António Gedeão (pseudônimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho). Poema de ser ou não ser, de 5.10.1988, publicado em Novos Poemas Póstumos de 1990,.V. p. 77-80. * Citado em Regina Sousa Gouveia (Escola Secundária Carolina Michaelis, Porto, Portugal, Gazeta de Física, seção Ensino da Física, disponível em http://gazetadefisica.spf.pt/magazine/article/576/pdf. * Urbano Tavares Rodrigues. Antônio Gedeão: decifrador do mundo, alquimista do sonho. Disponível em http://purl.pt/12157/1/estudos/urbano-tavares-rodrigues.html. * António é o meu nome. Rómulo de Carvalho. Disponível em http://www.bnportugal.pt/agenda/romulo/catalogo-romulo-vr.pdf. [com extensa cronologia de toda a sua obra com referências completas]. * Poema da Minha Natureza. António Gedeão. Disponível em http://dererummundi.blogspot.com.br/2014/01/poema-da-minha-natureza-de-antonio.html. Coleção Ciência para gente nova. António Gedeão. http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/antonio_gedeao/gente_nova.html. Coleção Física para o Povo, António Gedeão. http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/antonio_gedeao/fisica_dia.html. - A experiência científica. António Gedeão. http://www.cienciaviva.pt/semanact/edicao1997/rmlbib4.html. Poema de ser ou não ser São ondas ou corpúsculos? Sim ou não? São uma ou outra coisa, ou serão ambas? São "ou" ou serão "e"? Ou tudo se passa como se? Percorrem velozmente órbitas certas as quais existem só quando as percorrem. Velozmente. Será? Ou talvez não se movam, o que depende do estado em que se encontre quem observa. Assim prosseguem rotineira marcha na paz podre do tempo. Oh! O tempo! Até que, de repente, por exigências igualmente certas, num sobressalto histérico, saltam da certa órbita e vão fazer o mesmo noutra certa tão certa como a outra. E assim prosseguem na paz podre do tempo. Eis senão quando, como pedra num charco ou estrela que deflagra, irrompem no vazio, e o vazio perturbado afunda-se e alteia-se e em esferas sucessivas, pressurosas, vão alagando o espaço próximo depois o mais distante, e seguem sempre, sempre, avante, sempre avante, em quantas direcções se lhe apresentam. Sim, ou não? Estou à janela e vejo muito ao longe a linha do horizonte. Ser ou não ser? Eis a questão.