Comissão de Gerenciamento,
Tratamento e Destinação de
Resíduos Perigosos
Universidade de Brasília
Relatório das atividades da
Comissão para Gestão de
Resíduos Perigosos
Relatório de atividades período 2009
Brasília, março de 2010
Relatório das atividades da Comissão para Gestão de Resíduos Perigosos
Resíduos químicos
A universidade de Brasília (UnB) designou em novembro de 2002, uma
Comissão para Gestão de Resíduos Químicos da Universidade de Brasília
(CGRQ-UnB), visando três objetivos básicos: destinação ambientalmente
adequada do passivo acumulado; implementação de um sistema de
gerenciamento de resíduos químicos e implementação da Central de
tratamento de Resíduos Químicos da UnB. O sistema de gestão tem por
finalidade promover a redução do impacto ambiental causado pelo descarte
inadequado dos resíduos químicos gerados pela UnB.
A comissão de resíduos conta com 3 depósitos: Um para os reagentes
fechados que foram descartados devido a “data de validade” expirada ou por
abandono de linha de pesquisa. O Segundo depósito é para triagem dos
resíduos químicos gerados pelos laboratórios de pesquisas ou ensino e um
terceiro para acondicionamento temporário de resíduos radioativos.
Desde a sua criação, a GRP ficou responsável por diversas atividades, e
ainda outras foram acrescidas ao longo do tempo. Atualmente são atividades
da GRP




Coletas de resíduos químicos e radioativos dentro do Campus
Universitário Darcy Ribeiro
Acondicionamento e segregação dos resíduos químicos no depósito.
Análise de amostras de resíduos visando à identificação para posterior
separação
Armazenamento de lâmpadas fluorescentes queimadas e solicitação de
procedimentos para descarte pela PRC
Histórico da solicitação de coletas
(número de coletas)
100
59
50
21
19
20
60
70
26
0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Nº de coletas
Figura 1- Histórico das coletas realizadas pela GRP
Tabela 1- Lista dos laboratórios onde foram realizadas coletas em 2009
Laboratório
Centro de custo
Lab. de análise de águas (LAA)
Lab. de materiais combustíveis (LMC)
Lab. de bioquímica
Lab. de biologia molecular (BioMOl)
Lab. de anatomia veterinária (LAV)
Lab. de toxicologia
Lab. de genética clínica
Lab. Multidisciplinar
Lab. de enzimologia
Lab. de pesquisa em química inorgânica
preparativa
Lab. de isolamento e transformações de
moléculas orgânicas (LITMO)
Lab. de farmacognosia
Lab. de geocronologia
Laboratório de catálise (LabCat)
Lab. de microscopia eletrônica
Lab. de fitopatologia
Lab. de herpetologia
Lab. de histopatologia bucal
Lab. de pesquisa em polímeros
Lab. de nutrição
Lab. de diagnóstico de Leishmaniose
Lab. de termobiologia
Lab. de ensino de química inorgânica
Lab. de higiene de alimentos
Lab. de farmacologia
Lab. de imunologia celular
Lab. de processamento de recursos
naturais (LAPREN)
Lab. de microbiologia de alimentos
Lab. de farmacologia molecular
Lab. de ensino em química orgânica
Lab. Prof. J. R. Mahajan
Lab. de geotecnia
Lab. de ensino de química geral
Lab. de tecnologia química (LATEQ)
Lab. multidisciplinar em pesquisa de
doença de chagas
Lab. de toxinologia
Lab. de pediatria
Lab. de genética
LAQMOS
ENV-ENG.Civil
IQ
CEL
CEL
FAV
FS
FM
FCE
CEL
Nº de coletas
realizadas
6
4
2
2
7
1
2
2
5
IQ
1
IQ
1
FS
IG
IQ
CEL
IB
ZOO
ODT/FS
IQ
NUT
NMT/FM
BOT
IQ
FS
FS
FM
1
3
3
2
1
1
1
2
1
1
1
2
1
1
1
IQ
1
FAV
FS
IQ
IQ
ENC
IQ
IQ
1
1
2
1
1
1
1
FM
1
CFS
FM
GEM
IQ
1
1
1
1
Como se pode observar no gráfico da figura 1, é crescente o número de
coletas nos laboratórios da universidade, isto mostra que cada vez mais, a
questão de meio-ambiente vem sido colocada em pauta pelos laboratórios e há
deste modo, uma maior conscientização dos alunos, pesquisadores e técnicos
em não jogar os resíduos químicos pia abaixo, ou em lixeiras comuns.
O depósito de resíduos químicos contém atualmente 18 toneladas de
resíduos a serem descartados, separados em tambores e bombonas. Esta
quantidade é referente ao último semestre de 2008 e todo o ano de 2009.
O gráfico abaixo mostra o total de resíduos perigosos que tiveram o
tratamento e destinação correta pela GRP desde 2005.
Massa (kg)
Destinação de Resíduos (kg)
20000
18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
18000
16000
8750
8030
8000
Destinação de Resíduos (kg)
2005
2006
2007
2008
2009
ANO
Figura 2. Destinação dos Resíduos (kg)
Todos os 18000 kg de resíduos que serão descartados passaram por
uma fase de triagem, e agrupados de acordo com as tabelas e gráficos a
seguir:
Tabela 2- Massa total dos resíduos classificados GRP em tambores.
Não identificados
ONHL
ONH
Vidro
OHL
INOR
INORL
OHS
Formol (aprox)
Outros*
Massa total
(kg)
1519,4
3134
865,5
3595,1
759,5
544,7
353
129
2700
409,1
Total
14009,3
Tipo de Resíduo
Distribuição dos resíduos segundo a
classificação da GRP
3%
11%
Não identificado
19%
ONHL
ONH
1%
22%
Vidro
3%
OHL
4%
INOR
INORL
5%
OHS
6%
Formol (aprox)
Outros*
26%
Figura 3- Distribuição dos resíduos dos tambores segundo a classificação GRP (ONHL: orgânico não
halogenado líquido - ONH: orgânico não halogenado - INOR: inorgânico - INORL: inorgânico líquido OHS: orgânico halogenado sólido - outros: plástico, H2O2 e orgânico)
Tabela 3- Massa total dos resíduos classificados em bombonas.
Massa total
(kg)
905
341
3108
165
79
40
4638
Tipo de Resíduo
Alcalino
Ácido
Org.n.halog
Org.halog
N.I
Plástico
Total kg
Distribuição dos resíduos das bombonas
segundo a classificação da GRP
2%1%
4%
19%
alcalino
7%
ácido
org.n.halog
org.halog
n.i
67%
plastico
Figura 4- Distribuição dos resíduos das bombonas segundo a classificação da GRP (org.n.halog:
orgânico não halogenado - org. halog: orgânico halogenado – n.i.: não identificado)
Através dos gráficos, pode-se constatar que a maioria dos resíduos a ser
descartados nos tambores e bombonas é composta de: vidro (frascos de
reagentes e vidrarias de laboratório danificadas), compostos orgânicos
halogenados líquidos e compostos orgânicos não halogenados. O que é de se
esperar, pois normalmente os laboratórios utilizam muitos tipos de solventes,
para processos como extração, síntese e lavagem de vidrarias, sendo a
maioria destes solventes são orgânicos. A menor porcentagem também é de
resíduo orgânico, porém sólidos, correspondendo a 1% dos resíduos
descartados.
O que mais preocupa a comissão é a quantidade elevada de material
não identificado (11% nos tambores e 1% nas bombonas), isto indica um certo
descompromisso por parte dos geradores que não estão se esforçando na
tentativa de segregar o seu resíduo. Outra fonte de resíduos não identificados
foi oriundo da mudança do Instituto de Química ocorrida durante o período de
2008 a 2009. O aumento da quantidade de resíduos não identificados leva ao
aumento dos gastos com descarte de resíduos.
Destinação dos resíduos
Contando com o peso dos tambores (14009,3 kg) e das bombonas que
estão atrás do depósito (4638,0 kg) há um total de 18647,3 kg de resíduos já
fora da área de triagem e pronto para serem destinados.
O recolhimento dos tambores e das bombonas pela empresa SANIPLAN
foi feito no período de dos dias 08 a 10 de fevereiro de 2010. Durante os três
dias, os funcionários da empresa SANIPLAN fizeram uma vistoria e
organizaram os tambores de acordo com seus critérios e colocaram todos os
recipientes em caminhões, como mostram as fotos.
Figura 5- Funcionário da SANIPLAN verificando o isolamento dos frascos nos tambores para evitar
choque entre os frascos durante a viagem
Figura 6- Tambor de resíduos de solventes orgânicos devidamente calçados
Durante a coleta foram necessários dois caminhões, um caminhão do
tipo baú e uma carreta. A carreta não conseguiu chegar ao depósito devido às
condições da pista não permitirem que esta manobrasse. Por isso, os tambores
eram colocados primeiro no caminhão baú, para posteriormente estes serem
descarregados na carreta. As fotos da próxima página mostram a entrada do
depósito com o caminhão baú manobrando e a transferência dos tambores
para a carreta.
Figura 7- Caminhão baú manobrando na entrada do depósito de resíduos
Figura 8-Transferência dos tambores do caminhão baú para a carreta
Após os tambores serem carregados na carreta (um total de 84
tambores) o restante (cerca de 20 tambores), juntamente com as bombonas
foram colocados no caminhão baú. As fotos abaixo mostram a carreta já
carregada com os tambores de resíduos e as bombonas já pesadas e prontas
para serem despachadas no caminhão.
Figura 9- Carreta já carregada com os tambores pelos funcionários da SANIPLAN
Figura 10- Bombonas e frascos plásticos, classificados e prontos para serem colocadas no caminhão
Todos os tambores que foram destinados pela empresa ficaram
expostos ao tempo enquanto estavam no depósito de resíduos da UnB,
estando sujeitos a desgastes causados pela ferrugem e evaporação de
compostos dentro destes, alguns até mesmo precisando ser trocados devido
ao estado precário em que se encontravam. As fotos a seguir mostram como
os tambores chegam ao depósito e como muito deles se encontram quando
irão ser destinados.
Figura 11-Tambor contendo resíduos químicos. Em estado inicial, porém já exposto ao tempo
Figura 12- Tambores ao "ar livre" expostos ao qualquer tipo de variação climática
Figura 13- Estado em que os tambores são encontrados após a chuva, muitos com água parada sobre
a tampa. Na foto há um tambor coberto com plástico, pois sua estrutura já se encontra
comprometida.
Figura 14 - Estado em que alguns tambores são encontrados no depósito após certo tempo
Para evitar este tipo de problema com os tambores é necessária a
concretização do projeto do galpão onde serão agrupados estes tambores,
além de conter uma mínima estrutura com banheiros para melhoria dos
trabalhos no depósito. Este galpão evitaria a degradação dos tambores, o
acúmulo de água parada sobre a tampa. A degradação dos tambores pode
levar ao vazamento das substâncias neles contidos, o que pode acarretar a
uma grave contaminação ambiental com graves conseqüências econômicas e
para saúde das pessoas que trabalham na área. A água parada sobre a tampa
pode levar a proliferação de mosquitos como o da dengue.
Figura 15 - Depósito após o recolhimento dos tambores
A manutenção da central de tratamento, recuperação e destinação final
de resíduos químicos gerados pela UnB é parte fundamental na concepção de
gerenciamento ambiental de resíduos. Pois o bom funcionamento desta
propicia uma universidade mais limpa e consciente, além de evitar problemas
futuros de contaminações e acidentes dentro do próprio Campus.
Resíduos radioativos.
Ao final de 2009 houve uma reforma no depósito de resíduos
radioativos. Este, primeiro a ser construído no ano de 1996, necessitava de
reformas pois e apresentava algumas rachaduras em sua estrutura e também a
pintura gasta, fato que poderia tornar inviável sua utilização. Estes problemas
foram em sua maioria resolvidos no final do ano de 2009, com as rachaduras
tampadas adequadamente e uma nova pintura.
Figura 16- À esquerda- parede do depósito abaixo dos basculantes, com grande rachadura. À direita- a
parede já reformada, pintada e sem rachaduras
Figura 17- À esquerda- Depósito reformado, sem ferrugem acima dos basculantes e sem rachadura. A
direita, antes da reforma
A porta principal do depósito também apresentava, antes da reforma,
alguns pontos de ferrugem que foram retirados após esta.
Figura 18- À direita - porta do depósito sem pontos de ferrugem e pintura renovada. À esquerdaporta antes da reforma
Figura 19 - Entrada e piso com nova pintura após a reforma
O depósito de resíduos radioativos encontra-se atualmente funcionando
de maneira adequada.
Maiores informações acerca das coletas serão fornecidas em relatórios
futuros. A professora Elida G. Campos responsável pela parte de resíduos
radioativos está de licença maternidade e não foi possível obter informações
sobre coletas com ela, em um relatório futuro esperamos já ter estas
informações.
Metas da GRP para 2010
No ano de 2010, além de continuar os trbalhos de gerenciamento dos
resíduos químicos outras metas da GRP, visando a melhoria dos serviços,
estão expostos na tabela 4.
Tabela 4 - quadro de metas da GRP para o ano de 2010
Atividade
Diagnóstico
geradores
da
Prazo
situação
dos
Reorganização dos protocolos da
GRP





Observações
31 de março


Em andamento
Averiguando a necessidade de visitas pessoais a alguns geradores
30 de abril

Os protocolos de coleta, segregação, armazenamento, transporte já estão
prontos, restando somente a implementação interna.
O plano de emergências depende de uma fase adicional de estudos.

Coleta
Transporte
Segregação
Armazenamento
Plano de emergências
Revitalização do site da comissão
15 de junho


Atividade de pesquisa em tratamento
de resíduos
Organização dos protocolos
coleta de resíduos biológicos
para
Revitalização do site de internet visando melhorias visuais, maior agilidade e
congregar os serviços de coleta de resíduos químicos e radioativos
Averiguando a necessidade de alguém mais especializado na área de
criação de sites.
Sem data
limite

Pesquisar tratamentos visando a redução de custos de descarte e o
reaproveitamento de resíduos
31 de agosto

Estudo inicial de necessidades: diagnóstico das necessidades para o serviço
de coleta, armazenamento e destinação
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Relatório das atividades da Comissão para Gestão de Resíduos