ESTIMATIVA DO RISCO DE TRAÇA DA UVA NA REGIÃO DEMARCADA DO DOURO. CONTRIBUTO PARA A SUA AFERIÇÃO A NÍVEL REGIONAL. Cristina Carlos (1) & Ana Aguiar (2) (1) Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense ([email protected]); (2) Faculdade de Ciências da Universidade do Porto ([email protected]); Com esta comunicação pretende-se propor técnicas de estimativa do risco para cada uma das três gerações da traça da uva e dar conta de certas dificuldades na sua implementação na Região Demarcada do Douro (RDD). INTRODUÇÃO A traça da uva Lobesia botrana (Denis & Schiffermüller, 1776) é praga-chave na Região Demarcada do Douro, particularmente no Baixo e Cima Corgo, sendo objecto de tratamentos com recurso a meios de luta biotécnica ou química. Sendo a estimativa do risco a primeira componente do processo de tomada de decisão, este artigo dá conta das dificuldades na sua realização e propõe alterações nas técnicas utilizadas. BREVE CARACTERIZAÇÃO DO CICLO DE VIDA DE L. botrana NA RDD A traça da uva hiberna no estado de pupa, sendo que, nas condições da RDD, os primeiros adultos surgem no início da Primavera (meados de Março) ocorrendo geralmente três gerações de lagartas que poderão provocar estragos nas inflorescências/cachos da videira. A primeira geração provoca estragos no período pré-floração/alimpa (Maio), a segunda geração no período bago de ervilha/pintor (meados de Junho a meados de Julho) e a terceira geração no período de maturação (Agosto-Setembro). O voo dos adultos prolonga-se até início de Outubro. A monitorização dos adultos é facilitada pela utilização de armadilhas com feromona atractiva para machos. Várias têm sido as tentativas na região de estabelecer uma relação entre as capturas obtidas nas armadilhas sexuais e os estragos (JORGE, 2000; GASPAR, 2002; COSTA, 2003; DOMINGOS, 2004), o que facilitaria a estimativa do risco, mas infelizmente a influência de vários factores, entre os quais os climáticos e os bióticos, não permite estabelecer uma correlação entre estas duas variáveis. Os mesmos autores referem que a severidade de cada geração não é directamente dependente da severidade da geração anterior, à semelhança do que sucede noutras regiões (ROEHRICH & SCHMITZ, 1979; GABEL & MOCKO, 1984; SOBREIRO, 1989; GONÇALVES, 1989; SAVOPOULOU-SOULTANI et al, 1989; LOZZIA, 1993; BRIERE & PRACOS, 1998; FRESCATA et al., 1999; AGUIAR et al., 2001; AGUIAR, 2002). Sendo assim, a estimativa do risco deve ser efectuada para cada geração, qualquer que tenha sido o resultado da geração anterior. PARTICULARIDADES NA REALIZAÇÃO DA ESTIMATIVA DO RISCO DE TRAÇA DA UVA NA RDD Na região do Douro a severidade dos ataques de traça da uva é consideravelmente diferente de ano para ano o que, salvo raras situações em que os diferentes factores (clima, desenvolvimento fenológico da videira e actividade da praga) convergem no mesmo sentido impedindo a pululação da praga, exige a realização da estimativa do risco, pelo menos uma vez em cada geração. Para a realização de uma correcta estimativa do risco da praga, consideram-se os seguintes princípios básicos: as estimativas devem ser feitas independentemente a cada geração, sendo fundamental que, antes ou durante o voo da primeira geração, se proceda à colocação, na parcela, de uma armadilha de atracção sexual, para indicar o momento da realização das estimativas do risco (indicam o início e o final do período de oviposição). No momento da realização da estimativa do risco da traça da uva na RDD os agentes envolvidos (viticultores e técnicos) deparam-se com dificuldades de vária ordem entre as quais se citam: Logística: A elevada fragmentação das parcelas (em média cerca de 1 ha por exploração), as diferentes formas de sistematização do terreno existentes na região (segundo as curvas de nível, vinha ao alto e patamares de um e dois bardos), as diferenças de altitude, exposição e declives acentuados, são alguns dos factores que induzem, por um lado, uma elevada heterogeneidade entre parcelas, e na própria parcela, onde se pretende realizar a estimativa do risco, e por outro, dificultam a sua realização, quando comparadas com outras regiões vitícolas. A dimensão recomendada para a realização da amostragem, 100 cachos, agrava, nestes casos, este problema, sendo um entrave à realização de uma estimativa que se quer representativa da parcela, mas também capaz de ser posta em prática, sem se tornar fastidiosa. A reduzida disponibilidade dos técnicos das associações durante a fase em que decorre a primeira geração da traça da uva, pelo facto de coincidir com o período de confirmações das agro-ambientais, é também um factor de nocividade a ter em conta. Pelo facto da traça da uva ter um comportamento agregado, revela-se interessante a aplicação da geostatística como ferramenta para estabelecer mapas de distribuição espacial, identificando locais de risco de ataque da praga, tendo como objectivo facilitar a amostragem nestas condições, à semelhança do que tem sido estudado em Espanha, na região de Castilla-León (PELÁEZ et al., 2005; SANTIAGO et al, 2005). Pelo facto de existir uma relação linear altamente significativa para a primeira geração entre número de glomérulos/ 100 cachos (y) e a percentagem de cachos atacados (x) do tipo y= 2,04x - 8,58 (R= 0,98), COSCOLLÁ (2004) sugere a sua aplicação na simplificação das técnicas de estimativa do risco para esta geração. A estimativa do risco da terceira geração da traça apresenta também na RDD algumas limitações de ordem logística que contribuem para que a estimativa do risco seja muitas vezes efectuada fora do seu período ideal de realização ou, por vezes, nem sequer realizada. O facto da protecção fitossanitária da videira ser dirigida fundamentalmente para as doenças criptogâmicas (míldio e oídio), sendo que a partir da fase de pintor, existe um menor risco de infecção, o que conduz a que o viticultor se desloque menos vezes à vinha; - o facto da primeira quinzena de Agosto ser tradicionalmente considerada como período de descanso; o facto das condições climáticas na região, representarem nesta fase, um factor de nocividade, pelo desgaste físico provocado pela realização desta operação debaixo de valores de temperaturas extremas, desde as primeiras horas do dia, o que se reflecte inevitavelmente numa redução do número de estimativas do risco realizadas, são algumas das limitações encontradas. A elevada nocividade da terceira geração, deve ser tomada em conta pelos agentes envolvidos na estimativa do risco (viticultores e técnicos), tendo sido feito por parte das associações de viticultores, esforços no sentido de alertar os viticultores para a adaptação de toda a logística das explorações por forma a ser possível o acompanhamento da praga na terceira geração. Uma das ferramentas que poderia servir de apoio à estimativa do risco da traça da uva é a utilização de modelos de previsão. A modelação da traça da uva tem sido efectuada nalgumas regiões meridionais de França através do modelo ACTIV baseado nos trabalhos de Baumgartner e Baronio testado, adaptado e validado por ACTA e ITV (BLANC et al., 1995), permitindo o conhecimento em tempo oportuno da evolução da praga ao longo do tempo, com base em registos climáticos obtidos a partir do início do ano. Trata-se apenas de um modelo qualitativo, dando a percentagem de presença de cada estado de desenvolvimento (adultos, ovos e larvas) e não quantitativo, não nos indicando a maior ou menor pressão da praga. Esta é uma ferramenta interessante na previsão da fenologia da praga (indicação do período de postura, eclosão das larvas, evolução das larvas e presença de adultos), tendo-se procedido à sua adaptação noutros países como a Alemanha, na ilha de Creta (Grécia) e Israel. É possível que a influência da topografia e da altitude na evolução das condições climáticas (vento, temperatura e humidade relativa) numa viticultura de encosta como a da Região Demarcada do Douro, tornem difícil a adaptação deste tipo de modelos de previsão, no entanto a crescente informação climática que advém de um aumento do número de estações meteorológicas na região, se devidamente coordenadas, poderiam dar um contributo precioso para a sua adaptação, permitindo a sua aferição a cada microclima da região. Alguns autores têm também tentado a modelação da praga utilizando parâmetros climáticos, biológicos e fenológicos (BRIERE et al, 1999), inclusivamente em Portugal (SILVA, 2005) não tendo obtido porém resultados animadores. Metodologia: Na primeira geração, apesar do sugerido pelas normas de produção integrada (Quadro 1), é frequente o viticultor efectuar a estimativa do risco durante a fase final da floração, na qual é relativamente fácil a observação dos “ninhos” de traça da uva. Esta prática corrente conduz a que, na eventualidade do ataque o justificar e de se realizar um tratamento insecticida, este se revele ineficaz ou mesmo inútil, já que muitas lagartas se encontram no último ínstar larvar ou mesmo já na fase de pupa. A utilização corrente do termo “ninho” para descrever a sintomatologia associada ao ataque da primeira geração da traça da uva, induz frequentemente ao incorrecto posicionamento da estimativa do risco: o ninho é visível quando as sedas são abundantes podendo a lagarta já ter abandonado a zona, ou mesmo o cacho. Segundo o nosso ponto de vista, o termo “glomérulo”, ou seja, o aglomerado de botões florais, sugere uma observação mais precoce dos estragos. Quadro 1- Metodologia para estimativa do risco de traça da uva em Portugal (CAVACO et al., 2005). Geração Metodologia Amostra NEA 1ª geração (antes da floração) Observação visual 2 cachos x 50 cepas, ao acaso Região Ribatejo: 200-300 ninhos/100 cachos Restantes regiões: 100-200 ninhos/100 cachos 2ª geração (1-2 semanas após o início do voo) Observação visual 2 cachos x 50 cepas, ao acaso Região Oeste: 5-15% cachos atacados Região Ribatejo: 5-20% cachos atacados Restantes regiões: 1-10% cachos atacados 3ª geração (1-2 semanas após o início do voo) Observação visual 2 cachos x 50 cepas, ao acaso Para todo o país: 1-10% cachos atacados Na segunda e terceira gerações, a sugestão para a realização da estimativa do risco uma a duas semanas após o início do voo (Quadro 1) podem conduzir a que esta se faça já fora do período ideal de actuação. Estudos efectuados em laboratório indicam que um ovo pode eclodir em um ou dois dias (FERREIRA et al, 2003), sendo que em média demora 7 a 8 dias (COSCOLLÁ, 1997) e que a lagarta com 24 horas já é capaz de provocar estragos (FERREIRA et al, 2003). Sabendo que cada fêmea põe em média 80 ovos, e sendo normal haver mais do que um ovo por cacho (COSCOLLÁ, 1997; FERREIRA et al, 2003), o período sugerido para a realização da estimativa do risco poderá ser o suficiente para a praga infestar uma percentagem significativa de cachos com ovos e perfurações, o que não é aceitável. Dados obtidos na região em 2005, indicam que duas semanas após o início do segundo voo, foram contabilizados cerca de 90% de cachos com presença de ovos viáveis ou perfurações da segunda geração da traça (MAGALHÃES, 2006). Sugere-se assim a realização da amostragem de estragos no próprio dia em que se verifica uma intensificação de capturas na armadilha, repetindo-se com periodicidade semanal até uma semana após o pico de capturas na armadilha (COSCOLLÁ, 2004), verificando-se o mesmo para a terceira geração (Quadro 2). Quadro 2- Proposta para metodologia de estimativa do risco para Lobesia botrana na RDD Ger. 1ª 2ª Quando O que procurar Cuidados a ter A partir dos botões florais separados 1os sinais da presença de lagartas: glomérulos (botões florais unidos), excrementos, ou lagartas. Glomérulos, ninhos Não fazer a estimativa com base nos ninhos (tarde). Se não T- fazer nova estimativa até 1 semana após o pico do voo Se T- fazer nova estimativa 15 dias após (se a curva de voo se prolongou) Ninhos Intensificação das capturas na armadilha até 1 semana após o pico Ovos viáveis Se não T- fazer nova estimativa até 1 semana após o pico do voo Ovos e perfurações Se T- fazer nova estimativa 15 dias após (se a curva de voo se prolongou) Ovos e perfurações Factores de nocividade: tipo de cacho, produção, presença de auxiliares, incidência precoce de podridão cinzenta. Efectuar a estimativa antes do fecho do cacho, observando bem ponto de contacto dos bagos. Ver viabilidade dos ovos e, de forma expedita, a intensidade de postura / cacho. Quantificar separadamente ovos viáveis e lagartas para escolha do meio de luta (acção ovicida ou larvicida). NEA 200 ninhos / cachos ou Não tratar 1-10 % cachos atacados (por ovos viáveis / perfurações) - Factores nocividade: condições climáticas do local, casta, presença de auxiliares Intensificação das capturas na armadilha até 1 semana após o pico 3ª Ovos Perfurações (se cacho o permitir) Se não T- fazer nova estimativa até 1 semana após o pico do voo Se T- fazer nova estimativa 15 dias após (se a curva de voo se prolongou) T- Tomada de decisão de efectuar tratamento Verificar viabilidade dos ovos e, de forma expedita, a intensidade de postura / cacho. 1-10% cachos atacados (por ovos viáveis) - Factores nocividade: condições climáticas do local, casta, presença de auxiliares, precocidade de maturação 5% cachos atacados em Espanha (Valência, Múrcia, Galiza) e Itália As estimativas do risco efectuadas em castas com cachos muito compactos, devem ser realizadas o mais precocemente possível, procurando preferencialmente a presença da praga sob a forma de ovos viáveis, já que para observação de eventuais perfurações seria necessário proceder à destruição de cachos, situação não sustentável. Este facto condiciona ainda mais o período útil de realização da estimativa do risco desta geração, sendo fundamental, nesta fase o acompanhamento da armadilha sexual, o maior número de vezes possíveis. Níveis económicos de ataque (NEA): A casta Touriga Franca que representa cerca de 20% do encepamento da RDD, desenvolve de uma maneira geral, cachos grandes e compactos, sendo das castas do Douro a que apresenta uma maior susceptibilidade a ataques de traça da uva na RDD. AGUIAR et al. (2003) observaram em bioensaios haver uma preferência da fêmea em efectuar posturas nos cachos desta casta, relativamente aos de Tinta Barroca e Touriga Nacional, indicando a possível presença de compostos químicos na película que poderão condicionar a preferência por parte da fêmea (AGUIAR et al. 2003; VARANDAS et al. 2005). O estrago provocado pela primeira geração de lagartas da traça inclui a destruição de botões florais e dos bagos recém-formados. Vários autores referem existir uma grande capacidade de compensação dos cachos relativamente às flores destruídas. ROEHRICH & SCHMITZ (1979) referem 1 a 4 glomérulos (1 a 2 lagartas) por inflorescência, ou a destruição de 30 flores por inflorescência, sem repercussão significativa no rendimento. Nas condições do Levante espanhol COSCOLLÁ (1980) refere que a vinha é capaz de compensar até 50% de monda de flores, podendo tolerar-se níveis de ataque bastante elevados, ou até evitar o tratamento a esta geração, como se recomenda nas normas técnicas de Produção integrada de Valência (COSCOLLÁ, 2004). MOSCHOS (2005) verificou, com base num trabalho desenvolvido durante quatro anos (1995-1999) na Grécia, que o nível a partir do qual se verificaram prejuízos na primeira geração foi de 7,7 ninhos/ inflorescência ou 3,6 larvas/ inflorescência. Parece-nos que o tipo de cacho da Touriga Franca beneficia desta monda de flores provocada pelas lagartas de primeira geração, tornando-o mais aberto e arejado, o que por um lado poderá permitir a entrada de agentes de limitação natural nas gerações seguintes, e por outro, prevenir a incidência de podridão acética de podridão cinzenta. Parece-nos oportuna a realização de ensaios que confirmem esta capacidade de resposta desta e de outras castas face a ataques da primeira geração, aferindo-se o NEA (100-200 ninhos por 100 cachos) a um valor mais preciso. No caso de cachos como o da Touriga Franca, parece lógico considerar o valor superior deste NEA, ou seja 200 ninhos/ 100 cachos (Quadro 2). A presença de auxiliares deve também ser considerada já que estudos recentes na região revelam a presença de uma interessante fauna auxiliar da traça com taxas de parasitismo variando de 2 a 45,5% para a 1ª geração e 6,8 e 36,8% para a 2ª geração (CARLOS et al. 2006) cuja acção não será de negligenciar. A estimativa do risco apresenta, para além dos factores de nocividade já referidos, outros factores de nocividade tais como o preço da uva, o destino da produção, o custo económico e ecológico do tratamento, o clima (incidência nas podridões) e o custo da estimativa do risco. As dificuldades referidas assim como o elevado grau de exigência técnica requerida pelo observador (viabilidade dos ovos, evolução das perfurações) levam a que, na prática, a estimativa do risco da traça da uva seja um processo frequentemente moroso e relativamente caro (RAPOSO et al., 2003) aconselhando-se por um lado, um investimento na formação avançada dos técnicos e dos viticultores, e por outro a simplificação das técnicas de estimativa do risco desta praga. COMENTÁRIOS Estando definido há mais de uma década o processo de tomada de decisão para a traça da uva em Portugal poderia parecer que nada haveria a acrescentar. A experiência de campo no acompanhamento regular de vinhas no Douro mostra que ainda há aspectos a melhorar neste processo. Neste artigo referem-se alguns aspectos a ter em conta para tornar mais eficaz a realização das estimativas do risco para as três gerações no Douro. Apesar da traça da uva ser também praga-chave noutras regiões como é o caso dos Vinhos Verdes e Bairrada as particularidades associadas aos processos de tomada de decisão nomeadamente quanto ao peso dos factores de nocividade fazem com que estes processos sejam diferentes de região para região. Neste texto foram propostas, para discussão, técnicas de estimativa do risco para a traça da uva no Douro. Urge agora estudar os níveis económicos de ataque (NEA), procurando definir, para esta região quais os valores a utilizar: será que se pode definir para a nossa região os 200 ninhos / 100 cachos para a 1ª geração, arriscando eventualmente a possibilidade de não efectuar qualquer tratamento a esta geração? E na 2ª geração, poderemos arriscar os 10% de cachos atacados, tal como em várias regiões de Espanha? Será que o NEA de 5% de cachos atacados adoptados em Espanha para a 3ª geração não poderá também ser proposto para a nossa região, em vez de 1-10%? Serão os NEAs nacionais, adoptados com base nos do Sudoeste de França, os apropriados para a Região Demarcada do Douro? Julgamos ser agora pertinente avançar para a aferição dos NEAs a nível regional, considerando os vários factores de nocividade inerentes, seguindo o exemplo da estratégia seguida em Espanha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, A. 2002. Estimativa do risco da traça da uva Lobesia botrana Den. & Schiff. na Região Demarcada dos Vinhos Verdes. Tese Dout. Eng. Agronómica. ISA/UTL. 151pp. AGUIAR, A.; GARRIDO, J. & MEXIA A. 2001. Ataques de podridão cinzenta na Região Demarcada dos Vinhos Verdes: que responsabilidade atribuir à traça da uva? 5º Simp. Vitivinic. Alentejo. Évora: 141-146. AGUIAR, A.; CARLOS, C.; BASTOS, M. & MEXIA, A. 2003. Ataques de traça da uva Lobesia botrana em diferentes castas das regiões dos Vinhos Verdes e do Douro. 6º Encontro Nacional de Protecção integrada. Castelo Branco. 14-16 Maio. 78-82. BLANC, M. ; LAURENT, J.C. & FRICOT, L. 1995. 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