A história da Voith
Voith GmbH | Portugu ês | juhno 2013
Voith GmbH
St. Pöltener Str. 43
89522 Heidenheim
Deutschland
www.voith.com
Sempre à frente
com boas ideias –
desde 1867
A história da Voith
Heidenheim por volta de 1860
3
A primeira instalação de teste de
­turbinas Voith em Hermaringen an
der Brenz, construída em 1907
4
Índice
06Prefácio
08 A Voith no começo do século XXI
17 Preparando o caminho para uma história
de sucesso … 23 Como tornar boas ideias em bons negócios …
1867–1913
35 Invenções tornam-se tecnologia de base …
1913–1945
45 Como milagres econômicos se tornam realidade
em todo o mundo ... 1945–1982
55 Tecnologias inovadoras trazendo o progresso para a economia e a sociedade …
1982 …
63 Perspectivas para o futuro …
67 Marcos na história
5
Por que nos
­interessamos pela
história da Voith …
Não há registros de quantas pequenas oficinas de metalurgia
havia na Alemanha em meados do século XIX. Mas uma coisa
é certa: apenas uma delas tornou-se uma empresa familiar
atuando no mundo inteiro, atualmente com cerca de 40.000
funcionários e um volume de negócios da ordem de 5,6
­bilhões de euros. Uma empresa que contribui para o crescimento e a prosperidade em setores cruciais das sociedades
modernas – e que detém mais de 11.000 patentes (acrescentando a elas mais 400 todos os anos). Qual é o segredo dessa
inigualável história de sucesso? O que essa empresa fez de
tão especial para que pudesse se tornar já no final do século
XIX e início do século XX uma empresa conceituada até
mesmo na América do Norte e na China? E como surgiu dela
o atual grupo de empresas que abrange mercados tão diversos como os de energia, petróleo e gás, papel, matérias-­
primas e ainda transporte e automotivo?
Neste livreto, queremos descobrir com você o que esse passado pode nos ensinar para o futuro. Pois há aspectos nessa
história de sucesso que são constantes: planejamento e atu-
6
ação em longo prazo, responsabilidade pelos nossos clientes
e parceiros, incentivo ao pioneirismo, uma postura cosmopolita, comprometimento com os valores Voith e, principalmente,
coragem e criatividade para inovações e investimentos.
Para nós, o passado não é um capítulo fechado. Ao contrário,
ele nos motiva a continuar escrevendo a história de sucesso
da Voith, com entusiasmo e energia.
Desejamos uma boa e proveitosa leitura.
Atenciosamente,
Dr. Hubert Lienhard, Presidente da Diretoria
do Grupo, Voith GmbH
7
A Voith no começo
do século XXI
A Voith é um grupo tecnológico que atua em todo o mundo
e um parceiro de indústrias chave. Com soluções inovadoras
e tecnologia de ponta, a empresa contribui para o desenvolvimento dos mercados industriais e, portanto, para a melhoria
dos padrões de vida de milhões de pessoas no mundo.
Eletricidade para luz e aquecimento, papel para a educação
e a comunicação, matérias-primas para produtos industriais,
mobilidade para milhões de pessoas e mercadorias são fatores
essenciais para a vida no século XXI.
A Voith cria as condições necessárias para isso e atende aos
mercados de energia, petróleo e gás, papel, matérias-primas
e ainda transporte e automotivo com uma ampla oferta de
equipamentos, produtos e serviços. Um quarto da energia
hidrelétrica gerada em todo o mundo é produzida com turbinas ou geradores da Voith. Equipamentos e componentes da
Voith mantêm a indústria do petróleo e gás em andamento.
Uma grande parte da produção de papel mundial é fabricada
em máquinas de papel da Voith. A tecnologia de acionamento
da Voith move veículos utilitários sobre trilhos, rodovias e
­hidrovias. Grandes empresas industriais, no mundo inteiro,
confiam nos serviços tecnológicos da Voith.
8
1
3
2
4
5
Nossos mercados:
1Energia
3Papel
5 Transporte e Automotivo
2 Petróleo e Gás 4Matérias-primas
No início do século XXI, mais de 40.000 funcionários trabalham para a empresa em 50 países. Com seus locais de
produção, seus centros de pesquisa e desenvolvimento,
­
e também assistência técnica e vendas, a Voith hoje está
estabelecida em todas as regiões do mundo.
A Voith é uma das grandes empresas de propriedade familiar,
cuja origem data dos primórdios do século XIX. Ao longo de
mais de 145 anos, a empresa fez história com tecnologia,
passou por profundas transformações sociais, superou guerras
mundiais e crises econômicas, e continuou crescendo de
forma constante. A Voith é hoje mais forte, mais diversificada
e mais internacional do que nunca, mas manteve-se sempre
fiel a si mesma.
9
Sempre uma ideia mais à frente
Uma coisa caracteriza a empresa Voith desde o início; a
­capacidade de pensar e planejar em longo prazo e com
­sustentabilidade ao longo de gerações. A Voith sempre teve
a capacidade de prever megatendências – e de desenvolver
as tecnologias necessárias para reagir a elas. Já houve época
em que o objetivo principal era a matéria-prima do papel
como mercadoria de massa, e o avanço da eletrificação e do
transporte ferroviário e rodoviário. Hoje, a agenda das economias modernas inclui as energias renováveis, mobilidade
ilimitada para pessoas e mercadorias, além de uma produção que economize recursos – temas dos quais a Voith vem
tratando já há muito tempo.
A energia limpa
O crescimento da população mundial é explosivo. Segundo
cálculos da ONU, 9,2 bilhões de pessoas viverão no planeta
1 Eletricidade gerada com fontes de energias renováveis
2 Reciclagem de matérias-primas
1
10
em 2050 – cerca de dois bilhões a mais que hoje. Essas
pessoas viverão em um mundo com um grau de industrialização e prosperidade significativamente mais alto. Todas
precisarão ser abastecidas com energia mais sustentável e
com o menor impacto ambiental possível. A energia hidrelétrica terá um papel decisivo na ampliação e transição do
abastecimento de energia nas economias de todo o mundo.
Em economias emergentes como a Índia, a China e o Brasil,
grandes usinas hidrelétricas produzem a energia para o crescimento e o bem-estar social, sem impacto para o clima,
com segurança, a preços acessíveis e de forma planejável. A
Voith participa de grandes projetos de usinas hidrelétricas
em todo o mundo.
Os engenheiros da Voith desenvolvem soluções inovadoras
também para países na Europa Central, nos quais o potencial
2
11
natural para usinas hidrelétricas já foi esgotado há muito.
Com a miniturbina StreamDiver, será possível produzir eletricidade em pequenas barragens que antes não podiam
ser aproveitadas. elas seguem a tend~encia das energias
renováveis. E sua base é a tecnologia de usinas reversíveis.
Novos conceitos para a indústria do papel
Com soluções e sistemas inovadores, a Voith ajuda a cuidar
do meio ambiente, enquanto reforça a posição de seus clientes
em um mercado cada vez mais competitivo. Com a fábrica
de papel integrada EcoMill, novos parâmetros estão sendo
definidos para a fabricação de papel com economia dos
­recursos: Com subprocessos altamente integrados, a Integrated EcoMill garante o baixo uso de matérias-primas, energia e água, como também baixos custos operacionais e de
investimento – uma contribuição considerável para um
­
desenvolvimento sustentável, principalmente nos países
­
emergentes, com um crescimento exponencial. No campo
da produção de papel tissue, os engenheiros da Voith também
estão fazendo história. Com a tecnologia ATMOS, pela
­primeira vez é possível fabricar papel tissue premium com
100% de fibra reciclada, economizando, ao mesmo tempo,
matéria-prima e energia.
Mobilidade para pessoas
Grandes cidades estão se tornando centros urbanos com um
crescimento explosivo. No ano de 2007, pela primeira vez,
havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo.
Segundo cálculos da ONU, em 2050 elas já serão 70 %.
12
1
2
1 Transporte público em cidades e regiões metropolitanas
2 Urbanização e mobilidade
crescente
13
Estas pessoas querem ser transportadas de um ponto para
o outro de forma rápida, confortável e sustentável. Nas megacidades, o transporte público urbano terá uma importância
crucial para a mobilidade individual. A Voith participa do desenvolvimento da tecnologia necessária para tal, fornecendo
sistemas para ônibus, fornecendo sistemas para ônibus,
VLT, metrôs e monotrilhos. Nos departamentos de desenvolvimento, estão surgindo acionamentos híbridos modernos,
sistemas de aproveitamento de energia desperdiçada e uma
nova geração do Aquatarder, o retarder secundário de água
para veículos comerciais.
14
Com raízes em todo o mundo
A Voith atua mundialmente desde o século XIX. A meta definida no começo do século XXI é criar raízes nos mercados
internacionais da mesma forma que elas existem na Ale­manha.
Sendo considerada uma empresa local de origem ­alemã,
tanto no mercado chinês, como no indiano ou brasileiro, a
Voith pode usar seus pontos fortes e suas vantagens da
­melhor forma. Portanto, a empresa acredita na consistente
criação de valores locais – e em equipes locais de gestão,
que compreendam a cultura, as características do mercado
e as necessidades locais, v­ ivendo ao mesmo tempo os valores
da Voith.
15
16
Preparando o caminho
para uma história de
sucesso …
De pequena serralheria suábia para fabricante de
máquinas com 30 funcionários: Johann Matthäus
Voith, o pai do fundador da Voith, Friedrich Voith,
deu a seu filho e, portanto, à empresa Voith algo
decisivo para o seu futuro: espírito de inovação e
empreendedorismo.
Johann Matthäus recebeu o impulso decisivo para sua visão
e atuação voltadas para o futuro durante sua visita à Exposição Mundial de Paris, em 1855. Entre cinco serralheiros e
mecânicos de Württemberg, ele conseguiu ­visitar esse foro
de novidades tecnológicas graças a uma bolsa para a viagem.
Seu relatório de viagem para a Central de Indústria e Comércio de Württemberg indica as lições que ele tirou de seu
­encontro com a grande indústria internacional. O fim da
­pequena indústria estaria próximo, a menos que começasse
a operar com máquinas melhores e mais modernas em
­escala industrial. Para poder enfrentar a concorrência superior da Inglaterra, seria necessário especializar-se através de
­invenções e ocupar nichos de mercado. Espírito de invenção,
força inovadora e uso de tecnologia seriam a chave para
fortalecer a competitividade. Ele próprio acabará tornando-se
o melhor exemplo para sua análise – com a tecnologia da
polpa de celulose que desenvolveu, ele tornou-se um pioneiro
da moderna indústria do papel.
Uma oficina histórica para
a fabricação de papel
17
1
1 Moinho no Brenz
2 Johann Matthäus Voith
3 A casa onde nasceu Johann Matthäus Voith, em Hinterer Gasse, Heidenheim
Partida em Heidenheim
Johann Matthäus tinha 22 anos de idade quando assumiu a
serralheria de seu pai, Johannes, em Heidenheim, em 1825.
Três anos antes, a empresa tinha se mudado do espaço
­limitado da Hintere Gasse para o espaçoso moinho Schleif­
mühle, no Brenz – onde até hoje fica a sede da empresa
Voith.
Ali, o mestre artesão era auxiliado por cinco trabalhadores
para processar as encomendas com os moinhos movidos a
rodas de água, principalmente os moinhos de papel. E Voith
cuidava também das máquinas das empresas têxteis vizinhas.
Johann Matthäus Voith (1803–1874)
•
•
Serralheiro com formação
profissional
Sua pequena serralheria
em Heidenheim é a ante-
18
cessora da empresa,
que em 1867 levou o
seu nome.
2
3
Em meados do século XIX, uma onda de otimismo toma conta
do país. Na região de Ostalb, a revolução industrial está em
pleno avanço. Heidenheim passa por um rápida ascensão,
principalmente na indústria têxtil. O crescimento econômico
é favorecido pelos recursos hídricos da região, que podem
ser utilizados para gerar a energia necessária para acionar as
máquinas nesse período pré-eletricidade.
Pioneiro na produção industrial de papel
O otimismo contagia também Johann Matthäus Voith. Ele
não se satisfaz mais apenas em consertar rodas de água
com defeito. Sua paixão é a obra completa, a construção. Ele
passa a melhorar a construção e o acionamento de máquinas
19
importadas. Fornece peças adicionais e de reposição para
máquinas de papel. E começa a desenvolver os mais diversos
maquinários: máquinas de fiação, uma máquina de lã cardada,
trituradores e também impressoras. Mais ou menos na
­mesma época, o inventor e mestre tecelão Friedrich Gottlob
Keller descobre que é possível fazer papel usando
a madeira. A administração e a economia precisam de quantidades cada vez maiores de papel. Os farrapos de tecidos
eram a matéria-prima usada para a fabricação de papel.
Com o aumento da demanda de papel, eles começam a
ficar raros. Mas se fosse possível usar a madeira como
­matéria-prima, o papel poderia ser produzido como mercadoria de massa, pois há muita madeira disponível. Keller conhece o fabricante de p
­ apel Heinrich Voelter, de Heidenheim,
e vende a ele sua patente. A técnica, porém, ainda não está
amadurecida para a produção. Voelter consegue solucionar
20
os problemas somente em colaboração com Johann
­ atthäus Voith. Este desenvolve em 1859 uma máquina desM
fibradora de madeira que produz uma trituração fina da madeira, permitindo uma fabricação de papel de alta qualidade
e a custos acessíveis. Com sua desfibradora de madeira,
Johann Matthäus Voith escreve parte da história da tecnologia. E abre o caminho para a produção industrial do papel.
Com o crescimento constante da demanda de papel, sua
empresa prospera também. Em vista da grande quantidade
de encomendas de desfibradoras de madeira, ele ­começa a
ampliar sua empresa continuamente e torna ­Heidenheim o
berço da indústria do papel. Em 1867, Johann Matthäus
­Voith entrega a seu filho Friedrich, que entrara para a empresa
em 1864, um negócio próspero com 30 funcionários: a fundação oficial da atual empresa Voith – e o começo de uma
nova época.
Trituração de madeira da Voith,
Exposição Mundial de Paris, 1867
21
22
Como tornar
boas ideias em
bons negócios …
1867–1913
A fundação da empresa Voith no ano de 1867
acontece durante uma época agitada. Em
1871, o rei da Prússia, Wilhelm I, é proclamado
Impe­rador do Império Alemão e Otto von
Bismarck torna-se o primeiro Chanceler do
Império. Com exceção de poucos intervalos,
o país passa por um período de prosperidade
econômica até a Primeira Guerra Mundial. Com
a eletrificação, a indústria pesada alcança um
crescimento exponencial: surgem centros com
concentração de indústrias, fábricas enormes
mudam os perfis das cidades.
As ferrovias atravessam toda a Europa. Desde 1864, Heiden­
heim está também ligada à rede de transporte nacional. A
cidade transforma-se, deixando de ser uma comunidade de
estrutura rural e tornando-se uma próspera cidade industrial –
também graças à Voith.
Turbina Francis da Voith em um
eixo da usina. A energia é transmitida pelas rodas dentadas.
23
Espírito empreendedor na era de ouro da economia
Ao lado do proletariado em constante crescimento, o “Gründer­
zeit” – a idade dos empresários industriais na Alemanha – faz
surgir também uma burguesia rica e autoconfiante. Friedrich
Voith é a personificação quase perfeita do novo tipo de
­empresário inovador: talento para organização, vontade de
inovar, coragem para correr riscos, espírito cosmopolita e
uma postura patriarcal caracterizam o engenheiro criativo e
proprietário da empresa. Ele levará adiante as ideias de seu
pai, reformando totalmente a empresa, desenvolvendo novos
setores de ­negócios, expandindo para o exterior e tornando
o nome Voith famoso em todo o mundo. Ele entrevê os
­sinais do desenvolvimento no horizonte e orienta a empresa
Voith de acordo com eles, com muita obstinação: papel e
energia são as megatendências da época.
São ideias da Voith que irão acelerar o processo de eletrificação – e que hoje formam a base da geração sustentável
de energia. Ideias da Voith são também o fundamento para
que o papel possa ser fabricado em escala industrial,
tornando­-se uma mercadoria disponível em massa. E como
a Voith oferece soluções que contribuem para o avanço econômico e social, a empresa Voith também progride – uma
relação que continua existindo até hoje.
Friedrich Voith (1840–1913)
•
•
•
Filho de Johann ­
Matthäus Voith
Engenheiro e empresário,
formado pela Escola
­Politécnica em Stuttgart,
no Departamento de
­Mecânica
Depois de cumprir anos de
profissionalização e como
aprendiz itinerante em
24
•
­ iversas empresas, entra
d
para a empresa do pai,
­cuja direção assume em
1867.
Abre o caminho da
­transição de oficina
­metalúrgica para empresa
internacional e é condecorado com diversos títulos
honorários.
1 Friedrich Voith e sua
mulher Helene
2 Escritório de Friedrich Voith
3 E
ste contrato memorável de
1867 marca a data oficial da
fundação da Voith.
1
2
3
25
Coragem e visão do futuro
Depois de fazer seu aprendizado profissional e cumprir seus
anos como aprendiz itinerante em diversas empresas, Friedrich
Voith entra para a empresa de seu pai em 1864 – e assume,
logo de início, a encomenda de oito “Holländer” (máquinas
para refinar celulose). Uma decisão ousada, pois ele não tem
galpões e maquinários essenciais para esse projeto. Então,
Friedrich Voith amplia a área em torno do moinho, aumenta a
quantidade de funcionários e entrega as máquinas conforme
o pedido.
Johann Matthäus tem uma opinião reservada com relação à
coragem de assumir riscos de seu filho. Ele é extremamente
a favor de novas experiências em questões tecnológicas,
mas mais conservador nas decisões empresariais. Com a
entrega da empresa para seu filho em 1867, uma nova época
começa. Nos anos seguintes, a empresa Voith crescerá
­aceleradamente, expandindo também para o exterior. Fica
evidente que a coragem de Friedrich é sempre acompanhada
1 Desfibradora de madeira:
desenho da construção para
o registro da patente, 1869
2 D
esfibradora de madeira na Exposição Mundial de Viena, em 1873
1
26
de uma visão em longo prazo. Ele possui uma visão de f­uturo
notável quando se trata de transformar inovações em produtos
comercializáveis.
Dizem que o papel é paciente – Friedrich Voith,
ao contrário, é muito impaciente
A era industrial já é também uma era da comunicação – as
informações ainda são transmitidas principalmente através
do papel escrito ou impresso, e isso em volumes cada
vez maiores. O setor do papel, em franco crescimento, é o
fundamento para o sucesso crescente da empresa Voith.
Friedrich Voith aprimora o desenvolvimento da tecnologia de
moer e extrair fibras da madeira, construindo diversas máquinas especiais. Em 1869, a Voith recebe a primeira patente
para uma desfibradora e várias outras patentes ainda viriam.
Em 1873, Voith é condecorado com a Medalha do Progresso
na Exposição Mundial de Viena por um equipamento de
moer e extrair fibras da madeira.
2
27
1
Como empresário ambicioso, Friedrich Voith não deseja mais
se limitar a fabricar apenas componentes individuais para
máquinas de papel. Voith constrói máquinas de papel que
processam as matérias-primas até o produto final. Em 1881,
a Voith entrega a primeira máquina de papel completa para
a empresa Raithelhuber, Bezner u. Cie., em Gemmrigheim,
junto ao rio Neckar. Nos anos seguintes, Friedrich Voith
­assegura a posição de sua empresa como líder de mercado
no setor de máquinas de papel, ampliando constantemente
o leque de produtos. Máquinas de papel com diferentes
­larguras, altas velocidades de produção, fabricação de papel
jornal, cartão e papéis especiais – a Voith fornece aquilo que
o mercado procura.
Crescimento com a construção de turbinas
“Especializar-se através de invenções e ocupar nichos de
mercado”, era o que o patrono Johann Matthäus Voith havia
postulado em 1855, após sua visita à Exposição Mundial –
Friedrich Voith dá continuidade a essa exigência. Ele constata
que, além da demanda de papel, a necessidade de energia
também está aumentando na Alemanha. Por isso, a partir
28
2
1 A Voith fabrica sua primeira máquina de papel completa em 1881.
2 Turbina espiral Francis da
Voith com regulador de
precisão
dos anos de 1870 a construção de turbinas hidráulicas
t­orna-se um segundo ramo de negócios da empresa – um
departamento que foi um resultado lógico dos negócios principais. Pois como produtor de máquinas de papel acionadas
mecanicamente por moinhos de água, a Voith conhece
­profundamente os princípios dessa tecnologia. Os moinhos
de água dão origem às turbinas hidráulicas – e estas desenvolvem-se para uma tecnologia chave para a geração de
eletricidade a partir da energia hidráulica. Dessa forma, a
Voith torna-se uma importante precursora da eletrificação.
A primeira turbina sai da fábrica em 1870. Logo a empresa
adquire reputação como especialista para energia hidráulica.
A Voith constrói sempre a turbina ideal para diferentes quantidades de água e alturas de quedas. O ano de 1873 é um
marco, quando Friedrich Voith fabrica a primeira turbina
Francis para a tecelagem C. F. Ploucquet, em Heidenheim.
Friedrich reconheceu as características pioneiras desta
­invenção vinda da América e a aperfeiçoou de tal forma que
logo ela dominava o mercado. Entre outras coisas, ele utiliza
pás móveis para regular o desempenho das turbinas.
29
1
Invenções eletrizantes
Se as primeiras turbinas eram construídas principalmente
para o acionamento mecânico de máquinas, o aumento da
eletrificação gera uma grande demanda de turbinas hidráulicas para produzir eletricidade. Em 1879, o primeiro regulador
de turbinas da Voith é construído, uma invenção inovadora
na geração de energia hidrelétrica. Agora, a eletricidade não
precisa mais ser gerada no local em que será consumida – o
primeiro passo para a construção de usinas elétricas e de
redes de distribuição através do país. O desenvolvimento de
máquinas elétricas, a crescente popularidade da engenharia
elétrica e a construção de grandes centrais elétricas geram
uma demanda enorme por turbinas – e, consequentemente,
grandes oportunidades de vendas para a Voith.
Da pesquisa para o desenvolvimento
Quem quiser sobreviver à concorrência econômica tem que
estar tecnologicamente à frente de seus concorrentes: este
é um dos princípios fundamentais de Friedrich Voith. Por
isso, ele mantém um contato intenso com a ciência e a pesquisa. Com seu amigo Gottlieb Daimler, ele faz experimentos
com motores a base de pó de carvão. Heidenheim torna-se
um Eldorado para engenheiros
30
1
2
Moinho Brunnenmühle
Heidenheim: o centro
de pesquisa de turbinas
Voith e a primeira usina por bombeamento entram
em funcionamento, em 1908.
2 A Voith fabrica seu primeiro
regulador de turbinas em 1879.
O intercâmbio produtivo com a ciência e pesquisa resulta na
instalação de vários centros de pesquisa e desenvolvimento.
Em 1908, com a construção da primeira usina por bombeamento, ou reversível, na Alemanha, a Voith justifica mais uma
vez sua fama de inovadora. Utilizando a eletricidade excedente
barata dos centros de pesquisa, a água bombeada para um
tanque de armazenamento durante a noite é utilizada para
acionar as turbinas, no dia seguinte.
Com isso, a Voith descobriu uma tecnologia chave para a
geração de eletricidade a partir de fontes renováveis –​​ já que
se torna possível armazenar energia para utilizá-la posteriormente.
A atração no exterior
A partir de 1893, Voith começa a dar cada vez mais atenção
aos mercados estrangeiros. Durante uma viagem ao continente americano, para a Exposição Mundial de Chicago,
­junto com outros industriais suábios, Friedrich Voith obtém
os contatos necessários. A exportação, principalmente de
turbinas, adquire uma grande importância para a empresa.
Em 1903, uma encomenda espetacular chama a atenção,
não só do público especializado: a sociedade de usinas nas
Cataratas do Niágara encomenda doze turbinas Francis de
31
1903 a 1912, com até 12.000 PS, um tamanho até então
nunca alcançado. A Voith executa a encomenda com sucesso,
tornando-se sinônimo de competência tecnológica e qualidade
no mundo inteiro.
Friedrich Voith passa a investir consequentemente na
conquista de mercados lucrativos. Em 1903, ele abre a
­
­primeira fábrica subsidiária estrangeira, na cidade austríaca
de St. Pölten, para o fornecimento de máquinas de papel
para os mercados austro-húngaro e russo. Em 1906, Voith
recebe sua primeira grande encomenda da longínqua China:
a empresa deve produzir as turbinas para a primeira usina
hidrelétrica chinesa, em Shi Long Ba (província de Yunnan).
Quatro anos mais tarde, elas são entregues. Passo a passo,
a fábrica suábia Voith vai se tornando uma empresa mundial.
Investimentos em máquinas – e em especialização de
pessoas
A crescente variedade dos produtos e as dimensões cada
vez maiores das máquinas exigem que as capacidades de
produção na sede, em Heidenheim, sejam constantemente
ampliadas. A oficina mecânica e metalúrgica torna-se uma
32
fábrica gigantesca. Nestes anos, a área construída da empresa cresce quase nove vezes.
Friedrich Voith acredita que produtos de qualidade só podem
ser fabricados com um quadro de funcionários técnicos com
boa formação especializada, por isso investe também na formação profissional das próximas gerações de colaboradores
e cria já em 1910 sua própria oficina de aprendizado. Os benefícios sociais oferecidos pela Voith também são avançados
para a época: enquanto a jornada de trabalho na maioria das
fábricas do Império Alemão, em 1890, é reduzida para onze
horas e o pagamento de horas extras é introduzido, na Voith
já existe há muito tempo uma jornada de dez horas por dia.
Ao morrer, em 1913, Friedrich Voith deixa para seus filhos
uma fábrica de máquinas e equipamentos extremamente
bem sucedida. Sob sua direção e graças a ideias inovadoras,
planejamento estratégico e decisões empresariais arrojadas,
a antiga oficina com cerca de 30 colaboradores tornou-se
uma empresa mundial, voltada para a exportação, empregando por volta de 3.000 pessoas.
Entre 1903 e 1912, a Voith
forneceu 12 turbinas gêmeas
Francis para a usina da Ontario
Power Company, nas Cataratas
do Niagara
33
34
Invenções tornam-se
tecnologia de base …
1913–1945
Os anos entre 1913 e 1945 são um período de
enorme avanço tecnológico – e de mudanças
e crises sociais, políticas e econômicas. A
rede telegráfica aproxima cada vez mais os
­países, um primeiro passo em direção à
­globalização. Os automóveis, os bondes, os
trens e navios aumentam a mobilidade das
pessoas – e a Voith é literalmente uma força
motriz deste desenvolvimento. Mas duas guerras
mundiais, inflação e a crise econômica mundial
farão a empresa enfrentar enormes desafios.
No ano de 1922, a Voith começa
a produção de turbinas Kaplan.
35
1
2
1 Os filhos de Friedrich Voith,
(da esquerda para a direita)
Walther, Hermann e Hanns
2 Em 1903, a Voith inaugura sua primeira subsidiária no exterior, em St. Pölten (Áustria).
36
Sempre em frente, unindo forças
Depois da morte de seu pai, Friedrich Voith, em 1913, os
­filhos Walther, Hermann e Hanns assumem a direção da empresa. Cada irmão assume um área de responsabilidade:
Walther cuida da expansão da fábrica em St. Pölten, Hermann
é responsável pelo setor comercial da sede em Heidenheim,
enquanto Hanns dirige o departamento técnico. A Primeira
Guerra Mundial é uma fase difícil para a empresa: encomendas do exterior são canceladas, 200 funcionários da Voith
morrem durante a guerra. A inflação torna a sobrevivência
difícil. A Voith paga a seus funcionários com sua própria
­moeda de emergência, que por tempo limitado serve como
forma oficial de pagamento em Heidenheim.
A terceira geração
Walther Voith (1874–1947)
• Doutorado em Engenharia
Mecânica na Escola Técnica Superior de Stuttgart.
• Participa de forma
­decisiva da expansão
e crescimento da fábrica
de St. Pölten (Áustria).
Hermann Voith (1878–1942)
• Doutorado em Direito,
­diretor comercial da sede
em Heidenheim
• Ampliou os negócios no
exterior entre as duas
Guerras Mundiais.
Hanns Voith (1885–1971)
Estudo de Engenharia
Mecânica em Dresden
• Depois da morte de seus
irmãos, último membro
masculino que resta na
família.
• Reconstruiu a empresa
depois da Segunda Guerra Mundial, com a ajuda
de Hugo Rupf, e a transformou em uma “GmbH”
(sociedade de responsabilidade limitada).
• Guiado pelos princípios
antroposóficos e pelo
­engajamento social
durante toda a sua vida.
•
37
Em 1918, é criada a República de Weimar, trazendo inicialmente maior estabilidade. Graças a uma divisão inteligente
das responsabilidades, os três irmãos conseguem avançar
com a expansão das fábricas da Voith durante essa época.
Corrente de ideias
1922 marca um novo grande passo na geração de energia
­hidrelétrica: depois de vários anos de preparação, a turbina
Kaplan, inventada pelo Professor Viktor Kaplan, está pronta
para ser produzida em série, e o primeiro modelo é fornecido.
A turbina Kaplan é utilizada, principalmente, em usinas fluviais
e logo torna-se uma tecnologia de base nesse setor. Sua
grande vantagem: graças às aletas giratórias, alcança alto
grau de eficiência, mesmo com quedas de alturas menores e
com baixas vazões de água.
Consequência lógica: um novo setor de negócios
Construção de transmissões
O desenvolvimento dos negócios durante os anos de crise
traz algumas lições para a Voith. Os setores de tecnologia
para fabricação de papel e de geração de energia hidrelétrica,
A Voith desenvolve sua primeira
transmissão para veículo ferroviário em 1932 – um ônibus sobre
trilho de 80 HP em Viena.
38
marcados pelas encomendas de grande porte, provaram ser
muito voláteis. Em 1922, a Voith decide entrar em um terceiro
setor de negócios que tenha um mercado mais estável: a
construção de transmissões. Este setor é também o resultado
lógico e orgânico dos negócios principais já exercidos pela
empresa. A Voith conta com uma profunda experiência na
construção de máquinas de papel e turbinas hidráulicas acionadas por engrenagens. E o conhecimento sobre engenharia
de fluidos adquirido na construção de turbinas é também de
grande ajuda. Com uma série de invenções inovadoras, a
Voith irá fornecer as tecnologias de base para o transporte
rodoviário e ferroviário em uma sociedade cada vez mais
marcada pela mobilidade. Assim, a Voith desenvolve, em
1932, uma nova transmissão turbo para locomotivas de
­combustível, que agora substituem, continuamente, as locomotivas a vapor utilizadas pelas empresas ferroviárias. As
transmissões mecânicas usadas até então só podiam ser
usadas em ferrovias com restrições. A nova transmissão
turbo é aplicada pela primeira vez no transporte urbano
­
­sobre trilhos na Áustria, em 1933 – e o sucesso traz mais
encomendas, tanto em território nacional como do exterior.
39
1 Hermann Föttinger
2 Ernst Schneider
1
3 Hélices Voith Schneider
Mobilidade internacional graças ao princípio Föttinger
O grande passo à frente é dado com a invenção do professor
Hermann Föttinger: a transmissão hidrodinâmica, conhecida
também como princípio Föttinger – uma técnica aplicada ainda
hoje no mundo inteiro, em veículos dos mais variados t­ipos.
Com auxílio do fluxo de fluidos, o torque é transmitido de
forma eficaz e quase sem desgaste, enquanto as rotações
também são controladas.
Em 1929, a Voith desenvolve os primeiros acoplamentos
hidrodinâmicos segundo o princípio Föttinger, que são
­
utilizados na usina de armazenamento de energia por
­
­bombeamento em Herdecke (Alemanha). Logo em seguida,
são desenvolvidos novos acionamentos para veículos ferroviários e rodoviários, cujo número cresce cada vez mais nos
anos do forte crescimento econômico. E a Voith ganha reputação também com transmissões e acoplamentos hidrodinâmicos para instalações industriais.
Hermann Föttinger (1877–1943)
•
Inventor das transmissões
hidrodinâmicas Föttinger,
batizadas em sua homenagem: uma combinação
40
•
de uma bomba e uma
­turbina
Desenvolveu, além disso,
acoplamentos hidráulicos
(acoplamentos Föttinger).
2
3
O avanço continua também na água:
hélices Voith Schneider
Uma invenção da Voith abre também novas possibilidades
para a navegação: os engenheiros criativos da Voith transformaram um acionamento de hélices inventado pelo engenheiro
vienense Ernst Schneider em um engenhoso sistema de
propulsão de embarcações: as hélices propulsoras Voith
­
­Schneider. Como acionamento de embarcações, que também
atua no controle de direção, permite uma manobrabilidade
até então desconhecida: a direção do acionamento pode ser
modificada livremente. As hélices Voith Schneider podem ser
utilizadas, entre outros, em rebocadores, guindastes flutuantes,
balsas para transporte de veículos, navios de passageiros e
no rebocador da Voith, o Water Tractor. Em 1927, a patente
do sistema de propulsão Voith Schneider Propeller é registrada. Em 1928, a embarcação teste Torqueo realiza um percurso em demonstração, com êxito, no porto de Rotterdam
(Holanda), e em 1931, as primeiras três embarcações de passageiros com hélices Voith Schneider entram em operação
no Lago de Constança.
Ernst Schneider (1894–1975)
•
Inventor da hélice Voith
Schneider, acionamento
que assume também o
controle da direção da
embarcação e permite
uma capacidade máxima
de manobras na água
41
Colapso econômico, mas não o fim
Os frequentemente chamados, hoje em dia, anos dourados
da década de 20, devido à esperança de progresso, prosperidade e paz eterna, chegam ao fim abruptamente em 25
de outubro de 1929. A sexta-feira negra na Bolsa de Nova
York gera uma crise econômica mundial. O número de
­desempregados aumenta maciçamente em todos os países
industriais, os salários caem, as discussões ideológicas
­tornam-se mais extremas em todas as regiões. O cenário
político na Alemanha se radicaliza. O capital estrangeiro é
Aniversário de 50 anos da empresa
Em 1917, em meio à
­Primeira Guerra Mundial,
a Voith comemora seu
aniversário de 50 anos:
• 6.000 turbinas com
um total de mais de
2 milhões de hp,
• mais de 100 moedores e
• 207 máquinas de papel
completas foram fornecidas até então aos clientes.
•
•
•
•
Em 1881, a Voith fornece
a primeira máquina de papel completa.
Em 1899, a Voith exporta
a primeira máquina de
­papel para a Rússia.
De 1903–12, a Voith
­fornece turbinas para
a usina nas Cataratas
do Niágara.
Em 1906, a Voith recebe
a encomenda para o
fornecimento de turbinas
para a primeira usina
­hidrelétrica da China.
Funcionários da Voith na
­montagem de uma tubulação em
espiral para a usina de Shannon,
Irlanda, em 1923
42
retirado. O Chanceler alemão decreta estado de emergência.
Em 1933, os nazistas tomam o poder e a Alemanha se isola
no cenário internacional. Em 1939, começa a Segunda
Guerra Mundial, que acaba privando a Voith de seus negócios.
Toda a produção é drasticamente reduzida, e o negócio de
máquinas de papel praticamente é paralizado. O fim da
guerra traz um colapso total. Cerca de 600 dos 4.000
­funcionários da Voith morreram ou estão desaparecidos.
A empresa praticamente não tem mais clientes. Mas vai
enfrentar também este desafio – e vencê-lo.
43
44
Como milagres
­econômicos se tornam
­realidade em todo o
mundo ...
1945–1982
Proclamação da República Federal da Alemanha,
reconstrução, milagre econômico: depois
de 1945, a Alemanha começa a se recuperar
rapidamente – e, com ela, a empresa Voith.
De 1945 a 1982, são lançados os fundamentos para o mundo
globalizado de hoje. Cresce a mobilidade individual. Seja
com o automóvel, os trens, navios ou aviões: torna-se
­normal superar também grandes distâncias. O fluxo internacional de mercadorias é acelerado. A demanda de papel
e energia alcança novas dimensões. Nos anos 70, surge,
principalmente nos países industriais no Ocidente, um movimento ecológico, resultado da preocupação com a natureza.
E a Voith fornece, com suas tecnologias, a base para um
crescimento sem impacto para o meio ambiente.
Nos anos de 1970, a Voith
começa a fabricar grandes
eixos de transmissão.
45
Ao trabalho!
Depois da morte de Hermann Voith, em 1942, e de Walther
Voith, em 1947, Hanns Voith é o único membro masculino da
família. Para conseguir realizar as tarefas gigantescas da reconstrução, ele busca o apoio do primeiro executivo externo
a seu lado na liderança da empresa: o administrador comercial Hugo Rupf, que havia entrado para a empresa em 1932
aos 24 anos de idade.
Com uma relação de profunda confiança, os dois iniciam
­juntos a reconstrução. O empresário humanista Hanns Voith
e Hugo Rupf, com suas qualidades de administrador, complementam-se de forma ideal. A ameaça da desmontagem
parcial da empresa consegue ser vencida. Apesar disso, a
situação é grave; o país está dividido. Sem matérias-primas,
sem relações com os clientes e com poucos funcionários, a
maioria deles subnutridos, a empresa é obrigada a se limitar,
no início, a pequenos serviços de reparos em pontes, à
­melhoria de caminhões militares americanos, a consertos de
locomotivas e até à produção de panelas.
A antiga força novamente no mercado mundial
Hanns Voith e Hugo Rupf conseguem fazer da Maschinenfabrik J. M. Voith novamente a grande empresa de outrora.
As antigas relações internacionais estreitas são reativadas e
ampliadas rapidamente. Um ano após o fim da guerra, as
primeiras encomendas para exportação começam a ser
­recebidas. A empresa concentra-se novamente nos seus
negócios principais – e consegue realizar as encomendas
com sucesso, apesar da falta de carvão, de matérias-primas
e de pessoal. A conjuntura do pós-guerra melhora e permite
que os negócios da Voith cresçam aceleradamente no
­mercado internacional. Depois de poucos anos, a Voith já
emprega novamente 4.000 funcionários. São construídas
­filiais em Crailsheim (1956) e em Garching, próximo a Munique (1963).
46
1
2
1 Depois da Segunda Guerra Mundial, a Voith conserta loco-
motivas e pontes ferroviárias.
3
2 Hanns Voith
3 Hugo Rupf
Hugo Rupf (1908–2000)
•
•
Aprendizagem como
­bancário, estudo de
­administração de empresas, direito e economia
em Frankfurt/Main
Entrou para a Voith com
24 anos, em 1932, formado em administração de
empresas, e chegou rapidamente à direção da
•
empresa, graças a suas
excepcionais qualidades
comerciais.
Participou decisivamente
da ampliação da
Maschinen­fabrik J. M.
Voith, tornando-a um
­grupo de empresas presente em todo o mundo
47
Prevendo o futuro de forma estratégica, a Voith adquire
como reservas da empresa, nos anos de prosperidade,
­participações financeiras seguras de longo prazo e de valor
crescente – o primeiro passo para a expansão mais tarde,
através de participações e aquisições.
As ideias certas no momento certo
Nos anos 50, cresce novamente o índice de emprego na
Alemanha. Milhões de pessoas têm que se deslocar diariamente até o trabalho; o transporte público de passageiros­
é ampliado. Em 1950, a Voith começa a desenvolver transmissões automáticas e diferenciais, com conversor de
­torque, para ônibus urbanos, que logo se tornam padrão no
transporte público. Em 1968, a Voith desenvolve o primeiro
retarder para ônibus interurbanos e caminhões, um freio
­hidrodinâmico livre de desgaste, como outra novidade que
irá se estabelecer como tecnologia de base.
1 Garching, Oficina 2 Desenho de uma célula
de flotação
1
48
Precursor do movimento ecológico
Com o crescimento econômico mundial, cresce também a
“fome de papel” novamente – e a Voith atende esse mercado.
Para a fábrica de papel Holmens Bruks, na Suécia, a Voith
constrói, em 1966, a maior máquina de papel jornal do mundo
até então, com uma largura de tela de nove metros. Mas a
Voith não para aí: em uma época em que ecologia e economia de recursos ainda não são temas da agenda social,
a Voith inventa, em 1960, o processo de destintamento e
­flotação. Com essa tecnologia torna-se possível extrair a tinta
de impressão do papel usado. Com isso, a Voith torna-se
precursora da reciclagem de papel, economizando recursos.
2
49
Energia para o crescimento
A economia crescente em todo o mundo precisa cada vez
mais de energia. Em todo o mundo, os países estão a caminho de se tornarem sociedades industriais modernas. Muitos
apostam na energia hidrelétrica como fonte de energia
­renovável – e os negócios nesse mercado se desenvolvem
também. Em 1978, a Voith recebe a encomenda para fornecer 12 das 18 turbinas da usina hidrelétrica de Itaipú, na
fronteira entre o Paraguai e o Brasil. Em 1984, ela entra em
operação como a maior usina hidrelétrica do mundo.
Novos tempos, novas formas de negócios
Como empresário visionário, Hanns Voith passa a vida pensando em estratégias para assegurar a existência da empresa
Voith. Ele prevê que a próxima geração – os herdeiros de seu
irmão Hermann e suas próprias seis filhas – não necessaria-
50
O primeiro rotor de Itaipu chega
ao local da construção. Após a
sua conclusão, em 1988, Itaipu
torna-se a maior usina de energia
hidrelétrica do mundo.
mente deva participar ativamente na gestão da empresa. Por
isso, ele transforma a empresa J. M. Voith, em 1950, em
uma GmbH (empresa de responsabilidade limitada).
Depois da morte de Hanns Voith no ano de 1971, Hugo Rupf
é quem irá moldar a empresa, primeiro como presidente da
diretoria, e a partir de 1973 como presidente do conselho.
Nos anos 70, ele desenvolve a “Constituição-Voith”, que ainda
hoje serve de exemplo para várias outras empresas. O seu
intrumento mais importante é o órgão supervisor da empresa,
a chamada Comissão de Acionistas, à qual pertencem personalidades empresariais independentes e representantes
dos acionistas. Em 1978, Hugo Rupf é eleito Presidente da
Comissão de Acionistas e, em 1983, presidente honorário da
Voith.
51
1
O mundo é o mercado
Desde os projetos nas Cataratas do Niágara e da usina
­hidrelétrica chinesa em Shi Long Ba, no início do século XX,
a Voith sempre seguiu o lema: “Nosso mercado é o mundo.”
Hugo Rupf e Hanns Voith ampliam sistematicamente a presença mundial da Voith. Em 1960, a empresa adquire uma
participação na companhia indiana Utkal Machinery e, em
1964, na Talleres de Tolosa, na Espanha. São fundadas as
filiais Voith Engineering, na Grã-Bretanha, e Voith France.
Para ficar perto de seus clientes, a Voith constrói também
fábricas para a produção no exterior. Somente assim é possível conquistar mercados para os produtos principais da
Aniversário de 100 anos
Em 1967, a Voith comemora
seus 100 anos.
O resultado do sucesso:
• 17.000 turbinas hidráulicas
• 850 máquinas de papel
• 22.000 acionamentos
• 1.550 hélices Voith
Schneider
52
•
•
•
16.500 transmissões
turbo
25.000 transmissões
DIWA
10.000 sistemas
de resfriamento e
ventiladores e 400.000
acoplamentos turbo
2
1 Em 1964, fundação de uma planta da Voith em São Paulo.
2
Em 1982, a Voith produz para a Eastover na Carolina do Sul (Estados Unidos) a então maior máquina de papel fino.
empresa no longo prazo e garantir também fornecimentos a
partir de Heidenheim. Em 1964, por exemplo, é fundada a
subsidiária brasileira da Voith em São Paulo. Nos anos 70, a
Voith concentra suas atenções principalmente no mercado
norte-americano. Como ofensiva de mercado, o grupo se
estabelece ali com fábricas próprias e por meio de aquisições.
Quando Hugo Rupf passa da diretoria da empresa para o
Conselho Fiscal da Voith, em 1973, os diretores que o sucedem dão continuidade ao processo de internacionalização do
Grupo Voith com todas as suas consequências.
•
•
•
em 1950, o primeiro
rebocador Water Tractor
da Voith
em 1957, transmissões
turbo da Voith para as
­ferrovias alemãs Deutsche
Bundesbahn
em 1962, turbinas para a
maior usina de bombea-
•
mento da Europa, em
­Vianden
em 1966, a maior máquina
de papel para jornais do
mundo, com uma ­largura
de tela de 9m, é fornecida para a fábrica de papel
Holmens Bruks em Hallstavik (Suécia).
53
54
Tecnologias inovadoras
trazendo o progresso
para a economia e a
sociedade …
1982 …
A partir dos anos 80, a globalização cresce
­aceleradamente. A internet acaba com as
­fronteiras da comunicação e do comércio. As
fronteiras geográficas entre os países também
começam a cair: cai o Muro, o “bloco oriental”
se desintegra, surge a união monetária do euro.
Os países do BRIC e outros países emergentes
apresentam altos índices de crescimento. E um
outro tema começa a se destacar na consciência
social: a sustentabilidade. Ela se torna o motor
do crescimento econômico e parâmetro de
­referência para inovações tecnológicas.
A urbanização avança cada vez mais: no extremo Oriente,
cidades com milhões de habitantes crescem a uma velocidade
estonteante; grandes cidades tornam-se megacidades onde
10 ou 20 milhões de habitantes vivem e trabalham. Isso exige
conceitos de mobilidade totalmente novos – a Voith fornece
a tecnologia segura para isso e, principalmente, muitas
ideias. Com a explosão do crescimento da população mundial,
a demanda de energia também cresce. A mudança climática
causada pelas emissões de CO2 é reconhecidamente uma
55
1
2
1
56
Em 1996, a PM 53 da Voith
é colocada em funcionamento na fábrica de papel sueca
Braviken; na época, a máquina de papel mais rápida do mundo, com 1.700 m/min.
2 Vorecon, uma engrenagem planetária para instalações
industriais, foi desenvolvida
em 1985 por engenheiros da Voith.
das ameaças globais mais importantes. Por isso, muitas economias apostam cada vez mais em energias renováveis. Na
Alemanha, o governo determina, em 2011, a transição da
matriz energética. As soluções da Voith possibilitam a geração de energia hidrelétrica em dimensões até então impensadas. Usinas por bombeamento, uma tecnologia inventada
há mais de 100 anos por Friedrich Voith, agora são a base
da produção de energia de fontes renováveis no século XXI.
A terra onde tudo é possível
Nas duas últimas décadas do século XX, a internacionalização
da Voith aumenta – primeiramente, na América do Norte. No
ano de 1983, com a aquisição da Appleton Mills, em Appleton, Wisconsin (Estados Unidos), a Voith entra no mercado
da ­tecnologia de vestimentas e complementa sua linha de
produtos com feltros e telas, incluindo assim insumos para
máquinas de papel. O setor de hidrelétricas também se
­estabelece no mercado norte-americano. Em 1986, a Voith
adquire o segmento hydro da líder do mercado americano
Allis-Chalmers, em York, Pennsylvania (Estados Unidos). As
atividades de vendas e assistência técnica da tecnologia
de acionamento para a América do Norte são transferidas
também para York.
57
Os negócios tradicionais continuam
Mas a empresa novamente passa por fases difíceis. No início
dos anos 90, opiniões diferentes sobre o desenvolvimento
que a Voith deve tomar levam à divisão real da e
­ mpresa e
à saída da família Hermann Voith, que recebe uma grande
parte do capital e a divisão de construção de máquinas
­operatrizes. Os herdeiros de Hanns Voith ficam com os
setores de negócios tradicionais de máquinas de papel,
vestimentas, tecnologia de acionamentos, tecnologia de
­turbinas e de embarcações, liderando a empresa segundo os
princípios de seu pai. A direção do grupo fica a cargo de
Michael Rogowski, de 1986 a 2000, que é seguido pelo
Dr. Hermut Kormann (2000–2008) e, desde 2008, pelo Dr.
Hubert Lienhard.
Continuando no rumo da expansão
Com joint ventures estratégicas e aquisições de empresas,
a Voith consegue fortalecer sua posição nos mercados dos
diferentes setores de negócios. Em 1994, a Voith e o grupo
Montadores da Voith Industrial
Services durante serviços de
­manutenção em uma refinaria
58
suíço Sulzer formam uma joint venture no setor de tecnologia
de papel. No ano 2000, a Voith assume a maioria das ações
desta joint venture. Em 1999, a Voith adquire os setores
de vestimentas, revestimentos de rolos e assistência técnica
da empresa britânica Scapa. Esta foi, até hoje, a maior
­aquisição da história da empresa. Com a formação de uma
joint venture entre a Voith e a Siemens, no ano 2000, o
­principal fabricante de turbinas se une ao principal fornecedor de geradores.
A serviço da indústria
A Voith observa a demanda crescente por serviços de todos
os tipos para a indústria: muitas empresas concentram-se
cada vez mais nos seus negócios principais e entregam
­outras tarefas a especialistas. No ano 2000, a Voith compra
a maioria da participação na DIW Deutsche Industrie­wartung,
criando a base para a nova divisão do grupo, a Voith Industrial Services.
59
Otimismo no Oriente
O foco da expansão geográfica desloca-se para o Extremo
Oriente. Países como a Índia e a China transformam-se
­rapidamente em modernas economias – para melhorar sua
infraestrutura, eles precisam de tecnologias, equipamentos,
produtos e serviços da Voith em dimensões nunca vistas até
então. A Voith reconhece suas oportunidades nesse mercado
e engaja-se nas novas regiões econômicas.
Em Pequim, é aberta, em 1994, a primeira representação da
Voith Paper na China. No mesmo ano, é dado o primeiro
60
Guangzhou II (China): uma
das maiores usinas por
bombeamento do planeta,
equipada com tecnologia Voith
passo para a produção de turbinas e geradores na China:
juntamente com a Siemens e a parceira chinesa SEMMW, a
Voith cria a joint venture SHEC, Shanghai High-Technology
Equipment Company. Apenas dois anos mais tarde, uma
­fábrica de vestimentas é inaugurada em Kunshan, próximo a
Shanghai. A subsidiária de tecnologia do papel em Kunshan
é ampliada constantemente. No ano de 2010, é inaugurado
aqui oficialmente o centro de tecnologia do papel para todo
o mercado chinês: a Voith Paper City. A Voith Turbo, representada em Hong Kong desde 1985, constrói também uma
fábrica em Shanghai em 2002.
61
62
Perspectivas para
o futuro …
Depois de começar em 1867, como oficina
­metalúrgica em crescimento na região suábia
do Ostalb, a Voith vem fazendo história da
­tecnologia – mudando também o mundo. Com
nossas iniciativas e projetos em todo o mundo,
nós da Voith seguimos também o objetivo do
crescimento com responsabilidade. Nesse
­sentido, entendemos que somos uma empresa
que fornece mais do que “apenas” produtos ou
soluções. Damos contribuições importantes para
o abastecimento básico de pessoas e indústrias,
para condições de vida adequadas e para um
desenvolvimento econômico e social sustentável.
A história nos ensina o que torna a Voith especial – e o que
será também a base para o sucesso no futuro: a capacidade
de prever os rumos da economia e da sociedade, e de orientar a empresa para isso; a criatividade para fazer de ideias
arrojadas, produtos prontos para o mercado; a coragem de
entrar em novos setores de negócios e nos mercados de
outros países, e a obstinação para acompanhar cada cliente
na realização de projetos ambiciosos, com competência e
entusiasmo.
63
O mundo, no início do século XXI, é completamente diferente
daquele que existia no século XIX. Mas uma coisa não
­mudou: ele continua cheio de desafios e de oportunidades.
O crescimento acelerado da população mundial, a crescente
urbanização, maior mobilidade, a vontade e a necessidade
de utilizar cada vez mais energias renováveis: nosso mundo
em transformação exige novos conceitos e soluções para
permitir o crescimento sustentável – a Voith fornece a base
tecnológica para isso.
Nossa empresa está sempre à frente quando se trata de
­ esenvolver novas tecnologias que promovam crescimento
d
e bem-estar, e tornem nosso mundo um lugar melhor para
se viver – desde 1867 e também no futuro.
64
65
66
Marcos na história
1825 Johann Matthäus Voith assume a oficina
metalúrgica de seu pai com apenas 22 anos.
1848 Johann Matthäus Voith começa a desenvolver
máquinas para a produção de papel.
1859 A Voith desenvolve a primeira desfibradora
de madeira, criando a base para a produção
industrial de papel.
1867 Johann Matthäus Voith entrega a direção dos
­negócios a seu filho Friedrich. O dia 1º de janeiro
de 1867 é a data oficial da fundação da empresa
J. M. Voith.
1869 A Voith recebe a primeira patente na história da
empresa para sua desfibradora.
1870 Com a construção de uma turbina Henschel-Jonval
de 100 HP, a Voith entra no mercado de construção
de turbinas.
1879 A Voith desenvolve o primeiro regulador de turbinas.
1881 Construção da primeira máquina de papel
completa para a empresa Raithelhuber, Bezner
u. Cie., em Gemmrigheim.
No início do século XX, a Voith
forneceu as turbinas para a usina
da Ontario Power Company, nas
Cataratas do Niágara.
67
1903 Fundação das primeiras filiais estrangeiras em
St. Pölten, na Áustria
A Voith recebe a encomenda de turbinas para a
Ontario Power Company, nas Cataratas do Niágara
(Canadá); no total, a Voith fornece 12 turbinas
gêmeas Francis com 12.000 HP cada uma. São
as maiores turbinas da época.
1906 A Voith recebe, pela primeira vez, uma encomenda
da China e fornece turbinas para Shi Long Ba,
ap
­ rimeira usina hidrelétrica do país, que entra em
operação em 1910.
1908 O centro de teste de turbinas e a primeira usina por
bombeamento na Alemanha são inaugurados em
Brunnenmühle, Heidenheim.
1910 A Voith inaugura seu primeiro centro de treinamento
profissional em Heidenheim.
1913 Friedrich Voith morre aos 73 anos. Seus filhos
­Walther, Hermann e Hanns dividem a direção da
empresa.
1927 É registrada a patente da hélice Voith Schneider.
1932 A Voith desenvolve sua primeira transmissão turbo
para um bonde sobre trilhos da Austro-Daimler,
em Viena.
1950 A patente do rebocador Water Tractor da Voith é
registrada.
68
1952 A Voith inicia a produção das transmissões DIWA
para ônibus.
1960 A Voith desenvolve um novo processo para
extrair fibras de papel usado: o processo de
­destintamento e flotação. A Voith torna-se o
berço da reciclagem de papel.
1964 Fundação da subsidiária da Voith em
São Paulo (Brasil)
1968 A Voith desenvolve o retarder para veículos
utilitários.
1977 Fornecimento do primeiro grande eixo articulado
para siderúrgicas
1978 A Voith recebe a encomenda para fornecer 12
­turbinas Francis para a usina hidrelétrica de Itaipú,
na fronteira entre o Paraguai e o Brasil, na época a
mais potente usina hidrelétrica do mundo.
1983 Com a aquisição da empresa Appleton Mills,
em Appleton (USA), a Voith amplia seu portfolio,
incluindo a tecnologia de vestimentas para
máquinas de papel.
1985 A Voith desenvolve a Vorecon, uma engrenagem
planetária regulável para instalações industriais.
1986 A Voith assume os negócios hidráulicos da líder
do mercado americano Allis-Chalmers, em York
(Estados Unidos).
69
1994 A Voith e o grupo suíço Sulzer formam uma
joint venture, com a razão social Voith Sulzer
Papiertechnik.
1994 Juntamente com a Siemens e a parceira chinesa
SEMMW, a Voith cria a joint venture SHEC
­(Shanghai High-Technology Equipment Company),
hoje Voith Hydro Shanghai.
1997 A Voith recebe a encomenda de seis máquinas
de 700 Megawatt cada uma para a usina hidrelétrica
de Três Gargantas (China).
1998 A Voith adquire a empresa Scharfenbergkupplung,
em Salzgitter.
1999 A Voith compra os setores de negócios de
­vestimentas e revestimentos de cilindros para
a indústria de papel da Scapa (Grã-Bretanha).
2000 Voith e Siemens formam uma joint venture, a Voith
Siemens Hydro Power Generation. A divisão do
grupo Voith leva o nome Voith Hydro desde 2009.
70
A Voith adquire a maioria da empresa DIW
Deutsche Industriewartung e cria sua quarta
divisão, a Voith Industrial Services.
2004 A Voith compra a Hartmann + Lämmle, líder no
­mercado de fabricantes de soluções de sistemas
hidráulicos, em Rutesheim.
2005 A Voith compra o grupo de empresas norte-­
americano Premier, especialista para a p
­ restação
de serviços paralelos à produção na indústria
automobilística.
2006 A Voith compra a maioria das ações da Hörmann
­Industrietechnik, em Kirchseeon, próximo a Munique.
A Hörmann Industrietechnik é especialista na
­prestação de serviços paralelos à produção na
­indústria automobilística.
2007 A Voith compra a BHS Getriebe GmbH, um
­fabricante de transmissões e acoplamentos de alto
desempenho, em Sonthofen, líder do mercado.
2008 A Voith compra a Kössler, com sede em St.
­Georgen, em Steinfelde (Áustria). A Kössler é um
fornecedor completo de instalações para pequenas
hidrelétricas.
2008 A Voith compra a Ermo, uma empresa alemã
especializada em serviços técnicos em usinas e
refinarias da indústria petroquímica.
2010 A Voith inaugura oficialmente em Kunshan, na
­China, seu novo centro de produção e assistência
técnica para a indústria de papel na Ásia, a Voith
Paper City.
71
72
Créditos
Editor
Voith GmbH
St. Pöltener Str. 43
89522 Heidenheim
Telefon: +49 7321 37-0
Fax: +49 7321 37-7000
E-Mail: [email protected]
www.voith.com
Concepção e design
weissbunt Kommunikationsdesign,
Berlim
O papel desta brochura foi produzido com
uma máquina de papel Voith.
“A história da Voith” está disponível em
alemão, inglês e chinês. Todas as versões,
assim como informações adicionais, podem
ser baixadas no site www.voith.com.
Impresso no Brasil, ©Voith GmbH,
2013-07
73
Produção ecológica
FSC®
O papel utilizado é fabricado de acordo com
o padrão FSC® i­nternacional. Parte da celulose foi produzida a partir de áreas florestais
certificadas, portanto, manejadas com sustentabilidade. Com isso, garante-se, entre
outros, que a diversidade de espécies e o
sistema ecológico sejam preservados durante
a extração de produtos de madeira.
74
A história da Voith
Voith GmbH | Portugu ês | juhno 2013
Voith GmbH
St. Pöltener Str. 43
89522 Heidenheim
Alemanha
www.voith.com
Sempre à frente
com boas ideias –
desde 1867
A história da Voith
Download

para a primeira