Transporte de matéria Susana Bento Tiago Guerreiro 10ºA • Introdução – diapositivo 3 • Transporte de matéria no reino Monera – diapositivo 4 • Transporte de matéria no reino Protista – diapositivo 5 • Transporte de matéria no reino Fungi – diapositivo 6 • Transporte de matéria no reino Plantae – diapositivo 7 • Transporte de matéria no reino Animalia – diapositivo 10 Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos O processamento dos alimentos pelos seres heterotróficos ocorre através dos processos de digestão, absorção e ingestão. Em todos os seres unicelulares e pluricelulares a síntese dos alimentos inicia-se sempre pela absorção. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos No reino monera, onde os seres são unicelulares, a nutrição destes é através da absorção, onde as substâncias atravessam a membrana celular directamente através do processo de difusão simples. Fig. 1- bactérias Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos O reino protista é constituído por seres pluricelulares e alguns unicelulares. Nos seres unicelulares os nutrientes absorvidos passam directamente para a membrana celular através da difusão simples. O transporte de água neste reino ocorre através da osmose. No caso dos seres pluricelulares, devido ao processo de ingestão, estes fazem uma digestão extra celular, com transformação de moléculas complexas em moléculas mais simples, pela acção de enzimas. Estes seres realizam a absorção, a ingestão e a digestão. Fig.2 - algas Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Os fungos realização a digestão fora do corpo (extracelular), através do lançamento de enzimas para fora do corpo, onde se vai realizar a digestão dos alimentos e posterior absorção dos nutrientes. No caso dos seres unicelulares, como as leveduras, os nutrientes absorvidos passam directamente para a membrana celular através de filamentos, hifas. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Fig 3 – Basidiomicetes e Ascomicetes, Numa planta vascular, a água que entra na planta mais os sais minerais, são transportados num sistema contínuo de vasos, que se estende desde as raiz passando pelo caule até chegar ás folhas. Este vaso denomina-se xilema. Existe também outro sistema de vasos, chamado floema, no qual o movimento de água e dos sais minerais, resultantes da fotossíntese, efectua-se desde as folhas até aos outros órgãos das plantas – translocação. Fig.4 – xilema e floema Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Transporte no Xilema O xilema é constituído por células mortas com o objectivo de facilitar a passagem de água e sais minerais do caule até ás folhas. Entre as quais: tracóides, elementos de vasos, fibras lenhosas e parênquima lenhoso. Para explicar o transporte no xilema foram criadas duas hipóteses: Hipótese da pressão radicular – A ascensão de água no xilema pode ser explicada por uma pressão ao nível da raiz, devido a forças osmóticas. As células da raiz vão acumulando iões, o que provoca entrada de água na planta. Esta entrada de água provoca uma pressão na raiz que obriga a água a subir. Hipótese da Tensão – Coesão - Adesão – A água que sai das folhas, pela transpiração, causa uma tensão na parte superior da planta que provoca a ascensão de água. Devido à polaridade das moléculas de água, estas tendem em ligar-se umas às outras por pontes de hidrogénio. Graças a estas forças de coesão as moléculas mantêm-se unidas entre si. Outra propriedade das moléculas de água é a adesão a outras substâncias, nomeadamente aos constituintes das paredes do xilema. Isto vai dar origem a uma coluna de água no xilema, desde a raiz até às folhas. O movimento das moléculas de água faz mover toda a coluna no sentido ascendente. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Transporte no Floema No floema é transportada a seiva floémica ou elaborada. Esta é constituída por produtos orgânicos resultantes da fotossíntese (10% a 20% de sacarose ou outros açúcares, aminoácidos, nucleótidos, hormonas, iões inorgânicos, etc.). O floema, ao contrário do xilema, é constituído por células vivas: células dos tubos crivosos, células de companhia, fibras e parênquima lenhoso. Hipótese do fluxo de massa – os glícidos produzidos nas folhas durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de entrarem para o floema, para serem transportados aos locais onde são armazenados ou gastos. A passagem da sacarose das células das folhas para as células de companhia do floema dá-se por transporte activo. De seguida, a sacarose passa para os elementos dos tubos crivosos, através das ligações citoplasmáticas. O aumento da concentração de sacarose nas células dos tubos crivosos provoca uma entrada de água (por osmose) nestas células, água esta vinda do xilema, que provoca a turgescência das células. A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a deslocar-se para a célula seguinte do tubo e assim sucessivamente. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Sistemas de transporte Todos os seres vivos necessitam de efectuar trocas de substâncias com o meio envolvente, o que é fundamental para a sua sobrevivência. Os animais, em particular, necessitam de receber nutrientes e oxigénio e têm de eliminar dióxido de carbono e outros produtos resultantes do metabolismo. Para as substâncias atravessarem a membrana celular de forma mais eficaz necessitam de estar dissolvidas, ou seja, devem estar banhadas por um meio líquido. Em certos animais não existe um sistema de transporte especializado. Os nutrientes e o oxigénio são absorvidos pelo animal e entram em contacto directo com as células. Nos animais mais complexos, existem órgãos especializados na absorção de nutrientes e oxigénio e na excreção de substâncias tóxicas. A condução destas substâncias é feita através de um sistema de transporte especializado – o sistema circulatório. Fig. 6 – sistema circulatório fechado Fig. 5 – sistema circulatório aberto Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Tipos de circulação Os sistemas circulatórios fechados podem estar organizados de forma a que a circulação seja simples ou dupla, podendo, neste último caso, considerarse completa ou incompleta. Na circulação simples, o sangue passa uma vez pelo coração para ser enviado directamente para os órgãos do corpo, enquanto que na circulação dupla passa duas vezes pelo coração, uma delas para ser “renovado” e outra para ser enviado para todos os órgãos do organismo. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Transporte nos diferentes filos de animais Cnidários, Nematelmintes e Platelmintes – não possuem um sistema de transporte especializado. São formados por camadas de células e estão em contacto directo com o meio, permitindo que o oxigénio se difunda de forma directa, da água para as células. Anelídeos – Possuem um sistema de transporte fechado. Absorvem o alimento por ingestão, realizando a sua digestão no interior do seu organismo. Os nutrientes são transportados para o sangue, que os vai levar até às células, onde vão entrar por difusão simples, facilitada ou transporte activo Artrópodes e Moluscos – possuem um sistema de transporte aberto. Absorvem o alimento por ingestão, realizando a sua digestão no interior do seu organismo. A hemolinfa vai transportar os nutrientes através dos vasos sanguíneos até ao hemocélio, onde este vai entrar em contacto directo com as células. Peixes – Possuem um sistema de transporte fechado com uma circulação simples. Absorvem o alimento por ingestão, realizando a digestão deste no interior do seu organismo. O sangue venoso que vem dos diferentes órgãos passa pelo coração, onde é bombeado para as brânquias e se torna sangue arterial. Daqui, segue para os restantes órgãos, onde deixa os elementos necessários ao organismo e recebe os produtos metabólicos. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Anfíbios e Répteis – Possuem um sistema de transporte fechado com uma circulação dupla. Absorvem o alimento por ingestão, realizando a digestão deste no interior do seu organismo. O sangue venoso entra no coração, pela aurícula direita, passa para o ventrículo e é bombeado para a circulação pulmonar, onde se vai transformar em sangue arterial. Este volta ao coração, entrando pela aurícula esquerda, passa para o ventrículo e é de novo bombeado, desta vez para a circulação sistémica, através da qual vai fornecer nutrientes às células de todo o organismo. No caso dos anfíbios, pode ser considerada uma circulação incompleta, pois no ventrículo pode ocorrer uma mistura parcial entre sangue venoso e sangue arterial. Nos répteis, esta mistura é menos provável devido ao septo existente no ventrículo. No crocodilo, o septo divide o ventrículo em dois. Aves e Mamíferos - Possuem um sistema de transporte fechado com uma circulação dupla e completa. Absorvem o alimento por ingestão, realizando a digestão deste no interior do seu organismo. O sangue venoso entra no coração, pela aurícula direita, passa para o ventrículo direito e é bombeado para a circulação pulmonar, onde se vai transformar em sangue arterial. Este volta ao coração, entrando pela aurícula esquerda, passa para o ventrículo esquerdo e é de novo bombeado, desta vez para a circulação sistémica, através da qual vai fornecer nutrientes às células de todo o organismo. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Os tipos de obtenção e transporte de matéria nos 5 reinos definidos por Whittaker são diferentes. Dentro do reino Animalia existem diferenças entre o transporte de matéria, dependendo do filo do animal. Apesar de serem seres vivos com características semelhantes, esta função possui algumas diferenças. Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos Matias,Osório; Martins, Pedro, Biologia 10, Areal Editores Obtenção de matéria - seres autotróficos e heterotróficos