SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA ESPECIALIZAÇÃO EM DEFICIÊNCIA MENTAL REDIGINDO SOBRE DEFICIÊNCIA MENTAL E O PAPEL DA ESCOLA: Visão de um especialista. Renata Gonçalves Penido. Letras. Belo Horizonte 2015 SUMÁRIO 1 RESUMO.................................................................................................................. 3 2 ABSTRACT. ............................................................................................................. 4 3 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5 4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 6 - O que é Deficiência Mental ....................................................................................... 6 - São Muitas as possibilidades .................................................................................... 8 - Outros Problemas Relacionados a D.I .................................................................... 21 - Um pouco de história .............................................................................................. 34 - Projetos ................................................................................................................... 36 - Um alerta as mamães ............................................................................................. 37 - Uma Experiência no EJA II ..................................................................................... 39 5 CONCLUSÃO......................................................................................................... 40 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 41 7 ANEXOS ................................................................................................................ 44 3 1 RESUMO O Cérebro é responsável por praticamente todos os comandos das atividades do corpo humano bem como dos raciocínios e reprises adquiridas com o aprendizado. Utiliza-lo é atividade constante comum do dia-a-dia de todo cidadão. Quando um bebe nasce com algum defeito do cérebro, seja ele qual for, sua vida estará comprometida não raro para sempre. Isso pelo fato de a maioria dos casos apresentar efeito irreversível. Quando o centro de comando do desenvolvimento do ser humano não responde bem, o portador da deficiência não é capaz de praticar atividades normais do cotidiano das pessoas. Ele também tem dificuldade de aprendizado e para desenvolver relações de trabalho. Este artigo foi desenvolvido como trabalho de final de curso em especialização em deficiência mental, ministrado pela escola on line Avante. Tem por objetivo, produzir material que comprove conhecimento no assunto, já que o estado de Minas Gerais exige que seus profissionais sejam especialistas nas atividades as quais se propõem a oferecer à sociedade mineira. 4 2 ABSTRACT The brain is the main responsably by pratically all body activities commands.In the same way, it’s responsably by the reasoning and reruns adquired learning things. The brain is to be constantly used at common practices everday by all citizen. When a baby was born with brain abnormality, whatever it maybe, his life’re committed forever. It’s by the fact that the most part of the cases, it’s irreversible. When the human development command center can’t answer well, the disabled is unable to perform normal activities everyday life. He still has problems to learn and to develop employment relation. This article, was criated to be “final paper” of the specialization course in mental disability, required by the on line achool Avante. It’s main goal is to improve material that proves some knowledge on the subject. The motivation is the Mina Gerais goverment requiring specialized professionals occupying their positions betwen our people. 5 3 INTRODUÇÃO A vida de um aluno especial requer aprendizado diferenciado da dos alunos normais. Tudo deve ser adaptado ao seu nível de capacidade mental. Existem algumas necessidades que os especiais possuem que são dispensadas para alunos que estudam na escola normal. É o caso do conteúdo intitulado de estimulação. (Voltado para a atividade motora do aluno.) Além das adaptações de metodologia e quantidade de conteúdo, uma instituição que trabalha somente deficientes mentais, apresenta níveis diferentes de aprendizado, dentro da mesma sala. Podemos relatar como exemplo; um aluno que tem idade igual a dos alunos da sala B, entraram junto com eles no mesmo ano. Todavia apresenta comprometimentos intelectuais diferenciados, sendo necessário então, fazer uma nova adaptação da adaptação já existente na turma para trabalhar com as necessidades daquele aluno especificamente. Aquele aluno deve ser remanejado para a sala A ou C. (Não levar em consideração a nomenclatura das salas.) A lei N. 7.853 de 24 de outubro de 1989 permite que alunos especiais estudem em escolas de alunos normais. Para isso, são contratados profissionais especializados que se dedicam exclusivamente ao aluno especial, o acompanhando durante todo tempo em que está na da escola praticando suas respectivas atividades. Estes profissionais entram dentro da sala de aula cada um com seu aluno especial, senta ao lado dele e fica o instruindo e orientando uma segunda vez, a partir das orientações fornecidas pelo professor pela primeira vez. O presente artigo visa fazer com que o leitor entenda as deficiências, suas formas variadas, um pouco de sua história, a necessidade da adaptação do indivíduo as suas possibilidades numa tentativa de amenizar sofrimentos de todos envolvidos, principalmente a vítima da deficiência. Visa também tentar prevenir as futuras mamães a não terem filhos especiais e conclui com a importância da escola. 6 4 DESENVOLVIMENTO O que é deficiência mental? “Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pode-se definir deficiência Mental como o estado de redução notável do funcionamento intelectual inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento. (FIOCRUZ.) Gostaria de pedir licença aos leitores para realizarmos uma pequena mudança no material: necessitando utilizar o termo “deficiente mental” neste artigo, faremos substituição por “pessoa especial”, “aluno especial” ou simplesmente “especial”. Pois o termo deficiente mental carrega um peso grande em sua nomenclatura. Se referir ao deficiente como especial, invoca mais naturalidade ao longo do texto. Uma forma de detectar a deficiência mental, é medindo o QI. O QI de uma pessoa especial quando medido, apresenta número inferior ao menor número que caracteriza um indivíduo como sendo de inteligência normal. Acima de 140: gênio ou quase um. 130 a 139: extremamente inteligente 120 a 129: inteligência muito acima da média 110 a 119: inteligência acima da média 90 a 109: inteligência normal (Metade da população mundial situa-se neste nível.) 80 a 89; inteligência abaixo da média. 70 a 79: quase deficiência mental 50 a 70: retardo mental leve 35 a 50: retardo mental moderado 20 a 35; retardo mental grave Abaixo de vinte: profundo retardo mental. (BUZZO) Uma explicação aceita pela comunidade científica, para as diferenças em aquisição de aprendizado, é que: quando um indivíduo normal recebe uma informação, ela é captada pela trama de neurônios, produzindo pequenas descargas elétricas. Quando o cérebro retém a informação como sendo importante, ela é guardada em algum lugar ali, para ser utilizada posteriormente. Em especiais, a informação é recebida pela trama de neurônios. Todavia esta trama apresenta um entrelaço mais aberto, ou seja, ficam espaços 7 maiores entre os neurônios. Quando são enviadas as descargas elétricas, ela se dissipa nesses buracos e a informação não é retida. A quantidade de neurônios é decisiva na complexidade da trama. Além disso, os neurônios são células incapazes de se reproduzirem, como as células regenerativas do corpo. A pessoa especial não deve ingerir álcool ou drogas. Deve ter uma rotina com aproximadamente 8 horas de sono por dia, além de possuir hábitos saudáveis como a prática de esportes. Droga, álcool, descanso sem qualidade entre outros fatores, são favoráveis a perca dos neurônios presentes, podendo piorar o quadro de deficiência. O aluno especial esquece muito facilmente o que está sendo ensinado em sala de aula. Por isso, o trabalho com eles deve ser reforçado a cada dia. O maior desafio científico que pode ter para esses casos, é uma tentativa de “apertar” a trama de neurônios se isso for possível. Sem saber exatamente se é ou não, o papel do professor é tentar fazer com que o aluno aprenda se não naquele ano, no ano seguinte ou em algum ano de sua vida. O aluno especial ainda que trabalhe em serviços braçais, não deve parar de exercitar seus neurônios jamais. Os diagnósticos médicos são apresentados das mais variadas formas, quando é identificada algum problema com o aluno, na condição de paciência. Nos arquivos do corpo discente da escola, foram identificados diagnósticos onde os médicos escrevem simplesmente “problemas mentais”, “deficiência mental”, “deficiência de aprendizagem”, “transtorno Global” ou “diagnóstico aberto”. Outros são mais complexos e especificam o tipo da doença: “O paciente apresenta distúrbio de raciocínio relacionada a deficiência mental do tipo...” Em alguns diagnósticos o problema intelectual não se apresenta isolado mas com duas ou três outras doenças. Por exemplo: “O aluno sofre de Síndrome de down, problemas auditivos e pode apresentar convulsões. Quadro neurológico medicamentoso.” Este foi um exemplo fictício, criado pelo autor somente para ilustrar a maneira como aparece na ficha dos alunos. O diagnóstico aberto é aquele em que não foi identificado o problema mental. Isso significa que o médico quer que sejam feitas mais consultas e exames naquele paciente, até que se identifique o problema específico. 8 São Muitas as possibilidades. Existem doenças que são diagnosticadas com a triagem neonatal conhecida como o teste do pezinho. Retirando algumas gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido, o exame é feito entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê, e permite diagnosticar precocemente oito doenças, entre metabólicas, congênitas e infecciosas. Em 1992 o teste do pezinho se tornou obrigatório em todo o território nacional.Com o teste do pezinho é possível identificar: Anemia falciforme — doença hereditária que altera a formação da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte do oxigênio no sangue. Em decorrência dessa alteração, as hemácias ficam com forma de foice (daí o nome “falciforme”), o que dificulta sua locomoção e acaba lesionando tecidos. Deficiência de biotionidase – é a falta da vitamina biotina no organismo. Sua deficiência resulta em convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo, surgimento de espinhas, acidez do sangue e baixa imunidade. Fenilcetonúria — é uma doença genética caracterizada pela incapacidade de metabolizar a enzima fenilalanina-hidroxilase, responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina em tirosina. A ausência de tirosina pode acarretar retardo mental. Galactosemia — é uma doença genética que dificulta a conversão de galactose (açúcar presente no leite) em glicose. O resultado é o acúmulo de galactose no organismo, causando problemas de coagulação, icterícia (pele amarelada), hipoglicemia (baixa da taxa de glicose no sangue), glicosúria (excesso de glicose na urina), acidez do sangue e catarata. Glicose 6-fosfato desidrogenase – distúrbio metabólico que causa alterações das enzimas fundamentais para proteção das células, especialmente das hemácias. Sem estabilidade, os glóbulos vermelhos podem morrer, causando anemia hemolítica. Hipotireoidismo congênito – doença que faz com que a glândula tireoide não seja capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos, o que deixa os processos metabólicos mais lentos. Uma das principais consequências é a retardação mental. Hiperplasia congênita da supra-renal — provoca uma deficiência na produção de hormônios pelas glândulas supra-renais ou adrenais. Para compensar, a hipófise produz excesso de hormônios que estimulam as supra-renais, 9 que aumentam de tamanho e passam a produzir em excesso hormônios que levam à masculinização do corpo da criança. Além disso, pode ocorrer desidratação, perda de sal no organismo e vômitos. Toxoplasmose — é uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode causar calcificações cerebrais, malformações, doença sistêmica grave. Tardiamente, pode se expressar causando doenças da retina. Vamos enumerar aqui alguns diagnósticos identificados pelos médicos isoladamente e alguns outros pesquisados da internet: D.I- É a forma abreviada para Doença Intelectual. Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)- é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD. Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola. Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas ideias sobre todos os aspectos de um transtorno. Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros - See more at: http://www.tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-otdah.html#sthash.TPC90j3a.dpuf Paralisia Cerebral- É um estado caracterizado por fraco controle muscular, espasticidade, paralisia e outras deficiências neurológicas, como resultado de uma lesão cerebral produzida durante a gravidez, na altura do parto, depois do nascimento ou antes dos cindo anos. A paralisia cerebral como o próprio nome diz, mantem algumas funções cerebrais paralisadas. A parte do cérebro afetada varia de 10 pessoa para pessoa. Ela pode abranger uma área maior ou menor do cérebro humano identificado com o problema. Quanto maior a área afetada, maior o comprometimento com algumas funções cerebrais. A paralisia cerebral pode existir a partir de problemas na gravidez. Uma vez que a mãe foi infectada com toxoplasmose, o bebe pode nascer com o problema. Ela pode ser adquirida ao longo da vida do indivíduo também, após o nascimento do bebê. É o caso de pessoas foram comprometidos com lesões provocadas por traumatismo craniano por queda ou acidente. Está relacionada também a sequela de meningite. As sequelas podem provocar outros problemas relacionados. Existem pessoas que ficaram com o sistema endócrino comprometido. Outras, tiveram a audição e a fala afetados. Autismo- é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social. No autismo, a pessoa cria um mundo particular, que faz do indivíduo um ser introspectivo. Ele vive em um mundo distinto do real. As pessoas do convívio social do afetado, não compreendem onde a atenção e daquele indivíduo está. O afetado não responde bem a questões do mundo real e de convivência social. O autismo se apresenta de duas maneiras: como autismo ou como suspeita de autismo. Quando é diagnosticado enquanto suspeita de autismo, o médico já deixa claro que o aluno tem D.I. O autismo é uma doença relacionada ao código F84. Ela se apresenta com diversas outras doenças psicóticas sob essa numeração. Vamos verificar rapidamente cada uma delas: F84-Grupo de transtornos caracterizados por alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Estas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do sujeito, em todas as ocasiões. Usa-se código adicional, se necessário, para identificar uma afecção médica associada e o retardo mental. F84.0-Autismo infantil. Transtorno global do desenvolvimento caracterizado por a) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes da idade de três anos, e b) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada um dos três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas outras manifestações inespecíficas, por 11 exemplo fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (auto-agressividade). Autismo infantil, psicose, síndrome de Kanner, transtorno autístico. Exclui: psicopatia autista (F84.5) F84.1- Autismo atípico. Transtorno global do desenvolvimento, ocorrendo após a idade de três anos ou que não responde a todos os três grupos de critérios diagnósticos do autismo infantil. Esta categoria deve ser utilizada para classificar um desenvolvimento anormal ou alterado, aparecendo após a idade de três anos, e não apresentando manifestações patológicas suficientes em um ou dois dos três domínios psicopatológicos (interações sociais recíprocas, comunicação, comportamentos limitados, estereotipados ou repetitivos) implicados no autismo infantil; existem sempre anomalias características em um ou em vários destes domínios. O autismo atípico ocorre habitualmente em crianças que apresentam um retardo mental profundo ou um transtorno específico grave do desenvolvimento de linguagem do tipo receptivo. Psicose infantil atípica, retardo mental com características autísticas, usar código adicional (F70-F79), se necessário, para identificar o retardo mental. F84.2-Síndrome de Rett. Transtorno descrito até o momento unicamente em meninas, caracterizado por um desenvolvimento inicial aparentemente normal, seguido de uma perda parcial ou completa de linguagem, da marcha e do uso das mãos, associado a um retardo do desenvolvimento craniano e ocorrendo habitualmente entre 7 e 24 meses. A perda dos movimentos propositais das mãos, a torsão estereotipada das mãos e a hiperventilação são características deste transtorno. O desenvolvimento social e o desenvolvimento lúdico estão detidos enquanto o interesse social continua em geral conservado. A partir da idade de quatro anos manifesta-se uma ataxia do tronco e uma apraxia, seguidas frequentemente por movimentos coreoatetósicos. O transtorno leva quase sempre a um retardo mental grave. F84.3-Outro transtorno desintegrativo da infância. Transtorno global do desenvolvimento caracterizado pela presença de um período de desenvolvimento completamente normal antes da ocorrência do transtorno, sendo que este período é seguido de uma perda manifesta das habilidades anteriormente adquiridas em vários domínios do desenvolvimento no período de alguns meses. Estas manifestações se acompanham tipicamente de uma perda global do interesse com relação ao ambiente, condutas motoras estereotipadas, repetitivas e maneirismos e de uma 12 alteração do tipo autístico da interação social e da comunicação. Em alguns casos, a ocorrência do transtorno pode ser relacionada com uma encefalopatia; o diagnóstico, contudo, deve tomar por base as evidências de anomalias do comportamento. Demência infantil Psicose: desintegrativa simbiótica, Síndrome de Heller. Usar código adicional, se necessário, para identificar a afecção neurológica associada. Exclui: síndrome de Rett (F84.2) F84.4-Transtorno com hipercinesia associada a retardo mental e a movimentos estereotipados.Transtorno mal definido cuja validade nosológica permanece incerta. Esta categoria se relaciona a crianças com retardo mental grave (QI abaixo de 34) associado à hiperatividade importante, grande perturbação da atenção e comportamentos estereotipados. Os medicamentos estimulantes são habitualmente ineficazes (diferentemente daquelas com QI dentro dos limites normais) e podem provocar uma reação disfórica grave (acompanhada por vezes de um retardo psicomotor). Na adolescência, a hiperatividade dá lugar em geral a uma hipoatividade (o que não é habitualmente o caso de crianças hipercinéticas de inteligência normal). Esta síndrome se acompanha, além disto, com frequência, de diversos retardos do desenvolvimento, específicos ou globais. Não se sabe em que medida a síndrome comportamental é a consequência do retardo mental ou de uma lesão cerebral orgânica. F84.5- Síndrome de Asperger. Transtorno de validade nosológica incerta, caracterizado por uma alteração qualitativa das interações sociais recíprocas, semelhante à observada no autismo, com um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Ele se diferencia do autismo essencialmente pelo fato de que não se acompanha de um retardo ou de uma deficiência de linguagem ou do desenvolvimento cognitivo. Os sujeitos que apresentam este transtorno são em geral muito desajeitados. As anomalias persistem frequentemente na adolescência e idade adulta. O transtorno se acompanha por vezes de episódios psicóticos no início da idade adulta. Psicopatia autística, transtorno esquizóide da infância F84.8- Outros transtornos globais do desenvolvimento F84.9- Transtornos globais não especificados do movimento. Síndrome de Down- é causada por um cromossomo extra no par 21. Crianças e jovens com esta síndrome possuem características semelhantes e estão sujeitas a algumas doenças. Embora apresentem deficiência intelectual e de 13 aprendizado, são pessoas com personalidade única, que estabelecem boa comunicação e também são sensíveis e interessantes. Transtorno bipolar- é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e períodos de irritação ou depressão. As chamadas “oscilações de humor” entre a mania e a depressão podem ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência. Psicose- é o nome dado a um estado mental patológico caracterizado pela perda do contato do indivíduo com a realidade, que passa a apresentar comportamento antissocial. O termo psicopatia, no entanto, não pode ser compreendido como um sinônimo de psicose, para a qual não há tratamento- ao contrário da psicose. A psicopatia é uma condição muito mais grave do que a psicose, para a qual não há tratamento- ao contrário da psicose. Além disso, a psicopatia consiste em uma desordem de personalidade, enquanto a psicose é uma desordem psíquica que não diz respeito ao âmbito da personalidade, mas, sim, à perda de contato com a realidade. Existem inúmeros tipos de psicose ou transtornos psicóticos. A esquizofrenia e o transtorno bipolar são alguns exemplos das psicopatias mais conhecidas que existem. A psicose é categorizada em três grupos principais, om base em suas respectivas causas. Estes são: Psicose resultante de uma condição mental ou psicológica, Psicose resultante de uma norma sanitária ou médica geral ou psicose resultante do abuso de drogas e álcool. As causas das psicoses ainda são motivos para muitas discursões e controvérsias dentro da comunidade médica e cientifica. Especialistas acredita quem fatores sociais, como a vida nas grandes cidades,abuso de drogas e isolamento social possam estar direta ou indiretamente associados à psicose. Uma provável interação entre esses fatores sociais com fatores biológicos e psicológicos produziria uma reação em cascata resultando, assim, no desenvolvimento do quadro psicótico. A psicose pode ocorrer em diversos casos, e para cada uma delas há uma causa específica: transtorno bipolar, depressão grave, doença de Alzheimer e outras demências, estresse psicológico severo, privação do sono, epilepsia, abstinência de álcool, infecções e cânceres do sistema nervoso central, lúpus, insuficiência renal e hepática, cistos no cérebro ou tumores cerebrais, acidente vascular cerebral (AVC), Aids e Sífilis. Esse tipo de doença pode existir em todas as idades. Sintomas: 14 pensamento confuso, delírios, alucinações, alterações nos sentimentos, comportamento alterado. Um diagnóstico médico: “ Psicose (suspeita de autismo)”. Esquizofrenia- é um transtorno mental complexo que dificulta a distinção entre as experiências reais e imaginárias, interfere no pensamento lógico, nas respostas emocionais normais e comportamento esperado em situações sociais. Não é um distúrbio de múltiplas personalidades. É doença crônica, complexa que exige tratamento por toda vida. Esclerose Tuberosa - A Esclerose Tuberosa, também conhecida como Síndrome de Bourneville-Pringle ou Epilóia, é uma desordem genética e, portanto, uma doença não contagiosa, causada por anomalias nos genes TSC1 ou TSC2, dos cromossomos 9 e 16, respectivamente. Inicialmente a Esclerose Tuberosa foi descrita no sistema nervoso central por Bourneville, em 1880. É uma doença degenerativa, causadora de tumores benignos, que pode afetar diversos órgãos, especialmente cérebro, coração, olhos, rins, pele e pulmões. As manifestações clínicas da doença podem variar dependendo do grau de acometimento dos órgãos afetados. Podendo surgir lesões na pele, nos ossos, dentes, rins, pulmões, olhos, coração e sistema nervoso central. As lesões dermatológicas se apresentam sob a forma de nódulos de cor vermelha ou cereja geralmente na região facial. As lesões retinianas afetam as camadas superficiais da retina e as lesões cerebrais podem ser tumores e calcificações na região dos ventrículos cerebrais. É uma doença rara, de tendência evolutiva que pode afetar ambos os sexos de todas as raças e grupos étnicos. Ao primeiro sinal de depressão, os pais devem acolher a criança e encaminhá-la a um profissional o mais rápido possível. Na maioria das vezes, o apoio da família e a psicoterapia são suficientes. Somente a partir dos 6 anos de idade, é necessário, em alguns casos, intervir com medicamentos. A depressão infantil desencadeia várias outras doenças tais como: anorexia, bulimia, etc. A Esclerose Tuberosa é caracterizada por Deficiência Mental, epilepsia e erupção facial tipo adenoma sebáceo. Devido a tais características a doença também foi chamada de epilóia. Epil = epilepsia, oi = oligofrenia => Epiloia + a = adenoma 15 Os sintomas da Esclerose Tuberosa são o aparecimento de neoplasias benignas em um ou mais órgãos, sendo o sistema nervoso central e retina, pele, coração e rins os mais comuns de serem afetados. Tumores cerebrais no Sistema Nervoso Central também podem ocorrer em casos confirmados da doença, aparecendo até aos 20 anos de idade do paciente. Ela aparece no sistema nervoso central através de tumores benignos e nódulos. As variações de sintomas entre pacientes são muitas, mas, os mais comuns são as crises epiléticas, incluindo também o Retardo Mental ou a hidrocefalia secundária. A Deficiência Mental pode estar ausente em cerca de 30% dos casos, mas as convulsões, de difícil controle, aparecem em cerca de 80%, começando antes dos 5 anos de idade. Os exames que se pode fazer para constatação e acompanhamentos da Esclerose Tuberosos são os exames genéticos de Cariótipo, a Tomografia Craniana Computadorizada, Ressonância Magnética Nuclear e Craniografia. Tratamento: Ainda não há cura para essa síndrome, apenas tratamento para seus sintomas. O tratamento é sintomático, isto é, procura-se sanar os sintomas que se manifestam, e normalmente é acompanhado da aplicação de anticonvulsivantes no intuito de se controlar as crises convulsivas presentes na maioria dos casos. Além das medicações convencionais, diversas formas de terapias já mostraram resultados positivos, como o shiatsu, o reiki e as frequências de brilho que trazem benefícios que variam de quadro para quadro, mas podem ser sensíveis em alguns casos. Terapias como a Homeopatia, a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional têm sido um ganho enorme junto aos pacientes portadores da doença. Microcefalia- é uma deficiência na qual a cabeça é muito pequena. As crianças com microcefalia costumam sobreviver, mas tem tendência a sofrer de atraso mental e carecem de coordenação muscular. Algumas também sofrem convulsões. Lesão da área frontal – o córtex pré-frontal recebe informação de praticamente todo o córtex do hemisfério ipsilateral (áreas de associação dos lobos parietal, temporal e occipital e áreas multimodais) e também do córtex pré-frontal contralateral (através do corpo caloso); as conexões com o sistema límbico, córtex pré-motor, formação reticular, hipotálamo, amígdala, hipocampo, estruturas 16 subcorticais. Podem comprometer estruturas do sistema límbico, alterar a memória e outras funções. Podem ocasionar distúrbios do humor, conduta, caráter, atividade (lentidão) e distúrbios de atenção. Caso Phineas Gage (séc. XIX): relatado por Damásio (1996). 1ª vez que tornou-se evidente uma ligação entre uma lesão cerebral específica e uma limitação da racionalidade. Porencefalia- é uma situação na qual se forma um quisto ou uma cavidade anormal num dos hemisférios cerebrais. É uma evidência clara de que existe lesão cerebral e geralmente associa-se as anomalias da função cerebral. No entanto, algumas crianças tem uma inteligência normal. Hidrencefalia- é uma forma extrema de porencefalia na qual faltam quase completamente os hemisférios cerebrais. As crianças com essa doença não se desenvolvem normalmente e tem um grande atraso mental. Hidrocefalia- líquido no cérebro. Nas crianças mais velhas as causas são geralmente tumores. É a razão mais frequente para recém-nascidos possuir a cabeça grande. O líquido é produzido nos ventrículos e devem sair do cérebro, para ser absorvido e passar pelo sangue. Quando não consegui sair, a pressão dentro da cabeça aumenta, dando origem a hidrocefalia. Má formação congênita ou hemorragia cerebral, podem obstruir a drenagem e causar este problema. Hipotrofia Cerebral- É a diminuição do peso e do volume do cérebro. Síndrome de Dandy Walker- É uma má formação do congênita que afeta o cerebelo e os fluidos que o rodeiam. As características principais desta síndrome são o alargamento do quarto ventrículo, a ausência completa ou parcial da área entre os dois hemisférios cerebelares e a formação de cistos na base interna do crânio. Anomalia de Arnold-Chiari é uma deficiência na formação da parte inferior do cérebro (tronco cerebral). Costuma associar-se a hidrocefalia. Deficiência Intelectual da DNP- A doença de Niemann-Pick (DNP) é uma doença rara, lisossômica ou de acumulação, em que a deficiência de uma enzima específica tem como resultado a acumulação de esfingomielina, um produto do metabolismo das gorduras, sobretudo quanto a fibroblastos. É considerada uma 17 doença generalizada e grave. Esta doença apresenta atualmente seis subtipos, dependendo da gravidade da deficiência enzimática: subtipo A, com forma neuropática aguda; subtipo B, a forma visceral; subtipo C, forma neuropática crônica; subtipo D, variante nova escocesa; subtipo E, forma adulta; e subtipo F, doença do histiócito azul-mar. Em sua forma juvenil grave, a enzima está completamente ausente, o que leva ao desenvolvimento de alterações graves no sistema nervoso, em razão do nervo não conseguir utilizar a esfingomielina para produzir a mielina necessária para as bainhas que, normalmente, envolvem muitos nervos. Estudo observou que a distribuição geográfica do subtipo B tem maior incidência na França (Europa), Estados Unidos e Canadá (América do Norte), Brasil (América do Sul) e Japão (Ásia). A DNP é diagnosticada por meio de anamnese e exame físico detalhado, apoiados pela biópsia de medula óssea com achados de células de Niemann-Pick característicos, os histiócitos azul-mar. Nos Estados Unidos, o subtipo A, ocorre com maior frequência, abrangendo cerca de 85% dos casos desta doença; e estima-se que o subtipo C afete cerca de 500 crianças. A DNP atinge recémnascidos, crianças e adultos de ambos os sexos. O subtipo A se manifesta nos primeiros meses de vida e o paciente morre na infância; no subtipo B, os primeiros sintomas aparecem na infância, de forma não neuropática, porém muitos sobrevivem até a idade adulta; e os subtipos C e D apresentam distúrbios neurodegenerativos, com início nos primeiros 2 anos ou mais de vida, ou, ainda, no final da infância. Calcificação no cérebro – O que é diagnosticado como calcificação, é a "calcificação" vista em uma varredura da cabeça (TAC). CT é uma imagem que capta as densidades que variam de tecido muito denso (osso) até que nenhuma densidade (ar), que este é visto como preto e branco, respectivamente. Quando é uma lesão radiopaca ou densa e suporta a densidade óssea, é conhecido, ou dá a impressão de calcificação, mesmo sabendo que teria que realizar uma biópsia, que é um exame microscópico do tecido alcançar algo final. Existem muitas doenças, tais como a cisticercose, cura quando isto ocorre no cérebro. Não é necessariamente devido à acumulação de cálcio, o tecido da cicatriz, mas que, quando muito intensa tem as mesmas características do que a densidade óssea (radiologicamente falando). É preciso fazer mais estudos, como ressonância magnética ou até mesmo biópsia para definir a causa da calcificação e dar tratamento. Muitos destes são assintomáticos, isto não é desconfortável e eles 18 encontraram por acaso em estudos de rotina. Outras causas de calcificação são de infecções (tuberculose, parasitas, etc) para tumores. Oligofrenia- É uma doença que pode ser de origem hereditária, ou ser adquirida precocemente e que afeta o sistema nervoso central. Consiste em uma deficiência mental ocasionada pela interrupção do desenvolvimento normal do sistema nervoso central, durante o período da gestação ou mesmo após o nascimento, o que pode se prolongar até os dezoito anos de idade. Ela ocorre em diversos níveis. Enquanto a média do Quociente de inteligência (QI) de uma pessoa com normalidade intelectual varia entre 90 e 110, o nível de uma pessoa com oligofrenia oscila entre 0 e 110. Os portadores de uma oligofrenia leve apresentam uma deficiência pequena, quase normal, sem grandes prejuízos na aprendizagem. Nos oligofrênicos moderados o comportamento intelectual chega a incapacitar o indivíduo para maiores aprendizados. São os portadores da imbecilidade. Os oligofrênicos profundos além da dificuldade total de aprendizagem apresentam outras dificuldades entre elas a fala. São os idiotas, termo absorvido pela cultura, usado como ofensa. Consanguinidade- Nos casamentos consanguíneos, em que o casal é formado por parentes próximos, as chances de genes recessivos se combinarem são significativas. E isso se acentua com o grau de consanguinidade: quanto mais próximo for o parentesco (pais, filhos, irmãos, avós, tios e primos de primeiro grau), maior a probabilidade das duas pessoas compartilharem os genes recessivos. Os genes recessivos são "menos expressivos” e, por isso, é preciso herdá-los duas vezes para que a característica se manifeste. Muitas vezes, essa manifestação não se trata de apenas uma característica, e sim, de doenças, são as chamadas doenças autossômicas recessivas. Uma vez que as pessoas aparentadas tendem a compartilhar genes próximos, os descendentes de um casal consanguíneo têm grandes chances de desenvolver doenças autossômicas recessivas. Certas doenças autossômicas recessivas podem causar erros inatos no metabolismo (albinismo, fenilcetonúria, alcaptonúria), cegueira, surdez congênita, retardo mental e displasias ósseas. A fibrose cística é um exemplo de doenças causadas por genes recessivos. Trata-se de uma doença genética que afeta o funcionamento de glândulas exócrinas, responsáveis pela produção de muco e outras substâncias mais espessas. A doença compromete, principalmente, os 19 sistemas digestivos e respiratório, podendo levar o portador à morte prematura. Incompatibilidade consanguínea ou eritroblastose fetal- Também conhecida como Doença hemolítica do recém-nascido é causada pela incompatibilidade sanguínea do fator RH entre o sangue materno e o sangue do bebê. O problema se manifesta durante a gravidez de mulheres RH negativo que esteja gerando um filho RH positivo. Para que isso aconteça, o pai da criança precisa necessariamente ter o fator RH positivo. As hemácias do feto, que carregam o fator RH positivo desencadearão um processo no qual o organismo da mãe começará a produzir anticorpos. Estes anticorpos chegarão até a circulação do feto, destruindo as suas hemácias. É desta maneira que a Eritroblastose se origina. A eritroblastose fetal pode causar a morte do feto durante a gestação ou depois do nascimento. Outras consequências da doença podem ser deficiência mental, surdez, paralisia cerebral e ictéricia, causada pelo excesso de bilirrubina no sangue- pigmento gerado pelo metabolismo das células vermelhas do sangue- e caracterizada pela cor amarelada da pele. Síndrome de Angelman - é um distúrbio genético-neurológico nomeado em homenagem ao pediatra inglês Dr. Harry Angelman, que foi quem descreveu a síndrome pela primeira vez em 1965. Caracteriza-se por atraso no desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, distúrbios no sono, convulsões, movimentos desconexos e sorriso frequente. Além disso, é um exemplo clássico de imprinting genômico causado pela deleção ou inativação de genes críticos do cromossomo 15 herdado da mãe. Sua síndrome irmã é chamada de síndrome de Prader-Willi, sendo causada pela deleção de genes paternos. Atraso do desenvolvimento, funcionalmente severo, incapacidade de falar, com nenhum ou quase nenhum uso de palavras A criança se comunica mais pela capacidade compreensão de seus atos do que pela expressão verbal. Problemas de movimento e equilíbrio, crises convulsivas. É observado o atraso no crescimento do perímetro cefálico em 80% dos casos, ocorrendo microcefalia em torno dos dois anos de idade. Incapacidade de coordenação dos movimentos musculares voluntários ao andar e/ou movimento trêmulo dos membros, frequente qualquer combinação de riso e sorriso, com uma aparência feliz - embora este sorriso permanente seja apenas uma expressão motora. Personalidade facilmente excitável, com movimentos aleatórios das mãos, hipermotricidade e incapacidade de 20 manter a atenção. Atração/fascínio pela água, estrabismo, albinismo da pele e dos olhos, hipersensibilidade ao calor, mandíbula e língua proeminentes, dentes espaçados, comportamento excessivo de mastigação, problemas para dormir e com a alimentação durante a infância. Não há tratamento disponível para os portadores da Síndrome de Angelman, sendo possível apenas suporte clínico ou psicossomático, procurando amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. Problema Mental causado por Lúpus - O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, em que as células responsáveis pela defesa produzem anticorpos contra células do próprio organismo. Esse processo pode desencadear inflamações por todo o organismo, causando os mais variados sintomas. A evolução da doença costuma ser crônica, com períodos de melhora (remissão) e de piora (exacerbação). Como todas as doenças autoimunes, o lúpus não é contagioso. Sua causa ainda é pouco conhecida, mas sabe-se que fatores hormonais, ambientais (luz solar, infecções, alguns medicamentos), genéticos e imunológicos contribuem para o seu desenvolvimento. Porém, o peso de cada um desses fatores no aparecimento do problema varia de pessoa para pessoa. O lúpus possui períodos de atividade e de remissão dos sintomas. A irradiação ultravioleta solar e, em menor intensidade, a das luzes brancas artificiais pode deflagrar a doença, causando fotossensibilidade e lesões cutâneas. Como a doença pode acometer diversos órgãos, principalmente se não for tratada corretamente, suas consequências são variadas, podendo desencadear diversos tipos de comprometimentos, como por exemplo: cutâneo (lesões de pele); articular (artrite intermitente); hematológico (anemia); cardíaco (pericardite e aterosclerose); pulmonar (inflamação da pleura e hipertensão); insuficiência renal (mal funcionamento dos rins); neuropsiquiátrico (desordens de humor, de movimento e de ansiedade, cefaleia, convulsões e psicose, dentre outros.) Algumas pessoas apresentam quadros mais leves do lúpus, envolvendo apenas a pele. Como a incidência maior ocorre entre as mulheres em idade fértil, é normal a preocupação de uma gravidez nas pacientes com lúpus. Engravidar não é contraindicado nestes casos, mas exige um planejamento adequado junto ao seu médico, sendo desaconselhada quando o lúpus acomete os rins. 21 A gestação é considerada de alto risco e deve ser monitorada de perto por uma equipe multidisciplinar, devido à possibilidade de exacerbações. A gravidez não planejada deve ser evitada por meio de anticoncepcionais orais com baixa dosagem de estrogênio, para evitar o risco de trombose (formação de coágulo sanguíneo), seguindo orientações médicas. Hoje, lúpus ainda não tem cura, mas tem tratamento. Os medicamentos utilizados diferem de paciente para paciente, dependendo dos órgãos e sistemas atingidos e da sua gravidade. Os outros problemas que acompanham a D.I. Eles estão relacionados ao sistema psicomotor, visual; (miopia e astigmatismo), da fala, da audição, excretor e endocrinológico e locomotor. Foi identificado um item que apresenta falta de cartilagem no corpo. Alguns indivíduos são diagnosticados como dependentes em A.V.D. Isto significa que não são capazes de se auto cuidarem; mobilidade, alimentação, higiene pessoal (banho, idas à casa de banho, controle de esfíncteres), vestir, despir ou calçar. Existe também a A.I.V.D, que se trata das atividades que permitem a integração de uma pessoa na comunidade, gerir a sua casa e a sua vida: ir às compras, gerir o dinheiro, utilizar o telefone, limpar, cozinhar, utilizar transportes. Dentre as doenças que aparecem diagnosticadas juntamente com os problemas mentais, estão. Epilético: É o indivíduo que sofre de uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em alguns casos no que se refere a alterações cognitivas, frequência e gravidade dos eventos típicos. Se trata de crises convulsivas. Afeta 1% da população mundial. Crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se propaga por todas as regiões do cérebro, levando alteração das atividades cerebrais. Pode se manifestar como uma alteração comportamental na qual o indivíduo pode falar coisas sem sentido, fazer movimentos estereotipados de algum membro ou mesmo através de episódios em que o indivíduo fica fora do ar (olho parado, fixo e sem contato com o ambiente.) A descarga elétrica neural anômala pode ser resultado de neurônios com atividade funcional alterada, resultantes de massas tumorais, cicatrizes cerebrais resultantes de processos de infecção (meningites, encefalites), isquêmicos e hemorrágicos (acidente vascular cerebral), ou até mesmo de doenças metabólicas 22 (doenças henais ou hepáticas), anóxia cerebral ( asfixia) e doenças genéticas . Muitas vezes, a origem das convulsões pode não ser estabelecida, neste caso a epilepsia é definida como criptogênica. O mecanismo desencadeador das crises pode ser multifatorial. E algumas pessoas podem ser desencadeadas por estímulo visual, auditivo ou por algum tipo específico de imagem. Na criança pode surgir na vigência de febre alta sendo está de evolução benigna. Nem toda crise convulsiva é epilepsia. Para se configurar como uma, é necessário que o indivíduo tenha sofrido, no mínimo, duas ou mais crises convulsivas no período de 12 meses, sem apresentar febre, ingestão de álcool, intoxicação por drogas ou abstinência, durante as mesmas A sintomatologia apresentada durante a crise vai variar conforme a área cerebral em que ocorreu a descarga anormal dos neurônios. Pode haver alterações motoras, nas quais os indivíduos apresentam movimentos de flexão e extensão dos mis variados grupos musculares, além de alterações sensoriais, como referidas acima, e ser acompanhada de perda de consciência e perda de controle esfincteriano. A grande maioria dos pacientes só percebe que foram acometidos por uma crise após redobrar consciência, além podem apresentar, durante este período, cefaleia, sensibilidade à luz, confusão mental, sonolência, ferimentos orais (língua e mucosa oral.) O tratamento é feito através de medicações. Distúrbios da fala ou deficiência auricular provocados por lesão cerebral. O epilético não é considerado deficiente mental. Síndrome de West- A Síndrome de West é um tipo raro de epilepsia, chamada de "epilepsia mioclónica". As convulsões que a doença apresenta são chamadas de mioclonias e podem ser de flexão ou de extensão, e afetam geralmente crianças com menos de um ano de idade. São como se, de repente, a criança se assustasse e quisesse agarrar uma bola sobre o seu corpo. Os espasmos são diferentes para cada criança. Podem ser tão leves no início que não são notados ou pode-se pensar que originam-se de cólicas. Cada espasmo começa repentinamente e dura menos de alguns segundos. No início, a criança pode experimentar somente um ou dois espasmos por vez, mas, no decorrer de um período de dias ou semanas, estes evoluem para dúzias de espasmos que ocorrem em intervalos de poucos segundos. As convulsões são de difícil controle, e a criança pode chegar a ter mais de 100 23 convulsões por dia. Cada espasmo é uma crise epiléptica (ataque epiléptico) composta de uma série de movimentos descontrolados, causados por um excesso de atividade elétrica no cérebro. Estes ataques foram primeiramente descritos pelo Dr. West (1841) em relação ao seu próprio filho. Algumas crianças podem chorar e/ou gritar antes ou após as convulsões e mostram-se geralmente muito irritadas. O período mais crítico para as convulsões são a hora de dormir ou de acordar, onde a Síndrome apresenta toda a sua face mais cruel. Um eletroencefalograma - EEG pode registrar esta atividade de forma segura e indolor. Um EEG em um bebê com espasmos infantis não apresenta os ritmos brandos e regulares que usualmente se apresenta nessa idade. Ao contrário, ocorrem súbitas eclosões de atividades elétricas, algumas de alto potencial e o registro do EEG aparenta estar caótico. Muitas dessas alterações elétricas tornam-se mais marcantes à medida que a criança adormece. Este padrão é chamado de "Hipsarritmia" (hipsos=altura e rhytmos=ritmo). É um atraso psicomotor, que pode variar do leve ao severo, dependendo da evolução do caso. Informamos que, os espasmos infantis causados pela síndrome não possuem uma causa única. Eles surgem como resultado de muitas e diferentes condições. Algumas vezes ocorrem em bebês com desenvolvimento abaixo da média e em relação aos quais já se sabe que são possuidores de condições neurológicas que afetam o desenvolvimento do cérebro. Tais condições podem ter seu início antes do nascimento, por volta do tempo que antecede o nascimento ou como resultado de doença nos primeiros meses de vida. Alguns poucos exemplos são: •Lisencefalia: Um padrão anormal de desenvolvimento do cérebro começando nos primeiros estágios da gestação. •Encefalopatia neonatal: Quando os bebês mostram-se muito doentes imediatamente após o nascimento, como resultado de um insuficiente volume de sangue fornecido ao cérebro durante a gestação ou durante o nascimento. •Meningite: Nas primeiras fases de vida. TCC tem detectado patologias em 75 a 90% dos casos de Síndrome de West, entretanto, a ressonância nuclear magnética - RNM tem se mostrado mais 24 sensitiva que a tomografia computadorizada em detectar lesões em pacientes com crises parciais. Por ocasião da definição do diagnóstico da SW e sua etiologia, esta pode ser classificada em três categorias: •SINTOMÁTICOS: são aqueles casos com causa bem definidas (hipóxia neonatal, por exemplo). •CRIPTOGÊNICOS: são aqueles com fortes suspeitas de causa orgânica, identificados por anormalidades ao exame neurológico, sem êxito em se obter uma etiologia. •IDIOPÁTICOS: são os casos em que não se define uma doença de base, estando o desenvolvimento psicomotor algumas vezes normal. Alguns autores consideram casos idiopáticos e criptogênicos como uma mesma categoria. Crianças que tem esse problema deve pedir orientação a um médico antes de tomar a vacina tríplice. ADMPM- Atraso do desenvolvimento neuro-psico-motor. Não existe um tempo certo para a criança começar a desenvolver alguma atividade corpórea. Isso porque influências externas interferem no processo, causando uma variação de faixa de criança para criança além de condições como hereditariedade e postura familiar, estímulos e condições de gestação e de parto. Um bom exemplo é imaginar uma criança que tenha os pais muito preocupados com o conforto dela. Tal criança tem tudo que, quer trazido para ela pelos pais, que interpretam seus choros e olhares. Uma criança assim pode demorar um pouco mais para desenvolver a fala. Ainda assim, existe uma previsão de idades limites para se iniciar uma investigação no atraso da ADMPM. Com até oito semanas de idade a criança deve saber sorrir como resposta. Com até três meses, deve possuir um bom contato ocular. Ela precisa alcançar objetos em até cinco meses. Dez meses já é tempo suficiente para sentar sem apoio. Com dezoito deve ser capaz de andar sozinha e dizer palavras isoladas com significação. Com trinta meses a criança precisa falar frases. É comum encontrar mais de um desses eventos fora de faixa quando a criança sofre com alguma doença metabólica, síndrome genética e outras possibilidades. Quadriplegia ou tetraplegia: o paciente tem sua movimentação rigidamente reduzida, pois a paralisia atinge os quatro membros, superiores e inferiores. Esta limitação é mais ou menos grave, pois a pessoa pode simplesmente ter sua força danificada ou ficar definitivamente paralisada. Às vezes até a respiração se torna mais difícil. 25 Várias podem ser as causas da tetraplegia, mas praticamente todas têm em comum um fator essencial, as lesões medulares provocadas na coluna cervical. Os elementos que desencadeiam este quadro se resumem, quase sempre, a acidentes automobilísticos, mergulhos de cabeça em superfícies líquidas, projéteis, erros médicos e os AVCs – Acidentes Vasculares Cerebrais. Esta enfermidade também pode ser sintoma de alguns distúrbios neurológicos sérios que envolvem danos cerebrais ou da medula. Assim, pode ocorrer em hemorragias cerebrais, no caso de traumas, desordens da coagulação, mutações vasculares inatas, quando o sangramento atinge o tronco encefálico, pois neste quadro rompe-se um vaso cerebral. Ela pode igualmente incidir no contexto de uma insuficiência vértebro-basilar, que consiste em um surto de isquemia aguda originária de uma carência de fluxo sanguíneo na artéria basilar; e em casos de esclerose lateral miontrófica, que desencadeia definhamento crescente e imobilização dos músculos esqueléticos, resultando mais adiante na falta de movimento das quatro extremidades, atingindo também o pescoço e a língua. As tetraplegias são, assim, em grande parte decorrentes de outras enfermidades neurológicas ou de intervenções cirúrgicas neste campo, o que as tornam não reversíveis. Aqueles que não morrem ficam totalmente à mercê dos cuidados de outras pessoas por toda a sua existência. Sequela de toxoplasmoseToxoplasmose é uma doença infecciosa de características muito variáveis. Também conhecida como doença do gato, pode ter implicações sérias para o feto quando adquirida durante a gravidez. Em muitos casos, os sintomas da toxoplasmose podem não se manifestar ou serem confundidos com os de uma gripe e a pessoa nem fica sabendo que se infectou. Noutros, os sintomas incluem febre diária, gânglios intumescidos e espalhados pelo corpo, mas a doença regride em algumas semanas, embora possa voltar se houver queda de resistência, porque o Toxoplasma gondii não é eliminado do organismo. No entanto, se a imunidade estiver realmente comprometida, como ocorre nos pacientes com AIDS, por exemplo, há um tipo grave de toxoplasmose, a neurotoxoplasmose, que pode ser fatal se não for diagnosticada e tratada adequada e precocemente. Existem duas maneiras bem conhecidas de aquisição do 26 Toxoplasma gondii. Uma delas ocorre em ambientes onde existam gatos, os grandes disseminadores do parasita na comunidade ambiental. Gatos infectados eliminam os ovos do protozoário pelas fezes, poluem o ambiente e contaminam quem por ali circula. Resultado negativo indicando que a mulher nunca teve contato com o parasita reflete uma situação de potencial preocupação, porque se ela se infectar durante a gravidez poderá transmitir o parasita para seu concepto e a criança nascerá infectada. Nesse caso, é de fundamental importância recomendar que a mulher não vá a lugares frequentados por gatos e não coma carne crua, mal cozida ou mal passada para evitar que adquira a infecção durante a gravidez. Resultado positivo indicando toxoplasmose antiga e curada traz tranquilidade total, pois a mulher está protegida contra a doença e não vai adquiri-la outra vez. Embora incomum, o mais assustador é quando o exame revela que a gestante está doente naquele exato momento, pois a transmissão congênita do parasita pode provocar uma lesão destrutiva no feto com sequelas importantes para o recém-nascido no futuro. Essa é uma situação que permite traçar um pano de fundo. Quem se contamina com o parasita da toxoplasmose, durante sua replicação ativa, apresenta uma fase aguda da doença na qual podem aparecer certos sintomas como febre e gânglios enfartados. A doença dura algumas semanas e regride sem maior severidade. O quadro também pode ser silencioso e não existir sintoma nenhum. Qualquer que seja a reação – e isso vale para todos nós – ninguém consegue eliminar o parasita que passa a conviver conosco de forma latente, residual, em microcistos invisíveis a olho nu, mas presentes na carne de animais que será utilizada como alimento e em toda nossa topografia muscular. Isso não é mal. Todos nós somos assim e eles não costumam dar problemas. Nossa imunidade garante que fiquem bloqueados. Se a imunidade cai, a coisa muda de figura. A pessoa não consegue mais reter o parasita dentro dos pequenos cistos residuais, e ele volta à atividade sem encontrar barreiras. E, por não as encontrar, agride o organismo para valer. Agride o sistema nervoso central, provocando um quadro de encefalite grave. Agride o pulmão, causando pneumonite. Agride o coração, que é um músculo, e 27 causa a miocardite. Todas essas são doenças que, se não forem identificadas e tratadas precocemente, poderão ter consequências desastrosas para a vida dos pacientes. A encefalite ataca o sistema nervoso central e provoca sintomas como dor de cabeça, febre, perda da noção de relacionamento ambiental, convulsões, estado de torpor que evolui para coma. É uma doença muito grave que será fatal se não for diagnosticada e tratada precocemente. Pneumonite é doença do pulmão causada pelo protozoário e diferente da pneumonia clássica provocada pelo pneumococo. A toxoplasmose pode provocar coriorretinite, uma inflamação no fundo do olho. Se o surto for leve, pode passar despercebido; se for intenso, a visão fica turva e diminuída. Caso a infecção pelo Toxoplasma atinja a mácula, pode causar cegueira. Os sintomas mais comuns são febre e, não obrigatoriamente, a presença de gânglios linfáticos que se avolumam, ficam um pouco dolorosos e podem ser percebidos pela palpação no pescoço, na nuca, atrás da orelha, nas axilas e regiões inguinais. A pessoa pode sentir também mal-estar e dores musculares. O tratamento deve ser mantido durante algumas semanas, nunca menos do que três. A recuperação é completa. A resolução dos gânglios aumentados é um pouco lenta de tal sorte que a pessoa ainda pode apresentar gânglios menores do que estavam na fase aguda, embora maiores do que o normal, mas aos poucos o quadro irá se recompondo. Depois de infectada, curando-se espontaneamente ou com o uso de medicamentos, a pessoa pode adoecer novamente ou adquire imunidade? A pessoa passa a ter o parasita residual em seus músculos. Se ela se expuser novamente, terá o que chamamos de reforço imunológico, sem risco de adoecimento. Se voltar a adoecer, será por causa de seu próprio parasita residual, o que geralmente significa queda das defesas orgânicas. Sequelas da meningite- Meninges são membranas que envolvem o encéfalo (cérebro, bulbo e cerebelo) e a medula espinhal que corre por dentro da coluna vertebral. Elas são constituídas por três camadas: dura-máter, aracnoide e pia-máter. No espaço entre a aracnoide e a pia-máter circula o líquido cefalorraquidiano (LCR) ou líquor. 28 O quadro das meningites virais é mais leve, mais brando. Os sintomas se assemelham aos da gripe e resfriados. A doença acomete principalmente as crianças, que ficam um pouco amolecidas e irritadas, têm febre e se queixam de dor de cabeça. No exame clínico, percebe-se que a nuca está um pouco rígida e que a reação é de dor, quando se tenta dobrá-la. Uma vez que os exames tenham comprovado que se trata de meningite viral, a conduta é esperar que o caso se resolva sozinho como se faz com os resfriados. O meningococo é transmitido pelas vias respiratórias, quer dizer, o convívio íntimo entre as pessoas favorece a transmissão da bactéria, que passa do nariz para o sangue, é levada para o cérebro onde estão as meninges e provoca uma infecção. Os sintomas aparecem em pouco tempo. Os mais característicos são febre alta, mal-estar, vômitos, dor de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas pelo corpo, sinal de que a infecção está se alastrando rapidamente. Associada à infecção por outros tipos de bactéria, a meningite por meningococo pode ser fatal em algumas horas. Felizmente, uma minoria de casos evolui com essa gravidade. Nos outros, a evolução é mais lenta, o que permite identificar a doença e introduzir sem demora o tratamento. Às vezes, o tratamento tem de ser mais agressivo e exige internação hospitalar. Quando usa-se a expressão “na dúvida, pró-réu”, quer dizer que a pessoa já deve tomar antibiótico enquanto espera o resultado Meningite bacteriana grave pode matar em seis horas. O principal indício de que o quadro não está evoluindo bem é a criança ficar largada, muito caída, e aparecerem manchas vermelhas em seu corpo. Esses sinais caracterizam uma emergência médica que requer atendimento o mais rápido possível. As manchinhas pelo corpo nos casos de meningite são expressão de que há grande quantidade de bactérias circulando pelo sangue. As manchas vermelhas indicam que, em vez de a bactéria concentrar-se no cérebro ou na coluna, prefere circular mais rápido e causar uma infecção generalizada, às vezes, antes mesmo de instalar-se nas meninges. Existem dois grandes grupos de meningite: as bacterianas capazes de produzir quadros gravíssimos e as virais, que têm apresentação benigna e evoluem independentemente do tratamento para a regressão completa em poucos 29 dias. A diferença só pode ser estabelecida por um médico através de alguns exames especiais. O principal é a análise do líquido da espinha colhido na região lombar (na parte inferior da coluna) ou na nuca. A presença de pus nesse material normalmente cristalino indica infecção por bactéria, e a meningite (também chamada de purulenta por isso) exige tratamento agressivo. Vamos nos ater um pouco mais nas meningites bacterianas. A pessoa adquire a bactéria em geral pelas vias aéreas superiores: mucosa nasal, amídalas, faringe. Na maioria das vezes, ela se assesta nesses órgãos e provoca uma infecção que é curada. Ainda está em estudo, mas parece que as três principais bactérias que causam meningite – meningococos, pneumococos e hemófilos – conseguem romper a divisão entre o aparelho respiratório e o sangue e têm a capacidade de alcançar o sistema nervoso e nele se instalar. Pode-se dizer, então, que elas têm afinidade pelo sistema nervoso. Um caso, de meningite meningocócica numa criança justifica a prescrição de alguns medicamentos para todas as pessoas que morem na mesma casa a fim de erradicar as bactérias que estejam eventualmente em sua respiração, já que as da meningite gostam de se alojar no trato respiratório. A meningite por meningococo, às vezes, exige erradicação em todas as crianças que conviveram com o doente. Já a meningite por pneumococo, por exemplo, não requer erradicação. As meningites bacterianas causadas pelo meningococo, pelo pneumococo e pelos hemófilos podem provocar quadros graves e deixar sequelas como surdez em um ou nos dois ouvidos, porque a infecção afeta os nervos auditivos. Para a meningite por hemófilos, que ocorre em crianças até por volta dos 5 anos, existe uma vacina que já faz parte do calendário de vacinação e é administrada aos dois, quatro e seis meses de vida, sendo feitas depois as doses de reforço. A vacina contra a meningite por pneumococo também existe, mas enfrenta um problema logístico. Ela foi lançada em países europeus e nos Estados Unidos e adaptada para o tipo de bactéria que existe nesses lugares. No Brasil, o pneumococo é um pouco diferente e, embora sejam necessárias algumas adaptações, a prevenção que oferece é boa. 30 Existe um problema em relação a vacina contra meningite por meningococo. É que existem vários grupos dessa bactéria. Para um deles há uma vacina lançada recentemente que previne quase 100% dos casos. Mas há outros dois que não respondem da mesma maneira. A proteção é bem menor e funciona mais tarde, quando a criança está mais velha, ou seja, quando os casos de meningite são menos comuns. Houve um surto de meningite de 1972/1974. Ele foi considerado o pior mundo. Aconteceu no Brasil graças a um tipo de meningococo do soro-grupo A. Ele é um meningococo que praticamente não se encontra no Brasil, e que provocou uma epidemia explosiva. As estatísticas indicam que a cada 100.00 habitantes, 250 tiveram a doença. Quem viveu essa experiência diz que havia hospitais inteiros que só recebiam casos de meningite. A infecção era tão comum que todas as pessoas com febre e dor de cabeça faziam exame do líquido da espinha. A maioria das infecções por meningococo, em geral as mais graves, se tratada precocemente, costuma evoluir bem. As pessoas se curam e não ficam com sequelas. Sequela de sofrimento fetal ou hipóxia neonatal- Consiste na diminuição ou ausência da assimilação de oxigênio recebida pelo feto através da placenta. Este quadro pode ser agudo ou crônico. Em muitos casos este sofrimento é implicado por uma patologia materna que ocasiona redução na sua concentração de oxigênio sanguíneo, como, por exemplo, em um quadro de anemia significativa, um problema respiratório ou cardíaco. Existem também outras patologias maternas que resultam em uma irrigação placentária ineficiente, como no caso da hipertensão arterial ou a diabetes gestacional, levando, consequentemente, à diminuição da oxigenação fetal. Apesar de estes problemas não apontarem alterações evidentes na oxigenação ao longo da gestação, podem ocasionar uma insuficiência da mesma no momento do parto, em decorrência do esforço realizado pela mãe ou quando há associado uma redução da irrigação placentária durante as contrações uterinas. Além disso, problemas ocorridos no momento do parto, como placenta prévia e o descolamento prematuro da placenta, podem resultar em problemas mais severos na oxigenação do feto. Dentre outros problemas que causam a diminuição da oxigenação fetal estão: alterações das contrações uterinas; posições anômalas do feto; desproporção entre as dimensões da pélvis da mãe e do tamanho do feto; 31 nascimento de múltiplos; ruptura uterina; anomalias do cordão umbilical. As consequências da hipóxia neonatal variam de acordo com a intensidade da redução de oxigênio fetal e do tempo de duração da mesma. Quando o problema é identificado precocemente, a recuperação do feto costuma ser rápida e não deixa sequelas. Contudo, quando o quadro de hipóxia é prolongado, pode levar a lesões irreversíveis em diversos órgãos, especialmente no sistema nervoso, como: •Lesões cerebrais difusas de baixa severidade, que ocasionam problemas de comportamento e atraso no desenvolvimento psicomotor do indivíduo; •Lesões encefálicas extensas mais severas, podendo resultar em paralisia cerebral infantil, epilepsia ou atraso mental. Além disso, as lesões encefálicas também podem levar à morte do feto no decorrer do parto ou algumas horas após o nascimento, em virtude do comprometimento das funções vitais do mesmo. O diagnóstico do sofrimento fetal é alcançado através da monitorização cardiotocográfica do parto, pois por meio deste procedimento é possível monitorar a reserva respiratória fetal. Um exame que auxilia no diagnóstico é a amnioscopia que, em muitos casos, evidencia a expulsão do mecônio, que é indicativo de sofrimento fetal. A análise laboratorial do sangue fetal aponta com precisão a exacerbada redução do oxigênio fetal e a consequente elevação da acidez sanguínea. Quando o sofrimento fetal é comprovado, medidas devem ser adotadas para resolver o problema quando possível, ou o parto deve ser finalizado o mais rapidamente possível para não resultar em lesões irreversíveis no feto. Quando o sofrimento fetal ocorre antes do parto, deve-se recorrer à cesariana. Sindrome de Prader-Willi em lactantes Hipotônicos- (PWS) é uma doença neurocomportamental que foi descrita em 1956 e hoje é uma das mais frequentes síndromes com microdeleções cromossômicas, além de ser a forma mais comum de obesidade com causa genética. Além disso, as síndromes de Prader-Willi e Angelman (AS) (atraso de desenvolvimento neuropsicomotor, retardamento mental, ausência de fala, convulsões e aparência feliz), foram as primeiras doenças humanas reconhecidas como determinadas pelo mecanismo de imprinting genômico. Embora muitas das manifestações clínicas na PWS resultem de deficiências hipotalâmicas, nenhum defeito estrutural do hipotálamo foi encontrado em exames pós-morte. Portanto, a deficiência parece ser funcional, mas a sua 32 natureza ainda permanece desconhecida. Nos últimos anos as bases genéticas da PWS têm sido intensamente investigadas, sendo o diagnóstico clínico complexo, uma vez que algumas características mudam com a idade e podem estar presentes em outras síndromes. A síndrome pode ser definida por apresentar duas fases de evolução distintas. A primeira caracteriza-se por diferentes graus de hipotonia durante o período neonatal e a primeira infância (94%). A hipotonia não é progressiva e começa a melhorar, em média, entre 8 e 11 meses. Caracteriza-se também por hipotermia ou hipertermia sem causa aparente, hipogenitalismo (95%), dificuldade de sucção (93%), mãos e pés pequenos e pequenas anomalias faciais. Observa-se também que essas crianças raramente vomitam. Na época em que a hipotonia melhora, e a criança começa a ficar mais alerta, ocorre aumento de apetite e ganho de peso. O início da obesidade pode ocorrer entre 1 e 6 anos de idade, com uma média de 2 anos, podendo ser um marco para o reconhecimento do início da segunda fase. Esta é caracterizada por atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (ADNPM) (98%), em que a criança apresenta atraso para sentar e andar e também na aquisição da fala. Outras características presentes nesta fase são a hiperfagia acompanhada de obesidade (94%), baixa estatura (76%), mãos e pés pequenos (83%), diminuição da atividade física, diminuição da sensibilidade à dor(8,10), hipopigmentação de cabelo, pele e retina, problemas de aprendizagem e algumas características faciais como fronte estreita (75%), olhos amendoados (75%) e estrabismo (52%). Algumas crianças entre 3 e 5 anos de idade podem desenvolver problemas de personalidade como depressão, irritação, episódios de violência, mudanças repentinas de humor, pouca interação com outras pessoas, imaturidade e comportamento social inapropriado. A PWS é resultante da ausência de genes paternos que normalmente estão ativos no segmento cromossômico 15q11q13; os alelos maternos herdados estão normalmente inativos, em decorrência de mecanismo de imprinting genômico. Esses genes paternos podem estar ausentes como resultado de diferentes mecanismos: 75% dos casos de PWS apresentam deleção paterna do segmento 15q11-q13; 20-25% apresentam dissomia uniparental materna (UPD) (herança de dois cromossomos 15 maternos)); aproximadamente 5% dos casos de PWS apresentam translocação ou outra anomalia cromossômica estrutural envolvendo o cromossomo 15; ao redor de 1% dos pacientes, incluindo todas as 33 famílias estudadas com recorrência de PWS, não apresentam deleção ou UPD, mas uma microdeleção no centro controlador do imprinting, denominado centro de imprinting (IC), localizado no segmento 15q11q13(6,14,17). O diagnóstico diferencial da hipotonia em lactentes inclui doenças neuromusculares como amiotrofia espinal infantil e miopatias congênitas. Para o diagnóstico dessas doenças é indicada a realização de eletroneuromiografia e biópsia muscular. O diagnóstico pré-natal pelo estudo do padrão de metilação pode ser oferecido em situações de famílias com portadores de rearranjos envolvendo o cromossomo 15, de mulheres ansiosas por já terem tido uma criança com a síndrome e de casos em que se detectam três cromossomos 15 no cariótipo do vilo coriônico e contagem normal de cromossomos em amniocentese(24), pois sabe-se que a idade materna avançada está associada aos casos. O diagnóstico precoce da PWS é importante na medida em que dá aos pais a oportunidade de administrar dietas apropriadas e desde logo estimular hábitos de alimentação e de atividade física adequados, a fim de diminuir os problemas relacionados com a obesidade, como diabetes, hipertensão e problemas respiratórios, que são as principais causas de morte desses indivíduos na adolescência. Além disso, crianças e adolescentes com PWS apresentam atraso de desenvolvimento em diversas áreas e o diagnóstico precoce alerta os pais para a procura de ajuda profissional (professores, pedagogos, fisioterapeutas e fonoaudiólogos). Esses indivíduos podem ingerir restos de alimentos, comida de animais domésticos e alguns chegam, até, a comer terra; algumas crianças podem desenvolver comportamentos “psicóticos”. A experiência mostra que o suporte psicológico ao paciente, pais e irmãos deveria começar na infância e continuar até a vida adulta, momento no qual o maior problema é o controle de peso e de comportamento, com ocorrência de períodos de irritabilidade e até surtos psicóticos. Uma vez que em nosso meio o diagnóstico de PWS é em geral estabelecido após o início da obesidade, sugerimos que o teste genético para esta doença seja requisitado em neonatos e lactentes com hipotonia e dificuldade de sucção e algumas das características fenotípicas da síndrome (mãos e pés pequenos, sinais de hipogonadismo, hipopigmentação em relação aos familiares, olhos amendoados e fronte estreita). Isso poderá contribuir para o diagnóstico precoce, diminuindo a utilização de recursos diagnósticos mais invasivos e às vezes 34 de difícil interpretação, como a eletroneuromiografia e a biópsia muscular. Além das explicitadas nesse trabalho, existe uma diversidade de outras síndromes que podem ter como consequência, algum acometimento mental. Podemos citar: Síndrome de Estocolmo, Síndrome de Turner, Síndrome de Asperger, Síndrome de Cushing, Síndrome de Burnout e outras mais. Existem algumas Síndromes que não afetam o sistema nervoso central e não provocam problemas mentais. No caso da síndrome de Dresser, por exemplo; problemas cardíacos são detectados. Um pouco de historia Antigamente, o especial sofria mais do que hoje, pois, no lugar da inclusão, tínhamos misticismo, abandono, caridade, extermínio, segregação, exclusão. Hoje temos um documento intitulado Convenção sobre os Direitos das Pessoas com deficiência que resguarda a integridade dos especiais. Na Grécia Antiga, até 476 d.C., as pessoas tinham muito o que fazer. Para sobreviverem praticavam atividades como caça e pesca. Quem não se adaptava como os especiais, era deixado de lado e acabavam morrendo. Na idade média, 476 d.C. até 1453, os deficientes eram considerados seres possuídos pelo demônio, pela igreja católica. Alguns acreditam que eram resultado do cruzamento de homens com animais. Outros já assumiam que eram somente humanos. Foram muito discriminados naquela época. Muitos foram exterminados da sociedade. Nos séculos XIV e XV, as sociedades passaram a criticar o abuso de poder do clero pela violência dos atos de inquisição, dirigidos por eles, em praça pública. Logo foi feita uma reforma protestante. O poder hegemônico da igreja foi rompido e novos conceitos de moralidade e cidadania foram sendo adquiridos. No início do século XVI é a revolução burguesa quem dita as regras. Dominadora da classe operária, não via muito futuro nos trabalhadores especiais e por motivos também religiosos, criaram os primeiros hospitais psiquiátricos e asilos. No século XVII, o estado passa a ter um papel notável, dividindo poder com a burguesia. Nasce a concepção de respeito as diferenças e a educação passou e ser uma preparação para o mercado de trabalho. Os especiais continuaram a serem vistos sob uma postura organicista; voltada para a busca da identificação de causas ambientais. Considerados inúteis a maioria continua a ser 35 entregue ao asilo. Século XVIII. Neste período, a sociedade evoluiu sua mentalidade mas ainda não alcançou seu nível máximo de evolução. O tratamento passou a se resumir na retirada de tais pessoas da sociedade. Elas eram levadas para locais distantes, longes das famílias pois assim a sociedade não teria que enfrentar o problema de frente, logo, os familiares dos especiais viviam mais felizes pela cidade. A partir do século XIX, os intelectuais passaram a tentar extrair algo benéfico dos deficientes para a sociedade. Temos então, as primeiras intervenções educacionais. Em 1960 foi reconhecida uma necessidade de integração da pessoa especial, chegando ao ponto que está hoje: crianças especiais dividindo salas de aulas com os normais e realizando as mesmas tarefas. Hoje, em pleno século XXI, temos um discurso de inclusão que; por outro lado, não favorece a manutenção das escolas especializadas em deficiência mental. Porque consideram que pessoas que tem uma instituição preparada especialmente para o caso delas, estão sendo excluídas do convívio social, ou seja, a lei 7.853 de 24 de outubro de 1989 aparenta estar fora da realidade. Muitos defendem que tais escolas devem acabar, cedendo lugar apenas a mescla dos alunos em instituições de ensino. Talvez seja melhor pensar antes de tomar alguma atitude radical neste sentido. Os projetos que vem sendo desenvolvidos dentro das escolas especiais, não podem ser bem articulados em escolas normais. Por isso, antes ambos a um único sistema. Hoje, o familiar tem a possibilidade de escolher se seu filho ou irmão vai estudar em escolas especializada ou normal. Além disso, a vitória alcançada no século XVII, sofrerá um grande impacto de transição com a retirada das escolas especiais. Fechando as portas das APAEs, muitas pessoas perderão seus empregos. Em um primeiro momento, a movimentação econômica no meio poderá vir a sentir, até que seja feita uma recolocação. 36 Projetos Os projetos das escolas especiais, se resumem em parcerias com outros seguimentos, que tem acesso a fundo ao perfil do especial. Podendo a partir dali, o permitir suprir vaga que um estudante normal não aceitaria ocupar. Muitas vezes pelo fato de o normal possuir capacitação para continuar estudando, até que se torne um profissional que se sustenta a partir da atividade intelectual. É muito difícil um especial se tornar advogado, juiz, professor de idiomas, policial, poliglota, médico, enfermeiro, dentista, professor, e uma infinidade de profissões que estão reservadas aos normais. Todavia estão aptos a exercerem atividades manuais como; carregadores, artesãos, operadores de lava jato e outras mais. A Rede Cidadã, é uma organização social sem fins lucrativos, fundada em 2002 com o objetivo de maximizar os resultados do investimento social realizado pelas empresas parceiras. Esta associação é aberta para o público em geral e se disponibilizou a ir as escolas especiais oferecendo suporte para uma colocação de pessoas especiais no mercado de trabalho. Além destas, também são desenvolvidas atividades de artes e artesanatos dentro da escola, objetivando a venda dos produtos fabricados. As escolas especiais trabalham em horário integral com seus alunos. Por isso os admite fazendo três refeições diárias. Por motivos econômicas, além dos artesanatos, são produzidas festas na escola, doações, bazares, oficinas de arte para as mães, e tudo passa a ser visto como possibilidade mercantil. É claro que alguns fracassos fazem parte do processo mas nem tudo é perdido. O dinheiro arrecadado com esta busca constante pela independência financeira dos alunos, é somado as verbas advindas do estado para serem gasto com alimentos, produtos de higiene, papelaria, reposição de matérias primas das oficinas de arte e algumas vezes sobre um troco para os próprios alunos, que os utiliza comprando produtos de barracas de festas realizadas dentro da escola, por exemplo. 37 Alerta as futuras mamães Muitas vezes as mulheres engravidam e demoram a ir ao médico por motivos diversos. Em casos não convencionais, as mamães tendem a esconder a gravidez. Quando a mãe julgar essa atitude necessária, ela deve ingerir comprimidos de ácido fólico antes mesmo de ter a confirmação do médico. Todos sabemos que auto medicação não é recomendada pelo ministério da saúde mas o ácido fólico é um comprimido amarelo que pode ser comprado sem receita médica. O risco de efeitos adversos ou colaterais foi avaliado e o medicamento recebeu uma tarja vermelha. A tarja vermelha não é perigosa. O ácido funciona como comprimidos de vitamina, e inviabiliza uma série de problemas mentais nos bebes. Ele atua no sistema nervoso central, prevenindo a má formação do tubo neural dos fetos. Em praticamente todos os países do mundo, é recomendado pelos médicos nos três primeiros meses de gravidez. A venda desses medicamentos sem receita médica é permitida em praticamente todos os países da Europa e nos Estados Unidos pela gravidade do problema social que sua ausência pode causar. Basta a requerente confirmar que esta gravida ao farmacêutico. A variedade de marcas de medicamentos que manipulam ácido fólico favorece seus incrementos para irem as prateleiras das farmácias. As indústrias associam outras substancias a sua composição potencializando assim, as vantagens para a saúde do futuro bebe. Podemos citar como exemplo a vitamina A: A vitamina A é a mais importante para a boa visão dos seres humanos. Fabricantes de medicamento podem manipular comprimidos de ácido fólico acrescido de vitamina A. Alguns desses comprimidos são verdadeiros complexos vitamínicos que também contribuem para a mãe não ter anemia junto com o bebê. Sabendo da importância do ácido fólico nos Estados Unidos, as americanas já incluem o comprimido na dieta antes mesmo de ficarem grávidas. O ácido fólico não tem grandes efeitos em cérebro já formados mas contribuem para sua fortificação. Além disso, elas acreditam que se engravidarem com o ácido fólico já disperso em seu organismo, mais propícios a nasceram com uma boa função 38 cerebral, estarão os seus bebes. Elas não só iniciam o uso como da continuidade ao longo da gravidez. O ácido fólico costuma ser o primeiro medicamento receitado pelos médicos quando uma mulher faz uma consulta afirmando ter descoberto que está grávida. Os doutores também orientam para a suspensão de ingestão de peixe cru e embutidos como presunto, salame, mortadela. Nestes alimentos existe parasitas que recebem os nutrientes necessários para o crescimento saudável do bebe. E podem conter também uma bactéria conhecida como salmonela extremamente nociva para o bebe. Por isso, as amantes de pratos típicos japoneses devem ter a sensibilidade de suspende-lo da sua dieta durante os nove meses de gestação. Algumas mulheres evitam inclusive a carne de porco nos três primeiros meses para diminuir ao máximo os riscos para a saúde do bebe. Quando for comer carne, que seja muito bem passada. Leites, sorvetes e iogurte caseiro não pasteurizados também estão proibidos. Da mesma forma o ovo cru. (Pode conter salmonela.) As frutas devem ser descascadas quando consumidas pelas mulheres grávidas. Os componentes impregnados nas cascas como os pesticidas podem afetar a formação congênita dos bebes. É importante também: não ingerir bebidas alcóolicas nem usar drogas durante a gravidez. O caso da Síndrome de Down, é um caso particular em que existe um amadurecimento do óvulo que sofreu fecundação. Por isso, é recomendado que as mulheres tenham filhos até no máximo os 35 anos de idade. Por questões econômicas, hoje em dia as mulheres estão preferindo engravidar mais maduras, depois dos 35 anos. Nestes casos em particular, para evitar o problema; é aconselhável a não utilização do óvulo da mulher que vai engravidar. Isso é possível através de uma inseminação artificial. O procedimento é simples, porém caro. É feita uma retirada do ovulo de uma doadora que esteja em idade para engravidar, a partir daí, insere-se em laboratório o espermatozoide do pai dentro do óvulo e logo, em seguida, o óvulo fecundado é implantado no útero da mamãe maior de 35 anos. Quem utiliza esta pratica para engravidar corre o risco de sofrer aborto espontâneo. Por isso, são inseridos dois ou mais óvulos. Em casos em que 39 não acontece aborto, a mãe pode dar à luz a gêmeos ou trigêmeos, dependendo da quantidade de óvulos que foram implantados. Com a evolução das tecnologias, é possível identificar neste procedimento os espermatozoides mais fortes para serem implantados. Isso aumenta a eficiência de desenvolvimento de um embrião saudável, livre de doenças. Uma experiência com o EJA-II Os recursos tecnológicos de mídia são muito favoráveis no desenvolvimento dos alunos. As aulas de inglês extraídas do You Tube os colocam a par do que acontece na cultura, e nas artes do mundo moderno. E eles adoram. As aulas são mais agradáveis. Podemos trabalhar clipes musicais, figuras de tradições ou costumes de outros países, esportes que praticam os quais não fomos adaptados, danças típicas e outros. Os meus alunos hoje sabem quem é o presidente dos Estados Unidos, conhecem o baseball, as características das danças das bailarinas de torcidas organizadas, sabem como é o café da manhã dos norte-americanos além de terem dançado muita música moderna e terem visto pessoas norte americanas conversando fluentemente entre si. Existem muitos outros vídeos, inclusive educativos que podem ser trabalhados. Eles são favoráveis porque ampliam a visão de mundo, influenciam no comportamento fazendo os alunos assumirem uma postura de mais alegria e comportamento mais adequado ao mundo globalizado. 40 5 CONCLUSÃO “O QUE NÃO TEM REMÉDIO...REMEDIADO ESTÁ!” (DIZER POPULAR BRASILEIRO.) A criança especial passara quase todos os seus momentos na escola devido a sua condição. A escola é preparada para trabalhar as respectivas deficiências que cada aluno venha a ter. Os profissionais são preparados para lidar com os alunos. É um local de acolhimento, onde os estudantes percebem que existem outras pessoas que vivem no mesmo universo que eles. As atividades exploram ao máximo uma variante de áreas do conhecimento, tentando por todos os meios, desenvolver o intelecto da criança. Normalmente, os objetivos são alcançados mas devida a dificuldade que os alunos possuem para memorizar e arquivar informações, devem passar uma vida inteira dentro das escolas conciliando sua aprendizagem constante a outras atividades que venham a ter ao longo de suas vidas. A produção deste trabalho é considera uma vitória para o autor. Ele demonstra conhecimentos referentes ao universo o qual está inserido. Contribui para o mundo científico e para a sociedade porque o conteúdo esclarece muitas dúvidas que as pessoas possuem em relação aos deficientes em uma linguagem simples de fácil entendimento. Contribui ainda com a conscientização das futuras mamães que tendo acesso a esta pesquisa, já saberão se portar em uma gravidez antes mesmo de terem ficado grávidas. Buscamos criar uma sociedade mais dinâmica, e intelectualizada sem nos desfazermos do nosso passado. Isso para quem sabe um dia termos um Brasil constituído exclusivamente por intelectuais, podendo causar assim uma reviravolta em nossa história. . 41 6 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTA, Cristina Abranches Mota & MANTOAN, Maria Teresa Egler. – “Educação Inclusiva- Atendimento Educacional Especializado para a Deficiência Mental.” Revista do Ministério da Educação.2 ed. Brasília 2006 MARQUES, Luciana Pacheco. - “ Professores de Alunos com Deficiência Mental: Formação e Concepções.” Revista UFRJ. SILVA, Alessandra Santos. - “Desvelando o Sentido da Deficiência mental: uma leitura psicanalítica.” Revista da UNIPAC. Ano II – n. 4 Barbacena – junho 2005. 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