UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
AVANY DE OLIVEIRA RODRIGUES MOREIRA
MONOGRAFIA
ESTUDO SOBRE A BUSCA DE PRÁTICAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR QUE
CONTEMPLE A APRENDIZAGEM DE QUALIDADE DO ALUNO NAS SÉRIES
INICIAIS COMO ASPECTO NUCLEAR DE SUA FORMAÇÃO CIDADÃ.
Rio de Janeiro
2010
1
AVANY DE OLIVEIRA RODRIGUES MOREIRA
ESTUDO SOBRE A BUSCA DE PRÁTICAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR QUE
CONTEMPLE A APRENDIZAGEM DE QUALIDADE DO ALUNO NAS SÉRIES
INICIAIS COMO ASPECTO NUCLEAR DE SUA FORMAÇÃO CIDADÃ.
Monografia apresentada à UNIVERSIDADE CÂNDIDO
MENDES como requisito para obtenção da avaliação
do curso de pós-graduação em
Administração e
Supervisão Escolar,orientada pela professora Maria
Esther.
Rio de Janeiro
2010.
2
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que me deu sabedoria para fazer este percurso;
Ao meu esposo por compreender a minha escolha
Aos meus filhos por serem estímulos de amor para minha busca constante pelo aprender a ser
alguém mais consciente do meu papel humano.
Aos meus professores que proporcionaram saberes necessária a minha formação;
Aos colegas de classe que contribuíram com suas interlocuções;
3
Dedicatória
Ao meu esposo, Alceste e aos meus filhos Tiago
e Lucas, por ter compreendido os meus
momentos de ausências em suas vidas, por ter
dedicado muito tempo para a construção e análise
desta pesquisa.
4
“Tão importante quanto ele, o ensino dos conteúdos, é o
meu testemunho ético ao ensiná-los. É a decência com
que o faço. É a preparação cientifica revelada sem
arrogância, pelo contrário, com humildade. É o respeito
jamais negado ao educando, a seu saber de “experiência
feito” que busco superar com ele. Tão importante quanto
o ensino dos conteúdos é a minha coerência na classe. A
coerência entre o que digo o que escrevo e o que faço.”
FREIRE, Paulo, p. 103, 2007.
5
RESUMO
O objeto de pesquisa deste estudo é a busca de práticas de administração escolar que
contempla a aprendizagem de qualidade do ensino nas séries iniciais. Primeiramente procuro
compreender a aprendizagem escolar observando as características humanas peculiares ao
processo da aprendizagem a partir das reflexões de Bloom, (1981) Busco na relação
observada por Freinet, (1985) pistas nas interações entre os homens e os animais,
fundamentais para transpor na construção de uma educação entre as crianças, principalmente,
baseada em estímulos positivos. Verifico em
educacionais,
proporcionado
pelo
paradigma
Gadotti, (1988)
crítico,
ressaltando
novas perspectivas
especialmente
o
“compromisso político” abrangendo os educadores que valoriza o comprometimento com o
projeto político pedagógico com tendência democrática. Com Chiavenato (2000), revejo o
conceito da gestão escolar e encontro em Claudia Davis..et al (2007), trilhas para uma
administração escolar de qualidade, na qual requer ao administrador enfrentar inúmeros
obstáculos, desde as necessidades materiais, aos conflitos de opiniões da comunidade escolar.
Identifico também a importância da didática do professor que valoriza o aluno, e suas
contribuições para aprendizagem do discente. Concebo a necessidade de fortalecer os laços
com a ética no ambiente institucional preocupada com convivências mais harmônicas,
contribuindo com a formação cidadã. E através de algumas experiências analisadas por
Hernandez (2008), localizo práticas educacionais através de projetos que organizam seu
currículo por projetos de trabalho, e encontro em outros autores inclusive alguns mencionados
acima, práticas que contribuem para uma administração escolar que se preocupe com a
aprendizagem
de qualidade principalmente nas séries iniciais, baseada na identidade,
autonomia, por intermédio de ações mais reflexiva e crítica. Ressalto as contribuições de Lück
(2002) sobre a influência positiva proporcionada por liderança eficazes, pois são capazes de
mobilizar à todos do ambiente institucional..
PALAVRAS CHAVES: ( Administração escolar, Aprendizagem, comprometimento,
práticas educacionais).
6
METODOLOGIA DA PESQUISA:
Iniciei este trabalho através da pesquisa bibliográfica documentada, utilizei dados de
livros, revistas eletrônicas, textos científicos, retirados do site da scielo, entrevistas de
educadores retirada da web, Para compreender uma administração que valorize a
aprendizagem procurei compreender as características humanas segundo Bloom, (1913) apud
Almeida (1981), as interações humanas que estimulam as crianças a aprenderem observadas
por Freinet, (1985). A concepção histórica da educação analisada por Gadotti, (1988), como
fio condutor desta pesquisa, o conceito de administração abordada por Chiavenato (2000), e
com Claudia Davis at. al (2007) ampliei as informações sobre os problemas vivenciados e
enfrentados na Gestão escolar, assim como, a construção de uma gestão com liderança
baseada em Lücke,(2002), a construção de práticas de projetos que fortalecem o currículo
indicada por Hernandez, (2008), e outros educadores que foram fundamentais para realização
deste trabalho como: Saviani, Freire, Vasconcellos, entre outros.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.
I-
A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR NO SUCESSO DA APRENDIZAGEM.
II-
A PARTICIPAÇÃO COLETIVA PARA A CONFIGURAÇÃO DE UM
PPP TECENDO CAMINHOS IMPORTANTES.
III-
MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL NA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR.
3.1. - EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR - A QUALIDADE
DA APRENDIZAGEM DO ALUNO NAS SÉRIES INICIAIS.
CONCLUSÃO.
REFERÊNCIAS
8
INTRODUÇÃO
“Enquanto a excelência revela ações em termos de
qualidade, as escolhas revelam o caráter de cada pessoa, pois tornam
visíveis os julgamentos interiores de cada um suas opiniões sobre o
mundo e sobre a forma de comportamento que considera adequada.
As escolhas revelam, enfim, conceitos e preconceitos.” CHALITA,
p.81/82. 2003).
Com base em Chiavenato (2000), administração é a capacidade que o homem tem de
gerir a totalidade estrutural de uma organização independente de proporcionar lucro ou não. A
administração compreende realizar planejamentos da direção e acompanhar todas as
atividades que se distingue pela divisão do trabalho, que formam a organização. Para a
existência de qualquer organização a administração é a sua essência.
Podendo ser
exemplificada e equiparada a administração escolar.
Esta pesquisa busca caminhos de administração escolar, na qual tenha como princípio
fundamental as contribuições das relações humanas para aprendizagem cognitiva e social do
aluno proporcionando qualidade de ensino, para que o discente seja capaz de participar do
desenvolvimento da sociedade de forma consciente e comprometida. Entendo que ao localizar
ações que demonstrem práticas que desenvolvam na complexidade da organização escolar
como espaço que fortaleça o processo de crescimento da aprendizagem do aluno, estes
servirão de parâmetros de contribuição para outras administrações escolares, cujas unidades
não existam tais preocupações.
Investigam-se pelos diversos agentes de mudanças da instituição escolar, e em especial
no supervisor educacional estratégias que ajude os profissionais da escola valorizar o
comprometimento com a organização escolar e principalmente com a aprendizagem dos
alunos que estão nas séries iniciais, pois sabemos que os reflexos psicológicos poderão ser
positivos ou negativos, com implicações no desenvolvimento social e cognitivo quando
estiverem em séries mais adiantadas.
Vários autores, como: Benjamins Bloom, , Celestin Freinet, Moacyr Gadotti, Fernando
Hernández, etc., apresentam pistas que nos leva a uma administração voltada para ensinar
alunos das séries iniciais com qualidade, com sensibilidade, com práticas reais na sociedade
atual, destacando o trabalho de supervisão e instrumentalizando-se nas avaliações, e
9
instigando os integrantes desta cadeia de formação humana desenvolver avaliações essenciais
para melhoria das propostas existentes.
As contribuições dos autores estudados são importantes para a evolução desta
pesquisa, e a surpresa acontece a cada dia com as novas descobertas. Mas incerta de que os
leitores deste esboço vão encontrar respostas satisfatórias, pois, constato interesses múltiplos
em trabalhar na educação em consonância com o ensinar e aprender com qualidade, todavia as
pesquisas examinadas nos apontam atalhos, caminhos, mas não fórmulas prontas para obter
avanços para uma administração escolar que apresente como elemento principal de sua
existência os resultados de uma aprendizagem do aluno com qualidade e as condições de
enfrentar as regras da sociedade atual.
Pesquisando a ação supervisora na organização identifico conexões importantes com
administração escolar e a aprendizagem do aluno, pois o trabalho do supervisor atual abrange
não apenas o controle das situações de trabalho planejado pelo PPP, mas pode indicar
caminhos de mudança do fazer docente se as expectativas dos alunos não corresponderem ao
patamar desejado pelo sistema educacional.
Espero identificar os reflexos de uma administração escolar na aprendizagem dos
alunos nas séries iniciais, correspondente ao objeto deste estudo com a qual, e através destas
pesquisas pretendo descobrir práticas de uma administração escolar que contemple a
aprendizagem de qualidade do aluno como aspecto nuclear de sua formação cidadã.
Vislumbro a conquista com o comprometimento dos profissionais da organização
escolar, nas relações vivenciadas pelos mesmos, fortalecidas pelo reconhecimento de estarem
em permanente estado de atualizações de suas capacitações que conseqüentemente
promoverão no processo da aprendizagem escolar do aluno, melhoras na qualidade do ensino.
10
I-
A ORGANIZAÇÃO ESCOLAR NO SUCESSO DA APRENDIZAGEM
Segundo ,Bloom (1913), apud Almeida (1981), refere-se que à apropriação do
conhecimento acontece nos caminhos que fornecem a aprendizagem elementos da afetividade
como parte integrante de unidades especifica de aprendizagem, embora esta informação não
seja a inquietação maior de sua pesquisa que tem uma grande preocupação quanto às tarefas
de aprendizagens, identifico que o autor alcança uma amplitude na aprendizagem do aluno,
não apenas com base em um currículo, mas, numa esfera afetiva, cujas contribuições no
decorrer da assimilação dos conhecimentos são elementos somatórios para uma aprendizagem
de qualidade. (BLOOM (1913) apud ALMEIDA (1981),p.22).
Embora o autor acima manifeste a importância do histórico do aluno implica num
resultado consecutivo em sua aprendizagem. Concordo com o autor sobre o papel da escola
principalmente nas séries iniciais como determinantes para o desenvolvimento cognitivo,
enfatizando especialmente as inter-relações entre entradas cognitivas, as afetivas, e a
qualidade de ensino, e suas conseqüências como fruto da aprendizagem. ( Id.,BLOOM, apud
ALMEIDA, p. 72.)
Percebo que as observações investigadas pelo autor BLOOM, alcança também o
ambiente escolar, que deve participar com os elementos necessários de interação com o aluno,
como o comportamento cognitivo refletia na aprendizagem do aluno.
A preocupação com a aprendizagem do aluno nas séries iniciais e com a administração
escolar, embora seja assunto de interesse antigo, verifico nesta obra do início do século XX,
aspectos importantes para este objeto de estudo. Indicando possibilidades de mudanças de
comportamentos cognitivos, ressaltando, que a importância da ajuda dos sujeitos que fazem
parte do processo para que as experiências de aprendizagem iniciais possibilitem a
aprendizagem posterior.( Id.,BLOOM, apud ALMEIDA, p. 73.)
Conforme pesquisa realizada por Cardoso (2010), ao fazer referência sobre a história
da AAESC, apontam como norteador do simpósio a melhoria na qualidade do ensino de
primeiro grau, destacando a qualificação dos administradores escolares de forma contínua
capaz de conduzir com competência as provocações nas funções que ocorrem no âmbito
escolar. Enfatiza-se neste estudo com o compromisso entre os atores do processo pedagógico
11
construindo um fazer pedagógico através daqueles que pensam e fazem o cotidiano escolar.
(CARDOSO, Jarbas Jose, 2010)
Segundo Freinet (1985), a reprodução de termos usados pelo povo na educação de
pequenos animais como: ”Nada de aprendizagem prematura, dirá o caçador. O cão novo
demais se cansa e se desencoraja. As suas reações e o seu faro correm o risco de ficar
perturbados para sempre”, podem servir como conhecimentos importantes para o
desenvolvimento da pedagogia.
Destaco também a referência dos apicultores citada pelo autor: “nada de gestos
bruscos que despertam as reações de defesa dos animais com que você lida – confiança,
bondade, ajuda e decisão.” Podemos relacionar com a lógica destes dizeres populares quando
contribui para a formação didática de uma pedagogia de qualidade com ensinamentos no
momento certo, digo sem anteceder ao tempo real da criança, ajudando aqueles que
apresentam dificuldades, amando e proporcionando-lhes condições para seu desenvolvimento
intelectual e moral, portanto, os gestos e os cuidados dirigidos aos animais constituem como
atitude pedagógica, abrange exemplos simples observados no cotidiano do povo, e ao ser
reutilizado no ensino podem ajudar na educação das crianças (FREINET, 1985, P.4)
A educação atual deve se empenhar em estimular os alunos a sentirem “sede” de
saberes, com conteúdos, pois, os alunos que foram adestrados para ingerir qualquer bebida,
esses não importarão com os conteúdos, portanto resistirão e deixarão de construir suas
próprias idéias através das analogias que indicam as verdades constituidoras do novo
conhecimento. (FREINET, 1985, p.15).
“Se o meio escolar e social lhes fosse mais favorável, poderiam fazer melhor do que
você, o que seria um êxito pedagógico e uma garantia de progresso.”(FREINET, 1985, p. 24),
verificamos que o autor valoriza a produção de um jornal escolar, e defende as práticas
educacionais que estimulam as crianças a expressarem as palavras, pela escrita, de forma
criativa, pelo desenho e pela gravura, ressaltando como uma técnica capaz de promover
esperanças de êxito.
12
“É preciso motivar para a participação. Isso porque o
regime domesticou grande parte da população para a não
participação. Arvorando-se em único intérprete dos interesses da
sociedade, marginalizou sistematicamente toda a população das
decisões. Ao lado, portanto, do papel técnico de ensinar, o educador
tem um papel político de mobilizar e organizar para a
participação.”GADOTTI, P. 89, 1988.
Com base na visão critica de Gadotti, (1988) verifico que o modelo autoritário, e
centralizador executado nas instituições escolares que teve seu apogeu na década de 70 e 80,
causaram aos administradores das escolas imobilizações nas decisões reforçando o sistema
tecnoburocratico, impedindo a passagem necessária ao desenvolvimento educacional, e
influenciadas pelas novas tendências pedagógicas especialmente, as críticas, constituídas
pelas inovações que a sociedade vive a cada dia, através dos movimentos de insatisfação da
sociedade civil com a política educacional implantada pelo Estado, surgem propostas que
insatisfeitas com o modelo anti-popular vivenciado nestas décadas, para descentralizar e
democratizar a educação, a escola que constrói sua autonomia, faz educação valorizada pela
capacidade de decidir e fica em sintonia com as transformações que estão sendo
experimentadas pela nova sociedade.
Entendo a partir de Gadottti ( 1988), que a escola no novo contexto social necessita de
decidir com autonomia, para atender as necessidades da população da comunidade na qual
está inserida, e através de ações participativas transformar indivíduos e em conseqüência
produzir mudança na sociedade.
Segundo Hernandez, (2008), Verifica-se que a inconformidade com as situações locais
da escola e a necessidade de se acompanhar as mudanças do mundo atual, faz com que
educadores busquem continuamente conhecimentos empíricos inovadores e científicos que
transcendam as instituições escolares. A iniciativa de se trabalhar com projetos no início da
década de 80 (1983-84), se estabeleceu porque os professores precisavam entender na prática
e na teoria as novas tendências da globalização, pois os sistemas existentes criados para
promover os interesses escolares, nos “centros de interesse” não estavam alcançando o que a
comunidade escolar desejava com os conteúdos escolares.
Constatava-se nessa prática uma dicotomia do conteúdo elaborado com os ranços
tradicionais, que impediam a criação e, sobretudo a utilização dos novos recursos didáticos.
13
Os professores perceberam que os centros de estudos reproduziam de forma repetitiva e
monótona os conteúdos e não estavam atendendo a novas demandas do modelo de escola que
atendesse ao moderno mercado de trabalho. Fizeram necessários que os professores
buscassem compreender através de cursos e seminários como executar suas praticas da
globalização.
A proposta pedagógica de introduzir projetos pedagógicos (Ibid., p. 24/25, 2008),
constitui uma nova forma pedagógica de se trabalhar as habilidades individuais e coletivas.
Fez necessário inicialmente indicar novas tendências teóricas para que o professor refletisse e
revisse sua prática e percebesse qual fundamentação teórica estava sendo abordada na escola,
calcada nesta análise descobre-se a fundamentação psicopedagógica utilizada, para se
incorporar uma nova reestruturação dos conhecimentos escolares começadas a partir de
embates de idéias. Ressurgindo um significado mais abrangente do ensino aprendizagem, do
papel do professor e do aluno. E também é construída uma postura reflexiva e flexível do
docente, quanto à avaliação do discente, mudança de comportamento imprescindível e
adequada para a valorização deste processo.
Esta nova forma de organização de projetos pedagógicos tem como principio
fortalecer a adesão entre teoria e prática. A partir das bases de fundamentação teórica, os
projetos são implantados e organizados com conhecimentos para um replanejamento na escola
mas especialmente para rever como ensinar o conteúdo na sala de aula no sentido da
globalização , seguindo uma execução compartilhada da coletividade escolar.Percebe-se
entretanto, um novo comportamento docente que pesquisa vivenciando o desenvolvimento do
conhecimento ao executar, observar e refletir sobre como ensinar e como o aluno aprende a
respeito do que foi implantado coletivamente na teoria e na prática educativa, estando sujeito
a modificações, determinados pelo momento histórico. (Id., 28/29, 2008)
Com os projetos pedagógicos, os professores encaram outros problemas da educação
escolar e passam a fazer parte do processo de transformação do planejamento curricular do
ensino. Este novo movimento emerge da formação de um docente que se baseia na pesquisa
educativa e na analise critica de sua prática, cujas peculiaridades vão determinar o processo de
inovação da escola, especialmente no que tange ao ensino e as aprendizagens identificadas no
Planejamento Curricular do Ensino. (Id., p30,2008).
“A escola valoriza como atitudes básicas a autonomia pessoal e o senso crítico, os
valores laicos e o sentido da democracia e da participação.”(Id.,p.42, 2008)
14
No termino dos objetivos da escola, com a definição e concretização é evidenciado
atitudes básicas como a autonomia pessoal, a capacidade de criticar, a presença da consciência
laica, e a participação do sujeito democrático localizado nos conteúdos específicos de cada
área, que devem ser preenchidos no planejamento curricular institucional sugerido pela
administração atual.
“A escolha dos conhecimentos que se ensinam e aprendem na escola ficam
demarcados pelo critério de atualização cultural” (Ibid., P.42/43, 2008)
Baseado em (Hernandez, P.42/43, 2008) a atualização cultural, torna-se cada vez mais
evidente e necessária, e novos temas ressignificam as informações que são introduzidas nas
salas de aulas, preocupações se tornam cada vez mais relevantes no contexto atual como
temas que se referem ao meio ambiente como: “o aparecimento do buraco na camada de
ozônio, as descobertas relativo às idades geológicas da terra, as causas do desaparecimento de
determinadas culturas como a dos tuaregs, etc. Constituindo uma mudança na organização
entre a teoria e a prática para obtenção dos saberes através de projetos pertinente a
globalização devendo ser norteados e elucidados nas instituições escolares, acompanhando as
mudanças históricas da educação de forma global.
Uma das fundamentações defendidas por Hernandez, (2008), é “a globalização como
estrutura
psicológica
da
aprendizagem”(Ibid.,p.56/57/58,
2008)
Defende
que
o
desenvolvimento da aprendizagem se processa através das conexões do desenvolvimento
cognitivo que já se conhece e os encontros das novas fontes de informações se distinguiram
do acumulo de saberes aprendidos.
Esta percepção é amparada numa leitura psicopedagógica, cuja proposta é fazer com
que os alunos aprendam durante a escolarização e possam encontrar na informação a sua
compreensão, de maneira mais fácil para os alunos, capacitando-os a organizar seu próprio
conhecimento, estabelecendo interações com a realidade. Pontuando para pesquisa dados
sobre esta forma de aprender, e se os que fazem parte dos ensinamentos atende as
necessidades da aprendizagem desejada.
O aprender do aluno esta diretamente relacionada com a capacidade que ele tem em se
integrar as transformações sociais e culturais, e as mudanças de atitudes, o relacionamento
com as novas fontes de informações, vivenciando as intenções deste nova forma de organizar
os conteúdos do currículo no paradigma globalizador, estabelecida pelo sistema escolar cujo
15
docentes necessitam também aprender a ensinar numa perspectiva cuja dinâmica requer
aperfeiçoamento profissional e envolvimento.( Ibid., P.59 2008).
Hernandez (2007), nos apresenta propostas que contribui para aprendizagem do aluno
e nos indica como alternativa o caminho dos projetos de trabalho, salientando que é grande
fonte de criar estratégias para organização dos conhecimentos escolares, e consideram
importante a análise de informação e a necessidade de se fazer continuamente
correspondências com os distintos conteúdos, capazes de promover a transformação da
informação trazida para os diferentes saberes disciplinares em conhecimento adquirido e
construído a partir dos inter-relacionamentos.
Entendo em Hernandez (2008), como a alvo dos projetos de trabalho, refletido pela
globalização, é fazer através de ensinamentos com que o aluno aprenda a praticar conexões
entre as informações e o desenvolvimento cognitivo, formando se parâmetros para cada nível
educativo, e podendo partir do modelo apresentado e adaptado a figura exemplificada.
Pensando
num
processo
que
apresente
transformações
significativas
na
aprendizagem, e levando em consideração as etapas de escolaridades, com suas
peculiaridades, iniciando e reiniciando a partir dos conhecimentos adquiridos antes e durante
a estas etapas, ou de outros que tiverem possibilidades de desenvolver a aquisição da
aprendizagem informativa vinculada e transformada em cognitiva.
Neste caso o papel do educador é facilitar e contribuir para que o projeto se concretize,
mas, o objetivo principal do projeto é permitir que os alunos participem através de suas
reflexões promovendo saltos crescimento em suas aprendizagens. O projeto deve mobilizar os
alunos e educadores em função da ação do que se deseja alcançar.
16
4 anos - Escola infantil: Aprende a construir definições de objetos e fatos, a partir de seus
atributos e funções.
5 anos – Escola infantil: Definir a funcionalidade de objetos e fatos.
1ª Série do Ensino Fundamental: Explicar os processos de transformação que agem nos
objetos, fatos e problemas.
2ª Série do Ensino Fundamental: Estabelecer relações causais ou funcionais sobre os fatos ou
3ª,4ª,5ª, 6ª séries do Ensino Fundamental: Abordar a informação apresentada em sala de aula
de maneira que os alunos cheguem a ordená-la, valorizá-la e inferir dela novos sentidos,
significados que ou referências.
7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental: Realizar gradualmente um processo de mudança que
conduza os alunos da descrição da informação à sua explicação relacional.
A estrutura de referência acima, designada por (Hernandez, p.66,2008) reaplicada no esquema
abaixo.
O professor vai planejar e organizar sua intercessão no projeto de trabalho balizada
pelas informações indicadas no instrumento de referência, que pode ser o mencionado acima
ou em outras idealizações. Iniciando pela escolha do tema com peculiaridades distintas para
os diferentes níveis e etapa da escolaridade, geralmente necessita das contribuições de
experiências anteriores dos alunos e ir além da sala de aula envolvendo a comunidade escolar
e as famílias, indicando que o tema pode ter sido originado do currículo oficial, proceder de
outras experiências ou partir de problemas identificados pelos agentes de educação,
especialmente o professor.
17
A importância do tema deve ser debatido antes para posteriormente se desenhar o
percurso do trabalho, entrelaçada com uma organização curricular, partindo de esquemas de
conhecimentos já obtidos, na qual os alunos devem ser sujeitos construtores de seus
conhecimentos. De acordo com a especificidade cultural do docente entendo que através da
escolha da metodologia mais instigante podem utilizar uma conferencia, apresentar um vídeo,
realizar um dossiê de apresentação, gerando informação que determine o princípio do projeto
de trabalho.
Varias atividades do docente podem ser organizadas a partir da escolha do projeto.
Estabelecendo primeiramente o “motor” o “esquema cognoscitivo”, que esteja conectado com
o projeto curricular institucional; conjeturar os conceitos e procedimentos dos conteúdos
através de fontes de informação para que o projeto de trabalho apresente seu ponto de partida.
Realizar estudos continuamente sobre o tema para obter informações e fazer relações
atualizadas, instituindo um clima de inclusão e de interesse de cada pessoa na coletividade
educacional, planejando os recursos e o desenvolvimento para funcionalidade do projeto,
através de constantes avaliações.. (Ibid., p.69, 2008)
A avaliação do aluno feita pelo docente tem um caráter diagnostico interpretativo,
indicando a fase inicial do aluno, ao sondar o estágio inicial do aluno sobre o tema do projeto,
levando os docentes a mediarem aprendizagem do aluno,promovendo respostas conduzido
pela proposta do projeto instituído na sala de aula contribuindo com uma avaliação formativa.
(Ibid, p.88, 2008)
18
II- A PARTICIPAÇÃO COLETIVA PARA A CONFIGURAÇÃO DE
PPP TECENDO CAMINHOS IMPORTANTES.
UM
“A liderança eficaz é identificada como a capacidade de influenciar positivamente os
grupos e de inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas.”(LÜCK)P.35, 2002)
No século XXI, a história da educação esta sendo construída diante da explosão de
uma palavra inovadora e significativa no contexto nacional e mundial, a tendência é falarmos
de “projetos”, Vasconcellos (2003), pontua segundo (Barbier, 1999: 19) “palavra mágica e
cheia de promessas, parecendo ocupar o essencial no campo da renovação das práticas
sociais”.
Entretanto o que se verifica, é a falta do consenso entre as práticas e as realidades. Segundo o
autor persiste sobre a descrença no planejamento como ferramenta importante para
continuidade do processo de conhecimento.
Entendo como necessárias o que o autor designou como importantes os conteúdos a
serem trabalhados na formação da pessoa: Conceituais, procedimentais, e atitudinais.
Partindo do princípio que a escola é uma micro-sociedade instituidora da macrosociedade, e a partir de sua criação no Brasil, encontra se registros de sua expansão delineada
pelos interesses políticos, sociais e econômicos, balizando pelo caráter de controle social, e se
caracterizando pela competição entre liberais e católicos, destacando aquele que se manteria
no poder e deteriam o controle da escola.
É preciso que se conduza a administração escolar desenvolvendo seu planejamento
fundamentado com a configuração do PPP, cuja participação e comprometimento de
representantes dos alunos, professores, pessoal administrativo, outros funcionários,
comunidade, diretor e equipe pedagógica estejam conectados para darem continuidade,
avaliando, reavaliando e ajustando o planejamento inerente ao desenho do projeto político
pedagógico.
Com a organização e sistematização do trabalho educativo, através dos agentes
construtores do PPP deve-se levar em conta a história da comunidade escolar, participar
democraticamente do pensar e fazer da escola, planejar coletivamente ações que promovam
mudanças, buscar pontos de equilíbrio através de agentes mediadores de conflitos, refletir, e
criar estratégias que atenda as necessidades de todos da escola e da comunidade em seu
entorno.
19
No âmbito do trabalho escolar, existem profissionais da educação que precisam
enfrentar os problemas que encerram a escola numa instituição econômica, mesmo que
considere a escola a serviço do aparelho ideológico do Estado, adestrando os indivíduos a
aceitar as deliberações da sociedade dirigente, possibilitando a perpetuação de
comportamentos estabelecidos por ordens pré-definidas pela sociedade econômica neoliberal.
E busquem priorizar o projeto político pedagógico como instrumento de transformação
humana constituída com formação educacional de qualidades capazes de apresentarem suas
reflexões, criações, e decisões, comprometidas a qualidade de vida da sociedade.
Através do discurso dialético de que a escola existe para formar o aluno para cidadania
e para o trabalho, segundo Silva (2010),“foi gerada na sociedade burguesa é para servir aos
interesses burgueses”. Espelhando-se na sociedade capitalista. Mesmo que tenha se originado
sobre propostas de igualdade de oportunidades, gratuidade, obrigatoriedade e laicidade,
completam que são resultantes de um projeto de controle social.
Silva (2010) nos comunica a presença do BANCO MUNDIAL na efetivação da Escola
pública brasileira através dos empréstimos concedidos pelo mesmo há mais de 50 anos,
inserindo os recursos segundo o tempo designado por ele, cabendo a nós países devedores
cumprirem os prazos já fixados para atender suas exigências. Percebe que o projeto político
pedagógico deve ter sintonia com as determinações do BANCO MUNDIAL, para a
continuidade da captação de recursos.
Embora seja de nosso conhecimento sobre a falta de prosseguimento do PPP, quando
serve apenas para ser apresentado, como exigência burocrática, este instrumento é essencial
para realização de ambigüidades cujo sentimento e a prática tão exaltada nos discursos sobre a
gestão do PPP, um documento vivo, cuja dinâmica propõe o fortalecimento da autonomia e de
atuações democráticas, em suas contínuas modificações, como sujeitos participantes deste
projeto imbuído de esperanças e flexibilidades não devem permitir que apenas as
determinações mercantilistas sobressaiam, mas o ideal de humanização e emancipação.
Vasconcellos (2003), analisa as questões críticas pela qual a escola encontra-se
emergida, confirmando a distância entre as práticas educacionais e as realidades da sociedade,
desde a pouca qualificação do ensino, a falta de interesses dos alunos, os desestímulos dos
professores por causa dos baixos salários, a inaptidão dos alunos, quanto às exigências do
mercado de trabalho.
20
Vasconcellos (2003), implanta idéias que nos estimular interagir como agentes
transformadores destas insatisfações no que ser refere ao papel da escola frente às
necessidades sociais, no qual humanizar e emancipar os alunos são preocupações
fundamentais, e também que o educador repense suas práticas, e defende o planejamento
como alternativo para uma nova forma de mudar a realidade da escola. Entendo como
necessárias o que o autor designou como importantes os conteúdos a serem trabalhados na
formação da pessoa: Conceituais, procedimentais, e atitudinais.
Vasconcellos (2003) assegura a importância do planejamento percebido pelos
professores, assim como menciona diversos entraves para sua prática. E concebe que existem
polaridade e imprecisão quanto ao planejamento entre especialistas e professores, pois,
enquanto o autor reforça que o planejamento defendido pelo especialista não é feito como eles
cobram aos professores.
“Parece, pois, que estamos atingindo o limiar da consumação do processo de
constituição da escola como forma principal dominante e generalizada de educação.
Se assim é, a universalização de uma escola unitária que desenvolva ao máximo as
potencialidades dos indivíduos (formação omnilateral)., conduzindo-os ao
desabrochar pleno de suas faculdades espirituais e intelectuais, estaria deixando o
terreno da utopia e da mera inspiração ideológica.”(SAVIANI, p.34/35).
O PPP precisa da participação de toda coletividade escolar, para que a sua construção
seja elaborada atendendo as prioridades do grupo e levando em consideração o momento
histórico da escola, devendo ser monitorado e modificado sua trajetória conforme as novas
necessidades surgirem..
Mesmo conhecendo a descontinuidade do PPP, devido principalmente as mudanças
governamentais, com a criação de novos projetos, atendendo aos interesses do sistema
neoliberal, podemos ir além dos interesses empresariais, contribuindo para que o PPP da
escola seja construído com os indivíduos da comunidade escolar e com representante da
comunidade do entorno, e atendendo as necessidades por eles priorizadas, com planejamentos
capazes de aspirar transformações, avaliações, reavaliações e ajustes; trocam de
conhecimentos, oportunidades de aprendizado e de ascensão social, e forme sujeitos
humanizados, emancipados, comprometidos e responsáveis para a sociedade globalizada.
Concordo com Freinet (1985), quando ele informa que a escola é um ponto de partida
e que permite formar vários afluentes, indicando diversos caminhos e que vislumbra sonhos e
perspectivas de aprendizagem, proporcionando encontros futuros e aventureiros, ricos de
21
conhecimentos e constituída pela dinâmica da vida, na qual as interações humanas fortalecem
a consciência e a humanização através da ação educadora formada de sensibilidade para
perceber os ritmos individuais e naturais dos indivíduos e da coletividade, impulsionando à
vencer os obstáculos segundo “a torrente da vida”.(FREINET, op.cit, p38)
Mas os sonhos e perspectivas de aprendizagem do aluno identificados com a dinâmica
de interações humanas localizadas no âmbito escolar precisa de ações fortalecidas por
comportamentos interpessoais constituídas de condutas éticas, aspirando escolhas com
responsabilidades, cultivando o autoconhecimento, inibindo práticas injustas e mantendo a
mente tranqüila para que as tomadas de decisões não prejudiquem as etapas deste percurso
social, elegendo todos os profissionais da escola, desde os funcionários não docentes aos
professores, equipe pedagógica e diretores a agirem de forma integrada e humanizada, sendo
marcados pela importância das potencialidades individuais para a melhoria da sociedade.
Por isso, a ação supervisora deve ser considerada fundamental no desenvolvimento
dos potenciais humanos da unidade escolar especialmente com os profissionais envolvidos
com as séries iniciais, proporcionando formação continuada, reuniões constantes, valorização
de projetos sobre conduta, ética melhorando a concepção e a forma de agir quanto ao
acolhimento e informações da coletividade, problemas muito marcantes encontrado também
numa visão mais macro da sociedade.
Compreendo a função do supervisor Educacional desempenhando diversos papeis na
instituição escolar. Penso que primeiramente ele deve conhecer o PPP da instituição, e
distinguir o cargo dos profissionais da escola, posteriormente observar se todos estão
desempenhando suas habilitações, com respeito, ética e comprometimento com o principal
sujeito responsável pela existência da organização, o aluno e sua aprendizagem de
conhecimentos para sua atuação na sociedade como sujeito consciente de seus direitos e
deveres.
O Supervisor Educacional deve interferir e contribuir nos projetos educacionais que
necessitem de ajustes para o seu desenvolvimento, avaliar constantemente o desempenho dos
profissionais da instituição visando sempre à qualidade do ensino, apontando caminhos que
conduzam a saltos de superação das dificuldades que forem encontradas.
É imprescindível que este profissional seja um líder, mas humilde, sempre pronto, para
ouvir as dúvidas e as implicações que se sucedem com os profissionais no cotidiano escolar,
capaz de criar estratégias que proporcione interações e inter-relação adequadas as boas
22
práticas que levem os profissionais a ter consciência de sua função, e reconheça que cada um
tem o seu valor no grupo, assim como é imperativo para a coletividade integrante deste
contexto, o comprometimento e o engajamento no cotidiano da escola, que pode ser
estimulado pelo supervisor a partir da conscientização permanente da participação dos
sujeitos deste ambiente, sendo, fundamental para o resultado de cada momento do
desenvolvimento da proposta da escola.
A clareza de suas ações é muito importante para que o grupo interaja de forma positiva
durante o processo de reavaliações. A forma de acompanhar determinados trabalhos
profissionais requer que o supervisor busque constantemente novos conhecimentos, por isso,
é indispensável que o profissional esteja atualizado, e pronto para reconhecer que seu entorno
pode ser rico de informações apto para contribuir em sua atuação no âmbito escolar.
Embora o supervisor apresente-se hierarquicamente numa posição de comando, o
poder atribuído a sua função deve acontecer de forma respeitosa, mas, sem perder o controle
do planejamento das práticas educativas para a realização dos objetivos previstos. Portanto, é
importante este mediador ter um comportamento que possibilite uma teia de troca de
conhecimentos, promovendo espaços de transformação humana para uma escola cada vez,
mais focada com a qualidade da aprendizagem do aluno.
Percebe-se que no início do século XX, que a ação supervisora foi introduzida no
ensino para alcançar resultados eficientes e tinha a incumbência de encontrar modelo de
comportamento e critérios.
O supervisor é influenciado pela ciência do comportamento e pelos princípios
democráticos, por volta de 1925. E cinco anos após, o supervisor na relação de grupo adquire
na tomada de decisões, a valorização com caráter de líder.
A Reforma Francisco Campos, no Brasil, vai implantar uma supervisão de vertente
“menos fiscalizador” através do Decreto- Lei 18.890 de 18/04/1931. Segundo o Decreto-Lei,
4.244, de 09/04/1942. A ação supervisão apresenta uma aliança com a orientação educacional,
para atuar na inspeção.
Em 14/11/53, por meio do Decreto Lei 34.638, com a parceria entre Brasil e Estados
Unidos, para melhorar a qualidade do ensino do segundo grau, a campanha de
aperfeiçoamento e difusão do ensino secundário deu prosseguimento a supervisão que estava
alicerçada ao caráter pedagógico nas instituições escolares. Os primeiros supervisores
23
escolares atuavam no ensino fundamental antigo ensino primário, e a primeira turma foram
formados na Pabaee, Programa Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar
A supervisão busca melhoria de ensino e era uma grande preocupação na década de
1960, que estava diretamente relacionada com as mudanças de currículo, e encontrava na
pesquisa o caminho para estas transformações.
Em 20/12/1960, a Lei 4.024/1960, forma-se inspetores para o ensino primário, na qual
a função do curso normal é formar professores, orientadores, supervisores, e administradores
escolares e criar técnicas para a evolução da educação das crianças.
A LDB confirma com a descentralização da educação organizando o ensino
fundamental e médio pela Lei 4.024 / 1961 prevê mudanças para o Município, Estado e União
quanto ao compromisso da educação no país. Onde os Municípios, Estados executam e a
União determina que educação deseja-se alcançar. Dando suporte financeiro e técnico.
O tenso ambiente político, social e econômico na década de 60 contribuiu para
evidenciar os problemas que se apresentavam ocultamente nos sistemas educacionais
estimulando as causas dos movimentos estudantis, propiciando a Reforma do Ensino
Universitário no Brasil, em 1968.
O processo evolutivo da ação supervisora segundo pesquisas científicas demonstrou
que na atuação deste profissional, predominava ações dominantes e autoritárias, para obtê-lo o
controle e produção do processo educativo originado na supervisão industrial do final do
século XVIII, conforme o modelo econômico da época.
Ocorreram mudanças sociais, políticas e econômicas, no país e no mundo
transformando também a prática do supervisor, fomentando um profissional com capacidade
de instigar os docentes numa formação continuada. Nasce este novo profissional, inicialmente
diagnosticando as verdadeiras necessidades da coletividade da instituição escolar, por meio de
diálogos permanentes capazes de gerir uma escola reflexiva com característica de um projeto
democrático e vivo, especialmente por contar com objetivos claros e compreensíveis pelo
grupo. Apresenta avaliações no decorrer das atuações e conseqüentemente conduz a
aprendizagem continuada do processo educativo.
Pressuponho que na atualidade novo contexto mundial a sociedade necessita de uma
ação supervisora se caracteriza por sua nova forma de refletir e agir, criando novas condições
de aprendizagem para alcançar profissionais eficientes e eficazes no processo educativo.
24
Segundo Mª Violeta Villas Boas, é tarefa do supervisor: ”planejar, avaliar e
aperfeiçoar o curso das ações visando garantir a eficiência do processo educacional e a
eficácia de seus resultados” Concorda com Boas, pois é preciso delinear e analisar
constantemente as atuações dos profissionais envolvidos e os caminhos desenhados nestas
práticas buscando aprimorar as ações para que as etapas educacionais alcance os resultados
esperados.
O Projeto Pedagógico necessita também que a produção acadêmica dos professores
seja constituída de riquezas, portanto, é fundamental que a ação supervisora observe e analise
o nível de desempenho dos docentes, respeitando e valorizando as características individuais
de cada profissional de educação. Como agente de mudança é o porta voz articulador do
fazer escolar devido seu caráter investigador deve superar os limites das próprias ações que
precisa ser constituída de reflexões criticas buscando transformar através das constantes
mediações os fazeres que comprometam a melhoria do processo educativo.
É fundamental que a ação supervisora verifique se todos estão realizando tarefas e se
esforçando, através do comprometimento, e da cooperação para o desenvolvimento do
processo educativo estabelecendo a integração com o grupo envolvido, de modo que se evite
qualquer desperdício de energias e amplie as possibilidades de um resultado final satisfatório.
Entretanto o supervisor precisa respeitar as ações dos atores constituintes do dinamismo no
qual acontecem as etapas do projeto educativo com disciplina, inteligência, e competência
técnica.
É competência do supervisor educacional saber trabalhar em equipe com técnica e
ética profissional, alem de possuir uma variedade de experiência profissional na docência e na
administração escolar. Ter comprometimento com a educação pública conhecer e entender a
política educacional, ter sensibilidade para liderar e tratar as pessoas com respeito. Sendo
necessários mais que habilidades, mas formação: “Para exercer a função de supervisor de
ensino, é necessário ter Licenciatura plena em Pedagogia ou Pós graduação na área de
Educação, ter no mínimo 8 (oito) anos de efetivo exercício de Magistérios dos quais, 2 (dois)
anos no cargo de suporte pedagógico educacional, ou de direção de órgãos técnicos, ou ter no
mínimo 10 (de) anos de magistério. (LC836/97).”
Relacionando com a ação do supervisor educacional, entendo a importância do
planejamento analisados por educadores renomados como, por exemplo, Vasconcellos, que
devemos rever nosso planejamento, com questões dos objetivos mais significantes e
25
prioritárias, pois, o tempo deve ser estabelecido para que não se perca tempo com problemas
que pertençam a um setor mais específico e como mediador é necessário que o ator principal
desta ação indique o caminho mais apropriado para alcançar os resultados desejados.
"Às
vezes, há uma tentação enorme de ficar gastando tempo com problemas menores, quase
sempre da esfera administrativa ou burocrática. Justamente por isso é tão importante planejar
o planejamento".
Compreendo a educação do século XXI, analisada por Edgar Morin (2001), quando
aponta as novas incertezas vivenciadas pelas sociedades atuais e propõe a busca de um
homem mais solidário, caracterizado pela imensidão de conhecimentos que se alcança com as
tendências tecnológicas da atualidade.
“A educação é apresentada como um “trunfo para a “paz, liberdade e
justiça social”, instância capaz de favorecer um, “desenvolvimento
humano mais harmonioso, mais autêntico”, e apta a fazer “recuar a
pobreza, a exclusão social, as incompreensões, as opressões, as
guerras”. Cabe, assim, à educação responsabilizar-se pelo
desenvolvimento humano sustentável, pela compreensão mútua
entre os povos, pela vivência concreta da democracia, levando em
consideração os valores e preocupações fundamentais “sobre os
quais já existe consenso no seio da comunidade internacional e no
sistema das nações unidas:direitos humanos tolerância e
compreensão mútua, democracia, responsabilidade, universalidades,
identidade cultural, busca de paz, preservação do meio ambiente,
partilha de conhecimento e luta contra a pobreza, regulação
demográfica”(SHIROMA, MORAES E EVANGELISTA.2007,p.56)
A preocupação divulgada pela UNESCO à respeito da educação para o século XXI,
formada pela comissão internacional sobre educação, liderada pelo francês Jacques Delores,
1993 e 1995 produziu um documento importante sugerindo análises e mudanças na política
de educação de vários países da época atual. Criticou-se os avanços produzidos pela
globalização e pela interdependência no contexto universal, teve como conseqüência principal
uma forte tendência na exclusão social, com alto índices de desemprego, mesmo em países
desenvolvidos, proporcionando desconfiança, decepções as populações do planeta, que foram
segregada para ascensão social e vão se constituindo nas desigualdades sociais em várias
partes do planeta.
26
Este documento informa os principais conflitos a serem resolvidos: dentre eles são:
.” “tornar-se cidadão do mundo, mantendo a
ligação com a comunidade; mundializar a cultura,
preservando as culturas locais e as potencialidades
individuais; adaptar o indivíduo às demandas de
conhecimento
científico
e
tecnológicoespecialmente as tecnologias de informação-,
mantendo o respeito por sua autonomia;recusar as
soluções rápidas em favor das negociações e
consensos; conciliar a competição à cooperação e a
solidariedade; respeitar tradições e convicções
pessoais e garantir a a abertura ao universal.(
SHIROMA, MORAES E EVANGELISTA.
2007,p.55 )
Entendo que existe necessidades no âmbito global sinalizada por SHIROMA, MORAES E
EVANGELISTA. 2007, sobre as
grandes inquietações pertinentes neste documento para o século
XXI, são: 1- Fazer com que o acesso no campo da ciência e tecnologia seja possibilidade para
todos os países; 2- criar condições de ajustamento das várias culturas mundiais e motivar as
mentalidades à sociedade da informação para atualidade planetária; 3- viver de acordo com a
democracia, isto é em coletividade.
Segundo estes autores, pensando em minimizar os riscos abrangidos pelas
modificações constantes e rápidas do mundo atual proclamam, também que neste documento
um novo paradigma para o conceito de educação, “educação ao longo de toda a vida,
recomendando que se explore o potencial educativo dos meios de comunicação, da profissão,
da cultura e do lazer, redefinindo, dessa forma, os tempos e espaços destinados às
aprendizagens.”( Id.,2007, p.56 )
São identificados as reais intenções deste documento, em obter o apoio dos
professores quanto as mudanças no sistema educacional, acreditando nas novas descobertas,
reforçando que esta adesão resulta aos que conquistarem melhores êxitos com os alunos, em
decorrência um prêmio, afiançando os valores inovadores inculcados as culturas ocidentais,
formando trabalhadores ajustáveis para atenderem a nova economia defendidas pelas
organizações multilaterais.
Com base no estudo de.Shiroma, Moraes e Evangelista (2007). Pressuponho que a
instituição escolar a partir da nova estruturação do sistema poderia ter apresentado mudanças
significativas no âmbito administrativo por causa do novo desenho elaborado para educação
brasileira delineada com o parecer do comitê internacional, aquilatando o objetivo da
27
educação nacional em formar cidadãos produtivos, mas se confirma que a reforma “não
consegui penetrar nas esferas intermediarias do setor educativo nem tocou os profissionais ou
a população”. ( Ibid.,.p72, 2007).
Nas concepções de Candau, 1984, surgem pistas sobre o objeto de estudo desta
pesquisa, e concebi que a didática tem como elemento nuclear e multidimensional o processo
do ensino-aprendizagem, e estabelece rede de articulações humana, técnica e política,
conjugada com as relações humanas, consagrando a importância da relação interpessoal na
visão humanista. “As atitudes tais como: calor, empatia, consideração positiva incondicional.”
(CANDAU, 1984, p.13-14).
A autora acima menciona a alusão de que não existe divisor das águas das condições
sócios econômicas e das políticas, afins com o desenvolvimento individual, interpessoal e
intra-grupal. Também é constatado que o elemento afetivo é nutriente necessário no processo
de ensino aprendizagem. E refere-se a dimensão técnica com ação propositada, sistemática
que através de esboços busca organizar condições de aprendizagens melhores, destacando os
aspectos centrais do processo ensino- aprendizagem racional e objetivo: objetivos
instrucionais,seleção de conteúdo, estratégias de ensino,avaliação, etc.. (Id.,1984, p.13-14).
E também aponta a dimensão político-social no qual ocorre o processo de ensino
aprendizagem, que se fundamenta na cultura especifica com a qual se encontra inserida. Isto
implica então que o processo de ensino está subordinado na organização social a uma posição
de classe definida. Embora a dimensão política não faça parte das etapas do ensino
aprendizagem, ela é observada nas práticas pedagógicas incorporando a dimensão política
social. (Id.,1984, p.13-14).
Através de sua investigação em pesquisas nacionais e internacionais, Candau observou
que alunos que estão na classe econômica mais elevada apresenta resultados de desempenho
melhores independente da escola que estuda, portanto se percebe que o nível alto do aluno
não está subordinado a escola, isto delineia
uma dependência para os alunos “fracos”
pressuponho aqueles que alcançaram poucos avanços na construção do conhecimento, na qual
uma didática de qualidade representa a diferença em suas superações, pois, significa
possibilidades de aprendizagem e esperança para alunos procedentes da classe pobre.
(Ibid.
1984, p.54).
Outra observação fundamental citada por Candau foi que a “escola desenvolve uma
prática inteiramente distante do universo cultural da maioria da clientela escolar.” Isto é, o
28
que os alunos vivenciam em suas comunidades não corresponde às realidades aplicadas nas
instituições escolares. Os educadores não valorizam a realidade cultural e reais condições
vividas pelas crianças da classe pobre, portanto, a autora sugere que o professor busque
conhecimentos que forneçam contribuições para construir os conhecimentos de sua disciplina,
partindo das condições verdadeiras dos mundos vividos pelos alunos. (Ibid. 1984, p.55).
Considero importante ressaltar que não existe relação entre o nível de habilitação do
professor e o rendimento do aluno de acordo com pesquisas mencionadas por Candau, e outro
aspecto significante, não implica que o professor não precisa se aperfeiçoar, entretanto este
aperfeiçoamento deve ser produzido com qualidade. E sendo assim esta qualificação não deve
preparar o educador para aceitar naturalmente o baixo rendimento do aluno, e
conseqüentemente colaborar para o fracasso escolar. (Ibid. 1984, p.55).
29
III - MOTIVAÇÃO PROFISSIONAL NA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR.
Fundamentado em Hernandez (2008) escolhi apresentar experiências de administração
que buscaram como estratégias de aprendizagem do aluno projetos de trabalho:
compartilhando reflexões sobre o processo de tomada de decisões:
Partindo de um exemplo para escola infantil quando os alunos começam justificando
suas escolhas e opiniões sobre o alicerce de valorizações individuais e estendendo-se para
outra fase devido às novas falas surgidas a partir das informações cogitadas no projeto se
aprende a dar explicações dos fatos e conceitos. E sinalizando que são escolhidos projetos
sobre animais para os alunos que compreende a faixa etária da educação infantil, esta
preferência se justifica por fazer parte do mundo cultural, assistidos pelos alunos, e pela
presença dos animais em seu cotidiano.
Estuda as razões para se selecionar o tema do projeto, o interesse pela aprendizagem
que não é transparente, para criança de cinco anos, mas acontece por critérios subjetivos,
afetivos, de aproximação e de relação, na qual a professora nomeia um objetivo “Fazer os
alunos progredirem para a objetividade” (HERNANDEZ, 2008, p.95/96) envolve os alunos
com falas num clima de aprendizagem caminhando para alem da subjetividade iniciada pela
proposta. O projeto vai se constituindo a partir de exclusões, identificando o mais expressivo
e em seguida apresenta uma ordem de classificação listada segundo os interesses dos alunos, e
através do processo de votação realiza-se a escolha da preferência. (Id.,2008, p.95-96).
Após a escolha do tema parte-se para o dialogo pedagógico que delineia os interesses
dos alunos, como o tema escolhido fora “as panteras”: Através das conversas dos alunos são
destacadas as principais inquietações sobre as panteras: procura-se saber quais são da mesma
família, quais não são da família; que animais vivem no mesmo espaço; que forma tem;
inventar histórias; fazer máscaras de panteras. Mudam de título para “os felinos” ao aspirar
descobrir o que pertencia à mesma família, surge um fio condutor com objetividade
construindo uma conceitualização classificatória bem mais organizada que a anterior.
(Id.,2008, p.97-99), passam para concretização do projeto quando os alunos fazem uma lista
do que querem aprender, desde características físicas externas e internas, hábitos de
alimentação, sua reprodução, etc., a partir do pronome interrogativo como? Ex.. Como é o
corpo?Como é o corpo por dentro?Como comem?Como nascem, etc., em seguida foi
sugerido:Captar informações,uma visita ao zoológico e que os professores organizassem
30
trabalhos. Delineou-se uma nova estruturação com agrupamento de descobertas para se
estudar o tema a partir da lista construída, formando um índice para estudos.
Os alunos apresentam informações de casa ajudada por suas famílias, à continuidade
do projeto se da nos recolhimento das informações nomeada como “mais relevante”, pelo
professor e se materializa realizando as seguintes atividades: Constrói uma lista de
particularidades indicando o que se deseja conhecer. “Como “são os animais” Com a
modificação do tema apresenta-se de forma mais abrangente verifica-se novas indagações,
como” que animais podem ser felinos, em função de que tipo de características?”Os que
fazem com que os animais sejam da mesma família, que estejam em relação”?
A partir das respostas especificas elaborado com a participação dos alunos, o professor
psicopedagogicamente
apresenta
novas
formas
de
aprender
a
partir
das
reconceitualizações.(Ibid.,2008, p.101), oralmente e graficamente desfaz o modelo estático do
planejamento, trazendo uma nova dinâmica para aprendizagem da língua escrita, através dos
projetos. A turma visualiza através de um mural a construção do projeto tomando consciência
de sua aprendizagem, e em que ponto ele esta se processando. Com a apresentação do índice,
indicava o momento através das informações que iam sendo conceituadas no mural aberto,
indicando a construção da língua escrita, concebida psicolinguisticamente pelos alunos.
Com base nos atributos identificados nos felinos, o projeto alcança a definição
processados através da objetividade. “O lugar em que vivem (a savana ou a selva) e o tipo de
alimentação que utilizam (o que lhes fez reconhecer a distinção entre os carnívoros e
herbívoros) provocando uma aula com vocabulários mais complexos”. (Hernandez,
p.104,2008).
O trabalho de avaliação faz com que a professora alcance duas finalidades: recapitular
e apreender diferenças denominativas pontuado pelos diferentes valores de conceitos.
Partindo do que aprenderam os alunos faziam uma lista e em seguida listavam diferentes
animais. Este exercício pretende averiguar quais foram às mudanças processadas pelo aluno e
o que a nova informação contribuía para a compreensão daquela qualificação.. O resultado
final é percebido através da escrita ilustrada no mural, identificando como se procedeu aos
avanços da aprendizagem durante o desenvolvimento do projeto.(Ibid.,2008, p.104).
31
O autor nos garante que pode ser trabalhado projetos e atividades paralelas
constituídas no conteúdo do currículo e entendo que estas tarefas estimulam e são relevantes
para aprendizagem do aluno, ampliando a dinâmica da cultural e social para o
desenvolvimento escolar do aluno, ampliando o conhecimento da linguagem escrita e falada,
matemática e permitindo melhores controle nas correlações psicomotoras.
Percebe-se que as decisões não acontecem linearmente, mas através dos
relacionamentos entre as perspectivas de ação e pensamento dos professores. A organização
do projeto e sua concretização expressa também os reflexos de sua prática.E quando se quer
iniciar um projeto, parte do que já foi produzido e o que se pretende fazer no novo,
relembrando falhas localizadas nos projetos anteriores possibilitando buscar uma estrutura
diferente para que não se repita os tropeços.(Ibid.,2008, p.107)
32
3.1. - EXPERIÊNCIAS DE ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR - A QUALIDADE
APRENDIZAGEM DO ALUNO NAS SÉRIES INICIAIS.
DA
Lück (2002), cita experiência de uma escola cuja organização pedagógica e
administrativa se encontra num verdadeiro caos, tanto na ordem de relacionamento
interpessoal, organizacional, assim como, referente à razão nuclear da sua existência
institucional, isto é, o desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Não existindo motivação
para melhorar o entusiasmo do professor, então as conseqüências refletem nos resultados
obtidos na aprendizagem dos alunos, mostrando-se desinteressados e ofuscados em sua
capacidade de reflexão e criação. (LÜCK,2002,p.33).
Quando um novo diretor assume a direção na escola o comportamento inicial do
gestor é promover encontro entre professores e alunos para ouvir suas queixas. E através das
informações obtidas pela coletividade, descobrem-se as reais necessidades e prioridades dos
docentes e discentes, fontes importantes para delinear os futuros passos da missão gestora.
(Id., 2002, p.34)
Percebe-se que esta escola apresenta-se com dificuldades, tanto na ordem de
relacionamento interpessoal, organizacional, assim como, referente à razão nuclear da sua
existência institucional, isto é, o desenvolvimento da aprendizagem do aluno. Não existindo
motivação para melhorar o entusiasmo do professor, então as conseqüências refletiam nos
resultados obtidos na aprendizagem dos alunos, mostrando-se desinteressados e ofuscados em
sua capacidade de reflexão e criação.(Id., 2002, p.33)
Quando se assume uma direção na escola o comportamento Inicial do gestor é
promover encontro entre professores e alunos para ouvir suas queixas. Através das
informações apresentadas pela coletividade, descobrem-se as reais necessidades e prioridades
dos docentes e discentes, fontes importantes para delinear os futuros passos da missão
gestora.(Id., 2002, p.34)
Estudando a liderança motivadora analisadas pelos autores constatamos, que este líder
atende a todos e interage com as salas demonstrando confiança e perspectiva de mudança. As
experiências dos professores eram acolhidas, contribuindo para as novas reformulações do
currículo ou nos diagnósticos das dificuldades identificadas na escola. (LÜCK,..,p.34. 2002).
A credibilidade de uma liderança escolar na atualidade pode ser compartilhada com os
profissionais comprometidos com a organização e também com o ensino aprendizagem do
33
aluno, quando este líder decompor o poder e promover o comando dentro desta escola, de
maneira que a rede de relações pessoais compactue com a aptidão de ouvir as outras pessoas
envolvidas na instituição, participando do conjunto de ações para soluções dos problemas.
(Ibid., 2002, p.34)
Com base na afirmação Lück (2002),sobre a eficácia da gestão, podemos conceber que
quanto maior for o envolvimento nas ações dos sujeitos da organização escolar, mais
satisfatório serão seus frutos.Mais do que participar das ações educacionais é preciso
comprometimento revestido de encanto e satisfação, para que todos se sintam contagiados e
integrados pelo clima democrático, facilitado pelo gestor. ((Ibid., 2002, p.35)).
Lück (2002) elucida que para ter liderança é preciso amar e se dispor completamente
ao que se deseja realizar, mas, vários ingredientes são sugeridos pelos autores como
primordiais e fundamentais para o sucesso da liderança escolar: a visão abrangente, valores, e
a integridade, que contribuem positivamente fortalecendo o elo das relações coletivas, sendo
motivação para ações exigidas pelo contexto. (Ibid., 2002, p.35)
A liderança participativa, que delega ação e confiança, constitui a energia necessária
para contagiar os indivíduos do ambiente escolar, através das redes de comunicação reflexões
e ações, proporcionando transformações da realidade encontrada, para uma realidade
desejada, conquistada pela confiança e fortalecida pela liberdade de criar, resultando em
capacidades individuais cada vez melhores, formando a sinergia para o conjunto que
compreende o ambiente escolar, indispensável para a mudança. (Ibid., 2002, p.36)
A diferença entre as duas interlocuções respondidas vai nos dar pistas sobre o grau de
concepção dos diferentes indivíduos quanto ao valor que cada um se atribui quanto ao
processo daquela construção e quais são as suas expectativas e perspectivas sobre sua função
naquele empreendimento. Enquanto um, se sentia apenas como um quebrador de pedras, o
outro se sentiu construtor de uma obra de valor.Enquanto um era apenas mais um, o outro era
parte necessária e integrante daquela realização. (LÜCK,..,p.40. 2002).
Compactuo com as peculiaridades de um líder participativo delineado pelos autores,
enfatizando que a decisão não parte apenas do líder, neste caso, por causa do clima flexível
favorecido por este dinâmico condutor de idéias e ações, mas pela coletividade envolvida no
processo organizacional administrativo e pedagógico, ou seja, por meio da motivação e
participação dos pais, alunos, professores e todos os outros funcionários da instituição escolar
que através da participação nas ações reais necessárias nas reformulações do contexto atual,
34
compartilhando das transformações escolares, impregnada pelo clima de confiança,
promovida pela rede de comunicação gerida pelo espaço mobilizador fornecido pelo líder.
(Ibid., 2002, p.35)
Lück (2002), e os demais estudiosos estruturaram como competências da escola, a
formação de indivíduos que se constituía como grupo tendo perspectivas do amanhã
determinando a especificidade do grupo como líder orientador. Envolvendo os sujeitos das
equipes nas metas que se pretende conseguir, fazendo com que todos estejam entrosados e
interessados no propósito que é comum a todos, a construção de outra realidade escolar (Ibid.,
2002, p.44)
É preciso conhecer quais são as inquietações de todos os funcionários da organização
escolar, alunos e familiares. E através de observações e encontros, procurar ouvi-los, portanto,
com as informações adquiridas procurar e desenhar os caminhos para melhorar o que causa
insatisfação e desprezo daquela coletividade. (Ibid., 2002, p.41).
O diretor tem a possibilidade de corrigir as ações impróprias, e pode permitir
condições adequadas, acolhendo os objetivos e abrindo caminhos para melhora da
organização, abarcando o ambiente escolar através do sentimento de confiança, cuja emoção é
imprescindível para o resultado escolar obter o nível mais favorável e aguardado, que são os
avanços na qualidade do ensino. (Ibid., 2002, p.42).
Concebemos que esses estudiosos (defendem a importância da contribuição)
apresentada pela comunidade escolar, que possibilita traçar o perfil real da escola, indicando a
visão daquele momento, construindo as pistas dos aspectos críticos para que as providências
do líder administrativo e pedagógico se façam necessárias e conseqüentemente possam ser
executadas
durante
a
construção
e
execução
do
projeto
político
pedagógico.
Alunos, professores, e pais, refletem nas interlocuções sociais das tessituras,
sinalizando a realidade do processo do ensino aprendizagem daquela organização ao
compartilharem dos encontros preparados pela equipe pedagógica. Estas reuniões fornecem
informações que servem como referência que permite estabelecer uma previsão de mudanças
sobre os aspectos mais críticos da instituição escolar que se deseja alterar “(Ibid., 2002, p.42).
Entendo a afirmação, de Lück (2002), e considero como alicerce para que a formação
da equipe se processe através da desenvoltura que precisa ter para obter ótimos resultados. E
através da ajuda que os integrantes deste ambiente educacional necessitar serem exemplos de
entusiasmo. A eficácia da equipe, cuja tendência é o resultado de comportamentos, vai se
35
destacar como referência dos membros devendo interagir absorvido pelo clima
compreendendo este processo que se encontra agenciado pelo líder, construindo as fases que
antecedem ao desenvolvimento das equipes de sucesso (Ibid., 2002, p.45).
Este estudo nos aproxima de situações reais através das experiências perpassadas pelas
vivências contextualizadas, balizando que para cada situação existe um tipo específico de
liderança, e que nem sempre a mais apropriada seja a participativa, pois,os grupos e os
indivíduos requerem a liderança conforme suas necessidades individuais e coletivas. (Ibid.,
2002, p.50)
Esta variação de liderança existe de acordo com o grau de participação com no qual o
líder gera a organização escolar. . (Ibid., 2002, p.50)
Após o estudo sobre a concepção destes autores Lück (2002.), entendo que o sucesso
da escola é assegurado com o desenvolvimento de equipes responsáveis e que indique como
elemento principal de seus valores o ensino de qualidade, para isso acontecer às habilidades
pessoais devem acontecer com o aprimoramento ininterruptamente (Ibid., 2002, p.44)
Idealizo que esta pesquisa nos norteia para promover a participação e saber o
momento certo para decidir e agir, inspirando a credibilidade ao grupo; Deve-se estimular
constantemente a participação da comunidade escolar; As normas de trabalho devem ser
traçadas claramente para que se alcancem as mudanças que foram planejadas, sendo
fundamental que às pessoas se sintam reconhecidas ao compartilharem com as realizações e
concluírem as tarefas. (Ibid., 2002,p.37)
36
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como existem diferentes contextos de administração escolar, pressupõe-se que as
práticas administrativas configuram-se em tessituras de redes que promovem a aprendizagem
do aluno nas séries iniciais com qualidade por meio de percursos diferentes.
Enquanto a administração escolar atender as necessidades individuais dos
profissionais de educação e não perceber que a falta de entrosamento, coletividade em prol da
principal razão da existência da instituição escolar, o aluno, e sua aprendizagem, constatamos
que estes ambientes serão formadores de sujeitos incapazes de compreender seus direitos e
obrigações e, portanto, estão propensos a ter menos oportunidade na sociedade.
A administração escolar precisa conhecer o interesse dos profissionais que estão
inseridos neste ambiente para melhor conduzir na dinâmica administrativa, sendo assim,
buscar nessas pessoas maiores empenho em suas funções para que, a culpabilidade da
aprendizagem do aluno, não seja responsabilidade exclusiva do professor que está em sala de
aula. Destacando que o comportamento desta cadeia de indivíduos que abrangem esta
dinâmica promoverá alunos capazes de contribuir para sociedade ou pode ser espelhos
negativos.
O planejamento, e constantes reavaliações, pressupõem uma necessidade obvia para
resolver as questões que uma administração escolar com déficit de qualidade acarreta.
Instituições escolares envolvidas com projetos, diversas atividades internas escolares, e outros
compromissos da administração escolar, podem deixar invisível que determinados
profissionais que estão inseridos nas escolas estão despreparados, e acabam sendo uma
espécie desarticulação do processo da aprendizagem do aluno, pois, sua conduta reflete
semelhante uma rua de mão dupla, enquanto alguns educadores que fazem parte desta etapa
favorecem o processo da aprendizagem com amor, dedicação, paciência e entusiasmo, outros
apresentam descontroles, desconhecem a ética, a moral e valores que estimulam o
desenvolvimento do sujeito e compromete relações de crescimento e de comprometimento na
sociedade.
Não apenas o professor deve ter comprometimento exercido com amor, com vontade
de se constituir como elemento responsável, integrador e inovador de conhecimentos
multidisciplinares, transversais e interdisciplinares, mas precisamos ter aliados principalmente
na sensibilidade e no afeto para promover a humanização dos sujeitos participantes desta
37
cadeia de transformação, considerando suas diferenças cognitivas, sociais e econômicas na
realidade global. Mesmo que este papel principal seja do professor, entretanto os outros
indivíduos que formam o âmbito escolar compreendem a soma dos fatores positivos
constituintes das etapas de desenvolvimento psico-social do aluno.
“A organização da escola, indispensável para promover o
desenvolvimento e a aprendizagem dos alunos, implica um
compromisso dos membros da equipe escolar com a
clientela que freqüenta a escola. É preciso que todos
funcionem como uma orquestra: afinados em tordo de uma
partitura e regidos pela batuta de um maestro que aponta
como cada um entra para obter um resultado harmônico.
Esse maestro é o gestor. E a partitura, o projeto pedagógico
da escola, um arranjo sob medida para os alunos e que é
referência para todos.” (CLAUDIA DAVIS, ET AL, 2007).
Esta pesquisa embora inacabada extrai contribuições de Candau, Freire, Silva ,
Vasconcellos, Saviani, Bloom, Hernandez, Chiavenato, Lück, Chalita, Claudia Davis, et al,
que dialogam com diferentes concepções sobre a arte de ensinar e de administrar que
podemos entrelaçar entendendo a primeira autora quando ela cita “Ensinamos e somos ensinados,
numa interação continua, em todos os instantes de nossas vidas.Aqui, não é necessária nenhuma preparação,
nenhuma aprendizagem especifica para ser educador. Espontaneamente, aprendemos no nosso meio, com os
outros, com nossas próprias experiências, com nossas meditações pessoais.” (CANDAU, P. 24, 1983).
Com base no segundo autor percebo se na inconclusão é que nos tornamos
conscientes, porque estamos abertos a descobertas fundamentais a formação continuada do
docente, possibilitando ampliar o conhecimento sobre o mundo, na expectativa de esperanças,
inerente a natureza humana, intrínseco ao professor participativo se constituindo também
como sujeito do ensinar e aprender refletindo e analisando suas práticas permitindo a procura
contínua nas mudanças das situações refletidas pelas incertezas e dinâmica do
mundo.(FREIRE, P.58)
A compreensão da organização escolar abarcando a preocupação com a aprendizagem
dos alunos como principio e compromisso da equipe escolar, sustentada pelos
comportamentos éticos, e valores dirigido pelo gestor e compartilhado por todos os segmentos
da organização escolar. Propensos a conflitos e consensos, mediado pelo gestor como
38
principal regente, apropria-se das contribuições dos colaboradores da instituição escolar
proporcionados pela liderança delegada e regida pelo gestor aos integrantes desta orquestra,
cuja partitura, representada pelo projeto político pedagógico, constituído de arranjos que
compreendem como referencia o desenvolvimento do aluno.
Gestores comprometidos contribuem para a organização da escola estimulando os
membros da equipe a se envolver prontamente nos diálogos movidos a reflexões e ações,
tecem caminhos para as mudanças, delegando poder aos diversos colaboradores da equipe
escolar e juntos participando de decisões para soluções dos problemas administrativos e
pedagógicos harmoniosamente priorizam alcançar uma aprendizagem de qualidade dos
sujeitos principais para os alunos, a cerne da existência da administração escolar.(DAVIS,
Claudia,.op.cit,p.88)
39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
.A
supervisão
Construtiva,
Criadora,
Democrática
e
Integradora
http://cei.edunet.sp.gov.br/subpages/projetos/supervisores.htm Acesso, 13.10.2009.
ALVES, Nilda. Educação e Supervisão. O trabalho Coletivo na Escola. (coordenadora)- 11
ed. S. Paulo: Editora Cortez, 2006.
ANTUNES, Celso, 1937- A avaliação da aprendizagem escolar: fascículo 11/ Celso
Antunes. Petrópolis, RJ; Vozes, 2002.
BLOOM, Benjamin S.. Características Humanas e Aprendizagem Escolar. Tradução de
Maria Ângela Vinagre de Almeida. Editora Globo. Porto alegre. Rio de janeiro 1981.
BOAS, Vilas C. Maria Violeta. Educação: reflexões de uma prática. Ed. Urj, RJ, 1998.
CANDAU, Vera Maria. A didática em Questão. Editora vozes Petrópolis, 1984.
CHALITA, Gabriel Benedito Issaac. Os dez mandamentos da Ética. 2 ed.- RJ.Nova
Fronteira 2003.
CHALITA,Gabriel Benedito Issaac. Os dez mandamentos da ética. 2ª ed. - Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2003.Editora Martins Fontes. S. Paulo. Revisão e texto final: Mônica S. M.
da Silva. 1ª Ed. 1985.
FREINET, Celestim. Psicologia e Pedagogia. Pedagogia do Bom senso. Tradução J. Batista.
GADOTTI, Moacir. Educação e Compromisso 3ª Ed. Campinas. SP. Papirus, 1988.
HERNANDEZ, Fernando; VENTURA,Montserrat. A Organização do Currículo por Projetos
de Trabalho. O conhecimento é um Caleidoscópio. 5ª edição. Ed. Artmed. 2008.
LÜCK, Heloisa et al. A Escola Participativa. O trabalho do Gestor Escolar. 6ª Ed. Editora
DP&A. 2002.
40
MORIN, Edgar - Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 3a. ed. - São Paulo Cortez;Brasília,DF:UNESCO,2001www.conteudoescola.com.br/site/content/view/89/27/+Ed
gar+Morran&cd=7&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br Acesso, 13.10.2010
PEREIRA, Eslúcia P.C; ELI. Vanessa D..Alternativas Metodológicas da práxis da
supervisão. Do Supervisor Na Escola Reflexiva: Gestão- Formação- Ação. Linguagens.
Educação e Sociedade – n. 13. Jul/dez. 2005.
REVISTA EDUCAR PARA CRESCER.http://educarparacrescer.abril.com.br/gestaoescolar/entrevista-celso-vasconcellos-415759.shtml# Acesso, 13.10.2009
SAVIANI, Dermeval. A Supervisão Educacional Em Perspectiva Histórica: da função à
profissão pela mediação da idéia.
SHIROMA, Eneida Oto. Política educacional/ Eneida Oto Shiroma, Maria Célia Marcondes
de Moraes, Olinda Evangelista – Rio de Janeiro: Lamparina, 2007, 4 ed.
SILVA, Maria Abadia da. Do projeto político do Banco Mundial ao projeto político
pedagógico da escola pública brasileira. www.scielo.br/pdf/ccedes/v23n61/a03v2361.pdf.
Acesso10/06/2010
UNIVERSIDADE
DO
ESTADO
DE
SANTA
CATARINA
(UDESC)
GESTÃO
COMPARTILHADA DA EDUCAÇÃO: A EXPERIÊNCIA CATARINENSE. JARBAS
JOSE CARDOSO. 16.03.2010.
VASCONCELLOS, C. Planejamento. São Paulo. Libertad, 2003.
Download

avany de oliveira rodrigues moreira monografia estudo sobre a