ser ou não ser
Você ama cuidar
de animais?
A superatrê
Lethícia Mota
também. Ela
está terminando
o ensino médio,
mas ainda está
em dúvida sobre
qual carreira
seguir: Medicina
Veterinária ou
Biologia Marinha.
E agora?
Quanto tempo tem o curso? Quais as especialidades da área?
São necessários cinco anos
para se graduar. Dentro dessa profissão existem várias
áreas nas quais você pode
se especializar. As principais
são: clínica médica, cirurgia,
reprodução, patologia, inspeção de produtos de origem
animal, criação de animais
de produção, epidemiologia
e prevenção de zoonoses. A
residência costuma acrescentar de 2 a 3 anos ao curso.
A especialização não é obrigatória, mas acrescenta (e
muito!) ao seu currículo.
Em quais áreas o veterinário pode atuar?
Se você acha que é só
cuidar de cachorros e
gatinhos, se engana. A
veterinária é dividida em
três grandes áreas: clínica
e cirurgia, produção e reprodução, e saúde pública
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colaborou Camila Baos
ilustração Jorgebin
e animal. Sendo assim,
você tem muitas opções
de trabalho: laboratórios,
instituições de pesquisa e
ensino, fábricas de ração,
indústrias de alimentos
(carne, leite, aves, mel,
pescado), defesa sanitária, controle de zoonoses,
zoológicos, preservação ambiental, criações de animais
em fazendas e até na polícia
federal... A lista é longa!
Além de cachorros e gatos, que outros animais os
veterinários tratam?
Os cursos de Medicina Veterinária do Brasil formam
veterinários generalistas,
que estudaram espécies de
animais domésticos, silvestres e selvagens. Por isso,
o veterinário tem competência para cuidar de todos
esses tipos de bichinhos.
Qual é a média salarial de
um veterinário em começo de carreira?
O salário de qualquer
profissional em começo de
carreira depende de vários
fatores, mas podemos fazer
algumas estimativas. Se
você quer trabalhar com
cães e gatos, seu salário
inicial fica entre R$ 1.500 e
R$ 2 mil. Se for trabalhar
em empresas do ramo, a
média é de R$ 2.500. E se
você tem uma especialização, já pode começar com
um salário de R$ 3 mil.
Qual é a diferença entre o
trabalho do veterinário e
do biólogo marinho?
Há uma diferença enorme! A parte clínica (in-
cluindo clínica médica,
cirúrgica e patologia) é
uma atividade exclusiva
do veterinário. Somente
esse profissional tem
competências e habilidades para desempenhar
funções relacionadas a
essas áreas. Mas embora
tenha uma noção básica
sobre animais marinhos,
ele não está habilitado
para tratar diretamente
deles. Por isso, se o seu
interesse mesmo são
os animais marinhos,
a Biologia Marinha é a
solução para você.
Gosto muito de animais
em geral. Isso é suficiente para se dar bem
nessa área?
Gostar de animais é
muito importante, mas
não podemos deixar
que a emoção domine a
razão. Uma coisa é amar
os bichinhos, outra coisa
é gostar de veterinária.
Você precisa ter interesse por outras atividades
também, como sua criação, higiene, sanidade,
prevenção de doenças e
seus tratamentos. É necessário ter uma visão global de saúde pública. Um
grande problema dessa
área é que muitos alunos
começam a faculdade
simplesmente porque
gostam de bichos, e não
porque têm vocação para
a veterinária. Pense bem
qual é o seu caso antes de
tomar qualquer decisão.
Como é o trabalho de
um veterinário em um
zoológico, por exemplo?
Lá o veterinário vai cuidar
da dieta dos animais,
atendimento clínico e
cirurgias, reprodução de
espécies em cativeiro,
controle de doenças – ou
seja, vai cuidar do bem-estar dos animais de
forma geral. É um trabalho bem dinâmico e você
pode lidar com vários
bichos diferentes!
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Quais disciplinas da escola
são mais importantes para
a medicina veterinária?
Biologia, química e matemática são as disciplinas mais
exigidas na área. Mas não
se esqueça de mandar bem
no português, porque você
vai escrever muitos laudos
e relatórios!
Quem deu as dicas Marcelo
Resende, professor da Escola de
Veterinária da Universidade Federal
de Minas Gerais (UFMG); e Enrico
Lippi Ortolani, diretor da Faculdade
de Medicina Veterinária e Zootecnia da
Universidade de São Paulo (USP).
Redação nota 10
Na hora do vestibular, você precisa se
preparar não somente para as perguntas
objetivas, mas também para a redação.
Ela é tão ou até mais
importante do que as
questões da prova,
porque avalia seu
modo de se expressar e organizar
as ideias. Confira
nossas dicas e arrase
na hora da redação:
Antes de começar
a escrever, pense
bem na proposta da
redação e organize
suas ideias. Faça um
roteiro com os fatos,
argumentos e soluções que pretende
abordar no texto e
siga esse rascunho
na hora de escrever.
A redação de vestibular costuma solicitar
um texto dissertativo-argumentativo. Por
isso, não basta expor
os fatos: é fundamental emitir sua
opinião com argumentos concretos.
Expressões como “eu
acho” e “eu acredito”
são dispensáveis. Se
o texto é opinativo,
é claro que aquilo é
o que você acha!
Tenha cuidado com a
gramática, utilizando
sempre a norma culta
da língua. Evite gírias
ou outras marcas
de oralidade. Nada
de escrever “vc” ou
“tb” na redação!
Não fuja do tema.
Suas propostas e
argumentos devem
estar em sintonia
com o assunto proposto. Não adianta
fazer colocações
interessantes se elas
não têm nada a ver
com o tema, né?
Tenha estilo próprio. Pode ser difícil
desenvolvê-lo no
começo, mas o treino
constante vai acabar
facilitando esse processo. Os avaliadores
gostam de identificar
isso na redação.
As dissertações
normalmente exigem conhecimentos
gerais. Por exemplo,
se você deve emitir
sua opinião sobre a
Primavera Árabe, é
fundamental entender o que foi esse fato
histórico, né? Sem
esse conhecimento,
sua redação vai ficar
vazia e superficial.
Leia muitos jornais e
sites de notícias para
se manter atualizada.
Fuja dos clichês típicos em dissertações.
Expressões como
“abrir com chave de
ouro”, “antes de mais
nada”, “inserido no
contexto”, “é preciso
ter consciência...”,
etc. são cansativas e
deixam o texto pobre.
Usar gírias não é legal,
mas exagerar na formalidade também não
é uma boa solução.
Usar palavras difíceis
ou linguagem muito
rebuscada tira a naturalidade e fluidez do
texto. Não pense que
isso vai impressionar
o avaliador, pelo contrário! Um texto bem
escrito, mas pobre
Quem deu as dicas profa. Vera Lúcia Pereira dos Santos, doutora
em Linguística e Língua Portuguesa; e Juarez Nogueira, autor do livro
Redação - Manual de Sobrevivência para Concursos e Vestibulares.
em conteúdo, não
garante uma boa nota.
Não construa frases muito longas e
sem pontuação. As
frases simples dão
clareza ao texto.
Leia muito! Leia de
tudo, de notícias a
histórias de ficção.
O hábito da leitura
a ajuda a construir
seu próprio estilo de
escrita e aumenta seu
repertório de palavras, além de acrescentar cultura geral.
Quem lê muito costuma escrever bem.
O Exame Nacional
do Ensino Médio
(Enem) está se tornando um importante
instrumento de
avaliação em diversas
faculdades. A redação
vai pedir um texto
dissertativo, com no
mínimo 15 linhas,
que apresente uma
solução para um
problema abordado.
O tema normalmente é um problema
social atual. Mande
bem nessa prova!
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SER OU NãO SER colaborou Camila Baos