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Simpósio de pesquisa em música 2007
O serialismo em Guerra-Peixe: duas peças para Piano
Adriano Braz Gado
RESUMO: Este trabalho propõe uma análise no domínio da música serial de duas peças para piano de César
Guerra-Peixe: Música nº1 para Piano (1945) e Peça Pr’a Dois Minutos (1947). Investigou-se o uso de
segmentos da série e formações de motivos. O estudo justifica-se por proporcionar o entendimento de peças
serias e de doze sons de autores brasileiros. Como resultado, verificou-se a utilização serial de maneira não
ortodoxa. Assim, o uso dos motivos leva em conta segmentos da série e segmentos não seriais.
PALAVRAS-CHAVE: Guerra-Peixe – Serialismo – Técnica de Doze Sons – Música Brasileira para Piano
ABSTRACT: This work aims to present an analysis in serial music in two piano pieces by César Guerra-Peixe:
Música nº1 para Piano (1945) and Peça Pr’a Dois Minutos (1947). The use of serial tone row and generation
of motives were investigated. The study is justified for providing the understanding of serial and of twelvetone pieces of Brazilian composers. As a result, it was verified the serial use but not in an orthodox way. That
is, the use of motives takes serial segments and non-serial segments into consideration.
KEYWORDS: Guerra-Peixe – Serialism – Twelve-tone Technique – Brazilian Piano Music
Introdução
A técnica de doze sons foi adotada, no início do século XX, como uma tentativa de se
obter um novo material sonoro, sendo amplamente aceita e reinterpretada por compositores das
mais diversas nacionalidades. No Brasil, o uso da técnica de doze sons está intimamente ligada
aos compositores que integraram o Movimento Música Viva1 e sua utilização conduziu a
resultados distintos.
César Guerra-Peixe (1914-1993) conheceu Koellreutter em 1944, e passou a ter aulas
particulares de composição. Estudou, entre outras matérias, a técnica de doze sons. Em 1945, já
havia mergulhado nos princípios da técnica de doze sons, e então passou a integrar o Movimento
Música Viva, tornando um de seus membros mais expressivos. A partir de 1948 diminuiu
significativamente sua produção na técnica e, em abril de 1949, produziu sua última obra serial.
Considerando-se as peculiaridades que a técnica de doze sons pode apresentar de acordo
com estilos individuais, a realização da pesquisa2 teve a preocupação em responder a seguinte
questão: “Quais e de que forma ocorrem os procedimentos seriais empregados nas peças
selecionadas?” Para tanto, partiu-se da investigação do uso de motivos e sua relação com a
série. As peças selecionadas para este artigo são:
1
-
Música nº1 (1945)
i) Lento;3
-
Peça p’ra dois minutos (1947)
i) Allegro.4
H. J. Koellreutter (1915-2005) chega ao Brasil em 1937. No ano seguinte, com a colaboração de alguns
jovens compositores brasileiros, ele inicia uma intensa atividade musical-pedagógica na intenção de propagar a
música daquele momento. Em 1939, com a colaboração de músicos, intérpretes, professores e compositores,
Koellreutter funda o Movimento Música Viva, que se compromete com a pesquisa e a crítica, buscando uma
base de renovação da música brasileira nos aspectos da criação, ensino e divulgação. Deu-se por meio de
concertos, programas radiofônicos e publicações (KATER, 2001, pp. 49-50).
2
O presente artigo traz o resumo de um capítulo de minha dissertação de mestrado defendida em 2005
(UNICAMP) intitulada Um estudo da técnica de doze sons em obras selecionadas: Hans Joachim Koellreutter
e César Guerra-Peixe.
3
A Música nº1 para Piano foi composta em 30/05/1945. Foi dedicada ao compositor e musicólogo argentino
Juan Carlos Paz. Possui dois movimentos – Lento e Allegro giusto. Para o presente estudo de análise
considerou-se o movimento Lento.
4
A Peça pr’a Dois Minutos foi composta em 02/03/1947. Foi composta a pedido de Vasco Mariz para uma
gravação patrocinada pelo Ministério das Relações Exteriores.
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Música nº1, para Piano (Lento)
Segundo o próprio Guerra-Peixe, “É a obra mais rigorosa na técnica dos doze-sons”5. Em
textura predominantemente polifônica, este movimento utiliza uma série onde os doze sons são
mantidos em contínua circulação. No decorrer do movimento há o uso exclusivo da Forma
Original da série (O-0), não havendo nenhuma transposição ou utilização das formas
Retrógrado (R), Inverso (I) e Inverso do Retrógrado (IR). A peça inaugura a experiência com
série simétrica (Fig. 1) nas obras do compositor. Ele próprio observou o aspecto simétrico ao
escolher a série:
a simetria assinala dois aspectos: o que, até o sexto som, parte do intervalo de sexta para o de
quinta, deste para o de quarta, de terça e de segunda; e o que, a partir do sétimo som (mi bemol),
reproduz por movimento contrário o trecho anterior [i. e. o que era ascendente se torna
6
descendente, e vice-versa].
Figura 1 – Série – Guerra-Peixe, Música nº1 (I)
A forma é constituída de variações do segmento inicial. Os segmentos são responsáveis
pela unidade da peça. Ao mesmo tempo que se modificam, mantém proximidade com o
segmento inicial. Portanto, o segmento 1 (c. 1-3) forma uma idéia que serve de base para os
outros segmentos. Guerra-Peixe comenta que “os fragmentos melódicos [segmentos] são um
constante vai-e-vem de linhas em oposição, linhas ascendentes e logo descendentes, o que seria
um modo de tratar a forma”.7
Adiante, verificaremos os processos nos quais os demais segmentos são formados a
partir do primeiro. Utilizamos a ferramenta de variação de motivos.8 No segmento inicial
(Fig. 2) estabeleceu-se os motivos a, b, c, d como forma de assegurar unidade. As variações dos
motivos levam em consideração: 1) aspectos da rítmica (redução e ampliação); 2) aspectos do
contorno (ascendente e descendente); 3) aspectos de alturas (formação de diversos conjuntos).
O segmento 1 é dividido em três partes, cada qual representada pela expansão rítmica
em seu término. A primeira parte compreende os motivos a e c (compassos 1-2); a segunda, os
motivos d e b (c. 2-3); a terceira, o motivo c1 (c. 3). A segunda parte (d e b) possui maior
densidade na textura em comparação às outras. Observe-se que o segmento atinge um ponto
culminante, representado pelo motivo b (no Sol b) e termina em região grave, representado pelo
motivo c1, veja-se a Fig. 2.
c. 1-3
5
GUERRA-PEIXE, s. d. In: LIMA, 2002, p. 174.
GUERRA-PEIXE, 1971, p. 11.
7
Idem, Ibidem.
8
Para não ocorrer monotonia, o motivo é variado, alterando-se a sua forma básica. Alterações ocorrem
levando em conta elementos rítmicos, intervalares, harmônicos e de contorno. Schoenberg afirma que “a
variação exigirá a mudança de alguns fatores menos importantes e a conservação de outros mais
importantes”. As repetições do motivo podem ser literais ou modificadas. (SCHOENBERG, 1970, p. 9)
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Figura 2 – Segmento 1 – Guerra-Peixe, Música nº1 (I)
No motivo a o contorno assume um movimento ascendente com tessitura ampla. É
caracterizado pelo valor longo da última nota. O motivo b se caracteriza por possuir movimentos
intervalares ascendentes e descendentes. O motivo c, de apenas dois sons se caracteriza pelo
valor longo de sua última nota. O motivo d se caracteriza pela textura densa e sucessão de
acordes em movimento ascendente, encerrando-se em bloco vertical de duas coleções de
tricordes com duração longa.
No segmento 2 ocorre maior densidade na textura e na atividade rítmica. O
direcionamento para a região aguda, representado pelo motivo a1, é compensado pela direção
descendente, representada pelo motivo a2. O mesmo acontece em relação às motivos d2 e c2. O
desfecho se dá no registro grave, representado pelo motivo c, como mostra a Fig. 3:
c. 4 - 5
Figura 3 – Segmento 2 – Guerra-Peixe, Música nº1 (I)
Ao todo, ocorre sete segmentos em variação, soma-se, portanto, oito segmentos. A Tab.
1 resume as características de cada segmento e sua localização.
Tabela 1 – Localização e Característica Geral dos Segmentos – Guerra-Peixe, Música nº1 (I)
Vimos que a partir da identificação dos motivos e dos contornos foi possível identificar
os segmentos em variação. Veremos agora como ocorre a ordenação dos elementos da série nos
segmentos.
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Os doze sons, exclusivamente na série Original, são mantidos em contínua circulação.
Guerra-Peixe utiliza o recurso de rotação da série. Ou seja, o ordenamento dos elementos da
série são mantidos, mas nem sempre inicia na sua primeira altura. Ao examinar os segmentos
num sentido horizontal, ou seja, através da linha superior e inferior, separadamente, observa-se
que o ordenamento da série é mantido, conforme visto na Fig. 4. Na linha superior a série segue
sua disposição natural, isto é, o primeiro hexacorde precede o segundo hexacorde (as ordens
numéricas 11 e 12 estão dispostas na linha do baixo). Já na linha inferior, ocorre a rotação da
série na ordem numérica 7, ou seja, o segundo hexacorde precede o primeiro hexacorde
.
Figura 4 – Segmento 1 (Ordenamento da Série) – Guerra-Peixe, Música nº1 (I)
A alteração no ordenamento da série ocorre quando a série não é apresentada com
menos de doze sons (neste caso, há a omissão de alturas da série). Ou quando os seus elementos
estão interpolados (geralmente duas ou três alturas), deixando a série semi-ordenada.
Ao examinar os demais segmentos, tendo como critério a distribuição da série em linhas
separadas (na linha superior ou na linha inferior), veremos o ordenamento da série é preservado,
salvo as exceções de omissão de elementos (segmentos 2,3,5,8) e nos casos em que há a
interpolação de elementos (segmentos 2,4,7,8). A Tab. 2 resume o aparecimento do material da
série nos oito segmentos da peça.
Síntese
▪ A composição apresenta direcionamentos verticais e horizontais gerados pela série.
▪ A série é simétrica, sendo a primeira peça na qual o compositor utilizou este tipo de série.
▪ Ocorre a distribuição da série através de hexacordes.
▪ Ocorre rotação da série.
▪ No decorrer de toda a peça os elementos da série se encontram exclusivamente na forma O0, sendo esta a base das relações estruturais.
▪ Há a utilização de quatro motivos: a, b, c, d. Cada qual com uma propriedade específica.
▪ As variações dos motivos utilizam os procedimentos de variações quanto à rítmica, contorno
e alturas.
A estrutura da peça está relacionada ao segmento 1. Sendo a base para a ocorrência de
outras sete variações.
Movimentos em direção aos registros agudos, compensados com direcionamentos para o
registro grave.
Inícios e desfechos representados pelos motivos a e c, respectivamente.
Os segmentos que têm por base a ordenação da série Original (sem transposição) estão
representados nas seguintes da seguinte maneira: 1) Série ordenada contendo número de
doze sons; 2) Série parcialmente ordenada, utilizando o recurso de permutação e omissão de
elementos.
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Tabela 2 – Ordenamento dos Segmentos – Guerra-Peixe, Música nº1 (I)
*
*
*
Peça p’ra Dois Minutos, para Piano
Utiliza uma série de dez sons. A série empregada é de 10 sons, conforme mostra a Fig.
5. Ela é utilizada com a possibilidade de gerar motivos. Seu uso é exclusivo na forma Original
contendo algumas transposições.
Figura 5 – Série de 10 sons – Guerra-Peixe, Peça p’ra dois Minutos (I)
Guerra-Peixe expõe a série, dividindo-a em duas células, “Na peça Pra dois Minutos,
para piano [...] o ponto de partida é a construção de células melódicas.” 9:
9
Idem, p.13.
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Figura 6 – Divisão da série em duas células – Guerra-Peixe, Peça p’ra Dois Minutos (I)
Portanto, considerou-se sendo motivo a (formado por seis sons), e motivo b (formado
por quatro sons). Eles aparecem sob ritmos homogêneos em que a série aparece recorrente em
dobramento de oitava, embora ocorram momentos de textura contrapontística em estilo
imitativo. A partir da junção de tais motivos é que a peça foi estruturada. Em um documento
traçando a sua evolução estética, o próprio Guerra-Peixe estabeleceu motivos gerados pela
série10.
No entanto, a peça não é serial por completa. Na maioria dos casos, as combinações dos
motivos formam segmentos seriais, em outros casos, formam segmentos não-seriais.
No segmento serial os motivos a e b ocorrem lado a lado formando a série de dez sons.
A Fig. 7 mostra o segmento na forma da série O-511, de acordo com a Matriz12.
c. 6-7
Figura 7 – Motivos a, b (Segmento Serial) – Guerra-Peixe, Peça p’ra Dois Minutos.
A série aparece completa, na mesma textura (motivo a,b lado a lado), nas transposições
O2, O4, O5, O-11 e principalmente O-10, que ocorre um número maior de vezes.
No segmento não-serial, os motivos a e b possuem formas das séries distintas entre si.
Observem-se que no c. 10 os motivos a e b ocorrem lado a lado, no entanto o motivo a está na
forma O5, enquanto que o motivo b está na forma O-0. Conforme é visto na Fig. 8:
c. 10-12
Figura 8 – Motivos a, b com formas das série distintas – Guerra-Peixe, Peça p’ra dois Minutos.
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12
Confira-se Apêndice 1.
Forma Original na quinta transposição.
Confira-se a Matriz - Apêndice 2.
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Outras ocorrências de segmentos não ordenados são caracterizadas por combinações de
motivos independentes onde não há a intenção de formar os dez sons da série. Observem-se na
Fig 9 três diferentes ocorrências da motivo a: na forma da série O-0, O4 e na variação a’
(O11)13, conforme a Fig. 9:
c. 1-4
Figura 9 –Motivos independentes – Guerra-Peixe, Peça p’ra dois Minutos.
Síntese
Utilização de uma série de dez sons.
O segmento da série aparece representado sob dois motivos:
1) de seis sons (motivo a);
2) de quatro sons (motivo b).
A textura é caracterizada por ritmo homogêneo e constante.
As junções de motivos formam segmentos. Estes podem ser seriais e não-seriais.
O segmento serial ocorre combinando-se, lado a lado, os motivos a e b.
O segmento não-serial é apresentado sob duas maneiras diferentes:
1) segmentos constituídos por motivos ordenados a e b, porém cada uma possuindo
forma da série distinta da outra.
2) segmentos formados por motivos (ordenados ou não ordenados) independentes,
envolvendo diferentes números de alturas.
**
Conclui-se que Guerra-Peixe utilizou um tratamento individual do serialismo para cada
uma das peças, demonstrando originalidade em lidar com o material. De fato, assim como
outros compositores do Música Viva, Guerra-Peixe seguiu os princípios do Movimento no
sentido de buscar “uma base de renovação da música brasileira nos aspectos da criação [...]”14
O serialismo ortodoxo da técnica de doze sons foi substituído por outros “serialismos” de novas
faces, na tentativa de atingir um certo “tempero nacional”. Na Música nº1 Guerra utilizou
livremente as variações sobre o segmento inicial com a mesma série de doze sons (sem suas
inversões, transposições ou retrogradações). Na peça pr’a dois minutos, ele utilizou o serialismo
de dez sons combinando os mesmo motivos rítmicos (sincopados) a texturas seriais e nãoseriais.
Referências Bibliográficas
EIMERT, Herbert. ¿Qué es la música dodecafónica? Tradução de Juan Pedro Franze y Francisco I.
Parreño. Argentina: Editorial Nueva Vision, 1959.
GADO, Adriano Braz. Um estudo da técnica de doze sons em obras selecionadas: Hans Joachim
Koellreutter e César Guerra-Peixe. Dissertação de mestrado (UNICAMP). 2005.
13
No motivo a’ (O11) ocorre a alteração da primeira nota do ordenamento da série na forma O11.
O motivo a (O11) forma as nota conforme seu aparecimento na matriz: Mib, Sol#, Fá, Lá, Dó, Lá#;
O
motivo a’ (O11) forma as notas: Réb, Sol#, Fá, Lá, Dó, Lá#.
14
KATER, 2001, p. 5.
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19
GUERRA-PEIXE, César. Documentação que resume as atividades artísticas de Guerra-Peixe até 1971.
Belo Horizonte: Escola de Música da UFMG, 1971.
____________________. Oitenta exemplos extraídos das minhas obras, demonstrando a evolução
estética até abril de 1947. Rio de Janeiro, 1947, (Manuscrito). In: LIMA, Cecília Nazaré de. A fase
dodecafônica de Guerra Peixe : à luz das impressões do Compositor. Campinas: UNICAMP. Dissertação
(Mestrado). 2002.
KATER. Carlos. Música Viva e H. J. Koellreutter: movimentos em direção à modernidade. São Paulo:
Musa Editora/Atravez, 2001.
LIMA, Cecília Nazaré de. A fase dodecafônica de Guerra Peixe : à luz das impressões do Compositor.
Campinas: UNICAMP. Dissertação (Mestrado). 2002.
SCHOENBERG, Arnold. Fundamentals of Musical Composition. Gerald Strang and Leonard Stein (ed.).
London: Faber & Faber, 1970.
Apêndice 1 - Motivos gerados pela série, segundo Guerra-Peixe
Os exemplos 51 a 57 referem-se ao documento “Oitenta exemplos extraídos de minhas
obras, demonstrando a evolução estética”15 escrito pelo próprio Guerra-Peixe. Evidencia os
motivos gerados pela série. Conforme mostra a Tab. 3:
Tabela 3 – Motivos mostrados por Guerra-Peixe em seu documento
15
GUERRA-PEIXE, César. Oitenta exemplos extraídos de minhas obras, demonstrando a evolução estética –
até abril de 1947. In LIMA, Cecília Nazaré de: A fase dodecafônica de Guerra Peixe: à luz das impressões do
Compositor. Unicamp, 2002. Dissertação (Mestrado). Pp. 206-207.
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Apêndice 2
Matriz da série de dez sons: Peça pr’a Dois Minutos
O-0
O-7
O-10
O-6
O-3
O-5
O-9
O-2
O-11
O-1
O-4
O-8
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
E
B
D
A#
G
A
C#
F#
Eb
F
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C
F
D
E
G
B
Adriano Braz Gado ([email protected]) é pianista e mestre em análise musical pela UNICAMP.
Tem se dedicado à pesquisa e performance da música do séc. XX. Atualmente é professor de Harmonia e
de Análise Musical do curso de graduação do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.
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