Junta de Freguesia de Fátima ACTA N.º 123 Ao nono dia do mês de Abril do ano de dois mil e nove, pelas catorze horas, na sala de sessões da sua sede, reuniu a Junta de Freguesia de Fátima, em sessão ordinária, com a presença dos Senhores: Presidente – Natálio de Oliveira Reis; Secretário – José Manuel Dias Poças das Neves; Tesoureiro – António Jorge Neves Oliveira e Vogais – Humberto António Figueira da Silva e David Pereira Fialho. Abertura da sessão e aprovação da acta da reunião anterior O Presidente, Natálio de Oliveira Reis, declarou aberta a sessão e deu início aos trabalhos com a leitura da acta da reunião anterior, que foi aprovada por unanimidade e devidamente assinada. Deliberações tomadas e aprovadas por unanimidade 1. Relativamente ao parecer solicitado pela Câmara Municipal de Ourém, datado de 6 de Abril de 2009, referente à colocação de um reclamo luminoso na Avenida Beato Nuno, nº 406, em Fátima, pertencente à Firma Infospeed – Lda., a Junta, depois de se ter deslocado ao local, não vê inconveniente na colocação do referido reclamo. 2. Relativamente ao pedido de esclarecimento sobre a localidade em que tem inicio e fim a Rua da Subida, solicitado pela Câmara Municipal de Ourém, a Junta depois de se ter deslocado ao local, concluiu que a Rua da Subida, tem inicio, do lado da Estrada de Minde, em Lameira e o término é já na localidade da Eira da Pedra, entroncando a dita rua com a Rua da Cabine. 3. Tendo sido pedido o orçamento para quatro placas de sinalização vertical de informação de localidade – duas de Boleiros e duas de Valinho de Fátima –, a Junta decidiu adjudicar as duas placas toponímicas à empresa Viamarca – Pinturas de Vias Rodoviárias, S.A., pelo valor de 256 euros. 4. Tendo sido recebido um convite da Associação Montamora Sport Clube para estar presente num convívio a realizar no dia 25 de Abril, pelas 17 horas, junto da Fonte da Amoreira, a Junta far-se-á representar nesse evento. 5. Tendo recebido um pedido de cedência de uma sala para a psicóloga da Comissão de Protecção de Crianças e Menores, Dr.ª Tânia Pires, poder fazer algumas consultas, facilitando assim a mobilidade dos menores e dos seus progenitores, a Junta decidiu disponibilizar a sala, articulando a utilização deste 1 Junta de Freguesia de Fátima espaço com a Psicóloga do Agrupamento de Escolas de Ourém, que utiliza a sala todas as Quintas-Feiras, da parte da manhã. 6. Tendo sido recebida um pedido da Comissão das Festas de Santo António, em Fátima, para custear e montar um palco para festival, stands para associações e sistema de som, a Junta apreciou o pedido mas entende que o mesmo ultrapassa as competências desta autarquia, pelo que decidiu levar este assunto para discussão, à Assembleia de Freguesia. 7. A Junta recebeu um fax da Câmara Municipal informando que no final do ano de 2008 o Município decidiu, baseado na deliberação da Assembleia Municipal de 19/12/2008, formalizar uma proposta de geminação com as cidades de Loreto (Itália), Lourdes (França), Mariazell (Áustria) e Altotting (Alemanha), uma vez que existem relações de intercâmbio com estes municípios há alguns anos (no âmbito do grupo de trabalho “Shrines of Europe”). Mais solicitou que a Junta de Freguesia de Fátima se pronunciasse sobre o pedido de vir a fazer parte dos Juramentos de Geminação que se estão a preparar, prevendo-se que sejam assinados durante o II Congresso Ibero-Americano de Destinos Religiosos / V Congresso Internacional de Cidades Santuário, a realizar de 4 a 6 de Junho de 2009. A Junta analisou exaustivamente este pedido e depois de estudar as diferentes premissas, resolveu aceitar tanto as geminações como o pedido para fazer parte do processo dos Juramentos. É entendimento da Junta ser esta a forma correcta de abordar os processos de geminações, numa articulação constante entre os dois órgãos autárquicos, aferindo-se assim, com rigor e qualidade, as propostas apresentadas. É intenção desta Junta de Freguesia sempre que no futuro receba uma proposta de geminação, encaminhar também o processo à Câmara Municipal, para que a autarquia se pronuncie sobre esta temática. Mais resolveu dar conhecimento à Assembleia de Freguesia e Câmara Municipal de Ourém desta decisão. 8. A Junta deliberou abrir Concurso de Ajuste Directo para o arranjo dos acessos dos bombeiros ao aeródromo, com um preço base de 14.500€, bem como para aplicação de massas betuminosas em diversas ruas do lugar de Moita Redonda, com um preço base de 27.100€. A empresa a convidar será António Emílio Gomes e Filhos, Lda. 9. A Junta, no intuito de cumprir a Lei da Medicina de Trabalho, solicitou orçamentos para a organização dos serviços de higiene, segurança e medicina no trabalho às seguintes empresas: Segurmet, Lda, Iriamédica–Diagnóstico Médico, Lda. e Martins & Reis, Lda.. Após ter analisado as propostas, a Junta decidiu adjudicar este serviço à empresa Segurmet, Lda., com a condição da opção D – preço por consulta quarenta euros e cinquenta cêntimos (40,50€) e cem euros (100€) mais IVA, para a auditoria anual ao edifício da Junta e do Mercado. 2 Junta de Freguesia de Fátima 10. Travessa do Colégio de São Miguel Chegou ao conhecimento desta Junta de Freguesia através dos Srs. Gregório de Oliveira Rodrigues e Manuel das Neves, vizinhos desta Travessa que o Sr. Augusto Manuel Santos Gonçalves, proprietário de um terreno nesse local estaria para ocupar uma pequena parte de uma serventia que estava inutilizada desde que a dita travessa tinha sido alargada. O Sr. Augusto estava a iniciar a construção de uma moradia e segundo estes senhores, estaria a construir um pequeno muro para colocar o contador da água e da luz na serventia pública. Para ter melhor conhecimento do caso, propôs uma visita ao local que foi feita mais ou menos pelo dia 15/01/2009 e estavam presentes: eu, o vogal desta Junta de Freguesia, Humberto Silva, a fiscalização da Câmara Municipal; o Sr. Augusto; o Sr. Gregório; o Sr. Manuel das Neves; José Rodrigues e o construtor da obra. Foram discutidas as razões que assistiam a uns e a outros e chegou-se a um acordo para que o muro do terreno do Sr. Augusto fosse feito no local que ficou assinalado e que satisfazia a todos. Esse acordo foi selado com um aperto de mão entre mim e o Sr. Augusto abandonando de seguida o local. No dia seguinte recebo na Junta de Freguesia o Sr. Gregório e o Sr. Manuel das Neves que me transmitiram que o Sr. Augusto não cumpriu e não estava de acordo com o que se tinha falado no dia anterior. Telefono de imediato ao Sr. Mário, fiscal da Câmara para saber se ele tinha conhecimento de alguma coisa, ao que me confirmou o que os senhores Gregório e Manuel me tinham dito. Telefono ao Sr. Augusto que me diz que se sentia muito prejudicado por aquele acordo e que tinha dito que sim no dia anterior por se sentir muito pressionado. Comecei entretanto a perceber que este era um assunto que não tinha nascido aqui, por isso pedi aos serviços da Secretaria da Junta para fazerem uma pesquisa de todas as decisões e correspondência que houvesse sobre este caso. A D. Laurinda fez um requerimento a esta Junta em 20/08/1995 em que pedia e passo a citar “…. Viabilidade de alteração do actual traçado dum caminho público, na Cova da Iria, conforme planta em anexo, mais pede o favor de ter em conta um canto de terreno com silvas do lado esquerdo da estrada, propriedade da requerente.” Convenhamos que não é um requerimento muito claro pois não diz quem suporta as despesas com a alteração nem o que quer dizer, nem o que pretende com a chamada de atenção para o canto de terreno que ficava do lado esquerdo do caminho. Este requerimento teve uma resposta na acta nº 11 de 16/09/1995 que passo a citar: “Requerimento de Laurinda de Jesus Prazeres pedindo autorização para alterar o traçado dum caminho público, numa distância de cerca de cinquenta metros, na confluência deste com a Rua de São Miguel, de modo a permitir um alinhamento pelo muro do Senhor Gregório de Oliveira Rodrigues e a união numa só das duas parcelas de terreno que a requerente aí possuí. A Junta deliberou visitar o local após o que deliberou autorizar a alteração pretendida desde que a vedação da propriedade da requerente respeite a distância de onze metros ao muro do Senhor Gregório.”Conclui-se assim 3 Junta de Freguesia de Fátima que o muro do Sr. Gregório já estava construído e que ao permitir-se deslocar a Rua ou o traçado da mesma, a D. Laurinda ficava com o seu terreno numa só parcela tendo que cumprir com a exigência de que a vedação da sua propriedade respeitasse onze metros de distância até ao muro do Sr. Gregório. Parecia pois um assunto resolvido. No entanto numa carta enviada pela D. Laurinda em 21/09/1995, surge nesta mesma carta um pequeno equivoco e passo a citar: “Na sequência do vosso pedido somos a informar que nos deslocamos ao local e aí, em acordo com o Sr. Gregório ficou autorizada a alteração com a condição de a estrada ficar com 11 (onze) metros a contar do muro do Sr. Gregório e devidamente preparada à vossa responsabilidade até ao monte de areia que fica junto de um poste de telefone, fixado a norte da estrada alcatroada.” O Sr. Gregório, segundo essa carta estaria de acordo, mas a mesma fala da estrada ficar com onze metros enquanto a acta que a suporta fala em vedação. Em 20/08/1998, a D. Laurinda e o Sr. Gregório fazem um acordo, que inclusive envolve dinheiro, que no entanto é desfeito algum tempo depois. A acta nº 69, de 26/06/2000 no mandato já do Eng. Júlio Silva diz o seguinte: “Dando seguimento ao assunto referente ao acesso às Residências dos Senhores Joaquim Lopes e César Carreira, e após analisar o acordo datado de 21 de Setembro de 1995 (conforme cópia anexa), entre os confinantes e esta Junta de Freguesia, acordo este que não foi cumprido, uma vez que uma das partes não o respeitou, esta Junta de Freguesia decidiu por unanimidade, acordar com o Senhor Gregório, também uma das partes envolvidas, um novo acordo, visando resolver o assunto e que consistia no seguinte: “O Sr. Gregório, como contrapartida de deixar passar a serventia pelo seu terreno (tal como se deduz no acordo anterior), recebe a parte da serventia pública que confina com o terreno da D. Laurinda, tal como se indica na planta de localização em anexo.”Ora, o acordo de 21/09/1995 é o referido na carta com a mesma data enviada à D. Laurinda pelo então Presidente da Junta Dr. Vítor Frazão. Há aqui alguma dificuldade em perceber porque é que o acordo não foi respeitado já que o que se exigia à D. Laurinda era que a vedação da sua propriedade fosse feita com uma distância de 11 metros do muro do Sr. Gregório e essa vedação ainda hoje não está feita e por isso se estranha que se tivesse referido nesta acta que o acordo não tinha sido cumprido e dando um pedaço de serventia ao Sr. Gregório. Não percebemos muito bem a razão objectiva desta doação, tanto mais que não se podia dar o que já tinha sido cedido por uma Junta anterior. Em 11/09/2002, já no mandato do Prof. Graça, entra nesta Junta uma carta da D. Laurinda que passo a transcrever: “Venho por meio desta carta solicitar-lhe a análise de um problema que o Sr. Gregório me põem perante a estrada feita há pouco tempo entre o terreno dele e o meu, situado no Monte São Miguel, Fátima. Sendo eu proprietária de um terreno com a superfície de 3.620 m² comprado em Março de 1979, conforme a escritura deste. O Sr. Gregório construiu um muro sem respeitar as medidas que se devem utilizar num caminho existente para uma estrada futura. Hoje ele reclama terreno depois de ter feito o tal dito muro perdeu por lei aquilo que fica fora. Isso foi problema qual se tem cada vez mais agravado. Ele esquece que ao 4 Junta de Freguesia de Fátima fazer o seu muro não respeitou, aliás não deixou para a estrada os metros que devia na parte de cima no caminho. Fiquei eu penalizada. Eu proponho que o Sr. Presidente possa verificar o caso e deixar as coisas como estão. Sem que eu fique penalizada na parte debaixo na serventia para a estrada principal. Pois que lá em cima já perdi um bocado de terreno. O Sr. Gregório agrediu-me, tirando a placa como quero vender o terreno, vedando uma parte deste dizendo que lhe pertence tendo feito um acordo com a Junta de Freguesia onde uma parte de terreno nem lhe pertence. Agradeço que a justiça seja utilizada para qualquer cidadão, pobres ou ricos, conhecidos ou desconhecidos. Agradeço com muita sinceridade de analisar o meu caso, de me ter lido e de por fim a este litigio que me liga ao Senhor Gregório.” Esta carta mereceu o seguinte despacho que passo a citar: “Após recepção da presente carta procedemos à visita ao local na presença do Sr. Gregório. Foi-nos dito pelo mesmo que está disponível para ajudar a resolver o problema na presença da dita proprietária e dos membros da Junta que também colaboram para que o problema seja solucionado. Informar D. Laurinda” Em 17/09/2002 é enviado pelo Presidente da Junta de Freguesia a seguinte carta à D. Laurinda que passo a citar: “Na sequência da conversa entre a Senhora e o Presidente da Junta de Freguesia de Fátima e após a recepção da carta que teve a amabilidade de enviar, venho dar-lhe conhecimento das démarches havidas entre os membros da Junta e o Senhor Gregório que está na origem do diferendo com V. Exa.: No passado dia 13/09/2002 procedemos à visita ao referido local, onde fomos informados pelo Sr. Gregório que está disposto a ultrapassar o problema mediante a compra do terreno de V. Exa. por 40.000 contos, procedendo posteriormente à efectivação da serventia de acordo com a Junta de Freguesia. Em alternativa propõe a entrega por parte de V. Exa. de 1.000 contos para que fique na posse da D. Laurinda o espaço do anterior caminho, para então delinear definitivamente o caminho público.” A esta carta não gostaria de tecer comentários. Em 22/10/2002 a acta nº 18 refere o seguinte que também passo a citar: “Atendimento ao Público – Estavam presentes apenas o Senhor João Rodrigues dos Prazeres e sua filha Laurinda de Jesus Prazeres, do lugar da Maxieira, a quem o Senhor Presidente da Junta de Freguesia deu a palavra para exporem o seu assunto. Declaram tratar-se de uma divergência com o Sr. Gregório de Oliveira Rodrigues em relação ao resultado do alargamento e recuperação dum caminho que segue da Rua do Colégio São Miguel, no sentido norte / poente, em que ambas as partes reivindicam uma pequena parcela de terreno. A Junta de Freguesia prometeu colaborar na solução do problema, contactando o Sr. Gregório para tomar conhecimento da sua versão e depois procurar um entendimento.” Em 13 de Março de 2003 um parecer entregue ao Presidente da Junta, se não me engano, pelo Sr. Armindo Trindade Pereira, membro da Junta de Freguesia do Prof. Graça e que passo a citar: “Conforme combinado deslocámo-nos à Moita Redonda, onde nos aguardavam, o Sr. Gregório e a Sra. Laurinda Prazeres. Foi afirmado e confirmado por ambos que no mandato da anterior Junta, foi acordado entre as partes, que a estrada que actualmente existe foi por ali aberta e ele, Gregório e ela, Laurinda, 5 Junta de Freguesia de Fátima aceitaram negociar entre ambos, sem interferência de quem quer que seja, uma pequena faixa de terreno que possa existir entre o terreno da Laurinda e a estrada, negócio que chegou a concretizar-se, com entrega de algum dinheiro de sinal da Laurinda ao Gregório, porém algum tempo depois, o negócio foi desfeito com acordo dos intervenientes, sendo devolvido o dinheiro à Laurinda, entregue livremente pelo Gregório. A partir daí, teve inicio um período de incompreensão entre aqueles, que não mais chegaram a acordo. Hoje, o Sr. Gregório reclama-se proprietário da parcela de terreno em litígio, facto com o qual discordamos. O Sr. Gregório armou uma discussão com a Laurinda, em termos menos correctos, dai que tivéssemos retirado, já que a nossa presença ali não era mais necessária. Argumentos do Sr. Gregório: Vai remover as terras da parcela de terreno em causa, abrindo por ali a estrada, sobre cujo propósito foi lhe dito que não deveria ali mexer sob pena de poder vir a ser responsabilizado pelo acto. Só tem pena não possuir documentos do acordo celebrado no tempo com a Laurinda e também a Junta de Freguesia, mas que esse documento nunca será possível porque a Junta deixou roubar os elementos do computador. Foi-lhe respondido que esta Junta nunca teve acesso a tais elementos e até à presente data não consta que os serviços tivessem sido assaltados, desde o início do actual mandato. Conclusão: Por agora, cremos que a intervenção da Junta no caso em apreço deveria situar-se no seguinte: 1 – Medição por topógrafo credenciado, dos prédios Laurinda e do Gregório. 2 – Pagamento à Junta do terreno que eventualmente possuem e do qual não apresentem título de propriedade”. Este parecer mereceu do Presidente da Junta o seguinte despacho que passo a citar: “Com fundamento no presente relatório vamos agir de acordo com a defesa dos interesses da Junta de Freguesia e em colaboração com os interesses dos intervenientes moradores na Rua.” No entanto o assunto ficou como estava e chegamos a 2009 sem o mesmo resolvido. Os Srs. Gregório e Manuel das Neves perguntam-me insistentemente como está este assunto, ao qual eu respondo que estamos a trabalhar nele e agora todos perceberão que não é fácil de resolver. Telefono ao Sr. César que vive nesta Travessa para ver se ele se lembra ou me pode ajudar a fazer luz sobre este caso ao que me responde que não lhe vem à memória nada que possa interessar para a resolução do problema. Vou ao local com o Sr. Rafael Frazão, um dos proprietários e homem conhecedor do local para que ele me dê a sua opinião. Diz-me no local que quem deu grande parte do terreno para a serventia foi a D. Laurinda e sua família chegando mesmo na época a contestar um portão que tinha sido aberto para a travessa por um morador. O Sr. António Carreira, antigo Presidente de Junta e homem conhecedor também da zona foi comigo ao local e corroborou da versão do Sr. Rafael Frazão. Para me ajudar a perceber melhor todo este imbróglio, ao ter conhecimento que a D. Laurinda, que vive em França, vinha uns dias a Portugal telefonei-lhe para saber da sua disponibilidade para ter uma reunião comigo e expliquei-lhe o assunto. Primeiro esteve renitente, 6 Junta de Freguesia de Fátima referindo que o terreno não era já dela e que já lhe tinha causado tanto sofrimento que não lhe apetecia falar do assunto principalmente com o Sr. Gregório. Eu disse-lhe que falaríamos só nós e a Senhora aceitou. Disse-me da sua versão pensando que, segundo ela, ao ter dado tanto terreno para a estrada que aquele pedaço de serventia ficaria para si, voltando a dizer-me que o Sr. Gregório tinha feito o seu muro sem respeitar as distâncias. No dia 15/02/2009, o Dr. José Manuel Pinheiro Lopes telefonou-me a perguntar se a Junta tinha conhecimento ou dado autorização ao Sr. Augusto para fazer a vedação a fim de construir a obra ocupando por isso a serventia que está em causa ao que eu respondi que não. Passados alguns minutos volta a telefonar a dizer que se encontrava no local com o Sr. Gregório e que iriam proceder ao fecho da serventia pública, não a que estava em causa mas a que está aberta. Eu respondi que ia a caminho do local e assim acontecia depois de ter telefonado ao vogal Humberto que me acompanhava e à fiscalização da Câmara à qual pedi para se deslocar também ao local o que veio a acontecer. Chegados lá manifestei perante todos os presentes o meu descontentamento para com o Sr. Augusto por ele não esperar que este assunto se resolvesse, pois era vontade desta Junta colocar um ponto final no assunto encontrando por isso uma solução. O Sr. Augusto compreendeu e retirou a vedação que vedava a serventia colocando-a no local acordado por mim e com o consentimento dos presentes. Fiquei no entanto surpreendido com a ameaça por parte do Dr. José Manuel, que penso que representaria o Sr. Gregório de proceder ao fecho da serventia, não parece a esta Junta que haja por parte quer seja do Sr. Gregório ou dos confinantes da mesma qualquer direito que lhe assiste e lhe permita proceder a qualquer tipo de impedimento ou fecho da mesma. A Rua foi aberta há bastantes anos e com a construção do muro o terreno que fica fora do mesmo passa a ser de domínio público, não lhe dando o direito de o ocupar ou obstruir. No entanto esta Junta pediu ao topógrafo Alberto Caveiro que nos fizesse um mapa, com a situação como era antes de tudo começar. É no entendimento desta Junta de que todo este processo padece de um erro desde o seu começo. As Juntas não podem dar ou vender serventias sem elas serem objecto de desafectação pública e a mesma só pode ser feita com autorização da Assembleia de Freguesia. Por isso peço à Assembleia que se pronuncie sobre a proposta da Junta para a resolução deste caso e que vai transcrita no ponto seguinte: A Junta por unanimidade aprova o acordo realizado no dia 19/03/2009, no local entre o Presidente da Junta de Freguesia de Fátima; o Sr. Augusto Gonçalves e a esposa, o Sr. Gregório Oliveira e mais alguns vizinhos presentes e que permite ao Sr. Augusto construir o muro de vedação a um metro mais recuado que o muro do seu vizinho a Norte. A travessa está neste mesmo dia a ser preparada para ser asfaltada e este acordo permite que fique com 5,60m de largura de betuminoso e ainda passeios de 2 metros do lado do terreno do Sr. Augusto, ficando assim este assunto resolvido. Gostaria de agradecer a todas as pessoas 7 Junta de Freguesia de Fátima que se disponibilizaram com as suas declarações, ajudando a perceber melhor todo este simples mas ao mesmo tempo complicado e longo processo. Percebese pois que o bom senso é fundamental para a resolução do mesmo e foi isso que aconteceu. Foi decidido pela Junta levar este assunto à próxima Assembleia de Freguesia. Encerramento Tratados que foram estes assuntos, o Senhor Secretário da Junta declarou encerrados os trabalhos da reunião, da qual vai ser redigida e informatizada a presente acta, que depois de lida e aprovada será assinada por todos os Membros da Junta de Freguesia presentes. Junta de Freguesia, 9 de Abril de 2009 8