PROJETO ESTRUTURAL Marcio A. Ramalho ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND Concepção Estrutural e Ações ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 2 Conceitos Básicos e Definições Concepção Estrutural “Determinar paredes estruturais ou não-estruturais para resistir a ações verticais e horizontais” Fatores condicionantes • Utilização da estrutura • Simetria • Etc Sistema Estrutural “Conjunto de elementos estruturais definidos durante a concepção da estrutura” ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 3 Principais Sistemas Estruturais Paredes Transversais Utilizações principais • Hotéis, hospitais, escolas, etc • Edificações de planta alongada em geral ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 4 Paredes Celulares Utilizações principais • Edifícios residenciais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 5 Sistema Complexo Utilizações principais • Edifícios de plantas mais complexas ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 6 Cargas Verticais Cargas “Ações produzidas pela força de gravidade” Cargas a serem consideradas dependem de: • Tipo da edificação • Utilização da edificação ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 7 Para edifícios residenciais • Reações das lajes dos pavimentos • Peso próprio das paredes ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 8 Cargas provenientes das lajes • Permanentes • Variáveis Cargas permanentes • Peso próprio • Contrapiso • Revestimento • Paredes não-portantes Cargas variáveis • Sobrecarga de utilização ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 9 NBR 6120 Cargas para Cálculo de Estruturas de Edificações Peso específico para materiais Material Granito ou mármore Tijolos cerâmicos furados Tijolos cerâmicos maciços Argamassa cimento e areia Concreto simples Concreto armado Asfalto Vidro plano Peso Específico kN/m3 28 13 18 21 24 25 13 26 Valores mínimos de sobrecarga de utlização Carga kN/m2 Ed. Residenciais: dormitórios, sala, cozinha e banheiro 1,5 Ed. Residenciais: despensa, área de serviço e lavanderia 2 Forros sem acesso a pessoas 0,5 Garagem para veículos de passageiros 3 Escadas sem acesso ao público 2 Varandas 2 Local ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 10 Reações de lajes armadas em uma direção • 0,5 L entre dois apoios do mesmo tipo • 0,38 L do lado apoiado e 0,62 L do lado engastado • 1,0 L do lado engastado, se a outra borda for livre Reações de lajes armadas em duas direções • 45 entre dois apoios do mesmo tipo. • 60 a partir do lado engastado se o outro for apoiado • 90 a partir de qualquer apoio se a borda vizinha for livre. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 11 Peso próprio das Paredes p= •l•h onde p : peso da alvenaria por unidade de comprimento : Peso específico da parede l : largura da parede h : altura da parede Pesos específicos de algumas alvenarias Tipo de alvenaria Blocos vazados de concreto Blocos vazados de concreto preenchidos com graute Blocos cerâmicos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND Peso específico kN/m3 14 24 12 PAE / 12 Ações Horizontais Para Edifícios Residenciais • Ação dos Ventos • Desaprumo • Sismos Ação dos Ventos ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 13 Velocidade Característica vk = S1 S2 S3 v0 onde vk : velocidade característica do vento v0 : velocidade básica (figura 1 da NBR 6123) S1 : fator topográfico (item 5.2 da NBR 6123) S2 : fator de rugosidade e regime (tabela 2 da NBR 6123) S3 : fator estatístico (tabela 3 da NBR 6123) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 14 Fator Topográfico S1 3 6 17 45 : S1 = 1,0 : S1(z) = 1 + ( 2,5 - z / d ) tg ( - 3 ) : S1 (z) = 1 + ( 2,5 - z / d ) 0,31 onde z : altura do ponto a partir da superfície do terreno ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 15 Fator de Rugosidade e Regime S2 Categoria do Terreno I : superfícies lisas de grandes dimensões (mais de 5 km na direção e sentido do vento incidente) II : terreno aberto, em nível, poucos obstáculos isolados (árvores ou pequenas construções) III : terrenos planos com obstáculos como muros, edificações baixas e esparsas IV : terreno com obstáculos numerosos em zonas florestal,industrial e urbanizada V : terreno com obstáculos numerosos e altos, como centro de grandes cidades Classe da Edificação A : edificações com maior dimensão menor que 20 m B : edificações com maior dimensão entre 20 e 50 m C : edificações com maior dimensão maior que 50 m ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 16 Coeficiente S 2 (NBR 6123) Z (m) 5 10 15 20 30 40 50 60 I Classe A B C II Classe A B C Categoria III Classe A B C IV Classe A B C V Classe A B C 1,06 1,04 1,01 0,94 0,92 0,89 0,88 0,86 0,82 0,79 0,76 0,73 0,74 0,72 0,67 1,10 1,09 1,06 1,00 0,98 0,95 0,94 0,92 0,88 0,86 0,83 0,80 0,74 0,72 0,67 1,13 1,12 1,09 1,04 1,02 0,99 0,98 0,96 0,93 0,90 0,88 0,84 0,79 0,76 0,72 1,15 1,14 1,12 1,06 1,04 1,02 1,01 0,99 0,96 0,93 0,91 0,88 0,82 0,80 0,76 1,17 1,17 1,15 1,10 1,08 1,06 1,05 1,03 1,00 0,98 0,96 0,93 0,87 0,85 0,82 1,20 1,19 1,17 1,13 1,11 1,09 1,08 1,06 1,04 1,01 0,99 0,96 0,91 0,89 0,86 1,21 1,21 1,19 1,15 1,13 1,12 1,10 1,09 1,06 1,04 1,02 0,99 0,94 0,93 0,89 1,22 1,22 1,21 1,16 1,15 1,14 1,12 1,11 1,09 1,07 1,04 1,02 0,97 0,95 0,92 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 17 Fator Estatístico – Coeficiente S3 (NBR 6123) Grupo Descrição 1 Edificações cuja ruína pode prejudicar o socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva ( hospitais, quartéis de bombeiros, centrais de comunicação, etc ). 2 Edificações para hotéis, residências, comércio e indústria com alto fator de ocupação. 3 Edificações industriais com baixo fator de ocupação ( depósitos, silos, construções rurais, etc ). 4 Elementos de vedação ( telhas, vidros, painéis de vedação, etc). 5 Edificações temporárias e estruturas dos grupos 1 a 3 durante a construção. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND S3 1,10 1,00 0,95 0,88 0,83 PAE / 18 Pressão de obstrução q = 0,613 vk2 onde q : pressão de obstrução em N/m2 vk : velocidade característica em m/s Força de arrasto F v = Ca q As onde Fv : força do vento (ao nível de cada pavimento) Ca : coeficiente de arrasto q : pressão de obstrução As : área da superfície na qual o vento atua ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 19 Coeficiente de arrasto - vento não turbulento ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 20 Coeficiente de arrasto - vento alta turbulência ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 21 Condições para consideração de vento turbulento O regime do vento para uma edificação pode ser considerado de alta turbulência quando sua altura não não excede a duas vezes a altura média das edificações da vizinhança estendendo-se estas, na direção do vento incidente a uma distância mínima de : • 500 m para edificação até 40 m de altura • 1000 m para edificação até 55 m de altura • 2000 m para edificação até 70 m de altura • 3000 m para edificação até 80 m de altura ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 22 Desaprumo (DIN 1053) 1 ϕ= 100 H onde : ângulo de desaprumo (em radianos) H : altura da edificação Exemplos de valores H = 10 m H = 20 m H = 30 m H = 40 m ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND = 1/316 = 1/447 = 1/548 = 1/632 PAE / 23 Força horizontal equivalente Fd = P onde Fd : força horizontal por pavimento P : peso total de um pavimento : ângulo de desaprumo ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND PAE / 24 This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. 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