N0 11 - set/out de 2015 Sinal verde para a Saúde Chamado de ‘município verde’, Paragominas, no Pará, abriga um dos mais importantes hospitais regionais do estado. 5 Expediente Publicação bimestral editada pela área de Comunicação do INDSH - Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano. Av.Marquês de São Vicente, 446 Cj. 1419 - Barra Funda - 01139-000 São Paulo - SP Tel.: 55 11 3672-5136, 2367-0081, 2367-0082. www.indsh.org.br www.facebook.com/instituto.indsh INDSH - Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano Presidente José Carlos Rizoli Dir. Executivo Naírio Augusto Pereira Santos Dir. Adm. Financeiro Valdemir Rodrigues dos Santos Dir. Operações Adriano Flávio de Lima Informativo do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) Edição nº 11 – Setembro/Outubro de 2015. SAÚDE E MEIO AMBIENTE TÊM SINAL VERDE EM PARAGOMINAS 4 a 9 Chamado de ‘Município Verde’, pelo respeito ao meio ambiente, a cidade paraense busca também novas conquistas na Saúde, em parceria com o INDSH. GESTÃO E TRANSPARÊNCIA 10 Dir. Inf. Gerenciais Cristiano Oliveira dos Santos Editor Delamar da Cruz - (Mtb 16.942) Projeto Gráfico José Carlos Camacho - (Mtb 9.421) Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente os pontos de vista do INDSH e seus responsáveis. Unidades administradas pelo INDSH l Hospital Regional Público do Marajó, em Breves (PA). l Hospital Geral de Tailândia (PA). l Hospital Regional Público do Leste, em Paragominas (PA). l Centro Hospitalar Jean Bitar, em Belém (PA). l Unidade de Pronto Atendimento e Pronto Atendimento Infantil Santa Paula, em Ponta Grossa (PR). l Hospital Municipal de Araucária (PR). l Maternidade Dr. Eugênio Gomes de Carvalho, em Pedro Leopoldo (MG) – (unidade própria). (Base: agosto/2015) Foto da capa: Júlio Momonuki Ascom Prefeitura de Paragominas Diretores do Hospital Regional Público do Marajó prestam contas para Conselho Municipal de Saúde e para mais de 200 representantes da comunidade de Breves (PA). ESCALPELAMENTO 11 Hospital participa da busca de soluções para reduzir acidentes causados por motores de embarcações, que atingem principalmente mulheres e crianças no Pará. PREVENÇÃO 12 Com número cada vez maior de atendimentos por acidentes de motos, Hospital Geral de Tailândia (PA) começa campanha preventiva para funcionários e comunidade. NOVA GESTÃO 13 MUSEU DA SAÚDE 15 Exposição ‘A Saúde no Brasil Colonial’, promovida pelo Museu da Saúde e pelo INDSH, nas salas do Museu Emílio Ribas, em São Paulo, vai até 22 de outubro. UPA SANTA PAULA 16 Unidade de Pronto Atendimento, em Ponta Grossa (PR), completa um ano sob gestão do INDSH e registra a expressiva marca de 110 mil atendimentos nesse período. ANIVERSÁRIO 17 Primeira criança nascida no Hospital Municipal de Araucária (PR) ganha festa de aniversário de sete anos e comemora a data juntamente com equipe do hospital. TEMPOS MODERNOS 18 “Participei desde o assentamento dos tijolos para, hoje, salvar vidas. O que era um bebê, hoje é um gigante”. INDSH é escolhido para administrar Hospital Jean Bitar, em Belém (PA), unidade com mais de 80 leitos e pertencente à rede pública de atendimento do governo estadual. Cada vez mais as novas tecnologias ao alcance das mãos de qualquer usuário de um celular estão transformando as relações entre pacientes, médicos e hospitais. FRASE DA EDIÇÃO Clóvis Guse, diretor de Enfermagem do Hospital Regional Público do Leste, em Paragominas (PA). Sinal verde p Administrado pelo INDSH desde agosto do ano passado, o HRPL, em Paragominas (PA), se insere num conceito de atendimento humanizado e respeito ao meio ambiente. 4 Conexão SAÚDE Diferentemente da maioria das cidades brasileiras em geral e do Pará, em especial, Paragominas foi um município planejado por um dos mestres do urbanismo do país, o arquiteto Lúcio Costa, famoso em todo mundo por ser um dos idealizadores de Brasília. O fundador da Vila de Paragominas, o mineiro Célio Resende de Miranda, teve a ousadia e ideia brilhante de ir diretamente ao seu conterrâneo, o presidente Juscelino Kubitscheck, que se encantou com o projeto. Mais tarde, com uma carta de recomendação presidencial, foi direto ao então governador do Pará, Jarbas Passarinho, levando na mala a proposta de implantar uma para a Saúde nova cidade nas matas do Pará. Além do interesse inicial em desenvolver a agropecuária, presidente e governador avaliaram que povoar o local com a cessão de 200 glebas entre os rios Gurupi e Capim não seria má. Evitaria uma eventual invasão de estrangeiros e incentivaria a pecuária. Assim, Miranda e outros colonizadores não só obtiveram a autorização para criar a Vila de Paragominas, em 23 de janeiro de 1961, como foram ‘presenteados’ com um plano urbanístico elaborado por Lúcio Costa, que na mesma época venceria o concurso para projetar Brasília ao lado do não menos famoso Oscar Niemayer. O nome Paragominas foi outra criação de Miranda, que juntou os topônimos Pará, Goiás e Minas Gerais, estados de origem da maioria dos colonizadores que chegaram à região na década de 1950. Com poucas mudanças, pela escassez de recursos, o projeto arquitetônico tri-hexagonal foi adotado, assim como a sugestão de Miranda para o nome da cidade, que foi saudado por uma placa de madeira com a inscrição ‘Todos a Favor’. A abertura contemporânea da BR-153, a rodovia Belém-Brasília, ligando o Meio-Oeste com o Norte do país, fez com que o fluxo migratório se intensificasse e fosse decisivo para o desenvolvimento de Paragominas. Resolutividade alta Com mais de 105 mil habitantes, o 15º em população do Estado, o município foi escolhido pelo governo estadual para sediar desde agosto de 2014 o Hospital Regional Público do Leste do Pará, com 70 leitos (20 deles de Unidade Intensiva), um antigo anseio para os cerca de 800 mil habitantes dos 22 municípios que fazem parte da região do rio Capim, com assistência de média e alta complexidade e especialidades como cardiologia, endocrinologia, mastologia, neurologia, urologia e traumatologia. O atendimento prestado pelo HRPL compreende a chamada Região de Saúde Metropolitana III que é regulada pelos municípios pactuados do 3° e 5° Centros Regionais de Saúde do Pará (*). O atendimento consiste em clínica médica e cirúrgica, nas especialidades de neurologia, traumatologia, cirurgia geral e suporte de anestesia. Oferece ainda consultas ambulatoriais em cardiologia, clínica cirúrgica, clínica médica, neurologia, urologia, endocrinologia, ginecologia, mastologia e ortopedia. Um dos orgulhos da cidade (o outro é o fato de ser a primeira cidade da Amazônia a receber o título de ‘Município Verde’, pelas ações de combate ao desmatamento), o HRPL conseguiu um alto índice de resolutividade, com apenas 2% de transferência de pacientes para Belém, algo habitual até a inauguração da unidade. O primeiro aniversário do hospital foi comemorado com muito trabalho. “A melhor forma de comemoração foi ofertamos serviços à comunidade, (*) Composto pelas cidades de Aurora do Pará, Vista de Paragominas: planejada e construída a partir de projeto do arquiteto Lúcio Costa. Capitão Poço, Garrafão do Norte, Ipixuna do Pará, Irituia, Mãe do Rio, Nova Esperança do Piriá, Paragominas, Santa Maria do Pará, São Miguel do Guamá, Ulianópolis, Castanhal, Curucá, Iagarapé Açu, Inhangapi, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, São Domingos do Capim, São Francisco do Pará, São João da Ponta e Terra Alta. 5 com aferição de pressão arterial, glicemia e distribuição de material educativo sobre os serviços oferecidos pelo hospital”, destacou o diretor executivo da unidade, Júlio César Garcia, que já passou por hospitais públicos no Maranhão e Rio Grande do Norte. Seu antecessor no cargo, o diretor de Operações do INDSH, Adriano de Lima, demonstra o orgulho de ter sido um dos pioneiros no HRPL. “Tive a satisfação de estar à frente do HRPL desde o seu início e participar da preparação, treinamento e contratação das equipes de trabalho. Um projeto muito bonito, que considero como se fosse um filho, que está se desenvolvendo, graças ao apoio dos colaboradores, equipe médica, usuários, comunidade, governo e agora do novo diretor executivo”, afirmou. A mesma sensação é dita pelo diretor de Enfermagem, Clóvis Guse. “Participei desde o assentamento dos tijolos para, hoje, salvar vidas. O que era um bebê, hoje é um gigante”, compara Guse. O sentimento de construção de algo grande e importante é comum a muitos dos funcionários. Como o médico João Lucídio, diretor técnico do hospital, que avalia o impacto da sua instalação na saúde local. “É preciso destacar a sensibilidade política e administrativa do governo do estado, em contemplar um hospital de média e alta complexidade na região e aos profissionais pela dedicação, ética e compromisso com a saúde”. cial e Humano (INDSH) tem adotado a estratégia de investir em treinamento e capacitação constantes, para manter a qualidade de atendimento e a boa avaliação, que chega a 97%, segundo dados de agosto de 2015. Com 356 colaboradores diretos e indiretos, mais de 90% são profissionais da própria região, gerando assim outro benefício importante, por meio de emprego e renda. O HRPL é responsável pela assistência de média e alta complexidade, com resultados significativos em um ano de atendimento: 78.180 exames, 7.152 consultas ambulatoriais, 1.500 internações e cerca de mil cirurgias. Na corrente verde abraçada pelo município, o HRPL tem dois troféus para marcar o primeiro aniversário. O primeiro deles foi o selo bronze do Programa Brasileiro GHG Protocol (abreviatura para GreenHouse Gas), Outra ação nesse sentido foi a obtenção do Certificado de Tecnologia Limpa - Pró-Sustentabilidade da Ecologia Humana e do Planeta, em reconhecimento ao sistema ASP Sterrrad instalado na Central de Esterilização de Materiais (CME) e que consome 51 vezes menos energia elétrica que uma autoclave. O certificado é emitido pelo Instituto Mais, dedicado à pesquisa e capacitação socioambiental. Segundo a enfermeira Mônica Louza, coordenadora do Centro Cirúrgico e do CME, o sistema oferece uma tecnologia eficaz que protege e assegura os instrumentos, por meio de esterilizadores à baixa temperatura. “Esta tecnologia realiza ciclos de esterilização sem emissões tóxicas, necessitando apenas de uma fonte de energia elétrica para funcionar”, explicou. O sistema possui milhares de uni- Corrente ambiental A assistente administrativa do Departamento de Pessoal, Juliana Targa Neves, rondoniense de nascimento e vivendo em Paragominas desde os oito dos seus 22 anos, comemorou seu primeiro ano de contratada no mesmo dia de aniversário de fundação do hospital. “Me sinto muito feliz em trabalhar aqui”, exalta. “É muito gratificante fazer parte dessa família. Somos muito unidos. Fico muito satisfeita em participar dessa comemoração que certamente será a primeira de muitas”. Licitado para gerenciar a unidade em parceria com o Estado, o Instituto Nacional de Desenvolvimento So- 6 Conexão SAÚDE Entrada: com inauguração, apenas 2% dos casos precisam ser transferidos para Belém, a mais de 300 km. coordenado no Brasil pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo, por iniciar em agosto a divulgação da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), uma das principais causas de impacto no meio ambiente. A certificação tem o objetivo de estimular a cultura corporativa para a elaboração e publicação dos inventários de emissão dos GEE na atmosfera e com isso permitir o monitoramento por parte de órgãos governamentais e entidades de defesa do meio-ambiente. dades instaladas em todo o mundo. O modelo utilizado no HRPL é o Sterrad NX, que realiza um ciclo padrão com duração aproximada de 28 minutos. Na comunidade Na avaliação do diretor Administrativo e Financeiro, Cledes Silva, o esforço para melhoria constante e a busca pela qualidade dos serviços é uma das mais marcantes características da equipe do HRPL. “O comprometimento, empenho e repasse Recepção num dia típico de atendimento: serviços a cerca de 800 mil pessoas de 22 cidades da região. zido no atendimento psicossocial, que complementa as atividades do HRPL, e que atende por ano cerca de 8.450 pacientes com acesso ao serviço de psicólogos. Para isso, os gestores do HRPL vêm investindo permanentemente na capacitação da equipe. O hospital, por exemplo, adotou no primeiro semestre um novo procedimento multidisciplinar de redução da permanência de pacientes nos 20 leitos da Unidade de Terapia Intensa (UTI). A visita clínica feita aos leitos da UTI conta com a interação de todos os profissionais em atendimento àquele paciente. “Durante o procedimento, o médico conduz a discussão, com relato clínico e diagnóstico, evolução, tratamentos realizados e propostos”, explica o diretor Técnico Segundo João Lucídio. “Os demais profissionais relatam objeti- Comemoração de um ano: envolvimento traduzido em entusiasmo e união da equipe. de experiência profissional são muito positivas”, diz Silva. “Nosso principal foco sempre é o paciente”. Ele destaca ainda a humanização e a interação com esses usuários. “Temos pontos a melhorar e zelamos para isso. Os pacientes se manifestam constantemente por meio do Serviço de Atendimento ao Usuário, contribuindo com sugestões, elogios e pontos de melhoria. Essa parceria e imprescindível”, afirma. Esse mesmo modelo humanizado também é tradu- Palestras para escolas municipais sobre riscos de consumo de drogas: estar próximo da comunidade. 7 Mateus: unidade em local estratégico. vamente as suas condutas, dando conhecimento coletivo sobre o caso do paciente, que viabilizará informações gerais aos familiares e à direção do hospital”. Outra marca do HRPL é estar próximo da comunidade de Paragominas, com apoio do prefeito Paulo Tocantins. Um dos engajamentos, foi com a realização de palestras para 180 alunos de escolas municipais da cidade, somado a colaboradores e usuários do hospital, com alertas de saúde no Dia Mundial de Combate às Drogas Ilícitas, em 26 de junho. O mesmo aconteceu no Outubro Rosa, sobre prevenção do câncer de mama, com a montagem de um quiosque na praça matriz da cidade. O período de carnaval, por outro lado, mobilizou a equipe do hospital na campanha Trânsito Seguro, já que um dos principais atendimentos na unidade é de pacientes com politraumatismos causados por acidentes. Dos atendimentos de urgência e emergência, mais de 50% são vítimas de acidentes automobilísticos, a maior parte em motocicletas. A promoção em asilos na época do Natal, apresentações da Orquestra Municipal nas dependências do hospital, mobilizações de conscientização na luta contra o vírus da Aids e exames preventivos para detectar hipertensão ou diabetes, são mais ações representativas nessa aproximação entre o HRPL e seus usuários. Segundo o secretário de Saúde do Pará, Vitor Mateus, não havia hospital de alta complexidade do estado no eixo da BR-010, que vai de Dom Eliseu à Santa Maria. “Era funda- mental a construção de uma unidade em local estratégico para dar suporte aos pacientes”, avalia. “Hoje, o regional de Paragominas é mais que isso. Sua capacidade instalada vem sendo acrescida mês a mês, devido à qualidade do atendimento e pela satisfação do público atendido”. Para o secretário, é necessário que os municípios de abrangência conheçam melhor a estrutura do hospital e que tenham contato com a direção. “Os gestores municipais precisam alinhar o fluxo de encaminhamentos dos pacientes de acordo com o perfil do hospital. Em alguns casos, pacientes daquela região podem ser atendidos no próprio hospital, sem a necessidade de encaminhamentos para Belém”, disse. Para estar presente em uma cidade que surgiu há mais de 50 anos do sonho de pioneiros e se reinventou Diretores: Garcia (geral), Lucídio (médico), Cledes Silva (financeiro) e Guse (enfermagem). Prefeito elogia parceria entre HRPL e município “O HRPL é um sonho antigo e que se tornou realidade pelo entendimento que o governador Simão Jatene teve de que a cidade era um polo regional, que precisava dessa infraestrutura de saúde para dar suporte não só à população paragominense, mas para os municípios do entorno”, afirma o prefeito de Paragominas, Paulo Tocantins (foto ao lado). “Há um ano, os casos de média e alta complexidade são resolvidos aqui mesmo, sem que para isso o paciente tenha de viajar mais de 300 quilômetros para 8 Conexão SAÚDE obter atendimento. Muitas vezes nem conseguia, visto que os hospitais públicos da capital possuem uma demanda muito grande. Além disso, um hospital que preza pela qualidade do atendimento, a humanização dele nos dá muito orgulho, pois sabemos que nossos munícipes estão recebendo o melhor por parte do governo do Estado e da empresa que administra este hospital. Parabéns pelo primeiro ano e tenho certeza que essa excelência vai ser uma constante em nossa cidade”, conclui o prefeito. O começo de uma história de sucesso Paciente nº 1 elogia hospital até hoje A secretaria Heloísa Guimarães, com diretores do INDSH: um hospital que fez a diferença. O Hospital Regional do Leste do Pará foi inaugurado em 4 de agosto de 2014, com grande expectativa por parte da população e a presença da então Secretaria de Saúde do Pará, Heloisa Guimarães (atual Secretaria Adjunta da Sespa), que já antecipava os diversos benefícios que a HRPL traria para todos os moradores. Na ocasião, a secretaria destacava os principais serviços que o hospital iria oferecer. “A parte de endocrinologia será muito útil no tratamento da obesidade e para quem tem problemas de tireóide. A mastologia cuidará da prevenção e tratamento do câncer de mama, e também faremos prevenção do câncer de colo de útero”, destacava. Outra área considerada extremamente importante por ela era a de neurocirurgia. “Agora, podemos atender casos complexos que necessitem do pronto atendimento neurocirúrgico, como por exemplo em acidentes de carro ou qualquer outra situação grave. Além disso teremos os serviços de raios-x, tomografia e toda a área de traumatologia, que pode representar a diferença na hora de receber um paciente”, detalhou. Uma história que começou há pouco mais de um ano e cujas perspectivas vêm se ampliando a cada dia. quando trocou o desmatamento por uma política de manejo sustentável, os gestores do HRPL sabem que precisam estar também na vanguarda na área da Saúde. O HRPL está na última ponta de atendimento de serviços médicos, com dedicação total a casos mais específicos e complexos, que requeiram especialistas. A base do atendimento está na prevenção e nos postos de saúde municipais. Depois as Unidades de Pronto-Atendimento, os hospitais municipais e, por fim, os regionais e seu atendimento especializado. A gestão de Saúde tem um sinal verde em Paragominas para avançar cada vez mais e o HRPL não quer ficar para trás nessa corrida por um atendimento de qualidade. Diagnóstico do HRPL lAtendimento: média e alta complexidade l Leitos: 70 (20 de UTI) lConsultas: 7.152 l Exames: 78.180 lInternações: 1.500 lCirurgias: 1.000 lRefeições servidas: 121.284 l Resolutividade: 98% (2% dos casos são transferidos) l População atendida: 800 mil l Municípios abrangidos: 22, da região do rio Capim Fonte: HRPL - agosto 2014 a agosto 2015. O aposentado Antônio Santana Cabral, 76 (foto), foi o primeiro paciente do HRPL. Apesar de prestar assistência de média e alta complexidade, na primeira semana, em agosto do ano passado, foram encaminhados alguns casos de baixa complexidade. Antônio teve um acidente doméstico, sem gravidade. Após exames, descobriu-se que tinha também problemas na próstata. Após alta, foi transferido para o hospital municipal para tratamento. “Hoje estou curado”, diz. “Se não fosse o atendimento no Regional, tão cedo eu não ia descobrir essa doença. Hoje, sabe-se Deus, nem estaria aqui para contar essa história”, comentou, ao lado da filha Consuela. 9 HRPM apresenta resultados em audiência do Conselho Municipal de Saúde O Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves (PA), participou em agosto de uma audiência pública promovida pelo Conselho Municipal da Saúde local para apresentação dos resultados do atendimento. A audiência, num centro comunitário local, contou com cerca de 200 participantes e a presença do diretor Operacional do INDSH, Adriano de Lima, e do diretor Executivo do HRPM, Thiarle Dassi. “É importante para um bom entendimento que o hospital não seja de ‘portas abertas’”, explicou Lima. “A assistência básica é responsabilidade da gestão municipal. Cada um cumpre seu papel na saúde pública”, explicou. Os diretores também apresentaram as formas de controle, pela Secretaria de Saúde do Estado, Tribunal de Contas do Estado e Conselho Estadual de Saúde. Foram destacados os resulta- Hospital comemora cinco anos O Hospital Regional Público do Marajó comemorou no dia 25 de setembro cinco anos de funcionamento com 96% de satisfação dos usuários e importantes avanços na assistência de média e alta complexidade para cerca de 270 mil habitantes das cidades do 8° Centro Regional de Saúde (de Breves, Curralinho, Anajás, Portel, Melgaço e Gurupá). Ao longo desses anos foram realizados um total de 67.734 atendimentos ambulatoriais, 9.790 cirurgias, 20.880 atendimentos de urgência/emergência e 1.127 partos. O HRPM festejou a data com oferta de serviços de beleza, saúde, emissão de documentos e celebração de culto ecumênico. 10 Conexão SAÚDE Representantes da comunidade e diretores do hospital: mostrando a importância de unidade. dos de janeiro a julho: 1.759 internações, 1.365 cirurgias e 12.289 consultas ambulatoriais. Dassi ressaltou ainda que somente no primeiro semestre foram realizados 94 treina- mentos, com 6.738 horas de cursos. “Nossos esforços são voltados para a melhoria constante dos atendimentos de qualidade e humanizado”, enfatizou. Unidade inaugura ‘Espaço Gestante’ O Hospital Regional Público do Marajó (HRPM) inaugurou em agosto o ‘Espaço Gestante’, novo passo para a certificação de Hospital Amigo da Criança (IHAC). O hospital vem desenvolvendo, desde 2014, uma série de iniciativas que tem como meta a certificação HAC, que levaram o HRPM a ser reconhecido como instituição que defende a causa, por meio da implantação de Sala de Apoio à Amamentação. As ações desenvolvidas no hospital envolvem colaboradoras, mães, usuárias e acompanhantes. O hospital implantou também o espaço “Estar das Mães”, que acolhe as usuárias com filhos internados nas UTIs Neonatal e Pediátrica, para a manutenção da amamentação e para evitar a interrupção de laços e contatos, humanizando o atendimento aos bebês. Esses ambientes são climatizados e dotados de armários, camas e redes (hábito comum na re- gião). As mães também recebem alimentação e orientações gerais sobre amamentação, oferecidas pelo corpo clínico e pelo Serviço Social. Amigo da Criança: na busca de certificação. Pará: hospital atende vítimas de escalpelamento e participa na busca de soluções Encontro entre gestores de saúde em Belém: acidentes são graves e atingem principalmente mulheres e crianças ribeirinhas. O setor de urgência do Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves (PA), atendeu, em agosto, mais uma vítima de escalpelamento, um problema crônico no caso dos moradores ribeirinhos do Pará, que utilizam embarcações a motor. As principais vítimas são mulheres e crianças que ao se aproximarem do equipamento têm seus cabelos repentinamente puxados e o couro cabeludo arrancado, provocando graves sequelas físicas e psicológicas, podendo ser fatal em alguns casos. Nos dois últimos anos, a Marinha do Brasil instalou 1.896 coberturas nos motores de barcos no Pará, para combater o problema. A vítima, uma jovem de 16 anos, recebeu os primeiros cuidados da equipe multiprofissional do HRPM. Com escalpelamento total, ela foi transferida com o apoio do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) para atendimento na capital, Belém. Com mais esse caso, quatro pessoas já foram atendidas pelo corpo clínico do Hospital Regional nos me- ses de junho, julho e agosto. Segundo dados da Coordenação Estadual de Mobilização Social, vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a cidade de Breves está entre as 21 localidades com maior incidência de casos, além de Abaetetuba, Afuá, Anajás, Bagre, Barcarena, Cametá, Chaves, Curralinho, Igarapé-Miri, Juruti, Limoeiro do Ajuru, Melgaço, Moju, Muaná, Oeiras do Pará, Oriximiná, Gurupá, Portel, Prainha e São Sebastião da Boa Vista. Em 2013, dez casos foram registrados, já em 2014 foram onze. Neste ano, oito casos foram confirmados até agosto. Diante das estatísticas que mostram preocupação e sofrimento não apenas para as vítimas, bem como para as famílias dessas pacientes, profissionais do HRPM participaram, de 24 a 28 de agosto, da 1ª Semana Estadual de Prevenção e Combate aos Acidentes de Motor com Escalpelamento na Mobilidade Ribeirinha, na capital paraense. Paralelamente, foi lançada a Campanha Estadual de Prevenção e Combate ao Escalpelamento, evento promovido pela Sespa. Para o diretor técnico do HRPM, Pedro Luiz Leite Soares, esse tipo de acidente é um preocupante problema de saúde pública e o governo do Estado, por meio da Sespa e demais instituições parcerias, está direcionando esforços para zerar as ocorrências que atinge especialmente a população ribeirinha do Pará. “São vários os esforços e parcerias para o fortalecimento da rede de prevenção para evitar casos de escalpelamentos dessas meninas e mulheres ribeirinhas do Pará e da região Norte”, comentou. Com assistência de média e alta complexidade, o HRPM tem estrutura para receber e prestar os primeiros atendimentos para estabilizar o quadro clínico dessas vítimas, que são encaminhadas, com apoio do Graesp, para tratamento especializado em Belém, que estende auxílio às famílias, para esclarecimento e a plena recuperação da saúde e do estado emocional das meninas e mulheres que sofrem com o acidente. 11 HGT inicia campanha para prevenir acidentes de moto A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e o Núcleo de Educação Permanente do Hospital Geral de Tailândia (PA) desenvolveram em julho uma série de ações educativas para os mais de 200 funcionários, além de usuários e acompanhantes, sobre a importância do uso do capacete e respeito à legislação de trânsito. O HGT registrou cerca de 2.250 atendimentos de acidentados por motos entre janeiro de 2014 e agosto deste ano, entre os mais de 138 mil atendimentos de urgência e emergência atendidos nesse período. A campanha se estendeu até meados de setembro, em parceria com Diálogo semanal de segurança: cinco a quinze minutos sobre segurança no trabalho. o Serviço de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), que discutiu e organizou equipes para abordar o assunto durante o Diálogo Semanal de Segurança, para envolver funcionários e o maior número possível de usuários e acompanhantes. “Educar para o trânsito é preservar a vida, por isso estamos empenhados na campanha”, explica Wanderson Marcelo Barbosa, presidente da Cipa do HGT. Segundo a técnica de Segurança do Trabalho Cleuda Lice Martins Torres, o Diálogo Semanal de Segurança é umas das ferramentas mais usadas na jornada de trabalho. “Normalmente dura entre cinco a 15 minutos, uma vez por semana, para a discussão e instruções básicas de assuntos ligados à segurança no trabalho que devem ser usadas e praticadas por todos”. A ação foi encerrada com palestra do técnico de trânsito Jean Rodrigues, do Departamento Municipal de Trânsito, a participação de representante do 6º Comando Regional de Policia Militar (CRPM), com sorteio de capacetes entre os participantes. Hospital promove atividades de estimulo à amamentação O Hospital Geral de Tailândia (PA) promoveu em agosto a campanha “Amamentação e Trabalho, Para Dar Certo o Compromisso É de Todos”, em razão da Semana Mundial de Aleitamento Materno, cuja data é comemorada em 1 de agosto. Durante toda a semana, palestras de esclarecimento e distribuição de material sobre o assunto foram oferecidas aos usuários da maternidade, que só no ano passado realizou quase três mil partos. “Durante as palestras e as intervenções nas recepções e atendimentos do hospital, evidenciamos os benefícios e possibilidades de continuar a amamentação e, assim, despertar a conscientização das vantagens em apoiar essa prática”, observou a diretora de enfermagem interina, Marise Moraes 12 Conexão SAÚDE Conscientização: conversas para mostrar os benefícios de amamentar os bebês. INDSH recebe prêmio por criação do Museu da Saúde e boas práticas ambientais Evento em SP: entrega de premiação a José Carlos Rizoli (à frente; segundo, a partir da direita). O INDSH recebeu em setembro o prêmio Excelência da Saúde na categoria Responsabilidade Socioambiental, entregue pelo Conselho Editorial da revista Healthcare Management, que circula entre os profissionais da área em todo o país. O instituto foi indicado por suas boas práticas ambientais nas unidades administradas e pela criação e apoio ao Museu da Saúde, com o objetivo de preservar a memória de pioneiros e ações desse setor. O prêmio foi entregue ao presidente do INDSH, José Carlos Rizoli, e à responsável pela gestão ambiental do Márcia Mariani: por uma causa nobre. instituto, Márcia Mariani, em evento que contou com cerca de 100 convidados, no dia 23, em São Paulo. O Conselho Editorial do Grupo Mídia, que edita a revista, fez uma pesquisa com profissionais do próprio mercado sobre as entidades, hospitais e empresas que se destacaram em 13 categorias diferentes, analisando, em seguida, as principais ações do ano, como grandes investimentos, inovações e conquistas do setor. Com os dados mais relevantes em mãos, elegeu as instituições em categorias distintas, como gestão financeira e de custos, gestão de pessoas, liderança, governança corporativa, arquitetura e hotelaria hospitalar, entre outras. “Assim, foi possível conhecer cases de sucesso das mais diversas áreas de gestão”, explicam os responsáveis pela publicação. Segundo os editores, o INDSH já é reconhecido por suas políticas ambientais implantadas na gestão das unidades administradas pela instituição e destaca a criação do Museu da Saúde, forma de preservar a memória desse setor no Brasil. “O objetivo do prêmio é aplaudir aqueles que lutam contra o pessimismo e investem no potencial de sua equipe para levar qualidade aos pacientes”, afirmou o publisher Edmilson Caparelli, sobre a escolha dos premiados em cada categoria. Uma das idealizadoras do Museu da Saúde, a administradora Márcia Mariani, reafirma a importância de manter uma estratégia de responsabilidade socioambiental nas instituições, seja criando um museu ou outras estratégias nesse sentido. “Vale a pena trabalhar os pilares de transformação, conhecimento, conscientização, comportamento e tecnologia”, diz a gestora. “Ações socioambientais auxiliam no crescimento do sentimento de pertencer a uma causa nobre, aumentando a empatia e a resolução de conflitos”. Na opinião do presidente do INDSH, o maior desafio do Museu da Saúde é continuar a evoluir, mostrando toda a riqueza da história para as novas gerações. “Temos que apreciar o passado para criar novos caminhos civilizatórios, que proporcionem maior qualidade de vida, maior adequação ecológica e, por consequência, a conquista de uma saúde plena”, disse Rizoli. 13 Maternidade promove evento de valorização de áreas de apoio A Maternidade Dr. Eugênio Gomes de Carvalho, em Pedro Leopoldo (MG), promoveu de 14 a 18 de setembro a 1ª Semana das Áreas de Apoio, uma iniciativa para valorizar e discutir os principais temas envolvendo as áreas de sustentação do hospital. A iniciativa foi pioneira na região e constou de palestras sobre as áreas, além de ações culturais e de interação com os funcionários. No primeiro dia do evento, houve a apresentação do coral da maternidade, seguido do sorteio de brindes. Também foram promovidas ações voltadas para beleza e maquiagem, como forma de valorizar a equipe, complementadas por palestras, com dicas de prevenção a doenças e hábitos saudáveis. Outros temas aborBeleza: forma de reconhecimento. Palestras: da importância do uso de equipamentos ao marketing pessoal. dados foram segurança na internet, prazer do trabalho, postura profissional, marketing pessoal e importância do uso dos equipamentos de proteção individual. “Nosso objetivo foi o de capacitar e mostrar a importância das áreas de apoio, fundamentais para o bom funcionamento da maternidade”, explicou a diretora geral Cláudia Silva. “Esse suporte é imprescindível para que possamos oferecer um serviço de qualidade a nossos pacientes”, concluiu. HMA reúne líderes religiosos para integração na assistência Líderes de diversas correntes religiosas de Araucária (PR) participaram da primeira integração do serviço de assistência interreligiosa, realizada no dia 24 de agosto no Hospital Municipal de Araucária (PR). O hospital implantou o serviço durante aquele mês e com isso pretende abrir espaço para que representes de diferentes religiões possam prestar assistência espiritual aos pacientes internados, familiares e acompanhantes. Durante a integração, os participantes das várias denominações puderam conhecer melhor o serviço proposto pelo HMA e ainda foram orientados em relação às rotinas do hospital. 14 Conexão SAÚDE Encontro ecumênico: abertura de espaço para atendimento espiritual a pacientes internados. Exposição montada em São Paulo sobre ‘A Saúde no Brasil Colonial’ se encerra em outubro A exposição ‘A Saúde no Brasil Colonial’, montada pelo Museu da Saúde (MUSA) nas dependências do Museu Emílio Ribas, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, se encerra em 26 de outubro. O museu é uma iniciativa do INDSH e de parceiros que têm em comum o objetivo de preservar a memória da Saúde, mostrando a evolução, fatos e personagens ícones do setor. A mostra é baseada no livro "A Saúde no Brasil: Do Descobrimento aos Dias Atuais", concebido e patrocinado pelo INDSH, e que conta essa saga desde 1500. Com tiragem limitada, a obra foi escrita pela historiadora e professora Sônia Maria de Freitas, e lançada oficialmente durante a Feira Hospitalar 2014. A exposição foi dividida em cinco módulos, com 28 painéis no total. As práticas da saúde são tratadas do ponto de vista institucional e pelo modo como são praticadas pela sociedade por meio de textos e imagens. “As pesquisas sobre a história da saúde no Brasil são escassas”, explica a museóloga Cecília Machado, curadora da exposição e consultora do museu. “Esta exposição concretiza mais esse importante mapeamento”, diz. A gerente de Projetos do INDSH e coordenadora do museu, Márcia Mariani, diz que o objetivo é levar a exposição para outras cidades brasileiras. “Nosso propósito é expandir o museu para que ele seja um verdadeiro catalizador da memória da Saúde brasileira e de valorização de seus pioneiros e grandes personalidades”, afirma Márcia. O museu está sendo elaborado desde 2010 com a ajuda de museólogos e historiadores. Por enquanto, pretende-se que seja um centro de pesquisa e referência virtual sobre a memória da saúde no Brasil, sem sede física. De seu conselho consultivo fazem parte representantes da Associação Brasileira de Marketing em Saúde, Associação Congregação de Santa Catarina, Federação das Santas Casas do Estado de São Paulo e Sindicato dos Hospitais de São Paulo, além da escritora Sônia Freitas e da professora Theresinha Covas Lisboa, especialista em gestão hospitalar. A parceria entre o MUSA e o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, vinculado ao Instituto Butatan e ao governo do Estado de São Paulo, na viabilização da atual exposição reúne esforços conjuntos para a valorização e a divulgação da história da saúde no Brasil. A entrada é gratuita e a exposição está aberta de terça a quinta, das 10h às 16h. Visitas de grupos de escolas e empresas devem ser agendadas pelo telefone (11) 2627-3880 ou pelo e-mail museuer. [email protected]. Painéis históricos: mapeamento sobre fatos e personagens da saúde brasileira desde 1500. 15 UPA faz um ano com mais de 110 mil atendimentos A Unidade de Pronto Atendimento e Pronto Atendimento Infantil Santa Paula, em Ponta Grossa (PA), completou um ano de atividades em 3 de setembro, registrando mais de 110 mil atendimentos de urgência e emergência. Para celebrar a data, foi realizada uma cerimônia comemorativa com a presença do prefeito Marcelo Rangel, da Secretária de Saúde Ângela Pompeu, do diretor Administrativo e Financeiro do INDSH Valdemir Rodrigues dos Santos, representantes da Secretaria de Saúde, colaboradores da UPA, Imprensa e usuários da unidade. Os convidados falaram sobre a importância do trabalho da UPA neste primeiro ano, agradeceram o trabalho de todo quadro funcional e assistiram a uma apresentação de balé infantil. A equipe da UPA aproveitou a data para esclarecer dúvidas sobre doação de sangue e outras ações importantes para a saúde da comunidade local. Autoridades públicas de Ponta Grossa e equipe da unidade: celebração de data marcante para Ponta Grossa. Treinamento aprimora trabalho de equipe Profissionais da Unidade de Pronto Atendimento e Pronto Atendimento Infantil Santa Paula, em Ponta Grossa (PR), participaram em agosto de treinamentos para aperfeiçoamento e reciclagem em diferentes atividades. Enfermeiros e Técnicos de Enfermagem fizeram o curso de atendimento em parada cardiorrespiratória. Com um boneco de treinamento, os profissionais praticaram a massagem cardíaca e reforçaram procedimentos necessários para esses casos. Atendimento a parada cardiorrespiratória: capacitando enfermagem. 16 Conexão SAÚDE Já a Brigada de Incêndio da unidade participou da reciclagem para uso de extintores. Além do treinamento teórico, a equipe aplicou os conhecimentos na prática, sob a supervisão de um profissional habilitado. Brigada de Incêndio: reciclagem teórica e uso de extintores na prática. HMA faz sete anos com festa para primeira criança nascida no hospital O Hospital Municipal de Araucária (PR) comemorou seu sétimo aniversário, homenageando Nicolly Gabrielle Quadros Diniz, primeira criança nascida no hospital em 7 de setembro de 2008. Um dos mais modernos e bem equipados da região com atendimento exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o HMA era um antigo sonho da população da região. Desde novembro de 2014, o HMA é administrado pelo INDSH. Desde sua inauguração, o HMA registrou mais de 930 mil atendimentos, entre partos, consultas, internações, cirurgias e exames. Só na obstetrícia, um dos setores com maior fluxo de atendimento, já foram realizados quase 13 mil partos, o que representa uma média de aproximadamente 1.800 nascimentos por ano. Estruturado com 99 leitos de internação, duas UTIs (adulta e neopediátrica), dois centros cirúrgicos (geral e obstétrico), central de exames Nicolly e o prefeito Olizandro: festa e presente. de imagens, pronto-socorro e pronto-socorro obstétrico, o HMA oferece atendimento em 15 especialidades médicas e realiza 17 diferentes tipos de exames diagnósticos, para pacientes internados e externos. A aniversariante Nicolly ganhou uma boneca de presente e teve direito a bolo e à presença da diretoria do HMA, de jornalistas e do prefeito de Araucária, Olizandro Ferreira. Gestores públicos e do hospital: mais de 930 mil atendimentos desde a inauguração. Hospital promove Agosto Azul com escolas de enfermagem e fisioterapia O Hospital Municipal de Araucária (HMA) participou da campanha Agosto Azul, com ações de prevenção e orientação específicas para a saúde do homem, envolvendo colaboradores e usuários. Nos dias 27 e 28, foi montado um posto de atendimento na recepção do hospital, onde colaboradores, pacientes e visitantes puderam aferir a pressão, verificar o Índice de Massa Corporal (IMC) e ainda realizar avaliação postural. A atividade foi realizada em parceria com os cursos de Enfermagem e Fisioterapia da Faculdade Educacional de Araucária (Facear) e organizada pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP). A equipe de fisioterapeutas do hospital também promoveu uma ginástica laboral especial do Agosto Azul, com exercícios para estimular a prática de atividades físicas entre os profissionais do HMA. Para en- cerrar, foi realizada uma palestra de conscientização sobre saúde do homem e foi aplicado o questionário de avaliação sobre o estado de saúde individual. Saúde do homem: parceria com alunos de enfermagem e fisioterapia da Facear. 17 Eu, paciente, e as novidades ao alcance da mão No meu celular, um smartphone comum, tenho pelo menos três aplicativos que monitoram a saúde. Baixado gratuitamente como os demais, um ajuda a organizar ficha clínica, exames, medicamentos tomados, consultas, calendário de vacinas, além de trazer dicas de saúde e um dispositivo (nesse caso, por R$ 60/ano) para chamadas de emergência diretamente com meu médico. Outro, me avisa quando é hora de me hidratar corretamente, muito útil para quem sempre se esquece disso. Um terceiro, apita quando está na hora de toma algum medicamento. Sem contar, os ‘apps fitness’ que me seguem nos fins de semana pelo parque municipal, dizendo (literalmente e em português) quilômetros andados, quanto tempo isso levou, calorias que se foram e até se quero compartilhar isso publicamente em alguma rede social. São gestores móveis de saúde ao alcance da mão da maioria dos 283,5 milhões de celulares em uso no Brasil, segundo dados recentes da Anatel, e que estão causando uma revolução nas relações entre pacientes e médicos. Mais radical, vários desses apps prometem aferir pressão arterial e batimentos cardíacos. Para isso, deve-se colocar o dedo indicador na frente da câmara e confiar na informação registrada na Delamar da Cruz Jornalista e Assessor de Imprensa do INDSH. 18 Conexão SAÚDE tela. Algo que certamente meu médico, um cardiologista dos mais competentes, e a comunidade médica em geral, não recomendariam. Pelo menos, até toda essa tecnologia se mostrar confiável. Mas, a realidade parece estar mudando, e rapidamente. Segundo a MEF Mobile, um instituto que estuda o ecossistema móvel global, os chamados wearables (soluções de tecnologia feitas ‘para vestir’, como óculos, pulseiras ou relógios) com foco na saúde movimentam atualmente US$ 4 bilhões, devendo atingir US$ 26 bilhões nos próximos dois anos. Médico on line Para o executivo Mariano Sunrell, diretor da empresa de software AVG Brasil, esses equipamentos incluem “aparelhos para reduzir taxas de seguros e sensores químicos para primeiros socorros”. Para o especialista em tecnologia mobile Tony Anscombe, o cenário dos próximos anos já está bem nítido. “Imagine um futuro no qual um paciente pode seguir sua rotina diária sem preocupações, enquanto o wearable transmite seus dados diretamente para seu médico”. Sem perda de tempo, sem deslocamentos, sem marcação de consulta. Em 2015, a Google, a maior multinacional de serviços online do mundo, lançou o Google Glass, um par de óculos leves que permitem navegar na internet, transmitir dados em tempo real e que já começam a serem usados na medicina. Em agosto, um médico na Nova Zelândia, usando o aparelho, transmitiu uma cirurgia aórtica ao vivo para os escritórios da Endologix, fabricante de equipamentos médicos, nos EUA. Há quem preconize que os sistemas de saúde inseridos em equipamentos móveis serão em breve tão comuns quanto o uso de termômetros. E não há razão alguma para que não seja assim. Alguns sistemas já anunciam essa realidade. A jornalista e blogueira Renata Velloso cita num artigo o uso do Curely, que dispõe de uma rede de mais de 600 médicos em todo o mundo que responde a dúvidas do paciente pelo celular em diversas línguas, inclusive o português. “É uma evolução ao que costumamos chamar de Dr. Google, uma vez que médicos de verdade oferecem informações de saúde de qualidade a preços acessíveis”, analisa Renata. O mesmo acontece com o Doctors on Demand, pelo qual é possível fazer uma consulta em vídeo com um médico que, quando necessário, se desloca até a casa do paciente. Sempre insubstituível A blogueira cita três desafios a serem superados para que essas tecnologias se expandam em larga escala: número de médicos suficientes para se deslocarem até a casa de um paciente, caso seja necessário; falta de um sistema informatizado de informações médicas (a maior parte ainda está em fichas de papel) e a regulamentação desses processos; e a mudança de mentalidade de profissionais e pacientes. O Conselho Federal de Medicina (CFM), por exemplo, não reconhece a telemedicina e proíbe os médicos de consultarem paciente por vídeo, voz ou texto. Nada que não possa ser superado por essa imensa e arrebatadora avalanche de informações e novas possibilidades tecnológicas que surgiram com a internet e suas variantes. Tais mudanças podem até ser adiadas por algum tempo, temporariamente impedidas por alguma legislação local, mas parece inevitável que em algum momento façam parte do nosso cotidiano. Assim, se eu fosse estudante de Medicina ou médico em início de carreira neste começo de século 21, certamente gostaria de saber mais sobre essas novidades. Digo isso, porque, como paciente, já estou aderindo a essas tecnologias, ainda que saiba que a relação direta com o médico seja insubstituível e superior a qualquer equipamento que venha a ser criado, por mais poderoso que seja. Mas, o futuro está se revelando novo e transformador. O que devo fazer? O particular pode fazer tudo o que a lei não proíbe. A administração pública só pode fazer o que a lei permite. Esta é a máxima resumida que se extrai da brevíssima análise dos princípios constitucionais da autonomia da vontade e da legalidade. É cada vez mais comum encontrar situações extremamente graves que decorrem do não cumprimento de normas jurídicas e dos contratos firmados pelas partes. Sem nenhum pudor, nem vergonha, as partes descumprem ordens emanadas pelos textos legais ou contratuais sem muita preocupação com o amanhã. O descumprimento das obrigações pode ser reflexo do não entendimento ou desconhecimento delas, que pode acontecer por causa da não socialização da informação por quem deveria compartilhá-la. A transgressão normativa pode se dar em razão da impossibilidade de atingimento de metas sub ou superdimensionadas. A infringência contratual não deveria acontecer, pois para isso é que existem os adendos, bilaterais, naturalmente, para que as partes adequem os números e os serviços a serem desenvolvidos à realidade fática em que vivem e a partir do embasamento na previsão legal de que “para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.” (Lei 8.666/93, art. 65, II, d). Se uma das partes for intransigente a outra pode buscar o Judiciário, que pode ser sensível aos argumentos alinhados no sentido de demonstrar o desequilíbrio econômico-financeiro das obrigações. Ainda é possível invocar a aplicação da teoria da imprevisão, que prevê que “se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato.” (Código Civil, art. 478). A questão também pode ser resolvida por meio da arbitragem, forma extrajudicial de resolução de conflitos que ainda não é muito utilizada, pois, para isso, as partes deveriam prever essa possibilidade nos instrumentos jurídicos que assinaram, o que ainda não é realidade contundente. Fato é que, assumida uma obrigação, ela deve ser cumprida no tempo, forma e condições previstos no contrato, sob pena de aplicação das penas previstas no próprio instrumento e nas normas jurídicas aplicáveis ao caso, que, aliás, são bem rígidas, podendo inclusive haver a determinação de devolução de dinheiro ao erário, corrigido, o que não raramente se transforma em pequenas fortunas e implica na impossibilidade do seu pagamento. Há cipoal enorme de leis, decretos, portarias, resoluções, instrução e mais um sem número de normas jurídicas, que devem ser cumpridas rigidamente pelas entidades privadas que mantêm relacionamento com órgãos públicos e/ou entes políticos. Algumas trazem previsões antagônicas ou conflitantes entre si, o que faz com que o parceiro privado fique à deriva da incerteza e inseguro, juridicamente falando. As entidades privadas não podem ficar inertes em relação a desorganização do ente público parceiro, esperando que este cobre delas algo num ou noutro sentido. Devem elas formalizar suas ações ou mesmo suas não ações e embasar seu modo de proceder em razão da postura do ente político que pode ter eventualmente contribuído para aquele desfecho. Isso é questão de sobrevivência delas. Punições às entidades parceiras do poder público acontecem por causa Josenir Teixeira Advogado, Mestre em Direito do amadorismo delas em lidar com as autoridades e porque confiam demais nas pessoas físicas que ocupam cargos públicos, que, não raro, simplesmente deixam suas posições, o que acarreta a precariedade do relacionamento e às vezes deixa essas entidades em situação de desamparo e sem formalização de nada. As entidades que se enveredam no difícil relacionamento com a administração pública devem ter atenção redobrada e profissionalismo suficiente para saberem formalizar toda e qualquer situação que possa expor de forma não desejada o jeito de desenvolver suas atividades. O Brasil é burocrático, cartorial e legalista, e ainda dá muita importância a papel. Por isso é que as entidades precisam necessariamente protocolar com o seu parceiro toda e qualquer situação que considere importante e que possa implicar no equivocado entendimento de que as obrigações legais ou contratuais não teriam sido cumpridas integralmente por elas. A adoção temporal dessa providência ajudará as entidades a se defenderem de acusações de descumprimento de obrigações a que elas não tenham dado causa. A sua omissão, entretanto, quanto a isso, pode atrair culpa injusta. De qualquer forma, até explicar tal coisa, serão gastos muito papel, paciência e dinheiro. 19 20