Nº257
Pequeno-Almoço/Debate no hotel Tiara Atlantic Park Porto
Economia paralela e crise
criam dificuldades sem precedentes
ao pós-venda automóvel
Grupo JAP
abre concessionário
Volkswagen
em Vila Real
Peugeot 208
já nos concessionários
Ensaio – Toyota Yaris 1.4 D4D
GARRA URBANA
Quebra de janeiro a abril nos ligeiros
de passageiros foi de 46,8%
Vendas de novos
em Portugal caem
há 16 meses
01445
9 720972 000037
Oficina CERTA
Centro Especializado em Reparação Tecnológica Automóvel
“As 5 primeiras Oficinas Certas”
Soutilhoauto - Reparações Auto, Lda.
Auto Ismael, Lda.
Auto Líder - Agostinho Alfredo Magalhães, Lda.
Francisco António Santos Gaspar
Ramiro & Ramiro, Lda.
Franchising para os associados da ARAN.
sexta-feira, 18 de maio 2012
ANTÓNIO
TEIXEIRA LOPES
Presidente da direcção
Editorial
da ARAN
ARAN ao lado
dos associados
Sem surpresa, a ARAN está
extremamente preocupada com
a situação do setor. Não só é a
crise económica como se sabe,
como também não se vislumbra
qualquer iniciativa por parte das
entidades governamentais, em tomar
medidas viradas para um setor que
é responsável por muitos empregos
e grande fatia da receita fiscal
arrecadada pelo Estado.
Uma coisa é no entanto certa! Tal
como sempre o fez, a Associação
vai fazer os possíveis por ajudar os
associados. Temos em curso um
ambicioso projeto que revelaremos
brevemente e que irá certamente
auxiliar os associados a aumentar a
sua atividade. O objetivo é ajudar
o setor, em todas as suas áreas, a
minorar as dificuldades por que
passa.
O papel de “coitadinho” não serve
para aqueles que querem e têm, face
aos seus compromissos, de sobreviver.
É necessário e imprescindível ir em
frente!
Nas vendas, face ao forte
decréscimo na venda de automóveis
novos, é nosso entendimento que
os associados deveriam apostar nas
viaturas usadas com preço até sete
mil euros. Quando não há cão, caçase com gato e, pelas informações
que nos chegam, vai havendo ainda
procura de viaturas naquela faixa de
preço. O projeto da ARAN, Usado
CERTO, já tem várias dezenas de
candidaturas de associados.
Nas oficinas de cada vez
mais a fidelização dos clientes é
importante. Seria bom que o projeto
do franchising Oficina CERTA
praticamente sem custos e exclusivo
dos associados da ARAN, vingasse e
contasse com muita aderência. Ainda
em relação ao pós-venda, estou em
condições de avançar que a ARAN vai
relançar, em outros moldes, o crédito
à reparação.
Tanto na venda como no pósvenda, mostrar ao cliente qualidade,
transparência e credibilidade, ao
menor preço possível, vai continuar
ser a tónica da ARAN.
Na área dos reboques, a ARAN
tem levado a cabo várias iniciativas
junto da Assembleia da República
e do Governo, para que este setor
seja considerado prioritário e de
interesse público, junto da Comissão
Nacional de Proteção de Dados
(por causa da utilização de GPS) e
esperamos posições da Autoridade
da Concorrência. O tema dos GPS é
mais complexo do que nos foi dado
a entender numa primeira fase, mas
é um assunto que não descuraremos.
Para nós, os associados são um
todo e não um pequeno grupo.
Defenderemos sempre aquilo em
que acreditamos e pelo bem comum.
Irá ser apresentada brevemente uma
iniciativa parlamentar pelo Partido
Comunista Português, relativo à
atividade dos reboques, para defesa
deste setor face ao que nós pensamos
de uma eventual posição dominante
de algumas entidades sobre os nossos
associados.
III
DE ACORDO COM PEDRO PEREIRA, ADMINISTRADOR DA GARAGEM DA LAPA
Operadores têm de se adequar
a condições de mercado muito
mais exigentes
A diminuição das viaturas
em circulação vai levar uma
quebra na procura das oficinas,
naquela que representa a
maior ameaça para as empresas
que se inserem neste setor de
atividade. É importante que os
operadores de mercado tenham
capacidade para se adequarem a
uma nova realidade muito mais
exigente, refere Pedro Pereira,
administrador da garagem da
Lapa.
Vida Económica – Quais as principais
ameaças para o vosso setor de atividade
e quais as soluções possíveis?
Pedro Pereira – A principal ameaça é
a diminuição das viaturas em circulação.
Outra ameaça é o desespero daqueles que
nunca se preocuparam em investir nos
seus recursos físicos e agora, perante um
mercado mais apertado e exigente, fazem
a última tentativa para sobreviver. E estragam o seu próprio negócio e o dos outros
ao venderem sem margem, ao oferecerem
serviços – já de pouca ou nenhuma qualidade – ou mesmo pneus usados. A solução
para a primeira ameaça é termos condições
para sermos escolhidos por uma clientela
cada vez mais escassa e exigente. Para a se-
gunda ameaça a solução é uma questão de
tempo. Tempo e capacidade para aguentar
esse desespero, pois só vão ficar as empresas
que tenham padrões de qualidade acima da
média, que tenham diversidade de produto
e possam continuar a transmitir ao cliente a
segurança que eles pretendem.
VE – Como se posiciona a vossa empresa no mercado?
PP – A Garagem da Lapa foi criada em
1955 e começou por ser uma pequena empresa familiar no centro do Porto, que se
dedicava essencialmente à atividade de mecânica, estação de serviço, pneus e combustíveis. Em 1980 adquiriu as instalações da
Praça da República, aderindo ao First Stop.
Criou, deste modo, um espaço exclusivo
para a secção de pneus. Em 2009 adquiriu
instalações na Maia, junto ao aeroporto,
fornecendo, atualmente, as principais empresas de “rent-a-car” que se encontram
nas imediações. Nestas instalações proporcionamos aos clientes serviços de pneus,
mecânica, estação de serviço e lavagem de
estofos. A par destas atividades, a Garagem
da Lapa tem desenvolvido o seu setor de
pronto-socorro, com nove viaturas pesadas
de reboque e um jipe de desempanagem.
Contamos com quase quatro dezenas de
colaboradores.
VE – Como carateriza a atual situação
do comércio de pneus?
PP – Estamos no meio de uma crise
económica aliada a preços de combustíveis altíssimos, o que afeta a circulação das
viaturas e, por arrasto, a diminuição do
consumo de pneus. A descida da venda de
automóveis ligeiros também não é um bom
sinal para o negócio num futuro próximo.
No entanto, quem consome procura qualidade e, neste momento, o mercado está a
cair na tentação de fornecer produtos com
menos qualidade a preços mais baixos. Penso ser uma estratégia errada, tanto no curto
como no médio prazos.
VE – Quais as oportunidades que existem para este setor?
PP – Existem mais ameaças que oportunidades hoje em dia. A oportunidade prende-se em criar condições físicas em termos
de conforto e instalações, de modo a podermos competir com os concessionários e os
novos conceitos que vão proliferando. Em
termos de qualidade de serviço, seremos
sempre vistos como os melhores pelo nosso
“know-how” de vários anos de experiência.
VE – Qual o futuro das casas de pneus
tradicionais?
PP- Continuaremos a ser os especialistas,
desde que não paremos no tempo e façamos
os investimentos necessários para tornar as
nossas casas cada vez melhores. Iremos ter
sempre os melhores recursos humanos e
equipamentos, mas nem sempre os melhores preços. Será o mercado a regular que vai
levar vantagem.
Grupo JAP abre concessionário
Volkswagen em Vila Real
A SIVA nomeou a JAP Blue (grupo JAP)
como concessionário para a zona de Vila
Real/Penafiel. O espaço, com uma área
de quatro mil m2, representa um investimento de um milhão de euros, conjugando as tradicionais áreas comerciais com os
serviços que lhe estão associados, como o
financiamento, seguros e assistência apósvenda. A JAP Blue de Vila Real conta com
mais de 35 colaboradores, disponibilizando
serviços como a comercialização de viaturas
novas Volkswagen, veículos usados, seguros, financiamento, rent-a-car, após-venda,
peças, pneus, serviço de colisão e serviços
rápidos.
“As novas instalações da Volkswagen
funcionam em horário alargado, atendendo aos parâmetros de excelência da marca,
tendo sido dotadas de elevados meios tecnológicos, capazes de assegurar um serviço
de elevada qualidade”, indica um comunicado da SIVA. José Duarte, diretor-geral da
O novo espaço resulta de um investimento de um milhão de euros.
Volkswagen na estrutura SIVA, destacou o
conceito e funcionalidade do novo espaço.
“[Foi] pensado para o futuro mas adaptado
ao presente, orientado para o cliente e para
as novas exigências da mobilidade que já
antecipámos”, considera.
Ficha técnica
Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Director: António Teixeira Lopes | Redacção: Aquiles Pinto, Fátima Neto, Bárbara
Coutinho, Maria Manuel Lopes, Nelly Valkanova, Tânia Mota, Ricardo Ferraz, Rui Rei, Sérgio Moreira e Sónia Guerra | Arranjo Gráfico e Paginação:
Célia César, Flávia Leitão, José Barbosa e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo
Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica | Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090
646 • [email protected] • www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN
IV
sexta-feira, 18 de maio 2012
INDICAM OS PRESENTES NO PEQUENO-ALMOÇO/DEBATE PROMOVIDO PELA “VIDA ECONÓMICA” E PELA ARAN NO TIARA ATLANTIC PARK PORTO
Economia paralela e crise criam di
sem precedentes ao pós-venda au
Além da crise, há outro
fator importante a
“gripar” o motor da
atividade de reparação
automóvel, quer por
oficinas de marca, quer de
reparadores multimarca:
os operadores paralelos.
Também conhecidos
como “biscateiros”, fazem
concorrência desleal aos
operadores legalizados
ao não cumprirem com
as obrigações fiscais,
de segurança social e
ambientais, avisam os
representantes do setor
presentes no PequenoAlmoço/Debate “Vida
Económica”/ARAN no
Tiara Atlantic Park Porto
com o tema “o papel
do pós-venda no setor
automóvel português”.
AQUILES PINTO
[email protected]
A crise que afeta a economia do
nosso país e o aumento de operadores paralelos estão a criar dificuldades nunca vividas pelo pósvenda automóvel em Portugal, de
acordo com os seis intervenientes
no Pequeno-Almoço/Debate promovido pela “Vida Económica” e
pela ARAN no Tiara Atlantic Park
Porto dedicado ao tema “o papel
do pós-venda no setor automóvel português”. O presidente da
ARAN, António Teixeira Lopes,
aponta como fator primeiro para
o atual “cenário dramático” para o
setor a falta de dinheiro que afeta
as famílias. “Recentemente, havia
Os operadores presentes no debate reclamam um fiscalização das autoridades aos “biscateiros”.
menos dinheiro. Atualmente, não
há dinheiro”, atira o responsável
associativo.
“É preciso notar que os funcionários públicos e os reformados, que têm um peso grande na
economia nacional, ficaram sem
subsídios de férias e de Natal e era
com esses subsídios que as pessoas
conseguiam suportar alguns extras,
como por exemplo as férias ou a
revisão do carro. Mesmo que tenham algum dinheiro disponível,
as pessoas estão receosas de gastar
as poupanças, pois não sabem o
que o futuro lhes reserva. E nada
perspetiva que possa haver melhorias. Aliás, existem contradições do
Governo na questão da reposição
dos subsídios, era 2013, depois
2015, agora 2018, o que mostra
que não há certezas de nada. A não
ser que haja um volte-face, a nível
europeu, corremos o risco de não
morrer do mal, morrer da cura”,
avisou Teixeira Lopes.
O líder da ARAN realça ainda
a concorrência que rotula de desleal da economia subterrânea. “Há
casos de pequenas empresas que
fecham, mas não fecham. Isto é,
deixam de pagar os custos ambientais, não liquidam IVA, portanto,
passam a trabalhar à margem da lei
e fazem uma concorrência desleal
àqueles que tentam sobreviver pagando os seus impostos”.
Teixeira Lopes defende que esses
casos sejam seguidos pelas autoridades, embora saliente haver neste
fenómeno “uma questão social que
importa que seja vista pelo Governo” nessas empresas que continuam a laborar à porta fechada. “O
que iriam fazer essas pessoas com
50 e 60 anos? Roubar? Ou o Go-
verno pensa e discute com as associações cenários de resolução dessas
situações ou vamos encontrar cada
vez mais uma economia subterrânea que desincentiva e destrói todos
aqueles que ainda hoje querem trabalhar, como as pessoas que estão
nesta mesa”, referiu.
“O IVA é quase um quarto da
mão de obra. Se aí acrescentarmos
a concorrência de peças usadas
importadas, o cenário é pior. Sobre este tema, deixo um alerta: os
negócios são lícitos, mas será que
o circuito de impostos está todo
certo como nas peças novas? Se
não, é mais uma concorrência desleal”, acrescentou o presidente da
ARAN, recordando outra despesa
que os operadores paralelos evitam,
os custos ambientais, que numa
pequena oficina “são no mínimo
de 500 euros por mês”.
Casas de peças
não pedem NIF
Artur Vieira, sócio-gerente da
Soutilhoauto, de Braga, aponta o
dedo às empresas de peças como
contribuinte para o florescer da
economia paralela no setor automóvel ao não pedirem o NIF aos
compradores. “Há muita gente
a trabalhar à noite e ao fim de semana, à porta fechada, sem pagar
impostos. Um das principais causas para isso é as casas de peças
venderem material sem número
de contribuinte. Se fosse pedido,
haveria mais controlo. Se fosse
obrigatório as vendas serem feitas
contra número de contribuinte,
seria diferente. Esta já é um ‘guerra’
antiga nossa. As oficinas pagam as
suas obrigações e quem trabalha à
porta fechada, é tudo lucro”, disse.
INTERVENIENTES
Afonso Ferreira
Auto Sete Fontes
António Teixeira Lopes
ARAN
Artur Vieira
Soutilhoauto
Carlos Pereira
Campo Lindo
João Carlos Oliveira
João Carlos Oliveira, Lda
“Há o problema
adicional da
concorrência que
temos das companhia
de seguros, que
tentam desviar-nos
trabalho, mentindo aos
clientes”.
“Era com os
subsídios de férias
e de Natal, que as
pessoas conseguiam
suportar alguns
extras, como por
exemplo as férias ou
a revisão do carro”.
“Há muita gente a
trabalhar à porta
fechada sem pagar
impostos. Uma das
causas é as casas
de peças venderem
material sem número
de contribuinte.
“Há muitas pessoas
que andam de
automóvel que
não têm dinheiro
para andar de
autocarro, mas
continuam a andar de
automóvel”.
“Alguns gabinetes
[de peritagem],
para terem serviço,
prometem às
companhias que
baixam X milhões de
euros e vêm de fita
métrica”.
Pedro Cerqueira
Auto Estrela S. Vitor
“Os táxis cada vez
trabalham menos.
Logo, não há
milagres,
se o carro não
anda, não vai
precisar de
manutenção”.
sexta-feira, 18 de maio 2012
V
DEDO É, AGORA, APONTADO AOS GABINETES DE PERITAGEM
“Situação com seguradoras
evoluiu”
ficuldades
tomóvel
“Mesmo que tenham algum dinheiro disponível,
as pessoas estão receosas de gastar as poupanças,
pois não sabem o que o futuro lhes reserva. E nada
perspetiva que possa haver melhorias”.
O sócio-gerente da Auto Sete
Fontes, Afonso Ferreira, junta à crise e à economia paralela a postura
de algumas companhias de seguros.
“Derivado da conjuntura económica do país, quase todas as oficinas
estão a sentir dificuldades. Com o
problema adicional da concorrência que temos das companhia de
seguros, que tentam desviar-nos
trabalho, mentindo aos clientes,
dizendo aos clientes que lá é que
dão garantias e fazem tudo e mais
alguma coisa. Isso parece que não,
mas tem-nos prejudicando. A nossa
luta é fidelizar o cliente e é a razão
por que a mim não têm desviado
grande trabalho”, afirmou.
Ainda sobre os operadores clandestinos, Teixeira Lopes disse que “a
ARAN tem feito uma grande pressão” juntos dos sucessivos governos
por causa da venda de lubrificantes,
filtros e baterias nos supermercados.
“Não vou dizer que não possam
vender óleo, mas quantidades mais
pequenas. Lá porque põem um
cartaz a informar que o comprador
tem de respeitar os preceitos legais,
isso é teoria, todos sabemos que os
óleos usados vão, muitas vezes, parar à sarjeta ou à sanita”, avisa.
Autoridades devem
controlar fenómeno
João Carlos Oliveira, da oficina com o mesmo nome, também
lamenta que as empresas de peças
vendam peças a pessoas não coletadas, mas acrescenta ser importante
que os concessionários de marca
atuem. “As pessoas procuram o
mais económico, que, por vezes,
não é o melhor serviço. Quando
têm um veículo com mais anos
é mais massa menos massa, mas
quando o carro é mais recente já
procuram um ‘biscateiro’ mais qualificado. E qual é? É o empregado
da marca. Quem teria que agir seria
o representante da marca, pois investiu nesse funcionário, mas ele vai
pôr aqueles conhecimentos ao seu
próprio serviço”, disse.
Afonso Ferreira defende que esse
controlo “é um bocado complexo
de fazer”. “Todas as empresas, de
marca ou não, têm biscateiros. E
ou o patrão o apanha e despedeo por justa causa ou o Estado cria
mecanismos de fiscalização”, referiu
o empresário bracarense.
“Numa Conferência ARAN, na
Póvoa de Varzim, tive de evitar que
um grupo de empresários linchasse
um elemento das forças da ordem,
porque disse que não fiscalizava
os supermercados porque tinham
muitos empregados e não podia
afrontá-los e porque as forças do
SEPNA [Serviço de Proteção da
Natureza e do Ambiente, da GNR]
não tinham possibilidade de atuar,
fora das horas de trabalho ou ao
fim de semana. Isto foi reconhecido pelas forças policiais”, atalhou o
presidente da ARAN. “Uns estão a
pagar para sobreviver e para quem
não trabalha”, refere.
“Nas marcas, alguns empregados
chegam a levar equipamentos de
diagnóstico da empresa”, lembra
António Teixeira Lopes. “A propósito desses equipamentos, também
seria importante que fiscalizassem
as máquinas de diagnóstico que
se vendem pela Internet”, avisou,
por seu turno, Pedro Cerqueira, da
Auto Estrela de S. Vítor. “A maior
parte desses operadores paralelos
têm máquinas que são cópias das
originais e que custam muito menos e não garantem a mesma fiabilidade”, acusou o empresário.
Em relação às faturas, Teixeira
Lopes disse que a ARAN já enviou
“há algum tempo” ao Ministério
das Finanças uma carta a pedir
um esclarecimento sobre a faturação das seguradoras ao cliente final
(sem passar pelas oficinas), questionando “se poderá ou não constituir
fuga ao fisco”, pois, quando a indemnização é direta ao lesado, não
há pagamento de IVA. “Passados
alguns meses, ainda não tivemos
resposta”, disse Teixeira Lopes.
“Há pessoas de automóvel
sem dinheiro para autocarro”
Carlos Pereira, sócio-gerente da
Campo Lindo, histórico concessionário oficial Renault e Dacia, recordou as dificuldade por que também
passa o pós-venda os distribuidores
das marcas. “Falta capital aos concessionários para funcionarem. Os
bancos praticamente desistiram de
apostar no automóvel. Além disso, hoje falta trabalho nas oficinas
porque também falta dinheiro aos
clientes. No entanto, é a última coisa que quer largar. Há muitas pessoas que andam de automóvel que
não têm dinheiro para andar de autocarro, mas continuam a andar de
automóvel, e quando chega a altura
das revisões já há pessoas a poupar
em órgãos de segurança”, referiu,
avisando que as inspeções nem
sempre “funcionam como deviam
funcionar”.
Em relação ao controlo dos operadores paralelos, o responsável pela
empresa do Porto afirmou ser difícil
aos concessionários de marca controlarem esse fenómeno. “A pessoa,
quando sai da sua hora de trabalho
é livre. Todos os empregados sabem
que são sujeitos a processos no caso
de serem apanhados. Portanto, um
patrão de uma concessão não tem
tempo para fazer esse controlo”, referiu aquele responsável pela Campo Lindo.
Em relação à possibilidade de
esses “biscateiros” serem mais baratos, Carlos Pereira disse que “não há
milagres” no setor automóvel. “Se
há peças mais baratas, é porque têm
menos qualidade. A peça de origem
é mais cara, mas tem mais qualidade. Já fiz um teste com um filtro de
óleo original e um da concorrência
– da concorrência barata, pois também há concorrência boa. Enquanto o original tinha três patamares de
filtragem, o da concorrência tinha
um. E por fora eram iguais”, avisa.
“O cliente, por vezes, vai ao barato, mas sai-lhe caro”, acrescentando
que isso também acontece na comparação entre os concessionários e
as oficinas fora da rede. “Por vezes,
temos ferramentas específicas que
nos permitem fazer a operação em
menos tempo. Depois, somos obrigados pela fábrica a cumprir o tempo estipulado para cada a operação
e mesmo que percamos mais tempo, o cliente só paga o estipulado”,
afirmou o sócio-gerente da Campo
Lindo. “Eu tenho o Data [um software] e reconheço que isso é, em
alguns casos, assim”, referiu Afonso
Ferreira.
Embora não pertença à rede oficial, a Auto Estrela de S. Vítor é
reconhecida por trabalhar especialmente com veículos da Mercedes.
Esse facto não impede a empresa
de sentir os efeitos do momento da
economia. “A crise está generalizada
e não é o tipo de carro que muda
isso. A crise toca a todas as pessoas
e a pessoa que anda de Mercedes
ou BMW nem sempre tem muitas
posses”, explicou Pedro Cerqueira.
Além disso, defende a mesma
fonte, a concorrência é numerosa.
“Há muitas oficinas independentes especializadas em Mercedes
do Porto, deve ser das marcas em
que há, fora da rede oficial, mais
empresas especializadas”, refere. A
Auto Estrela de S. Vítor trabalha
muito com taxistas, um mercado
que também sofre, segundo Pedro Cerqueira. “Os táxis cada vez
trabalham menos, cada vez fazem
menos km. Temos alguns clientes
que se queixam que estão na praça o dia todo sem fazer nenhuma
corrida. Logo, não há milagres, se
o carro não anda, não vai precisar
de manutenção”, afirma a mesma
fonte.
A relação entre as companhias
de seguros e as oficinas, problema antigo no setor, está a evoluir, de acordo com o presidente
da ARAN, para quem “as coisas
não estão perfeitas, mas o ótimo
é inimigo do bom”. “Se olharmos
friamente para o cenário de há
meia dúzia de anos atrás, a evolução foi grande. O cenário não
está perfeito e a lei do mais forte
existe, pelo que neste momento as
seguradoras estarão a tirar proveitos da crise, pois algumas oficinas,
algumas de grandes grupos, estão a
subordinar-se-lhes, oferecendo um
preço de mão de obra inferiores às
oficinas multimarca, quiçá abaixo
de custo”, esclareceu António Teixeira Lopes.
“Ainda recentemente me falaram de mão de obra abaixo dos
30 euros na cidade do Porto. São
sempre os poderosos a tirar proveitos destas situações. Mas também
não podemos culpar ninguém por
ter objetivos de lucros”, acrescentou o dirigente associativo. “O
que está mal são as empresas que
ao atravessar uma crise vão logo ao
mais fácil: umas baixam o preço
da mão de obra, oferecendo-se de
mão beijada, e outras, ao contrário, aumentam o preço da mão de
obra para valores tais que ninguém
aceita”, reconhece, por outro lado,
Teixeira Lopes.
O presidente da ARAN salienta
a importância de os empresários
olharam para o futuro. “É preciso
que as pessoas tenham consciência
de empresários e vejam não só o
dia de hoje, mas também o dia de
amanhã. O saldo é de momento,
o importante é reduzir o desperdício na empresa. Aliás, falou-se
aqui nos tempários, é obvio que
as reparações têm de ser feita num
determinado tempo. Há muitas
empresas que não têm softwares
de orçamento e outras têm, mas
não sabem usá-los, ficando nas
mãos dos peritos das seguradoras”,
avisou.
Carlos Pereira, da Campo Lindo, recordou “que antigamente
os peritos eram profissionais da
peritagem e hoje não”, pelo que
é “preciso saber argumentar muito bem”. Afonso Ferreira levou à
conversa a utilização da fita métrica para medir os danos nas viaturas. “Desconhecem que duas
amolgadelas iguais, muitas vezes
não se desempenam da mesma
forma”, refere o empresário, com a
concordância de Carlos Pereira. “A
qualidade de um guarda-lama ou
de um capot não é igual por todo,
é mais macio à frente do que atrás,
para amortecer o choque”, disse o
responsável pela empresa.
Gabinetes de peritagens
postos em causa
António Teixeira Lopes recordou, a este propósito, “que a maior
parte dos problemas das oficinas
não são com as seguradoras diretamente, mas com os gabinetes de
peritagens”, que são subcontratados pelas primeiras. “São pessoas
com formação académica, mas
sem experiência prática. Em relação a esses gabinetes, importa
dizer que à mulher de César não
basta ser séria, tem de parecer. E
alguns gabinetes de peritagem deixam a desejar. Não concebo que
peritos deixem nas oficinas recomendação para as peças serem adquiridos em determinado lado ou
que as oficinas recebam chamadas
de determinadas casas de peças
pouco depois do perito sair de lá”,
afirma o presidente da ARAN.
As média de despesas das seguradoras com reparações de viaturas
sinistradas e a concorrência que há
no mercado de gabinetes de peritagens, segundo Afonso Ferreira.
“Para conseguirem mais trabalho,
prometem que conseguem baixar
custos às seguradoras, muitas vezes
prejudicando as oficinas”, defende
o responsável pela Auto Sete Fonte.
João Carlos Oliveira avisa que
“a concorrência entre os gabinetes
é que está a matar” o setor oficinal. “Alguns gabinetes, para terem
serviço, prometem às companhias
que baixam X milhões de euros e
vêm de fita métrica. A uma determinada companhia, uma dessas
empresas prometeu baixar os custos em dois milhões de euros por
ano”, referiu.
Este empresário do distrito de
Braga aponta, também, críticas
aos softwares de orçamentação de
reparação. “As companhias já eram
donas dos programas, pelo que há
conflito de interesses. Tenho procurado estar em todas as formações dos programas para estar dentro do que acontece”, indicou João
Carlos Oliveira, que garante que,
“ao longo dos anos, os programas
têm sido adulterados em funções
dos preços médios que as companhias querem atingir”. “Posso dizer-lhe que o preço médio de IDS
[indemnização direta ao segurado]
está em 750 euros e há o objetivo
de baixar para 700 euros. Quando saiu o IDS, há 20 anos, o valor
médio andava na casa dos 150 a
170 contos, ou seja, 750 a 850
euros. Agora, façam a comparação
com os custos [de produção] que
as oficinas têm hoje. E os peritos
são obrigados a atingir as médias,
pressionando para a utilização de
material mais barato e de menos
horas”, acusa o empresário.
Neste particular, as oficinas têm
a vida mais menos dificultada, segundo Carlos Pereira. “A pressão
que nós sentimos é quase só sobre
os preços. Em termos de horas,
como somos representantes de
marca, não nos podem dizer que
algo tem de ser feito num tempo
diferente do definido pela fábrica.
Além disso, trabalhamos muito
com automóveis recentes e nestes
veículos não é proposta tanta colocação de material equivalente.
No entanto, em carros mais velhos
isso já aconteceu e já sucedeu as
peças não cumprirem os requisitos necessários”, explicou aqueles
responsável pelo concessionário da
Renault e da Dacia.
VI
sexta-feira, 18 de maio 2012
NOVO PROTOCOLO DE SEGUROS ARAN – AXA
A ARAN assinou um novo protocolo
para seguros com a AXA Portugal com
condições muito vantajosas e exclusivas
para os associados da ARAN.
Os seguros abrangidos são:
•
Acidentes de trabalho (por conta
de outrem e conta própria) – seguro
obrigatório
•
•
•
•
•
•
Automóvel
Garagista
Veículos em trânsito
Multirriscos (edifício e recheio),
cobertura adicional RC Exploração
Responsabilidade civil (geral)
Acidentes pessoais (riscos profissionais e extraprofissionais)
•
Reboques
As condições comerciais deste protocolo
permitem uma diminuição significativa de
custos das empresas com seguros.
Foi verificado, através de simulações de
seguros para várias empresas associadas,
que só no seguro de acidentes de trabalho
a diferença entre os valores pagos com
QUEBRA DE JANEIRO A ABRIL NOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS FOI DE 46,8%
AQUILES PINTO
[email protected]
Quebra nos comerciais
ainda mais forte
No que se refere ao mercado dos veículos
comerciais ligeiros a quebra foi ainda mais
forte. Na análise isolada de abril, registouse a uma queda de 63,1% face ao mês homólogo de 2011, para 1029 veículos, e no
acumulado dos primeiros quatro meses do
ano a descida foi de 55,1%, para 5167
matrículas. Além da situação económica,
A Renault (na foto o Twingo) voltou ao topo da tabela dos mais vendidos no fim de abril.
o forte agravamento fiscal que algumas
categorias deste segmento no início de
2012.
Por fim, referência aos pesados. Este segmento matriculou 110 unidades (-69,6%)
em abril e 689 no quadrimestre (-51,1%).
Volkswagen perdeu a liderança
JANEIRO A ABRIL
%
2011
Var.
7.002
-51,3
5.654
-43,8
5.078
-45,3
2.905
-27,7
2.512
-19,9
4.384
-54,8
4.152
-54,3
2.274
-20,9
2.886
-43,4
3.712
-58,1
Unidades
Renault
Volkswagen
Peugeot
BMW
Audi
Opel
Ford
Mercedes
Fiat
Citroën
2012
3.409
3.175
2.779
2.099
2.011
1.981
1.898
1.799
1.633
1.554
Para mais informações contactar a ARAN
Tel.: 22 509 10 53
Fax: 22 509 06 46
Mail: [email protected]
Vendas globais
da Nissan com recordo
no ano fiscal
Vendas de automóveis
em queda há 16 meses
As vendas de ligeiros de passageiros caíram 41,7% em abril face ao mês homólogo
do ano passado, para 8400 unidades. Abril
de 2012 foi já o 16º mês consecutivo em
que o mercado nacional cai. Em termos
acumulados, no primeiro quadrimestre as
vendas de automóveis ligeiros de passageiros atingiram as 31 932 unidades, o que
significa uma forte quebra de 46,8% face
ao mesmo período de 2011.
Por marcas, a Renault voltou ao topo da
tabela dos mais vendidos no fim de abril,
após ter perdido a crónica liderança no primeiro trimestre para a Volkswagen (agora
segunda marca mais vendida). A Renault
matriculou 3409 unidades, menos 51,3%
do que em igual período do ano passado,
enquanto a Volkswagen registou 3175 viaturas, numa descida de 43,8%. O pódio
era fechado no fim do quadrimestre pela
Peugeot, com 2779 carros, menos 45,3%
que em 2011.
Destaque no ranking de ligeiros de passageiros para o quarto lugar assegurado
pela BMW. Aliás, no “top” dez as marcas
com desempenho menos negativo foram
as “premium” alemãs, com a BMW a perder 27,7%, a Audi 19,9% e a Mercedes
20,9%, bem abaixo dos 46,8% de descida
do mercado. Este desempenho destas marcas “atirou” com marcas como a Toyota
(11º) ou a Nissan (12º) para fora do “top”
dez dos ligeiros de passageiros.
seguro “fora do protocolo” e o seguro
através do Protocolo com a AXA permite o
pagamento da quota da ARAN.
% no Mercado
2012
2011
10,68
11,67
9,94
9,42
8,70
8,46
6,57
4,84
6,30
4,19
6,20
7,31
5,94
6,92
5,63
3,79
5,11
4,81
4,87
6,19
As vendas globais da Nissan aumentaram
15% no ano fiscal terminado a 31 de março (o ano fiscal no Japão situa-se entre abril
e março) para 4 880 779 unidades. Segundo
a marca, aquele valor representa um recorde
absoluto para o período de abril a março.
A Nissan vendeu 655 364 unidades no Japão, um aumento de 9,2% comparativamente ao mesmo período do ano anterior, apesar
dos efeitos do terramoto. Isto deveu-se ao
aumento da procura dos modelos abrangidos
pelo programa governamental de subsídios
para veículos ecológicos.
A quota de mercado subiu 0,8 pontos percentuais, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, para 13,8%. Os registos
de automóveis da Nissan (excluindo os miniveículos, segmento popular no Japão), desde
abril de 2011 até março de 2012, aumentaram 9,7% em relação ao ano anterior, para
503 214 unidades, principalmente devido
ao aumento da procura dos modelos Serena,
Juke e Lafesta Highway Star.
As vendas domésticas de miniveículos aumentaram 7,5%, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, para 152.150
unidades, principalmente devido ao aumento
da procura do Moco.
As vendas fora do Japão aumentaram
15,9% comparativamente ao mesmo período
do ano anterior, para 4 225 415 unidades, representando um recorde absoluto para o período de abril a março. As vendas aumentaram
nos EUA, Europa, China e noutras regiões.
Na China, as vendas aumentaram 19,0%
comparativamente ao mesmo período do ano
anterior, para 1283 679 unidades, representando, de igual modo, um recorde absoluto
para o período de abril a março.
Mil unidades Leaf
na Noruega em seis meses
A Nissan vendeu mil Leaf na Noruega
em apenas seis meses, obtendo em
fevereiro deste ano cerca de 2% do total
Fonte: ACAP
Opel promove Dia do Cliente amanhã
A Opel mantém a tradição de mais de
uma década e realiza amanhã (sábado, 19
de maio) um dia especial dedicado a todos os clientes Opel. Nessa data, a marca e
os seus reparadores autorizados oferecerão
uma verificação gratuita do estado de funcionamento de todos os Opel. No âmbito
desta iniciativa, que já vai no seu 14º ano
consecutivo e que tem contado em todas as
edições com a adesão de milhares de proprietários de veículos da marca em Portugal, a Opel convida todos os seus clientes
a realizarem um “check-up” gratuito aos
seus automóveis de passageiros e comer-
ciais numa das 89 oficinas pertencentes
aos reparadores autorizados Opel aderentes à iniciativa. Os clientes Opel usufruirão
também de 20% de desconto para peças
substituídas em reparações efetuadas no
âmbito do Dia do Cliente e um vale de
25% de desconto a ser utilizado na mudança de óleo seguinte.
Com o objetivo de garantir a máxima
segurança e maior fiabilidade a todos os
Opel que circulam nas estradas portuguesas, o “check-up” gratuito é rápido e completo, sendo realizado de acordo com uma
matriz de diagnóstico com 53 pontos de
A iniciativa vai no seu 14º ano consecutivo.
verificação. Esta matriz contempla, entre
outros, a verificação dos níveis de todos os
fluidos, bem como do estado dos travões,
dos pneus, da iluminação, da suspensão,
da direção, da bateria, do sistema de refrigeração, da correia do alternador, da bomba de água e do sistema de escape.
do mercado automóvel. Segundo a marca,
este volume demonstra “o impacto que
podem ter incentivos abrangentes e o
desenvolvimento de infraestruturas de
carregamento”.
A Noruega possui o nível mais elevado da
Europa de apoio a automóveis elétricos:
sem IVA, sem imposto automóvel,
estacionamento gratuito, isenção de
algumas portagens e possibilidade de
utilizar as vias destinadas a transporte
público em Oslo. A infraestrutura de
carregamento em Oslo atinge neste
momento perto de 3500 pontos de
carregamento públicos, muitos dos quais
de utilização gratuita.
SERVIÇOS JURÍDICOS
sexta-feira, 18 de maio 2012
O empregador e o trabalhador podem fazer cessar o contrato de trabalho por acordo, que
deve constar de documento escrito assinado por ambas as partes, ficando cada uma delas com
um exemplar. O documento
deve mencionar expressamente
a data da celebração do acordo
e a de início da produção dos
respetivos efeitos. Se no acordo as partes estabelecerem uma
compensação pecuniária global
para o trabalhador, presume-se
que esta inclui todos os créditos
vencidos à data da cessação do
contrato de trabalho e/ou exigíveis em virtude desta.
Cessação do acordo de revogação: o trabalhador pode fazer
cessar o acordo de revogação do
contrato de trabalho mediante
comunicação escrita dirigida
ao empregador até ao 7º dia
seguinte ao da data da respetiva
celebração. A cessação do acordo de revogação apenas é eficaz
se, em simultâneo com a comunicação, o trabalhador entregar
ou puser à disposição do empregador a totalidade do montante
das compensações pecuniárias
pagas em cumprimento do
acordo efetuado.
Nos casos em que o acordo de
revogação do contrato de trabalho seja devidamente assinado
e as assinaturas tenham sido
objeto de reconhecimento notarial presencial, o trabalhador
fica impedido de fazer cessar o
acordo de revogação do contrato então celebrado.
Denúncia do contrato de
trabalho pelo trabalhador
O trabalhador pode denunciar o contrato de trabalho independentemente de justa causa, mediante comunicação ao
empregador, por escrito, com
a antecedência mínima de 30
ou 60 dias, conforme o contrato tenha durado até 2 anos
ou mais de dois anos, respetivamente.
No caso de contrato de trabalho a termo, o trabalhador pode
também denunciar o contrato,
desde que o comunique ao empregador com uma antecedência de 30 ou 15 dias, consoante
a duração do contrato seja de
pelo menos 6 meses ou inferior,
respetivamente.
Se o trabalhador não cumprir
total ou parcialmente o prazo de
aviso prévio, deve pagar ao empregador uma indemnização de
valor igual à retribuição base e
diuturnidades correspondentes
ao período em falta, sem prejuízo de indemnização por danos
causados pela inobservância
do prazo de aviso prévio ou de
obrigação assumida em pacto
de permanência.
O trabalhador pode revogar
a denúncia do contrato de trabalho, desde que a assinatura
constante da comunicação não
tenha sido alvo de reconhecimento notarial presencial, até
ao 7º dia seguinte à data em
que a comunicação chegar à
posse do empregador, através
de comunicação escrita a este
dirigida.
Abandono do trabalho
Considera-se abandono do
trabalho a ausência do trabalhador do serviço acompanhada de
factos que com toda a probabilidade revelam a intenção de
não o retomar.
O abandono ao trabalho
presume-se no caso de a ausência do trabalhador do serviço se
prolongar pelo menos durante
10 dias úteis seguidos, sem que
o empregador seja informado
do motivo da ausência.
O abandono ao trabalho deve
ser comunicado ao trabalhador,
por carta registada com aviso de
receção para a última morada
conhecida do trabalhador.
Em caso de abandono, o
trabalhador deve indemnizar
o empregador pelo incumprimento do aviso prévio, consoante o tipo e duração do
contrato celebrado. Ou seja, a
indemnização corresponde à
retribuição base e diuturnidades
do período em falta, consoante
a duração do contrato.
Documentos a entregar ao
trabalhador em caso de
cessação do contrato de
trabalho
Cessando o contrato de trabalho, o empregador deve entregar ao trabalhador:
• Um certificado de trabalho, indicando as datas de
admissão e de cessação, bem
como o cargo ou cargos desempenhados;
• Outros documentos destinados a fins oficiais, designadamente os previstos
na legislação de Segurança
Social – declaração de desemprego;
O certificado de trabalho só
pode conter outras referências a
pedido do trabalhador.
^k`ngmZl_k^jn^gm^llh[k^IZk^gmZeb]Z]^
Qual é a duração da licença parental
inicial?
A licença parental inicial tem a duração de 120,
150 ou 180 dias consecutivos. No caso de nascimentos múltiplos, acresce um período de 30 dias
por cada gémeo além do primeiro.
Como podem a mãe e o pai
trabalhadores ter direito a 180 dias de
licença parental inicial?
A licença parental inicial de 150 dias consecutivos pode ter a duração de 180 dias consecutivos,
se a mãe e o pai gozarem cada um, em exclusivo,
pelo menos 30 dias consecutivos, ou dois períodos
de 15 dias consecutivos, após o período de gozo
obrigatório pela mãe de seis semanas. No caso de
nascimentos múltiplos, acresce um período de 30
dias por cada gémeo além do primeiro.
Como são pagos os 120 dias de
licença parental inicial?
Os 120 dias de licença parental inicial são pagos
a 100%.
Como são pagos os 150 dias de
licença parental inicial?
Os 150 dias de licença parental inicial são pagos
a 80%, mas se a mãe e o pai gozarem cada um,
em exclusivo, pelo menos 30 dias consecutivos, ou
dois períodos de 15 dias consecutivos, o montante
é igual a 100%.
Como são pagos os 180 dias de
licença parental inicial?
Os 180 dias de licença parental inicial são pagos
a 83 %.
Qual é a duração da licença parental
inicial exclusiva da mãe?
A licença parental inicial exclusiva da mãe, de
gozo obrigatório, é de seis semanas consecutivas
a seguir ao parto, pagas a 100%. Contudo, a mãe
pode também gozar até 30 dias da licença parental
inicial antes do parto, pagos a 100%.
Qual é a duração da licença parental
inicial exclusiva do pai?
A licença parental inicial exclusiva do pai tem a
duração total de 20 dias úteis, dos quais 10 são de
gozo obrigatório e os outros 10 de gozo facultativo.
Os 10 dias úteis obrigatórios devem ser gozados
nos 30 dias seguintes ao nascimento do filho, sendo os primeiros 5 dias gozados de modo consecutivo, imediatamente a seguir ao nascimento. Os 10
dias úteis facultativos podem ser gozados após os
primeiros 10 dias obrigatórios, de modo consecutivo ou interpolado, em simultâneo com a licença
parental inicial por parte da mãe. No caso de nascimentos múltiplos, a esta licença acrescem 2 dias
úteis por cada gémeo além do primeiro.
A licença parental inicial exclusiva do
pai é paga?
Sim, é paga a 100 %.
Após o gozo da licença parental
inicial exclusiva do pai, este tem
direito a partilhar com a mãe a
restante licença parental inicial?
Sim. Depois do gozo obrigatório pela mãe de seis
semanas de licença a seguir ao parto, a restante
licença parental inicial pode ser partilhada, desde
que ambos informem, por escrito, as respetivas entidades empregadoras até 7 dias após o parto.
O que é a licença parental
complementar?
A licença parental complementar é o direito de o
pai e a mãe trabalhadores prestarem assistência
a filho ou adotado com idade não superior a seis
anos.
Esta licença depende de informação por escrito ao
empregador, com 30 dias de antecedência, e pode
ser gozada numa de quatro modalidades de forma
consecutiva ou até três períodos interpolados:
• Licença parental alargada por três meses;
• Trabalho a tempo parcial durante 12 meses, a
meio tempo;
• Períodos intercalados de licença parental alargada e de trabalho a tempo parcial, iguais a 3 meses
de ausência;
• Ausências interpoladas ao trabalho, desde que
previstas em instrumento de regulamentação coletivo de trabalho.
A licença parental complementar do pai e da mãe
é paga?
Sim, é paga a 25 %, na modalidade de licença parental alargada, desde que gozada imediatamente
após o pagamento da licença parental inicial ou
imediatamente após o pagamento da licença parental alargada já gozada por um dos progenitores.
Quais são os direitos da mãe e do
pai trabalhadores relativamente à
amamentação ou aleitação?
No caso da amamentação, que tem de ser comprovada pelo médico, a mãe tem direito à dispensa
diária do trabalho por dois períodos distintos com a
duração máxima de uma hora cada um, sem perda
de remuneração ou de quaisquer regalias, durante
todo o tempo que durar a amamentação, salvo se
outro regime for acordado com a entidade empregadora. No caso de nascimentos múltiplos, a dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo
além do primeiro.
Se a mãe trabalhar a tempo parcial, a dispensa é
reduzida na proporção do respetivo período normal
de trabalho, não podendo ser inferior a 30 minutos.
No caso da aleitação, a mãe ou o pai trabalhadores
têm direito, por decisão conjunta, à dispensa do
trabalho por dois períodos distintos com a duração
máxima de uma hora cada um, sem perda de remuneração ou de quaisquer regalias, até a criança
perfazer um ano, salvo se outro regime for acordado
com a entidade empregadora. No caso de nascimentos múltiplos, a dispensa é acrescida de mais
30 minutos por cada gémeo além do primeiro.
Se qualquer dos progenitores trabalhar a tempo
parcial, a dispensa diária para aleitação é reduzida
na proporção do respetivo período normal de trabalho, não podendo ser inferior a 30 minutos.
Quais são os direitos da mãe e do pai
trabalhadores em caso de doença
durante a licença parental e a licença
parental complementar, em quaisquer
das suas modalidades, a licença por
adoção, a licença para assistência a
filho e a licença para assistência a filho
com deficiência ou doença crónica?
A mãe e o pai trabalhadores têm direito à suspensão destas licenças se informarem a entidade
empregadora e apresentarem atestado médico
comprovativo.
A mãe e o pai trabalhadores estão
protegidos no despedimento?
A trabalhadora grávida, em gozo de licença parental inicial ou que amamente o filho e o pai
trabalhador, durante a licença parental inicial,
têm direito à proteção no despedimento, sendo
obrigatória a solicitação de parecer prévio pela entidade empregadora à Comissão para a Igualdade
no Trabalho e no Emprego, que o deverá emitir
em 30 dias.
Quais são os direitos dos
trabalhadores independentes?
Os trabalhadores independentes têm os mesmos
direitos do que os trabalhadores por conta de outrem, designadamente o direito à partilha da licença parental inicial. No que respeita aos subsídios,
só não têm direito ao subsídio para assistência a
filho e ao subsídio para assistência a neto.
Os beneficiários do subsídio
de desemprego têm direito à
licença parental em qualquer das
modalidades?
Sim, têm direito à licença parental em qualquer
das modalidades, bem como à partilha da mesma
com o outro progenitor, à semelhança dos restantes
trabalhadores.
Suspensão
do direito à
pensão por velhice
antecipada
Desde 6 de abril de 2012 que se
encontra suspensa a possibilidade
de requerer a suspensão por velhice
antes dos 65 anos.
De acordo com o Decreto-Lei
nº 85-A/2012, de 5 de abril, o aumento continuado da esperança
média de vida da população portuguesa coloca problemas de sustentabilidade financeira ao Sistema de
Segurança Social.
Em sede do regime de flexibilização da idade de pensão de velhice,
mais concretamente no âmbito da
pensão antecipada, existem aspetos
que não incentivam o prolongamento da vida ativa e que, por isso,
de acordo com o mesmo diploma,
terão de ser corrigidos.
Esta medida de suspensão estará
vigente durante a execução do Programa de Assistência Económica e
Financeira.
Contudo, os pedidos apresentados até ao dia 5 de abril de 2012
serão apreciados à luz da legislação
anterior. Também os desempregados de longa duração podem continuar a aceder à pensão por velhice antecipadamente, ao abrigo
do regime próprio de proteção no
desemprego.
Reembolso IRS
– Nota Informativa ATA
A Autoridade Tributária e Aduaneira divulgou no
seu site uma nota informativa sobre os reembolsos de
IRS referente as declarações de rendimento de 2011.
À semelhança do que sucedeu em anos anteriores, o
reembolso é processado mais cedo para quem entrega
a declaração de rendimentos pela internet, porquanto
tais declarações são tratadas de forma prioritária em
relação as declarações entregues em papel.
Contudo, avisa a Autoridade Tributária e Aduaneira, por motivos relacionados com as normas introduzidas no CIRS pela Lei de Orçamento de Estado
para 2011 (Lei nº 55-A/2010 de 31 de dezembro),
passaram a existir, ao nível das deduções à coleta, três
situações de limites diferenciados em função dos escalões de rendimento dos contribuintes, pelo que, para
grande parte dos casos, passou a ser necessário efetuar
até quatro liquidações por declaração para proceder
ao apuramento do imposto devido por cada agregado
familiar.
A necessidade de proceder a estas liquidações múltiplas resulta da aplicação das normas a seguir referidas:
• Limitação das deduções relativas a despesas de
saúde, educação, lares e habitação (nº 7 do artigo
78º do CIRS);
• Limitação dos benefícios fiscais (nº 2 do artigo
88º CIRS)
• Majoração das despesas com imóveis (nº 7 do
artigo 85º do CIRS).
E refere ainda a nota informativa da Autoridade
Tributária e Aduaneira que a existência de três situações que determinam deduções diferentes em função
do escalão de rendimentos, conjugada com a norma
do nº 4 do artigo 78º, determina que a mesma declaração poderá ter de ser liquidada quatro vezes, para
poder garantir que as deduções à coleta não deixam
o sujeito passivo com um rendimento líquido menor
do que aquele que ficaria se o seu rendimento coletável correspondesse ao limite superior do escalão imediatamente inferior. Tal necessidade leva ao aumento
do tempo médio da liquidação por declaração.
SERVIÇOS JURÍDICOS
I
Revogação do contrato de trabalho
VII
VIII
sexta-feira, 18 de maio 2012
SERVIÇOS JURÍDICOS
Contra-ordenações ambientais
A Lei-quadro das ContraOrdenações Ambientais, inicialmente aprovada pela Lei n.º
50/2006, de 29 de agosto, foi
alterada pela Lei n.º 89/2009,
de 31 de agosto.
Destaca-se, nas alterações,
uma redução substancial dos
montantes das coimas aplicadas
pela prática de factos que integram a prática de uma determinada contra-ordenação.
As contra-ordenações classificam-se como leves, graves e
muito graves, dependendo da
importância dos direitos e interesses que são violados.
Assim, os montantes reduziram no que respeita às contra-ordenações praticadas por
pessoas singulares para mais de
metade quer nos mínimos quer
nos máximos legais, salvo nas
contra-ordenações consideradas
muito graves e que a redução
apenas opera no limite mínimo.
As pessoas coletivas também
verão os montantes das coimas
que lhe vierem a ser imputadas,
pelo desrespeito de disposições
legais cuja consequência é a
abertura de processo de contraordenação, ser reduzidos por
força da entrada em vigor das
alterações.
Assim, passam a citar-se os
montantes das coimas:
• Contra-ordenações leves
– Pessoas coletivas:
- Negligência – mínimo
3000 ; máximo 13 000 /
anteriormente 9000 mínimo e 13 000 máximo.
• Dolo – mínimo 6000 ;
máximo 22 500 / anteriormente 16 000 mínimo
e 22 500 máximo.
Contraordenações graves
• Negligência – mínimo 15
000 ; máximo 30 000 /
anteriormente 25 000 mínimo e 34 000 máximo.
• Dolo – mínimo 30 000 ;
máximo 48 000 / anteriormente 42 000 mínimo e
48 000 máximo.
Contraordenações muito
graves
• Negligência – mínimo 38
500 ; máximo 70 000 /
A falta de pagamento pontual da retribuição, por período de 15 dias sobre
a data do vencimento, confere ao trabalhador a possibilidade de suspender
o contrato de trabalho.
Ora, a Lei 105/2009, de 14 de setembro, veio estabelecer medidas de
proteção ao trabalhador nestes casos.
Assim, o trabalhador que suspenda o contrato de trabalho com este
fundamento tem direito a prestações
de desemprego durante o período da
suspensão do contrato de trabalho. As
prestações de desemprego também podem ser atribuídas em relação ao período a que respeita a retribuição em
mora, desde que o trabalhador assim o
requeira e o empregador declare, a pedido do trabalhador, no prazo de cinco
dias, o incumprimento da prestação
naquele período. Mas, neste caso, o
quantitativo do subsídio de desemprego não pode ser superior a um subsídio
por cada três retribuições mensais não
recebidas
Estando pendente contra um trabalhador com retribuições atrasadas por
período superior a 15 dias, processo de
execução fiscal, o mesmo suspende-se
se o executado (trabalhador) provar
que o não pagamento da quantia exequenda se deve á falta de pagamento
pontual da retribuição. E a suspensão
mantém-se até dois meses após a regularização das retribuições em dívida.
Por outro lado, se estiver pendente
contra o trabalhador com contrato de
trabalho suspenso por falta de pagamento pontual da retribuição, venda,
judicial ou extrajudicial de imóvel que
constitua a residência permanente do
trabalhador e de outros bens imprescindíveis à economia doméstica, justificada por falta de pagamento de dívidas relacionadas com a aquisição de
tais bens, suspende-se a venda quando
o executado prove que o incumprimento se deve ao facto de a retribuição
se encontrar atrasada.
A execução de sentença de despejo,
motivada pela falta de pagamento das
rendas, suspende-se quando o executado prove que tal falta de pagamento se
deveu a ter retribuições em mora por
período superior a 15 dias.
Neste caso, o pagamento das rendas
será assegurado pelo Fundo de Socorro
Social do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P., pois o tribunal notifica esta entidade da decisão
que ordene a suspensão da execução da
sentença de despejo, e ainda da identidade do credor e do montante das
prestações da renda em mora.
Se esta entidade não proceder ao
pagamento, a suspensão da execução
cessa oito dias após o recebimento pelo
trabalhador das retribuições atrasadas.
Se o trabalhador não receber as retribuições atrasadas, a suspensão da execução cessa após um ano sobre o seu
início, salvo se se provar que encontra
pendente ação judicial destinada ao
pagamento dessas retribuições. Neste
último caso, a suspensão da instância
cessa quando se verificar o pagamento
coercivo das retribuições ou na data da
impossibilidade desse pagamento.
L
requerer o pagamento da coima relativa a contraordenações
leves ou graves, caso em que a
coima será reduzida em 25%
no seu montante mínimo legal
(montante este que é sempre
considerado o mínimo nos casos de negligência).
Para tal, deve o arguido demonstrar que fez cessar o comportamento ilícito e que não é
reincidente, ou seja, que não foi
alvo de quaisquer processos de
contra-ordenação ambiental.
Relativamente à aplicabilidade das coimas, esclarece-se uma
questão omissa, ou seja, ficou estabelecido no artigo 8º, n.º 1, já
com as alterações, que as coimas
podem ser aplicadas às pessoas
coletivas, quer sejam públicas ou
privadas, sendo que, de acordo
com a versão originária da Lei
50/2006, apenas se dispunha
que as coimas podiam ser aplicadas às pessoas coletivas (…).
²gm^l^E^`bleZmboZ
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS
Lei nº 16/2012. DR º 79, Série I de 2012-04-20
Procede à sexta alteração ao Código da Insolvência e da
Recuperação de Empresas, aprovado pelo Decreto-Lei
nº 53/2004, de 18 de março, simplificando formalidades e procedimenºs e instituindo o processo especial
de revitalização.
FINANÇAS
Portaria nº 111/2012. DR º 83, Série I de 201204-27
Determina a estrutura nuclear da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público, fixa o limite máximo
de unidades orgânicas flexíveis do serviço, as competências das respetivas unidades orgânicas nucleares e
revoga a Portaria nº 350/2007, de 30 de março.
Portaria nº 113/2012. DR º 83, Série I de 201204-27
Determina a estrutura nuclear da Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, fixa o limite máximo de unidades orgânicas flexíveis do serviço,
as competências das respetivas unidades orgânicas nucleares e revoga a Portaria nº 216/2011, de 31 de maio.
Portaria nº 118/2012. DR º 84, Série I de 201204-30
Determina a suspensão temporária da aplicação ao sistema bancário português de algumas regras previstas
no Regulamento de Gestão do Fundo de Estabilização
Financeira da Segurança Social.
Lei nº 20/2012. DR º 93, Série I de 2012-05-14
Primeira alteração à Lei nº 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento do Estado para 2012), no âmbito
da iniciativa para o reforço da estabilidade financeira.
TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL
Lei nº 17/2012. DR º 82, Série I de 2012-04-26
Estabelece o regime jurídico aplicável à prestação de
serviços postais, em plena concorrência, no território nacional, bem como de serviços internacionais com origem
ou destino no território nacional e transpõe para a ordem
jurídica interna a Diretiva nº 2008/6/CE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 20 de fevereiro de 2008.
Portaria nº 122/2012. DR º 86, Série I de 201205-03
Procede à atualização anual das pensões de acidentes
de trabalho.
Declaração de Retificação nº 23/2012. DR º
92, Série I de 2012-05-11
Retifica o Decreto-Lei nº 64/2012, de 15 de março, do Ministério da Solidariedade e da Segurança
Social, que procede à alteração do regime jurídico
de proteção no desemprego dos trabalhadores por
conta de outrem, beneficiários do regime geral de
segurança social, e à quarta alteração ao DecretoLei nº 220/2006, de 3 de novembro, publicado no
Diário da República, 1.ª série, nº 54, de 15 de março de 2012.
Decreto-Lei nº 102/2012. DR º 92, Série I de
2012-05-11
Estabelece o regime do Fundo de Socorro Social.
CONCORRÊNCIA
Lei nº 19/2012. DR º 89, Série I de 2012-05-08
Aprova o novo regime jurídico da concorrência, revogando as Leis nºs 18/2003, de 11 de junho, e 39/2006,
de 25 de agosto, e procede à segunda alteração à Lei nº
2/99, de 13 de janeiro.
SAÚDE
Portaria nº 137-A/2012. DR º 92, Suplemento,
Série I de 2012-05-11
Estabelece o regime jurídico a que obedecem as regras
de prescrição de medicamenºs, os modelos de receita
médica e as condições de dispensa de medicamenºs,
bem como define as obrigações de informação a prestar
aos utentes.
JURISPRUDÊNCIA
Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça nº
3/2012. DR º 77, Série I de 2012-04-18
Visando o recurso a impugnação da decisão sobre a
matéria de facto, com reapreciação da prova gravada, basta, para efeitos do disposto no artigo 412º,
nº 3, alínea b), do CPP, a referência às concretas
passagens/excertos das declarações que, no entendimento do recorrente, imponham decisão diversa
da assumida, desde que transcritas, na ausência de
consignação na ata do início e termo das declarações.
Acórdão do Tribunal Constitucional nº
179/2012. DR º 78, Série I de 2012-04-19
Pronuncia-se pela inconstitucionalidade das normas
constantes do artigo 1º, nºs 1 e 2, e do artigo 2º do
Decreto nº 37/XII, da Assembleia da República (crime
de enriquecimento ilícito).
SERVIÇOS JURÍDICOS
Proteção do trabalhador
em caso de não pagamento
pontual da retribuição
anteriormente 60 000 mínimo e 70 000 máximo.
• Dolo – mínimo 200 000 ;
máximo 2 500 000 / anteriormente 500 000 mínimo e 2 500 000 máximo.
Retira-se uma inovação da
Lei 89/2009, por ter aditado o
artigo 49º-A, que confere agora a possibilidade de o arguido
no prazo de 15 dias úteis após
notificação para o exercício do
direito de audiência e defesa,
SERVIÇOS TÉCNICOS
sexta-feira, 18 maio 2012
IX
Relatório único – início de entrega de dados
O início do período de receção
de dados para entrega do Relatório Único teve início no passado
dia 2 de maio, prolongando-se
até 15 de junho de 2012.
O Relatório Único, cujo modelo consta do Anexo à Portaria
n.º 55/2010, de 21 de janeiro,
é constituído pelo relatório propriamente dito e por vários anexos, que visam a apresentação
de informação sobre a atividade
social da empresa, por parte do
empregador:
- Anexo A: Quadro de
Pessoal;
- Anexo B: Fluxo de entrada e saída de trabalhadores;
- Anexo C: Relatório anual de formação contínua;
- Anexo D: Relatório
anual de atividades do serviço de segurança e saúde;
- Anexo E: Greves;
- Anexo F: Informação
sobre prestadores de serviços;
De seguida deixaremos algumas notas sobre os conteúdos a
relevar em cada um dos anexos,
de acordo com as informações
constantes do manual de ins-
truções de preenchimento do
Relatório Único.
ANEXO A – QUADRO DE
PESSOAL
Devem entregar este Anexo
todos os empregadores/entidades
empregadoras ativas ou suspensas
em algum período do mês de outubro do ano de referência.
ANEXO B – FLUXO DE
ENTRADA OU SAÍDA DE
TRABALHADORES
todos os Empregadores/Entidades empregadoras ativas no
período de referência do relatório.
ANEXO D – RELATÓRIO
ANUAL DA ATIVIDADE DO
SERVIÇO DE SEGURANÇA
E SAÚDE NO TRABALHO
Devem entregar este Anexo
todas as unidades locais ativas
em algum período do ano de
referência do relatório.
Devem entregar este Anexo,
todas as entidades empregadoras
ativas ou suspensas em algum
período do ano de referência do
relatório, relativamente apenas
aos trabalhadores por conta de
outrem que entraram e/ou saíram da mesma nesse ano.
Não deve ser incluída a mobilidade interna, isto é, mudança
de uma unidade local para outra,
pertencente à mesma entidade.
Devem ser registados todos os
inícios e/ou fins de contratos, quer
sejam situações contínuas ou não.
ANEXO E – GREVES
ANEXO C – RELATÓRIO
ANUAL DA FORMAÇÃO
CONTÍNUA
Devem entregar este Anexo
todos os empregadores/entidades
empregadoras contratantes de
prestação de serviços, ativas ou
Devem entregar este Anexo,
suspensas em algum período do
ano de referência do relatório.
De referir ainda que a recolha do Anexo F – Prestadores
de Serviço – não será efetuada
este ano.
Relativamente à informação
a prestar no Anexo E - Greves,
alertamos que a mesma deve ser
efetuada para cada uma das unidades locais da Entidade e não
somente para a “sede da entidade”.
Relembramos os Associados
que esta informação tem cariz
obrigatório, para as entidades
com trabalhadores ao seu serviço.
Assim, empresas (ou empresários em nome individual) que
não tenham trabalhadores ao
seu serviço, não estão obrigados
a efetuar a entrega do Relatório
Único.
Devem entregar este Anexo
todos os empregadores/entidades empregadoras ativas em
algum período do ano de referência do relatório.
Considera-se greve a abstenção concertada da prestação de
trabalho por parte de um grupo de trabalhadores, tendo em
vista a defesa ou promoção de
determinados interesses.
ANEXO F – INFORMAÇÃO
SOBRE PRESTADORES DE
SERVIÇOS
As empresas que se dedicam à atividade de venda de peças usadas, conjugada não raras vezes com instalações de
desmantelamento de veículos em fim
de vida (VFV), recorrem, muitas vezes,
à importação de materiais ou resíduos
provenientes de países da União Europeia.
As regras para estas transferências encontram-se sujeitas ao cumprimento do
Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do
Parlamento Europeu e do Conselho, de
14 de junho, bem como ao cumprimento do Decreto-Lei n.º 45/2008, de 11 de
março, que assegura a execução e garante
o cumprimento, na ordem jurídica interna, das obrigações decorrentes para o Estado Português do referido Regulamento.
Desta forma, para o movimento de
veículos em fim de vida, o procedimento
difere se se tratar de VFV contaminado
ou descontaminado.
Assim, tratando-se de VFV contaminado, há lugar a procedimento de notificação e consentimento prévio, com
pagamento de taxas e realização de garantia financeira, ao passo que, se for um
movimento de VFV descontaminado, há
apenas o dever geral de informação. De
observar que estes procedimentos estão
a cargo do expedidor, ou seja, da empresa que procede à exportação do resíduo.
Caso seja uma empresa nacional a importar VFV, o expedidor, estrangeiro, deverá
proceder aos atos pertinentes e definidos
na regulamentação comunitária junto da
autoridade nacional de resíduos do seu
país. Caso seja empresa nacional a proce-
der à exportação, esta deverá contactar a
Agência Portuguesa do Ambiente.
Todavia, deve ainda notar-se a diferença existente entre peças usadas e veículos
em fim de vida, despoluídos ou não. Devido à fronteira ténue existente entre a
definição de “peça usada reutilizável” e de
“resíduo”, houve a necessidade de esclarecer o procedimento a tomar para a importação / exportação de peças em segunda mão entre diferentes países da União
Europeia. Assim, os operadores licenciados para o desmantelamento de veículos
em fim de vida e que pretendam exportar
peças para países terceiros, deverão dar
cumprimento aos seguintes critérios:
1. Apresentação de documento
comprovativo das peças serem originadas de um desmantelador de VFV
licenciado;
2. Apresentação de fatura com descriminação de todas as peças e respetivo preço, incluindo lista anexa exaustiva das peças;
3. As peças deverão estar esvaziadas
de líquidos perigosos;
4. Deverá ser utilizado material absorvente no fundo do contentor (ou
outro meio de transporte);
5. Apresentação de declaração, sob
compromisso de honra, em como as
peças estão aptas a funcionar ou são
passíveis de reparação.
Se o destinatário das peças usadas for
uma empresa portuguesa (importação
de peças), a documentação atrás referida
ficará a cargo da empresa de origem (exportador).
Novos Modelos do IMTT
Foi publicada no dia 23 de abril de 2012
a deliberação nº 585/2012 do Instituto da
Mobilidade e dos Transportes Terrestres, I.P.
O documento refere que os alvarás, as licenças, as autorizações e os certificados emitidos às empresas e demais operadores das
atividades transportadoras e das atividades
auxiliares e complementares dos transportes
são de grande importância para conferirem
segurança jurídica ao desempenho das suas
atribuições e para clarificarem as suas obrigações e direitos no sistema.
Ao longo de décadas, as extintas Direções -Gerais de Transportes Terrestres e de
Viação, e o Instituto da Mobilidade e dos
Transportes Terrestres, I. P., foram fixando
os diferentes modelos dos referidos títulos
habilitantes do acesso à atividade e ao mercado, em consonância com os diplomas
legais aplicáveis e com as circunstâncias
materiais e práticas administrativas de cada
época.
Importa agora rever, atualizar, harmonizar
e simplificar esses modelos dos títulos habilitantes, assegurando a necessária unidade
de imagem, o rigor da informação prestada
e a economia dos meios empregues.
Aproveita-se para unificar os procedimentos de identificação dos alvarás de
acesso às atividades reguladas, proporcionando a existência de uma numeração
única dos títulos, conveniente para a adequada gestão dos sistemas de informação
do IMTT, I. P., e para facilitar a atividade
de fiscalização.
Assim são aprovados, como títulos habilitantes das atividades, diversos novos modelos dos quais deixamos alguns exemplos.
SERVIÇOS TÉCNICOS
Movimento transfronteiriço
de resíduos
FORMAÇÃO
X
sexta-feira, 18 de maio 2012
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PLANO DE FORMAÇÃO ARAN – 2012 - 1º. Semestre
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Apresentamos a equipa da ARAN
Lembre-se da obrigatoriedade
legal de 35 horas anuais por
funcionário que tem que
cumprir.
CONTACTE A ARAN
Curso de atestação de técnicos para intervenções em sistemas de ar
condicionado instalados em veículos a motor
De acordo com o Decreto-Lei nº 56/2011 e regulamento
(CE) nº 307/2008, só podem
proceder a intervenções em sistemas de ar condicionado, que
contêm gases fluorados com
efeito de estufa, instalados em
veículos a motor, os técnicos
detentores do atestado de for-
mação, obtido por frequência
de curso realizado em entidades
reconhecidas como Organismos de Atestação pela Agência
Portuguesa do Ambiente.
A criação de organismos de
atestação, prevista na lei, levou
ao aparecimento de entidades
com oferta formativa nesta área,
como é o caso do CEPRA –
Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel.
O curso para obtenção de
Atestado de Formação de técnico para intervenções em
sistemas de ar condicionado
instalados em veículos a motor,
que contenham gases fluorados
com efeito de estufa, tem duração de 25 horas e o atestado de
formação obtido após frequência com aproveitamento do
curso do CEPRA tem validade
de 7 anos.
Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Profissional da ARAN.
Emprego ARAN
As empresas Associadas da ARAN usufruem deste espaço, de forma gratuita, para colocação de ofertas de emprego. Os
interessados deverão contactar o Departamento de Recursos Humanos enviando todos os requisitos referentes à contratação
que pretendem efetuar.
OFERTAS DE EMPREGO:
• Referência 01/12 - Empresa do Ramo Automóvel sediada no Porto pretende recrutar:
• Requisitos: - Experiência;
- Idade entre os 35 e 40 anos.
Mecânico Auto
Resposta a Departamento de Recursos Humanos ARAN 22 509 10 53
A ARAN – Associação Nacional
do Ramo Automóvel informa que se
encontra disponível para se deslocar às
instalações dos seus associados aos sábados e durante a semana em horário
pós-laboral para ministrar formação,
desde que sejam formadas pelo menos
turmas de 10 formandos. As ações podem também ser dadas nas instalações
da ARAN.
Os principais cursos disponíveis são:
Gestão Oficinal; Gestão Ambiental no
Setor Automóvel; Implementação do Sistema de Gestão da Qualidade ISO9001l;
Imagem e Comunicação – Marketing de
Empresa; Inglês (Inicial; Intermédio; Comercial); Estratégias de Vendas; Condução Defensiva, Económica e Ambiental;
Atendimento de Excelência; Gestão do
Tempo; Assertividade na Empresa; Gestão de Conflitos / Motivação Empresarial; Regras para o Exercício da Atividade
de Pronto Socorro…
Os associados interessados devem
contactar o Departamento de Recursos Humanos e Formação Profissional
da ARAN.
FORMAÇÃO
FORMAÇÃO
À MEDIDA
DA SUA EMPRESA
Aposte em si!
Aposte na sua
empresa!
sexta-feira, 18 de maio 2012
XI
Negócio automóvel “esbarrou” PSA
no primeiro trimestre
O volume de negócios do grupo PSA – Peugeot Citroën
no primeiro trimestre de 2012 foi de 14,3 mil milhões de
euros, uma redução de 7% face ao período homólogo do
ano passado. Este resultado teve como principal fator a redução do volume de negócios da divisão automóvel em 14%
(para 9,7 mil milhões de euros): o mercado europeu caiu 8%
em relação ao primeiro trimestre de 2011, que foi impulsionado pelo aumento de matrículas por via dos incentivos ao
abate e pela manutenção da pressão sobre os preços. Também a empresa de logística Gefco (-4% para 935 milhões)
perdeu, facto a que não será alheia a perda nas vendas de
carros. Em sentido contrário, a produtora de componentes
Faurecia (+8% para 4,3 mil milhões de euros) e o banco PSA
Finance (6% para 496 milhões), cresceram.
Detalhemos a divisão automóvel da PSA, cuja aliança
global com a GM está em marcha. O volume de negócios
no primeiro trimestre do ano registou uma queda de 14%
com os já referidos 9719 milhões de euros, contra 11 262
milhões em igual período do ano passado, este inflacionado pelas iniciativas de incentivo ao abate.
Europa e América Latina recuam
As vendas mundiais do grupo chegam às 790 100 unidades, numa quebra de 14,2% (dos quais 691 500 veículos
montados, uma baixa de 15,1%). Esta evolução explica-
A quebra nas vendas automóveis só não foi maior por causa da ofensiva de produto (na foto o Citroën DS5).
se por um recuo na Europa e na América Latina, apenas
parcialmente compensado pelo crescimento de volume na
Rússia e na China.
O volume de negócios gerado pelas vendas de veículos novos chega, no primeiro trimestre de 2012, aos 6978 milhões
de euros, contra 8399 milhões de euros no primeiro trimestre
de 2011. Esta quebra de 16,9% explica-se, segundo a PSA,
por “uma forte baixa dos volumes de veículos construídos
fora da China (-18,1%), refletindo a combinação geográfica
desfavorável e a quebra da quota de mercado na Europa no
1º trimestre; um efeito preço negativo (-0,9%), numa pres-
Renault e Total renovam
parceria mundial
A Total e a Renault renovaram o seu
acordo de cooperação por mais três anos
(2012-2014).
Aqueles que se trata do prolongamento
de uma parceria com mais de 40 anos entre a marca de lubrificantes e combustíveis
e o construtor automóvel assenta na pesquisa e desenvolvimento de lubrificantes
e combustíveis de alta tecnologia, na recomendação exclusiva de lubrificantes Elf
(marca da Total) através das redes Renault
e Dacia em todo o mundo e no desporto motorizado com a Renault Sport F1,
são comercial semelhante à do segundo semestre de 2011,
com enriquecimento adicional de produto; e outros efeitos
(-1,4%), principalmente uma quebra do volume de negócios
de peças separadas”.
Estes elementos desfavoráveis foram parcialmente compensados, de acordo com o construtor, “pela continuação da
evolução favorável do mix de produtos de +3,3%, em crescimento comparado ao primeiro trimestre de 2011, já elevado e
apoiado pelos últimos lançamentos (Citroën DS4, DS5, Peugeot 508, SW, RXH, 3008 Hybrid4) e ao sucesso dos modelos ‘premium’ que representam um total de 18% das vendas”.
Jaguar Land Rover aposta
nas versões personalizadas
bem como no apoio tecnológico à Renault
Sport Technologies.
“Esta cooperação tem como objetivo
melhorar a competitividade técnica e ambiental, tanto nos veículos Renault como
Dacia. O acordo enfatiza também o consistente envolvimento do grupo Total na
oferta ao mercado de produtos inovadores
e de vanguarda”, pode ler-se num comunicado enviado pela Cepsa, que tem, desde
2008, o exclusivo para Portugal dos lubrificantes e outros derivados do petróleo das
marcas Total e Elf.
Vendas europeias da Hyundai
batem recorde
O Range Rover Autobiography Ultimate é um dos modelos saídos da fábrica ETO.
Com o novo i30, a Hyundai espera continuar a
aumentar a quota na Europa.
A Hyundai registou um número recorde
de vendas de automóveis novos na Europa entre janeiro e março de 2012 – 114
571 unidades – traduzido numa recordista
quota de mercado de 3,3% neste primeiro
trimestre.
De acordo com os números revelados
pela Associação dos Construtores Europeus de Automóveis, as vendas da Hyundai
durante os primeiros três meses de 2012
representaram um aumento de 12,5% em
relação a idêntico período de 2011. Já o
mercado europeu conheceu um recuo de
7,3% no primeiro trimestre deste ano.
A Hyundai comercializou 50 131 unidades durante o mês de março em toda a Europa, mais um recorde que se traduz num
aumento de 13,8% em relação a 2011,
num mercado que emagreceu 6,6% nesse
mesmo mês. A Hyundai há 39 meses consecutivos que está em contraciclo com o
mercado, desde janeiro de 2009. As vendas
do i30, ix35 e ix20 – os três modelos produzidos na fábrica da Hyundai em Nosovice, República Checa – representaram mais
de 50% das vendas europeias da Hyundai
durante este primeiro trimestre.
“Os automóveis da Hyundai são desenhados, concebidos e produzidos na Europa para europeus e o nosso desempenho
no primeiro trimestre demonstra muito
bem que esta estratégia funciona. Outro
modelo europeu, a nova geração i30, acaba
de ser colocado à venda e esperamos que
esta novidade nos conduza até uma quota
de mercado de 3,5% no final de 2012”,
referiu Allan Rushforth, vice-presidente e
COO da Hyundai Motor Europe.
A Jaguar Land Rover (JLR) está apostada em desenvolver a divisão “Engineered
to Order” (ETO), responsáveis diretos
pela incorporação das edições especiais na
gama, cujo objetivo é proporcionar a possibilidade de uma gama de opções de personalização, através das quais os proprietários podem criar um veículo perfeitamente
adaptado às suas preferências. O exemplo
mais recente da ETO foi o Jaguar XJ Ultimate, apresentado no Salão Automóvel de
Pequim, no mês passado.
O CEO da Jaguar Land Rover, Ralf Speth, explicou: “A divisão especializada ETO
constitui o passo seguinte na evolução da
JLR como empresa importante no ramo
automóvel, que prioriza uma abordagem
integral. Maximiza a excecional capacidade
tecnológica da JLR e representa uma nova
demonstração do seu desejo profundo de
satisfazer os requisitos dos clientes”.
No seguimento do sucesso dos modelos mais recentes saídos da fábrica ETO,
o Range Rover Autobiography Ultimate, edição limitada, e o XKR-S que, com
uma velocidade máxima de 300 km/h, é o
desportivo de série mais potente e veloz de
sempre da marca, os especialistas da ETO
concentram hoje os seus esforços no aumento da gama de produtos JLR.
Da mesma forma que o ultra luxuoso
Jaguar XJ Ultimate, a divisão ETO é também responsável pelo Range Rover Evoque
Special Edition, resultado da colaboração
entre a Land Rover e a britânica Victoria
Beckham.
A produção deste veículo, apenas disponível sob encomenda especial, é praticamente artesanal e utiliza uma pintura
exclusiva mate com toques em ouro rosa,
será limitada a um máximo de 200 unidades em todo o mundo. Os designers e
engenheiros da divisão ETO trabalharam
em estreita colaboração com as equipas de
desenvolvimento de produto da JLR na
conceção de futuros modelos caracterizados por novos níveis de luxo, capacidades
e prestações, nos quais serão ainda exploradas diferentes facetas das personalidades de
cada marca.
XII
sexta-feira, 18 de maio 2012
Monovolume
Dacia Lodgy
chega em setembro
ENSAIO – TOYOTA YARIS 1.4 D4D
Garra urbana
Monovolume Dacia Lodgy.
O Dacia Lodgy vai ser lançado em
Portugal no próximo mês de setembro,
anunciou a marca “low cost” da Renault.
O monovolume de sete lugares é o quarto modelo da gama da marca romena, a
seguir ao Logan, ao Sandero e ao Duster.
Com um comprimento de 4,50 m, o
modelo tem uma bagageira de 207 dm3
na configuração de sete lugares e 634 dm3
com cinco lugares. De acordo com a marca, o modelo tem as dimensões de um monovolume do segmento C pelo preço de
um monovolume de segmento B. A Dacia
ainda não definiu os preços, mas garante
que o preço de entrada abaixo da fasquia
dos 15 mil euros. O Lodgy vai ser comercializado, numa fase inicial, com duas motorizações diesel: 1.5 dCi 90 e 1.5 dCi 110.
O novo motor a gasolina 1.2 TCe 115 irá,
mais tarde, completar a gama.
Embora a Dacia ponha tónica no preço,
a marca não deixa de destacar o bem-estar
a bordo do monovolume. “O Lodgy beneficia de um novo design do interior que
reforça a perceção de qualidade e dispõe
de novos equipamentos, inéditos na Dacia, tais como o sistema Média Nav integrado na consola, um sistema multimédia
dotado de um ecrã tátil de sete polegadas,
incluindo navegação, rádio, conetividade
e telefone Bluetooth”, afirma a marca da
Renault em comunicado.
Suzuki Swift
com versão Sport
O minidesportivo custa 20 800 euros.
O novo Suzuki Swift recebeu a “apimentada” versão Sport. Disponível na carroçaria de três portas, o novo Swift Sport tem
um comprimento de 3,89 m, ou seja, é 12
cm mais longo do que o seu antecessor e
quatro centímetros maior do que os derivativos convencionais da gama Swift, devido às diferentes configurações dos parachoques dianteiro e traseiro, ajudando a
comunicar uma forte presença em estrada.
O modelo tem, além disso, vias mais largas
e uma distância entre eixos curta, combinada com uma suspensão traseira.
O motor 1.6 a gasolina tem agora 136 cv
(mais 11) e 160 Nm de binário (mais 12),
mas apresenta, segundo a marca, melhores consumos (6,4 l/100 km conta 7 l/100
km). As emissões de CO2 são de 147 g/
km. Proposto em Portugal por 20 800 euros, o Suzuki Swift Sport tem na lista de
equipamento sete airbags, ESP, bancos
desportivos exclusivos, pedais em aço inoxidável, vidros elétricos, volante em couro,
controlo automático da climatização, cruise control e um sistema áudio com rádio
CD, entrada USB, kit mãos-livres Bluetooth e, entre outros elementos, jantes de
17 polegadas.
O novo Yaris tem um aspeto mais desportivo.
Mais comprido, mas também
mais baixo do que antecessor,
o utilitário urbano Toyota Yaris
está mais desportivo do que
na geração anterior. A grande
novidade da terceira geração do
modelo é, porém, o monitor
tátil a cores Toyota Touch.
AQUILES PINTO
[email protected]
Já em Portugal, a terceira geração do
Toyota Yaris não revoluciona face ao antecessor, mas não deixa de marcar a diferença. Desde logo pela grelha frontal,
que o torna no primeiro modelo a revelar
a frente da nova geração de veículos da
Toyota. Outras diferenças dignas de nota
são a linha de cintura mais elevada e a
traseira com grupos óticos diferentes. No
interior, merece realce a passagem do quadro de instrumentos para trás do volante
(esteve ao centro nas anteriores gerações)
e, no tablier e portas, um acabamento
transversal em plástico mole.
O comprimento total é agora de 3,885
mm, o que corresponde a um crescimento
de 100 mm, continuando o Yaris abaixo
dos quatro metros do segmento B atuais.
A largura do mantém-se nos 1,695 mm,
enquanto a altura foi reduzida em 20 mm
para 1,510 mm, o que leva a um centro
de gravidade mais baixo e um aspeto mais
desportivo, um dos objetivos da marca
com esta nova geração do modelo. Mantém, portanto, a postura urbana, mas tem
agora mais “garra”, Aliás, a distância entre eixos cresceu 50 mm (a plataforma é a
mesma, mas foi melhorada). A bagageira
cresceu 12 litros (para 286) e o espaço
para pessoas também, tendo o engenheiros da Toyota recebido inspiração da tecnologia do citadino iQ. Destaque para o
facto dos assentos da frente serem mais
finos, tal como a tampa da bagageira.
O grande choque o novo Yaris face ao
antecessor é tecnológico. Referimo-nos ao
Toyota Touch. É um interface com monitor tátil a cores, que não está disponível
no nível de equipamento de entrada, que
integra o rádio, o leitor de CD/MP3, a
conectividade Bluetooth para telemóveis
Yaris 1.4D Sport+Pack
Techno+Navi
Cilindrada
1364 cc
Potência
90 cv
Velocidade máx.
175 km/h
Aceleração 0-100 km/h
10,8 s.
Combinado misto (l/100 km)
4,1l/100 km
Emissões CO2 (g/km)
108
Preço
20 627 euros
ENSAIO – MAZDA 5 SW
Na sombra do passado
A primeira geração do monovolume
Mazda 5 foi caso singular de sucesso
em Portugal. Com uma habitabilidade
generosa e sete lugares, o modelo tinha
como grande argumento o motor diesel
2.0 com 143 cv posicionado a um preço semelhante ao dos concorrentes com
motor 1.5/1.6.
Na segunda geração, as forma retas deram lugar a linhas mais curvilíneas que
aproximam o modelo de uma carrinha.
No interior, há alguma evolução, estando o modelo menos nipónico. Quanto a
resto, o espaço para carga e passageiros
continua a ser o maior trunfo do modelo. Há, no entanto, uma grande diferença face ao antecessor: é que, após as
alterações à fiscalidade (que, de resto, o
restyling à anterior geração do modelo já
sofreu na “pele”), o motor 2.0 seria inviável em Portugal, recebendo o monovolume o motor 1.6 diesel de 115 cv.
Deve referir-se que, tendo em conta o
diferencial de potência e cilindrada face
ao 2 litros, o desempenho deste motor não fica mal na “fotografia”, sendo
apenas clara aquele diferença quando a
exigência é muita. De resto, quando a
utilização é normal, praticamente não se
nota. Com a vantagem de este motor ser
algo menos “guloso” (embora também
não tanto quanto se possa supor à partida, vinque-se). Em termos de comportamento, com exceção para um “tremer”
As boas referências do anterior Mazda 5 mantêm-se.
sexta-feira, 18 de maio 2012
XIII
ENSAIO – PEUGEOT 3008 HYBRID4
A resposta francesa
Os manómetros estão agora junto ao volante.
(com possibilidade áudio streaming de
música, além da uma entrada USB) e a informação do computador de bordo. Paralelamente, o sistema incorpora câmara de
estacionamento traseira.
O Toyota Touch pode ainda ser alvo de
uma melhoria para Toyota Touch & Go,
que inclui sistema de navegação, versão
que estava disponível na unidade ensaiada. Destaque para o facto de não só dar ao
condutor a possibilidade de escolher entre
o trajeto mais curto ou mais rápido, como
também permitir que se opte pela rota
com o menor impacto ambiental. Usando um telemóvel compatível com ligação
à Internet, o sistema possibilita ainda (via
Bluetooth) uma função de busca no Goo-
gle Local e Google Maps.
Comportamento aguerrido q.b.
Em termos de motorizações, a oferta
mantém-se nos 1.0 de 69 cv e 1.33 com
99, a gasolina, e no diesel 1.4 D4-D 90 cv,
embora com ligeiros “retoques” para baixar consumos e emissões de CO2. A “Vida
Económica” ensaiou, justamente, este último motor e ficou agradavelmente surpreendido com o conjunto. Com efeito, o
modelo mantém o caráter útil do antecessor, mas tem agora uma vertente de arrojo
mais vincada. Senhor de um comportamento bastante positivo em curva, é capaz
de oferecer bastante emoção ao condutor.
Se o modelos híbridos têm o
senão (para as emissões de CO2,
muito valorizadas na Europa)
de terem os motores elétricos
associados a blocos a gasolina,
a PSA lançou o primeiro
sistema híbrido diesel de grande
produção. Com tração integral
e um potência conjunta de 200
cv, o Peugeot 3008 Hybrid4 é
um desportivo verde.
AQUILES PINTO
[email protected]
Os automóveis híbridos (gasolina/elétricos) são, hoje, uma realidade do mercado automóvel mundial. Por outro lado,
os motores diesel têm a vantagem de ter
menores emissões de CO2, um indicador
muito valorizado na Europa. Consciente
desta realidade, a PSA lançou dois modelos híbridos com um motor diesel e um
elétrico, batizando o sistema de Hybrid4
(por ter tração integral). Associando um
motor elétrico ao diesel 2.0 de 163 cv, o
sistema totaliza 200 cv e está disponível
no crossover Peugeot 3008 (que ensaiámos) e, mais recentemente, no Citroën
DS5.
Escusado será dizer que estamos perante
um verdadeiro desportivo. Aliás, se antes
de conduzirmos o Peugeot 3008 Hybrid4
estávamos com os híbridos elétrico ga-
Peugeot 3008 Hybrid4
Cilindrada
1997 cc
Potência conjunta
200 cv
Velocidade máx.
191 km/h
Aceleração 0-100 km/h
8,5 s.
Combinado misto (l/100 km)
4l/100 km
Emissões CO2 (g/km)
104
Preço
38 083 euros
solina da Honda e da Toyota em mente,
rapidamente nos recordámos dos híbridos da Lexus, os quais juntam à vertente
ambiental o desportivismo sem “choque”.
Com efeito, tal como nos luxuosos japoneses, o trabalho conjunto do motor diesel e
do elétrico no 3008 remetem os ocupantes
para os arranques dos… aviões.
No caso do sistema Hybrid4, há a grande vantagem de poder “abusar” do pé do
acelerador sem danificar muito o ambiente e, sobretudo, não gastar muito gasóleo.
Claro que não conseguimos cumprir os
4 l/100 km anunciados pela marca (para
emissões de médias de 104 g/km de CO2),
mas o computador de bordo não foi além
dos 6,1 l/100 km, valor invejável para um
modelo com estas performances e dimensões exteriores. Proposto por 38 083 euros pela Peugeot Portugal, o modelo é já
uma opção a ter em conta para clientes de
viaturas a gasóleo no presente. Ouro sobre
azul é se algum dia este sistema puder estar
presente em modelos e motores diesel de
menores dimensões.
Peugeot 208 já nos concessionários
Esteticamente, o modelo não revolucionou face ao anterior.
O Peugeot 208 pode montar sete motores diferentes.
Mazda 5 SW
Cilindrada
1560 cc
Potência conjunta
150 cv
Velocidade máx.
180 km/h
Aceleração 0-100 km/h
13,7 s.
Combinado misto (l/100 km)
5,2l/100 km
Emissões CO2 (g/km)
138
Preço
30 231 euros
da suspensão traseira quando em pisos
em mau estado, o comportamento faz
jus aos pergaminhos de “quase-desportivo” do antecessor.
AP
Já está em Portugal o Peugeot 208. Sem
renegar os antecessores 206 e 207, o modelo
revela uma imagem que marca a diferença
face àqueles modelos. As opções técnicas fazem do modelo um automóvel leve (-110 kg
em média do que o 207, com uma gama a
partir de 975 kg), aerodinâmico (Cx de 0,29,
SCx de 0,61) e muito compacto (-7 cm de
comprimento, -1 cm de altura). Estes ganhos
são acentuados por uma habitabilidade sensivelmente aumentada, com mais espaço nos
lugares traseiros (+5 cm ao nível dos joelhos)
e um compartimento de bagagens de maiores dimensões (+15 dm3 de volume).
Com motores 1.0 VTi 68 cv, 1.2 VTi
82 cv, 1.4 VTi 95 cv, 1.6 VTi 120 cv e
1.6 THP 156 cv, a gasolina, e 1.4 HDi
e 1.6 e-HDi (92 ou 115 cv), a diesel, o
modelo está disponível com carroçaria de
três e cinco portas. Os motores a gasolina
montam caixa manual de cinco velocidades (seis apenas no caso do THP) e os diesel podem montar caixa manual de cinco
marchas ou robotizada.
Quanto a preços, nos gasolina, o 1.0
varia entre 12 700 e 14 550 euros, o 1.2
entre 13 200 e 16 550 euros, o 1.4 entre
13 900 e 17 250 euros, o 1.6 VTi (só cinco
portas) é proposto por 19 850 euros e o
1.6 THP (só três portas) por 21 700 euros.
Na oferta a gasóleo, o 1.4 HDi varia entre
15 750 e 19 100 euros, o 1.6 e-HDi 92
entre 18 800 e 21 600 e o 1.6 e-HDi 115
entre 21 300 e 21 550 euros.
XIV
sexta-feira, 18 de maio 2012
Renault-Nissan
fornece frota
“civil”
à Red Bull
WRC
Nova dobradinha
da Citroën na Argentina
A Red Bull Racing beneficia de um
maior número de veículos de apoio por
parte do seu principal parceiro automóvel para a época de 2012. Tirando partido da força da aliança Renault-Nissan,
na última época foi criado um triunvirato único com a Red Bull Racing, baseado em ações de marketing de topo e em
atividades relacionadas com a técnica da
Fórmula 1. Os contratos para fornecer à
Red Bull Racing veículos e serviços associados foram prolongados para a época de 2012.
Enquanto o Renault V8 RS27 dá potência à Red Bull Racing nas pistas de
F1, Sebastian Vettel continua a conduzir o Infiniti FX 50S e Mark Webber
e o piloto de reserva Sebastien Buemi
sentam-se ao volante dos Infiniti M37S.
Para auxiliar as necessidades de transporte da Red Bull Racing na sua fábrica em Milton Keynes, Reino Unido, e
para todas as operações na Europa e por
todo o mundo durante a época de 2012
da Fórmula 1, a unidade de negócio de
veículos comerciais ligeiros da Nissan
Motor Company incrementou o fornecimento de uma frota de comerciais ligeiros. Composta por mais de 30 veículos, incluindo o NV200 e o NV400, os
veículos comerciais ligeiros da marca japonesa tornam-se fornecedores oficiais
da equipa Red Bull Racing para 2012.
Além disso, a Renault Trucks continua a fornecer nove Renault Magnums,
equipados com as mais recentes inovações tecnológicas para transportar os
chassis RB8, os motores Renault RS27
e o equipamento da equipa de corridas
durante a extensa época da F1. Adicionalmente, a Renault Trucks irá transportar as instalações técnicas da Red Bull
Racing para o paddock para auxiliar os
engenheiros e técnicos em cada corrida.
Christian Horner, chefe de equipa da
Red Bull Racing, comentou: “Com uma
pressão tão grande e um ambiente tão
desafiante como é a Fórmula 1, necessitamos de parceiros fiáveis e versáteis que
cuidem de todas as nossas necessidades
de transporte por todo o mundo. As
viagens longas são uma parte integrante
e essencial da Fórmula 1 e o transporte
do nosso material, equipa e convidados
constitui uma parte essencial do êxito
das nossas operações”.
Monteiro com
as melhores
corridas
da época
Monteiro foi quinto nas
duas corridas húngaras.
“Tudo correu bem para nós”, disse Sébastien Loeb.
Infiniti para os pilotos, comerciais Nissan e
camiões Renault para a logística.
WTCC
A Citroën conseguiu uma dobradinha no Rali da
Argentina (que decorreu entre 26 e 29 de abril).
Sébastien Loeb e Daniel Elena alcançaram a sétima
vitória consecutiva na América do Sul (70ª da carreira), terminando na frente dos seus companheiros
de equipa Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen. Esta
dobradinha permitiu à equipa e aos pilotos fazerem
o pleno de pontos para o Campeonato do Mundo
de Ralis.
Depois de dois dias muito longos, o menu da
terceira etapa do Rali da Argentina anunciava-se
igualmente preenchido. Às 8h00 os pilotos arrancavam para a especial de Matadero/Ambul, a mais
longa do Mundial de Ralis nos anos mais recentes.
Percorridos em pouco menos de 40 minutos, os
65,74 km não colocaram problemas de maior às
duplas da Citroën.
A ronda prosseguia com duas clássicas da prova
sul-americana, Mina Clavero/Giulio Cesare e El
Condor/Copina. Ligeiramente mais rápido que Sébastien Loeb, Mikko Hirvonen reduziu a diferença
para apenas dois décimos de segundo após a 15ª
classificativa. “Isto não vai mudar nada”, assegurava
o finlandês no regresso à assistência na Villa Carlos
Paz. “Eu não procurei de todo ser mais rápido, mas
gerimos os pneus de maneira diferente e é isso que
explica esta redução do tempo. Estou concentrado
na Power Stage. Vou poupar verdadeiramente os
pneus, para poder atacar nos últimos quatro quilómetros”, disse.
“Tudo correu bem para nós”, confirmava por seu
lado Sébastien Loeb. “Não fizemos a melhor opção
na escolha de pneus, mas acabou por não ter grandes consequências. A especial longa foi... verdadeiramente longa. Pensei que iria passar rapidamente,
mas tive dificuldades em manter-me concentrado
até ao final. A situação está sob controlo, vamos
manter o ritmo até ao final”, referiu o francês.
Como previsto, Mikko perdeu um punhado de
segundos nas duas especiais que antecederam a Power Stage, que decorreu nos últimos km da mítica
classificativa de El Condor. Aí o finlandês atacou e
conseguiu a segunda marca, o que lhe garantiu dois
pontos de bónus para o mundial de pilotos. “Este
resultado é perfeito para a equipa e os 20 pontos
conseguidos este fim de semana permitem-me regressar ao terceiro lugar do campeonato”, afirmou
Mikko.
“Estou igualmente satisfeito com o ritmo que
imprimi até meio do dia de sábado. Continuam os
meus progressos na adaptação ao DS3 WRC e espero poder discutir os próximos ralis”, acrescentou
o piloto finlandês.
Loeb: “É bom regressar às vitórias”
Vencedor pela 70ª vez na sua carreira, Sébastien
Loeb saboreou igualmente o sétimo triunfo na Argentina. “É bom regressar às vitórias depois de termos ficado em branco em Portugal. Tudo correu
verdadeiramente bem este fim de semana, mesmo
se as primeiras especiais não nos foram favoráveis.
Mantivemos a calma e conseguimos depois ficar
com o controlo da corrida. Gosto do Rali da Argentina porque me corre bem e porque as especiais
são sempre magníficas. É sempre uma alegria ganhar aqui”, disse Loeb.
“Com mais de 500 km cronometrados, este rali
foi um verdadeiro desafio para as mecânicas. Os
nossos DS3 WRC fizeram 5h34m de especiais sem
conhecerem qualquer problema mecânico e este
desempenho dá todo o crédito aos homens da Citroën Racing”, sublinhou Yves Matton, diretor da
equipa. “Depois de não termos somado pontos em
Portugal, fizemos o pleno aqui, o que é, naturalmente, uma boa operação para o Campeonato do
Mundo. Felicitei as duas equipas, que souberam ser
rápidas quando era necessário e controlar quando
pedimos. Foi um fim de semana perfeito, que foi
acompanhado por várias ações promocionais colocadas de pé pela Citroën Argentina. A maneira
como a filial explora todos os anos o envolvimento
da marca no Mundial de Ralis é notável”, rematou
Matton.
Tiago Monteiro terminou
as duas corridas do
WTCC que decorreu no
fim de semana de 5 e 6
de maio na Hungria com
dois quintos lugares,
os melhores resultados
alcançados esta época
e que totalizam 20
pontos para as contas
do campeonato. O
piloto português já tinha
conseguido uma boa
qualificação e desta vez,
tal como perspetivou,
conseguiu a desforra
dos azares nas corridas
anteriores e protagonizou
duas excelentes provas.
Na primeira corrida
largou da sétima posição
da grelha e conseguiu
“evitar os incidentes
iniciais e isso foi muito
importante”.” Daí em
diante ataquei o que
pude para assegurar a
minha posição”, disse
Monteiro. Na segunda
prova ao início da tarde,
a postura foi mais
defensiva. “O arranque
não foi tão brilhante mas
segurei a quinta posição
e as investidas dos meus
adversários até ao final”,
afirmou o piloto do Porto.
O trabalho que Tiago
Monteiro tem feito com
a Sun Red para melhorar
a performance do motor
do seu Seat 1.6 turbo
acabou por dar os seus
frutos: “A minha filosofia
é sempre a de não
desistir. E enquanto não
chega o novo motor Seat,
empenhei-me para estar
na luta. E finalmente isso
aconteceu este fim de
semana. Foram duas boas
corridas com muitas lutas.
Estou muito contente
com estes resultados e
só posso agradecer à Sun
Red e à Seat pelo trabalho
que desenvolveram. Dois
quintos lugares foram
os melhores resultados
possíveis e que souberam
a vitória”, concluiu.
A próxima ronda do
Campeonato decorre já
este fim de semana (19 e
20 de maio), na Áustria.
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Economia paralela e crise criam dificuldades sem