SÓVIRAS
A INOVAÇÃO COMO MÉTODO
Distinguida
pelo IAPMEI
como uma PME
Excelência no
mercado
É líder no mercado nacional na produção
de componentes para calçado. No ano
passado, o volume de negócios da empresa atingiu os 2,2 milhões de euros e
está sempre em crescimento. Por isso mudou-se para um novo edifício com uma
imagem renovada como resposta ao
aumento anual de mais de 30%.
A par da mudança
de localização
da empresa, a
SÓVIRAS aposta
agora num refresh
da imagem: “ar
fresco traz sempre vantagens. Às
vezes é preciso
parar para fazer
uma
reorganização das ideias
e continuar”, atira
Catarina Portela.
“O cliente é um parceiro”
O
sonho era antigo, mas só
ganhou forma há 11 anos.
Em 2002, quatro sócios juntaram o conhecimento na
área à vontade de inovar e, assim, nascia
a SÓVIRAS. Atualmente, restam apenas
dois: Paulo Ribeiro e Jorge Peixoto traçam
o destino da empresa, que é hoje líder no
mercado nacional na produção de viras e
forras para calçado.
No ano passado, o volume de negócios da
empresa atingiu os 2,2 milhões de euros,
marcando o contínuo crescimento.
Por ano, a SÓVIRAS tem ultrapassado a
meta dos 30%. Este é um dos motivos que
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lhe tem valido, há alguns anos, a distinção
de PME Líder e, em 2012, a de PME Excelência, pela primeira vez.
“É um prémio do nosso trabalho. Dá uma
imagem positiva aos clientes e fornecedores, mas é ainda mais gratificante para
nós, a nível interno. Além disso, temos
uma porta aberta dos bancos”, afirma a
responsável pelo departamento financeiro, Catarina Portela. Este ano, a empresa
segue ao mesmo ritmo, perspetivando-se
um novo aumento nas vendas.
A SÓVIRAS trabalha quase exclusivamente no mercado nacional. Apenas 5%
do que produz é para exportação directa.
Inglaterra, Espanha e França são os destinos destes componentes. Trabalhar o
mercado externo foi uma opção que a
empresa tomou há três anos. “Não se consegue à primeira. É preciso persistência e
confiança e isso vai-se conquistando com
o tempo”.
Um dos principais problemas no mercado
nacional são “os pagamentos tardios”, mas
felizmente para a SÓVIRAS, esta problemática não se reflete com regularidade.
Os bons clientes nacionais retiram atratividade ao estrangeiro: “Não deixamos os
clientes que nos dão segurança ficar mal,
para ter novos”, assegura Catarina Portela.
Ainda assim, e porque parar é morrer, a
responsável pela exportação tem em marcha um projeto de internacionalização,
financiado pelo QREN.
2º
A ideia é assegurar uma conquista de
novos clientes e de novos mercados, sem
esquecer os que estão já fidelizados. “Não
queremos um cliente só para hoje. Interessa-nos um cliente que não nos troca por
um cêntimo, nem por um metro. Para
nós, o cliente é um parceiro, assim como
o fornecedor” - garante.
O crescimento contínuo da empresa
obrigou já à mudança de instalações por
três vezes. Em
Setembro, a empresa iniciou a
atividade
num
novo edifício em
Arrifana, Santa
Maria da Feira,
que representou
um investimento
de 1,9 milhões de
euros. Os 3200 m²
de edifício, mais
5800 m² de área
descoberta, que
inclui um parque
de estacionamento para os funcionários,
vão permitir dar resposta ao aumento do
volume de negócios, oferecer mais condições de trabalho, melhorar a qualidade
do produto e do serviço prestado.
O objetivo agora é rentabilizar os recursos que têm, sem pensar em novas contratações a curto-prazo. A tecnologia não
ficou de fora nesta mudança: 250 mil euros foram investidos em máquinas.
“As máquinas não substituem as pessoas.
São inovadoras a nível de produto. Sem
elas conseguíamos fazer o mesmo trabalho, mas não com a mesma qualidade”.
Contudo, a tecnologia ainda não chegou
em força ao setor dos componentes para
calçado.”Esta não é uma área tecnologicamente avançada, é ainda muito clássica”.
A par da mudança de localização da
empresa, a SÓVIRAS aposta agora num
refresh da imagem: “ar fresco traz sempre vantagens. Às vezes é preciso parar
para fazer uma reorganização das ideias
e continuar”, atira Catarina Portela.
O logotipo e a imagem das viaturas
foram alterados. O novo site, em desenvolvimento, vai permitir uma maior interatividade com o cliente, facilitando o
trabalho.
Na SÓVIRAS, 38 funcionários vestem a
camisola e fazem parte da família. Afinal,
“esta é a primeira casa deles, passam cá
oito horas ou mais por dia”.
A administração premeia o mérito dos
colaboradores com, pelo menos, quatro
convívios anuais e um prémio no final
de cada ano. Catarina Portela salienta
a importância de um bom ambiente de
trabalho. “As pessoas também trabalham insatisfeitas, mas não têm o mesmo
rendimento”.
A formação é garantida de forma contínua aos trabalhadores internamente. E
esta é uma das principais dificuldades do
setor: “Não há um centro de formação
que trabalhe com o setor das viras”.
Atentos às tendências
Para a responsável pelo departamento
financeiro arriscar é imperativo. Hoje,
a SÓVIRAS utiliza materiais até há uns
anos impensáveis nas viras, como a cortiça e a ráfia. “Estamos atentos às tendências da moda e adequamos ao nosso
produto”.
As correntes são a última inovação apresentada na feira de componentes para
calçado Lineappelle, este mês, em Bolonha. Esta foi já a sexta participação
na principal montra mundial do setor:
“Participar nestas feiras traz a vantagem
de que qualquer cliente, com uma dimensão considerá-vel e que queira fazer
algo de diferente, tem que recorrer a
nós”, afirma Catarina Portela. A empresa
pretende apostar cada vez mais em pre-
senças em feiras e outros eventos de cariz
internacional.
Paulo Ribeiro é o sócio-gerente responsável pelo design do produto. Novos
materiais, novas cores e novas formas de
fabrico são projetadas e desenvolvidas
em parceria com os clientes.
Catarina entrou para a empresa em
2010. Para estar sempre informada faz
várias formações e participa em colóquios. Garante que não faltam apoios, mas
sim quem os procure: “O que, muitas
vezes, falha nas empresas é ter alguém
que pense. O trabalho em ‘back office’
é tão importante como em ‘front office’.
Tem que haver pessoas especializadas
em todas as áreas”. E, em jeito de conselho, aponta: “É preciso não esquecer
a nossa identidade, não nos podemos limitar
a olhar para a concorrência. Quando olhamos
muito para os vizinhos, esquecemo-nos de nós
próprios”.
Persistência e respeito, pelos clientes e fornecedores, são a imagem de marca da SÓVIRAS.
O trabalho árduo, a abertura a novas ideias e à
inovação fazem desta uma empresa de sucesso.
“Às vezes somos acusados de não ter medo de
inovar. Nós temos receio, mas temos que arriscar, senão paramos”, conclui Catarina Portela.
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