COMUNICADO
Este comunicado, elaborado pelo concorrente e legal representante do piloto Pedro
Alves, a competir no Campeonato Nacional de Ralicross de 2014, tem como propósito
comunicar o abandono do piloto do referido Campeonato e destina-se a todos os seus
apoiantes e fans. Assume o concorrente, toda a responsabilidade pelo conteúdo, bem
como pelas posições e sensibilidades nele expressas, pelo piloto.
Dele será dado conhecimento aos Clubes Organizadores das provas em que
participou, aos órgãos de comunicação social especializados e à FPAK.
Na sequência de factos ocorridos no decurso de todo o Campeonato, culminando na
prova de Montalegre 1, organizada pelo Clube Automóvel de Vila Real, realizada nos
passados dias 26 e 27 de Julho, o piloto comunica o seu abandono do campeonato
em curso, sem que com isto abandone a prática de desporto automóvel que tanto
gosta.
De tal decisão, apresenta os seguintes motivos:
1 - A impunidade sistemática constatada, com consequente benefício a pilotos que de
forma recorrente tem práticas anti-desportivas em pista, lesam moral e
financeiramente participantes que se pautam pelo cumprimento escrupuloso dos
regulamentos e das regras elementares como as da boa conduta e educação.
2 - O desconhecimento dos regulamentos aplicáveis (incluindo CDI) que levam a
aplicar decisões imediatas, não sustentadas e incorrectas, corrigidas “à posteriori”,
mas como consequência de protesto por parte do concorrente que só luta pelos seus
direitos, cumprindo os seus deveres.
Na condição de concorrente e na condição de piloto, não aceitamos participar num
jogo desigual, com um órgão que apesar de soberano é inoperante, actua de forma
autista, parcial e incoerente nos critérios. Vedado do direito de se defender e
apresentar o seu ponto de vista, ao concorrente só lhe resta “apelar fazendo-se
acompanhar do respectivo cheque”. A isto fomos convidados. Recusamos o convite e
repudiamos esta forma de relacionamento com este ou qualquer outro Colégio de
Comissários Desportivos que adopte estas formas e conteúdos no exercício das suas
funções.
Quer a equipa louvar as posturas dos Director de Prova e Relações com os
Concorrentes, estas sim, dignas e de acordo com o cumprimento dos regulamentos,
pelo qual em vão se bateram, tendo em vista o alcance da verdade desportiva.
Consciente de que tais situações, quer pela reincidência de casos, quer pelo
tratamento aplicado, não abona a favor da justiça desportiva, nem permitem que se
alcancem os resultados desportivos com lealdade e mérito, o piloto que não se
identifica com as práticas e comportamentos em pista, com os critérios de decisão dos
órgãos soberanos, por eles responsáveis em tempo real (porque são com essas
decisões que se depara em prova), decide abandonar a prática da modalidade, não
comparecendo até final do campeonato.
Continua o piloto, em segundo lugar no Campeonato e ainda em condições de lutar
pelo título. Para tal seriam necessários:
1- Confiança e credibilidade nos órgãos deliberativos por forma a garantir as
condições de segurança.
2- Aplicação das regras regulamentares com competência.
3- Equidade e coerência nos critérios.
Só assim, considera o piloto, estariam reunidas as condições mínimas para o
desempenho desta ou qualquer outra actividade desportiva, tendo em vista a prática
da competição, sustentada na verdade e justiça desportivas.
Considera, o piloto, não estarem reunidas estas condições e por isso toma a decisão
de abandonar a prática da modalidade, estando já a ponderar a sua continuidade no
desporto automóvel noutra vertente mais digna, gerida com mais competência e
elevação.
Uma palavra dirigida à FPAK. Esta sim, com agrado e reconhecimento.
Pela primeira vez, nos últimos anos, temos uma FPAK de mente aberta, mais
presente, ouvinte, dialogante e receptiva às necessidades, desejos, apelos e até aos
“desesperos” de clubes e pilotos.
Acreditamos ser este o caminho, o rumo e atitude assertiva em prol do desporto que
tanto nos cativa e apaixona.
A “melhor” FPAK não é a que concede anuência a tudo. Não ao que é vazio,
inconsistente, leviano ou até inconsequente. A “melhor” FPAK é a que nos põe à
prova. A que nos desafia, ouve e dialoga. A que nos exige competências, posturas e
bom senso.
Por isso, apelo a uma atenta e eficaz supervisão na actuação dos Colégios de
Comissários.
Aos Clubes Organizadores, desejamos os maiores sucessos na realização das provas
desta fantástica modalidade. Lutem afincadamente contra o actual estado e
desempenho dos Colégios, dos comissários e não os deixem destruir o Ralicross. A
todos os Clubes sem excepção, o nosso obrigado, pela forma sempre simpática e
carinhosa com que nos acolheram. “Até um dia destes”, mas com outros elementos no
órgão soberano.
Aos apoiantes e fans do Pedro Alves, o nosso sentido “bem-haja” com um forte
abraço.
Augusto Ferraz Alves
(Concorrente)
[email protected]
Pedro Alves
(Piloto)
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