Universidade de São Paulo FBA0201 – Bromatologia Depto. de Alimentos e Nutrição Experimental FCF – USP Fibra Alimentar Bruna Cabral Fernanda Imamura Marta Campos Rafaela Faria Índice • • • • Introdução Métodos para determinação de F.A. Fibra e seu valor energético Conclusão Introdução • Evolução no conhecimento sobre fibra alimentar: área fisiológica e analítica. • Benefícios a saúde • Pesquisa, indústria alimentícia e acompanhamento nutricional • Mesmo com todo desenvolvimento tecnológico analítico, ainda há confusão entre os dados de composição de alimentos. • Codex definição de 2009: "Fibra alimentar significa polímeros de carboidratos com dez ou mais unidades monoméricas, onde não são hidrolisadas por enzimas do intestino delgado humano.“ Métodos Enzímico Gravimétrico • Utiliza a digestão enzimática para eliminar componentes não fibrosos, permitindo a quantificação do resíduo de fibra alimentar por pesagem. • Método propostos por Hellendoorn, Asp, Prosky e Lee. • Hellendoorn, Asp e Prosky 1995 - Método adotado oficialmente pelo AOAC (Association Oficial of Analytical Chemestry). • Lee 1992 > substitui o tampão fosfato, elimina uma etapa de ajuste de pH e reduz o volume total. Desvantagens: Oligossacarídeos não digeríveis e o amido resistente • AOAC 985.29 >soma as frações de fibra solúvel e insolúvel, * kit enzima é chamado TDF-100. • AOAC 991.43 >distingue a fibra alimentar insolúvel e a solúvel de alto peso molecular. • Se tornaram impróprios com o surgimento de fibra alimentar de baixo peso molecular (inulina frutooligossacarideo, galacto-oligossacarideo, e polidextrose). • Além disso apenas o tipo RS3 de amido resistente é medido, deixando de lado os RS 1, 2 e 4 . Obs: RS ( Resistant Starch). • O método AOAC 2009.01 (AOAC 985.29 + AOAC 991.43 +AOAC 2001.03 + AOAC2002.02) • A amostra precisa estar seca e desengordurada (se o teor lipídico > 10%) • * kit enzimático Megazyme (amilase termoresistente, protease e amiloglicosidase). É o método que determina maiores valores de fibra alimentar comparado aos outros métodos. Enzímico Químico Espectrofotometria (Southgate)- Calorimetria • • • • • Fracionamento de fibra alimentar solúvel, insolúvel e lignina Ruptura das metodologias da época Rápida, fácil e menos dispendiosa Amostras desconhecidas -> menos exato Não há informações detalhadas dos componentes de FA Cromatografia a gás • Exato e preciso para determinar F.A.T. • Reprodutibilidade consistente • Perdas por hidrólise afetam a determinação de F.A. • Falta de consistência nos fatores de correção • Recupera os monossacarídeos • Valores de F.A.T. são maiores Cromatografia líquida de alta eficiência (Englyst) – HPLC • Mais eficiente • Quantidades de analito cada vez menores • Maior número de análises/tempo • Níveis de fibra são menores que os medidos pela AOAC • Analisar produtos de difícil análise (ex: fórmulas para bebes) • Quantificação da perda de inulina, amido resistente, polidextrose e maltodextrina -> métodos específicos. • Origem vegetal – frações de lignina e/ou componentes associados a polissacarídeos. • Desenvolvimento de novos métodos AOAC, inclusão de fibra alimentar e amido resistente de baixo peso molecular. • Difícil combinar valores ‘clássicos’ com ‘novos’ por restrições financeiras. Maltodextrina Inulina a) b) c) d) • • • • • AOAC Englyst Por diferença Southgate Inglaterra AOAC – Rotulagem de alimentos Englyst – Tabelas de composição de alimentos Valores de Southgate e AOAC são próximos Valores de Englyst são menores que AOAC Método não Enzímico Gravimétrico • Método para determinação da fibra alimentar em alimentos com baixo teor de amido, que vem sendo utilizados para frutas. Método Químico Gravimétrico • Estima o valor da fibra bruta e é baseado na medida do resíduo após digestão in vitro com ácido e álcali. Método Gravimétrico • Método da Fibra Bruta • Método Detergente Fibras por detergentes ácidos (ADF) Fibras por detergentes neutros (ADN) Valor energético da F.A. • Incluir no cálculos energéticos a energia da fibra alimentar • 1g de fibra = 2kcal • Método AOAC2009.01 somente para alimentos que contêm amido resistente • Para os cálculos energéticos foram usados dados vindos dos métodos AOAC985.20 e AOAC009.01 • Por enquanto, não há nenhum método de análise padrão estabelecido. O método mais apropriado é o AOAC2009.01 Ao todo, o banco de dados da Europa possui 39.000 alimentos registrados Conclusão • A escolha do método correto • Fatores de análise para escolha do método: Tempo de análise Custo Ficar atento ás evoluções do desenvolvimento das técnicas analíticas O desempenho depende das características que definem a confiabilidade Aplicabilidade: capacidade do método não sofrer interferência de outros matérias que possam estar presentes na amostra. Especificidade: habilidade do método em detectar unicamente o nutriente em questão. Sensibilidade: Resposta do método por unidade de concentração Exatidão e precisão: controle de qualidade analítica. Considerações Finais Referências • • • • • • • • WESTENBRINK, Susanne. et al. Dietary fibre: Challenges in production and use of food composition data. Food Chemistry. The Netherlands. 140 (2013) pg 562–567. Disponível em: < www.elsevier.com/locate/foodchem >. Acesso em 28 de Outubro de 2013. MCCLEARY, Barry. Multilaboratory Validation of an Integrated Procedure for the Measurement of CODEX Dietary Fibre”. Megazyme International Ireland Limited. MCCLEARY, Barry. Et al. Determination of Total Dietary Fiber (CODEX Definition) by Enzymatic-Gravimetric Method and Liquid Chromatography: Collaborative Study. Atual definição de Fibra Alimentar . 04/ 2010. ALINORM 10/33/26. CÁRDENASI, LUCIA. Efeito do processamento doméstico sobre o teor de nutrientes e de fatores antinutricionais de diferentes cultivares de feijão comum. Ciênc. Tecnol. Aliment. Campinas. vol.28 no.1 Jan./Mar. 2008. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-20612008000100029 >. Acesso em: 30 de Outubro de 2010. ANDRADE, Ludmilla. Teores de Fibra Alimentar e de Inibidores de Proteases em Arroz Polido (Oryza sativa, L.)e Feijão Comum (Phaseolus vulgaris, L.). Brazilian Journal of food technology, 19/03/1999. 161-169. Disponível em: < http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm#5.16 > . Acesso em: 27 de Outubro de 2013. MENDES, Ana Rita. Implementação e validação de uma metodologia para análise de fibra alimentar . Dissertação apresentada para provas de Mestrado em Química Forense. Universidade de Coimbra. Julho de 2011. Disponível em: < https://estudogeral.sib.uc.pt/bitstream/10316/16081/1/Fibra%20AlimentarAna%20Rita%20Mendes.pdf > . Acesso em: 12 de Outubro de 2013. 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