JNC
Ano 31
Cambé, 22 de novembro de 2013
Edição 1187
Jornal Nossa Cidade
www.jornalnossacidade.com.br
PUXÃO DE ORELHAS
Cartoon de menina de nove anos cobra postura
dos homens públicos e consciência do povo
Ana Paula Gomes da
Silva, aluna da Escola
Municipal Professora
Izaura Ferreira Neves,
ao lado da professora de arte Ana Cláudia
Marques Montini: trabalho vencedor em concurso estadual
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ESPORTE
Desfalcado,
handebol fica
em quarto na
primeira divisão
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Controle biológico
tem bom resultado
O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em Cambé inicia a
soltura do Tricograma pretiosum
– vespinha que parasita ovos de
mariposas de lagartas que atacam o soja. O controle biológico
será realizado nas cinco áreas
onde é feito o Manejo Integra-
do de Pragas no município, com
total de 100 hectares. Na manhã de quinta-feira, 21, técnicos e agricultores participantes
do Programa Plante seu Futuro
divulgaram o resultado obtido
nas áreas monitoradas, onde não
houve aplicação de agrotóxico
para controle de pragas, contra
até três aplicações feitas por vizinhos. A ação ocorre na Microbacia do Cafezal, que abastece
Londrina e Cambé. O trabalho
de monitoramente constatou que
lagartas pequenas encontradas
nas lavouras desapareceram sem
o uso de agrotóxico, pois estavam parasitadas (doentes).
Da colonização
aos dias de hoje
Moreno roubou a noiva dos
pais dela, veio para Cambé e serviu de referência da Companhia
de Terras Norte do Paraná aos
compradores de áreas na região;
Américo derrubou as árvores
do lote que adquiriu, vendeu a
madeira, pagou a dívida e ainda
lucrou um conto no negócio;
Moacir e Irene relatam as lutas
da comunidade para preservar a
história da região do Saltinho,
Lorena e Caramuru
Páginas 8 e 9
RESULTADOS
Crianças atendidas com
reforço escolar e atividades
de contraturno no Centro
Social Bom Bosco, mantido
pela Paróquia Nossa Senhora
Auxiliadora, de Londrina, no
Jardim Campos Verdes, em
Cambé, participaram de missa
e mostraram trabalhos feitos
sob a orientação de professoras
voluntárias.
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Cambé, 22 de novembro 2013
O AMOR RESISTE
Veneno dessas
madrugadas
Reler Gabriel Garcia Marquez dá sensação de devorar o
novo cada vez que uma obra é
retirada da estante. Duas, três,
quatro ou cinco vezes, não importa. E nem é preciso escolha:
fecha-se os olhos e está nas
mãos “A hora má: o veneno da
madrugada”. A obra foi escrita
e lançada em 1961, muitos anos
antes de Garcia Marquez ganhar
reconhecimento mundial, após
ser escolhido Nobel de Literatura com “Cem anos de solidão”.
Os pasquins tiram
o sono
Em “O veneno da madrugada”, título com o qual o livro foi colocado no Brasil, um
povoado de um lugar perdido
da América do Sul amanhece,
rotineiramente, com pasquins
colados nas portas anunciando escândalos. Começa com
o Padre Angel se preparando
para a missa quando ouve-se
um tiro. É que um comercian-
te de gado, ao ser informado
por um desses pasquins da infidelidade da mulher, acaba de
matar o suposto amante. Anônimos, os pasquins tornam
públicos fatos que todos do
povoado já sabem ou desconfiam, de traições amorosas a
políticas, segredos de família,
crimes não resolvidos, filhos
bastardos e romances escusos.
A mera coincidência
Desde que os pasquins
passaram a ser colados durante as madrugadas há quem não
consiga bom sono. Um leitor
pergunta à Redação do JNC
por que os jornaleiros não
deixam exemplares em determinado lugar. Os jornaleiros
garantem que deixam um bocado de exemplares. O leitor
insiste que nunca encontra.
E passa alguém, com sorriso
irônico: “Eu vejo os jornaleiros deixarem os exemplares.
Mas em seguida vem alguém
lá de dentro e pega todos os
jornais. Um monte! Não sei
pra que guardar tanto jornal.
Acho que é para esconder as
notícias”. A dica de leitura é
esta: “O veneno da madrugada”, de Gabriel Garcia Marquez. Deve ter na biblioteca.
Vale ler.
A saudade apertou no coração de alguém. E foi tamanha que este alguém foi pego pela decisão de colocar para
fora, bem do seu jeito, o que a tal da saudade faz ao coração. Num pedaço de papel branco, colado com fita adesiva
larga na lápide de um túmulo do Cemitério Municipal Pe.
Symphoriano Kopf, em Cambé, o saudosista escreveu, tudo
em maiúsculo: “VEINHA, EU TE AMO PRA SEMPRE”.
A foto três por quatro colorida colada rente a uma das
margens do papel mostra a senhora, idosa. Se ela não sorri
no instante registrado também não se mostra decepcionada. Aliás, parece transmitir que está feliz, atrás de uma
serenidade misturada com a surpresa do flash da câmera
fotográfica, por ter alguém que se lembre dela com tanto
sentimento de amor. E há muito mais motivo para felicidade. Perto da foto um coração desenhado e separado ao
meio com um traço artístico, feito ziguezague: “Você”, está
escrito num lado; “Eu”, está escrito no outro. E depois, no
pé do coração, em letras miúdas que só de perto é possível
ler, o autor escreveu: “Sinto tanto a sua falta!” O cartaz foi
visto até dias após o Finados, na quinta fileira de túmulos
a partir do portão do cemitério, para quem entra no local
pela Rua São Salvador. Após a entrada, à esquerda, no
primeiro túmulo da fileira. Parte das letras em maiúsculo
receberam retoques. São traços diagonais preenchendo
as palavras que dão sentido a um amor que faz falta. Arte
que se faz numa sala de recreação infantil, o que leva à
imaginação: seria uma criança o autor do cartaz? Sim,
uma criança que quis agradar o avô? Pode ser isso. Ou
o próprio avô se pôs criança criativa para homenagear
sua amada? Não faz diferença se for um caso ou outro. O
que faz diferença é o amor que alguém, de um jeito bem
próprio, manifestou na lápide de um túmulo.
[email protected]
O INFRATOR E O CRIMINOSO.
Prezados (as) Leitores (as).
O tema “MAIORIDADE PENAL” é bastante polêmico entre Legisladores, Juristas, Doutrinadores,
Sociólogos, Cientistas Políticos e
Brasileiros em geral.
Maioridade Penal significa o
marco temporal inicial que permite a
responsabilização criminal pela justiça, ou seja, no popular, define a idade
mínima a partir da qual o Poder Judiciário pode julgar e condenar à prisão
um cidadão pelo cometimento de um
crime.
No Brasil, o menor de 18 anos
é considerado inimputável, ou seja,
aquele indivíduo que comete um crime e não tem 18 anos completos, não
pode responder penalmente pelo delito praticado, pois, conforme nossos
legisladores, o seu desenvolvimento
mental esta incompleto, assim sendo,
o menor de 18 anos, de acordo com
nossa legislação, não tem faculdade
mental necessária para avaliar ou entender o ato que praticou.
A idade mínima de 18 anos foi
disposta pelo Código Penal em 1940,
que traz no artigo 27 o seguinte texto:
“Os menores de 18(dezoito) anos são
penalmente inimputáveis...”.
Posteriormente a Constituição
Federal de 1988 trouxe em seu artigo
228 a seguinte determinação: “São
penalmente inimputáveis os menores
de dezoito anos...”.
Desta forma o adolescente menor de 18 anos no Brasil não comete
crime e sim “Ato Infracional”, sendo
as normas regidas pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente, onde as
penas são denominadas “Medidas
Sócio-Educativas”, tendo como punição maior o internamento do adolescente, onde a privação da liberdade
não pode ser superior a três anos.
Vale lembrar que somente em “crimes” graves é que o adolescente é submetido ao internamento, desta forma,
não há que se falar em “prender” um
adolescente que furtou duas salsichas
no mercado e sim, o adolescente que
matou o pai de família ou que ateou
fogo em uma criança por puro sadismo.
Por óbvio que uma sociedade que
prende adolescentes precisa ser reavaliada, no sentindo de compreender os
motivos e as circunstancias que estão
produzindo os assassinos mirins.
No entanto, fechar os olhos para a
realidade é negligenciar a verdade e não
querer enxergar que os menores de 18
anos podem ser criminosos cruéis.
Assim sendo, a segregação social
dos infratores desumanos funciona não
só como uma punição exemplar, mas
também, como proteção da própria sociedade.
Existe uma distorção, muitas vezes
suscitada pelos “direitos dos manos”,
que confunde a opinião pública, induzindo ao equivocado pensamento de
que a redução da maioridade penal vai
possibilitar a prisão de jovens inocentes.
Na realidade, caso a redução for
aprovada pelo Senado, só devem perder
a liberdade os adolescentes que cometerem crimes bárbaros.
Muitos filósofos de sofá misturam
a discussão.
Uma coisa é discutirmos se o menor que estupra e mata merece ir para a
cadeia. Outro debate é discutir porque
nesta sociedade existem adolescentes
estupradores e assassinos.
Nesta coluna não ficamos “sobre
o muro”, ou seja, não dar opinião para
não degradar os que pensam de forma
contrária.
O que desejamos é provocar o debate e não agradar geral.
Portanto, firmamos nosso posicionamento favorável à aprovação
da redução da maioridade penal para
crimes específicos.
Entendemos como inadmissível
que um adolescente de quase 18 anos
de idade torture, estupre e mate uma
mãe de família e depois fique solto,
porque a lei determina que este monstro “NÃO SABE O QUE FAZ”.
A proposta de Emenda Constitucional já esta na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e pode ser
votada ainda este ano.
Tal projeto prevê a redução da
maioridade penal para 16 anos, mas
apenas em crimes específicos (mais
graves).
Assim, o adolescente que furtar
uma marmita não ficará preso, mas
aquele “marginalzinho” que entrar armado na residência das famílias inocentes e causar um trauma irreversível, poderá ficar preso como qualquer
criminoso adulto.
Não entendemos a redução como
uma medida que ira resolver os problemas do aumento da participação
de jovens no crime, mas certamente
é um bom passo na luta contra a IMPUNIDADE.
Afinal, faz diferença se seu pai
foi morto por um assaltante maior ou
menor de 18 anos?
CONRADO SCHELLER
Gostaria de saber sua opinião a
respeito deste tema.
Envie mensagem para o e-mail
[email protected]
Rua do Congresso, n.º32, Parque Residencial, CEP 86191090- Cambé PR.
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TALENTO E CONSCIÊNCIA
Ana Paula, nove anos, é uma menina cabeça
Aluna da Escola Municipal Izaura Ferreira Neves puxa as orelhas dos politiqueiros
e condena as politicagens em cartoon vencedor de concurso
A professora Ana Cláudia e a aluna
Ana Paula: arte consciente
O cartoon de Ana Paula, vencendor estadual do Televisando o Futuro: bandido acha
que arma é o meio de ganhar dinheiro, mas politiqueiro diz que depende dos eleitores
para enriquecer; convencido, bandido diz que pretende se candidatar e a autora faz a
chamada de consciência
A idade é pouca, nove anos. Mas
a visão da realidade onde Ana Paula
Gomes da Silva vive é surpreendente.
O talento, a criatividade e sobretudo a
consciência da menina, que estuda o
quarto ano na Escola Municipal Professora Izaura Ferreira Neves, no Conjunto Pioneiros, em Cambé, só foram
descobertos quando ela participou do
concurso Televisando o Futuro, promovido pela RPCTV e Instituto GRPCOM.
Ana Paula venceu a etapa municipal, foi a primeira colocada da etapa
regional e carimbou a marca da vitória
na fase estadual, na categoria cartoon,
concorrendo com escolares de sete regiões do Estado. Em 2013, o tema do
concurso promovido pelo grupo de
comunicação foi “Cidadania: Direitos
e Deveres”. No ano passado, a Escola
Municipal Professora Izaura Ferreira
Neves, que tem como diretora Edilene
Aparecida Dalto da Costa, teve duas
alunas premiadas no mesmo concurso.
Ana Paula mora perto da escola
onde estuda e é de uma família simples e batalhadora. O pai, José Gomes
da Silva, é pedreiro. A mãe, Lindinalva Gomes da Silva, trabalha como
faxineira. Ana Paula tem um irmão,
Matheus, que está com 18 anos. Ela é
uma menina como qualquer outra de
sua idade. Tem telefone celular e troca
mensagens com as amigas. Brinca na
rua de vez em quando. “Não sei jogar
Diário de Percurso da professora registra os projetos desenvolvidos em sala de aula
vôlei mas brinco com a turma”, revela.
Acompanha as notícias pela televisão e confessa que não é por gosto:
“Minha mãe assiste e enquanto não
terminar o jornal na televisão ninguém
pode mudar de canal”. Tem uma coleção de bonecas, mas não brinca disso.
Animal de estimação Ana Paula teve
um, mas o cachorro acabou fugindo.
O cartoon que deu o prêmio a Ana
Paula começa com um quadro de violência e desse ponto entra na política.
Mexe com a corrupção e, com certeza,
resvala na pele de muitos homens que
se dizem públicos e pensam que representam a população. É, na verdade,
um puxão de orelha nos politiqueiros
e nas politicagens que estes homens
praticam.
Uma das responsáveis pela revela-
ção de Ana Paula é a professora Ana
Cláudia Marques Montini, especialista
em arte. No ano passado a professora
foi premiada no concurso na categoria
de projetos. Este ano Ana Cláudia não
se inscreveu com projeto, mas a conquista da aluna na etapa final garantiu a ela uma lembrança: a professora
recebeu dos promotores um aparelho
celular completo.
Segundo a professora, a aluna Ana
Paula foi a única da escola a tratar de
um tema político em seu cartoon. A
especialista é formada em arte visual
pela Universidade Estadual de Londrina, mas desde os 12 anos está envolvida com arte. Ela foi aluna do tio, Anésio Montini, em projeto desenvolvido
no Centro Cultural de Cambé. No ano
retrasado, a professora teve um aluno
de cinco anos de idade classificado em
outra escola de Cambé no Televisando
o Futuro.
Ana Cláudia nasceu no meio rural,
onde teve a oportunidade de participar
de brincadeiras de rua, como o passa
anel, o balança caixão e as rodas de ciranda. É irmã de Natália e Andressa e
esposa de Carlos Vinicius Montini dos
Santos. Os pais são a Fátima e o Ademilson. E a avó, Helena, Ana Cláudia
chama carinhosamente de Vózinha.
PAIZINHO É O BOM EXEMPLO
O Prêmio Bom Exemplo, também promovido pela RPCTV e Instituto GRPCOM, também veio para Cambé. O vencedor na categoria Cidadania foi Hugo
Gonçalves, o Paizinho. “Durante 60 anos, ele cuidou de um orfanato, que mais
tarde se transformou em Centro de Educação Infantil. Em 6 de outubro, Hugo
completou 100 anos de idade. Infelizmente, poucos dias depois, o Paizinho veio
a falecer. Embora não tenha tido a felicidade de receber o prêmio pela sua trajetória de vida dedicada ao amor ao próximo, Hugo continuará vivo no coração das
gerações que seus projetos ajudaram”, dizem os promotores do concurso.
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Cambé, 22 de novembro de 2013
IGREJA E COMUNIDADE
Paróquia mostra trabalhos de
crianças do Campos Verdes
Projeto desenvolvido por pastoral e voluntários atende alunos com reforço escolar, arte, corte e costura e manicure
Após a celebração da missa, crianças, irmãs salesianas e
voluntárias foram homenageadas pelo trabalho realizado
no Campos Verdes
Crianças atendidas com reforço escolar e outras atividades
de contraturno no Centro Social
Dom Bosco, do Jardim Campos
Verdes, mostraram no dia 10 de
novembro os trabalhos produzidos por elas em uma exposição na
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, de Londrina. Acompanhadas pelas irmãs salesianas Marina,
Mary e Leena, e as professoras
voluntárias que atuam no bairro,
as crianças participaram da missa
celebrada de manhã.
A Paróquia Nossa Senhora
Auxiliadora desenvolve trabalho
missionário e social no Campos
Verdes praticamente desde o surgimento do bairro, na divisa entre
Londrina e Cambé, próximo ao
Jardim Turquino.
As ações foram intensificadas a partir de 2007, através das
pastorais da Partilha e do Dízimo.
Dentre elas, constam visitas periódicas de duplas missionárias às
famílias cadastradas, entrega de
cestas básicas e de outros suprimentos de necessidade urgente,
Produção das crianças no Centro Social Dom Bosco, do
Jardim Campos Verdes, foi mostrada na Paróquia Nossa
Senhora Auxiliadora
além de campanhas e mutirões
especiais de visita e assistência à
população na Páscoa e no Natal.
A paróquia de Londrina tem como
pároco o padre Romão Martini
Martins.
De acordo com as informações da Paróquia Nossa Senhora
Auxiliadora, entre 2000 e 2012 o
trabalho missionário e social resultou na construção de 48 casas
às famílias que residiam em moradias precárias, com o dízimo
arrecadado. Desse total, metade
está localizada no Campos Verdes.
Em novembro de 2011, os voluntários iniciaram a construção
de uma ampla residência para que
uma comunidade religiosa tivesse
onde morar. A conclusão foi em
abril de 2012, quando chegaram
ao bairro as irmãs de São Francisco de Sales. Elas ajudam na
organização pastoral e dão suporte espiritual à população, além de
assessorarem as ações da Pastoral
da Partilha na comunidade.
O Centro Social Dom Bosco é
outra importante obra dos voluntários da Paróquia Nossa Senhora
Auxiliadora no Campos Verdes.
Em terreno cedido pela administração municipal de Cambé, a estrutura foi inaugurada em outubro
do ano passado e entrou em pleno
funcionamento a partir do início
deste ano.
Josefa Aparecida Dias, de
Londrina, é uma das professoras
voluntárias, junto com outra londrinense, a professora aposentada
Maria Santana, que lecionou na
Escola Gabriel Martins, em Londrina. A voluntária Roselena Giatti Rodrigues, também aposentada,
é outra que lecionou no Gabriel
Martins em Londrina.
Com elas estão no projeto do
Centro Social Dom Bosco, como
voluntárias, a professora de corte e costura Gerci Simonini, as
professoras de arte Velma Matos,
Vilma Montana, Graziela Gadotti
e Tuti Nunes, todas de Londrina.
A professora Matilde, outra londrinense, coordena a oficina de pé
e mão.
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SAÚDE PÚBLICA
As dores de cabeça diárias são crônicas
Walter Ogama
Haverá sempre culpados em
ambos os lados. E no remelexo,
caso alguém se disponha a levantar dados para um diagnóstico, é capaz de surgir uma vítima. Ou mais. Se há vítimas há
culpados ou causas. Se há culpados ou causas deve existir, no
mínimo, uma falha no sistema.
Uma consulta com plano de
saúde nem sempre é agendada
da noite para o dia. Depende
muito da especialidade. Há casos de longa espera, por meses.
E quando o debilitado chega
ao consultório descobre que o
atendimento marcado para às
nove da manhã é apenas uma
referência, pois outros dez pacientes estão agendados para o
mesmo horário. Assim, quem
chegou na frente será o primeiro. E não ri melhor quem veio
depois.
Reportagem do jornalismo
da televisão costuma mostrar
situações de Londrina nos hospitais e nas unidades intermediárias de atendimento, como as
UPAs: fulana chegou com dor
de cabeça e está esperando pelo
atedimento há quatro horas.
O problema é que fulana não
passou por uma unidade básica.
Ela foi direto à intermediária
ou acima disso, no pronto socorro do hospital. É igual aquela parente que logo ao atender
o telefone vai dizendo: “Quase
morri ontem. Deu uma coceira na perna e uma dor bem na
batata esquerda. Sai mancando
para o hospital. E na semana
passada me atacou uma desinteria não sei do que...”
Falta de diálogo resulta em
falta de informação. E a soma
disso é a ignorância sobre a realidade. Truculência se devolve
com truculência, pois hoje em
dia ninguém está disposto a dar
a outra face. Equipe da Folha
de Londrina esteve em Cambé
para produzir reportagem sobre os primeiros dias de uma
médica cubana no serviço público de saúde.
Ela veio para a cidade pelo
Mais Médicos, programa do
governo federal lançado em
meados deste ano. A fase turbulenta causada pela entrada
de profissionais estrangeiros
na medicina brasileira já está
rente, no chão. E a intenção
da reportagem era de ser positivista: como a médica cubana
está dialogando com o paciente
cambeense?
Mas eis que surge, no meio
do levantamento, um médico
brasileiro. Ele diz à equipe de
jornalismo que profissionais
que trabalham por contrato com
a saúde pública de Cambé estão sendo dispensados com a
chegada dos estrangeiros. O
médico brasileiro diz que espera pela realização de concurso
público para se efetivar. Mas o
concurso, já anunciado, não é
realizado.
A versão oficial, publicada
pelo jornal, é de que o concurso virá. E nega-se a dispensa de
brasileiros com a chegada dos
estrangeiros. No dia seguinte
à publicação da reportagem, a
Folha cobra, em seu editorial
na página 2: “Demissão de médicos deve ser explicada”.
Paralelamente, o jornalismo
de uma emissora de televisão
vem para a cidade. Acompanha
a situação de alguns pacientes
na UPA 24 Horas e descobre que
uma delas, atendida, precisou ir
até a Unidade 24 Horas da Região do Castelo Branco para rea-
lizar um exame, pois o aparelho
da UPA, no Jardim Ana Rosa,
estava com problema.
A versão oficial foi de que
o aparelho seria consertado. Na
Câmara Municipal, um vereador apresentou requerimento
solicitando o conserto imediato da máquina. Lá fora, pouco
informada, a senhora da dor
de cabeça voltou a insistir por
prioridade no atendimento intermediário. Ela, realmente,
precisa de um amparo, pois se
vê que o problema é crônico.
E chega na seqüência alguém com pressão alterada.
Respira com dificuldade e se
vê, está sofrendo muito. Precisa
ser atendido com urgência, mas
no meio do bolo acaba ficando
para trás e corre o risco de uma
complicação séria.
Cartas na mesa. O sistema
público, em boa parte das situações, é tão falho quanto alguns
planos de saúde. Simples como
a explicação dada por um balconista do setor de pães de um
supermercado: “Pão não engorda. Quem engorda é a pessoa
que come o pão”.
Há preocupação por todo o
Brasil sobre o risco de algumas
prefeituras dispensarem médicos contratados com a vinda
dos estrangeiros, que são pagos
pelo Governo Federal. Aliás, o
Mais Médico, pelo que se supunha, seria para atender aquelas
localidades onde os profissionais brasileiros não querem ir.
E nem sempre a recusa é por
dinheiro. Às vezes os profissionais tem planos de especialização que são inviabilizados em
algumas localidades distantes.
A saúde é motivo de queixas. Já houve queixas cujas
causas foram transferidas pelos gestores aos profissionais
da área. E viceversa. Cuba foi
famosa tempos atrás pela medicina comunitária praticada pelos seus profissionais. Ninguém
é contra os cubanos. Mas eles
que se cuidem. Há de surgir alguém que usará da boa intenção
deles para extrair dividendos.
“Demissão de médicos deve
ser explicada”, diz o título do
editorial. Tão simples, através
da prática, comprovar que houve um mal entendido de uma
ou ambas as partes. É o que se
espera. E no que deu a crise da
Santa Casa? Faz-se um silêncio
por ora.
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MUNICÍPIOS
Lei amplia a Região Metropolitana de Londrina
Sanção assinada pelo governador Beto Richa incorpora oito municípios aos 17 que já faziam parte
e reúne na RML população de cerca de 900 mil habitantes
A Região Metropolitana de
Londrina (RML) conta agora
com 25 municípios. No último
dia 14, o governador Beto Richa
sancionou a Lei Complementar
164/2013, que acrescentou aos
17 municípios que faziam parte
da RML as cidades de Centenário
do Sul, Uraí, Guaraci, Prado Ferreira, Miraselva, Lupionópolis,
Rancho Alegre e Sertaneja, que
juntas somam uma população de
cerca de 56 mil habitantes.
A assinatura à sanção da Lei
Complementar foi feita no aeroporto de Cornélio Procópio, com
a presença do prefeito de Londrina, Alexandre Kireeff, e prefeitos
dos oito municípios integrados.
Na ocasião, Beto Richa disse
que “a inclusão à Região Metropolitana de Londrina garantirá a
esses municípios mais oportunidades de acesso às políticas públicas e também permitir que se
desenvolvam de forma mais homogênea”.
O governador acrescentou
que o crescimento desses mu-
nicípios e a disponibilidade de
políticas públicas que contemplem suas populações evitará a
ocorrência de sobrecarga sobre
os grandes centros urbanos. Para
os prefeitos dos municípios incorporados, um dos benefícios
diretos com a medida é o direito
a mais verbas em projetos junto
ao Estado e à União.
Eles destacaram também
mais facilidade para a integração
do transporte metropolitano, com
tarifas padronizadas, além da
participação em planejamentos
conjuntos para desenvolvimento da economia, expansão da
infraestrutura e fortalecimento da
associação dos municípios.
A Região Metropolitana de
Londrina foi instituída em 1988
e até a sanção da Lei Complementar reunia os municípios de
Londrina, Pitangueiras, Ibiporã,
Cambé, Bela Vista do Paraíso,
Primeiro de Maio, Rolândia, Sabáudia, Sertanópolis, Tamarana,
Porecatu, Assaí, Jataizinho, Alvorada do Sul, Jaguapitã, Flo-
Governador Beto Richa sancionou a Lei Complementar que amplia a Região Metropolitana de Londrina durante
solenidade no aeroporto de Cornélio Procópio
restópolis e Arapongas, com um
total de aproximadamente 800
mil habitantes. A proposta de
ampliação da RML foi apresentada pelos deputados estaduais
Alexandre Curi e Tercílio Turini
e foi aprovada por unanimidade
pela Assembléia Legislativa.
Tirar do papel e colocar em prática
Presente à solenidade de
sanção à Lei Complementar que
ampliou a Região Metropolitana de Londrina, o prefeito de
Centenário do Sul e presidente
da Associação dos Municípios
do Médio Paranapanema (Amepar), Luiz Micaio, disse que os
pequenos municípios, próximo
dos grandes centros urbanos,
tem problemas parecidos. “A
inclusão na Grande Londrina
permite o acesso a programas e
políticas públicas importantes,
além de ampliar as discussões
dos problemas comuns”, acrescentou.
A luta pelo fortalecimento
dos municípios, na região de
Londrina, ganhou força a partir
de inicío dos anos de 1980, com
o surgimento e o fortalecimento
das entidades microrregionais,
como a Amepar. Dentre os ex-prefeitos de Cambé que se destacaram nacionalmente como
líderes municipalistas destacaram-se Luiz Carlos Hauly e José
do Carmo Garcia.
A gestão de ambos coincidiu
com o período da história política do Brasil em que as grandes
marchas de prefeitos a Brasília,
na luta pela divisão mais justa
dos recursos federais aos municípios, levou multidões de gestores públicos de todo o País à
Esplanada dos Ministérios, ao
Congresso Nacional e ao Palácio Alvorada e do Planalto.
Após o fortalecimento das
entidades microrregionais, a
busca de soluções conjuntas
para alguns problemas resultou
na formação, pelos prefeitos,
dos consórcio intermunicipais.
Em Londrina, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paranapanema (Cismepar),
por ser de área fundamental, é
o que mais reflete a importância
da soma de forças na busca de
equacionamento das questões
regionais.
“Agora, com a ampliação da
Região Metropolitana de Londrina de 17 para 25 municípios,
os prefeitos, os vereadores, os
deputados estaduais e federais,
os senadores e as demais forças
políticas devem assumir que
essa medida significa um recado muito
claro: a região metropolitana
existe como facilitador dos gestores e dos legisladores na busca
de soluções conjuntas para a região, visando o desenvolvimento e o crescimento econômico,
e principalmente um meio para
assegurar à população condições adequadas de convivência
social”, afirma o ex-presidente
da Amepar e ex-prefeito de
Cambé, José do Carmo Garcia.
Ele, que já presidiu entidade municipalista nacional,
acrescenta que de nada adianta
constituir uma região metropolitana e se planejar isolada-
mente. “Como bem disse o governador Beto Richa, se houver
planejamento conjunto haverá,
com certeza, desenvolvimento homogêneo. E isso significa
população plenamente atendida
em suas necessidades, com escolas, ensino profissionalizante,
saúde, meio ambiente, destinação do lixo e demais áreas que,
sem boas práticas, tornam-se
problemáticas”, disse. “Enfim
o homem público, na democracia que nos é garantida pela
Constituição de 1988, deve agir
como pleno representante do
cidadão que paga impostos não
só nas questões emergenciais,
mas também na construção de
uma sociedade que seja justa e
confortável para a população”,
acrescentou.
Dentre as necessidades prementes da população, o líder
municipalista relaciona a expansão das atividades econômicas a partir de um planejamento
regional que proporcione ao investidor logística de transporte
de matéria prima e de produto
final; ensino profissionalizante
que oferte mão-de-obra suficientemente preparada; projetos adequados de habitação
incluindo as ferramentas básicas necessárias, como escolas,
creches, unidades de saúde.
“Tudo isso, somado, resulta em
qualidade de vida para a população”.
Paraná amplia prazo para os
devedores do ICMS e ITCMS
O governo do Paraná vai
conceder parcelamento especial às empresas devedoras
de Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços
(ICMS) e do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doações
de quaisquer Bens ou Direitos
(ITCMD). O projeto que amplia o prazo de pagamento para
os créditos em atraso foi aprovado em duas votações pela
Assembleia Legislativa nesta
quarta-feira (20) e segue para
sanção do governador.
Os débitos de ICMS poderão ser pagos em até 84 vezes.
Atualmente, o prazo máximo
de parcelamento é de 60 meses.
Já o ITCMD, que é um Imposto Estadual devido por toda
pessoa física ou jurídica que
recebe bens ou direitos como
herança, em virtude da morte
do antigo proprietário ou como
doação, poderá ser quitado em
até 36 parcelas. Hoje, o prazo é
de 20 vezes.
Jornal Nossa Cidade
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Cambé, 22 de novembro de 2013
Ninguém pisou naquelas terras antes de Moreno
Braz Garcia Peres, a esposa Carolina Luiza Regioli e os filhos Paulino, Maria, Adolfo e Antônio chegaram em 1931 na região
do Caramuru, Saltinho e Lorena; o vizinho mais próximo morava a oito quilômetros
Walter Ogama
Roberto Garcia diz de boca cheia
que seu pai, Braz Garcia Perez, foi o
primeiro colonizador a pisar nas terras das bandas do Saltinho, do Caramuru e da Lorena. Com todo direito.
Roberto, hoje com 67 anos, mora em
chácara em Arapongas, com a esposa
Itamar. É filho caçula do colonizador
pioneiro, que veio de São Paulo em
1931, com a esposa Carolina Luiza
Regioli e os filhos Paulino, Maria,
Adolfo e Antônio. Já nas terras a serem desbravadas Braz e Carolina tiveram mais sete filhos: Henrique, Aparecido, Olimpio, Conceição, Teresa,
Izaura e Roberto.
Braz Garcia era conhecido pelo
apelido de Moreno. Tinha gente que
achava que Moreno era sobrenome,
mas Roberto diz que o apelido veio
da pele escurecida do pai. A história
desse pioneiro, segundo o filho, dá
um livro. Ainda em São Paulo, Braz
se apaixonou por Carolina. Ele, de
família mais humilde, não ganhou a
simpatia dos pais da moça.
Braz, então, roubou a noiva dos
pais dela. E ambos foram em busca
de um futuro até que apareceu na vida
deles o representante da Companhia
de Terras Norte do Paraná em São
Paulo, na região de Itápolis, o corretor
Raimundo Durante. O representante
queria alguém corajoso, trabalhador e
ousado, que fosse às terras do Norte
do Paraná para colonizar seu pedaço
de chão e assumisse o papel de referência para os compradores de lotes.
No acerto, o corretor deu a Braz
Roberto e a esposa Itamar, Hélio e a esposa Antônia:
encontro de velhos conhecidos
prazo de dez anos para pagar por dez
alqueires de terras. A vinda para o
Norte do Paraná foi de trem até Jataizinho. Quando Braz, a esposa e os
quatro filhos passaram por Londrina
viram cerca de 15 casas de pau a pique, cobertos de palmito. Nada mais.
Já nos dez alqueires o vizinho mais
próximo ficava a oito quilômetros.
“Era um baiano, peão, que chegou
na região em 1928”, lembra Roberto. Chamava-se Clemente Soares e
tomava conta da Fazenda Bule, em
Arapongas.
Antes de vencer o prazo de dez
anos Braz quitou suas terras e conseguiu a escritura. Outro grande feito de
Braz, segundo o filho, foi acolher o
sogro, que em São Paulo havia des-
tratado ele e a esposa por causa da
fuga de ambos para o casamento. Em
1937, após perder praticamente tudo
o que tinha por causa da crise da Bolsa de Valores de Nova York em 1929,
o pai de Carolina, que era um próspero cafeicultor, foi recebido pelo genro
e, com o passar dos anos, conseguir
recuperar parte dos prejuízos.
O caçula Roberto cresceu na região e lembra da sorveteria que funcionava com motor, da venda do Zé
de Almeida, do campo de bocha, do
cineminha cuja bilheteria ficava na
atual garagem da propriedade que
pertence hoje à família Mologni, no
Caramuru.
Havia também na região máquina de arroz, casa de secos e molha-
Américo lucrou um conto
com venda da madeira
Velhos amigos se encontram!
Roberto Garcia está na casa de Hélio
Mancon, 83 anos, casado com dona
Antônia, 79. Hélio e a esposa moram na região central de Cambé faz
pouco tempo. Os filhos e netos decidiram trazer o casal para mais perto
por causa da idade. Porque se ficasse
na propriedade rural, Hélio, acostumado a correr atrás de serviço o dia
todo, não sossegaria.
Na conversa com Roberto, os
dois rodam cenas e histórias. Paulino, irmão mais velho de Roberto,
apitava jogo de futebol e tocava em
bailes. Hélio se lembra dos bons jogadores e diz que ele não era perna
de pau. Hélio é da região de Ribeirão
Bonito e a esposa veio de Araraquara. Se conheceram aqui, quando ele
tinha 14 anos de idade.
Américo, o pai de Hélio, também
derrubou muitas árvores para tornar
a área de terras que adquiriu produtiva. Eram 20 alqueires, com muita
madeira, que custavam na época 11
contos. Américo, segundo o filho,
pagou muito antes do prazo porque
vendeu a madeira por 12 contos e
ainda guardou no bolso o lucro de
um conto.
Da conversa participa um dos netos de Hélio e Antônia. Ruan Manconi Milani é formado em direito pela
Universidade Estadual de Londrina e
faz pós-graduação em
direito e processo penal. A diferença no sobrenome é por culpa dos
registros de nascimento das épocas
em que os membros da família nasceram.
Ruan é filho de pioneiros por parte da mãe e do pai. Além do vô Hélio
e do bisavô Américo, ele faz referência ao vô Luiz, patriarca da família
Milani: “O campo de futebol era no
sítio dele”, lembra.
Ruan Manconi Milani, neto dos
pioneiros Américo e Luiz
O campo de futebol do Caramuru inspira muitas lembranças nos pioneiros
Braz Garcia Peres, o primeiro a
chegar – Foto Acervo da Família
Carolina, esposa de Braz Garcia
Peres – Foto Acervo da Família
dos e o vestiário para os jogadores de
bola. A trava do campo de futebol de
agora era parte das lavouras de café
da família Takaki. “Uma ruazinha
passava bem onde hoje é a trave”,
lembra Roberto. Em dias de jogos,
cerca de mil pessoas cercavam o
campinho.
A professora da escolinha isolada
era a Clara Gabriel. “Havia um torão
de peroba e na hora do recreio a gente ia brincar de esconde e salva”. A
ruazinha de onde está a trava agora,
segundo Roberto, com o tempo foi
fechada e só era aberta para passar a
procissão da igreja.
Lazio, Monte Alto,
Saltinho e Caramuru
Moacir Mologni, 66 anos, casado
com Hilda Amadeo, nasceu no Saltinho. Com três filhos e cinco netos,
a família mora atualmente na região
central de Cambé. Moacir é filho de
Paulo Mologni e Elisa Lazarini Mologni. De acordo com a publicação
“Brava gente italiana”, do Museu
Histórico de Cambé, a família Mologni veio da Província de Lazio, na Itália, e chegou ao Brasil em 1904, onde
se estabeleceu em Monte Alto, Estado
de São Paulo. As informações publicadas são assinadas por Inês Mologni
e dizem que em 1932 a família adquiriu terras em Cambé, na região do
Saltinho e Caramuru.
Moacir e o irmão Ismael (falecido) começaram a estudar quando a família morava ainda no Saltinho. Depois passaram pela escola da Lorena,
onde Ismael, por falta de condições de
prosseguir os estudos, fez a quarta série por duas vezes. Só quando tinha 19
anos de idade Moacir voltou a estudar
após concluir o antigo curso primário,
graças a aulas particulares providenciadas pela família Koyama. Dali os
irmãos conseguiram prosseguir os
estudos em Rolândia e no Colégio
Estadual Érico Veríssimo, em Cambé.
Após o colegial, Ismael prosseguiu
no ensino superior, formando-se em
administração.
Angélica de Aguiar foi a primeira professora de Moacir, no Saltinho,
onde ele estudou por dois anos. “A
família achava o estudo fraco e fomos
para a Lorena, onde o professor Mario Okano fez um teste para avaliar de
que ponto podíamos prosseguir o es-
Hilda Amadeo e Moacir Mologni,
hoje na região central de Cambé
tudo”. Lá, segundo ele, havia aulas de
educação física, marcenaria, criame
de coelhos e horta. As meninas tinha
também aulas de bordado, culinária e
artesanato, com a esposa do professor
Okano, dona Corina.
Pela região também lecionou a
professora Elisa Ruth Pedreira de
Souza, que hoje mora em Londrina
(Sempre Cambé, edição de 4 de outubro de 2013). Dona Katuyo Sugano, conhecida como professora Ana
Rosa, também deu aulas na região
(Sempre Cambé, edição de 18 de outubro de 2013).
Paulo e Elisa, pais de Moacir, tiveram oito filhos: Ismael, Nivaldo e
Benilde (falecidos), Alice, Moacir,
Ilse, Irene e Inês.
Em foto do Acervo
da Família Mologni,
publicada no livro “Brava
Gente Italiana”, do Museu
Histórico de Cambé,
com informações de Inês
Mologni: “da esquerda
para a direita: Alexandre
Mologni, Rosa Mologni,
Pierina Mologni, Catarina
Mologni, Laurita Mologni,
Regina Vernier Mologni,
Lucia Mologni, Palmiro
Mologni, Paulo Mologni e
Francisco Mologni”
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Cambé, 22 de novembro de 2013
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Pedra era giz e parede de tulha servia de quadro negro
A professora universitária Irene
Mologni integra equipe que resgata
a história do Caramuru, Saltinho e
Lorena. Ela nasceu no Saltinho, mas
viveu boa parte da infância, adolescência e juventude no Caramuru.
Docente da Universidade Estadual de
Londrina por 30 anos, Irene sempre
esteve à frente da disciplina de administração de recursos humanos, área
na qual trabalhou com os alunos não
somente a parte técnica de empresas,
associações diversas, cooperativas e
outras organizações, mas sobretudo o
aspecto humano.
Irene completou 60 anos de idade no dia 29 de outubro. É mestre
pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo na área de
gerontologia social, com defesa sobre
o estudo intergeracional. “Os primeiros anos da família Mologni na região
foram em casa simples, de madeira
e chão de terra”, afirma a professora
sobre a vida dos avós Francisco e Regina Vernier Mologni.
Dona Angélica Aguiar foi a primeira professora de Irene, na escolinha ao lado da capelinha, no Saltinho, construída em terreno doado
pelo pioneiro Américo Macori. “Foi
quando eu senti que queria ser professora”. Em casa, Irene fazia as tarefas
com facilidade e ajudava os outros.
“Eu usava a parede da tulha e nela es-
crevia com pedra, como se fosse uma
lousa. Quando chovia e a parede molhava, a gente brincava de ensinar e
de aprender no verbal, falando”.
Irene estudou dois anos no Saltinho e dois anos no Caramuru. Lia
muito e escrevia. Foi representante da
turma na oração da formatura. Prosseguiu os estudos sempre em escolas
públicas de Rolândia e de Cambé, até
passar no vestibular do curso de administração da Universidade Estadual
de Londrina, sem fazer cursinho preparatório.
Sobre o Caramuru, diz que o patrimônio fica entre Cambé e Rolândia,
no sentido sul, e no entroncamento de
quatro municípios: Londrina, Cambé,
Rolândia e Arapongas. A colonização do patrimônio deu-se nos anos
de 1930, a partir do loteamento feito
pela Companhia de Terras do Norte
do Paraná. O predomínio é da cultura
religiosa católica, devido à presença
dos imigrantes italianos.
“As famílias numerosas, em sua
maioria, tinham como base de sustento essencial a lavoura, a horta, o pomar e a criação de animais”, prossegue Irene. “O trabalho era intenso em
casa e na roça, com a participação de
todos os membros da família para dar
conta de tudo que precisava se feito”.
Segundo ela, “as lideranças familiares e comunitárias eram fortes e
Irene Mologni, professora da Universidade Estadual
de Londrina por 30 anos e mestre pela PUC/SP
respeitadas. Havia um senso comum
de que todos deviam estar unidos para
a sobrevivência e esta poderia se viabilizar se houvesse a construção do
núcleo familiar e comunitário fortes e
integrados entre si”. Foi dessa união
que surgiu um povoado/vilarejo: “Foram construídos, na mesma época
(década 1940), a capela, o campo esportivo, as mercearias (vendas) e nas
décadas seguintes (50 e 60) máquinas
de beneficiar arroz, açougue, farmácia, bares e até salões de cabelo”.
“Saber, sentir,
sorrir e sonhar...”
Em fotos do Acervo da Comunidade, o símbolo do Clube 4 S da qual Irene Mologni foi a primeira presidente na comunidade do Caramuru; a foto de formatura de 1965 na Escola Emílio de Menezes; Irene com
os formandos de 1970 do Ginásio Morais Junior; e a participação de jovens de Cambé na Convenção
Nacional da Juventude Rural no ano de 1982, em Brasília
De vez em quando havia filme projetado
pela prefeitura, em telão ao ar livre, e outros
por candidatos a prefeitos em campanha política. Depois a comunidade fez um cinema improvisado num casarão. Também foi instalada
numa sala da área da capela o serviço de auto
falante denominado “A Voz da Lavoura”. Funcionava em algumas tardes e finais de semana
com notícias, avisos e música.
A exemplo dos adultos os jovens ampliaram as atividades culturais, sociais e esportivas. Nos anos 70 o Governo Federal, em parceria com os Estaduais e Municipais, através
dos órgãos de extensão rural (Acarpa), organizaram os Clubes 4 S (Saber, Sentir, Sorrir e Sonhar) nas comunidades rurais, para fomentar
através das novas gerações o nacionalismo, o
desenvolvimento sócioeconômico e alavancar
melhores condições de vida no campo.
Os clubes 4 S fizeram eleição de diretoria
e conselheiros. Havia reuniões com registros
em atas e planos anuais de trabalho. O programa incentivava os estudos regulares e complementares. Vários jovens que tinham parado de
estudar concluíram o ensino primário, à noite,
na escola municipal local.
Um grupo de famílias se organizou para os
filhos irem diariamente à cidade de Cambé e/
ou Rolândia, em carros sistema comboio, para
continuarem a formação acadêmica. Alguns fizeram “madureza” se preparando para cursar o
ginásio, vários concluíram o ginásio e depois fizeram o colegial. Os mais esforçados e que tiveram mais apoio da família cursaram faculdade.
Sempre se estudou em escola pública.
Naquele tempo havia um sentimento geral de
que a escola pública era boa. Na comunidade,
os espaços eram ocupados com treinamentos,
para todos os jovens: formação de liderança,
técnicas de elaboração de projetos e organização de eventos. Havia cursos para as moças e
os moços.
Havia incentivo a prática de esporte, cultura, lazer: encenações de teatro em homenagem
ao Dia das Mães, tradição da Folia de Reis e
das Festas Juninas. Eram realizados campeonatos interclubes 4 S. O Clube 4 S de Caramuru foi campeão no primeiro deles em futebol
masculino, futebol feminino e na escolha da
Rainha.
O Clube de Jovens tinha representantes das
famílias da comunidade, dentre elas Beraldo,
Bibiano, Cocato, Colombari, Delongui, Estevam, Farias, Farquetti, Francisco, Gama, Gonçalves, Milani, Mologni, Moreira, Pegoraro,
Pessota, Rosolen, Silva, Tavanti e Tamburi.
Nota do autor: relato da professora Irene
Mologni
A professora destaca que o conceito de núcleo integrado reunia “a
dedicação ao trabalho, a manifestação da fé cristã traduzida em ações
concretas de solidariedade e amor ao
próximo, obediência aos pais, respeito aos mais velhos, mesmo quando
algumas idéias eram contestadas, geralmente de modo mais contido”.
Segundo Irene, “havia mais respeito e admiração aos professores.
Conciliar os estudos na escola e as
tarefas em casa com o trabalho na
moradia e na roça eram possíveis,
responsabilidade era cobrada, o dever
precisava ser cumprido e a maioria
achava que estava certo agir assim. A
vida era sacrificada, mas havia alegria
também, tinha espírito de luta com fé
e esperança em dias melhores e isso
aconteceu para boa parte das famílias”.
Com o tempo, prossegue o relato, “as estradas melhoraram, linha
de ônibus foi implantada ligando
Londrina a Arapongas passando por
Caramuru. Aos pouco as famílias adquiriram veículos próprios que facilitaram o transporte. A energia elétrica
chegou e com isso começou a compra de eletrodomésticos. Foi criada
sessão com urna de votação no dia
da eleição, construída outra capela
maior, melhorada as condições do
salão comunitário, construído novo
salão paroquial”.
Conceitos passados às crianças
e aos jovens desde cedo foram fundamentais aos que os absorveram,
diz a professora: “Estes cresceram
com garra, venceram na vida, foram
líderes em suas comunidades e nas
famílias, praticando e coordenando
atividades profissionais, religiosas,
culturais, esportivas. Tinham mais
jogo de cintura e realizavam as coisas
de modo mais prático com os recursos
que dispunham”.
Comunidade chama
a atenção do poder público
Em fotos do Acervo da Comunidade, a presença dos jovens
nas festas juninas; a participação das mulheres nas atividades esportivas; as tradicionais festas para homenagear as
mães; e o curso de formação de tratorista nos anos de 1970
Líderes com ligação afetiva à comunidade e
famílias que já viveram na região do Caramuru iniciaram contatos com os poderes públicos de Cambé
e de Rolândia, com o objetivo de assegurar melhorias à população local. “As prefeituras tem o dever
de prestar bons serviços aos cidadãos da zona rural
também, ao mesmo tempo que vários moradores
estão sendo orientados para mudar de atitude, de
forma a recuperar a auto estima e ajudar a cuidar
mais da comunidade”, informa a professora Irene
Mologni.
Uma das estratégias, segundo ela, foi a formação
de uma equipe que visitou as famílias, ex-moradores e
entidades de apoio. “Começamos a montagem de um
centro de preservação histórica, de resgate da memória
a partir de documentos e fotos, de realização de eventos
de reencontros de ex-moradores, de manter a Festa de
Agosto como uma promoção tradicional de confraternização e de obtenção de recursos para ajudar a manter
minimamente as entidades locais”, afirma.
Segundo Irene, as prefeituras de Cambé e Rolândia
tinham atuação mais dinâmica no meio rural na década
de 70 até meados de 1980, com programas de assistência social, esporte e saúde, que embora limitados existiam. Lideranças jovens e adultas lutavam em busca
de soluções para os problemas que se apresentavam.
A seca nos poços das casas foi uma realidade, então
o jeito foi reivindicar junto à Prefeitura e à Sanepar a
instalação do poço artesiano.
As estradas que eram sofríveis em certas épocas,
após muita luta foi asfaltada no trecho de Cambé até
o vilarejo de Caramuru. Para facilitar a comunicação
foi solicitada a instalação de um telefônico público e
reativado o serviço de ônibus ligando a Cambé. Uma
unidade móvel de saúde atendia quinzenalmente a população; o salão comunitário realizava bailes e havia
jogos de futebol no campo; a Associação de Pais e Mestres ajudava a manter a escola, embora limitada.
A geada negra de 1975 trouxe o êxodo rural. A luta
pela sobrevivência foi dura, a mecanização das lavouras forçou a saída da população em massa em busca de
trabalho na cidade e com o esvaziamento as atividades
locais foram minimizadas. Governos distantes da comunidade e o envelhecimento e falecimento de muitos
pioneiros levaram muitos descendentes a abandonar o
campo. As dificuldades aumentaram para as famílias
que teimaram em ficar na zona rural: continuaram a
luta para sobreviver sem apoio de lideranças locais fortes e sem apoio suficiente do poder público.
As escolas rurais de cada comunidade foram se
tornando núcleos intercomunidades e mais tarde a
maioria foi fechada. As comunidade Pinheiro (Rolândia), que fica perto de Caramuru, e na Fazenda Bule
(Arapongas), as escolas foram fechadas. Do lado de
Cambé também aconteceu isso no Saltinho, Lorena,
Caramuru e Cafezal, restando uma na região, localizada em Bratislava.
Pela distância, os poucos alunos de Saltinho decidiram frequentar a escola na Vila Regina, em Londrina, e os de Lorena e Caramuru frequentam a escola de
Bratislava. Os pais não participam da vida escolar, pois
as escolas estão longe de casa. Em cada uma dessas comunidades existem crianças em idade pré-escolar sem
ter onde estudar e adultos analfabetos e/ou analfabetos
funcionais sem curso básico educacional.
Em relação ao trabalho, com a geada deste ano
se agravou a falta de alternativas, pois as lavouras e
as hortas foram prejudicadas. O tráfego é prejudicado
porque o asfalto está esburacado e os tapa buracos não
resolvem. O recapeamento nunca foi feito. A unidade
móvel de saúde não vai mais na comunidade.
Nota do autor: relato da professora Irene Mologni
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Jornal Nossa Cidade
Cambé, 22 de novembro de 2013
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Jornal Nossa Cidade
Cambé, 22 de novembro de 2013
Fone: 3174-1810
[email protected]
Olá amigos e amigas Cambeenses. O seu espaço para reivindicações, sugestões, elogios ou críticas está no ar. A coluna BLITZ
foi criada com a proposta de identificar os problemas da cidade,
apontar soluções e cobrar providências dos governantes. Este es-
paço serve para que o povo possa manifestar a sua vontade. Aqui
nós mostramos a realidade da cidade. Todas as fotografias aqui
publicadas são verdadeiras. A coluna BLITZ é a VOZ DO POVO,
pois aqui o Povo tem voz. Lutar por uma cidade cada vez melhor
FALTA DE RESPEITO COM
OS EVENTOS RELIGIOSOS
é o nosso exercício diário. Peço a colaboração e a ajuda de todos.
Peço que não se calem. Se tem alguns políticos que não gostam de
nossa posição vamos respeitar, mas nunca recuar. Estamos apenas
exercendo a nossa obrigação de cidadão. Estamos vigilantes.
O FIM DA NOVELA JOSÉ BONIFÁCIO
Os Batismos por Imersão, tradição em algumas religiões, são realizados na cidade de Cambé de maneira muito precária. As imagens
mostram o evento realizado recentemente, onde ocorreu o batismo de
16 irmãos da Igreja Batista Betel. Sou católico, mas independente da
religião, é preciso que o poder público encontre soluções para ajudar
as pessoas, que por intermédio da religião prestam um imenso trabalho social resgatando vidas. Não queremos furtar as reivindicações de
ninguém, portanto, registramos aqui que o ex-vereador Mario Som e o
atual Elizeu Vidotti já reivindicaram um Tanque Batismal Comunitário. A coluna BLITZ é apenas mais um aliado nesta solicitação. Vamos
aguardar do Poder Público a atenção que estas pessoas merecem.
Demorou mas a verdade chegou. Após vários ofícios enviados
aos órgãos responsáveis, entre eles
o DER(Departamento de Estrada
de Rodagem) e DNIT(Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes), recebemos a confirmação do
que já afirmávamos. Embora pareça
óbvio, alguns políticos tentaram distorcer a verdade, mas o DNIT respondeu o nosso oficio esclarecendo
que a Avenida Jose Bonifácio entre
o Estádio Municipal e a divisa de
Rolândia é de JURISDIÇÃO MUNICIPAL. Agora, com o fim da novela,
ficou claro que a competência pela
iluminação, recape asfáltico, acostamento, enfim, manutenção da referida via é do Município de Cambé.
Problemas que têm preocupado a maioria dos vereadores
Os problemas campeões em números de reclamações na Câmara de Vereadores atualmente estão relacionados com a precariedade da iluminação pública
recentemente substituída e com os buracos que estão presentes na malha viária
de toda a cidade. Pedidos da comunidade para a solução dos dois casos chegam
diariamente aos gabinetes dos vereadores.
Na última sessão da Câmara esses problemas foram levantados pelo vereador Paulo Soares. Gostaria de fazer também como minhas, as palavras que ele
usou para relatar a situação da região onde reside, que é comum à quase todas
as demais regiões da cidade.
ALGUMAS FRASES DO DISCURSO DO VEREADOR
- “Se não definem quem é o responsável pela troca de lâmpadas, gostaria
de saber quem está recebendo a taxa de iluminação pública que é cobrada
todos os meses...”
- “Já cogitei em trancar minha secretaria e colocar o pessoal para mapear
os buracos da cidade e entregar para a secretaria de Obras, Comdec e até para
o Papa, ou para quem possa resolver a situação...”
- “Fazer somente o serviço de tapa-buracos é perda de tempo e só agrava
o problema...”
- “A única parcela da população que está contente com os buracos é a dos
borracheiros...”
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Cambé, 22 de novembro de 2013
ESPORTE
Rogério Góes, mais uma Maratona
O corredor cambeense Rogério Góes concluiu no último domingo a segunda maratona, em
Curitiba. Ele começou a correr
em dezembro do ano passado,
nos 15 quilômetros da Prova Cidade de Londrina. Daí em diante
tomou gosto e começou a encarar
as longas distâncias, visando participar de uma maratona.
O sonho era correr 42 quilômetros mesmo que um pouco
atrás dos vencedores quenianos
e de outros corredores da chamada elite da corrida. Além das corridas curtas, foram cinco meia-maratonas pelo Brasil, como
treinamento preparatório antes
de encarar os tão esperados 42
quilômetros da maratona.
Rogério Góes fecha o ano
com um currículo invejável por
qualquer corredor, pois com apenas um ano de corrida, já encarou e concluiu duas maratonas.
A primeira delas foi em Foz do
Iguaçu. Em geral, os inúmeros
treinos para as longas distâncias
exigem do atleta cerca de cinco
anos de experiência entes de encarar a primeira maratona. Rogério Góes contrariou a teoria e
mostrou que, com garra, força de
vontade e entusiasmo, “dá para
Márcia (esposa), Rogério, Caio e Marcus (filhos)
chegar lá”.
Rogério diz que outros maratonistas, antes do início da prova,
ficaram admirados ao saberem
que é possível correr maratona
com tão pouco tempo de corrida.
Mas ele afirma que “não é para
qualquer um não; é pra quem se
dedica”. Ao concluir a prova em
Curitiba, Rogério Góes desabafou: “Não há dinheiro que pague
a alegria de concluir uma maratona”. Este ano Rogério correrá a
Volta da Pampulha, em Belo Horizonte, e no ano que vem já está
agendando algumas corridas internacionais (texto enviado pelo
leitor Nauro Lugli Filho).
Figueirense reencontra caminho para o
acesso após achar espinha dorsal do time
O técnico Vinícius Eutrópio
encontrou o tom do Figueirense.
Maestro alvinegro, o treinador
confia em um quarteto que está
afinado. Depois de três vitórias
seguidas, o Furacão entrou de vez
na briga pelo acesso à Série A e
está a apenas um ponto do G-4.
O zagueiro Thiego, o meia
Maylson, o atacante Pablo e o
goleiro Tiago Volpi são peças
fundamentais na recuperação do
time. A matemática era a única
esperança do Figueira, e, rodada
após rodada, o que parecia um
sonho virou realidade. Se vencer
todas as partidas até o fim da Série B, o Furacão volta à primeira
divisão. Tiago Volpi foi o primeiro a acertar as notas necessárias
para o sucesso. Veste a camisa alvinegra com orgulho e sonha em
ser ídolo, mas o mais importante
são suas defesas, que já salvaram
o clube diversas vezes. Agitado,
sempre costuma ir até a torcida
comemorar no final dos jogos.
É o único catarinense titular.
Maylson foi o segundo a encaixar. Depois de ficar alguns jogos
no banco de reservas, voltou à
equipe titular e virou o artilheiro
do time, com 16 gols. Mesmo
Thiego, Maylson, Pablo e Tiago
Volpi são peças fundamentais no
Furacão
deslocado de sua posição de origem, vem fazendo belos jogos e
tentos importantes. Thiego marcou o primeiro na goleada sobre
o Avaí e o último que garantiu
a vitória contra o Guaratinguetá. Na ausência de Wellington
Saci, o zagueiro assumiu a faixa de capitão. Pablo é o artista
mais recente a ajudar o maestro
Eutrópio. Após se recuperar de
lesão, seus gols e boa movimentação garantiram uma vaga no
ataque ao lado de Rafael Costa e
Éverton Santos. O torcedor voltou a acreditar e está ao lado do
time. Se o Figueirense não desafinar até a última rodada, os alvinegros poderão comemorar com
estilo o retorno à elite do futebol
brasileiro.
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PASSEIO E AVENTURA
Pilotos de Cambé percorrem a Serra da Canastra
Motociclistas fora de estrada são membros de entidade filantrópica que desenvolve ações sociais no meio rural
Vinte e sete membros do Cambé Trail Clube participaram da
Expedição Serra da Canastra, em
Minas Gerais, durante o feriado da
Proclamação da República. A partida de Cambé foi no último dia 14.
Os pilotos viajaram de ônibus e as
motocicletas foram transportadas
em uma carreta.
Segundo o presidente do clube, o empresário Claudemir José
Carrilo Peres, a Serra da Canastra,
onde o grupo cambeense esteve
pela segunda vez, é um percurso
com bastante dificuldades. “Mas há
pousadas nas trilhas, além de muita beleza natural, como cachoeiras,
lagos e muito morro”, disse Picuá,
como é conhecido Claudemir.
A viagem de Cambé à Serra
da Canastra é de cerca de 700 quilômetros. A pousada, em Minas
Gerais, foi na cidade de São João
Batista do Glória. No primeiro dia
do passeio, os motociclistas cambeenses percorreram 118 quilômetros
de trilhas, segundo o membro do
clube, Bruno Rodolfo de Souza. No
segundo dia, foram percorridos 80
quilômetros da Serra da Canastra.
O Cambé Trail Clube, que atualmente reúne cerca de 30 motociclistas da categoria off-road (fora
O registro fotográfico antes de encarar a trilha, na pousada em São João Batista do Glória; a trilha na Serra da Canastra,
e a parada sobre o morro, em fotos de divulgação feitas pelos membros do clube
da estrada), foi fundado em 7 de
novembro de 2008. “Somos uma
entidade filantrópica. Desenvolvemos trabalho de ação social
no meio rural, como a doação de
presentes e alimentos em datas
especiais, no caso a Páscoa e o
Natal. No festejo do Padroeiro de
Cambé, realizamos o Passeio de
Santo Antônio em parceria com
a Paróquia, com renda totalmente
revertida para a Igreja Católica”,
diz Claudemir, que tem como
vice-presidente o afiliado Alexandre Sitta.
Apesar de ter apenas cinco
anos de fundação, em 2014 o
Cambé Trail Clube realiza o 8º
Passeio de Santo Antonio, que é
encerrado tradicionalmente com
o almoço costela no chão. É que
algumas edições foram realizadas
antes do clube ser constituído.
Para este fim de ano, a enti-
dade realiza o Natal Solidário no
meio rural. Um evento de confraternização dos filiados também
está agendado. Ações ambientais
também são desenvolvidas pelos
membros do clube. Os motociclistas retornaram de Minas Gerais no dia 17.
Jornal Nossa Cidade
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SÚMULA DE REQUERIMENTO DE
LICENÇA SIMPLIFICADA
BRADO LOGÍSTICA S.A.,
CNPJ 03.307.926/0009-70
torna público que irá requerer ao IAP,
a Licença Simplificada para Armazéns Gerais-Emissão de Warrant a ser
implantada à Av.José Bonifácio n.º2550,
Cambé/PR.
Cambé, 22 de novembro de 2013
DOCUMENTOS EXTRAVIADOS
Foram extraviados 10 blocos de notas
fiscais de serviço série A, nº 001 a 250, em
3 vias, devidamente autorizados na data
de expedição de 31/01/1999, da Empresa
CONSDUTRA EMP. DE CONST. CIVIL
S.C. LTDA.,Com esta publicação ficam
sem valor comercial.
Cambé, 08 de Novembro de 2013.
POR DENTRODOS NEGÓCIOS
POR DAVID GARCIA
POLUIÇÃO DE METALÚRGICA
GERA INDENIZAÇÃO AOS
VIZINHOS
PACIENTE (IDOSA) CAIU DA
MACA DENTRO DO HOSPITAL
A justiça deu provimento favorável ao vizinhos de
uma metalurgica que emitia resíduos poluentes e pó de
carvão vegetal fruto das suas atividades industriais.
Os vizinhos ingressaram com ação pedindo indenização por danos morais e obrigação de fazer, sob o argumento de que moram muito próximo da empresa e que
eles tem um turno de vinte e quatro horas de trabalho,
ininterruptos, com resíduos caindo sobre as casas, roupas,
moveis, plantas e pessoas.
O magistrado condenou a empresa ao pagamento de
R$ 5 mil a titulo de danos morais e materiais a cada vizinho requerente.
Os hospitais são responsáveis pela segurança das pessoas
que estão internadas. Por esse motivo, o Tribunal de Justiça, reconheceu o direito a indenização por danos morais de uma idosa
que caiu de uma maca dentro do hospital.
A câmara de julgamento do Tribunal, após analisados os recursos, manteve indenização no valor de R$ 45 mil á paciente
idosa, pelas lesões ocorridas, fraturas e vários hematomas.
Infelizmente, isso tem ocorrido com certa freqüência na
rede hospitalar no Brasil, e com certeza não será diferente nos
municípios paranaense.
CONTRATO ABUSIVO
CONTRA CONSUMIDOR
CAIU DENTRO DO SUPERMERCADO
E DEVE SER INDENIZADO
O STJ,considerou clausulas abusivas por colocar o
consumidor em desvantagem nos contrato de consumo.
O código de defesa do consumidor visa proteger a parte mais fraca da relação contratual , coibindo aquelas clausulas que impõem desvantagem excessiva para o cliente no
fornecimento de produtos e serviços.
Assim, o consumidor deve ficar atento aos direitos garantidos no CDC, quanto aos serviços contratados e produtos adquiridos no comércio, e buscar orientações jurídicas
junto ao PROCON ou Juizados Especiais instalados nos
municípios.
O Tribunal de Justiça manteve decisão que condenou um
supermercado a pagar indenização por danos morais e materiais
no valor de R$ 5 mil para um consumidor que sofreu queda dentro do estabelecimento quando fazia compras, por escorregar no
piso molhado, sem placa de aviso.
A relatora do processo destacou que o cliente sequer imagina que o piso do supermercado poderia se encontrar escorregadio.
Tanto que o julgamento foi com votos por unanimidade de
todos os desembargadores do processo, e manteve a decisão que
indenizou o consumidor.
Sugestões\Opiniões: e-mail: [email protected]
DAVID GARCIA, Contabilista e Graduado em Direito pela PUC-PR. Atende no ESCRITÓRIO ALIANÇA
Rua França nº 976 - Cambé-Pr – 43-3254-4444 ou 9828-0007(TIM).
PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA - PNL
PROGRAMAÇÃO= a maneira como organizamos nossas
idéias e ações para produzir resultados.
NEURO= todos os comportamentos nascem dos processos
neurológicos da visão, audição,
olfato, paladar, tato e sensação.
Percebemos o mundo através
dos cinco sentidos. Compreendemos a informação e depois
agimos.
LINGUÍSTICA= usamos a
linguagem verbal e não verbal
para ordenar nossos pensamentos e comportamentos e nos comunicarmos com os outros.
Em suma significa: como
as palavras (linguística) podem
atingir a mente (neuro) e produzir uma ação (programação). É
baseada num conjunto de modelos, estratégias e crenças que
seus praticantes utilizam visando uma comunicação positiva e
eficiente entre as pessoas e con-
sigo mesmo com o objetivo de
conquistar a excelência e o desenvolvimento pessoal e profissional. É baseada na idéia de que
a mente, o corpo e a linguagem
interagem para criar a percepção que cada indivíduo tem do
mundo, e tal percepção pode ser
alterada pela aplicação de uma
variedade de técnicas.
Talvez a coisa mais importante saber sobre a PNL é que
através dela é possível utilizar
o cérebro para alcançar quaisquer resultados que desejamos,
tornando possível conseguir
excelência em qualquer campo
de interesse.
PNL é um manual do funcionamento do cérebro humano, neste manual também
está contemplando orientações
de como intervir nestes registros de modo a obter respostas
emocionais ou comportamentais mais positivas, mudando
padrões que estão limitando
seu crescimento pessoal ou profissional. Com as ferramentas
da PNL é possível obter as mudanças que queremos em nossas
vidas de maneira rápida e precisa, e surpreendentemente sem
esforço.
O profissional em PNL é um
canal cheio de ferramentas para
ajudar as pessoas em suas dificuldades.
Em PNL definimos PROBLEMA como a distância que
existe entre o momento atual
e o momento desejado de uma
pessoa.
O papel do profissional é fazer a pessoa ir do Momento atual para o Momento Desejado,
utilizando as técnicas que o ajudem a conseguir seu objetivo.
Não basta apenas querer
uma mudança, é preciso saber o
que se quer mudar e os impedimentos.
Visite o meu site: www.institutoorcelli.com.br
Maria Cristina Stravolo Orcelli- Psicóloga Clínica Comportamental, com Especialização em Programação
Neurolinguistica, Gestão de Pessoas, Hipnose Condicionativa, Ericksoniana e Regressão.
FONE (43) 3029-0226 Londrina. www.impactoac.com.br - E-mail: [email protected]
Jornal Nossa Cidade
Cambé, 22 de novembro de 2013
Casamento de Gisele e Bruno
Aconteceu dia 23 de agosto, na Igreja Matriz de Cambé,
o casamento de Gisele Perri e Bruno Dezoti. O belo casal
recebeu seus convidados no Moress Buffet, as fotos são do
SH Marabá. A noiva estava deslumbrante com seu vestido
assinado por Eliana Zanini.
Viva Cambé
Por Glacimeire Cardoso
[email protected]
Daiane Herberts Medeiros,
Médica Veterinária da Purina,
As diretoras da Ong Amigo
Bicho, Sônia Silva e Analia
Ribeiro, As voluntárias Marta
Lucena e Cristina.
No tradicional brinde, os pais do noivo, Ademir e Edna Dezoti, os noivos e a mãe da noiva,
Helena Perri
Ao centro
os noivos
felizes,
brindando
em meio
aos seus
padrinhos
e familiares
Aniversário do Samuel
Aconteceu dia 12 de outubro, no
Buffet Funny Play, o aniversário de
Samuel Azevedo dos Santos Neto.
O look do aniversariante, em estilo
Safári foi assinado por Marlene
da Lumark Confecções. Na foto by
Roche Lira os avós Maria Elizabethi e o Pastor Samuel Azevedo dos
Santos com o aniversariante em
seu colo, os pais Samuel Junior e
Márcia e Mariana Sanches.
“A Escola Estadual São
José em parceria com
a ONG “Batuque na
Caixa” (teatro) dirigido
pelo Prof. Valdir Rodrigues foram semifinalistas do Prêmio Itaú Unicef e de 2713 Escolas
concorrentes ficaram
entre as 20 melhores da
região Sul do Brasil em
Porto Alegre. A Escola
receberá acervo para
a Biblioteca e capacitação para professor e
diretor por dois anos.”
Na foto: A Diretora da
Escola Estadual São
José Prof.ª Fátima Mandelli e a representante
da ONG “Batuque na
Caixa” Walkiria.
Espetáculo de Dança do Ventre
A professora de Dança do Ventre, Givaneti Tonin
está com a agenda lotada para o final do ano.
Sexta dia 29 de novembro ela se apresenta na
12ª Noite Árabe promovida pelo Rotary Clube
de Cambé, que acontecerá a partir das 21 horas
na Casa da Amizade, em Cambé e também ela
fará seu espetáculo de final de ano no dia 13
de dezembro sexta, no Teatro da FACCAR em
Rolândia a partir das 20:30 horas Espetáculo
de Dança do Ventre da Escola Givaneti Tonin.
Ela também é professora da Dança do Ventre na
Academia Vida Ativa em Cambé.
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Cambé, 22 de novembro de 2013
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