Orientações para estudantes de ensino secundário Inscrições individuais Distribuição dos participantes pelos grupos políticos Os participantes vão ser divididos pelos vários grupos parlamentares e irão debater os três temas na sessão plenária após uma reunião dentro do seu grupo. No Parlamento Europeu, diferentes grupos políticos têm diferentes pesos em termos de número de deputados. Da mesma maneira, na Simulação os estudantes vão ser divididos segundo a proporção existente no Parlamento Europeu. Esta divisão será feita da seguinte maneira: na ficha de inscrição, há uma parte para o estudante escolher a sua preferência de grupo político. Nós tentaremos pôr o estudante na sua primeira preferência mas não o podemos garantir visto termos de respeitar a proporção existente no Parlamento Europeu. Apenas os três maiores partidos serão simulados por questões de logística e de número de estudantes participantes. Os três partidos são: a) Partido Popular Europeu – Democratas Europeus O PPE é o maior partido do Parlamento Europeu e é geralmente considerado de centro-direita e direita. O PSD e o CDS/PP portugueses fazem parte deste grupo parlamentar. b) Partido dos Socialistas Europeus O PSE é o segundo maior partido do Parlamento e é geralmente considerado de centro-esquerda e esquerda. O PS português faz parte deste grupo parlamentar. c) Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa A ALDE é a terceira maior força política no Parlamento e é composto por liberais e é geralmente considerado de centro. Não há nenhum partido político em Portugal que faça parte deste grupo. Para todos os partidos, para mais informações sobre o que defendem, é aconselhado ler as orientações ideológicas para cada um deles (disponíveis no site do IEP). Três temas vão ser discutidos: as relações entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, a política energética europeia e a directiva de serviços no mercado interno. Pede-se a todos que leiam um pouco sobre os três temas, especialmente sobre o terceiro. Devido ao facto da directiva relativa aos serviços no mercado interno ser pouco conhecida, deve ler-se um pouco mais sobre ela de modo a que o debate seja interessante e estimulante para todos os participantes. Todos os participantes devem ter em mente que isto é uma simulação, com tudo o que isso implica. Os pontos de vista que deverão defender não serão os seus, mas sim os dos grupos que representam. É uma oportunidade de compreenderem como pessoas de diferentes mentalidades pensam e assim tornar mais fácil a cooperação e compromisso. A palavra-chave é pois “aprender”. Preparação das propostas Os estudantes irão debater na Simulação com base nas propostas que os estudantes da Universidade Católica Portuguesa já terão aprovado (e estarão disponíveis online a partir do dia 18 de Março). Poderão apresentar propostas de alteração às resoluções em todas as alíneas que considerarem pertinentes até dia 27 de Março (sexta-feira) pelas 18 horas. O processo legislativo do Parlamento Europeu será replicado de maneira simplificada no plenário, não havendo as várias leituras de cada projecto de legislação mas apenas uma. No entanto, haverá para os três grupos parlamentares uma reunião na parte da manhã. Estas reuniões servirão para debate das propostas de alteração que foram apresentadas (todos os participantes conhecê-las-ão ao mesmo tempo e nesse mesmo dia) e para coordenação do grupo. Os estudantes do Institudo de Estudos Políticos que estão envolvidos no projecto desde o início irão também participar e cada grupo político será supervisionado por um coordenador ideológico que para além de manter a ordem e organizar a reunião, ajudará os estudantes no caso de haver alguma confusão no que toca à adequação de alguma proposta à ideologia do seu grupo político. Os participantes terão disponíveis online linhas de orientação ideológicas para além de vários documentos do Parlamento e da Comissão. Também como material de apoio, os relatórios das propostas aprovadas pela Simulação feita pelos estudantes do IEP-UCP serão disponibilizadas online. Não haverá lugar às dinâmicas e relações existentes entre o Parlamento Europeu, o Conselho de Ministros e a Comissão. Apesar de tais relações serem de particular importância para o resultado final do processo legislativo europeu, o nível de preparação necessário para além do tempo que seria preciso para serem bem simuladas, impedem essa possibilidade. Da mesma maneira, não se irá simular as nacionalidades dos deputados. Apesar dos deputados nacionais terem muitas vezes motivações que são estranhas aos seus grupos parlamentares (fazendo aparecer alianças entre deputados da esquerda com deputados da direita, por exemplo, cuja única ligação é a defesa de um interesse nacional), seria bastante complicado simular deputados de todos os países europeus. Com 27 países actualmente Membros da União Europeia, a imensa variação de pontos de vista e defesas de interesses nacionais, em conjunto com as diferenças ideológicas, poderiam causar demasiadas querelas se os participantes não tivessem aptidões bem desenvolvidas de negociação, compromisso e cooperação. Logisticamente, seria também bastante complicado organizar todos os participantes não só em grupos parlamentares mas também em delegações nacionais, e organizar reuniões de concertação de posições, tudo em apenas um dia. No entanto, nenhum dos três grupos parlamentares que vão ser simulados é ideologicamente homogéneo, ou seja, há uma variação de ideias dentro de cada um dos grupos. Sendo assim, há espaço para divergências internas, dentro dos limites das orientações ideológicas. O foco dos debates será nas ideias principais subjacentes aos temas respectivos, não havendo incidência sobre a linguagem jurídica comum a documentos oficiais do Parlamento Europeu. O que se espera da simulação é o adquirir por parte dos participantes principalmente de competências de negociação, compromisso e cooperação, para além de poder ajudar a desenvolver capacidades de debate e oratória. Logo, o domínio de linguagem jurídica não é nem essencial nem necessária para o bom andamento dos trabalhos.