“Listening Zone”, por Tatiana Alves
Teste e relatório por Inês Glória e Marieke Meijer
Disciplina de Introdução ao Multimédia do curso de Arte e Multimédia
Faculdade de Belas Artes da universidade de Lisboa
Conceito/ideia
Confrontar as pessoas com a voz da Natureza e da Indústria do
mundo moderno, levando-as a reflectir sobre o tipo de relação que o
ser humano mantém com o ambiente. No quotidiano as pessoas
circulam por entre automóveis e inúmeras outras fontes de poluição
sonoras e visuais, perdendo a atenção para pormenores tão delicados
quanto o canto de um pássaro ou a cor das folhas das árvores.
Uma ideia paradoxal associada a esta situação é o típico indivíduo
cansado do stress diário e da cidade, que procura refugiar-se no
campo durante o fim-de-semana. Porém, tanta calma, falta da
tecnologia e confortos a que está habituado fazem com que acabe por
levar consigo o leitor de mp3, o computador portátil, o telemóvel, o
insecticida, e sabemos lá nós mais o quê e, no fim acabam por levar a
cidade para o campo.
Objectivo/concretização
O objectivo será que o público experiencie sensações auditivas
através do dispositivo/instalação colocado à sua disposição, que
consiste numa sala na qual teremos uma árvore natural, de grandes
dimensões (que poderá corresponder à Natureza) da qual pendem
vários headphones (que representarão a modernidade) nos quais o
utilizador pode ouvir sons como água que corre numa cascata e o
canto dos pássaros ou sons de automóveis e de obras em construção
ou até mesmo músicas que “ilustrem” as realidades campo/cidade.
Apresentação
A fase de testes foi bem conduzida: a Tatiana começou por nos
apresentar as suas ideias iniciais e brainstorm em suporte papel,
apresentando depois a ideia escolhida para desenvolver (também em
suporte papel) com esquemas e ilustrações de como resultaria o
produto final. O caminho para esta ideia final foi gradual e criativo. Os
esboços apesar de simples, ilustram bem a ideia a passar, fazendo
referência à escala humana. São acompanhados de descrições
pormenorizadas sobre como a instalação seria construída e como iria
funcionar.
Pontos negativos, positivos e sugestões
Toda a ideia é consistente e bem estruturada, em termos de
concretização está bem pensada e detalhada, se bem que os esboços
poderiam ser um pouco mais cuidados em termos de cor, por
exemplo, para melhor transmitir a ideia.
No âmbito da relação humano/ambiente, o modo como a ideia é
transmitida ao público tem bastante força, porém o aspecto do
paradoxo não está muito explícito. O projecto quase que assume um
aspecto mais sensibilizador do que propriamente paradoxal.
Um outro aspecto a considerar seria a utilização da árvore
verdadeira. É certo que teria muito mais impacto junto do público e
daria um aspecto mais marcante a todo o projecto o facto de sacrificar
uma árvore (talvez centenária), mas árvores de grandes dimensões
que possam ser transplantadas não são muito práticas de conseguir e
manusear. Talvez seria uma boa ideia construir a sala de exposição ao
redor da árvore em vez de a arrancar e levar para outro local.
Outra opção seria a possibilidade de construir uma árvore falsa para
não massacrar uma verdadeira.
Heurísticas e usabilidade
1. Diálogo simples e natural
2. Falar a linguagem do Utilizador
3. Minimizar a carga sobre a memória *
4. Consistência
5. Feedback
6. Saídas claramente assinaladas *
7. Atalhos/Aceleradores *
8. Boas mensagens de erro *
9. Prevenção dos erros *
10. Ajuda e documentação *
S
S
NA
S
S
NA
NA
NA
NA
NA
Legenda: S – sim; N – não; NA – não se aplica
* - Estes pontos não se aplicam devido ao facto do projecto ter uma projecção física,
neste caso uma instalação.
Imagens anexas
- Desenvolvimento dos relatórios: Fig. 1, 2 e 3
Fig.1
Fig.2
Fig.3
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Relatório do teste