Paulo Pedrosa: eleições no Cruzeiro, Lei Seca etc.
Gustavo Mendicino
GUSTAVO MENDICINO
O presidente do Sindhorb, Paulo César Marcondes Pedrosa, falou sobre diversos assuntos com a
coluna
O presidente do Sindicato dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Belo Horizonte e
Região Metropolitana (Sindhorb), Paulo César Marcondes Pedrosa, além de representar
aproximadamente 150 mil pessoas, ligadas diretamente às cerca de 50 mil empresas filiadas
à entidade, está hoje diretamente ligado às eleições do Cruzeiro. Até poucos dias, ele era
candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Antônio Claret Nametala. Na última
segunda, houve uma composição com Alberto Rodrigues em que Nametala passou a ser o
vice. Pedrosa acabou saindo da chapa, mas continua articulando nos bastidores do clube.
Conversamos com ele sobre estes e outros assuntos.
Cruzeiro
“A chapa „Juntos somos fortes‟ não representa oposição e sim uma alternativa à atual
gestão. Na verdade, se formos olhar quem é oposição é o outro grupo, que tem dois nomes
historicamente contrários aos Perrellas, o Márcio Rodrigues e o Fernando Torquetti, que já
saíram contra eles por duas ocasiões”.
Junção de forças e planos
“Já tínhamos pensado no Alberto Rodrigues faz tempo. O César (Masci) conversou com ele
primeiro e sugeriu. Essa composição com ele e o Claret foi ótima. Vai ser uma disputa boa e
em alto nível. Temos 93% de aprovação da torcida, mas sabemos que quem votam são os
conselheiros. Acreditamos na vitória. O Cruzeiro precisa de renovação. Nossas principais
bandeiras são acabar com o modelo de exportação de jogadores, aumentar a arrecadação
por outros meios, já que o Claret é um especialista em Marketing, e aproximar mais os
torcedores do clube e os próprios conselheiros, de repente por meio de conselhos para serem
ouvidos pela diretoria. De antemão, aviso aos cruzeirenses que se ganharmos nosso primeiro
plano é trazer o Muricy (atual técnico do Santos) e queremos chegar a 2014 com 10 milhões
de adeptos”.
Lei Seca
“Não tem como ficar contra a Lei Seca. Como que você apoia quem bebe e dirige? É
impossível. Não dá para discutir isso mais. Fizemos uma parceria com o Governo. Por outro
lado, é fato que o setor de bares e restaurantes está sofrendo. O movimento caiu. Como
podemos auxiliar? Estamos cobrando mais participação das cervejarias, no sentido de ajudar
os varejistas. As companhias colaboram com uma minoria e abandonou a maior parte dos
comerciantes do setor. As cervejarias estão de braços cruzados e o problema é que com a
diminuição das vendas, eles também terão prejuízo. E eles podem ajudar os bares e
restaurantes, de repente arcando com alguma promoção no ir e vir de clientes, porque
realmente nosso transporte público não é qualificado para ser compatível a uma Lei rígida
como essa. Não temos metrô, estão faltando táxis e ônibus não oferecem conforto nem
segurança. Então, o cidadão prefere não sair. Os bares tomam prejuízo. As cervejarias têm
obrigação de ajudarem”.
Perseguição a bares
“Este é o setor mais fiscalizado e perseguido. Tudo é difícil para a categoria. É mais
burocrático obter alvará, tudo é mais complicado. Tenho uma impressão de que BH era uma
roça iluminada e agora é uma grande roça iluminada. Aqui não se pode fazer nada, é tudo
travado, difícil. Na capital dos bares, parece que dono de bar e restaurante é marginal. Muito
pelo contrário, somos geradores de emprego”.
80 anos do Sindicato
“Alguns integrantes da Diretoria estão planejando uma grande festa popular para comemorar
os 80 anos do Sindhorb, em 2013. Vamos ver, ainda não temos nada definido. Somos o
terceiro sindicato mais velho do país. Merecemos uma grande festa”.
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