& equilíbrio Vida Revista para o aprimoramento pessoal e profissional de ginecologistas e obstetras Julho 2012 02 Dr. Guilherme Fernandes aborda a gravidez tardia, apontando os perigos reais para mães e fetos, bem como a melhor conduta médica para evitar riscos XVII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia oferece facilidades tecnológicas aos inscritos e conta com a expertise de 400 professores renomados Especialistas da Sogesp e da Febrasgo apresentam motivos para o alto índice de cesarianas no Brasil Novas tecnologias de softwares e aplicativos otimizam o dia a dia dos médicos e consultórios Decoração de consultórios pode explorar plantas, cores vivas equilibradas com tons pastéis e até elementos que retratem os hobbies dos médicos-chefes Dr. Luis Bahamondes, da Unicamp, analisa, por meio de caso clínico, a contracepção intrauterina para mulheres nuligestas L.BR.WH.2012-07-10.0816 “Eu sou dinâmica. Quero menos sintomas e mais atividade. Eu sou ativa. editorial Quero menos sintomas e mais liberdade. Menos sintomas. Mais liberdade. Efeitos positivos nos sintomas pré-menstruais (TPM) 1-3 Acne4 Peso5 Sexualidade6 Contracepção oral com benefícios adicionais DRSP Baixa dose Regime 24/4 Bayer. Liderança absoluta em controle de fertilidade. (Vendas Brasil - IMS Health - Fev/2012) Interação medicamentosa: antibióticos e anticonvulsivantes. Contraindicação: Diabetes mellitus com alterações vasculares. YAZ® - drospirenona e etinilestradiol. Reg. MS – 1.0020.0128 Indicações: Contraceptivo oral, com efeitos antimineralocorticóide e antiandrogênico que beneficiam também as mulheres que apresentam retenção de líquido de origem hormonal e seus sintomas. Tratamento de acne vulgaris moderada em mulheres que buscam adicionalmente proteção contraceptiva. Contraindicações: Contraceptivos combinados orais (CCOs) não devem ser utilizados na presença das condições listadas abaixo (devendo-se avaliar as particularidades de cada situação): Tromboembolismo arterial ou venoso, Enxaqueca, Diabetes melitus, Pancreatite, hipertrigliceridemia, Doença hepática grave, Insuficiência renal, Tumores hepáticos, Neoplasias dependentes de esteróides sexuais, Sangramento vaginal não-diagnosticado, Suspeita ou diagnóstico de gravidez, Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do produto. Cuidados e advertências: Avaliar os benefícios e riscos. Consultas/exames médicos regulares são recomendados. Distúrbios circulatórios, tumores, hipertrigliceridemia, hipertensão, colecistopatia, porfiria, lupus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, coréia de Sydenham, herpes gestacional, perda da audição relacionada com otosclerose, patologia intestinal inflamatória crônica, anemia falciforme, enxaquecas, angioedema hereditário, distúrbios da função hepática, pode ocorrer cloasma. Potencial teórico para aumento no potássio sérico em usuárias de YAZ® que estejam tomando outros medicamentos que podem aumentar os níveis séricos de potássio. Quando CCOs são utilizados corretamente o índice de falha é de aproximadamente de 1% ao ano. A eficácia dos CCOs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada dos comprimidos, distúrbios gastrintestinais ou interação medicamentosa. Podem surgir sangramentos irregulares, especialmente durante os primeiros meses de uso. É possível que em algumas usuárias não se produza o sangramento por privação durante o intervalo de pausa. Caso a paciente engravide durante o uso de YAZ®, deve-se descontinuar o seu uso. Não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão acidental de CCOs no início da gestação. O medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação. Reações adversas: náuseas, dor abdominal, aumento ou diminuição do peso corpóreo, cefaléia, estados depressivos, alterações de humor, vômito, diarréia, retenção de líquido, enxaqueca, diminuição ou aumento da libido, intolerância a lentes de contato, hipersensibilidade. Interações: Fenitoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina, Erva de São João, ritonavir, nevirapina, penicilinas, tetraciclinas, ciclosporina, lamotrigina. Posologia: Os comprimidos devem ser ingeridos na ordem indicada na cartela, por 24 dias consecutivos. Cada nova cartela é iniciada após um intervalo de pausa de 4 dias, durante o qual deve ocorrer sangramento por privação hormonal. Início do uso de YAZ®: No caso da paciente não ter utilizado contraceptivo hormonal no mês anterior, a ingestão deve ser iniciada no 1º dia do ciclo (1º dia de sangramento menstrual). Para procedimentos sobre mudança de contraceptivo, caso de esquecimento de comprimidos ou ocorrência de vômitos e/ou diarréia, consultar a bula do produto. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. YAZ VE0310-0410/JUL 10. Referências bibliográficas: 1. Bachmann G, Sulak PJ, Sampson-Landers C, et al. Efficacy and safety of a low dose 24-day combined oral contraceptive containing 20 micrograms ethinylestradiol and 3 mg drospirenone. Contraception 2004;70:191-8. 2. Yonkers KA, Brown C, Pearlstein TB, et al. Efficacy of a new low-dose oral contraceptive with drospirenone in premenstrual dysphoric disorder. Obstet Gynecol 2005; 106(3):492 -501. 3. Pearlstein TB, Bachmann GA, Zacur HA, et al. Treatment of premenstrual dysphoric disorder with a new drospirenone containing oral contraceptive formulation. Contraception 2005;72:414 -21. 4. Lucky A.W, Koltun W, Thiboutot D, et al. Combined Oral Contraceptive Containing 3 mg Drospirenone/20 mcg EE in the Treatment of Acne Vulgaris: A Randomized, Double-blind, Placebo-Controlled Study Evaluating Lesion Counts and Participant Self-assessment. Cutis 2008;82:143-50. 5. Cianci A, De Leo V. Individualization of low-dose oral contraceptives. Pharmacological principles and practical indications for oral contraceptives. Minerva Ginecol 2007;59(4):415-25. 6. Caruso S, Agnello C, Intelisano G, et al. Prospective study on sexual behavior of women using 30 mcg ethinylestradiol and 3 mg drospirenone oral contraceptive. Contraception 2005;72:19-23. L.BR.WH.2011-08-09.0512 Material para distribuição exclusiva a profissionais da saúde. Renovação pessoal e profissional hegamos à segunda edição da revista Equilíbrio & Vida muito contentes com os resultados da publicação, que tem trazido cada vez mais informações, bem como formas de aprimoramento e entretenimento, para nós, ginecologistas. Neste número, grandes especialistas do ramo participam da publicação, discutindo temas relevantes para os profissionais da área. Dentre os artigos, a psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo aponta o melhor caminho para atender mulheres que chegam ao consultório com problemas relacionados à sexualidade. Temos também a ilustre participação do Dr. Luis Bahamondes, professor titular de Ginecologia da Unicamp, que analisa, por meio de estudo de caso, a contracepção intrauterina para mulheres nuligestas. Por fim, ainda contamos com os Drs. Luiz Augusto Giordano e Mario Vicente Giordano, membros da diretoria da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (Sgorg), que discursam sobre o estudo norte-americano INAS-OC e também comentam a evolução dos anticoncepcionais ao longo de 50 anos. Para completar, leia a seção Agenda e fique por dentro do Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, que chega à 17ª edição. Dr. César Eduardo Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), fala sobre suas expectativas e conta algumas novidades que serão oferecidas aos inscritos na ocasião do evento. Tenham uma ótima leitura! Dr. Nilson Roberto de Melo Editor Científico Publicação da Divisão de mondes,Dr. Luiz Augusto Moreira Jr. Editora Ltda. Projetos Especiais Giordano e Dr. Mario Vicente Giordano Direção: Américo Direção de Arte Moreira Junior e Projeto Gráfico: Edição Científica: Cinthia Behr Dr. Nilson Roberto de Melo Revisão: Adriana Jorge Edição e Reportagens: Tiragem: 25.000 Kathlen Ramos exemplares kathlen@moreirajr. com.br Equilíbrio & Vida é uma Artigos: Dra. Carmita publicação desenvolvida Abdo, Dr. Luis Bahapela Moreira Jr. Editora. Endereço: Rua Henrique Martins, 493, Moema, São Paulo, SP, CEP: 04504-000 Tel.: (11) 3884-9911 Fax: (11) 3884-9993 email: editora@moreira jr.com.br www.moreirajr.com.br Os conceitos e opiniões emitidos na revista são de responsabilidade exclusiva dos autores e nas propagandas são de responsabilidade exclusiva dos anunciantes. Todos os textos publicados na revista Equilíbrio & Vida terão seus direitos resguardados pela Moreira Jr. Editora Ltda. e só poderão ser publicados, parcial ou integralmente, com autorização da editora. sumário 04 Atualização Rápida Conheça os assuntos que movimentaram o setor médico e fique em dia com as últimas notícias da área de saúde da mulher 08 Acontece 10 Equilíbrio 16 Saúde da Mulher – Estudo de caso 2 18 Referência Médica 20 Agenda julho 2012 Dr. Luis Augusto Giordano e Dr. Mario Vicente Giordano, membros da diretoria da Sgorg, falam sobre a evolução dos anticoncepcionais e abordam conclusões do estudo INAS-OC XVII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, que será realizado entre 30 de agosto e 2 de setembro, deve contar com mais de 6 mil inscritos da 30 Cuidando Própria Saúde 26 Seu Hobby Dr. Antonio Monteiro quebra paradigmas e comprova que cozinhar não é tarefa exclusiva da mulher, compartilhando seu sucesso culinário com familiares e amigos Dr. Guilherme Loureiro Fernandes, da Sogesp, fala sobre a gravidez em idade avançada, esclarecendo os riscos reais para mães e fetos Dr. Luis Bahamondes, da Unicamp, aborda, por meio de caso clínico, a contracepção intrauterina para mulheres nuligestas 24 Happy Hour Marisa Orth e Daniel Boaventura fazem parte do elenco de A Família Addams, superprodução musical em cartaz em São Paulo Veja como novos softwares e aplicativos podem melhorar a qualidade das consultas e otimizar as rotinas do consultório Entrevista 28 Horário Livre Decoração de consultórios deve equilibrar gostos do médico e acolhimento das pacientes, sempre com um toque feminino para receber as mulheres Algumas pesquisas apontam o Brasil como recordista no índice de cesarianas. Conheça os motivos para esses números 12 22 No Consultório online 10 24 “Para as próximas edições, gostaria de ler mais artigos e matérias falando sobre endometriose, doença que acomete cerca de 15% das mulheres, e também saber mais detalhes sobre o novo medicamento da Bayer Healthcare para o tratamento da doença”, Dr. Sidney Pearce Furtado, ginecologista de Fortaleza (CE). Obrigada pelo contato, Dr. Sidney. Vamos considerar sua sugestão e procuraremos trazer, a cada número, as últimas notícias para o tratamento da endometriose e outras Confira roteiros gastronômico e de compras, além de passeios imperdíveis em São Paulo, cidade-sede do XVII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia Quer correr? Veja qual é o treino mais indicado para iniciantes e confira as dicas de alongamento e roupas ideais para a prática do esporte 32 Dilema Psiquiatra e sexóloga Carmita Abdo aponta os cuidados que os ginecologistas devem ter com mulheres que apresentam problemas com a sexualidade onde o diagnóstico da mulher é HIV positivo, por exemplo. Como dar essa notícia difícil para a paciente?”, Dr. Mário Italo Pereira de Matos, “Gostei muito da revista. Traz ginecologista de Recife (PE). assuntos variados e importantes Agradecemos o contato e os elogios, para o dia a dia do ginecologista. Dr. Mário. Lembramos que, em Aliás, publicações como esta, que todas as edições da Equilíbrio & Vida, trazem um apanhado sobre o que trazemos a seção Dilema, onde de mais importante aconteceu na psiquiatras e sexólogos ajudam o área, são fundamentais, já que, médico a lidar com situações difíceis no infelizmente, não temos tempo de comparecer a todos os congressos. consultório. Confira, neste número, o Para os próximos números, gostaria artigo da Dra. Carmita Abdo falando de ler artigos que mostrassem como sobre mulheres com problemas o médico pode lidar com situações relacionados à sexualidade. patologias que podem colocar a saúde da mulher em risco. Quer enviar suas críticas, elogios ou sugestões de pautas para a redação da revista Equilíbrio & Vida? Entre em contato conosco pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3884-9911. julho 2012 3 Fique por dentro das últimas novidades em saúde e medicina Fonte: Agência Brasil agenciabrasil.ebc.com.br 4 julho 2012 ONTRACEPTI OC OM L. 2 Uma portaria do Ministério da Saúde (MS), publicada dia 23/5, no Diário Oficial da União, estabeleceu diretrizes para diagnóstico e tratamento do câncer epitelial de ovário. A estimativa da pasta é que a doença deve atingir mais de 6 mil brasileiras só em 2012 e provocar cerca de três mil mortes. No mundo, a média é 200 mil novos casos por ano. O objetivo da padronização, de acordo com o ministério, é melhorar o atendimento às mulheres acometidas pela doença e oferecer condições de avaliar os serviços oferecidos pela rede pública de saúde, como a oferta de exames e o tratamento indicado. “Embora os procedimentos de diagnóstico e tratamento do câncer epitelial de ovário já sejam oferecidos no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde espera que a padronização melhore o atendimento às pacientes, estimule boas práticas nos serviços de saúde e permita, no futuro, a avaliação dos centros de oncologia que prestam esse serviço”, explicou o ministério, por meio de nota. Atualmente, o Brasil conta com 270 centros oncológicos, capazes de diagnosticar e tratar esse tipo de câncer, considerado o mais letal entre as neoplasias (proliferação anormal de células) que atingem o aparelho reprodutor feminino. Regime 26/2: redução da severidade e frequência dos sintomas relacionados ao intervalo livre de hormônios1 Boa opção para mulheres com sintomas associados ao intervalo livre de hormônios no regime 21/71 28 dias Tomada contínua sem pausa ORAL VO Fonte: Ministério da Saúde - portalsaude.saude.gov.br MS padroniza diagnóstico e tratamento de câncer de ovário C O número de diabéticos está crescendo no País, segundo dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011). Em homens, o percentual subiu de 4,4%, em 2006, para 5,2%, em 2011. Apesar do aumento, a prevalência de homens que informam ter a doença continua sendo inferior a de mulheres (6%). O levantamento, que coletou dados nas 26 capitais e no Distrito Federal, revelou, ainda, que 5,6% da população declara ter a doença; e que o diagnóstico de diabetes é mais comum em pessoas que estudam menos: 3,7% dos brasileiros com mais de 12 anos de estudo declaram ser diabéticos, enquanto 7,5% dos que têm até oito anos de escolaridade dizem ter a doença. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os números comprovam que é fundamental trabalhar cada vez mais na prevenção e ampliar o acesso à informação. “É de extrema importância o fortalecimento de ações de prevenção e melhoria na qualidade da educação, além da expansão do diagnóstico e do oferecimento de medicamentos gratuitos”, analisou o ministro. PRIME IR Pesquisa mostra que diabetes é maior entre mulheres E S T R A DIO Inovação em harmonia com o corpo da Mulher Referências Bibliográficas: 1. Mabey RG, Parke S, Mellinger U, Serrani M, Jensen J. Hormone Withdrawal-Associated Symptoms: Comparison of E2V/DNG versus EE/NGM. (Poster presented at The ACOG 60th Annual Clinical Meeting 2012, San Diego). Book of Abstracts; Monday Posters Session, Contraception/Family Planning; p. 13. 2. Palacios S, et al. Efficacy and safety of a novel oral contraceptive based on oestradiol (oestradiol valerate/ dienogest): A Phase III trial. European Journal of Obstetrics & Gynecology and Reproductive Biology 2010; 149: 57-62. Foto: shutterstock atualização rápida QLA VE0309-02 JAN/10. Qlaira® - Dienogeste e Valerato de Estradiol. Indicações: Contraceptivo oral. Contra-indicações: Contraceptivos combinados orais (CCOs) não devem ser utilizados na presença das condições listadas abaixo (devendo-se avaliar as particularidades de cada situação): Tromboembolismo arterial ou venoso; Enxaqueca; Diabetes melitus; Pancreatite, hipertrigliceridemia; Doença hepática grave; Tumores hepáticos; Neoplasias dependentes de esteróides sexuais; Sangramento vaginal não-diagnosticado; Suspeita ou diagnóstico de gravidez; Hipersensibilidade a qualquer um dos componentes do produto. Cuidados e advertências: Não existem estudos epidemiológicos sobre os efeitos de CCOs contendo estradiol/valerato de estradiol. Todas as precauções e advertências a seguir são provenientes de dados epidemiológicos e clínicos de CCOs contendo etinilestradiol. Não se sabe se estas precauções e advertências se aplicam a Qlaira®. Avaliar os benefícios e riscos. Consultas/exames médicos regulares são recomendados. Distúrbios circulatórios, tumores, hipertrigliceridemia, hipertensão, colecistopatia, porfiria, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome hemolítico-urêmica, coréia de Sydenham, herpes gestacional, perda da audição relacionada com otosclerose, patologia intestinal inflamatória crônica, anemia falciforme, enxaquecas, angioedema hereditário, distúrbios da função hepática, pode ocorrer cloasma. Quando CCOs são utilizados corretamente o índice de falha é de aproximadamente de 1% ao ano. A eficácia dos CCOs pode ser reduzida nos casos de esquecimento de tomada dos comprimidos, distúrbios gastrintestinais ou interação medicamentosa. Podem surgir sangramentos irregulares, especialmente durante os primeiros meses de uso. É possível que em algumas pacientes não ocorra o sangramento por privação durante a ingestão dos comprimidos brancos (inativos). Caso a paciente engravide durante o uso de Qlaira®, deve-se descontinuar o seu uso. Entretanto, estudos epidemiológicos abrangentes com CCOs contendo etinilestradiol não revelaram risco aumentado de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres que tenham utilizado CCOs antes da gestação. Também não foram verificados efeitos teratogênicos decorrentes da ingestão acidental de CCOs no início da gestação. O medicamento não deve ser utilizado durante a gravidez. Os CCOs podem afetar a amamentação. Reações adversas: cefaleia, dor abdominal, acne, amenorreia, desconforto mamário, dismenorreia, sangramento intermenstrual, sangramento uterino disfuncional, aumento ou diminuição do peso corpóreo, infecção vaginal especialmente por fungo, aumento do apetite, depressão, aumento ou diminuição da libido, distúrbio mental, alteração de humor, tontura, hipertensão, enxaqueca, diarréia, náuseas, vômitos, alopecia, prurido, erupção cutânea, aumento do tamanho das mamas, nódulo mamário, displasia cervical, dispareunia, doença fibrocística das mamas, cisto ovariano, dor pélvica, síndrome pré-menstrual, mioma uterino, alteração da secreção vaginal, irritabilidade, edema, herpes simples, síndrome de histoplasmose ocular presumida, tinea versicolor, infecção urinária, hipertrigliceridemia, ansiedade, disforia, nervosismo, agitação, distúrbio do sono, estresse, distúrbios da atenção, parestesia, vertigem, intolerância a lentes de contato, sangramento de veias varicosas, hipotensão, dor nos vasos, obstipação, dispepsia, refluxo gatroesofágico, aumento da alanina aminotransferase, hiperplasia nodular focal do fígado, dermatite, cloasma, hirsutismo, hipertricose, neurodermatite, seborreia, dor nas costas, espasmos musculares, sinusorragia, hipomenorreia, atraso menstrual, ruptura de cisto ovariano, linfadenopatia, dor no peito, fadiga, mal-estar. Interações: Fenitoínas, barbitúricos, primidona, carbamazepina, rifampicina, oxcarbazepina, topiramato, felbamato, griseofulvina, Erva de São João, ritonavir, nevirapina, penicilinas, tetraciclinas, cimetidina, verapamil, macrolídeos, diltiazem, antidepressivos, suco de grapefruit, cetoconazol, eritromicina. Posologia: Os comprimidos devem ser ingeridos na ordem indicada na cartela, todos os dias. A ingestão dos comprimidos é contínua. Devese ingerir um comprimido por dia durante 28 dias consecutivos. Cada cartela subsequente é iniciada no dia seguinte à ingestão do último comprimido da cartela anterior, sem pausa entre elas. Em geral, o sangramento por privação inicia-se durante a ingestão dos últimos comprimidos da cartela-calendário. Para procedimentos sobre mudança de contraceptivo, caso de esquecimento de comprimidos ou ocorrência de vômitos e/ou diarréia, consultar a bula do produto. Reg. MS 1.7056.0049 – VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA Contraindicação: presença ou histórico de tromboembolismo arterial ou venoso. Interação medicamentosa: antibióticos e anticonvulsivantes. Material destinado exclusivamente a profissionais de saúde. L.BR.WH.2012-05-25.0773 www.bayerpharma.com.br julho 2012 5 atualização rápida Fique por dentro das últimas novidades em saúde e medicina ALÍVIO DOS SINTOMAS DA MENOPAUSA1 BENEFÍCIO CARDIOVASCULAR1,2,3,4 ANGELIQ® PROPORCIONA MÍNIMO IMPACTO Mortalidade materna tem queda recorde no Brasil SOBRE A DENSIDADE MAMÁRIA5 O Brasil registrou queda recorde nos números de mortes maternas em 2011, primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, o que representa queda de 21% em comparação com o mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por essas causas. “Essa conquista é muito importante para o País, mas o desafio ainda existe. Nosso esforço é para impedir mortes maternas evitáveis, em parceria com o governo federal, os Estados e os municípios. A Rede Cegonha é uma importante aliada, pois oferece cuidados integrais à saúde da mulher e da criança”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Esse programa prevê a expansão e qualificação de maternidades; leitos; Centros de Parto Normal; Casas da Gestante, Bebê e Puérpera; o direito ao acompanhante no parto; exames de pré-natal; planejamento familiar; acompanhamento das crianças até os dois anos de idade; entre outras ações. E2 1MG X ANGELIQ®: PRESSÃO ARTERIAL (SUBGRUPO DE MULHERES HIPERTENSAS N=102). E2 1 mg 0 18 16 -2 14 mmHg -4 6 julho 2012 Fonte: AMB - www.amb.org.br 8 6 -5,7* 7,9% 4 -8 Foto: shutterstock Fonte: Cremesp - www.cremesp.org.br 16,3% 10 -3,7 -7 regras para Acreditação p = 0.023 12 -6 -9 A Associação Médica Brasileira (AMB) será, agora, a única responsável por administrar a pontuação dos eventos científicos necessários para que o Certificado de Atualização Profissional (CAP) seja emitido. A AMB informa ainda que as regras para a atualização continuam as mesmas: o médico portador de título de especialista ou certificado de área de atuação que acumular cem pontos no período de cinco anos sequenciais receberá a atualização do documento por meio do CAP. Em relação ao cadastramento de eventos e à comprovação de participação dos médicos, os organizadores de eventos deverão continuar inscrevendo os mesmos no site www.cna-cap.org.br e enviando as listas de participação dentro do prazo. -2,7 -5 -10 Dos 371.788 médicos ativos no País, 55,1% são especialistas e 44,9% generalistas, ou seja, 1,23 especialista para cada generalista, segundo dados do censo inédito de especialidades, do estudo Demografia Médica no Brasil – dados gerais e descrições de desigualdades, desenvolvido em parceria entre o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e o Conselho Federal de Medicina (CFM). Cerca de 81% dos médicos jovens, com 29 anos ou menos, são generalistas. Já na faixa etária acima de 35, mais de 70% são especialistas. O estudo também derruba a tese de que médicos mais jovens buscam especialidades consideradas mais rentáveis, em detrimento das mais básicas. Duas especialidades, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia, reúnem quase um quarto (24,46%) de todos os titulados. 20 Angeliq® -1 -3 Fonte: Ministério da Saúde - portalsaude.saude.gov.br Ginecologia, Obstetrícia e Pediatria: 1/4 dos médicos % DE MULHERES COM VARIAÇÃO NA DENSIDADE MAMÁRIA. 2 *p < 0.001 **p = 0.011 Pressão arterial sistólica -9,0** Pressão arterial diastólica 0 Angeliq® E2 1mg / Neta 0,5 mg ANGELIQ® - ESTRADIOL /DROSPIRENONA - RG.MS- 1.0020.0119. INDICAÇÕES: TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH) PARA SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE ESTROGÊNIO EM MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS HÁ MAIS DE UM ANO; PREVENÇÃO DE OSTEOPOROSE PÓS-MENOPAUSAL EM MULHERES COM RISCO DE FRATURAS POR OSTEOPOROSE AUMENTADA. CONTRA-INDICAÇÕES: SANGRAMENTO VAGINAL ANORMAL NÃO-DIAGNOSTICADO; DIAGNÓSTICO OU SUSPEITA DE CÂNCER DE MAMA; DIAGNÓSTICO OU SUSPEITA DE CONDIÇÕES PRÉ-MALIGNAS OU MALIGNAS DEPENDENTES DE ESTERÓIDES SEXUAIS; PRESENÇA OU HISTÓRIA DE TUMORES HEPÁTICOS (BENIGNOS OU MALIGNOS); DOENÇA HEPÁTICA GRAVE; PRESENÇA OU HISTÓRIA DE DOENÇA RENAL GRAVE ENQUANTO OS VALORES DA FUNÇÃO RENAL NÃO RETORNAREM AO NORMAL; TROMBOEMBOLISMO ARTERIAL AGUDO; PRESENÇA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA, DISTÚRBIOS TROMBOEMBÓLICOS OU ANTECEDENTES DESTAS CONDIÇÕES; HIPERTRIGLICERIDEMIA GRAVE; GRAVIDEZ OU LACTAÇÃO; HIPERSENSIBILIDADE AS SUBSTÂNCIAS ATIVAS OU A QUALQUER UM DOS COMPONENTES DO MEDICAMENTO. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: NAS CONDIÇÕES MENCIONADAS A SEGUIR, OS BENEFÍCIOS DEVEM SER AVALIADOS FRENTE AOS POSSÍVEIS RISCOS DE USO DA TRH: IMOBILIZAÇÃO PROLONGADA; GRANDE CIRURGIA ELETIVA OU PÓS-TRAUMÁTICA OU TRAUMATISMO EXTENSO; SINTOMAS OU SUSPEITA DE UM EVENTO TROMBÓTICO; FAOTRES QUE AUMENTEM O RISCO RELATIVO GLOBAL DE DIAGNÓSTICO DE CÂNCER DE MAMA; AUMENTO DA DENSIDADE DE IMAGENS MAMOGRÁFICAS; EXPOSIÇÃO PROLONGADA A ESTROGÊNIOS ISOLADOS; AUMENTO DO TAMANHO DO FÍGADO OU SINAIS DE HEMORRAGIA INTRA-ABDOMINAL (TUMORES HEPÁTICOS BENIGNOS OU MALIGNOS); PREDISPOSIÇÃO A DESENVOLVER DOENÇAS DA VESÍCULA BILIAR; RISCO DE DEMÊNCIA SE INICIADA EM MULHERES COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 65 ANOS; OCORRÊNCIA DE ENXAQUECA OU CEFALÉIAS COM INTENSIDADE E FREQÜÊNCIA FORA DO HABITUAL; AJUSTE DE DOSE DE ANTI-HIPERTENSIVO; HIPERBILIRRUBINEMIAS (SÍNDROMES DE DUBIN-JOHNSON OU DE ROTOR) NECESSITAM DE RIGOROSA SUPERVISÃO; RECORRÊNCIA DE ICTERÍCIA COLESTÁTICA OU PRURIDO COLESTÁTICO; NÍVEIS MODERADAMENTE ELEVADOS DE TRIGLICÉRIDES; SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL; AUMENTO DE MIOMAS UTERINOS; SUSPEITA DE PROLACTINOMA; OCORRÊNCIA DE CLOASMA; EPILEPSIA, DOENÇA BENIGNA DA MAMA, ASMA, ENXAQUECA, PORFIRIA, OTOSCLEROSE, LUPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO, CORÉIA MENOR. REAÇÕES ADVERSAS: SANGRAMENTO MENTRUALO E GOTEJAMENTO INDESEJÁVEIS; DOR MAMÁRIA; DOR NAS COSTAS OU PÉLVIS; CALAFRIOS; VALORES ANORMAIS DE EXAMES LABORATORIAIS; ENXAQUECA; DOR TORÁCICA; PALPITAÇÃO; TROMBOSE VENOSA; TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL; DISTÚRBIO GASTRINTESTINAL; AUMENTO DE APETITE; EDEMA; GANHO DE PESO; HIPERLIPEMIA; CÃIBRAS MUSCULARES; ARTRALGIA, INSÔNIA; TONTURA; DIMINUIÇÃO DA LIBIDO; DIMINUIÇÃO NA CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO; PARESTESIA; SUDORESE; ANSIEDADE; VERTIGEM; DISPNÉIA; ALOPECIA; ALTERAÇÕES NA PELE OU CABELO; HIRSUTISMO; TUMOR MAMÁRIO BENIGNO OU MALIGNO; INGURGITAMENTO MAMÁRIO; HIPERTROFIA MAMÁRIA; DISTÚRBIO NO PALADAR; VULVOVAGINITE; DISTÚRBIO CERVICAL OU ENDOMETRIAL; DISMENORRÉIA; INFECÇÕES NO TRATO URINÁRIO OU INCONTINÊNCIA URINÁRIA; DOR OU DISTENSÃO ABDOMINAL; ASTENIA; DOR NAS EXTREMIDADES; NÁUSEA; CEFALÉIA; ALTERAÇÕES DO HUMOR; LEIOMIOMA AUMENTADO; NEOPLASIA CERVICAL; LEUCORRÉIA; ERITEMA NODOSO, ERITEMA MULTIFORME, CLOASMA E DERMATITE HEMORRÁGICA. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: INDUTORES DE ENZIMAS HEPÁTICAS (HIDANTOÍNAS, BARBITÚRICOS, PRIMIDONA, CARBAMAZEPINA E RIFAMPICINA, OXCARBAZEPINA, TOPIRAMATO, FELBAMATO E GRISEOFULVINA); CERTOS ANTIBIÓTICOS (PENICILINAS E TETRACICLINA); INIBIDORES DO CYP3A4 (CIMETIDINA, CETOCONAZOL E OUTROS); BEBIDAS ALCOÓLICAS; OMEPRAZOL; MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA; ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO-ESTERÓIDAIS. POSOLOGIA: INICIAR O TRATAMENTO COM ANGELIQ® EM QUALQUER DIA OU NO FINAL DO PERÍODO PROGRAMADO DE SANGRAMENTO. INGERIR UM COMPRIMIDO AO DIA, SEM MASTIGAR, DIARIAMENTE, POR 28 DIAS CONSECUTIVOS. O TRATAMENTO É CONTÍNUO. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1) Gambacciani M, Rosano G, et al. Clinical and metabolic effects of drospirenone–estradiol in menopausal women: a prospective study. Climacteric 2010; Early Online, 1–7; 2) Archer DF, Thorneycroft IH, Foegh M, Hanes V, Glant MD, Bitterman P, et al. Long-term safety of drospirenone-estradiol for hormone therapy: a randomized, double-blind, multicenter trial. Menopause. 2005;12(6):716-27. 3) Tanko LB, et al. Effects of 17 betaoestradiol plus different doses of drospirenone on adipose tissue, adiponectin and atherogenic metabolites in postmenopausal women. J Intern Med. 2005;258:544-53. 4) White WB, Hanes V, Chauhan V, Pitt B. Effects of a new hormone therapy, drospirenone and 17-beta-estradiol, in postmenopausal women with hypertension. Hypertension. 2006;48(2):246-53. 5) Preston RA, White WB, Pitt B, Bakris G, Norris PM, Hanes V. Effects of drospirenone/17-beta estradiol on blood pressure and potassium balance in hypertensive postmenopausal women. Am J Hypertens. 2005;18(6):797-804. 6) Panoulis C, Lambrinoudaki I, et al. Progestin may modify the effect of low-dose hormone therapy on mammographic breast density. Climateric 2009; 12(3): 240-247. MATERIAL DE DISTRIBUIÇÃO EXCLUSIVA A PROFISSIONAIS DA SAÚDE. L.BR.WH.2011-07-05.0466 CONTRAINDICAÇÃO: SANGRAMENTO VAGINAL ANORMAL NÃO DIAGNOSTICADO. INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA: FÁRMACOS COM PROPRIEDADES DE INDUÇÃO DE ENZIMA HEPÁTICA. WWW.BAYERPHARMA.COM.BR WWW.UNIVERSOMEDICO.COM.BR acontece Destaque do setor Parto natural x cesariana Portanto, constata-se que os motivos são inúmeros e os culpados não são apenas os médicos. “Essas questões precisam melhorar para que o médico possa fazer mais partos naturais e se sinta estimulado”, afirma Dra. Vera. “Não podemos partir do pressuposto que a medicina obstétrica no Brasil é ruim, porque isso não é uma realidade”, justifica Dr. César. Segundo ele, é fundamental que haja uma mudança na remuneração desses especialistas, bem como educação continuada desses profissionais. “É preciso que os médicos coloquem seus conhecimentos a favor dos pacientes, mostrando os benefícios do parto natural”, diz. “É papel do médico esclarecer os benefícios desse procedimento, mas também respeitar a vontade e decisão da paciente”, pondera a executiva da Febrasgo. Estatísticas apontam que o Brasil está entre os países que mais realizam cesarianas no mundo, contrariando as recomendações da OMS. Saiba os motivos para esse cenário 8 julho 2012 seguro e indolor. Soma-se a todos esses fatores a comodidade de agendar o dia e hora do parto, que muitas mulheres não abrem mão. n Remuneração: o presidente da Sogesp Dr. César Eduardo Fernandes afirma que existe um “processo perverso de remuneração” para médicos da área no País. “Para se tornar obstetra são, no mínimo, 10 anos de estudos, o que torna esse profissional muito diferenciado e qualificado. No entanto, as operadoras de saúde pagam em média R$ 250 pelo parto. Esse valor cai para R$ 150 se o procedimento for realizado pelo SUS”, constata Dr. Fernandes, salientando que um profissional desse porte não pode ser remunerado dessa forma. Logo, o médico acaba optando pela cesárea, que dura menos tempo, e pode, assim, garantir uma remuneração um pouco maior. n Vagas precárias nas maternidades: o risco de optar pelo parto natural e a mãe não encontrar seu espaço no hospital faz com que muitos médicos optem pelo agendamento da cesariana. “Em grandes capitais, como o Rio de Janeiro, não há vagas disponíveis para partos a qualquer momento. Muitas vezes, a paciente fica numa enfermaria, sem condições de internação. Nas cidades do interior, não existem anestesistas de plantão todos os dias da semana. Fatores como esses geram insegurança tanto aos médicos quanto às pacientes, que não querem passar por isso”, reforça a diretora-administrativa da Febrasgo. Cesarianas não são ‘vilãs’ De acordo com os especialistas, embora fale-se muito sobre os altos índices de cesarianas no Brasil, é necessário esclarecer que, mesmo que os números sejam altos, eles não são negativos para o panorama de saúde no País. “A cesárea não é uma vilã. Ela tem sua indicação e salva muitas vidas, tanto de mulheres quanto de be- bês”, argumenta a especialista da Febrasgo. “Se a paciente tem um vício de bacia que não permite passar o bebê pelo canal de parto, esse tipo de procedimento vai ser um benefício enorme. É para isso que a cesárea existe. Para salvar vidas”, finaliza o presidente da Sogesp. • Cuidados com movimentos de humanização dos partos Foto: shutterstock O O número de cesarianas realizadas no Brasil, quando comparado à quantidade de partos naturais, é alarmante, segundo dados do Ministério da Saúde. O levantamento revela que, em 2010, 52% das mulheres que deram à luz, na rede privada ou pública, realizaram cesáreas. Quando as estatísticas são analisadas separadamente, 37% dos partos realizados pelo SUS foram cesarianas; na rede privada, esse número sobe para 82%. No entanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que essa taxa não ultrapasse 15%. Mas quem são os grandes responsáveis por esse cenário? De acordo com especialistas da Federação Brasileira das Associações de Ginegologia e Obstetrícia (Febrasgo) e da Associação de Obstetrícia do Estado de São Paulo (Sogesp), embora os médicos tenham sua parcela de participação nesses números, os maiores culpados não são esses profissionais. n Cultura e conveniência: muitas mulheres têm a percepção de que o parto natural pode trazer dor, sofrimento ou até mesmo problemas na sexualidade. “Sabemos que o parto natural não interfere na sexualidade da mulher ou traz qualquer outro tipo de dano para o organismo. Mas criou-se um forte mito em relação a isso no País e que, de tão disseminado, acabou se tornando verdade para as pacientes”, afirma a diretora-administrativa da Febrasgo, Dra. Vera Fonseca. Em contrapartida, a cesariana é vista por grande parte do universo feminino como um método rápido, Há um movimento de mulheres que buscam processos menos convencionais de partos e querem realizá-los da forma mais natural possível, em suas próprias casas, por exemplo. Embora esse movimento tenha um lado positivo, sinalizando que muitas mulheres passam a se conhecer melhor e acreditar no potencial do seu corpo, é importante que os médicos façam ressalvas em relação a algumas opções de partos. O presidente da Sogesp acredita que é importante ouvir o desejo das pacientes, mas avalia que o profissional deve alertar a gestante em relação aos riscos que alguns tipos de partos podem trazer. “As enfermeiras obstétricas em casas de parto são super bem-vindas, mas esses procedimentos nunca devem ser realizados sem supervisão médica. Além disso, não faz sentido realizar um nascimento sem que haja recursos hospitalares dentro ou ao lado do espaço. As chances de um desfecho trágico existem”, alerta. “O profissional deve evidenciar os riscos e não realizar partos sem infraestrutura para o processo. Se houver qualquer insucesso, o médico responderá pelos seus atos”, conclui Dra. Vera Fonseca. julho 2012 9 equilíbrio Gerencie melhor seus horários Organize a agenda e o dia a dia do consultório com novas tecnologias Softwares e aplicativos acessados via computador ou iPad podem ajudar o médico a ganhar tempo e otimizar tanto o atendimento aos pacientes quanto a rotina dos consultórios 10 julho 2012 o médico no momento da consulta, evitando dúvidas e melhorando, assim, o atendimento, além de ajudar esse profissional no momento de algumas burocracias, como preenchimento de APACs ou laudos”, acrescenta Dr. Maranhão. Softwares trazem recursos para melhorar rotina dos consultórios Além dos aplicativos, os médicos também podem contar com softwares capazes de ajudar, e muito, no dia a dia dos consultórios. A licença para sistemas como esses disponibiliza informações e facilidades como prontuário; atlas do corpo humano; impressão de documentos; medicamentos e fórmulas; chat integrando a recepcionista do consultório com os médicos do local; relação de pacientes; fatura de convênios; cadastro internacional de doenças; lembretes e alertas; gerenciador financeiro; enciclopédia de produtos farmacêuticos; adiamento e confirmação de consultas; dentre outras conveniências. De modo geral, essas plataformas podem ser instaladas entre usuários de Windows 7, Vista ou XP; e ainda entre os que possuem Mac OS ou iPad. Algumas empresas oferecem, também, módulos que acompanham a especialidade do médico. No caso dos ginecologistas e obstetras, os médicos podem cadastrar consultas e exames completos, acompanhar a Curva de Berlizan, além da possibilidade de visualizar e imprimir, quando necessário, o gráfico de peso das pacientes. Alguns sistemas possuem, ainda, módulos pré-cadastrados para genitália interna e externa, mamas e menopausa. Softwares com esses recursos têm preço aproximado de R$ 400 e podem ser adquiridos por meio de um simples download. Foto: shutterstock rganizar a agenda, controlando confirmações e consultas canceladas, e realizar pesquisas rápidas sobre nomes e preços de medicamentos e outros procedimentos de diagnóstico já são tarefas possíveis com um só clique! A MedPhone, por exemplo, empresa criada em outubro de 2010 pelo especialista em clínica médica Dr. Ricardo Maranhão, é a maior produtora brasileira de aplicativos para médicos no País e disponibiliza recursos para que esses especialistas possam otimizar tanto as consultas quanto a rotina dos consultórios. “A empresa surgiu pela necessidade que eu e meus colegas de trabalho tínhamos de ter disponíveis informações médicas de qualidade, de forma rápida e fácil”, diz o empreendedor. Por meio desses aplicativos, os médicos podem consultar informações sobre medicamentos e seus preços, tabelas e códigos dos procedimentos do SUS, CID-10 (Classificação Internacional de Doenças), ter acesso a um guia de vacinas, dentre outros temas. “Os aplicativos são produzidos para ajudar De acordo com o proprietário da MedPhone, os aplicativos mais vendidos, atualmente, são: “Guia dos Remédios” (guia com mais de cinco mil informações sobre as diversas medicações disponíveis no Brasil); “Guia dos Exames” (informações como diagnóstico diferencial e fisiologia, além de orientações sobre coletas de mais de 240 exames laboratoriais); Residência Médica (aplicativo com mais de 15 mil questões de provas de residência em diversas especialidades); Vacinas (aplicativo que traz os calendários vacinais com informações sobre todas as vacinas); Tabela SUS Pro (disponibiliza todas as informações e códigos do Sistema Único de Saúde, sendo extremamente útil para preenchimento de APACs- Autorização de Procedimentos de Alto Custo/Complexidade); entre outros. “Para médicos ginecologistas e obstetras, esses guias podem ajudar muito no dia a dia”, reforça Dr. Maranhão. O desembolso para essa comodidade é pequeno. A média de preço para cada um desses aplicativos é de R$ 10, sendo que alguns deles são gratuitos. “O usuário só precisa comprar uma vez e o aplicativo pode ser baixado para sempre, mesmo que o usuário troque de iPhone. O usuário pode, ainda, baixar, gratuitamente, no iPad, usando a mesma conta, sem custos extras”, explica o especialista, salientando que o último lançamento da MedPhone foi o Guia do ECG, um aplicativo que traz tudo sobre eletrocardiogramas. Todos esses sistemas podem ser usados em iPhone e iPads. “A Apple realmente conseguiu atrair a área médica, tanto que, na loja da marca, temos uma categoria só para aplicativos médicos”, finaliza Dr. Maranhão. • julho 2012 11 entrevista Dr. guilherme loureiro fernandes* Gravidez tardia: Equilíbrio & Vida Após qual idade a gestação passa a ser de risco para as mulheres? Acima de 35 anos? Dr. Guilherme Loureiro Fernandes Exatamente. É nesse período que se reduz a capacidade de fertilidade da mulher. O óvulo fica mais velho e ela começa, a partir dessa fase, a ter mais riscos de patologias como pré-eclampsia, diabetes gestacional e doenças cromossômicas. Aliás, até os 35 anos, as chances de doenças cromossômicas entre os fetos são de 0,5%. Aos 40 anos, esse número passa para 1% e aos 45 anos, chega a aproximadamente 5%. uma nova demanda para ginecologistas 12 julho 2012 E&V Dentre as doenças cromossômicas, a síndrome de Down é a mais comum? Dr. Fernandes Sim. Além dela, também podem ocorrer outras doenças, como as genéticas e as que culminam na má formação física da criança. Vale ressaltar que a síndrome de Down acontece em picos de idade, portanto, gestantes muito jovens correm riscos similares. E&V A gravidez tardia pode ser considerada um indicador de risco ou apenas um fator de risco? Dr. Fernandes O que se pode dizer é que os fatores de risco são aumentados. Foto: shutterstock Busca pelo sucesso profissional, novos cursos, viagens e outros compromissos, fazem com que a concretização da maternidade seja postergada ao limite. Tornou-se comum ver, hoje, mulheres acima de 35 ou 40 anos chegarem aos consultórios ginecológicos ainda dispostas e com o sonho de ser mãe bastante aflorado. Isso faz com que os médicos da área discutam cada vez mais o tema, avaliando alternativas seguras para não colocar em risco a vida da mãe ou do bebê. Em entrevista à Equilíbrio & Vida, Dr. Guilherme Loureiro Fernandes, professor responsável pelo setor de Medicina Fetal da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC) e médico-chefe do setor de Medicina Fetal da Pro Matre Paulista, fala sobre os riscos reais da gravidez após os 35 anos e a importância do ginecologista esclarecê-los e anunciá-los ao casal no momento da consulta. O médico, que também é diretor científico da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp), na Regional ABC, e membro da comissão científica da entidade em todo o Estado, afirma que, apesar dos riscos, com o diagnóstico cauteloso e tratamento adequado, mulheres de quaisquer idades podem reduzir as chances de aborto. E&V Após qual idade a gravidez passa a ser inviável? Dr. Fernandes É muito variável, mas a partir dos 44 anos as chances da mulher conceber fetos com o próprio óvulo são de apenas 1% e, dentro desse grupo, 50% delas abortam. Por isso, a partir dessa idade, muitas mulheres recorrem, por exemplo, aos serviços de fertilização assistida, com óvulos doados. E&V Qual deve ser a conduta do médico em relação às mulheres que desejam engravidar numa idade considerada de risco? Os possíveis problemas devem ser evidenciados? Dr. Fernandes Sem dúvida. Numa consulta bem feita, devem ser apontadas tanto as possibilidades de sucesso quanto as chances de insucesso, e deixar a decisão final como opção da mulher. Na maioria das vezes, mesmo que os riscos sejam altos, elas decidem se arriscar pelo sonho da maternidade. E&V A medicina acompanhou esse novo perfil das mulheres que postergam a gravidez? Todas elas têm chances de ter filhos, mesmo tardiamente? Dr. Fernandes Sim, a medicina acompanhou essa realidade. Toda mulher, independentemente da idade, deve fazer os tratamentos específicos para reduzir as chances de aborto, como uso de ácido fólico, combinado com as vitaminas D, C e E. Isso tudo deve ser acompanhado por exames laboratoriais de qualidade para descobrir doenças que a mulher já tenha ou que possam aparecer. Como na gestação a carga hormonal é muito grande, isso pode ser um gatilho para que doenças pré-existentes possam eclodir. E&V Então pode-se dizer que as mulheres que engravidam mais tardiamente apresentam mais riscos de desenvolver problemas de saúde do que aquelas que engravidam mais cedo? Dr. Fernandes Sim. As doenças pré-existentes podem piorar e outras patologias, que a paciente nem sabia que tinha, podem aparecer. E&V Quais doenças pré-existentes no caso de mulheres que engravidam tardiamente devem ser analisadas com mais cautela? Dr. Fernandes Uma vez que o médico sabe as doenças que a paciente tem, deve-se expor os riscos tanto para ela quanto para o feto. Dependendo do caso, os riscos são altos e passam pela possibilidade de óbito da paciente e do feto, bem como má formação do mesmo. julho 2012 13 entrevista Dr. guilherme loureiro fernandes* Dr. Fernandes A ultrassonografia morfológica no primeiro e segundo trimestre de gestação é indicada para todas as mulheres, em qualquer idade, bem como o ecocardiograma fetal, que avalia o coração do bebê durante a vida intrauterina. Existem, ainda, outros exames que necessitam da coleta de células do feto, sendo, portanto, mais invasivos e indicados apenas em casos de idade materna avançada, história de gestação anterior com doença cromossômica e anormalidade no ultrassom. São eles, a biópsia de vilo corial e a amniocentese. E&V Quais exames de última geração são indicados para verificação de anomalias fetais? Em que casos esses exames devem ser realizados? 14 julho 2012 setor de Medicina Fetal da FMABC, médico-chefe do setor de Medicina Fetal da Pro Matre Paulista e diretor científico da Sogesp – Reg. ABC Gestação de 12 Meses. (7) Antes da concepção A suplementação de 400 µg/dia de ácido fólico em polivitamínicos pode prevenir em até 70% os casos de DNT.* (1,2,3,4) Na gestação A deficiência de vitamina B2 pode estar associada a baixo peso ao nascer, defeitos congênitos e morte fetal.(3,4) Na lactação A deficiência de micronutrientes da mãe pode afetar a composição do leite materno e consequentemente o estado nutricional do bebê.(5) Agora também apresentação 14 cápsulas EASY GEL’S Cápsulas gelatinosas Foto: shutterstock | arquivo pessoal E&V Os casos de infertilidade são comuns entre casais acima de 35 anos? Esses casos são tratados com sucesso? Dr. Fernandes Sim, na maioria das vezes. Devemos pensar que, no caso de uma mulher querer engravidar, o ideal é que o médico ‘escaneie’ a paciente por meio de uma anamnese minuciosa e exames laboratoE&V No caso de pacientes obesas e/ou fu- riais de qualidade, para que se tenha ideia mantes, torna-se necessário um tratamen- completa da situação da mulher. Somente to especial antes da tentativa de gestação? com esses passos cumpridos é possível ter Dr. Fernandes A obesa tem mais chances de ter sucesso nos processos de fertilização. aborto, rotura prematura das membranas ovulares, parto prematuro e recém-nascidos mortos. E&V Gestantes com gravidez tardia preJá as fumantes estão mais propensas a gerar be- cisam de um acompanhamento diferenbês com restrição de crescimento e, no caso do ciado de pré-natal? parto com cesariana, pode-se correr o risco de Dr. Fernandes O tratamento pode ser o falta de oxigenação do feto após o nascimento. mesmo das outras gestantes. Só há necessidade de cuidados especiais caso alguma E&V Quadros hemorrágicos a partir do anormalidade seja detectada, quando conterceiro trimestre são mais comuns? vém realizar consultas e ultrassonografias Dr. Fernandes Existem patologias que inci- com intervalo menor. • dem mais a partir desse período, como descolamento prematuro de placenta e placenta * Dr. Guilherme de inserção baixa. Esses quadros podem, sim, Loureiro Fernandes aumentar os riscos de hemorragia. é prof. responsável pelo Suplementa a vida da gestante. NATELE® polivitamínico e poliminerais Reg.MS – 1.0020.0112. Indicações: NATELE® é um suplemento vitamínico-mineral indicado para uso durante o período pré-gestacional, de gravidez e lactação. Contraindicações: História de hipersensibilidade comprovada a qualquer um dos componentes de sua formulação. Precauções: NATELE® não é indicado para o tratamento de anemia perniciosa e não deve ser utilizado em pacientes portadores dehipervitaminose A e/ou D, insuficiência renal, hemossiderose, hipercalcemia e hipercalciúria. NATELE® não deve ser utilizado por períodos prolongados após a gravidez e/ou lactação. Interações medicamentosas: As formulaçõescontendo ferro não devem ser utilizadas com tetraciclinas, ou deve-se respeitar um intervalo mínimo de 2 horas entre a administração dos medicamentos. NATELE® não deve ser administrado em pacientes com doença de Parkinson queestão utilizando levodopa. Reações adversas: Em casos pouco freqüentes pode ocorrer, constipação, náuseas e/ou vômito, dor abdominal/cólicas, queimação/refluxo ácido, diarréia, desconforto abdominal, flatulência, urticária,inchaço facial, respiração difícil/ruidosa, avermelhamento na pele, exantema, bolhas e choque. Possíveis interferências em exames laboratoriais: A ingesta do ácido ascórbico pode interferir: no teste de screening para pesquisa deacetaminofeno na urina; com níveis de carbamazepina ao método de Ames, quando ingesta acima de 500 mg/dia; nos resultados falso-negativos do teste de sangue oculto nas fezes, quando ingesta acima de 1 g/dia; com o teste deglicose no sangue falsopositivo ao método de redução do cobre e falso-negativo ao método de oxidase. A terapia com ferro dextran pode resultar em falsas elevações dos níveis de bilirrubina sérica. O uso de niacina pode resultar emfalsas elevações dos níveis de catecolaminas no plasma e na urina, e induzir a reações falso-positivas para a glicose urinária ao teste de sulfato de cobre. Posologia: Ingerir uma cápsula de NATELE® ao dia, com ou sem alimentos, ou acritério médico. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MATERIAL DESTINADO EXCLUSIVAMENTE AO PROFISSIONAL DA SAÚDE. AO PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Contraindicação: Hiperavitaminose A ou D. Interação medicamentosa: Pacientes com doença de Parkinson utilizando levodopa. Referências Bibliográficas: 1. Groenen PM, VAN Rooj IA, Peer PG, et al. Marginal Maternal vitamin B12 status increases the risk offspring with spina bifi da. Am J Obstet Gynecol 2003; 191(1):11. 2. Groenen PM, Peer PG, Wevers RA, Swinkels DW, Franke B. Mariman EC et al. Maternal myoeinositol, glucose and zinc status is associated with the risk of offspring with spina bifi da. AM J Obstet Gynecol 2003: 189 (6): 1713-9. 3. Dutra-de-Oliveira JE, Manchini JS. Ciências Nutricionais. São Paulo: Sarvier; 1998. 4. Accioly E Saunders C, Lacerda EMA. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica; 2002. 5.Allen LH. Multiple micronutrientes in pregnancy and lactation: na overview. Am J. Clin. Nutr. 2005 May; 81 (5) 1206S-1212S. Review. 6. JonesWj 3rd, Francis JJ Softgels: consumer perceptions and market impact relative to other oral dosage forms. Adv. Ther. 2000 Sp-Oct; 17(5): 231-21. 7. Peixoto S. Preconcepção: Conceito e Importância. In Peixoto S (Ed). Preconcepção:Gravidez de 12 meses. São Paulo: Roca 2009. NATELE_BANNER2012 - L.BR.WH.2012-03-06.0717 www.bayerpharma.com.br www.universomedico.com.br www.gineco.com.br julho 2012 15 saúde da mulher Estudo de caso Caso Clínico – destacado, que o ideal seria não colocar o Mirena no momento de maior sangramento, já que existe uma possibilidade maior de expulsão. Ginecologia Retorno (após dois meses) O exame ginecológico mostrou comprimento adequado dos fios do Mirena na vagina, indicando que o SIU-LNG estava in situ. Por outro lado, a paciente referiu redução do sangramento menstrual. Orientada a novo controle em seis meses. Paciente de 25 anos, nuligesta, com antecedente de trombose venosa profunda em uso de warfarin, vem à consulta na busca de anticoncepção, solicitando que o método não aumente seus sangramentos menstruais, os quais estão muito aumentados desde o início do uso do anticoagulante Comentários Dr. Luis Bahamondes* Mulher de 25 anos, nuligesta, solteira, refere relacionamento estável e relata que há seis meses apresentou um quadro de tromboembolismo venoso (TEV), aparentemente idiopático, já que não estava em uso de nenhum anticoncepcional combinado. Foi estudada exaustivamente por um hematologista que descartou a possibilidade de síndrome antifosfolípide e indicou uso de Warfarin. A paciente refere que, embora tenha um relacionamento estável, não estão pensando em engravidar por enquanto e que ela estima que somente deseja engravidar não antes de quatro anos a partir de agora. Interrogatório sobre os diversos aparelhos O interrogatório cuidadoso não revelou nenhum dado positivo nem de interesse para o caso. Antecedentes pessoais Não refere alergias nem antecedentes de cirurgia. Como único antecedente patológico refere o episódio de TEV. Antecedentes familiares Somente refere que o pai é obeso e apresenta diabetes tipo II desde os 60 anos de idade em 16 julho 2012 controle com antiglicemiantes orais. Tem duas irmãs saudáveis. Exame físico Bom estado geral, corada, normotensa, mamas e exame ginecológico sem particularidades. Conduta Foi orientada a não usar nenhum método contraceptivo com estrogênios e, entre os métodos oferecidos, foi orientada a colocação de um sistema intrauterino liberador de levonorgestrel (SIU-LNG, Mirena) na primeira menstruação após a primeira consulta. Foi solicitado que no dia da consulta de inserção, ou no dia anterior, a paciente procurasse um laboratório para realizar um exame de RNI. A orientação desse método contraceptivo foi devido ao poderoso efeito que o mesmo tem sobre o endométrio, já que ele leva a uma redução significativa no volume, nos dias ou nos períodos de sangramento. Constata-se, inclusive, que cerca de 60% das mulheres apresentam amenorreia no fim do primeiro ano de uso. Além disso, foi orientada que se o RNI fosse maior que 3.0, a conduta seria interromper o uso de Warfarin três dias antes da colocação do Mirena e reiniciar o uso dois dias após a inserção. Também foi Foto: divulgação História da moléstia atual É comum entre médicos ginecologistas a restrição ao uso de qualquer anticoncepcional intrauterino, seja o DIU com cobre ou o Mirena, em mulheres nuligestas e, principalmente, se elas são adolescentes. Essa conduta não é privativa do Brasil, já que existem inquéritos realizados nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia onde os médicos têm mostrado a mesma restrição. Esse fato se vê motivado pela crença de que as usuárias de DIUs ou do SIU-LNG têm maior probabilidade de adquirir uma infecção pélvica que provoque infertilidade futura, ou que a colocação do contraceptivo seja mais difícil, ou um procedimento mais doloroso, ou que a taxa de expulsão seja maior nas mulheres que nunca engravidaram. Entretanto, essa restrição não é apropriada e não está baseada em nenhum critério médico moderno ou de acordo com as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Diversos estudos têm mostrado que não existe nenhum fundamento na restrição da contracepção intrauterina para mulheres nuligestas e que as taxas de gravidez e de expulsões são similares em mulheres com filhos. Por outro lado, o uso do SIU-LNG tem sido associado às altas taxas de continuação, em torno de 90%, ao fim do primeiro ano, taxas somente comparáveis ao DIU com cobre. Além disso, tem sido levantado que a inserção pode ser mais difícil ou inclusive que seja impossível. Os estudos também têm mostrado que as inserções entre nuligestas são fáceis e similares às mulheres com filhos. A única restrição que pode haver é que essas mulheres É comum entre médicos ginecologistas a restrição ao uso de qualquer anticoncepcional intrauterino, seja o DIU com cobre ou o Mirena em mulheres nuligestas (...). Entretanto, essa restrição não é apropriada e não está baseada em nenhum critério médico moderno ou de acordo com as normas da OMS” podem ter maior medo do procedimento da colocação. É necessário levar em conta que o grau de dificuldade para a inserção é inversamente proporcional ao número de inserções realizadas por cada profissional, sendo mais dificultoso entre aqueles que colocaram menos de 10 Mirenas. Uma boa estratégia para facilitar a colocação é conversar com a mulher e tranquilizá-la. Inclusive, essa conversa tem o intuito de distraí-la durante o procedimento, acalmando a paciente e facilitando a inserção. Além disso, nunca abra o pacote do Mirena se o histerômetro não passar com facilidade no orifício interno da cérvix. Caso o orifício seja ligeiramente estreito, uma boa prática é usar velas de Hegar até o número 5 ou 6. • Dr. Luis Bahamondes é professor titular de Ginecologia do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) * julho 2012 17 REFERÊNCIA MÉDICA Artigo científico sobre problemas femininos proporção de mulheres não grávidas usuárias de pílula anticoncepcional 1 Anticoncepcionais: 0,98 0,96 50 anos trazendo benefícios além da contracepção 0,84 18 julho 2012 Fator Idade (anos) IMC (Kg/m2) Graduação Paridade Tabagista 3 3,4 (2,9-4,0) 4,7 (3,8-5,6) DRSP/EE21d 2,8 (2,2-43,3) 4,5 (3,6-5,4) 5,7 (4,5-6,9) Outras Pílulas 6,7 (6,2-7,1) DRSP/EE24d: Drospirenona e etniliestradiol regime de 24 dias. DRSP/EE21d: Drospirenona e etinilestradiol regime de 21 dias. 12 18 24 30 36 subgrupo < 25 anos > 26 anos < 25 > 26 Não Sim Nulípara Multípara Não Sim OR 0,7 0,7 0,7 0,7 95% IC 0,6 - 0,8 0,6 - 0,9 0,6 - 0,8 0,6 - 0,9 0,7 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7 0,6 - 0,8 0,4 - 0,8 0,6 - 0,9 0,6 - 0,8 0,6 - 0,8 0,5 - 0,9 DRSP/EE24d: drospirenona e etinilestradiol em regime de 24 dias. IMC: Índice de Massa Corpórea. OR: Odds Ratio. IC: Intervalo de Confiança. Dinger J et al. Real-Life Oral Contraceptive Pill Effectiveness. Obstet Gynecol 2011. O uso de preparados com DRSP/EE24d é seguro e, inclusive, considerado mais eficaz na prevenção da gravidez indesejada quando comparado com o DRSP/ EE21d e outros preparados hormonais contendo, por exemplo, noretisterona. O uso prolongado (24 dias) da hormonioterapia irá inibir a flutuação hormonal ora presente quando o intervalo livre dos hormônios é superior a esse período. Somado a isso, o efeito prolongado da drospirenona (até 30h) aumentaria o bloqueio gonadal das gonadotrofinas hipofisárias, diminuindo o risco de falha do método. Regimes de 24 dias parecem não elevar o risco de eventos adversos, sobretudo cardiovasculares. Há, Fotos: divulgação 2 5,4 (5,1-5,7) 6 Tabela 2. Risco de falha contraceptiva em usuárias de pílula com DRSP/EE24d comparado com outras pílulas em regime de 21 dias e outros progestágenos, estratificado pelos fatores prognósticos Falha contraceptiva (%) ao fim de cada ano 3,5 (3,3-3,7) Outras Pílulas Gráfico 1. Proporção de mulheres não grávidas usuárias de pílula anticoncepcional após 36 meses de acompanhamento em uso típico. Comparação de dois regimes de administração com 24 dias (etinilestradiol com drospirenona e noretisterona) e 21 dias (os mesmos hormônios). Dinger J et al. Real-Life Oral Contraceptive Pill Effectiveness. Obstet Gynecol 2011. DRSP/EE24d = Drospirenona e etinilestradiol em regime de 24 dias. DRSP/EE21d = Drospirenona e etinilestradiol em regime de 21 dias. taxas de falha contraceptiva após 1, 2 e 3 anos de uso da pílula anticoncepcional1 DRSP/EE24d 2.1 (1,7-2,4) DRSP/EE21d 0,86 negativamente, na eficácia da pílula combinada. O mecanismo responsável seria a menor concentração hormonal no plasma com consequente redução na supressão ovariana. No entanto, os resultados ainda não devem ser considerados e mais estudos devem ser realizados para inferência dessas afirmações. A análise regressiva de Cox, incluindo as variáveis idade, índice de massa corpórea, tabagismo, paridade e escolaridade, identificou razão de chance de 0,7 (IC95% 0,6-0,8) comparando o regime DRSP/ EE24d com pílulas de 21 dias e outro progestágeno (Tabela 2). A taxa de gravidez entre usuárias de pílula anticoncepcional é de 7,7% aproximadamente, segundo a National Survey of Family Growth2, após 12 meses de uso. O resultado encontrado com o uso do DRSP/EE24d é inferior (2,1%). 1 0,92 0,88 Por Mario Vicente Giordano e Luiz Augusto Giordano* Coorte DRSP/EE24d 0,9 Conheça os resultados do INAS-OC, estudo que acompanhou usuárias de contraceptivos orais, comparando a eficácia e os benefícios de algumas substâncias o longo dos 50 anos de existência das pílulas anticoncepcionais, inúmeras alterações nos preparados hormonais foram registradas. A drospirenona, por exemplo, chega associada ao etinilestradiol nas doses de 20 mcg (regime de 24/4) e 30 mcg (regime de 21/7). Apresenta efeito antimineralocorticóide, com ação benéfica sobre a retenção hídrica observada em alguns progestágenos. Um estudo tipo coorte, com 52.218 mulheres, foi realizado, nos Estados Unidos, com o intuito de observar os efeitos da drospirenona 3 mg associada ao etinilestradiol na dose de 30 mcg (regime 21/7) e 20 mcg (regime 24/4), comparando-os com outros anticoncepcionais contendo noretisterona, sobretudo quanto aos riscos cardiovasculares e taxas de falha em uso típico (International Active Surveillance Study of Women Taking Oral Contraceptives/INAS-OC). O esquema posológico com 24 dias sobre influência hormonal (drospirenona 3 mg/etinilestradiol 20 mcg), com apenas quatro dias de intervalo, foi mais eficaz na prevenção da gravidez indesejada (Figura 1). Talvez, com o uso de hormonioterapia por mais dias, haveria redução na flutuação hormonal ovariana observada quando há sete dias livres da terapia hormonal (drospirenona 3 mg /etinilestradiol 30 mcg). As maiores taxas de falha foram observadas em mulheres entre 20 e 30 anos, idade em que há maior fecundabilidade. Acima dos 35 anos, as falhas contraceptivas foram inferiores. Outro dado, observado no estudo, foi a maior taxa de gravidez de acordo com o aumento do índice de massa corpórea (IMC). Provavelmente, a obesidade (IMC>35) influencia, 0,94 *dr. Mario Vicente Giordano Disciplina de Ginecologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio); disciplina de Ginecologia da Universidade Estácio de Sá (Unesa); especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Endoscopia Ginecológica pela Febrasgo; e membro da diretoria da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro. ainda, eficácia contraceptiva superior do regime DRSP/EE24d (comparado com outros hormônios e posologias) em algumas situações clínicas sabidamente associadas à maior taxa de falha da pílula (maior índice de Pearl). 1 Dinger J, Minh TD, Buttmann N, Bardenheuer K. Effectiveness of oral contraceptive pills in a large U.S. cohort comparing progestogen and regimen. Obstet & Gynecol 2011; 117: 1-8. 2 Kost K, Singh S, Vaughan B, Trussell J, Bankole A. Estimates of contraceptive failure from the 2002 National Survey of Family Growth. Contraception 2008; 77: 10 –21. *dr. Luiz Augusto Giordano Disciplina de Ginecologia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio); especialista em Ginecologia, Obstetrícia e Endoscopia Ginecológica pela Febrasgo; e membro da diretoria da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro. julho 2012 19 agenda Programe-se para eventos e cursos Prepare-se para o XVII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia Realizado no Transamérica Expo Center, evento deve trazer mais de seis mil inscritos e cerca de 400 professores de renome para discutir as mais diversas temáticas ligadas à saúde da mulher ntre os dias 30 de agosto e 2 de setembro, a cidade de São Paulo será palco do XVII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia, realizado pela Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo (Sogesp). Durante os três dias de evento, especialistas de todo o País se reúnem com o objetivo de atualizar condutas, reciclar informações e melhorar a qualidade do atendimento oferecido às mulheres. Serão 11 Cursos Pré-Congresso, 20 Cursos Intracongresso, 12 Controvérsias, 12 Debates Informais, três Fóruns, nove O que Há de Novo, seis Sessões Interativas, dois Simpósios, três Simpósios Não Patrocinados, 56 Top Temas, oito Lunch Meetings, sete Simpósios Patrocinados e uma Sessão de Apresentação dos melhores trabalhos de Obstetrícia e Ginecologia. “Esse evento é inteiramente consagrado entre profissionais da área. Na edição do ano passado, foram 6.350 inscritos e para este ano o número não deve ser diferente. Desse total, um terço dos participantes veio de fora de São Paulo, mostrando que o evento extrapolou as fronteiras da cidade”, afirma o presidente da So- gesp, Dr. César Eduardo Fernandes, salientando que, pela diversidade de temas propostos, os ginecologistas poderão fazer uma completa varredura na saúde da mulher. De acordo com Dr. Fernandes, os participantes poderão contar com a expertise de 400 professores participantes, todos renomados em suas áreas de atuação e pesquisa. Uma grande novidade será a possibilidade dos inscritos realizarem a seleção prévia das palestras que querem participar. “Por meio de um software, que disponibilizaremos aos participantes a partir de 15 de julho, eles terão acesso ao XVII Congr programa do evento e poes Obstetrícia so Paulista de e derão fazer a seleção das Local: Transa Ginecologia mérica Expo Center. Av. sessões que querem parDr. Mário Villa s Bo as Rodrigue ticipar. Oitenta porcento Amaro, São s, 387 - Santo Pa das vagas serão reservaInformaçõe ulo-SP s: (11) 3884 -7100 S it e: www.soges das para essa seleção p.org.br prévia”, esclarece o presidente da Sogesp. • Confira a programação do setor para os próximos meses XII Congresso Brasileiro de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência Data: de 28 a 30 de junho de 2012 Local: Hotel Maksoud Plaza. Alameda Campinas, 150, São Paulo-SP Informações: (11) 3062-1722 Site: www.sogia.com.br/ congresso2012 9º Simpósio Ítalo-Brasileiro de Endoscopia Ginecológica 20 julho 2012 Data: 17 e 18 de agosto de 2012 Local: Pestana São Paulo. Rua Tutóia, 77, São Paulo-SP Informações: (11) 2272-4301, (11) 2272-4301 e [email protected] Site: www.italobrasil.com.br XVI Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida Data: de 22 a 25 de agosto de 2012 Local: Hotel Sofitel Jequitimar Avenida Marjori da Silva Prado, 1100, Praia de Pernambuco, Guarujá-SP Informações e site: www.sbra2012.com.br 25ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte Data: 23 e 24 de agosto de 2012 Local: Hotel Pestana Natal. Rua Senador Dinarte Mariz, 5525, Natal-RN Informações: (84) 3221-5523 ou [email protected] Site: www.sogorn.com.br no consultório Seja bem-sucedido no trabalho Bem-vindos ao consultório médico 22 julho 2012 ainda, utilizar composições com papel de parede criando ambientes e desenhos intimistas”, destaca Andrea. Para a diretora da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), Márcia Kalil, o ideal é explorar o clima mais intimista e menos “hospitalar”. “Até mesmo os hospitais têm se preocupado com a humanização dos ambientes”, finaliza. Confira, a seguir, o melhor caminho para cada um dos elementos que compõem o consultório médico. n Pisos: o vinílico é uma opção interessante por ser versátil e permitir criar desenhos e formas. “É rápido e fácil de instalar, e de simples manutenção e limpeza, além de ter ótima durabilidade. É interessante também utilizar esse tipo de piso como sinalização de caminhos e áreas”, acrescenta a coordenadora do Núcleo de Arquitetura da Informov. Evite tapetes, carpetes e pisos escorregadios. n Sala do médico: a mesa do especialista deve permitir que ele converse de frente com a paciente e acompanhante. “Pode ter um local para o computador, que seja fácil de virar a tela para a paciente caso queira mostrar algum exemplo”, diz Ana Carolina. Para organizar o espaço, vale investir em gavetas, nichos e prateleiras. “O local não pode ser desorganizado ou ter pilhas de papéis, para não passar a sensação de sujeira”, adverte Andrea Ballesteros. Fotos: divulgação C+A SAIBA COMO A DECORAÇÃO DO CONSULTÓRIO GINECOLÓGICO PODE AJUDAR A CRIAR UM AMBIENTE MAIS ACOLHEDOR E QUAIS ELEMENTOS PODEM OU NÃO SER EXPLORADOS NESSE ESPAÇO a edição anterior da Equilíbrio & Vida falamos sobre a arquitetura ideal para consultórios médicos. Agora chegou a vez de decorá-los. “A decoração e ambientação de um espaço de saúde é duplamente importante, pois além de transformá-lo num local agradável e humanizado, também ajuda na espera menos estressante e até na recuperação dos pacientes”, explica a sócia da C+A Arquitetura de Interiores e diretora de Projetos da empresa, Ana Carolina Machado de Campos Tabach. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Arquitetura da Informov Engenharia + Arquitetura, Andrea Ballesteros, o consultório pode conter tanto uma decoração mais sofisticada (com o cuidado de não intimidar o paciente) quanto pode ser um ambiente simples. Pode-se até apostar em itens que reflitam a personalidade do médico, como seus hobbies. “Eles são interessantes para estabelecer vínculos, criar laços e mostrar transparência aos pacientes”, destaca. Andrea alerta: “Seja qual for o estilo escolhido, os ambientes precisam ser extremamente limpos e transmitir credibilidade e segurança.” Além das tradicionais revistas, jornais e TVs na sala de espera, podem ajudar a compor o espaço: internet Wi-Fi, poltronas e sofás confortáveis, além de uma bancada para café e água. “Locais com iluminação indireta ou cromoterapia também ajudam a construir um ambiente agradável. Alguns consultórios utilizam também música e aromaterapia”, complementa a especialista da Informov. No caso de consultórios que cuidam da saúde das mulheres, vale investir no conforto dessas pacientes. “Devem ser exploradas cores neutras e um ambiente para confortar e acalmar as mulheres, que geralmente estão ansiosas pela consulta. O ambiente pode ser composto por iluminação indireta; sofás e poltronas confortáveis; sala para amamentação; objetos de decoração mais femininos; e alguns elementos em madeira para deixar o local mais acolhedor. Pode-se, Móveis: de acordo com a especialista da C+A, o ideal é utilizar poltronas e não sofás, pois garantem a individualidade de cada paciente. Os melhores tecidos são os laváveis, como couro ecológico, que passam a ideia de limpeza. “Cuidado com a altura das poltronas. Elas não podem ser muito baixas, dificultando o sentar e levantar”, acrescenta Ana Carolina. n Espaço amamentação: as mães que estão no período de amamentação também podem ganhar um espaço especial, para que tenham mais privacidade. “Próximo ao lavabo, pode-se criar uma sala de espera com uma ou duas poltronas confortáveis e uma bancada para troca de fraldas”, orienta Ana Carolina. “Nesse local, é essencial criar um ambiente aconchegante também para o bebê, com luz indireta para não atrapalhar a criança. Pode conter objetos infantis e brinquedos para distração dos pequenos”, diz Andrea. n Objetos pessoais: obras de arte, fotos pessoais ou decorações que reflitam os interesses do médico-chefe, além de diplomas do mesmo, também podem ser explorados. “Pode-se, por exemplo, organizar fotos em um painel ou parede com molduras iguais. Obras de arte podem ser utilizadas desde que não sejam superfícies que acumulem sujeira ou tenham cores muito vibrantes. Expor coleções pessoais também pode ser interessante, mas em armários fechados com vidro para facilitar a limpeza”, orienta a especialista da C+A. Só evite elementos que podem conflitar com a opinião do paciente, como objetos relativos a alguma doutrina ou religião, ou que, de alguma forma, mostrem ostentação por parte do médico. n Plantas: de acordo com a coordenadora do Núcleo de Arquitetura da empresa Informov, o ideal são plantas resistentes ao ar-condicionado e que não necessitam incidência solar, como n Duas sugestões da C+A Arquitetura para consultórios médicos. Em ambos os ambientes, foram usados alguns elementos mais coloridos que contrastam com o tom pastel do espaço Zamioculca, Agapanthus e Acidanthera. Para a diretora da ABD, Márcia Kalil, pode-se, ainda, explorar flores naturais, que demonstram um cuidado especial e feminino. Só vale ficar atento aos odores fortes que as plantas podem exalar, bem como à conservação das mesmas. n Cores: o médico pode apostar na maioria das tonalidades, mas sempre com bastante cuidado. “O ideal é criar um ambiente clean, mas isso não quer dizer que todas as paredes precisam ser brancas. Pode-se usar tonalidades claras em uma parede, ou um detalhe com alguma cor mais forte, ou ainda objetos de decoração coloridos para quebrar a monotonia das cores pastéis”, reforça a especialista da Informov. Márcia Kalil dá algumas sugestões. “Dentre as cores suaves, que transmitem calma, aposte nos brancos, cinzas e beges sempre. Se quiser algo mais colorido, escolha os azuis, verdes e tons rosáceos”, finaliza. • julho 2012 23 happy hour Cultura e lazer A Família Addams: da Broadway para o Brasil com humor e brilhantismo Com elenco que traz nomes como Marisa Orth e Daniel Boaventura, superprodução musical está em cartaz no Teatro Abril 24 julho 2012 Mortícia e Gomez Addams. Ao longo dos anos, ela se transforma numa mulher e se apaixona por um doce e inteligente rapaz de uma família tradicional. Sim, Wandinha Addams, a última princesa das trevas, tem um namorado “normal”. Para os pais, esse é um acontecimento que irá virar de cabeça para baixo a casa dos Addams, especialmente quando eles são forçados a organizar um jantar para o jovem e seus pais. Conheça a história do lendário cartunista Charles Addams O musical A Família Addams é inspirado nas criações do cartunista americano Charles Addams, que viveu de 1912 até 1988. Em 1933, quando tinha apenas 21 anos, sua obra foi publicada na revista The New Yorker e, ao longo de quase seis décadas, ele se tornou um dos colaboradores mais queridos da revista. Depoimentos da imprensa HHHH “Quatro Estrelas! Barulhento!” – John Simon, Bloomberg News “Canções inteligentes, visualmente incrível e piadas para morrer de rir!” – David Cote, Time Out New York “Você vai rir muito! O fantástico e elaborado cenário evoca com exatidão o sinistro universo dos personagens Addams.” – Terry Teachout, Wall Street Journal Fotos: time for fun/divulgação nspirado na bizarra e querida família criada pelo lendário cartunista Charles Addams, o musical A Família Addams tornou-se uma das mais bem-sucedidas produções da Broadway quando estreou em abril de 2010, em Nova York, e faturou mais de US$ 64 milhões. Agora é a vez do Brasil ser palco desse espetáculo, com o privilégio de ser o primeiro país fora dos Estados Unidos a fazer uma montagem da peça. A nova comédia musical traz, no elenco, atores consagrados, como Marisa Orth e Daniel Boaventura, que dão vida ao irresistível casal Mortícia e Gomez Addams. Laura Lobo encarna a filha Wandinha e Nicholas Torres apronta todas no papel do filho Feioso. Já Iná de Carvalho é a Vovó Addams e Claudio Galvan é Fester, enquanto Rogério Guedes faz o mordomo Tropeço. Completam o elenco principal, Wellington Nogueira, Paula Capovilla e Beto Sargentelli. A versão brasileira é assinada por Claudio Botelho, com direção de Jerry Zaks, coreografia de Sergio Trujillo e direção musical de Mary-Mitchell Campbell. O enredo de A Família Addams apresenta uma história bastante original, que acontece em torno da filha mais nova de Bizarro, estranho e macabro são adjetivos que foram e ainda são bastante usados para descrever os quadrinhos de Charles Addams. No entanto, ele prova, por meio do seu trabalho, que também podem ser bastante charmosos, encantadores e divertidos. Tanto que o estilo único de seus desenhos permitiu sua obra transcender e encantar milhões de fãs no mundo inteiro. Charles Addams é mais conhecido por seus personagens, que vieram a ser chamados de A Família Addams e que já fizeram parte de vários programas de televisão, cinema e se tornaram tema de musical da Broadway. Gomez, Mortícia, Fester, Wandinha, Feioso, Vovó Addams e Tropeço já existiam sob várias formas e aspectos nos quadrinhos de Addams, na década de 30, mas não foram realmente chamados assim por ele até o início dos anos 60, quando a série de televisão foi criada. Surpreendentemente, os personagens de A Família Addams apa- A Família Addams Realização: Time For Fun Local: Teatro Abril – Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista. Estreia: 02 de março de 2012. Dias e Horários: quintas e sextas, às 21h; sábados, às 17h e 21h; e domingos, às 16h e 20h. Capacidade: 1.530 lugares. Estacionamento: o teatro não possui estacionamento próprio. Assentos: o teatro conta com 16 assentos para deficientes físicos e 11 para pessoas obesas. Classificação etária indicativa: Livre. Menores de 12 anos: permitida a entrada. Valores: entradas inteiras variam entre R$ 70 e R$ 250, dependendo do dia e do setor. Há benefícios exclusivos para Bradesco Seguros, cartões de crédito Bradesco e American Express Memberships Cards. Mais informações: www.afamiliaaddams.com.br recem em apenas um pequeno número de suas milhares de obras. Mais de 15 livros de seus desenhos foram publicados em todo o mundo, incluindo a nova coleção, “A Família Addams: Uma Evilution”, a primeira história completa de A Família Addams, incluindo mais de 200 cartoons, muitos nunca antes publicados. • julho 2012 25 seu hobby Confira o talento dos colegas de trabalho Culinária com toque masculino médico Antonio Carlos Teixeira Mendes Monteiro se formou em 1967, pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e, desde o tempo acadêmico, exercia a especialidade de Cirurgia Geral. “Minha atuação na área era, basicamente, voltada para a Cirurgia do Aparelho Digestivo”, lembra Monteiro, salientando que depois quis desenvolver uma especialização fora do País. “Fui para a França, Paris, com o objetivo de me especializar em Cirurgia do Fígado e das Vias Biliares, no Serviço do Professor H. Bismuth, onde permaneci por dois anos”, diz. E, 20 anos depois, em 1993, Dr. Monteiro passou a administrar serviços de saúde e se dedicar, integralmente, à Gestão Hospitalar. “Sou diretor médico do Hospital Memorial Fuad Chidid, me dedico à manutenção da boa prática da medicina voltada aos pacientes do hospital e à busca constante da satisfação de nossos clientes”, resume. Mesmo com a carreira de médico, e o dia a dia bastante atribulado, Dr. Monteiro sempre se dedicou ao seu talento pa- Dr. Monteiro a bordo do Princess, no Caribe, em 2010, ao lado do chef do cruzeiro Antonio Constantino 26 julho 2012 ralelo, relacionado à arte da culinária, que, segundo ele, surgiu pelo gosto de comer bem. “O prazer pela boa comida originou a curiosidade de saber como ela era feita e a busca dos detalhes. O prato delicioso que eu comia dava origem à tentativa de refazê-lo em casa e eu repetia a receita até acertá-la”, afirma. E, para adquirir mais técnica, Dr. Antonio Monteiro realizou muitos cursos de culinária com talentosos e renomados chefs, como Claude Troisgros, Pierre Troisgros, Danio Braga, José Hugo Celidônio, Laurent Suaudeau, entre outros. “Era um prazer participar desses cursos e conviver com os chefs, além de curtir a comida .” Como, durante o dia, a dedicação está voltada para o hospital, fica impossível cozinhar de segunda a sexta. “Fiz isso muitas vezes, mas o jantar saia perto da meia-noite. Portanto, agora, cozinho nos fins de semana, quando posso fazê-lo com calma, o que me dá muito mais prazer”, afirma, salientando que os maiores apreciadores de seus pratos são os amigos e a família. “São eles que incentivam a minha ida à cozinha, e é com eles que compartilho minhas receitas favoritas.” Os truques do ‘médico-chef’ De acordo com Dr. Antonio Monteiro, os segredos da preparação da boa culinária começam com a escolha e a Fotos: shutterstock | arquivo pessoal Dr. Antonio Monteiro, diretor médico do Hospital Memorial Fuad Chidid, no Rio de Janeiro, afirma que o prazer de cozinhar e a vontade de se especializar nesse hobby surgiram junto com o gosto de comer bem compra dos ingredientes, que sempre devem ser de boa qualidade e selecionados. “A escolha do peixe é fundamental ao sucesso do prato. Secundariamente, o fator de sucesso passa pelo preparo dos caldos, sejam eles de carne, peixe ou aves. Os caldos são a base, onde está o sabor”, revela. E não foi apenas a especialização em Cirurgia do Aparelho Digestivo que o médico trouxe de Paris. Quando descreve seus pratos que fazem mais sucesso, nota-se que a maioria é derivada da culinária francesa. Dentre os mais pedidos, por familiares e amigos, estão o Vol-au-vent de Camarão (iguaria de origem francesa, feita com massa folhada em formato de cestinhas); Oeuf Concorde (ovos quentes com tiras de salmão defumado coberto com creme de ciboulette e caviar), Cassoulet (espécie de feijoada com feijão branco e confit de canard), Lombo de Cherne ao Vinho Tinto, Magret de Canard (peito de pato) e Foie Gras Poêlé com Figos Caramelizados (preparado com fígado gorduroso de pato ou ganso). Apesar de não dispensar ajuda na organização da cozinha, ele prefere preparar os seus pratos sozinho, para não se distrair. “Muita gente no espaço pode fazer com que se coloque sal duas vezes”, alerta. Dr. Monteiro recomenda seu hobby para outros médicos. “Com certeza é relaxante e me dá muito prazer, de preferência acompanhado de um bom vinho tinto. Para o dia estressante do médico, um pequeno momento na cozinha é uma distração, com a possibilidade de preparar pratos saborosos e simples. No dia a dia, o improviso na cozinha é gerador de um convívio prazeroso no seio da família, principalmente se a esposa curte a boa comida.” Infelizmente, os leitores da Equilíbrio & Vida terão de ficar apenas imaginando os pratos do Dr. Monteiro, porque, para ele, passar receitas é uma tarefa que nunca deu certo. “O bom da culinária é a constante criação. As receitas que leio são sempre adaptadas. É o toque de cada chef que diferencia o prato. Os pequenos detalhes são importantes e não estão nas receitas.” • horário livre Entretenimento e programação turística Boas compras! opções de diversão na ‘terra da garoa’ rande provedora e acolhedora de novas tendências e Avenida Paulista estilos, a cidade de São Paulo se destaca como uma capital de grandes negócios, cultura e gastronomia. Essa diversidade faz com que o turista que passe pela metrópole tenha diversão garantida! Aqueles que querem conhecer um pouco da história de São Paulo podem começar com um passeio pelo Mercado Municipal, localizado no centro da cidade. Projetado pelo arquiteto Francisco Ramos de Azevedo, em 1924, o Mercadão, como é mais conhecido, é um retrato fiel da época da Metrópole do Café e um dos mais imponentes cartões-postais da capital. O local é bastante reconhecido pela diversidade de produtos oferecidos aos consumidores, como frutas, verduras, legumes, queijos, peixes, temperos, entre outros. As grandes estrelas desse complexo são os sanduíches de mortadela e os pastéis de bacalhau, pedidos obrigatórios para quem visita o espaço. Para os visitantes que preferirem fugir do agito do centro, e quiserem passar a manhã realizando uma caminhada tranquila, uma ótima opção é o Parque do Ibirapuera, projetado por Oscar Niemeyer e inaugurado em 1954. Além da área verde, o local também abriga vários espaços culturais. Se o turista optar por uma programação noturna, a dica é a Avenida Paulista, inaugurada em 1891, e, hoje, o grande centro financeiro da cidade. Além de importante polo econômico, o local também é referência nas áreas de cultura, gastronomia e lazer. n Mercado Municipal - Rua da Cantareira, 306 - Parque Dom Pedro II - Centro (Metrô São Bento) - www.merca domunicipal.com.br n Parque do Ibirapuera - Av. Pedro Álvares Cabral - Moema - www.parquedoibirapuera.com 28 julho 2012 Sala São Paulo Visitas imperdíveis Museu da Língua Portuguesa: com o objetivo de valorizar e difundir o idioma brasileiro, o espaço surgiu em 2006, se diferenciando dos museus tradicionais. Estabelecido entre os museus mais visitados da América do Sul, os visitantes podem contar com tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação dos conteúdos. Praça da Luz, s/nº, Centro www.museulinguaportuguesa.org.br Museu do Futebol: inaugurado em 2008, com o objetivo de investigar, divulgar e preservar o futebol como manifestação cultural brasileira, os visitantes do espaço podem percorrer o Brasil do século XX e notar como os costumes e comportamentos dos brasileiros são inseparáveis da trajetória desse esporte. Praça Charles Miller, s/nº, Estádio do Pacaembu www.museudofutebol.org.br Sala São Paulo: sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, o espaço, inaugurado em 1999, é considerado o maior e mais moderno entre as salas de concerto da América Latina. Fotos: shutterstock | rubens chiri Parque do Ibirapuera Excelência em compras, gastronomia e roteiros culturais é o que a cidade proporciona aos seus visitantes. Aproveite sua presença no XVII Congresso Paulista de Obstetrícia e Ginecologia para conhecer o melhor de São Paulo Praça Júlio Prestes, nº 16, Centro www.osesp.art.br Dica de Hospedagem Hotel Transamérica São Paulo Av. das Nações Unidas, 18.591 - Santo Amaro Reservas: (11) 5693-4050 (11) e 5693-4050 (São Paulo e Grande São Paulo) e 0800 012 6060 (outras localidades) www.transamerica.com.br Os visitantes que quiserem aproveitar o tempo livre para fazer compras estão no lugar certo. Uma boa opção, que fica a aproximadamente 5,3 km do local do evento, é o Morumbi Shopping. O espaço conta com 480 lojas, uma praça de alimentação com várias opções de fast-food, mais de 30 restaurantes, e espaço Gourmet, com 22 restaurantes conceituados da cidade. Outra sugestão é visitar o Shopping Cidade Jardim, localizado a cerca de 11 km do local do evento. O espaço conta com todas as lojas de frente para jardins abertos, iluminados por luz natural. Com o objetivo de reproduzir a atmosfera das ruas de compras mais elegantes das grandes capitais, reúne marcas nacionais e internacionais consagradas e restaurantes estrategicamente localizados entre os jardins internos e terraços. Morumbi Shopping www.morumbishopping.com.br Shopping Cidade Jardim www.cidadejardimshopping.com.br Bon appétit! Mais de 12 mil restaurantes, divididos entre cerca de 50 tipos de culinária. Esse é o cenário fantástico que a cidade de São Paulo oferece no seu roteiro gastronômico. Para quem quiser saborear pratos contemporâneos e bem brasileiros, uma ótima opção é o restaurante D.O.M., do renomado chef Alex Atala. Já para aqueles que querem experimentar a autêntica pizza paulistana, a dica é a pizzaria Bráz. A mais premiada criação do espaço é a Pizza Caprese, que traz, sobre uma base de mozarela, fatias carnudas de tomate caqui, rodelas de mozarela de búfala artesanal, folhas de manjericão gigante e pesto de azeitonas pretas. D.O.M. www.domrestaurante.com.br Bráz www.casabraz.com.br julho 2012 29 cuidando da própria saúde Médicos também precisam de cuidados corra atrás do prejuízo eja por lazer, competições, na tentativa de emagrecimento ou de aliviar o estresse, a corrida torna-se uma atividade física bastante eficiente. Para os médicos, é uma ótima opção. Mesmo com o dia a dia atribulado, é possível encaixar um treino a qualquer horário, ao ar livre ou em uma esteira. No entanto, é preciso adotar algumas técnicas para que o esporte traga um resultado eficaz e sem lesões. O primeiro passo está na escolha 30 julho 2012 das vestimentas corretas. De acordo com o ortopedista, especialista em cirurgia do quadril e do joelho e medicina esportiva, Dr. Marcelo Cavalheiro, primeiro o atleta deve usar um bom tênis, adequado ao tipo de pisada (supinada, pronada ou neutra), conjugando um produto que proporcione amortecimento e estabilidade. “Troque os tênis esporadicamente, para se beneficiar da função de absorção de impacto, e nunca use um tênis que acabou de comprar para competição. Deve haver uma adaptação prévia durante os treinos. Para completar, pratique o esporte sempre com roupas leves”, orienta. E, antes da prática, também é importante alongar o corpo. “Alongar antes da atividade prepara a musculatura Fotos: shutterstock Correr é uma ótima atividade para quem deseja um exercício físico simples e eficiente. Mas para a prática correta, é preciso aderir a algumas técnicas que evitam lesões e potencializam os resultados. Conheça-as para realizar os movimentos e, após o esforço/exercício, auxilia no relaxamento da musculatura exigida, recuperando mais rápido as fibras musculares”, afirma o profissional de educação física da Smart Fit Academia Rodrigo da Silva. No caso das corridas, vale a pena alongar pernas e panturrilhas. O especialista da Smart Fit explica como: 1. Com os pés unidos e pernas estendidas, desça o tronco à frente até onde a mão alcançar (joelho,tornozelo ou pés). Permaneça na posição por cerca de 30 segundos. 2. Faça o mesmo movimento, mas com a variação das pernas afastadas na largura do quadril. Aguarde mais 30 segundos. 3. Em pé, realize o movimento de se espreguiçar, estendendo o corpo com os braços acima da cabeça, podendo até ficar na ponta dos pés, por 30 segundos. 4. Para finalizar, apoie os pés em algum degrau e aprofunde os calcanhares para alongar a panturrilha. Depois disso, basta ter uma boa alimentação, sem esquecer da ingestão de líquidos antes e após os treinos. De preferência, procure a ajuda de um profissional para que juntos possam traçar um programa adequado, com os objetivos a serem alcançados de acordo com as limitações de cada um. “Não tenha pressa em alcançar os resultados rapidamente. O corpo se adapta a cada etapa e, assim, conquistam-se os objetivos, com qualidade e segurança”, finaliza Silva. • Sugestão de treino para iniciantes* 1. Comece com uma marcha mais forte do que a caminhada e menor do que uma corrida (passo acelerado/passos largos). Faça isso de três a quatro vezes por semana, durante duas semanas, 20 minutos por dia. Depois dessa sequência, passe a trotar ou correr por dois minutos e ande por um minuto, pelo menos meia hora, de três a quatro vezes por semana, durante três semanas. Após esse período, o próximo passo é aumentar o tempo de corrida e o descanso (andando), fazendo a metade do tempo que correu. Exemplo: se correu quatro minutos, ande dois minutos. Se começou trotando, passe a correr o mesmo tempo de corrida e descanso, e vá aumentando o tempo de corrida. Isso por pelo menos 30 minutos, de três a quatro vezes por semana, durante duas semanas. Procure não quebrar a sequência de treino, totalizando sete semanas (quase dois meses). Ao fim desse período, desafie você mesmo a correr, sem interrupções, por 30 minutos, quatro vezes por semana, durante mais três semanas. Sentindo-se confortável, aumente os estímulos e desafie seu corpo a superar os limites! 2. 3. 4. *Orientações fornecidas pelo profissional de educação física Rodrigo da Silva da Smart Fit Academia. julho 2012 31 Conquiste a confiança das pacientes Para complementar a necessidade de cálcio e vitamina D de seus pacientes, escolha o complemento que traz toda a força da Bayer. O índice de mulheres com disfunções sexuais é alto. Portanto, cabe aos ginecologistas e obstetras saber como lidar com essa situação Por Carmita H. N. Abdo* cabam de ser publicados os resultados de uma pesquisa norte-americana que investigou, por meio de autorrespostas, mais de mil ginecologistas e obstetras quanto à abordagem de questões sobre sexualidade no consultório. Cerca de 65% dos médicos retornaram os questionários respondidos. Desses, 63% referiram investigar regularmente a atividade sexual das pacientes; 40% perguntam sobre problemas sexuais; 28,5% sobre satisfação; 27,7% a respeito de orientação e identidade sexual; e 13,8% sobre prazer na atividade sexual. Um quarto desses médicos desaprova as práticas sexuais de suas pacientes.1 Dada a alta prevalência de disfunções sexuais femininas, os ginecologistas e obstetras frequentemente se deparam com essas questões no dia a dia do consultório. Quando uma paciente, portadora de vaginismo, se apresenta à consulta e deve se submeter ao exame ginecológico, constrangimento e extremo desconforto, de parte a parte, podem ocorrer. O exame com espéculo se torna impossível ou inconclusivo, agravado pelo pavor expresso pela paciente e pela extrema ansiedade que a acomete. Vale esclarecer que, diante dessa situação, o médico não deve insistir nesse procedimento, mas orientá-la a tratar o vaginismo. Deve, também, utilizar outros recursos (exames subsidiários, por exemplo) para avaliar a saúde ginecológica da mulher. 32 julho 2012 No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 4ª edição, texto revisado (DSM-IV-TR), o vaginismo (não devido a uma condição médica geral) é definido no item 306.51 das disfunções sexuais como contração, involuntária, recorrente ou persistente, dos músculos do períneo adjacentes ao terço inferior da vagina quando é tentada a penetração vaginal com pênis, dedo, tampão ou espéculo. Essa condição causa acentuado sofrimento e dificuldade interpessoal. Pode ocorrer ao longo da vida ou a partir de um determinado contexto (adquirida).2 Por ser uma disfunção sexual, requer tratamento especializado. Com sensibilidade, e algum conhecimento do assunto, o ginecologista ou o obstetra, mesmo não sendo especialista, poderá ter papel de extrema importância na qualidade de vida dessa paciente. Ao encaminhá-la para tratamento, estará referendando que ela tem uma disfunção sexual e que esse problema pode ser resolvido. Quanto mais precoce for a intervenção, melhor será o resultado, pois a paciente ainda não terá se resignado nem criado defesas contra admitir que pode superar sua limitação. Diante de casos crônicos, o ginecologista ou o obstetra também pode ajudar, incentivando a paciente a não permanecer perplexa diante do pânico gerado pela ideia da penetração peniana ou do exame ginecológico. Também nesses casos, ele é o médico da mulher. É quem ela procura, mesmo não estando apta a fazer um exame. O que ela deseja é apresentar o enigma para quem pode decifrá-lo. • *Profa. Dra. Carmita H. N. Abdo é psiquiatra, livre-docente e professora associada do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Fundadora e coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP Referências: 1. Sobecki JN, Curlin FA, Rasinski KA, Lindau ST. What we don’t talk about when we don’t talk about sex: results of a national survey of U.S. obstetrician/gynecologists. J Sex Med 2012;9:1285-94. 2. Associação Psiquiátrica Americana (APA). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Texto revisado (DSM-IV-TR). 4ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2002. Vaginismo: quase desconhecido Ossos fortes com toda a força da Bayer. 1 comprimido de Citracal® fornece: 600 mg CÁLCIO (na forma de carbonato de cálcio) 200 UI VITAMINA D (na forma de vitamina D3) Faz parte do programa Bayer para você. L.BR.CC.2012-05-25.0571 dilema Bayer para w w w . b a ySeu e rPrograma p a r aBayer voce.com de relacionamento Citracal complementa as necessidades diárias de cálcio e vitamina D do organismo. Produto isento de registro sanitário conforme Resolução RDC no 27, de 06/08/2010. NÃO CONTÉM GLÚTEN. GESTANTES, NUTRIZES E CRIANÇAS ATÉ 3 (TRÊS) ANOS SOMENTE DEVEM CONSUMIR ESTE PRODUTO SOB ORIENTAÇÃO DE NUTRICIONISTA OU MÉDICO. ® Contracepção por até 5 anos. Eficácia similar à da laqueadura1 95% de pacientes satisfeitas2 Alta taxa de continuidade1 MIR VE01-04/JUL 09. MIRENA®-LEVONORGESTREL (SISTEMA INTRA-UTERINO – SIU). REG. MS – 1.0020.0087. INDICAÇÕES: CONTRACEPÇÃO, MENORRAGIA IDIOPÁTICA, PREVENÇÃO DA HIPERPLASIA ENDOMETRIAL NA TERAPIA DE REPOSIÇÃO ESTROGÊNICA. CONTRAINDICAÇÕES: SUSPEITA OU DIAGNÓSTICO DE GRAVIDEZ, DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA, INFECÇÃO DO TRATO GENITAL INFERIOR, ENDOMETRITE PÓS-PARTO,ABORTO INFECTADO DURANTE OS ÚLTIMOS 3 MESES, CERVICITE, DISPLASIA CERVICAL,TUMOR MALIGNO UTERINO OU CERVICAL, SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL NÃO-DIAGNOSTICADO,ANOMALIA UTERINA CONGÊNITA OU ADQUIRIDA, INCLUINDO LEIOMIOMAS, QUANDO ESTES CAUSAREM DEFORMAÇÃO DA CAVIDADE UTERINA,AUMENTO DE SUSCEPTIBILIDADE A INFECÇÕES, DOENÇA HEPÁTICA AGUDA OU TUMOR HEPÁTICO, HIPERSENSIBILIDADE A QUALQUER UM DOS COMPONENTES DO PRODUTO. CUIDADOS E ADVERTÊNCIAS: AVALIAR OS BENEFÍCIOS E RISCOS. ENXAQUECA, CEFALÉIA EXCEPCIONALMENTE INTENSA, ICTERÍCIA,AUMENTO ACENTUADO DA PRESSÃO ARTERIAL, NEOPLASIA HORMÔNIO-DEPENDENTE,ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL OU INFARTO DO MIOCÁRDIO, TROMBOEMBOLISMO VENOSO, CARDIOPATIA CONGÊNITA OU VALVOPATIA, CONTROLAR A GLICEMIA EM DIABÉTICAS, SANGRAMENTOS IRREGULARES PODEM MASCARAR ALGUNS SINAIS E SINTOMAS DE PÓLIPOS OU CÂNCER ENDOMETRIAIS. MIRENA® NÃO É O MÉTODO DE PRIMEIRA ESCOLHA PARA MULHERES JOVENS NULÍPARAS NEM PARA MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA COM ATROFIA UTERINA AVANÇADA. INSERÇÃO E REMOÇÃO/SUBSTITUIÇÃO: INFORMAR A PACIENTE SOBRE EFICÁCIA, RISCOS E REAÇÕES ADVERSAS, REALIZAR EXAME MÉDICO, AS INSTRUÇÕES PARA A INSERÇÃO DEVEM SER SEGUIDAS CUIDADOSAMENTE, RECOMENDAÇÕES E SITUAÇÕES ESPECIAIS DE INSERÇÃO – CONSULTAR A BULA. DEVE SER REMOVIDO APÓS 5 ANOS DE USO. SE A USUÁRIA DESEJAR CONTINUAR EMPREGANDO O MÉTODO, UM NOVO SIU PODE SER INSERIDO IMEDIATAMENTE NO MESMO PROCEDIMENTO. O SISTEMA PODE SER EXPELIDO DA CAVIDADE UTERINA SEM QUE A PACIENTE O PERCEBA. A EXPULSÃO PARCIAL PODE DIMINUIR A EFICÁCIA DE MIRENA®. DURANTE A INSERÇÃO, PODE OCORRER PERFURAÇÃO. PODE AINDA OCORRER: GRAVIDEZ, GRAVIDEZ ECTÓPICA, PERDA DOS FIOS DE REMOÇÃO, ATRESIA FOLICULAR RETARDADA. REAÇÕES ADVERSAS: MUDANÇAS NO SANGRAMENTO, CISTOS OVARIANOS BENIGNOS, EDEMA (PERIFÉRICO OU ABDOMINAL), GANHO DE PESO, ESTADO DEPRESSIVO, NERVOSISMO, INSTABILIDADE EMOCIONAL, CEFALEIA, DOR ABDOMINAL, DOR PÉLVICA, NÁUSEA,ACNE, DOR NAS COSTAS, DISMENORRÉIA, SECREÇÃO VAGINAL, CERVICITE,TENSÃO MAMÁRIA, MASTALGIA, EXPULSÃO, INFECÇÕES GENITAIS, HIRSUTISMO, PERDA DE CABELO, PRURIDO, LIBIDO REDUZIDA, ENXAQUECA, DISTENSÃO ABDOMINAL, ERUPÇÃO CUTÂNEA, URTICÁRIA, ECZEMA, PERFURAÇÃO UTERINA. INTERAÇÃO: A INFLUÊNCIA DE MEDICAMENTOS QUE INTERAGEM COM CONTRACEPTIVOS HORMONAIS, NA EFICÁCIA CONTRACEPTIVA DE MIRENA® NÃO FOI AVALIADA, MAS NÃO SE ESPERA QUE SEJA DE MAIOR IMPORTÂNCIA, CONSIDERANDO OS MECANISMOS DE AÇÃO, PRINCIPALMENTE LOCAIS. POSOLOGIA: MIRENA® É APRESENTADO EM ACONDICIONAMENTO ESTÉRIL QUE NÃO DEVE SER ABERTO ATÉ O MOMENTO DA INSERÇÃO.VERIFICAR AS INSTRUÇÕES ESPECÍFICAS PARA A INSERÇÃO DO SIU. INSERIR UMA UNIDADE DE MIRENA® NA CAVIDADE UTERINA. CADA ADMINISTRAÇÃO É EFICAZ POR 5 ANOS. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. L.BR.WH.2012-05-23.0770 www.bayerpharma.com REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1. STURRIDGE F, GUILLEBALD J. A RISK-BENEFIT ASSESSMENT OF THE LEVONORGESTREL-RELEASING INTRAUTERINE SYSTEM. DRUG SAFETY 1996; 15(6): 430-440. 2. RÖMER T, LINSBERGER D. USER SATISFACTION WITH A LEVONORGESTRELRELEASING INTRAUTERINE SYSTEM (LNG-IUS): DATA FROM AN INTERNATIONAL SURVEY. EUR J CONTRACEPT REPROD HEALTH CARE 2009; 14(6):391-398. Contraindicação: displasia cervical. Interação medicamentosa: antibióticos e anticonvulsivantes.