (ANOS) I TEMPO DE OPERAÇÃO (ANOS) T T/I ESTADO NO PERÍODO ESTUDADO São Paulo Ribeirão Preto S. José dos Campos Piracicaba INÍCIO DAS ATIVIDADES 1991 1996 1996 1997 13 8 8 7 7 6 1 1 0,54 0,75 0,13 0,14 Vinhedo 2001 3 3 1 Guarulhos Ribeirão Pires 1999 2002 5 2 0,25 1 0,05 0,5 S.J. Rio Preto Belo Horizonte– Estoril 2004 1995 9 0 9 1 Belo Horizonte - Pampulha 1996 8 8 1 Londrina Brasília – Aterro/ Jóquei Brasília – Ceilândia Macaé 1994 2001 10 3 n.d. 3 n.d. 1 2001 2000 3 4 0 4 1 Parada 20 Parada Desativada Operava continuamente com produção média de 170 t/dia Operava continuamente com produção média de 10 t/dia Estava reiniciando as operações Operava continuamente com produção média de 30 t/dia Estava iniciando montagem Operava continuamente com produção média de 210 t/dia Operava continuamente com produção média de 210 t/dia Parada Operava continuamente com produção média de 100 t/dia Desativada Operava continuamente com produção média de 32 t/dia MUNICÍPIOS n.d. Informação não disponível. As centrais que ficaram mais ociosas eram aquelas com os valores mais próximos a zero, que foram Guarulhos, São José dos Campos e Piracicaba. Conforme informações de seus dirigentes, Guarulhos e Piracicaba iriam tentar recuperar o tempo ocioso, implantando políticas agressivas para a gestão sustentável de RCC. Pelas poucas informações disponíveis, aparentemente a central de Brasília / Ceilândia não entrou efetivamente em operação nos seus três anos de existência. A coluna refugos (%) do tabela 6 é a razão entre a quantidade de resíduos que entra na central de reciclagem de RCC, porém que não pode ser beneficiada ali21, e a quantidade total de RCC que entrou na central. 19 Conforme informações obtidas dos responsáveis pela gestão de RCC em cada município pesquisado ou conforme dados coletados durante visitas realizadas. 20 A central operava de forma intermitente, pois não tinha o suporte de um contrato para garantir manutenção e mão-de-obra extra. Sendo assim, considerou-se o estado da central em novembro de 2003 como parado. 21 Ou que no atual “estado da arte”, o seu reuso ou a sua reciclagem não é viável econômica ou tecnicamente, tendo então como destino os aterros sanitários. ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 8 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental Tabela 6: As centrais e os percentuais de refugos MUNICÍPIOS REFUGOS (%) São Paulo Ribeirão Preto São José dos Campos Piracicaba Vinhedo Guarulhos Ribeirão Pires São José do Rio Preto Belo Horizonte - Estoril Belo Horizonte – Pampulha Londrina Brasília - Aterro/ Jóquei Brasília - Ceilândia Macaé 30 n.d. 50 n.d. 10 22 3 40 9 15 15 10 n.d. 20 FONTES NORTEC (2003) PMSJC (2003) PMV (2003) PMG (2003) PMETRP (2003) PMSJRP (2003) PMBH (2003) PMBH (2003) PML (2003) LIMPATEC (2003) n.d. Informação não disponível. Pode-se observar que é significativa a dispersão dos valores dos refugos, que variam entre 3 e 50 %. Deve-se atentar para o fato de que quanto maior a mistura do RCC com frações não minerais inertes, menor será a viabilidade econômica de sua reciclagem, já que (NUNES, 2004): - existirá um maior consumo de mão-de-obra para fazer a seleção manual do material que entrará nos equipamentos de britagem; - maior será a probabilidade de que o material beneficiado apresente impurezas, prejudicando a sua qualidade; - existirão gastos com transporte e destinação destes refugos para aterros, entre outros aspectos. CONCLUSÃO As visitas realizadas a alguns dos municípios analisados, bem como os contatos feitos com dirigentes municipais e com profissionais de empresas privadas envolvidas com limpeza urbana, além de pesquisa bibliográfica permitiram a formulação de diagnósticos sobre a situação de catorze municípios brasileiros em relação a temas ligados à gestão de RCC. Segundo principalmente informações de órgãos municipais competentes, dos catorze municípios estudados, somente um município possuía, no final de 2003, três elementos importantes da gestão sustentável de RCC implantados e operando plenamente. Outros quatros tinham pelo menos um dos elementos ainda em implantação ou operando de forma não adequada. Os nove municípios restantes ainda estavam distantes de ter uma gestão satisfatória. Em relação a áreas de entrega voluntária, verificou-se que cinco dos catorze municípios não possuíam áreas de entrega voluntária. Os principais empregos dos agregados beneficiados nas centrais de reciclagem analisadas eram os de regularização de vias municipais sem pavimentação, de base e sub-base para vias municipais a serem pavimentadas e pavimentação de calçadas. Excetuando-se duas das catorze centrais analisadas, as centrais só possuíam um único cliente: a própria prefeitura. No período analisado, das catorze centrais pesquisadas, cinco estavam paradas, uma em construção e oito em operação, conforme dados dos órgãos e empresas responsáveis pela gestão dos RCC. As razões para as paralisações eram diversas, tais como mudança na política de reciclagem dos municípios, cortes nos orçamentos municipais, roubo ou vandalismo das instalações e problemas com a vizinhança. Os diferentes diagnósticos comprovaram que, apesar de existentes, ainda eram poucas as experiências com gestão sustentável de RCC nos municípios brasileiros. Mesmo estas experiências se mostraram incompletas e 22 Possuia, dentro da central de reciclagem, cooperativa de catadores que reciclavam outros materiais (PET, latas, entre outros). ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 9 23º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental com administração pública deficiente, o que pode se verificar em específíco com o número de centrais de reciclagem paralisadas no período abrangido pela pesquisa. As conseqüências desta administração deficiente na gestão de RCC e no desempenho das centrais de reciclagem deverão ser cuidadosamente consideradas por administradores municipais e empresários do setor tanto na formulação de novas estratégias para o desenvolvimento da gestão de RCC no Brasil, quanto nas análises de viabilidade de novos negócios com este tipo de resíduo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CARNEIRO, A. P.; BRUM, I. A. S.; SILVA, J. C. Reciclagem de Entulho para a Produção de Materiais de Construção: Projeto Entulho Bom. Salvador: EDUFBA, Caixa Econômica Federal, 2001, 311p. 2. COMPANHIA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA (COMLURB). Informações fornecidas pela Diretoria Técnica em junho de 2003. 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