Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo SERVIÇO ESPECIALIZADO EM PSIQUIATRIA PROGRAMA TERAPÊUTICO (Versão 3.00) Elaborado por: J e z i e l da Silva Ramos Engenheiro Eletricista UNB/1982 - Medicina UFGo/1993 Especialista em Psiquiatria ABP E-mail: [email protected] Colaboradores: Andrea Juliana de Morais Rodrigues Graduada em Terapia Ocupacional (PUCGo). Especializando em Acupuntura (ABA) E-mail: [email protected] Andressa Toledo Teixeira Graduada Musicoterapeuta UFGo/2007 Especialista Psicopedagogia Faculdade Padrão/2012 Saúde Mental e Dependência Química DELTA/2013 E-mail: [email protected] Érika de Sene Moreira Graduada em Odontologia UNIUBE - MG / 1999 Especialista em Saúde Mental e Dependência Química DELTA-GO E-mail: [email protected] Susana Cristina Barbosa Gilberti Graduada em Terapia Ocupacional (PUCCAMP). Especialista em Terapias Vibracionais (UNIFRAN) E-mail: [email protected] Ano: 2013 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade Hospital Espírita Eurípedes Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. Bem-aventurados os misericordiosos, porque obterão misericórdia. Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus. Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o Reino dos céus. (Sermão da Montanha – Jesus) Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade III IV V UMA NOVA VISÃO DO ADOECER PSÍQUICO 06 SÍNTESE TERAPÊUTICA 08 DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DO SERVIÇO 09 A. Princípios gerais 09 B. Rotinas básicas 09 C. Suporte terapêutico intensive 11 D.Trabalho em equipe multiprofissional 12 E. Garantia dos direitos dos usuários e familiares 13 F. Humanização do atendimento 14 G.Integração com a rede de atendimento em saúde mental 14 H.Internação psiquiátrica ética e humanizada 15 I. Projeto Terapêutico Individualizado – PTI 16 J. Programa de Cessação Tabágica – PCT 18 AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL 19 A. Consulta e Grupos Terapêuticos 19 B. Internação domiciliary 20 HOSPITAL – DIA (Day Clinic) 21 A. Conceitos 21 B. Normas básicas de funcionamento 21 C. Programa terapêutico 24 HOSPITAL INTEGRAL 25 A. Conceitos 25 B. Normas básicas de funcionamento 25 C. Perfil da unidade 26 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade VI D. Enquadre terapêutico 27 E. Programa terapêutico 27 UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA 28 G. A. Conceitos 28 B. Princípios Gerais do Tratamento 29 C. Ambulatório de Dependência Química 29 D. Internação Hospitalar 30 E. Funcionamento da Unidade 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46 RESUMOS BIOGRÁFICOS 47 ANEXOS ANEXO 1 – OFICINAS E GRUPOS TERAPÊUTICOS 1. NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR 31 33 Grupo Psicoeducacional Familiar 34 Grupo de Orientação Familiar 34 Oficina de Codependência 35 2. NÚCLEO MÉDICO-PSIQUIÁTRICO 37 Grupo de Orientação para Cessação Tabágica 37 Oficina de Orientação Nutricional 38 Oficina de Saúde Bucal 39 3. NÚCLEO DE ESPIRITUALIDADE 40 Grupo Mediúnico 40 Grupo de Fluidoterapia 41 Grupos de Estudos Ciência – Filosofia – Religião 42 4. NÚCLEO PSICOTERÁPICO 44 Clínica de Musicoterapia 44 Clínica de Psicologia 45 Clínica de Terapia Ocupacional 46 Oficina de Horticultura 46 Caminhada Ecológica 47 Grupo de Acolhimento 48 Oficina de Beleza e Estética 48 Oficina de Consciência Corporal 49 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade Grupo de Estimulação Cognitiva 49 Assembléia Geral de Usuários 50 Oficina de Videoteca 50 Oficina de Artesanato 51 Grupo de Atividade Expressiva 51 Grupo Psicoterápico para Dependentes Químicos 52 Oficina de Culinária 52 Oficina Projeto Hoje 53 Oficina Agente Transformador 53 Oficina de Meditação Mandálica 54 Terapia Assistidas por Animais (TAA 54 Psicomusicoterapia Grupal 56 Oficina de Coro Terapêutico 57 Oficina de Rádio Terapêutica 57 Oficina de Expressão Corporal 59 Oficina de Orientação ao Trabalho 59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DAS OFICINAS 62 ANEXO 2 – Temas dos Grupos Psicoeducacionais do Hospital Integral 66 ANEXO 3 – Temas dos Grupos Psicoeducacionais da Unidade de Dependência Química 67 ANEXO 4 – Relação das Oficinas e Grupos Terapêuticos 68 ANEXO 5 – Ficha de Prescrição de Atividades Terapêuticas 70 ANEXO 6 – Rotina Diária do Hospital Dia 71 ANEXO 7 – Rotina Diária do Hospital Integral 72 ANEXO 8 – Rotina Diária da Unidade de Dependência Química 74 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade UMA NOVA VISÃO DO ADOECER PSÍQUICO O processo de transformação do MODELO DE ATENDIMENTO EM SAÚDE MENTAL significa muito mais que a DESINSTITUCIONALIZAÇÃO do paciente psiquiátrico. O resgate da individualidade e, conseqüentemente, da dignidade do paciente psiquiátrico, passa por uma resignificação do processo de adoecer e do processo de cura. O simples rompimento do MODELO ASSISTENCIALISTA, que atualmente polariza as estratégias de atendimento em saúde mental, pode gerar a transferência do foco de atenção terapêutica para o polo oposto, o de VITIMIZAÇÃO DO PACIENTE PSIQUIÁTRICO. Nesta situação, encontramos propostas que distorcem a realidade do paciente e da sua doença, como a negação da própria doença, a busca de ´etiologias´ sociais e políticas que justifiquem a sintomatologia anormal, gerando uma falsificação diagnóstica, ou mesmo, a recusa propositada de se fazer algum diagnóstico. Do assistencialismo reducionista passa-se para o ideologismo reducionista. Acreditamos que o maior problema do paciente psiquiátrico atualmente não seja a sua INSTITUCIONALIZAÇÃO mesmo porque existe um número muito pequeno de pacientes institucionalizados. Acreditamos que existem muito mais terapeutas e articuladores políticos institucionalizados e reducionista que pacientes institucionalizados. Luta-se por interesses pessoais, alguns na defesa do cientificismo e outros na defesa de um falso humanismo, colocando no alto bandeiras que anunciam princípios muitas vezes fictícios. E o paciente psiquiátrico continua sem os recursos necessários que possam amenizar a sua dor. Não é nossa função julgar, nem somos apologistas de uma verdade absoluta pois, honestamente, temos a certeza que estamos distantes de compreender os profundos mistérios da mente humana. MAS TEMOS ALGUMAS CERTEZAS: ACREDITAMOS NA DOENÇA MENTAL. ACREDITAMOS NOS SINTOMAS PATOLÓGICOS DA DOENÇA MENTAL. ACREDITAMOS EM CAUSAS ORGÂNICAS GERANDO TRANSTORNOS MENTAIS. ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO NECESSITA DE TODA A ATENÇÃO E CUIDADOS QUE POSSAM ALIVIAR O SEU SOFRIMENTO E DE SUA FAMÍLIA. ACREDITAMOS QUE MEDICAÇÕES E INTERNAÇÕES SÃO NECESSÁRIAS E IMPORTANTES QUANDO ADEQUADAMENTE PRESCRITAS. ACREDITAMOS QUE OS PSICOFÁRMACOS PODEM CONTROLAR SINTOMAS PSICOPATOLÓGICOS. ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO NECESSITA DE ATENDIMENTO SOCIAL, PSICOTERÁPICOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM. ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO PRECISA ADQUIRIR SUA AUTONOMIA SOCIAL E SUA INDEPENDÊNCIA ECONÔMICA. ACREDITAMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO NECESSITA VIVER LIVRE EM SOCIEDADE E NÃO PERMANECER RECLUSO EM REPETIDAS INTERNAÇÕES HOSPITALARES. Página: 6/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade MAS, ACREDITAMOS QUE O SER HUMANO É UM ESPÍRITO ETERNO E PARA ENTENDER E AJUDAR O PACIENTE PORTADOR DE UMA DOENÇA MENTAL É INDISPENSÁVEL SABER LER E TRABALHAR NA ALMA. PORTANTO... SABEMOS QUE O PACIENTE PSIQUIÁTRICO PRECISA DE AFETO, CARINHO E AMOR SABEMOS QUE A MÚSICA PODE GERAR EMOÇÕES E DESPERTAR OS MAIS NOBRES SENTIMENTOS SABEMOS QUE O SORRISO PODE SER CONTAGIOSO E PODE TRAZER CONFIANÇA SABEMOS QUE A ALEGRIA VERDADEIRA PROVOCA RESSONÂNCIAS NOS CORAÇÕES SABEMOS QUE AS FLORES PERFUMAM OS MAIS OBSCUROS AMBIENTES SABEMOS QUE A SIMPLICIDADE ENRIQUECE AS RELAÇOES HUMANAS SABEMOS QUE UM ATO DE CORDIALIDADE, UM BOM DIA, SEMPRE APROXIMA AS PESSOAS SABEMOS QUE O AMOR É A MAIS PODEROSA DAS FORÇAS BIOLÓGICAS SABEMOS QUE A VIA MAIS PACÍFICA DE SE PENETRAR NA CORRENTE VITAL É A VIA PSÍQUICA SABEMOS QUE O PSIQUISMO É UMA FUNÇÃO DO ESPÍRITO ETERNO E PARA ENTENDER AS NECESSIDADES BIOLÓGICAS, SOCIAIS, PSICOLÓGICAS E ESPIRITUAIS DE NOSSOS PACIENTES PSIQUIÁTRICOS É NECESSÁRIO OLHAR DENTRO DE SUA ALMA, MUITO ALÉM DA FORMA REPRESENTADA PELO CORPO FÍSICO. E PARA VER NA PROFUNDEZA DA ALMA DO SER HUMANO É PRECISO AMOR, CARINHO E AFETO. Página: 7/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade SÍNTESE TERAPÊUTICA Diante da ESTRUTURA E DOS FUNDAMENTOS TERAPÊUTICOS apresentados neste programa de trabalho em seus aspectos estáticos, é importante refletir sobre os seus aspectos dinâmicos e sobre as funções e significados finais dos conceitos expostos, o que para alguns são no mínimo inovadores, para outros incompreensíveis. Nosso propósito foi manter sempre uma metodologia científica na descrição e análise da natureza humana, de seus desequilíbrios e de sua de trajetória evolutiva, mesmo quanto tocamos em aspectos mais profundos como a ESPIRITUALIDADE que, somente agora nas últimas décadas, começa a ser objeto de estudos e pesquisas sérias nas universidades e outros grupos científicos. Não estamos nos lançando numa aventura sem rumo e irresponsável. Seguimos caminhos que têm sido seriamente experimentados e cujos resultados são comprovadamente eficazes e que podem ser repetidos em qualquer local e por qualquer grupo de pessoas sérias, desde que obedecida esta nova ordem de leis. Talvez estejamos assumindo o peso de nos posicionarmos na vanguarda de conhecimentos e experiências que num futuro próximo, aceitos pela maioria, se tornarão modelos de um novo paradigma. Mas caminhamos com segurança e responsabilidade, respaldados por pesquisas e conhecimentos que passaram pela observação dos mais respeitados cientistas e estudiosos do assunto, nos mais importantes centros acadêmicos, nacionais e internacionais. Mantemos a seriedade profissional e o compromisso de realizar o melhor pelo nosso paciente, compromisso ético que o exercício de nossa profissão exige. Em nenhum momento ou situação, a aplicação de nosso modelo terapêutico causou qualquer dano físico, psicológico ou moral os nossos pacientes ou aos seus familiares. Ao contrário, nossa prática terapêutica tem demonstrado resultados importantes e significativos, e tem recebido continuamente o retorno positivo de todos que de alguma forma receberam a nossa assistência. Na verdade, estamos reunindo na prática em saúde mental conhecimentos e experiências cientificamente comprovadas, experiências estas respaldadas oficialmente pelas ciências médicas e por outras áreas da saúde mental. Resignificando e integrando estes conhecimentos e práticas num único modelo, formando um corpo sólido que fundamenta nossas ações terapêuticas. A compreensão da mente exige capacidade de síntese. É necessário substituir por uma visão integradora as abordagens fragmentadas e periféricas. Sem isso, estaremos sempre dispersos na relatividade dos conceitos e na superficialidade das análises e ações. Sem essa compreensão, perdemos a capacidade de compreender o homem, e se não temos a certeza e a segurança de sabermos QUEM SOMOS em nossa normalidade, como saberemos agir em nossa anormalidade? Temos um modelo em processo de permanente transformação, como a própria vida. Um transformismo que nos habilita ao permanente questionamento sobre novas possibilidades na busca sempre de alcançar o inalcançável. Esta é a nossa única certeza, pois a vida continua um mistério ainda distante de desvendado. Jeziel Ramos. Página: 8/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DO SERVIÇO A. PRINCÍPIOS GERAIS a) Abordagem multidisciplinar e transdisciplinar, envolvendo os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais do ser humano. b) Priorizar as abordagens extra-hospitalares, ambulatoriais e hospital-dia. c) Promover as desinstitucionalização e desospitalização do paciente psiquiátrico. d) Projetos terapêuticos individualizados. e) Promover ações de atenção à saúde mental num modelo psicodinâmico visando não apenas o controle dos sintomas, mas a resolução das crises e dos conflitos intrapsíquicos, resolução dos conflitos pessoais e interpessoais, reabilitação, resgate da cidadania, ressocialização e reinserção no mercado de trabalho. f) Todos os procedimentos terapêuticos têm como objetivo primordial a mobilização do paciente quanto a sua realidade existencial procurando desenvolver estímulos para que ele possa assumir uma postura ativa e responsável diante de seu tratamento. g) Proporcionar atendimento aos portadores de transtorno mental coerentes com os princípios e diretrizes da política de saúde do Ministério da Saúde e da política de reforma psiquiátrica prevista no SUAS. h) Utilizar toda a disponibilidade da Rede de Assistência de Saúde Mental disponível no município e no Estado de Goiás. i) Assistir os familiares no processo de adoecimento familiar e social. j) Realizar pesquisas clínicas avaliando a efetividade das terapias farmacológicas, psicológicas, sociais e espirituais sobre desfecho do tratamento e do prognóstico do paciente. k) O Hospital possui as seguintes estruturas funcionais interdependentes: a) UNIDADE AMBULATORIAL b) HOSPITAL-DIA c) HOSPITAL INTEGRAL d) UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA B. ROTINAS BÁSICAS a) O Hospital somente atenderá pacientes no ambulatório que forem previamente agendados. Exceção para os casos de urgência e emergência que surgirem espontaneamente na Porta de Entrada, que serão atendidos pelo médico plantonista do dia. b) Os agendamentos ambulatoriais deverão ser realizados previamente por telefone ou pessoalmente na Recepção do Hospital, por procura espontânea, interconsulta psiquiátrica ou encaminhamento de serviços da Rede de Assistência em Saúde Mental. c) Pacientes encaminhados pelo Pronto Socorro Psiquiátrico com Guia de Internação Hospitalar (GIH) deverão ser atendidos pelo médico plantonista, que fará nova avaliação, utilizando livremente a Página: 9/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade prerrogativa médica de proceder com a conduta clínica que melhor entender, podendo proceder com a internação ou encaminhar para outro procedimento terapêutico (ambulatório ou HOSPITAL-DIA). 1. Caso o médico decida pelo tratamento ambulatorial ou HOSPITAL-DIA, o paciente e os responsáveis deverão ser orientados tecnicamente e de forma clara sobre os motivos do encaminhamento. 2. Caso o médico decida pela internação hospitalar, o paciente será encaminhando imediatamente para os procedimentos de internação. d) No HOSPITAL INTEGRAL e no HOSPITAL-DIA: 1. Durante a consulta médica de ambulatório de avaliação, o médico deverá preencher a FICHA DE ANAMNESE e abrir o PRONTUÁRIO de internação com a prescrição medicamentosa inicial, encaminhar para o HOSPITAL INTEGRAL ou HOSPITAL-DIA. 2. Os familiares e/ou responsáveis deverão ser encaminhados ao Serviço Social para o acolhimento e o preenchimento da FICHA SOCIAL, quando será esclarecidos todos os procedimentos do Programa Terapêutico. 3. Após a entrada, o usuário deverá ser entrevistado pelo enfermeiro supervisor de plantão que realizará a consulta de enfermagem, preenchendo a FICHA DE AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM (ANEXA), registrando-se no PRONTUÁRIO as condutas imediatas a serem tomadas. 4. Em seguida, o paciente será encaminhado para avaliação do médico psiquiatra assistente, do médico clínico geral, da psicologia, da musicoterapia e da terapia ocupacional. 5. Todos os profissionais que atenderem o paciente deverá registrar no PRONTUÁRIO suas avaliações técnicas e condutas, preenchendo o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL - PTI (ANEXO) e) No AMBULATÓRIO o paciente receberá a CADERNETA DE AMBULATÓRIO (ANEXA) com agendamento (dia/horário/profissional) da sua consulta. Todos os agendamentos ambulatoriais, sejam as consultas individuais ou os grupos terapêuticos, deverão ser registrados nesta caderneta, que ficará sempre de posse do usuário para o controle de acompanhamento terapêutico. f) Na ALTA HOSPITALAR: 1. A alta hospitalar é uma prerrogativa exclusiva do exercício da profissão médica, que assume o compromisso e a responsabilidade ética e profissional pelos seus atos. 2. A avaliação para a alta hospitalar envolve consulta interdisciplinar, sendo, portanto, coerente com a proposta terapêutica do Hospital que toda a equipe comprometida com a condução terapêutica durante a internação (HOSPITAL INTEGRAL e HOSPITAL-DIA), também esteja comprometida com o seguimento pós-alta. 3. Decida a alta, o médico deverá registrar a decisão e encaminhar um comunicado aos demais serviços envolvidos orientando sobrem a conduta, elaborar a receita medicamentosa e os atestados devidos. Página: 10/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 4. Obedecidas as condições administrativas para a alta hospitalar, o usuário será conduzido pela enfermagem, juntamente com seus pertences, à Recepção, até a presença de seus responsáveis. 5. Os familiares e/ou responsáveis serão orientados pelo Serviço Social sobre todos os procedimentos de continuidade do processo terapêutico. 6. Na Recepção, o paciente deverá registrar em sua CADERNETA DE AMBULATÓRIO a primeira consulta médica, consulta social e/ou o grupo terapêutico ambulatorial. 7. A alta hospitalar pode acorrer nas seguintes situações: 7.1) Alta Médica. 7.2) Alta a Pedido. 7.3) Alta por Transferência. 7.4) Alta por Abandono. 7.5) Alta Administrativa. 7.6) Alta por Óbito. C. SUPORTE TERAPÊUTICO INTENSIVO A complexidade do adoecer psíquico e o conseqüente sofrimento gerado necessitam de estratégias e abordagens terapêuticas dinâmicas e precisas, em tempo hábil. Para tanto, o nosso PROGRAMA TERAPÊUTICO contempla: 1. Suporte individualizado aos pacientes e aos seus familiares, em tempo integral, por 24 horas, por meio de plantão telefônico ou via correio eletrônico. 2. Auxiliar o paciente na resolução de seus problemas cotidianos. 3. Orientar pacientes e familiares na reorganização e no planejamento de projetos de vida 4. Facilitar o acesso a consultas externas para tratamentos específicos em caso de necessidade. 5. Comunicar quaisquer intercorrências e encaminhar sugestões quanto ao plano de tratamento e ao plano de ação aos profissionais envolvidos com o paciente. 6. Manter-se alerta às mudanças nas necessidades e nos problemas do paciente durante o curso do tratamento. 7. Manter a interlocução entre o paciente, a equipe de tratamento, a família e outros profissionais. 8. Identificar as necessidades específicas, determinando os pontos fortes e os fracos, bem como as necessidades do paciente. 9. Estabelecer uma conexão com outros serviços de saúde tanto na REDE DE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL formal (p. ex., CAPS, CAIS, CIAMS, ambulatórios de psiquiatria, hospital e outros) quanto na informal, como os grupos de mútua ajuda (p. ex., Narcóticos Anônimos, Amor-Exigente, AA e outros). 10. Monitorar e avaliar o caso, visualizando os progressos obtidos. 11. Facilitar o amparo legal em caso de necessidade. Página: 11/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade D. TRABALHO EM EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ATUAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL – é estar atenta na disponibilização de opções terapêuticas focada na diminuição dos fatores estressores, da abstinência de substâncias psicoativas, na reinserção familiar e social e na instrumentalização do sujeito para que possa gerenciar a própria vida com autonomia. ESTABELECER UMA RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR E TRANSDISCIPLINAR GENUÍNA – é um processo que se constrói no dia-a-dia das relações profissionais, na medida em que existe o respeito e a clareza nas comunicações entre os membros da equipe. Esta é a proposta que estamos desenvolvendo na Casa de Eurípedes, resultado de muitos anos de experiência em saúde mental, de estudos continuados e no desenvolvimento de projetos inovadores nas diversas áreas da psiquiatria, das psicoterapias, das terapias sociais e espirituais. EQUIPE COM ENTUSIASMO E BOA EXPECTATIVA EM TORNO DE SEUS OBJETIVOS – Para se trabalhar com o volume e a gravidade dos problemas e sofrimentos envolvidos nas atividades desenvolvidas pela Casa de Eurípedes, é fundamental uma equipe motivada e focada em motivar o paciente na valorização da vida, na esperança de melhorias no estado de saúde e na conquista da felicidade planejada. VÍNCULO – O afeto é inerente ao homem, transferir afeto, seja na condição de profissional ou usuário, em pares ou na coletividade. Neste sentido, percebemos que é necessário aprender a prestar atenção nesses fluxos de afetos para melhor compreender o outro. Aceitando esta singularidade, torna-se mais fácil para a equipe conduzir o usuário no período de internação com possibilidades de resultados mais positivos e autonomia para estabelecer vínculos profissionais saudáveis. Não há aliança negativa, e sim, trocas mútuas de compreensão, afeto e jeito de fazer de maneira profissional, na busca pela manutenção da ética e do respeito na equipe, na qual a ferramenta fundamental é a comunicação. RESPONSABILIDADE – Enquanto diretriz de atendimento, a RESPONSABILIDADE tem três componentes: a responsabilidade quanto ao serviço prestado pela Casa de Eurípedes; a responsabilidade da família do usuário no envolvimento com o programa terapêutico; e a responsabilidade do usuário quanto à qualidade e empenho no tratamento (de acordo com as suas condições de entendimento e discernimento). Quanto ao compromisso da Casa de Eurípedes com relação à qualidade do serviço prestado, temos nos consolidando como agente positivo no tratamento dos diversos transtornos mentais e das dependências químicas, aperfeiçoando a cada dia sua intervenção, especialmente a partir do investimento em recursos humanos, treinamentos, cursos, seminários e a melhoria permanente do espaço físico sempre organizado e harmonioso, com permanente aperfeiçoamento da qualidade do Programa Terapêutico. Quanto a responsabilidade da família, este é um fator de suma relevância para a Casa de Eurípedes e para os nossos usuários. A participação efetiva da família nos grupos terapêuticos familiares, nas reuniões de família, nos atendimentos individuais e nas visitas é de fundamental importância para a Página: 12/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade retomada desses vínculos fragilizados em decorrência do comportamento desencadeado pelos transtornos mentais e na dependência química, e parte da recuperação está alicerçada nessa reconstrução dos laços afetivos. Essa responsabilidade acontece de maneira diversa a cada situação e tem o acompanhamento em especial da Equipe de Serviço Social, com aparato instrumental metodológico adequado. CUIDAR DOS CUIDADORES – A Casa de Eurípedes possui instituída a formação continuada de sua equipe de trabalho, no aperfeiçoamento constante do conhecimento e da qualidade na relação interpessoal. No sentido de manter saudável a equipe de cuidadores, internamente vem instituindo-se a sistemática de reuniões de avaliação, planejamento e cuidado mútuo. A equipe técnica reúne-se para discutir casos e também no sentido de proporcionar um pensar e uma escuta acerca do que representa o esforço de compreender suas necessidades, que vai além dos problemas imediatos. Essa tarefa de sentar e cuidar-se mutuamente vai além do papel da Instituição de atender a seus pacientes e familiares, mas de estar com sua equipe saudável para intervir da forma mais eficaz. A finalidade do cuidado mútuo é ultrapassar as explicações unidimensionais encontradas na literatura específica que trata do assunto, que através de uma troca saudável de experiências acabam por construir formas mais eficazes de convivência no ambiente de trabalho. E. GARANTIA DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS E FAMILIARES 1. AUTORIZAÇÃO DE INTERNAÇÃO – No HOSPITAL INTEGRAL ou no HOSPITAL-DIA o paciente e/ou responsável legal assina o DECLARAÇÃO DE INTERNAÇÃO VOLUNTÁRIA ou a SOLICITAÇÃO DE INTERNAÇÃO INVOLUNTÁRIA, conforme prevista na Lei No. 10.216 de 06 de abril de 2001, após laudo médico circunstanciado justificando a necessidade da internação. Toda internação involuntária é comunicada à Promotoria de Saúde do município. 2. INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA – Todos os usuários tem a garantida a inviolabilidade de suas correspondência e de total privacidade durante as visitas. 3. ACESSO AOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO – O acesso aos meios de comunicação disponíveis no Hospital (telefone) é livre e disponível 24 horas, todos os dias da semana. 4. VISITA DE FAMILIARES E RESPONSÁVEIS – de acordo com o programa terapêutico e na dependência das condições clínicas do paciente, as visitas são liberadas mediante acordo formal entre paciente, familiares e equipe técnica. 5. CONSENTIMENTO INFORMADO – todos os procedimentos terapêuticos que envolva riscos presumíveis ou não para o paciente são definidos mediante um CONTRATO TERAPÊUTICO acordado entre paciente e/ou responsável legal e equipe terapêutica. Este CONTRATO inclui o consentimento informado, no qual faz parte as procedimentos e orientações técnicas e administrativas, recursos terapêuticos utilizados, normas internas, critérios a serem seguidos em caso de desistência (alta pedido do usuário ou da família), normas da internação, normas de visitas e outros. Página: 13/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade F. HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO 1. OUVIDORIA – A busca do aperfeiçoamento técnico e a melhoria permanente no atendimento em saúde mental é o principal motivo para o funcionamento da OUVIDORIA, instrumento importante para a administração e a equipe técnica receber o retorno dos próprios usuários dos serviços que lhes são prestados, norteando as decisões e as mudanças no programa terapêutico e nas rotinas administrativas. 2. CAPACIDADE DE COMUNICAÇÃO – Uniformização da comunicação entre a equipe técnica representa uma importante ferramenta para a gestão integrada da saúde e humanização do atendimento prestado aos pacientes. 3. ESPAÇO FÍSICO NATURAL - O Hospital oferece um espaço físico aberto, agradável, ambientes em permanente contato com a natureza, amplos jardins, inúmeras árvores, praças, fontes de água abundante, pomares, constituindo mais de 150.000 m2 de área verde. 4. ESTRUTURA ARQUITETÔNICA HARMONIZADA – Instalações modernas, humanizadas, funcionais, ótimo nível de conservação, distribuída extensamente em amplas áreas verdes, com ausência de espaços coercitivos que possam expressar restrição ou aprisionamento ao paciente internado. O espaço arquitetônico foi concebido para viabilizar um sentir prazeroso, que direciona o individuo à busca da saúde e da felicidade, possibilitando recursos no sentido de habilitar as pessoas a lidarem melhor com seus sofrimentos, sejam eles físicos ou mentais. 5. EQUIPE TÉCNICA COMPROMETIDA – Associada ao constantes treinamento e aperfeiçoamento dos profissionais e demais colaboradores da instituição, com investimentos numa equipe profissional bem treinada, certamente estaremos sempre conquistando qualidade superior nos serviços que prestamos. G. INTEGRAÇÃO COM A REDE DE ATENDIMENTO EM SAUDE MENTAL A Casa de Eurípedes participa da Rede de Atendimento em Saúde Mental do Estado de Goiás, por considerar de fundamental importância a integração dos diversos tipos de atendimento, possibilitando oferecer aos pacientes opções terapêuticas mais adequadas a cada tipo de problema e situação social. Os pacientes atendidos pelo Hospital são referenciados aos CAPS I / II, CIAMS, Ambulatório Municipal de Psiquiatria, Pronto Socorro Psiquiátrico Municipal, PAILI, Hospitais Gerais e Hospitais Especializados, de acordo com o perfil de cada Unidade e a necessidade do paciente. A Casa de Eurípedes participa do Encontro de Confraternização da Rede de Atendimento em Saúde Mental do Estado de Goiás, que acontece a cada quatro meses. Nestes Encontros, os profissionais de saúde mental das diversas unidades da Rede têm a oportunidade de juntos fortalecer o diálogo, perceber as diferenças, as possibilidades de cada serviço, confraternizar e trocar experiências. Página: 14/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade H. INTERNAÇÃO PSIQUIÁTRICA ÉTICA E HUMANIZADA Partimos de uma visão DESOSPITALIZANTE e DESINSTITUCIONALIZANTE, ou seja, que a internação psiquiátrica é um BEM NECESSÁRIO para os casos tecnicamente indicados, conforme descritos acima nos CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO. A internação psiquiátrica, em qualquer país civilizado do mundo, é considerada um recurso terapêutico importante e muito utilizado quando outras possibilidades ou procedimentos técnicos são insuficientes ou não indicados. Como qualquer procedimento técnico na medicina, a internação psiquiátrica está sob o amparo jurídico e da ética médica. É uma responsabilidade técnica que possui respaldo nos estudos científicos e na experiência profissional. É dever do médico procurar sempre o melhor para o paciente sob os seus cuidados, e a atitude errada ou a omissão que resulte em prejuízos para o paciente pode ser objeto de penalidades, conforme prevê o Código de Ética Médico: CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICO Princípios Fundamentais I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza. II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional. (...) XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico, dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente. (...) XIX - O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de relação particular de confiança e executados com diligência, competência e prudência. Responsabilidade Profissional É vedado ao médico: Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável como imperícia, imprudência ou negligência. Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não pode ser presumida. (...) Portanto, estamos falando de competência, de qualidade técnica e do exercício da ética profissional. Pelo Código de Ética Médica deixar de utilizar um procedimento terapêutico quando realmente indicado pode configurar negligência ou imperícia. É sob este amparo científico e ético que a Casa de Eurípedes analisa e procede todas as internações psiquiátricas, obedecendo sempre os seguintes princípios: 1. CRITÉRIOS TÉCNICOS RIGOROSOS COM LAUDO MÉDICO CIRCUNSTANCIADO. 2. TEMPO DE INTERNAÇÃO O MAIS BREVE POSSÍVEL. 3. ESPAÇOS DE INTERNAÇÕES ESPECIALIZADOS POR PATOLOGIA. 4. CONDIÇÕES DE INTERNAÇÕES DIGNAS E CONFORTÁVEIS. 5. INTERNAÇÕES INVOLUNTÁRIAS JURIDICAMENTE AMPARADAS. 6. AMBIENTE HUMANIZADO E ATENDIMENTO INTEGRAL DAS NECESSIDADES DO PACIENTE. Página: 15/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 7. RESPEITO TOTAL AOS DIREITOS DO PACIENTE PSIQUIÁTRICO PREVISTO PELA LEI 10.216. 8. ALTAS HOSPITALARES PROGRAMADAS E COMPLETO SUPORTE PÓS-INTERNAÇÃO. SUPORTE PÓS-INTERNAÇÃO HOSPITALAR – A alta hospitalar pode ocorrer a qualquer momento, de acordo com a evolução do quadro clínico, observados os critérios definidos no Programa Terapêutico. Ao ser anunciada a alta do usuário, toda a equipe o acompanha de forma a prepará-lo para o desligamento da internação, oferecendo todas as condições sociais e psicológicas para que possa continuar seu tratamento no AMBULATÓRIO, no HOSPITAL-DIA ou referenciado para outras unidades de atendimento psiquiátrico da REDE DE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL. Em SAÚDE MENTAL, a recuperação designa, mais comumente, a saída de um estado de crise (ou da fase aguda). No entanto, a recuperação pode indicar ainda o processo através do qual o paciente, que rompe com um ciclo de crises e internações, tenta reconstruir sua vida, interrompidas por um período de imersão no ambiente hospitalar. O processo de recuperação não se confunde, no entanto, com uma resolução absoluta, mas é sempre pensada como processo evolutivo. NA ALTA HOSPITALAR, O PACIENTE: 1. RECEBE RECEITA COMPLETA DA MEDICAÇÃO PSIQUIÁTRICA E OS ATESTADOS NECESSÁRIOS. 2. É ENCAMINHADO PARA CONTINUIDADE DO TRATAMENTO EXTRA-HOSPITALAR NA REDE. I. PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – PTI a. O ACOLHIMENTO – o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – PTI da Casa de Eurípedes inicia no momento da primeira consulta no AMBULATÓRIO DE PSIQUIATRIA e Serviço Social, quando o paciente e o familiar chegam para procurar o tratamento e são acolhidos. A escuta sensível é a técnica mais importante. Significa identificar todas as queixas e anseios tanto do usuário quanto da sua família. b. Os dados iniciais obtidos no acolhimento com o paciente e/ou familiares são fundamentais para o diagnóstico e vão nortear o Programa Terapêutico Individual (PTI). c. Entende-se de fato, que se o acolhimento não for consistente e caloroso, o usuário pode não se sentir motivado a dar início a essa nova etapa da vida. Podemos entender o acolhimento como instrumento de extrema relevância e que exige técnica de abordagem e profissional apto a realizar tal atividade. d. A abordagem motivacional realizada por profissionais experientes da Casa de Eurípedes é fundamental, seja nos casos de transtornos psicóticos seja nos casos de dependência química. Nesse momento, é utilizada técnicas especializadas, com a utilização de recursos psicossociais, na afirmação das vantagens de aderir ao tratamento. e. O PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – envolve de forma positiva a equipe multiprofissional, podendo ampliar os argumentos, esclarecer a metodologia de trabalho e aumentar as possibilidades de sucesso no tratamento. Entendemos que, mais que ouvir, é ajudar o paciente a Página: 16/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade reconstruir desde essa primeira abordagem, os motivos que ocasionaram o seu adoecimento, a correlação com a sua vida, dos seus familiares e da sua rede de pertencimento. O PTI é construído em equipe, considerando aspectos fundamentais para a prestação de serviços de atenção aos portadores de sofrimento psíquico. O PTI é construído pelos seguintes PROCESSOS: 1. PRONTUÁRIO INDIVIDUAL ÚNICO 2. FICHA DE AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL 3. QUADRO DE PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES TERAPÊUTICAS f. PRONTUÁRIO INDIVIDUAL ÚNICO – é um instrumento de manuseio da equipe técnica, no qual são reunidos a FICHA DE EVOLUÇÃO E PRESCRIÇÃO (ANEXO 1) e todos demais documentos relativos às intervenções no tratamento para aquele paciente específico, sendo totalmente de conhecimento do paciente se acordo com a condições de entendimento e discernimento. No PRONTUÁRIO estão contidas as ferramentas que materializam as intervenções e a evolução, sendo que o programa terapêutico individualizado é o que dará norte a esta série de intervenções, buscas e construção da recuperação com o paciente. g. FICHA DE AVALIAÇÃO MULTIPROFISSIONAL – é um instrumento que reúne a síntese das avaliações individuais de cada um dos profissionais de áreas específicas, com descrição das condutas terapêuticas indicadas por cada um deles. Envolve avaliação do(a) médico(a) psiquiatra assistente, do(a) médico(a) clínico(a), do(a) psicólogo(a), do(a) terapeuta ocupacional, do(a) assistente social, do(a) musicoterapeuta e do(a) conselheiro(a) espiritual. (ANEXO). h. QUADRO DE PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES TERAPÊUTICAS – constitui num documento único onde são prescritas as atividades terapêuticas indicadas por cada um dos profissionais da EQUIPE TÉCNICA que acompanha o paciente, baseado nas discussões e avaliações individuais e em equipe multiprofissional, registradas na Ficha de Avaliação Multiprofissional. Este Quadro de Prescrição de Atividades Terapêuticas é dinâmico, pode ser alterado a qualquer momento por qualquer membro da equipe terapêutica, e acompanha a evolução clínica individual. (ANEXO) i. Todas as atividades terapêuticas disponíveis do Hospital e que podem ser prescritas pelos terapeutas estão divididas em 4 (quatro) NÚCLEOS TERAPÊUTICOS detalhados em ANEXO 1: • NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR (Serviço Social) • NÚCLEO MÉDICO – PSIQUIÁTRICO (Serviço Médico) • NÚCLEO DE ESPIRITUALIDADE (Serviço Espiritual) • NÚCLEO PSICOTERAPÊUTICO (Serviços de Psicoterapias) j. O Projeto Terapêutico Individualizado tem início com a abertura do PRONTUÁRIO ÚNICO e segue com a elaboração de FICHA DO PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL (Portaria nº 251/GM de 31 de janeiro de 2002) mediante a avaliação de cada profissional da Equipe Técnica: médico psiquiatra, clínico geral, enfermagem, serviço social, psicologia, terapia ocupacional, Página: 17/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade musicoterapia e espiritual, considerando todos os aspectos do paciente e particularidade que cada situação envolve. NÚCLEO DE NÚCLEO MÉDICO - ESPIRITUALIDADE PSIQUIÁTRICO PROJETO TERAPÊTUTICO INDIVIDUAL NÚCLEO NÚCLEO SÓCIO - PSICOTERAPÊUTICO FAMILIAR J. PROGRAMA DE CESSAÇÃO TABÁGICA - PCT Com a proposta de manter o ambiente hospitalar 100% livre de tabaco, o Programa de Cessação Tabágica – PCT está inserido no Programa Terapêutico, mas com abrangência para toda a comunidade do Hospital: pacientes, familiares, colaboradores e voluntários. O Programa oferece tratamento para o tabagismo utilizando-se diversas abordagens, de acordo com a condição do paciente, o nível de dependência, motivação e condições de tratamento, disponibilizando as seguintes ações terapêuticas: a. ABORDAGENS BREVE/MÍNIMA b. GRUPOS MOTIVACIONAIS c. GRUPOS DE PREVENÇÃO DA RECAÍDA d. FARMACOTERAPIA ESPECÍFICA E TERAPIA DE REPOSIÇÃO DE NICOTINA Como instrumento de motivação, recomendamos da abordagem breve/mínima – PAAP (Perguntar e Avaliar, Aconselhar e Preparar) como estratégia de divulgar o Programa e aumentar a demanda por tratamento. Ocorrendo o interesse, o paciente é encaminhado para consulta médica e grupo psicoeducacional especializados. Sabemos que a dependência da nicotina é considerada um transtorno psiquiátrico que possui tratamento eficiente. A motivação é uma condição imprescindível para iniciar o tratamento, e o Programa prevê instrumentos para estimular a demanda por atendimento. Sabemos da associação entre diversos transtornos psiquiátricos e a dependência do tabaco, numa relação de co-morbidade e importante fator de risco para recaída no caso de uso de outras substâncias psicoativas. O PCT prevê uma abordagem específica para os pacientes ambulatoriais e pacientes internados, sendo que os pacientes o tratamento para o tabagismo é parte integrante do PROGRAMA TERAPÊUTICO INDIVIDUAL. De acordo com a Unidade, o uso do tabaco dentro do Hospital está restringido: 1. HOSPITAL-DIA: permitido o uso de apenas dois cigarros. 2. HOSPITAL INTEGRAL: Permitido o uso de apenas cinco cigarros em 24 horas. 3. UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA: restrição total ao uso de tabaco. METODOLOGIA TRATAMENTO PACIENTE INTERNADO UNIDADE DEPENDÊNCIA QUÍMICA: Utilizamos uma abordagem que combina intervenções cognitivas com treinamento de habilidades Página: 18/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade comportamentais, e que é muito utilizada para o tratamento das dependências. O paciente tabagista é orientado sobre o PCT antes da internação e sobre as condições do tratamento sem tabaco. Aceita a proposta, o paciente é submetido a uma consulta médica para avaliar suas condições clínicas e possíveis comorbidades que possam estar presentes. De acordo com esta avaliação, o paciente inicia imediatamente o PCT, com o uso de medicação específica e/ou a terapia de reposição de nicotina – adesivo. Durante a internação, o paciente é acompanhado na evolução do tratamento anti-tabaco, verificando-se e oferecendo: a) O grau de interesse do paciente em parar de fumar de acordo com o modelo de Proschaska e DiClemente. b) Atendimento motivacional com os diversos terapeutas na Unidade. c) Grupo Motivacional específico para o tabagismo, semanal. d) Suporte médico regular. e) Suporte psicológico, se necessário. f) Ambiente hospitalar com um cenário apropriado para manter a abstinência g) Continuidade do tratamento em regime ambulatorial após a alta hospitalar. AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL A. CONSULTA E GRUPOS TERAPÊUTICOS Atendimentos ambulatoriais de usuários e familiares em programas terapêuticos específicos às suas necessidades, mediante encaminhamento interno e externo por profissionais de saúde mental da instituição ou de outros serviços da Rede de Saúde Mental, utilizando práticas terapêuticas referendadas por evidências científicas em atendimentos individuais e/ou grupais. • CONSULTA MÉDICA-PSIQUIÁTRICA – pacientes egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL e primeira consulta: SUS, convênios e particulares • CONSULTA DE PSICOLOGIA – pacientes egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL e primeira consulta: convênios e particulares. • CONSULTA SOCIAL – pacientes e familiares, que necessitam de suporte social na solução de seus conflitos e dificuldades sociais-familiares, laborativas e profissionais. • GRUPO PSICOEDUCACIONAL DEPENDENTES QUÍMICOS – PREVENÇÃO DE RECAÍDA: pacientes de acompanhamento ambulatorial, egressos do hospital-dia, de internações hospitalares: SUS, convênios e particulares. • GRUPO DE ATENDIMENTO FAMILIAR – GRUPO PSICOEDUCACIONAL – grupos de múltiplas famílias, com orientações sobre o adoecimento psíquico, tratamentos e prognóstico, aplicação de técnicas adequadas para conscientização e mobilização do grupo familiar para o processo terapêutico : familiares de pacientes egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL e AMBULATÓRIO: SUS, convênios e particulares. Página: 19/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • GRUPO DE CODEPENDÊNCIA – GRUPO PSICOTERÁPICO: atendimento em grupo de familiares dos pacientes dependentes químicos: SUS, convênios e particulares. • OFICINAS TERAPÊUTICAS – PSICOTERAPIAS: pacientes ambulatoriais ou egressos do HOSPITAL-DIA, HOSPITAL INTEGRAL mediante freqüências em oficinas terapêuticas ambulatoriais de acordo com programação específica. B. INTERNAÇÃO DOMICILIAR 1. INDICAÇÃO: Paciente com quadro transtornos mentais decorrente do uso de álcool e outras drogas, evoluindo com abstinência leve / moderado, com poucos comprometimentos cognitivos, motivado para o tratamento e com algum suporte sócio-familiar. 2. CONTRATO DE TRATAMENTO por escrito com todos os termos discutidos e acordados mutuamente. 3. Após avaliação do psiquiatra, o paciente é orientado sobre os procedimentos e técnicas do tratamento domiciliar: a. Comprometimento com as orientações dos profissionais. b. Utilização da medicação prescrita. c. Permanência em casa, mantendo-se em atividades laborativas produtivas, de acordo com as condições clínicas. d. Saídas de casa somente acompanhadas de um familiar de confiança, que possa monitorá-lo permanentemente e com segurança, e somente para atividades indicadas, tipo cultos religiosos, consultas médicas e visitas familiares. e. Proibição total de visitas e contatos externos de amigos ou grupos de amigos. f. Realização do exame toxicológico a cada duas semanas, rigorosamente. g. Duração da Internação Domiciliar dependerá da evolução do quadro clínico, avaliando-se o nível de remissão dos sintomas de abstinência, a segurança do paciente, a melhora da crítica sobre a doença, o estágio de mudança e o fortalecimento dos fatores de proteção. 4. A Internação Domiciliar é um programa de tratamento eficiente quando o paciente está realmente motivado. 5. Violação dos termos do Contrato Terapêutico significa renúncia do Projeto Terapêutico proposto. 6. Insucesso total ou parcial na Internação Domiciliar deve ser reavaliada na consulta com a Equipe Técnica. 7. Recaídas não deve entendida como fracasso, mas como parte do processo de recuperação. Página: 20/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade HOSPITAL DIA (Day Clinic) A. CONCEITOS O HOSPITAL-DIA é um serviço de atendimento psiquiátrico especializado, extra-hospitalar, baseado nos princípios da psiquiatria dinâmica e social, no qual o usuário permanece durante o período do dia, de segunda-feira à sexta-feira, exceto feriados, participando de atividades terapêuticas específicas para cada quadro clínico, estimulando o relacionamento social, o desenvolvimento das relações interpessoais e afetivas, a readaptação nas atividades da vida diária, sempre com acompanhamento por profissionais habilitados nos serviços de saúde mental. Em termos institucionais, o HOSPITAL-DIA é uma estrutura funcional e terapêutica intermediária entre o Hospital Integral e o Ambulatório, servindo de suporte importante no processo de desinstitucionalização do paciente psiquiátrico, de readaptação do núcleo familiar e de reinserção social. O HOSPITAL-DIA tem sua atenção voltada às pessoas com transtornos psiquiátricos graves que estão em período de reabilitação, que nunca internaram ou que passaram por internações hospitalares anteriores, coordenado e articulado com a Rede de Assistência em Saúde Mental. A prioridade de atendimento está dirigido aos usuários residentes nas proximidades da Instituição, envolvidos com a comunidade local, com a participação ativa da família. O programa terapêutico do HOSPITAL-DIA permite a continuação do processo de estabilização dos sintomas de usuários em crise aguda de sofrimento psíquico oriundos do ambulatório e que não necessitam de internação ou pacientes egressos do HOSPITAL INTEGRAL, sempre procurando evitar as internações hospitalares ou reduzir o tempo de internação dos pacientes hospitalizados ao mínimo necessário. B. NORMAS BÁSICAS DE FUNCIONAMENTO • HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: segunda-feira à sexta-feira, exceto feriados, das 8h00 às 16h00. • FLEXIBILIDADE DE HORÁRIO E FREQÜÊNCIA: de acordo com o Programa Terapêutico Individual (PTI) e acordado com a família e o usuário. • CRITÉRIOS DE INCLUSÃO NO PROGRAMA: Admissão no programa mediante indicação médica, após consulta no ambulatório, obedecendo-se critérios técnicos e funcionais: CRITÉRIOS TÉCNICOS DE INCLUSÃO: 1. Quadros psicóticos agudos ou crônicos, egresso ou não de internação integral, e que não tenham condições de seguimento ambulatorial, cujo manejo terapêutico possa ser feito no HOSPITALDIA. Página: 21/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 2. Dependente químico egresso ou não de internação hospitalar com dificuldades de manter a abstinência exclusivamente no ambulatório – recaída ou lapso, com quadro clínico comórbido de demência, depressão ou algum transtorno delirante/alucinatório, cujas condições clinicas possam ser acompanhadas pelos familiares. 3. Pacientes em crises profundas devido a perdas afetivas ou a determinadas fases da vida – adolescência, menopausa, luto, aposentadoria, com comprometimento funcional e laborativo grave. 4. Paciente que necessite de maior contato com a equipe técnica para firmar diagnóstico e plano terapêutico. CRITÉRIOS FUNCIONAIS DE INCLUSÃO: 1. Residentes na grande Goiânia e que tenham condições de deslocamento. 2. Pacientes que possua um responsável. Caso não possua um responsável, a Equipe Técnica avalia as condições do próprio paciente assumir a responsabilidade pelo seu tratamento. • CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DO PROGRAMA: 1. Portador de transtorno grave de personalidade, com grande dificuldade no convívio social e comunitário. 2. Portador de transtorno depressivo grave com alto risco de suicídio. 3. Surto psicótico agudo com grande desorganização psíquica e comportamental, agressivo, com ideação suicida e homicida. 4. Portador de retardo mental moderado à grave que necessite de cuidados especiais. 5. Idosos com quadro clínico que inspire cuidados intensivos. 6. Portadores de transtornos mentais decorrentes de uso de substâncias psicoativas, com poucas possibilidades de alcançar a abstinência sem a internação integral. 7. Pacientes sem o suporte familiar mínimo necessário, ou pacientes residentes fora da grande Goiânia, ou residentes em locais muito distantes, ou que sejam realmente impossibilitados de deslocamento ate o hospital. • DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO: 1. A chegada (entrada) e o retorno (saída) do paciente no HOSPITAL-DIA obedecerão sempre a sua capacidade de entendimento e autonomia, sendo a proposta terapêutica estimular o desenvolvimento da auto-ajuda, auto-cuidados e o re-aprendizado para a liberdade de escolha. 2. A Equipe Técnica deverá acompanhar diariamente os procedimentos de chegada e de retorno de cada pacientes, individualmente. Página: 22/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 3. As ausências serão comunicadas diariamente ao Serviço Social. Mais de dois dias de ausência seguida, sem justificativas, o usuário e responsável serão notificados sobre o procedimento de alta por abandono. 4. Com a chegada, o usuário será encaminhado para a sua atividade terapêutica, conforme o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL, que passará a ser acompanhado por toda a Equipe de profissionais e técnicos. 5. A família é totalmente envolvida no programa terapêutico através de reuniões, visitas domiciliares, atividades terapêuticas, eventos artísticos e comemorativos; 6. O quadro de frequência, que inclui os dias da semana e os horários de permanência do usuário no HOSPITAL-DIA, sempre dependerá da necessidade e dos objetivos terapêuticos e da disponibilidade pessoal, podendo ser de três a cinco dias da semana, quatro ou 8 horas por dia (meio período ou período integral) 7. A programação do QUADRO PRESCRIÇÃO DE ATIVIDADES será resultado das orientações técnicas da equipe em comum acordo com o usuário; 8. As saídas não programadas serão discutidas sempre com o Serviço Social; 9. São oferecidas quatro refeições diárias: café da manhã, colação, almoço e lanche da tarde; 10. O tempo de permanência é flexível, dependendo da evolução de cada caso, avaliado semanalmente pela Equipe Técnica. 11. No momento da internação, será realizado ACOLHIMENTO DO USUÁRIO pelo terapeuta que estiver disponível. No acolhimento, o terapeuta apresenta o paciente ao grupo de acolhida e ao seu “ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO”, que lhe acompanhará durante os primeiros cinco dias de internação, facilitando a sua adaptação no ambiente terapêutico; 12. O “ACOMPANHANTE TERAPÊUTICO” deverá apresentar as dependências físicas do HOSPITAL-DIA e encaminhá-lo às atividades anteriormente prescritas no PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL 13. A Serviço de Terapia Ocupacional do HOSPITAL-DIA será responsável em organizar o quadro de atividades dos pacientes sendo renovado sempre as sextas-feiras, conforme preenchimento do formulário de distribuição de atividades realizado pelos profissionais. 14. A avaliação interdisciplinar de cada usuário será realizada em reunião semanal da Equipe Técnica do HOSPITAL-DIA; Página: 23/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade C. PROGRAMA TERAPÊUTICO Pretende-se que toda a proposta terapêutica realizada pela Unidade do Hospital Dia da Casa de Eurípedes seja baseada numa elaboração do PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUALIZADO, contando com a participação efetiva de toda a equipe técnica para a elaboração e acompanhamento do mesmo. Os profissionais que integram a equipe são capacitados para atender pacientes portadores de dependência química e outros transtornos mentais, com as diversas comorbidades, respeitando-se o perfil de cada paciente assistido, tendo o cuidado de encaminhá-lo para a modalidade terapêutica que mais se adapte às suas necessidades. Os critérios são discutidos em equipe interdisciplinar durante as reuniões clínicas. Os atendimentos podem ser individuais ou em grupo. Entre as atividades terapêuticas mais focados nos adictos, independente se apresenta comorbidade ou não, temos: o de acolhimento, grupos psicoeducacionais, grupos de prevenção de recaída, grupos operativos, terapia cognitivo-comportamental, musicoterapia e treinamento de habilidades sociais. As atividades terapêuticas direcionados para os pacientes com outros sofrimentos psíquicos (transtorno de humor, esquizofrenia, demenciados, entre outros) são: relaxamento, culinária, auto-cuidado, horti-cultura, estimulação cognitiva, atividades expressivas, oficinas terapêuticas, grupos operativos, expressão corporal, musicoterapia, entre outras. É importante destacar que toda a programação terapêutica do HOSPITAL-DIA é direcionada na redução da internação hospitalar, na ressocialização e na desinstitucionalização do paciente psiquiátrico, procurando ações em parceria com outros serviços substitutivos existentes na REDE DE ASSISTÊNCIA EM SAÚDE MENTAL. O tratamento consiste de atendimento psicológico em grupo e/ou individual, atendimento médicopsiquiátrico, atendimento de enfermagem, atendimento familiar, atendimento de terapia ocupacional, oficinas terapêuticas, atendimento musicoterapêutico, atendimento nutricional, atendimento odontológico, atendimento espiritual, atividades culturais, recreacionais e atividades de reinserção social, disponíveis nos QUATRO NÚCLEOS (ANEXO). Cabe salientar que esta divisão tem caráter didático e operativo, posto que suas atividades estão intrinsecamente inter-relacionadas. Segue em ANEXO maiores detalhes a respeito desses núcleos, assim como as descrições das atividades das oficinas / grupos que compõe cada NÚCLEO TERAPÊUTICO. Página: 24/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade HOSPITAL INTEGRAL A. CONCEITOS A proposta terapêutica realizada pela HOSPTIAL INTEGRAL da Casa de Eurípedes é dirigida para pacientes psiquiátricos portadores de transtornos mentais graves, evoluindo com quadro agudo da doença, e que apresentam dificuldades ou mesmo impossibilidades de realizarem o tratamento a nível ambulatorial ou HOSPITAL-DIA. Baseada numa elaboração individualizada do Projeto Terapêutico (ANEXO), que compreende o paciente em sua totalidade existencial, busca a ressocialização com uma proposta de reduzir ao mínimo o período de permanência na internação hospitalar. Para isso buscamos elaborar um plano terapêutico de acordo com a necessidade de cada paciente, para tal, contamos com a participação efetiva de toda a equipe técnica para a elaboração e acompanhamento do mesmo, juntamente com a participação da família. Os profissionais que integram a equipe são capacitados para atender quadros mentais agudos, respeitando o perfil de cada assistido e tendo o cuidado de encaminhá-lo para a modalidade terapêutica que mais se adapte às suas necessidades. Os critérios são discutidos em equipe interdisciplinar durante as reuniões clínicas. Os atendimentos podem ser individuais ou em grupo. B. NORMAS BÁSICAS DE FUNCIONAMENTO • CRITÉRIOS DE INTERNAÇÃO – Apresentar-se no ambulatório para avaliação do médico plantonista mediante encaminhamentos pelo Pronto Socorro Psiquiátrico, atendimento de convênio ou particular, que se enquadre nos seguintes critérios: 1. Pacientes que apresentem reagudização dos sintomas psicóticos patológicos, com aumento do risco para si ou para terceiros, sem condições de manejo ambulatorial ou no HOSPITAL-DIA.. 2. Pacientes com quadros depressivos graves com grande risco de auto-extermínio, sem suporte familiar que lhe possam assegurar alguma proteção. 3. Pacientes com grave desorganização do pensamento e do comportamento, com dificuldades de convivência no ambiente familiar e social. 4. Pacientes que necessitam do acompanhamento de uma equipe especializada enquanto se reajusta o medicamento para a diminuição dos sintomas. 5. Dependentes químicos graves com comprometimentos importante do desempenho social e familiar, que não conseguem manter a abstinência no ambulatório. 6. Dependentes químicos com comorbidade psiquiátrica que apresentem riscos para si e para terceiros. 7. Insucesso terapêutico no ambulatório ou no HOSPITAL-DIA. 8. Pacientes encaminhados pela justiça para internação compulsória. • CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO Página: 25/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 1.Pacientes com grande risco de asilamento, com história anterior de tentativas de abandono por parte da família. 2.Manipulação emocional por parte de familiares e/ou responsáveis. 3.Pacientes que buscam ganho secundário junto à previdência social ou licenças médicas; 4.Pacientes menores de 14 anos, exceto casos excepcionais autorizados pelo Diretor Clínico e/ou Diretor Técnico. • Unidade de internação por tempo integral, hospital dia e noite,. • Horários e atividades procuram repetir as rotinas da vida diária, com quatro refeições diárias e uma ceia à noite (ANEXO). 07h30 – Desjejum. 10h00 – Colação. 11h30 – Almoço. 15h50 – Lanche. 18h30 – Jantar. 21h00 – Ceia Noturna. • Pacientes ocupam quartos em enfermaria (máximo três leitos) e apartamentos (máximo dois leitos). • Visitas dos familiares e/ou responsáveis são realizadas de segunda-feira à sexta-feira, das 17h00 às 18h00, e no domingo das 14h00 às 17h00; • A família é totalmente envolvida no programa terapêutico através de reuniões familiares, grupos terapêuticos, visitas domiciliares, eventos sociais, artísticos, culturais e comemorativos. • Usuários e familiares deverão respeitar as rotinas de serviço e a proposta terapêutica a eles oferecida; • A avaliação interdisciplinar dos usuários é realizada em reunião semanal. • O tempo de permanência é flexível, dependendo da evolução de cada caso, avaliado diariamente pelo médico assistente e semanalmente pela Equipe Técnica. • Após alta médica os pacientes são encaminhados para continuidade do tratamento no Hospital Dia, Ambulatório, Grupos de Auto-Ajuda ou serviços similares na Rede de Assistência de Saúde Mental. C. PERFIL DA UNIDADE A Unidade conta com confortáveis instalações, em apartamentos com o máximo de três leitos cada, piso em cerâmica, revestimento nas paredes e armários individuais, constituindo um ambiente alegre e agradável. Todos os quartos possuem sistema de iluminação especial para cromoterapia que é realizado no período noturno, durante o repouso dos pacientes, constituindo um recurso terapêutico através das radiações luminosas. Os postos de enfermagens são informatizados, com equipamentos médicos de suporte e emergência, desfibrilador, enfermarias de intercorrência clínica, circuito interno de monitoramento por câmeras, consultórios, sala interna de repouso para os funcionários, espaço de convivência, TV e jogos, jardim de inverno. Soma-se a isto um consultório odontológico e um espaço físico composto por praças, centro de convivência, quiosques, hortaliças, lanchonete, refeitório, lavanderia e espaços apropriados para as oficinas de criação de animais (bovinos, aves, eqüinos e caninos), tudo isso para construir um espaço terapêutico natural, que possa oferecer aos pacientes condições para o resgate de sua qualidade de vida. Página: 26/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade D. ENQUADRE TERAPÊUTICO Equipe técnica nível superior: • 03 médicos psiquiatras • 01 médico clínico geral • 02 psicólogos • 02 assistentes sociais • 02 terapeutas ocupacionais • 01 musicoterapeuta • 01 odontóloga • 05 enfermeiros padrões Equipe técnica nível médio: • 28 técnicos de enfermagem • 06 monitores de terapia ocupacional E. PROGRAMA TERAPÊUTICO A internação hospitalar tem, por premissa básica, a estabilização do quadro psicopatológico em regime supervisionado, ocorrendo em período flexível. Sabemos que, de acordo com a complexidade do transtorno e da avaliação individualizada de cada caso, alguns pacientes poderão necessitar de maior tempo para compensar as complicações neuropsiquiátricas e eventualmente serem encaminhados para o ambulatório ou para hospital-dia, objetivando ajuste farmacológico, avaliação do projeto terapêutico e a reinserção social. No primeiro momento da internação, o paciente será examinado / entrevistado pelo serviço de enfermagem, com preenchimento da FICHA DE ENFERMAGEM com adequado registro no PRONTUÁRIO, avaliando-se as condições gerais do paciente. Realizados estes procedimentos, o paciente será encaminhado aos demais serviços: médico assistente, psicologia, terapia ocupacional, clínico geral, quando será preenchida a ficha de avaliação multiprofissional. A partir das avaliações e das condutas dos diversos profissionais, será preenchido o QUADRO DE PRESCRIÇÕES DE ATIVIDADES TERAPÊUTICAS. Portanto, o PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL está iniciado. Durante o período de internação, o paciente será avaliado pelos profissionais da equipe técnica, reavaliando as condutas dinamicamente, de acordo com a evolução do quadro clínico, observando-se os seguintes parâmetros: 1. Remissão parcial ou total dos sintomas psicopatológicos. 2. Melhora do comportamento desorganizado e de possíveis episódios de agressividade. 3. Diminuição do risco de suicídio. 4. Diminuição da periculosidade. 5. Melhora da adaptação social e familiar. 6. Ajuste adequado da medicação. 7. Diagnóstico psiquiátrico seguro. Página: 27/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA A. CONCEITOS A Unidade de Dependência Química da Casa de Eurípedes é um serviço especializado no tratamento de pacientes portadores de transtornos mentais decorrentes do uso de substâncias lícitas e ilícitas. Baseado numa visão sistêmica e científica, a dependência química é vista como uma doença que tem etiologias diversas, multifatoriais, que ocorre freqüentemente associada a co-morbidades, principalmente relacionadas a outros transtornos mentais. A doença e os problemas decorrentes provocam a desconfiguração da relação do eu do indivíduo com o seu mundo externo. Nesse sentido, os símbolos significativos na estruturação da personalidade estão perdidos ou profundamente distorcidos, invertendo-se emoções, afetos, valores, crenças e conceitos que, antes da instalação do processo mórbido, era, significativos para a sua vida e constituíam a base de seus relacionamentos intra e interpessoais. É como se o UNIVERSO MENTAL do portador de dependência química perdesse a sintonia com o MUNDO DA REALIDADE, à semelhança do que acontece dos processos psicóticos patológicos. O dependente químico, nos períodos ativos da doença, é delirante, no sentido que o juízo da realidade está alterado, o que pode resultar em prejuízos no discernimento e na capacidade de autodeterminação. Este processo também atinge familiares e outros níveis nas relações interpessoais. A co-dependência é um quadro que pode ser equiparado aos conhecidos delírios induzidos, em que os indivíduos passam a se comportar sob a indução mental de um membro comum de seu grupo. É o doente–dependente dentro do grupo familiar. Familiares envolvidos emocionalmente são vítimas da falta de suporte psicológico e do longo período de sofrimento a que foram submetidos. Nos estágios mais adiantados, uma ruptura mais drástica dos processos mentais pode ocorrer, e paciente entra em delírios francos e sistematizados. A doença tem vários estágios. Entendemos que o PROJETO TERAPÊUTICO para a dependência química tem que ocorrer em regime intensivo, aproveitando, se possível, o primeiro momento em que houver uma demanda por parte do paciente. Em circunstâncias especiais, quando quadros clínicos mais graves ocorrem com comprometimentos neuropsiquiátricos mais extensos e déficits cognitivos moderados, com a doença familiar plenamente instalada, internações involuntária são necessárias e podem salvar muitas vidas. A Casa de Eurípedes tem três abordagens para o tratamento, que são utilizadas de acordo com criteriosa avaliação profissional: AMBULATÓRIO DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA INTERNAÇÃO DOMICILIAR HOSPITAL INTEGRAL HOSPITAL DIA Página: 28/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade SEJA QUAL FOR A OPÇÃO INDICADA PELO PROFISSIONAL MÉDICO, COM O SUPORTE DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL ENVOLVIDA, O PACIENTE PODERÁ SER TRANSFERIDO DE UMA MODALIDADE DE TRATAMENTO PARA OUTRA, DEPENDENDO DA EVOLUÇÃO DO QUADRO CLÍNICO. B. PRINCÍPIOS GERAIS DO TRATAMENTO 1. Diagnóstico psiquiátrico e psicodinâmico seguro e completo, incluindo as co-morbidades. 2. Tratamento da fase aguda da abstinência. 3. Tratamento das complicações clinicas/psiquiátricas e tratamento das co-morbidades clínicas/psiquiátricas. 4. Fortalecimento dos fatores de proteção. 5. Promoção da cultura de mudanças de sentimentos, pensamentos e comportamentos. 6. Espiritualidade. 7. Prevenção da recaída e abordagem motivacional. 8. Avaliação permanente dos estágios de mudança. 9. Recaída faz parte da doença e não significa fracasso do tratamento. 10. Integração com Grupos de Auto-Ajuda e a Rede de Assistência em Saúde Mental. 11. Reinserção social, familiar e profissional. 12. AVALIAÇÃO INICIAL – O paciente se apresenta no ambulatório para avaliação do médico nas seguintes condições: 12. Procura espontânea. 13. Encaminhamento pelo Pronto Socorro Psiquiátrico ou Unidades da Rede de Atenção Básica. 14. Encaminhamento por outros profissionais de saúde. 13. O programa disponibiliza dinamicamente diversas possibilidades terapêuticas, avaliando-se a evolução da doença, as co-morbidades associadas e o estágios de mudança do paciente: AMBULATÓRIO – INTERNAÇÃO DOMICILIAR – HOSPITAL DIA – HOSPITAL INTEGRAL C. AMBULATÓRIO DE DEPENDÊNCIA QUIMICA 1. INDICAÇÃO: Paciente com quadro de abstinência leve / moderado, com poucos prejuízos cognitivos e sociais, motivado e com suporte sócio- familiar adequado. Suporte para Internação Domiciliar. 2. DINÂMICA DE FUNCIONAMENTO: b) Consulta com o médico psiquiatra. c) Encaminhamento para agendamento no Grupo de Prevenção de Recaída. d) Encaminhamento para participação em Grupos de Auto-ajuda. e) Uso de medicação psiquiátrica de acordo com avaliação médica. f) Retornos periódicos para consulta médica e participação no Grupo Prevenção de Recaída. g) Monitoramento com toxicologia da urina. h) Grupos familiares. Página: 29/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade D. INTERNAÇÃO HOSPITALAR 1. INDICAÇÃO DE INTERNAÇÃO: a) Paciente com quadro de dependência moderado / grave, com comprometimentos cognitivos e orgânicos importantes. b) Quadro de abstinência com sintomatologia psicótica, alterações de comportamento, agressividade. c) Idéias suicidas ou homicidas. d) Tentativas de abstinência no ambulatório sem sucesso, ou tentativas reais de abstinência com recaídas freqüentes. e) Dependentes moderados / graves com comprometimentos sociais importantes, perdas dos vínculos familiares, sem suporte extra-hospitalar suficiente para tratamento ambulatorial. f) Internações compulsórias (judicial). 2. CONTRATO TERAPÊUTICO – É um instrumento prático e objetivo, que descreve os acordos administrativos e técnicos relacionados ao Programa Terapêutico. 3. PROGRAMA DE TRATAMENTO INDIVIDUALIZADO – P.T.I. (ANEXO) E. FUNCIONAMENTO DA UNIDADE DE DEPENDÊNCIA QUÍMICA 1. Programa terapêutico inicial de 28 dias – quatro semanas. 2. Internação voluntária, exceto pacientes com discernimento diminuído e risco iminente de vida. 3. Suporte farmacológico adequado. 4. Rotinas de atividades que representa a vida diária: regulamentos, horários, disciplina, ordem, respeito, compromisso, trabalho, lazer, descanso, alimentação adequada, colaboração recíproca, convivência social (ANEXO). 5. Abstinência total do tabaco: PROGRAMA DE TRATAMENTO DE CESSAÇÃO TABÁGICA para todos os pacientes internos. 6. Participação obrigatória da família: a) Grupos Psicoeducacionais semanais b) Oficinas / Grupos de orientação e esclarecimento. c) Visitas familiares programadas. 7. Grupos operativos e psicoeducacionais diários e obrigatórios. a) Grupos de Orientação Familiar. b) Grupos de Pevenção de Recaída. c) Grupos Psicoeducacional Familiar d) Oficina de Co-dependência. 8. Participação ativa dos pacientes na organização das próprias atividades e rotinas: o paciente é o agente de sua própria recuperação. 9. O Programa 12 Passos: os conselheiros do A.A. / N.A. trabalham dentro do Hospital em reuniões semanais de motivação. Página: 30/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 10. Alta hospitalar nas modalidades médica, a pedido e transferência. 11. DINÂMICA DAS ATIVIDADES TERAPÊUTICAS a) Participação obrigatória em todas as atividades terapêuticas previstas no P.T.I. b) Ausências nos Grupos devem ser justificadas. c) Pontualidade nas atividades programadas. d) Atendimento médico diário com suporte farmacológico e avaliação psiquiátrica e clínica. e) Atendimento do Serviço Social diário tendo como principais eixos a qualidade relacional da equipe e o enriquecimento da rede de pertencimento dos internos. Desenvolve atividades em grupo, onde se trabalha questões atuais sobre estudo, cursos profissionalizantes, reinserção no mercado de trabalho. Outra importante tarefa, e fundamental para o tratamento, é o atendimento individual ao paciente e, a partir de suas demandas, a intervenção sócio-familiar. f) Atendimento psicoterápico, priorizando os pacientes que apresentarem demanda ou quando são encaminhados por outros profissionais da equipe, individual e em grupo, terapia de apoio, técnicas de relaxamento, atendimentos familiares. g) A Terapia Ocupacional desempenha um papel de reabilitação neurocognitiva e emocional, mediante técnicas terapêuticas capazes de ampliar e criar repertórios novos, favorecendo o processo de retomada e/ou aquisição de atividades saudáveis. Atividades da Vida Diária (AVD), atividades produtivas (trabalho e escola) e atividades de lazer e de rotina. h) INTEGRAÇÃO DAS ATIVIDADES TERAPÊUTICAS – ações harmonizadas em abordagens médicapsiquiátrica, psicoterápicas, terapia ocupacional, serviço social, enfermagem e espirituais, que resultam em ampliação dos resultados, possibilitando: 1. Fornecer a compreensão essencial da pessoa, de seu presente como continuação do passado e o contexto para entendimento de sua história. 2. Promover o entendimento das relações e vivências que podem ter contribuído para a vulnerabilidade do indivíduo para o desenvolvimento da dependência química. 3. Direcionar o tratamento em termos de atingir uma revisão que levante e integre uma ampla variedade de vivências. 4. Dar início a uma compreensão que vise obter uma base para treinamento terapêutico e o crescimento contínuo das sensibilidades e habilidades do paciente. 5. Possibilitar a aprendizagem de novos padrões de comportamento, através do desenvolvimento da autoestima e interdependência psicofísica e espiritual. Página: 31/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade Página: 32/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 1. NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR Os profissionais realizam atendimentos individuais e familiares, palestras psicoeducacionais e grupos terapêuticos unifamiliar e multifamiliar, sempre adaptadas à demanda familiar, baseadas nos conceitos sistêmicos de família e saúde mental. O sucesso no tratamento de um paciente portador de qualquer sofrimentos psíquico está diretamente relacionados ao envolvimento e participação do sistema sócio-familiar. As abordagens sócioterapêuticas têm como objetivos: a) Realizar o acolhimento dos familiares, oferecendo suporte emocional e afetivo. b)Proporcionar um entendimento da dinâmica familiar. c) Proporcionar compreensão do processo do adoecimento familiar. d)Oferecer perspectivas e esperança aos familiares afetados pela doença. e) Melhorar o prognóstico do paciente. A abordagem social se dá na relação do homem consigo mesmo para, a partir daí, expandir-se ate o outro, ampliando-se para o contexto no qual este homem esta inserido. É uma nova forma de ver, ordenar e construir o mundo, tendo como princípios básicos os direitos humanos, a responsabilidade pessoal e o compromisso social na realização do destino coletivo. Assim, acredita-se que, para o portador de transtorno mental assumir seu espaço na sociedade permitindo a construção de uma nova ética e um novo tipo de convivência social, se faz necessário um trabalho de reconhecimento e valorização dos direitos e deveres destes para que sejam respeitados e integrados ao processo. Objetivos: • Ampliar o nível de consciência critica em relação aos problemas sociais: capacidade de analisar o entorno social, diagnosticando necessidades e buscando soluções; • Promover maior nível de envolvimento, compromisso e responsabilidades com as questões sociais: participações em associações de comunidades, grupos de teatros, mobilizações e movimentos sociais. • Promover o aumento das informações a respeito dos instrumentos que embasam o exercício da cidadania – Declaração dos Direitos Humanos e Constituição Federal – e dos grupos e organizações que lutam pela defesa dos direitos dos portadores de transtorno mentais. • Proporcionar ao usuário uma consciência ampliada do espaço em que vive, refletindo suas problemáticas de modo a perceber as mudanças que deseja que ocorram e o que se faz necessário para que elas aconteçam; • Conscientizar sobre a importância da solidariedade na convivência social; Página: 33/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Posicionar em relação aos ambientes dos quais participa, descobrir-se agente transformador destes ambientes; • Perceber os direitos e deveres de cada membro da família, discutir as condições facilitadoras das relações familiares GRUPO PSICOEDUCACIONAL FAMILIAR A necessidade de esclarecimentos básicos sobre o adoecer psíquico é uma característica comum à maioria das famílias envolvidas nos transtornos psiquiátricos. Conceitos básicos sobre as características dos sintomas psicopatológicos, os critérios diagnósticos, a evolução e o tratamento das doenças mentais são desconhecidos quase que completamente, quando não são distorcidos com informações erradas e incompletas. Esta abordagem é obrigatória para todas as famílias que estão integradas em algum dos esquemas terapêuticos da Instituição, seja no ambulatório, no tratamento domiciliar, no Hospital-Dia, no Hospital Integral ou na Unidade de Dependência Química. É uma oportunidade de sensibilizar e agregar esforços no sentido de ampliar os resultados terapêuticos com mudanças de atitudes e ações produtivas por parte do núcleo familiar. Uma família esclarecida, sensibilizada e motivada é um instrumento poderoso e indispensável no processo de recuperação do adoecer psíquico. A doenças mental envolve completamente o ambiente social e familiar, sendo fator desencadeante de crises ou fator de resistência ao tratamento e à recuperação. Consciente ou inconscientemente a família com seus membros, individualmente e grupo, interagem positivamente ou negativamente no processo saúde-doença. (81) (90) OBJETIVO: • Transmitir conceitos básicos sobre as diversas patologias mentais. • Orientar sobre os diversos recursos terapêuticos disponíveis. • Sensibilizar os familiares sobre a dinâmica do adoecer psíquico, do paciente e da família. • Estabelecer compromisso de co-participação no processo terapêutico. • Orientar sobre o Programa Terapêutico da Instituição. METODOLOGIA: Palestras expositivas, com utilização de recursos áudio-visuais, aplicação de técnicas de grupo, com a participação dos familiares. GRUPO DE ORIENTAÇÃO FAMILIAR É um grupo de orientação familiar com um enfoque psicoeducacional que atende em grupo de múltiplas famílias, sem a presença dos pacientes, dirigido exclusivamente para os recém egressos das internações hospitalares. Com o objetivo principal de fazer o acolhimento dos familiares, no grupo também é apresentado Programa Terapêutico da Instituição, buscando a sensibilização para o compromisso de participação ativa do processo terapêutico. Nesse Grupo é assinado um Contrato Terapêutico Familiar - CTF, uma formalidade que tem por objetivo criar um vínculo entre a Instituição e a família na aceitação e de envolvimento. (80) (81) Página: 34/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade OBJETIVOS: • Fazer o acolhimento das famílias recém egressas. • Sensibilizar para o compromisso de participação ativa no Programa Terapêutico. • Esclarecer sobre as normas e rotinas da Instituição. • Assinar o Contrato Terapêutico Familiar - CTF. • Cadastrar os responsáveis para a visita hospitalar. • Orientar sobre os princípios básicos de enfrentamento das situações de crise. • Esclarecer sobre questões terapêuticas imediatas: medicações utilizadas, licença de final de semana, consulta com psiquiatra e psicólogo, atendimento espiritual. METODOLOGIA – Exposição dialogada, com circulação de idéias, colocação de dúvidas e questionamentos, retornos para esclarecimentos, com ampliação das informações e distribuição do conhecimento, procurando envolver todo o grupo. É estimulada a participação de todos os presentes, buscando romper inibições e promover a interação verbal e afetiva. Neste momento, também é possível ouvir depoimentos e experiências que possam enriquecer e promover a busca de soluções criativas para os problemas comuns. OFICINA DE CO-DEPENDÊNCIA A co-dependência é um transtorno emocional definido e conceituado por volta das décadas de 70 e 80, relacionada aos familiares de dependentes químicos, e atualmente estendido a qualquer quadro de transtornos mentais graves, transtornos de personalidade e de conduta. Tem como principal característica a “atadura emocional”, ou seja, a pessoa sente – se atrelada a patologia do outro, tendo dificuldade em colocar limites para o comportamento problemático do dependente. Os codependentes são na maior parte dos casos pais ou cônjuges que vivem em função da pessoa dependente assumindo e responsabilizando–se pelos sentimentos, pensamentos e comportamentos do outro (o dependente). Tem como principal característica a preocupação, dependência (emocional, social e física) e o cuidado excessivo com o outro causando um processo de auto – anulação e facilitação por parte do codependente. Nos relacionamentos co-dependentes NÃO EXISTE a discussão direta dos problemas, expressão aberta dos sentimentos e pensamentos, comunicação honesta e franca, expectativas realistas, individualidade, confiança nos outros e em si mesmo. A codependência torna-se uma barreira no processo de recuperação do paciente e da família. Nesse sentido, esta oficina é um recurso fundamental e indispensável no processo terapêutico. Realizada semanalmente, os familiares são encaminhados pelos terapeutas de seus pacientes de acordo com a gravidade e a urgência da abordagem. (86) (88) OBJETIVO: • Apresentar de forma didática e esclarecedora o processo de codependência. • Sensibilizar os familiares sobre o processo de codependência e necessidade de mudanças. • Motivar para as mudanças de sentimentos, pensamentos e comportamentos. Página: 35/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Estimular o autoconhecimento e o amor próprio. • Resgatar as histórias pessoais de cada participante, seus sonhos e objetivos de vida. • Desenvolvimento de relações honestas e satisfatórias consigo próprio e com os demais. METODOLOGIA – Grupo psicoterapêutico, freqüência semanal, com aplicação de técnicas psicodinâmicas e integrativas, estabelecendo uma ponte de compreensão e aceitação dos próprios sentimentos e comportamentos, ampliando a percepção da realidade e da importância e função da pessoa consigo mesmo e com suas relações interpessoais. É um processo terapêutico de renovação e de resgate da alegria de viver, de se amar e de ser amado, espontâneo e incondicionalmente. Página: 36/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 2. NÚCLEO MÉDICO-PSIQUIÁTRICO O Núcleo Médico-Psiquiátrico tem por missão prestar atendimento psiquiátrico, clínico, farmacêutico, odontológico e nutricional, ao usuário de saúde mental, com transparência e respeito aos preceitos da ética e das boas práticas clínicas, procurando MOTIVAR PARA O TRATAMENTO, AQUISIÇÃO DE HABILIDADES E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO, A IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS, INSTITUIR A FARMACOTERAPIA, PLANEJAMENTO E ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL E ORIENTAÇÃO FARMACÊUTICA, COM ABORDAGEM INTEGRADA COM OS DEMAIS NÚCLEOS, NA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO INDIVIDUALIZADO. GRUPO DE ORIENTAÇÃO PARA CESSAÇÃO TABÁGICA Estudos indicam que a incidência e a prevalência de doenças mentais são maiores nos fumantes do que no restante da população. Existe uma grande dificuldade no tratamento da dependência da nicotina nestes pacientes. Sabe-se que o tabagismo tem íntima relação com depressão, esquizofrenia, ansiedade e o abuso de substância. Fumar é associado a um maior risco de crises de pânico, com o aumento do consumo de álcool e maior probabilidade de ocorrência de dependência da cocaína e maconha. Estudos descrevem que o uso de cigarros poderia estar relacionado à facilitação do consumo posterior de outras substâncias, o chamado modelo da “porta de entrada”. Em nosso serviço, ocorre uma prevalência do consumo de tabaco entre os usuários de drogas ilícitas de 75%. O tratamento do tabagismo concomitante com o tratamento de outras dependências químicas é pouco comum nos serviços especializados. Este fato se deve a dois motivos: 1) alguns serviços de saúde priorizam o tratamento da dependência da droga ilícita em questão; 2) acreditase que ocorreria uma maior probabilidade de recaídas, caso o tabagismo fosse tratado de modo concomitante. No entanto, alguns estudos têm demonstrado o contrário, afirmando que quando o indivíduo encontra-se motivado para deixar o uso de substâncias, seria o momento mais propício para a abordagem e o tratamento do tabagismo. Estudo recente, sugere que a abordagem do tabagismo durante um programa de tratamento para uma droga ilícita não produz dano e, possivelmente, pode representar benefício para o tratamento de maneira global, o que sinaliza uma possibilidade de integração dos tratamentos. Com base nestas análise, instituímos o PROGRAMA DE CESSAÇÃO TABÁGICA – PCT, implantado, inicialmente na Unidade de Dependência Química da Casa de Eurípedes. (36) (66) (72) OBJETIVOS: a) Desenvolver um ambiente hospitalar 100% livre de tabaco. b) Promover a demanda pelo tratamento do tabagismo. c) Diminuir o risco aumentado de doenças relacionadas ao tabagismo associados com outras doenças psiquiátricas. d) Diminuir o risco de recaídas no uso de álcool e drogas ilícitas associados ao tabagismo. e) Melhorar a qualidade de vida dos pacientes. f) Oferecer oportunidade para os pacientes motivados a parar de fumar. Página: 37/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade METODOLOGIA – Utilização de técnicas motivacionais em grupo e individuais, abordagem breve (PAAP / PAAPA), palestras psicoeducativas, entrevista motivacional, atividades físicas e nutrição balanceada. O Grupo Motivacional para promover a demanda e a motivação pelo tratamento é realizado semanalmente com os pacientes internados. O Grupo de Prevenção de Recaída também é realizado semanalmente no AMBULATÓRIO com os pacientes externos. Utiliza-se recursos áudio-visuais e técnicas psicodinâmicas de grupo. Todos os pacientes com grau de dependência alto (Teste de Fagerström > 6) iniciam a Terapia de Reposição de Nicotina – TRN no primeiro dia, observadas as contraindicações e feitos colaterais. Após a internação, considerando o exame e a história clínica do paciente, pode-se iniciar a terapia medicamentosa com o bupropriona como primeira escolha, e a nortriptilina como segunda escolha. OFICINA DE ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL O objetivo geral desta oficina é a educação para uma alimentação saudável na prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida. Ensinar os pacientes os princípios de uma alimentação correta, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os riscos das doenças crônicas através de uma boa alimentação. OBJETIVOS: • Apresentar a pirâmide alimentar, mostrando como usá-la e sua importância. • Mostrar como uma alimentação saudável reduz o risco de doenças crônicas não transmissíveis. • Explicar o que é a diabetes e como conviver com ela através da alimentação. • Apresentar o que é a hipertensão arterial e orientar a alimentação correta. • Explicar o que é a obesidade e como tratá-la. • Explicar o que é dislipidemia e como tratá-la. • Falar sobre bons hábitos de higiene e a importância na prevenção de doenças. METODOLOGIA – O grupo acontece semanalmente. São realizadas paletras, utilizando datashow onde os pacientes são estimulados a participar, através de debates, rodas de discussão e espaços para perguntas. É realizado também atendimento individual, de acordo com a necessidade dos pacientes, com avaliação nutricional e anamnese alimentar para diagnosticar o estado nutricional do paciente. Depois o paciente recebe orientações nutricionais de acordo com o diagnóstico. Havendo necessidade é prescrita dieta de acordo com a enfermidade atendida. Os atendimentos são realizados diariamente. Mensalmente é atualizado o mural com assuntos sobre alimentação e nutrição, ensinando e orientando os pacientes sobre os objetivos que foram propostos. Página: 38/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade OFICINA DE SAÚDE BUCAL Capacitar e motivar os usuários a realizar o auto-cuidado de forma eficiente e autônoma e introduzir hábitos e rotinas de higiene e alimentação adequados que contribuam para a manutenção da saúde oral e autoestima do paciente. OBJETIVOS: • Conscientizar a alimentação saudável e diminuição da ingestão de açucares; • Estimular o usuário a adquirir conhecimentos que o auxilie no processo de mudança e transformação; • Promover o auto cuidado e higiene oral; • Colaborar com o PROGRAMA DE CESSAÇÃO TABÁGICA; • Realizar higiene bucal supervisionada e busca de autonomia no processo de auto-cuidado; • Identificar precocemente lesões na mucosa oral através da técnica do auto exame da cavidade oral; • Promover o conhecimento das patologias da cavidade oral; • Esclarecer quanto à importância de uma ação coletiva de aplicação de fluoreto. METODOLOGIA – Método pedagógico, através da educação continuada utilizando-se aulas expositivas, material áudio-visual e técnicas de grupo. Página: 39/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 3. NÚCLEO DE ESPIRITUALIDADE O núcleo de espiritualidade tem como função primordial promover a vivência da espiritualidade na intimidade de cada um, de acordo com sua sensibilidade e disposição intima, sem dogmatismo, proselitismos e violação das consciências individuais. Utiliza-se como estratégia o estímulo natural, através do convite à experiência de uma vida de harmonia e elevação espiritual em busca do amor próprio, da relação fraternos com os pares e a busca da transcendência diante dos valores da vida material. O núcleo promove ainda atividades de desobsessão e fluidoterapia. os atendimentos de desobsessão são realizados sem a presença do paciente, à distância, e as aplicações magnéticas (fluidoterapia) são presenciais e sempre respeitando a vontade expressa do paciente. São realizados regularmente estudos científicos-filosóficos-religiosos, sempre de caráter profundamente ecumênico. Grupos de meditação e relaxamento reforçam as estratégias de busca de paz e harmonia interiro, e são realizados diariamente. É um processo de individuação, ou seja, a integração da personalidade com o eu profundo. o resultado é um entendimento maior sobre a própria realidade, gerando paz de consciência, esperança e virtudes morais. Todas estas atividades são desenvolvidas por voluntários. GRUPO MEDIÚNICO A questão das influências de uma mente sobre a outra mente é conhecido e plenamente compreendido pela psicologia, e somos testemunha deste fenômeno que ocorre nas nossas relações diárias, quanto influenciamos ou deixamos nos influenciar pelas pessoas com as quais nos relacionamos e estabelecemos alguma sintonia pela afinidade de idéias ou pelos vínculos emocionais que criamos, sejam negativos ou positivos. de forma semelhante, espíritos desencarnados, que preservam a sua identidade e seus afetos depois que perderam o corpo, podem exercer grande influência sobre o cérebro daqueles com os quais conseguem sintonizar. esta influência pode causar graves perturbações no pensamento, na sensopercepção e no raciocínio das pessoas, contribuindo para a sintomatologia dos mais diferentes transtornos mentais. é o que chamamos de obsessão espiritual. os grupos mediúnicos utilizam técnicas conhecidas como desobsessão espiritual. “Espíritos desencarnados e encarnados de condição enfermiça sintonizam-se uns com os outros, criando prejuízos e perturbações naqueles que lhes sofrem a influência vampirizadora, lembrando vegetais nobres que parasitos arrasam, depois de solapar-lhes todas as resistências”. (27) (50) Página: 40/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade METODOLOGIA – A técnica de desobsessão espiritual é um método de desligamento da influência que um espírito exerce sobre o paciente, e utiliza como instrumento uma terceira pessoa, o médium, que em transe mediúnico serve de intermediário na comunicação com o espírito desencarnado que de alguma forma está associado ao quadro mental do paciente em tratamento. nesse caso, o paciente não necessariamente precisa estar presente durante o atendimento mediúnico, sendo feito sempre à distância, sem qualquer percepção por parte do paciente que esta sendo atendido. O espírito pode ser orientado verbalmente sobre a sua condição espiritual, da necessidade de interromper a sua ação mórbida sobre mente do paciente. outro benefício obtido nesta técnica, em qualquer caso, é o choque fluídico (anímico) que o espírito comunicante recebe durante o contato com o campo vibratório do grupo mediúnico, que neste serve como elemento estruturador da forças magnéticas desajustadas da mente em desequilíbrio, algo semelhante aos procedimentos terapêuticos psiquiátricos utilizando correntes elétricas. Podem ser utilizadas técnicas diferentes, de acordo com a experiência e a característica dos médiuns e dos grupos mediúnicos: A. DESOBSESSÃO ESPIRITUAL POR ACONSELHAMENTO – Utilizando mediunidade de incorporação, utiliza-se a comunicação direta com o espírito desencarnado, que pode ser convencido da desistência de sua ação sobre a mente do paciente. B. DESOBSESSÃO ESPIRITUAL POR CHOQUE ANÍMICO – Utilizando a corrente magnética criada pelo campo mediúnico formado pelos médiuns e assistentes presentes na reunião, não necessariamente ocorre a comunicação verbal com o espírito, mas apenas a passagem do espírito por este campo mento-eletromagnético provocando um choque magnético (anímico) causando uma mudança positiva no estado mental deste espírito e, consequentemente, melhora da percepção da realidade e do discernimento. C. DESOBSESSÃO ESPIRITUAL POR VIBRAÇÕES MAGNÉTICAS – UTILIZANDO A ORAÇÃO COMO INSTRUMENTO POSITIVAMENTE DE PROJEÇÃO NO DE PROCESSO ENERGIAS DE MENTAIS À DISTÂNCIA DESLIGAMENTO DAS QUE INTERFEREM INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS OBSESSIVAS. GRUPO DE FLUIDOTERAPIA Baseado nos princípios do vitalismo, no qual se entende que a estrutura biológica do ser humano possui um componente energético (ou fluídico, se quisermos usar outra nomenclatura). A ciência entende e utiliza os campos energéticos biológicos resultados da fisiologia celular em muitas situações. os exames de imagem por ressonância magnética, que constituem um extraordinário recurso diagnóstico da prática média, utilizam os princípios dos campos de força magnética presentes no corpo humano, emitidas por forças interatômicas. diversos outras técnicas diagnósticas e terapêuticas médicas utilizam fontes energéticas externas interagindo com o corpo material, tais como, a ultrasonografia, a radioterapia, a litotripsia e outras. a homeopatia e a acumputura são especialidades médicas que trabalham com princípio da energia vital. a técnica em desenvolvimento conhecida como estimulação magnética transcraniana é baseada na resposta fisiológica do cérebro a ação de um campo magnético externo. outra técnica energética extensivamente utilizada na psiquiatria é a ect (eletro- Página: 41/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade convulso-terapia) que constitui na aplicação de uma corrente elétrica através do cérebro, restaurando, de alguma forma, o equilíbrio fisiológico. e corrente elétrica é essencialmente energia, é um fluido elétrico. todos os mecanismos de transmissão e processamento de sinais no cérebro humano resultam de reações químicas no organismo humano gerando correntes elétricas e campos magnéticos associados. portanto, o corpo humano é um verdadeiro campo de energias em suas mais diferentes formas e densidades. o passe fluídico ou magnético se baseia no princípio que a energia vital de uma pessoa possa ser transmitida para outra pessoa, mediante algumas técnicas apropriadas. (50) (51) (91) OBJETIVO: Utilização do fluido vital na transmissão e/ou reposição da energia vital de uma pessoa para outra pessoa, podendo ser utilizando um meio intermediário (a água, por exemplo) ou diretamente para imposição das mãos ou irradiação do pensamento a distância. a energia vital transmitida ao receptor age no sentido de restabelecer o equilíbrio fisiológico ou na reposição de energia deficitária. é uma espécie de transfusão de energias, a semelhança das transfusões sanguíneas médicas. METODOLOGIA – PODEM SER UTILIZADAS DIFERENTES TÉCNICAS FLUIDOTERÁPICAS: A. PASSES FLUÍDICOS – Utilizando-se a imposição das mãos do doador (passista) sobre o receptor (paciente), sem necessidade de contato físico. B. ÁGUA FLUIDIFICADA – Através da ação conjugada do pensamento do médium e da imposição das mãos sobre o recipiente contendo a águia a ser fluidificada, pode-se alterar a disposição molecular da água, formando cristais de diferentes matizes. esta alteração na organização molecular da água em cristais, que podem ser observadas em estado sólido (gelo), resultam na capacidade de armazenamento energético da água, possibilitando que seja utilizada como veículo de transmissão fluídica. C. IRRADIAÇÃO DO PENSAMENTO – É o mesmo princípio descrito acima, com a diferença que é utilizada uma técnica puramente mental, ou seja, através da mentalização focada no paciente (oração intersessória, repetida e persistente), o pensamento é projetado a distância em ondas magnéticas (energia que flui) agindo positivamente na recuperação do paciente. GRUPO DE ESTUDOS CIÊNCIA – FILOSOFIA – RELIGIÃO Grupo de estudos abordando questões científicas, filosóficas e religiosas sob uma perspectiva ecumênica no seu aspecto religioso, e sem qualquer enfoque dogmático e atitude proselitista. é uma busca do auto-conhecimento preconizado pelo sábio grego do iv a.c. sócrates: “conheça-te a ti mesmo”. é um mergulho na busca das razões e significados da própria existência: `quem eu sou? o que estou fazem aqui? para onde estou indo?’ (51) (52) (79) Objetivos: • ESTIMULAR O AUTO-CONHECIMENTO. • AMPLIAR A CONSCIÊNCIA PARA A REALIDADE EXISTENCIAL. Página: 42/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • DESCONSTRUIR PRECONCEITOS E CRENÇAS DISTORCIDAS A CERCA DA CIÊNCIA, DA FILOSOFIA E DA RELIGIÃO. • DESENVOLVER O SENSO CRÍTICO E A AUTO-ANÁLISE. • ELABORAR OS RECURSOS INTERNOS DE CADA INDIVÍDUO NA CONSTRUÇÃO DE HÁBITOS SADIOS E DE VIRTUDES MORAIS. • CONSTRUIR NAS CONSCIÊNCIAS UM JUIZ PESSOAL DOS PRÓPRIOS ATOS, O SENSO DE RESPONSABILIDADE E DO DEVER. • DESENVOLVER COM SEGURANÇA O LIVRE ARBÍTRIO. METODOLOGIA – Pela livre discussão e debate de idéias, em grupo, utilizando como instrumento o diálogo nascido do respeito às individualidades e às crenças, promove-se o intercâmbio de conhecimento, através da trocas de perguntas e exposição das dúvidas, com o questionamento permanente dos assuntos apresentados (MAIÊUTICA). Como processo individual, o método constitui num parto de idéias porque o conhecimento nasce dentro de cada individualidade e, assim, novos conceitos sobre a vida vêm à luz da consciência. O instrumento mais importante é o diálogo livre e aberto. Com o uso de metáforas, parábolas, técnicas motivacionais e artísticas, o conhecimento emerge naturalmente, e as conclusões são resultado espontâneos do crivo da razão. Com senso de humor e alegria sincera, o paciente é estimulado a redescobrir a vida, e a esperança de viver uma vida renovada e dirigida para a prática de valores morais elevados em benefício de si mesmo e da coletividade a que pertence. Página: 43/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade 4. NÚCLEO PSICOTERÁPICO O NÚCLEO PSICOTERÁPICO INCLUI TODAS AS PSICOTERAPIAS, VERBAIS E NÃO VERBAIS, EXPRESSIVAS E OCUPACIONAIS, QUE CONSTITUEM UMA ESTRUTURA ÚNICA FORMADA PELAS SEGUINTES CLÍNICAS: 1. CLÍNICA DE MUSICOTERAPIA. 2. CLÍNICA DE PSICOLOGIA. 3. CLÍNICA DE TERAPIA OCUPACIONAL. CLÍNICA DE MUSICOTERAPIA – A musicoterapia surge como uma ciência em emergência, mas que é fruto de uma longa história que envolve o som, o ser humano, o meio em que vive e as diversas relações existentes entre estes, principalmente as que dizem respeito à saúde. A musicoterapia é um campo de atuação profissional que utiliza a música e processo seus elementos destinado relacionamento, organização e o à (som, ritmo, melodia, harmonia) facilitar e promover aprendizado, a mobilização, demais objetivos terapêuticos a em comunicação, a afim expressão, de atender um o a as necessidades físicas, mentais, sociais e espirituais do usuário. A boa música e/ou a música preferida do usuário harmoniza o ser humano trazendo-o de volta a padrões mais saudáveis de pensamento, sentimento e do das corpo, alcança seus ação, conseguindo emoções objetivos, e do quando renovar a espírito. o paciente divina harmonia portanto, começa a a e funcionar O objetivo consiste em promover a reintegração social dos usuários utilizando técnicas musicoterápicas a partir do não-verbal (re-criação musical, audição musical, composição musical, OBJETIVOS: • Promover a abertura dos canais de comunicação; • Propiciar a integração entre pacientes e os assistentes através da música; • Facilitar a auto-expressão criativa, através do sonoro-musical; Página: 44/65 ritmo musicoterapia uma pessoa completa e em equilíbrio consigo mesmo. improvisação musical). o como Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Exercer um papel de incitação, de estimulação, mobilizando e desenvolvendo sua capacidade de comunicação, de expressão e de diálogo através da relação com o musicoterapeuta, que propicia este processo; • Integrar os indivíduos do grupo através da comunicação interpessoal, estimulando a auto-percepção e a percepção do outro, por meio de uma linguagem específica: a linguagem musical; • Proporcionar o contato corporal e afetivo com o outro; • Resgatar o sentimento de auto-estima; • Auxiliar o usuário a dar forma à sua expressão; • Resgatar memórias da história existencial do usuário; • Estimular nos usuários o desejo de superação dos próprios limites; • Desenvolver a capacidade do paciente em auxiliar o próximo nas suas dificuldades e limitações; CLINICA DE PSICOLOGIA – A humanidade vem, ao longo do tempo, enfrentando grandes desafios frente ao problema da dor. Conhecimentos científicos, filosóficos, religiosos e do senso comum trazem pouco a pouco recursos de alívio ou cura desse confronto que atinge o indivíduo e a sociedade. A psicologia como ciência do comportamento traz também sua colaboração através das teorias e práticas que possibilitam a previsão do comportamento e, consequentemente, equilíbrio emocional e mental das pessoas e de seus relacionamentos. Para tanto, auxilia desde intervenções individuais, familiares e comunitários, alcançando vários setores da sociedade, incluindo especificamente os hospitais especializados, buscando a otimização do atendimento em saúde mental. Objetivos Específicos • Promover espaço para fala e expressão emocional do paciente; • Promover adesão ao tratamento; • Auxiliar na prevenção de recaídas; • Melhorar a relação familiar e social; • Melhorar a auto-estima e autonomia; • Esclarecer sobre o transtorno mental ao paciente e à família; • Resgatar o equilíbrio emocional; • Inserir os usuários em projetos de ressocialização, atividades laborativas e educacionais. Página: 45/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade CLÍNICA DE TERAPIA OCUPACIONAL – A Terapia Ocupacional, é definida especificamente como: “(...) Técnica que utiliza o trabalho como recurso para tratar ” (FRANCISCO.B.R.1988,p.18). Entretanto, o uso da atividade com finalidades terapêuticas deve satisfazer uma série de princípios. A escolha da atividade exige um processo de identificação de necessidades e problematização do conflito; é necessário que seja repleta de simbolismo, ou seja, intenções e vontades. E diante da revelação de necessidades, o profissional de terapia ocupacional pode promover através da atividade a superação do conflito. A terapia ocupacional é um campo do conhecimento e intervenção em saúde, em educação e na ação social, que reúne tecnologias orientadas para a emancipação e a autonomia de pessoas que, por razões ligadas a problemáticas específicas (físicas, sensoriais, psicológicas, mentais e/ou sociais), apresentam temporária ou definitivamente, dificuldades de inserção e participação na vida social (BARROS et al 2002 b) (10) Objetivo consiste em desenvolver ações para a reestruturação das condições bio-psico-socio-cultural e espiritual dos usuários, bem como a inclusão social e a promoção da saúde. Objetivos Específicos • Estimular o ressocialização e integração social; • Recuperar e promover a auto estima, auto imagem e a autoconfiança; • Trabalhar suas potencialidades através das atividades proporcionadas; • Promover maior nível de consciência, responsabilidade, compromisso diante do tratamento; • Melhorar a qualidade de vida do assistido e de sua família; • Possibilitar um aumento do repertório laboral; • Buscar melhorar os aspectos cognitivos; • Valorização do aprendizado, concretizando o desejo de aprender algo. • Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia para promover o melhor, ajustamento pessoal. OFICINA DE HORTICULTURA Horticultura é um processo de terapêutico que usa as plantas tendo como instrumento atividades horticulturais, de jardinagem e o mundo natural a fim de promover melhorias através dos sentidos do tato, mente e espírito. O contato com o mundo das plantas estimula todos os sentidos, aliviando o estresse. A manipulação com as plantas oferece vários benefícios que estimulam o individuo, exercita o corpo, aguça a imaginação e ameniza o espírito, promovendo assim uma educação das pessoas de forma a melhorar a qualidade de vida. (37) (40) OBJETIVOS: O grupo tem por principio ser o lugar onde por meio do fazer (atos, ações, atividade) possa-se criar, atuar, reconhecer, organizar e gerenciar o cotidiano concreto de cada indivíduo. “Um lugar onde a convivência com as contradições vividas pelas suas ações cotidianas possa ser trazida para o fazer concreto Página: 46/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade – no manuseio de diferentes materiais/atividades/situações – abrindo assim, a possibilidade de reconhecimento e enfrentamento de suas dificuldades cotidianas, na busca, por um enriquecimento de suas necessidades concretas, no interior da coletividade”. • Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia para promover o melhor ajustamento pessoal. • Conscientizar o usuário sobre a realidade de seus recursos e limitações, descobrindo seu potencial. • Recuperar e promover a auto-estima, a auto-imagem e a autoconfiança. Estimular a independência e autonomia. METODOLOGIA: As atividades deverão ser realizadas com tarefas e rotinas pré-determinadas, com o acompanhamento de um monitor, que promoverá a manutenção dos objetivos citados. As atividades terão uma seqüência, por exemplo, vão desde a preparação do solo até a colheita, lembrando que encerrando as atividades, os pacientes recolherão seus respectivos instrumentos de trabalho e farão sua higiene pessoal. O usuário será encaminhado para a oficina através do processo de acolhimento ou indicação medica, sendo acompanhado pela terapia ocupacional uma vez por semana pela manhã. O grupo tem atividade previamente estabelecida pelo monitor, com proposta definida. Serão encaminhados pelo monitor para atividades na horta, e jardins do hospital. Será distribuído aos mesmos: roupas adequadas, jaleco e equipamentos individuais no inicio das atividades e recolhidas no final. CAMINHADA ECOLÓGICA O indivíduo quando se encontra em processo de sofrimento mental, se priva voluntariamente da realização de atividades que lhe proporcione qualidade de vida, dentre elas exercícios que estimulem a prática de hábitos saudáveis (82) (85) OBJETIVOS – Intervenção terapêutica no bem estar biopsicossocial do indivíduo: • Estimular a prática de hábitos saudáveis. • Ajudar na metabolização dos medicamentos. • Desenvolver a percepção de direção, de espaço e lateralidade. • Propiciar a reintegração social entre os participantes. • Melhorar a disposição diante das atividades do dia. • Fortalecer musculatura e articulação. • Oportunizar a manutenção e-ou recuperação do movimento normal dos membros e articulações desenvolvendo melhor habilidade articular. METODOLOGIA – As atividades de caminhada serão desenvolvidas todos os dias da semana, após o café da manhã, na pista de caminhada na Praça da Evolução, terão o acompanhamento do técnico de enfermagem e monitores de terapia ocupacional. Terão participação na atividade, os usuários encaminhados pelo serviço médico e avaliados pelo terapeuta da unidade de Hospital Dia. Página: 47/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade GRUPO DE ACOLHIMENTO Ao ingressar na instituição hospitalar o usuário possui expectativas, incertezas e desconhecimento das pessoas com quem irá conviver assim como do ambiente físico do hospital. O momento do acolhimento visa avaliar seus aspectos psicológicos e ocupacionais no intuito de ingressar o usuário para o tratamento, na tentativa de acolhê-lo, esclarecer e definir o seu programa terapêutico na unidade. (59) OBJETIVOS – Promover o acolhimento do indivíduo que ingressa, para o tratamento. O acolhimento reorienta quanto a organização do trabalho e o relacionamento com a clientela, horizontalizar as relações terapêuticas devolvendo para os sujeitos papel ativo na construção de soluções e parte da responsabilidade pelo cuidado pretendido. • Esclarecer ao usuário sobre as regras do hospital (horários de entrada e saída, alta administrativa, etc) • Conscientização sobre o tratamento. • Possibilitar que sua postura inicial ao processo, de receptor, de expectador transformando-se em protagonista do processo. • Encaminhar o paciente ao seu acompanhante terapêutico • Avaliar o usuário de forma integral e orienta-lo quanto aos grupos que irá participar. METODOLOGIA - O acolhimento acontecerá uma vez por semana, no período da manhã. O terapeuta ocupacional e psicólogo responsáveis pelo acolhimento irá atender o indivíduo que ingressa para o tratamento, numa sala de atendimento, promovendo um setting terapêutico adequado, acolhedor e receptivo, e encaminha-lo ao acompanhante terapêutico. OFICINA DE BELEZA E ESTÉTICA Promover um espaço seguro, onde o usuário possa descobrir ou redescobrir a importância do auto cuidado, a aparência, a necessidade de manter boas práticas de higiene pessoal, para manutenção da saúde, do bem estar físico e mental e principalmente para uma melhor aceitação na comunidade. (37) OBJETIVOS: • Promover autonomia e independência. • Aumento da auto-estima. • Promoção da convivência na sociedade. • Melhora da qualidade de vida. • Restabelecer o equilíbrio emocional. • Permitir autonomia e interação social • Estimular o cuidado, capricho e asseio corporal. METODOLOGIA – O grupo acontecerá uma vez por semana no período da manhã, coordenado pela terapia ocupacional.As atividades serão desenvolvidas no espaço apropriado com grupos pequenos. Página: 48/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade OFICINA DE CONSCIÊNCIA CORPORAL O estilo de vida atual, a rotina e as preocupações do dia a dia provocam uma falta de experiência corporal e sensorial nas pessoas, o que causa uma desconexão, uma falta de relação entre o corpo e a mente, uma falta de relação do corpo com os sentidos. (2) (32) (56) Objetivos – O reconhecimento e a conscientização do próprio corpo, estimulando hábitos saudáveis, resultando na melhoria da qualidade de vida. • Proporcionar a liberação, de modo seguro, de sentimentos. • Desenvolver a consciência corporal. • Desenvolver a percepção de direção, de espaço, de lateralidade. • Proporcionar um processo de auto-conhecimento (dificuldades e possibilidades do próprio corpo). • Propiciar um espaço de expressão, comunicação e criação. METODOLOGIA – É indicado para usuários que através da consciência corporal possam interagir melhor consigo e com os outros. As atividades serão realizadas uma vez por semana no período matutino e dirigido pelo serviço de terapia ocupacional. As atividades serão previamente estabelecidas, com propostas definidas. Serão utilizadas atividades como relaxamento corporal, uso de musicas e jogos corporais. GRUPO DE ESTIMULAÇÃO COGNITIVA A capacidade cognitiva (memória, atenção, função executiva, senso percepção, praxias) é essencial para a vida do individuo e ao seu papel nas atividades de vida diária. As alterações da capacidade cognitivas ocorrem com freqüência nos portadores de transtorno mental, mas elas só passam a ser preocupantes na medida em que interferem no desempenho das atividades do dia a dia. Neste caso, há perda funcional, perda da autonomia e consequentemente desequilíbrio da práxis do individuo. Quando compromete suas atividades do dia a dia, compromete também sua independência. Isto acarreta muitos problemas, inclusive o isolamento familiar e social. Assim uma vez impedido de atuar com independência, o usuário esta impossibilitado de participar da recriação permanente da vida social e passa a não exercer, por conta disto, sua cidadania. (1) (60) (85) (87) OBJETIVOS: • Treino nos processos de atenção, concentração e memória. • Promover a habilidade organizacional. • Interromper a perda da capacidade mental, preservando o contato com a realidade. • Restaurar a capacidade de cuidar de si e de administrar sua vida, e manter o máximo de autonomia para promover o melhor ajustamento pessoal. METODOLOGIA – O atendimento é em grupo e as atividades oferecidas são analisadas, avaliando seu potencial terapêutico. Os grupos serão coordenados pela psicologia, realizados uma vez por semana no período matutino. A aprendizagem experimental por meio da atividade, interações e trabalho em grupo é Página: 49/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade observada como o meio de produzir respostas adaptativas ou melhorar as habilidades. A ênfase está em maximizar a função residual por meio da adaptação da tarefa e da adaptação ambiental. ASSEMBLÉIA GERAL DE USUÁRIOS O paciente de saúde mental é tolhido pela sociedade, perdendo a capacidade de autonomia diante de decisões a cerca dele mesmo. No processo de reabilitação e readaptação do individuo na sociedade, está diretamente ligado ao resgate do individuo como cidadão, capaz de fazer suas próprias escolhas. Valendo-se da necessidade de resgatar características indispensáveis ao cotidiano como estabelecimento de disciplina diante das atividades de rotina. (37) (40) OBJETIVOS: • Espaço onde o usuário pode falar e refletir sobre angústias, conflitos e tratamento. • Divisão de tarefas do grupo operativo e agentes transformadores. • Espaço democrático onde o paciente será ouvido sobre suas queixas, sugestões e principalmente, sobre a forma que é tratado dentro da unidade. METODOLOGIA – A Assembléia Geral é realizada semanalmente com a participação de todos os pacientes da unidade, técnicos responsáveis, psicóloga e monitores, acompanhado pelo terapia ocupacional. As discussões e decisões são documentadas em Livro Ata e arquivadas. OFICINA DE VIDEOTECA Sabe-se que a linguagem cinematográfica é rica e acessível por contemplar imagem, cores, enredo, temporalidade, música, além de um farto repertório temático. Têm-se então um instrumento versátil para se trabalhar aspectos da vida cotidiana. (37) (40) OBJETIVOS: Trazer para o usuário, através dos filmes temas diversos e de seu interesse, destinado à troca de impressões, sensações, lembranças, sentimentos e indagações despertados pelas cenas. Ou seja, propiciar um momento de reflexão. • Trabalhar aspectos da vida cotidiana, através de discussões de trechos de filme, previamente escolhido de acordo com o interesse e a necessidade do grupo. • Buscar a integração do grupo, bem como melhorar aspectos cognitivos. • Promover a identificação do usuário para com os problemas e com as situações vividas pelos personagens, na tentativa de favorecer alguma elaboração possível. METODOLOGIA - Este grupo ocorrerá uma vez por semana, no auditório. Sendo acompanhado pelos monitores da terapia ocupacional. A seleção dos filmes será feita em conjunto com o grupo de usuários. Se necessário haverá recortes de cenas de modo a preservar uma coerência interna ao trecho selecionado, de maneira que esse prescindisse do restante do filme. Ao final da exibição o grupo abre-se para possíveis reflexões. Página: 50/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade OFICINA DE ARTESANATO Tendo em vista a necessidade de humanização e efetivação da assistência, bem como a preservação aos direitos de cidadania dos usuários internos, e o processo de desinstitucionalização, observou-se necessário a criação de um espaço que possibilitasse ao usuário o aumento das oportunidades de contato social e o incremento das intervenções de reabilitações. Assim, permitindo um modelo de atuação mais humano, mais digno, que realça atividades de intensa participação do mesmo na sua recuperação, estimulando o convívio social, evitando segregação e permitindo um retorno mais rápido à vida em família e em sociedade. (37) (40) OBJETIVO – Consiste em desenvolver ações para a reestruturação das condições bio-psico-sócio-cultural dos usuários, bem como a inclusão social e a promoção da cidadania. • Propiciar a independência em relação aos cuidados de higiene pessoal e das atividades da vida diária; • Potencialização do trabalho como instrumento de inclusão social e promoção da cidadania, • Proporcionar geração de renda e consequentemente suas sustentabilidade e de sua família incentivando o retorno ao trabalho. • Incentivo na suas iniciativas, autonomia e melhora da auto-estima. • Promover a descoberta de suas potencialidades e criatividade em atividades que favoreceram o despertar de um sujeito ativo, agente de sua própria existência. METODOLOGIA – O usuário deve ser avaliado pela equipe responsável e encaminhado ao programa, observando suas condições e requisitos específicos exigidos. O espaço alternativo funciona de segunda a sexta-feira, no período das 09h00 ás 15h00, sendo acompanhado por um terapeuta ocupacional. Os materiais confeccionados são vendidos pelos usuários nas dependências do hospital. O rendimento destas vendas é dividido em aquisição de matéria primas. Usuários que participam deste programa são portadores de transtorno mental com independência e autonomia num processo de estabilidade da doença e que possuam dificuldades de se engajar no mercado de trabalho. GRUPO DE ATIVIDADE EXPRESSIVA As atividades expressivas são entendidas como expressões da realidade psíquica interna, inconsciente. São possuidoras de função diagnóstica, função de percepção, de mudanças e função terapêutica. OBJETIVOS: • Possibilitar a representação dos sentimentos; Página: 51/65 (2) (3) (77) Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Busca da reestruturação do individuo; • Proporcionar a auto – expressão; • Trabalhar a relação interpessoal. METODOLOGIA – O atendimento será realizado em grupo, duas vezes por semana no período vespertino. As propostas serão previamente planejadas e são utilizados a argila, pintura, recortes e outros materiais. GRUPO PSICOTERÁPICO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS A psicoterapia é uma intervenção específica que através de abordagens educativas que promover educação, suporte, desenvolvimento emocional ou treinamento de habilidades sociais e vocacionais. (13) (33) (53) (54) (54) (76) (86) OBJETIVOS: • Desenvolver maior capacidade de diferenciar e aceitar diversas sensações e sentimentos. • Promover a busca de valores que o auxiliem em seu processo de conquista da saúde. • Criar um espaço de orientação, informação e reflexão sobre a importância de se compreender a dependência química e as conseqüências desta para suas vidas; • Auxiliar os participantes a manterem-se abstinentes, trabalhando sua motivação para continuarem seu tratamento; • Refletir sobre sua readaptação nos vários segmentos da vida (social, profissional, familiar etc.); • Promoção da qualidade de vida dos participantes, sem perder de vista a abordagem da possibilidade de recaída e as formas de evitá-la e enfrenta-la; • Refletir sobre a importância da disciplina na organização existencial de cada participante. METODOLOGIA – A atividade será realizada pela psicologia uma vez por semana no período matutino. Os grupos serão realizados através de dinâmicas abordando temas diversos. Os participantes serão triados no momento do grupo de acolhimento. OFICINA DE CULINÁRIA CHAMONE coloca que o homem ao fabricar a partir de suas necessidades e escolhas, materializa seus pensamentos, sentimentos e desejos construídos. Sendo que o produto concretizado não se destina a outro fim, que não o de sua própria construção e da aquisição de consciência daquele que o fabricou. (48) OBJETIVOS – Este grupo tem como objetivo comum o trabalho em equipe. Criar um espaço em que seja possível oportunizar a relação do individuo com meio alimentar. Estimular o prazer pela alimentação, a satisfação em produzir seu próprio alimento. • Promover e melhorar as boas práticas sanitárias durante a preparação dos alimentos. • Resgatar a autonomia e independência. • Resgatar a auto estima. • Estimular organização. • Proporcionar liberdade de escolha nos alimentos. Página: 52/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade METODOLOGIA – A oficina acontecerá uma vez por semana, na cozinha terapêutica da terapia ocupacional, sob a orientação da terapeuta ocupacional. As atividades serão pré- estabelecidas, os pacientes ajudarão na escolha dos alimentos a serem preparados. OFICINA PROJETO HOJE O atraso no desenvolvimento escolar dos pacientes psiquiátricos é uma conseqüência natural das doenças crônicas e perturbadoras do funcionamento psicossocial. Associado às demais seqüelas (neurocognitivas e motoras), o déficit educacional reforça o isolamento e a segregação social dos portadores de sofrimento psíquico internados em hospitais ou em acompanhamento ambulatorial. Ciente da dimensão desse problema e da necessidade de minimizar seus danos na vida de nossos pacientes, estabelecemos uma parceria com Secretaria Estadual de Educação através da Superintendência de Ensino Especial e implantamos o PROJETO HOJE, uma proposta pedagógica voltada ao atendimento educacional de pacientes internados em unidades hospitalares. (18) OBJETIVOS: • Reforço e acompanhamento escolar. • Alfabetização. • Diminuição ou eliminação da defasagem escolar. METODOLOGIA – Funciona de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 15h30, mediante processo de ensino e aprendizagem, em educação continuada, indo ao encontro das necessidades pedagógicas de cada um dos assistidos. As aulas são realizadas dentro do Hospital, em local especialmente destinado ás atividades pedagógicas, ministradas por professores especializados. OFICINA AGENTE TRANSFORMADOR Partindo do princípio de que a doença pode ser encarada como uma forma de autoconhecimento, e que, para reencontrarmos a saúde, é preciso ser um agente transformador de nossa própria realidade, buscaremos fundamentar nossa proposta de intervenção psicoterapêutica a partir da experiência vivida pelo psiquiatra e psicanalista, Enrique Pichon-Rivière (1907-1977), de origem suíça, que desenvolveu a teoria e técnica de grupos operativos a partir de um incidente vivido no hospital psiquiátrico De Las Mercês, em Rosario. Em 1945, sistematizou o grupo operativo como “um conjunto de pessoas com um objetivo em comum”, onde existe uma dialética do ensinar-aprender, sendo que o trabalho em grupo proporciona uma interação entre as pessoas, onde elas tanto aprendem como também são sujeitos do saber, mesmo que seja apenas pelo fato da sua experiência de vida; dessa forma, ao mesmo tempo que aprendem, ensinam também. Para atingirmos o aspecto terapêutico, levando em consideração que o adoecimento mental está diretamente relacionado com a perda do interesse de realizar atividades de vida diárias elementares (tarefas que demandam comprometimento) e básicas (autocuidado), a partir das tarefas que serão propostas aos usuários de saúde mental, procuraremos atingir seu “eu pro ativo”, consequentemente, oferecendo uma Página: 53/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade melhor qualidade de vida e, a partir de um suporte psicológico, ressignificar seu olhar frente ao tratamento. (11) ((19) 29) (71) (80) (90) OBJETIVOS – Sensibilizar e conscientizar o paciente como agente transformador de sua própria realidade. • Fortalecer a autonomia diante do tratamento; • Resgatar seus aspectos psíquicos funcionais saudáveis relacionados ao cognitivo, social, afetivo, sensopercepção, espiritual, entre outros; • Melhorar a crítica a respeito da doença e suas conseqüentes limitações; • Ampliar o campo de possibilidades para oferecer melhor qualidade vida ao paciente; • Ressignificar comportamentos adoecidos frente ao auxílio mútuo; METODOLOGIA – O Agente Transformador acontece 3 (três) vezes por semana no período da manhã. O Programa se divide em tarefas que são distribuídas durante as Assembléias de cada Unidade, levando em consideração as necessidades e limitações de cada paciente, sendo estas: Agente Acolhedor, Agente Integrador, Agente do Ambiente Local, Agente Paisagista, Agente Nutricional, Agente Bibliotecário, Agente do Posto Feminino, Agente do Posto Masculino, Agente de Saúde Bucal, Agente Fraterno. Ocorrem três vezes por semana com o acompanhamento de um monitor de Terapia Ocupacional. Quanto aos profissionais que estão envolvidos na execução desta atividade, estes recebem treinamentos específicos, onde orientamo-los na utilização de técnicas de abordagem que venham a facilitar o monitoramento e contribuir de forma efetiva na dinâmica do grupo operativo. Vale salientar que os profissionais fazem parte da construção do quadro de tarefas utilizadas juntamente com os usuários, onde buscamos respeitar suas orientações para a viabilidade deste Programa. OFICINA DE MEDITAÇÃO MANDÁLICA No processo de adoecimento mental percebe-se uma cristalização dos pensamentos negativos. Segundo Jung, a consciência é como uma superfície ou película cobrindo a vasta área inconsciente, cuja extensão desta, é desconhecida. Assim, muitas de nossas experiências, traumáticas ou não, são armazenadas nesta parte do psiquismo, onde a não-elaboração destes conteúdos podem ser as causas do que atualmente o indivíduo vivencia como doença. A prática é baseada na meditação como forma de permitir, a cada ser, entrar em contato com a sua essência, com o seu verdadeiro EU, como mesmo Natalia Baker defende. Faz parte deste processo, a elaboração de mandalas, que, de acordo com Jung, esta promove uma vibração energética conectando-se com nossos arquétipos, com nossa alma, sem que haja necessidade da compreensão racional para entrarmos em um processo de auto-transformação e ampliação da consciência. (49) (62) (63) (76) OBJETIVOS – Possibilitar a modificação de pensamentos negativos introjetando pensamentos positivos a nível do inconsciente, para depois avaliar os sentimentos que surgem após essa indução de idéias juntamente ao usuário; • Promover crescimento interior; • Auxiliar na construção de idéias positivas; • Permitir ao usuário a reflexão de forma racional a partir dos sentimentos emergidos; • Propiciar o auto-conhecimento; Página: 54/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Fortalecer o usuário quanto ao enfrentamento da problemática vivenciada em um passado próximo. METODOLOGIA – O grupo acontece uma vez por semana, com a psicologia e terapia ocupacional. Não havendo recomendação para casos de psicose aguda. A seqüência de aplicação da meditação mandálica é a seguinte: 1º Passo – Relaxamento 2º Passo – Audição Reflexiva 3º Passo – Discussão das interpretações individuais 4º Passo – Execução da Mandala. TERAPIA ASSISTIDA POR ANIMAIS (TAA) A Zooterapia e uma metodologia que incluem animais como co-terapeutas no tratamento das patologias humanas, tanto físicas como psíquicas. Há três tipos de terapia assistida por animais (TAA ou zooterapia) que é a equoterapia (terapias com cavalos), terapia com golfinhos e terapias com animais pequenos (cães, coelho, gato, hamister, chinchila, periquito (calopsita) e etc.). Na TAA vem sendo observado um grande beneficio em alguns casos, visto que este tipo de terapia, não tão convencional, tem como proposta a estimulação e o desenvolvimento psíquico, social e motor. A TAA proporciona uma melhor qualidade de vida, pois a relação do paciente com o animal é uma relação de afeto e segurança. Dra. Nise da Silveira foi uma médica psiquiatra alagoana revolucionária e pioneira na implementação das idéias de Carl Gustav Jung em instituições psiquiátricas e uma das precursoras desse tipo de terapia. Além do seu trabalho sobre arte e psiquiatria, Nise da Silveira tinha um grande interesse por gatos e chegou a tê-los como “co-terapeutas” no trabalho de terapia ocupacional, tendo observado que havia uma queda nas crises dos seus pacientes quando estavam em contato com os gatos, que circulava no pátio do hospital.O livro “Gatos, A Emoção de Lidar” (infelizmente esgotado), escrito por ela em 1998, é um relato de como os animais domésticos podem desempenhar um papel importante no tratamento de pacientes psiquiátricos. OBJETIVOS – Este programa tem como objetivo atender os usuários em suas mais diversas necessidades sejam elas emocionais, mentais, físicas e sociais. A TAA funciona como um estímulo para esses tratamentos. Especificamente com os usuários que apresentam déficit cognitivo, aumentando os canais de percepção, tornando-o mais receptivo ao meio que vive. (42) (49) (61) (70) (77) • Um ambiente mais enriquecido, motivando a pensar e aprender; • Proporciona atividades interessantes, espontâneas, facilitando a aprendizagem; • Facilita o desenvolvimento emocional através do vínculo formado entre o ser humano e o cavalo nos quais muitos sentimentos são trocados, auxiliando na superação de conflitos e numa maior consciência de si mesmo; • Encoraja o respeito por todas as formas de vida, desenvolvendo senso de responsabilidade e de cuidado consigo e com o outro; • Estimula a participação de indivíduos mais retraídos e tímidos nas atividades em grupo; Página: 55/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Facilita a comunicação de situações de risco vividas, tais como: violência doméstica, problemas de álcool e drogas, entre outros; • Favorece a inclusão, tendo como inspiração o animal, que não julga nem tem preconceito. METODOLOGIA – O grupo é semanal, em dia e horário previamente estabelecido, com um terapeuta ocupacional e dois monitores. Para que a terapia possa funcionar sem riscos, os animais participantes precisam ser calmos, ter um mínimo de adestramento e a saúde rigorosamente controlada com vacinação e vermifugação completa. • Fazer o paciente acariciar, pentear e jogar bola para o cão é um ótimo exercício de coordenação. • Montaria e adestramento dos animais eqüinos. • Ordenha das vacas, limpeza e cuidados dos animais, bem como sua alimentação. PSICOMUSICOTERAPIA GRUPAL A musicoterapia utiliza-se de técnicas específicas que, ao adotar-se uma visão psicanalítica na leitura do que se emerge em um atendimento musicoterápico, podemos levar o paciente a fazer ligações com sentimentos recalcados do passado, trazendo à luz o que antes estava obscuro, tendo a música, seja a partir de seus elementos (ritmo, melodia, harmonia e sons) separados e/ou em conjunto, organizados ou não, como ferramenta para tal. (5) (6) (13) (14) (15) (16) (17) (20) (21) (22) (23) (28) (30) (39) (41) (46) (68) (73) (78) (83) É importante ressaltar que não nos limitamos somente a expressão não-verbal, mas também nos utilizamos do verbal para oferecermos um feed-back adequado ao paciente, possibilitando uma melhor percepção de si mesmo, propiciando o auto-conhecimento. Para compreender-se a escolha de seleção dos pacientes, usuários de saúde mental, que integram o grupo de psicomusicoterapia, baseamos no nível de expressividade ressaltado por bárbara (1998), que considera de níveis 1 e 2: • Grupo de níveis 1 e 2 – formado por usuários que apresentam ausência completa de iniciativa, expressão e pouca expressividade sonoro/musical e corporal, comprometimento parcial do pragmatismo, linguagem verbal incoerente e empobrecida. visamos trabalhar o contato com a realidade, compartilhando o momento de fazer e/ou expressar-se através da música, estimulando a auto-percepção e a percepção do outro. • Grupo de níveis 3 e 4 – formado por usuários que apresentam aumento na expressão sonoro/musical e corporal, com coerência e adequação da expressão verbal e que tem autonomia no “fazer musical”, aumento do repertório de movimentos corporais e ao uso da linguagem verbal mais clara e adequada. neste grupo, Página: 56/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade trabalha-se o contato direto com os sentimentos emergidos através da catarse musical, auxiliando os usuários na conscientização destes, propiciando o auto-conhecimento. OBJETIVOS: • Trabalhar o contato com a realidade por meio de uma expressão não-verbal; • Restaurar a função para a pessoa chegar a uma melhor organização intra e interpessoal, portanto, melhorar sua qualidade de vida; • Compartilhar momentos de fazer e/ou expressar-se através da música; • Estimular a percepção de si e do outro; • Promover momentos de troca a respeito do adoecimento mental; • Exercer um papel de incitação, de estimulação, de ativação de pacientes, mobilizando e desenvolvendo sua capacidade de comunicação, de expressão e de diálogo através da relação com o musicoterapeuta, que propicia este processo; • Resgatar o sentimento de auto-estima; • Estimular nos pacientes o desejo de superação dos próprios limites; • Estimular o desenvolvimento de novos interesses; • Propiciar a conquista de maior autonomia e independência; • Entre outros; METODOLOGIA – Os atendimentos são realizados no setting musicoterápico, uma vez por semana, no período matutino, sendo que o grupo de níveis 1 e 2 é em horário diferenciado do grupo de níveis 3 e 4, tendo uma hora de atendimento para cada. As técnicas musicoterápicas utilizadas variam entre: re-criação musical, audição musical, composição musical e improvisação musical. As atividades práticas da musicoterapia tem sua elaboração e planejamento antes do atendimento, podendo ser alteradas durante o mesmo, de acordo com a necessidade do grupo. OFICINA DE CORO TERAPÊUTICO O paciente psiquiátrico sofre por ser visto diferente no meio social em que vive, devido ao preconceito de nossa sociedade referente a doença mental. O coral de vozes, formado por pessoas que gostam de cantar, possibilita aos participantes um espaço para a reflexão, o encontro com seus pares e outros, o tocar e o cantar juntos, vivenciando questões, desenvolvendo talentos e habilidades com perspectiva de favorecer a inclusão social, através de apresentações musicais. No processo de comunicação, o som faz com que as pessoas se relacionem, trabalhem e vivam em sociedade interagindo. O som da voz do musicoterapeuta Página: 57/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade dirigida ao paciente pode ser um elemento facilitador da interação entre ambos, despertando a atenção e estimulando a confiança do indivíduo em si mesmo. (30) (35) (41) (68) (73) (74) (83) (89) OBJETIVOS: • Oferecer ao paciente condições para que ele sinta-se inserido naturalmente no meio social; • Propiciar a integração entre usuários e os assistentes através da música; • Resgatar memórias da história existencial do usuário; • Estimular nos usuários o desejo de superação dos próprios limites; • Resgatar o sentimento de auto-estima; • Auxiliar o usuário a dar forma à sua expressão; • Fortalecer a identidade individual e grupal através de exercícios vocais; METODOLOGIA – As atividades do Coral de Vozes são realizadas no setting musicoterápico, sendo que o grupo é heterogêneo e aberto à todos aqueles que apresentam interesse, independente de seu nível de expressividade e/ou psicopatologia. As músicas a serem trabalhadas são discutidas antes pelo grupo, respeitando o gosto musical dos integrantes, mas tendo como foco a mensagem a ser levada aos ouvintes nas apresentações do Coral de Vozes. A técnica musicoterápica de composição musical é utilizada quando o grupo sente-se preparado. O grupo funciona uma vez por semana, no período vespertino, tendo a participação de pacientes internados no Hospital dia e Integral, assim como para aqueles que realizam tratamento ambulatorial. OFICINA DE RÁDIO TERAPÊUTICA A rádio, por ser um espaço facilitador da comunicação e das relações interpessoais, favorecendo deste modo a interação e a reinserção social, o paciente produz, cria, convive, encontra continência para falar de seus sentimentos, ressignifica sua história de vida, aprende a projetar suas ações, ressocializa-se. A Rádio funciona assim, como importante espaço terapêutico no sentido de contribuir para o tratamento de dependentes químicos e de outros transtornos mentais recorrentes como: transtornos do humor (depressivo e bipolar), transtornos esquizoafetivos e transtornos de ansiedade. (4) (15) (16) (31) (64) (74) OBJETIVOS: • Promover a cidadania e a sociabilidade de um grupo que ainda luta contra o preconceito social; • Desenvolver as habilidades comunicacionais dos participantes; • Contribuir para a diminuição do número de internações psiquiátricas; • Criar uma consciência na comunidade hospitalar (funcionários, voluntários, visitantes, entre outros) sobre o movimento de saúde mental; • Ressignificar a história de vida do paciente; • Romper com o modelo asilar de tratamento da loucura; Página: 58/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • Trabalhar a ressignificação de discurso dos usuários, levando-os a ver novos pontos de vista ou levar outros fatores da internação em consideração, que não sejam somente os aspectos negativos e sim os positivos (recuperação) METODOLOGIA – As atividades da rádio terapêutica são realizadas duas vezes por semana, no período matutino. O nome do programa apresentado é discutido juntamente aos pacientes, tendo como direção a musicoterapeuta. Os temas trabalhados são referentes a família, convivência social e o respeito ao limite do outro. Antes da programação ‘ao vivo’ é feita uma breve discussão a respeito do tema escolhido. GRUPO DE EXPRESSÃO CORPORAL Na saúde mental as práticas corporais podem contribuir para concretização de objetivos relacionados ao processo de humanização, ao redescobrimento da própria corporeidade e o movimento. Com a realização dessas vivências corporais, procuramos explorar as possibilidades naturais do corpo, na ampliação do repertório motor, buscando trabalhar o movimento de forma lúdica e expressiva. A movimentação corporal advinda da expressão sonora-musical faz com que os pacientes comecem a sentir seu corpo como algo que contém vida, identidade, e possam trabalhar memórias desde sua criança interior, resgatando pelo menos algo de sua história existencial, tão aprisionada no invólucro de sua patologia. (15) (24) (38) (44) (46) (57) (85) (89) OBJETIVOS: • Estimular a consciência do movimento corporal; • Melhorar a percepção do esquema corporal; • Trabalhar auto-estima através da aceitação do corpo; • Favorecer a interação com outros membros do grupo; • Contribuir ao resgate da qualidade de vida ao usuário de saúde mental; METODOLOGIA – Utilização da dança e da música, com visualização dos próprios movimentos e expressões em espelhos dispostos estrategicamente nas paredes, possibilitando que o paciente se perceba e tome consciência do seu corpo e dos seus movimentos. OFICINA DE ORIENTAÇÃO AO TRABALHO O usuário (sujeito) se identifica e se reconstrói como resultado de sua produção / trabalho. A produção é de um sujeito (portanto produtivo) e, que ao mesmo tempo, é estruturado por sua produção. O encontro com o resultado dessa produção gera efeitos de reconhecimento deste sujeito com sua história e com sua identidade. Encontramos barreiras quase intransponíveis quando se trata do retorno do usuário (dependente químico ou outro transtorno mental) ao trabalho, negando ao mesmo o direito de ser um cidadão produtivo Página: 59/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade e responsável pelo seu sustento e de seus familiares. Assim, a Oficina de Orientação ao Trabalho visa trabalhar a consciência da identidade social, o exercício da liberdade e da responsabilidade, orientando e encaminhando o usuário na reinserção ao mercado de trabalho, através da profissionalização. (40) (69) OBJETIVOS: promover a reabilitação psicossocial e o engajamento em cursos profissionalizantes dos usuários, favorecendo o fortalecimento de suas redes de relações sociais através do trabalho. • Conscientização da identidade social e da cidadania. • Integração grupal. • Promover hábitos e atitudes adequadas ao trabalho. • Orientar e envolver a família do trabalho do usuário. • Valorização do aprendizado, concretizando o desejo de aprender algo. • Valorização do indivíduo produtor. • Melhorar a qualidade de vida do usuário e da família. • Adaptação do indivíduo em seu trabalho. • Possibilitar o aumento do repertório laboral. • Promover a profissionalização e apropriação de técnicas de produção. • Incorporação de regras sociais. • Valorização enquanto sujeito (trabalho como necessidade moral / função social do trabalho / papel social do dinheiro). METODOLOGIA: Participam usuários na faixa etária de 16 à 65 anos, portadores de diferentes patologias psíquicas, com quadro clínico compensado e em acompanhamento pelos serviços do Hospital. O grupo tem atiividades previamente estabelecidas, com propostas definidas. Serão utilizadas técnicas de grupo, vivenciais, textos para reflexão e recursos áudios-visuais. A inserção do usuário na Oficina se dá através da TRIAGE, onde é encaminhado pelos serviços de Terapia Ocupacional e, após conhecer o projeto, opta por uma das oficinas de trabalho. Esse processo é coinstituido de: • Programa de atenção e informação (famílias e colaboradores do Hospital): contatos diários / reuniões mensais. • Avaliação do processo de trabalho e supervisão clínica: reuniões mensais. • Capacitação dos usuários para formação de empreendimentos solidários e manutenção do processo de sustentabilidade com características terapêuticas e educativas. A Equipe é formada pelos terapeutas ocupacionais e monitores que acompanham as oficinas e são realizadas os grupos operativos semanalmente, discutindo questões referentes ao processo de trabalho, e uma Assembléia mensal com os usuários, colaboradores e familiares. As oficinas constituem-se em campo de estágio para cursos diversos colaborando assim na formação de profissionais. Essa avaliação é feita em grupo pelo coordenador, monitor e grupos de usuários durante o mês, considerando-se critérios como assiduidade, pontualidade, responsabilidade, iniciativa, criatividade, higiene pessoal, relação com o grupo e desempenho na tarefa específica. As Oficinas tornam-se oportunidade de profissionalização, desenvolvimento econômico para os integrantes e auto-sustentabilidade para o projeto. As Oficinas estão instaladas em espaços físicos distintos montados com os equipamentos básicos necessários: Página: 60/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade • PROJETO DE PARCERIA: Firmado entre a Casa de Eurípedes e SESI/SENAC, CDL e empresas interessadas em oferecer profissionalização e vagas de trabalho no sentido de viabilizar a recolocação dos usuários no mercado formal de trabalho. A supervisão e acompanhamento dos usuários inseridos neste projeto ficam a cargo da equipe de Terapia Ocupacional e o Serviço de Voluntariado da Casa de Eurípedes. • OFICINA DE RECONSTRUÇÃO: Desenvolve trabalhos na área de construção civil, fazendo pinturas, construções, reformas e manutenções preventivas. • OFICINA DE JARDIM E HORTA: Desenvolve trabalhos na área jardinagem interna e horta da Casa de Eurípedes. • OFICINA DE RESTAURAÇÃO DE MÓVEIS E RECICLAGEM: Desenvolve atividades de restauração e conserto de móveis. O funcionamento das Oficinas é diário, podendo acorrer plantões em feiras externas e outros eventos, nos finais de semana. O grupo semanal está sob a responsabilidade da Terapia Ocupacional. Os usuários são identificados com o jaleco específico para cada oficina e o crachá. Página: 61/65 Hospital Espírita Eurípedes Barsanulfo Deus, Cristo e Caridade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ABRISQUETA, Gómez. J. Reabilitação neuropsicológica: da teoria à prática. Artes Médicas, São Paulo: 2006. 2. ALEXANDER, Gerda. Eutonia. Um caminho para a percepção corporal. São Paulo: Martins Fontes, 1983. 3. AZIMA, H.; WITTKOWER E.D. Tratamento de La esquizofrenia baseando em lãs relaciones objetales. Argentina: ActaNeuro-Psiquiátrica, 1958 4. BALLARIN, Oswaldo M. F. Tropeços na Boa Comunicação. São Paulo: Espectro, 1986. 5. BÁRBARA, B.B.; MELLO, Cardoso de HB; GLEIZER, G.E, GOLDENSTEIN, N.; Considerações a propósito da comunicação psicótica: o uso da musicoterapia. 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O grupo familiar, a doença e suas implicações. e. Abordagens: médicas, psicossociais e espirituais 3. Transtornos neuróticos relacionados ao estresse e somatoformes a. Conceitos Gerais b. Critérios diagnósticos: fobias, transtornos ansiedade generalizadas - TAG, transtorno do pânico – TP e transtorno obsessivocompulsivo – TOC c. Ansiedade normal e ansiedade patológica d. O grupo familiar, a doença e suas implicações. e. Abordagens: médicas, psicossociais e espirituais 4. A família como Sistema a. Conceito de Sistema, sistema e os subsistemas familiares b. O ciclo de vida familiar c. As fronteiras e os vínculos do sistema familiar d. A comunicação no sistema familiar 5. A doença no sistema familiar a. Vínculos no sistema familiar b. O paciente identificado: homeostase, crenças e segredos familiares c. Disfuncionalidade do sistema familiar d. O paciente e a doença do sistema familiar: a evolução dos sintomas e. Mudanças no sistema familiar – a terapia familiar 6. Programa terapêutico da Casa de Eurípedes a. Conceito de doença mental: aspectos biológicos, psicossociais e espirituais b. Estrutura terapêutica: ambulatório, tratamento domiciliar, hospital-dia, hospital integral, oficinas terapêuticas c. Tratamento estruturado multiprofissional: projeto terapêutico individualizado d. A inserção da família: compromissos e responsabilidades, grupos terapêuticos familiares e. O Modelo Científico – Filosófico - Religioso 7. A reinserção social a. A participação da família: a rotina diária e o convívio com a doença b. Enfrentamento: as limitações e as situações de crise c. Estratégias de readaptação laborial e profissional d. Profissionalização: das oficinas terapêuticas aos cursos regulares e. Treinamento de habilidades sociais 8. Espiritualidade e Saúde a. O homem como um ser espiritual em evolução numa jornada no mundo material b. Fenomenologia psiquiátrica não patológica: a mediunidade e outros fenômenos psíquicos c. Aspectos espirituais na saúde-doença - abordagens espirituais no tratamento d. Influências dos Espíritos: Obsessão Espiritual e. Culto do Evangelho no Lar – um recurso ecumênico fundamental CASA DE EURIPEDES ANEXO 3 – Unidade de Dependência Química: Temas do Grupo Psicoeducacional Familiar 1. Conceitos Básicos e Diagnóstico da Dependência Química a. Conceitos de drogas e suas classificações – drogas em nosso contexto social b. Conceitos de dependência química e sistemas diagnósticos c. Fatores de risco e proteção para o uso de drogas d. Comportamento de risco e. Abordagens terapêuticas: médicas, psicossociais e espirituais 2. Complicações Clínicas e Psiquiátricas do uso de drogas a. Complicacões do uso do álcool e tabaco b. Complicações do uso de drogas ilícitas c. Intoxicação aguda e uso crônico d. Comorbidades psiquiátricas e. Álcool, drogas ilícitas e violência – na família, no trabalho e no trânsito 3. Comportamento dependente a. Conceito de comportamento dependente – aspectos psiquiátrico, psicológico e sócio-familiar b. Modelo social e o uso de drogas – padrões sociais, mídia e cultura c. O aprendizado social – família e sociedade d. O repertório do usuário de drogas e. Treinamento de habilidades sociais 4. Família, dependência química e o tratamento a. Conceito Sistêmico de Família - o sistema, os subsistemas, as fronteiras e os vínculos familiares b. O paciente identificado: homeostase, crenças e segredos familiares c. Codependência – conceitos gerais e a disfuncionalidade familiar d. A doença familiar – sintomas e sinais da doença familiar e. Resistências e bloqueios para mudanças – motivação familiar 5. A família no tratamento da dependência química a. Características funcionais das famílias de dependentes químicos b. Os papeis dos membros no núcleo familiar c. Mudanças no sistema familiar – responsabilidades e compromissos d. Motivação para mudanças na família e. Terapia familiar, grupos psicoeducacionas e grupos de auto-ajuda 6. Programa terapêutico da Casa de Eurípedes a. Conceito de doença mental: aspectos biológicos, psicossociais e espirituais b. Estrutura terapêutica: ambulatório, tratamento domiciliar, hospital-dia, hospital integral, oficinas terapêuticas e unidade de dependência química c. Tratamento estruturado multiprofissional: projeto terapêutico individualizado d. A inserção da família: compromissos e responsabilidades 7. O modelo Científico – Filosófico – Religioso 7. Prevenção da recaída a. Conceito de recaída – recaída e lapso b. Situações de alto risco – tipos e identificação c. Intervenções em situações de alto risco d. Respostas de enfrentamento – alicerces da prevenção de recaída e. Treinamento de habilidades sociais e mudanças no estilo de vida 8. Espiritualidade e Saúde a. O homem como um ser espiritual em evolução em uma jornada no mundo material b. Fenomenologia psiquiátrica não patológica: a mediunidade e outros fenômenos psíquicos c. Aspectos espirituais na saúde-doença - abordagens espirituais no tratamento d. Influências do Espíritos: Obsessão Espiritual e. Culto do Evangelho no Lar – um recurso ecumênico fundamental Casa de Eurípedes Programa Terapêutico Individual ANEXO 4 - OFICINAS E GRUPOS TERAPÊUTICOS Nº 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 OFICINA / GRUPO Grupo Psicoeducacional Familiar Grupo de Orientação Familiar Oficina de Co-Dependência Grupo de Orientação para a Cessação Tabágica Oficina de Orientação Nutricional Oficina de Saúde Bucal Caminhada Ecológica Oficina da Beleza e Estética Grupo de Consciência Corporal Grupo de Estimulação Cognitiva Grupo de Acolhimento Assembleia Geral - H-DIA Assembleia Geral - UTM Assembleia Geral - UDQ Oficina de Vídeoteca Oficina de Artesanato Oficina de Alfabetização - Projeto Hoje Grupo Agente Transformador Grupo de Cidadania Grupo Coral de Vozes Grupo de Expressão Corporal Grupo de Rádio Terapia Grupo de psicomusicoterapia Grupo de Psicoterapia (T.H.) Grupo de Psicoterapia (DQ) Grupo de Culinária Grupo de Prevenção Recaida Grupo de Prevenção Recaida Grupo de Passeio Grupo de Reinserçao Social - UDQ Grupo de Meditação Mandálica Grupo Mediúnico ´Irmão Cássio' Grupo Mediúnico ´Amigos de Lorena' Grupo Mediúnico ´Irmã Teresinha' Grupo Mediúnico Grupo Estudos Mocidade Mensageiro de Jesus Grupo Mediúnico ´Seareiros da Boa Nova´ Grupo Mediúnico ´Obreiros de Jesus´ Grupo Mediúnico ´Saúde Integral´ Grupo de Estudos - Reunião Pública Grupo de Estudos do Ciência-Filosofia-Religião NÚCLEO SÓCIO-FAMILIAR SÓCIO-FAMILIAR SÓCIO-FAMILIAR MÉDICO-PSIQUIÁTRICO MEDICO-PSIQUIÁTRICO MEDICO-PSIQUIÁTRICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO PSICOTERAPÊUTICO SOCIO-FAMILIAR PSICOTERAPÊUTICO ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE Casa de Eurípedes Programa Terapêutico Individual ANEXO 4 - OFICINAS E GRUPOS TERAPÊUTICOS Nº 42 43 44 45 46 47 48 OFICINA / GRUPO Grupo de Fluidoterapia Grupo Mediúnico ´Fraterno´ Grupo Mediúinico ´Os Samaritanos´ Grupo Mediúnico ´A Caminho da Luz´ Grupo Mediúnico ´Obreiros de Jesus´ Grupo Mediúnico ´Euripedes Barsanulfo´ Grupo Mediúnico ´Pronto Socorro´ NÚCLEO ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE ESPIRITUALIDADE Casa de Eurípedes Programa Terapêutico Individual ANEXO 5 - Quadro de Prescrições de Atividades Nome: ______________________________________________________________ - Admissão: ______/ _______/ ______ Objetivo Geral: ________________________________________________________________________________________ ____________________________________________ - Assinatura: ________________________________ Dia Período Matutino 2ª Vespertino Matutino 3ª Vespertino Matutino 4ª Vespertino Matutino 5ª Vespertino Matutino 6ª Vespertino Matutino Sábado Vespertino Matutino Domingo Vespertino Grupo Objetivos/ Orientações Casa de Eurípedes ANEXO 6 - ROTINA DIÁRIA – Hospital Dia HORÁRIO SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA 08h00 Prece de Entrada Prece de Entrada Prece de Entrada Prece de Entrada Prece de Entrada 08h10 Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã 08h20 Medicação Medicação Medicação Medicação Medicação 08h25 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 08h30 Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Oficinas Terapêuticas Grupo de Acolhimento Oficina de Horta 9h00 às 10h00 Assembléia Geral Oficinas Terapêuticas Oficinas Terapêuticas Oficinas Terapêuticas Grupo da Beleza 9h00 às 11h00 Grupo Agente Transformador Grupo Agente Transformador Grupo de Culinária 09h00 às 11h30 Grupo de Expressão Corporal 9h30 às 10h15 Grupo de Psicomusicoterapia 9h30 às 10h30 Grupo de Psicoterapia (D.Q.) 9h00 às 10h00 Grupo de Relaxamento e Visualização 9h00 às 10h00 Grupo de Meditação Mandálica 9h30 às 11h00 Estimulação Cognitiva Rádio Terapia 10h30 às 11h15 Grupo de Culinária Suporte aos Grupos Operativos 11h40 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço 12h00 Repouso Repouso Repouso Repouso Repouso 13h30 Medicação Medicação Medicação Medicação Medicação Projeto Hoje Projeto Hoje Projeto Hoje (Jornal) Projeto Hoje Projeto Hoje Oficinas Terapêuticas Oficinas Terapêuticas 14h00 Oficinas Terapêuticas Oficinas Terapêuticas Oficina de Vídeoteca às 15h00 Grupo Cidadania 14h10 às 15h00 Grupo de Orientação Nutricional 14h15 às 15h00 Grupo de Coral Terapêutico 14h10 às 15h10 15h05 Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche 15h30 Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual 16h00 RETORNO RETORNO RETORNO RETORNO RETORNO Casa de Eurípedes ANEXO 7 - ROTINA DIÁRIA – Hospital Integral: período matutino. HORÁRIO SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO DOMINGO 06h30 Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal Higiene Pessoal 07h15 1ª Medicação 1ª Medicação 1ª Medicação 1ª Medicação 1ª Medicação 1ª Medicação 1ª Medicação 07h30 às 08h00 Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã Café da Manhã 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro 1º Cigarro Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Caminhada Ecológica Oficinas de T.O. Assembleia 8h30 às 9h15 Oficinas de T.O. Grupo Agente Transformador Oficinas de T.O. Grupo Cora Coralina 9h00 às 9h50 Horta 9h00 às 10h00 Grupo Agente Transformador Visita Fraterna Visita Fraterna 08h10 08h30 às 09h00 Oficinas de T.O. Grupo Operativo de Orientação ao Agente Transformador Oficinas de T.O. 09h00 Às 11h15 Expressão Corporal 9h30 às 10h15 Oficina da Beleza 9h00 às 11h00 Grupo de Meditação Mandálica 9h30 às 11h00 Grupo Operativo de Alta ao Agente Transformador 9h30 Rádio Terapia 10h30 às 11h15 Grupo Psicoterápico Ambulatorial 10h00 às 11h00 11h15 11h40 Almoço 2º Cigarro Almoço 2º Cigarro Almoço 2º Cigarro Almoço 2º Cigarro Almoço 2º Cigarro Almoço 2º Cigarro Almoço 2º Cigarro 12h00 Repouso Repouso Repouso Repouso Repouso Repouso Repouso Casa de Eurípedes ANEXO 7 - ROTINA DIÁRIA – Hospital Integral: período vespertino e noturno. HORÁRIO SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA Oficinas de T.O. Oficinas de T.O. Oficinas de T.O. Oficinas de T.O. Oficinas de T.O. Grupo de Culinária 14h00 às SÁBADO Banho Grupo de Culinária Vídeoterapia Coral Terapêutico 14h15 às 15h15 DOMINGO Lanche Caminhada Ecológica Grupo de Atividade Expressiva 14h15 às 15h15 Grupo de Atividade Expressiva (Apto) 14h00 às 15h00 15h30 Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche Lanche 15h40 3º Cigarro Banho 3º Cigarro Banho 3º Cigarro Banho 3º Cigarro Banho 3º Cigarro Banho 3º Cigarro 16h00 3º Cigarro Banho 17h00 Visita Visita Visita Visita Visita Visita 18h00 Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar Jantar 18h20 4º Cigarro 4º Cigarro 4º Cigarro 4º Cigarro Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual 4º Cigarro Atividade Espiritual 4º Cigarro 19h00 4º Cigarro Atividade Espiritual Atividade Espiritual 20h00 MEDITAÇÃO MEDITAÇÃO MEDITAÇÃO MEDITAÇÃO MEDITAÇÃO MEDITAÇÃO MEDITAÇÃO 21h00 21h00 às 22h30 5º Cigarro 5º Cigarro 5º Cigarro 5º Cigarro 5º Cigarro 5º Cigarro 5º Cigarro Medicação e Televisão Medicação e Televisão Medicação e Televisão Medicação e Televisão Medicação e Televisão Medicação e Televisão Medicação e Televisão 15h30 Equoterapia 14h00 às 15h00 Assembleia (apto) 14h00 às 15h30 Visita do Familiar 15h00 às 17h00 CASA DE EURÍPEDES ANEXO 8 – ROTINA DIÁRIA– Unidade Dependência Química Horário SEGUNDA-FEIRA TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA SÁBADO DOMINGO 06h15 Despertar / Caminhada Ecológica Despertar / Caminhada Ecológica Despertar / Caminhada Ecológica Despertar / Caminhada Ecológica Despertar / Caminhada Ecológica Despertar / Caminhada Ecológica Despertar / Caminhada Ecológica 07h15 às 07h30 Café da Manhã/Medicação Café da Manhã/Medicação Café da Manhã/Medicação Café da Manhã/ Medicação Café da Manhã/Medicação Café da Manhã/Medicação Café da Manhã/Medicação 08h00 ás 9h00 Grupo psicoeducacional Grupo psicoeducacional Grupo psicoeducacional Assembléia Geral Grupo Psicoeducacional Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Atividade Espiritual Jogos / Recreação Grupo de Tratamento do Tabagismo Educação Física Oficina Terapêutica Educação Física Grupo Reinserção Social Grupo Orientação ao Desenvolvimento Social Grupo 12 Passos ALMOÇO / Medicação ALMOÇO / Medicação ALMOÇO / Medicação ALMOÇO / Medicação ALMOÇO / Medicação ALMOÇO / Medicação ALMOÇO / Medicação REPOUSO REPOUSO REPOUSO REPOUSO REPOUSO REPOUSO REPOUSO Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Educação Física Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Oficina Terapêutica Jogos / Recreação LANCHE /Medicação LANCHE /Medicação LANCHE /Medicação LANCHE / Medicação LANCHE / Medicação LANCHE /Medicação LANCHE /Medicação Grupo de Apoio e Orientação ao Desenvolvimento Social Visita Familiar Oficina Terapêutica / TV 09h00 às 10h00 10h00 às 11h15 11h30 às 12h00 12h00 às 14h00 14h00 às 15h30 15h30 às 16h00 16h10 às 17h00 Grupo Terapia Ocupacional Oficina de Salsa Grupo Terapia Ocupacional Grupo de Estimulação Cognitiva 18h00 JANTAR JANTAR JANTAR JANTAR JANTAR JANTAR JANTAR 19h00 Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual Atividade Espiritual 20h00 Meditação Grupo AA Grupo NA Meditação Meditação Meditação Meditação 21h00 às 22h00 TV / Medicação TV / Medicação TV / Medicação TV / Medicação TV / Medicação TV / Medicação TV / Medicação