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Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano
Universidade Federal de Pernambuco
Núcleo de Gestão de Urbana e Políticas Públicas
EMENTA DA DISCIPLINA:
TÓPICOS AVANÇADOS EM DINÂMICA E GESTÃO DA CDADE 3
ESTADO E SOCIEDADE NA PRODUÇÃO CAPITALISTA DO ESPAÇO
2º Semestre 2015
Professora:
Cristina Araujo
A disciplina Tópicos Avançados em Dinâmica e Gestão da Cidade 3: Estado e
Sociedade na produção capitalista do espaço integra a Linha de Pesquisa em
Planejamento em Gestão do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano da
UFPE e tem como objeto de estudo a estruturação e produção do espaço das cidades brasileiras
nas diferentes etapas do processo de acumulação capitalista. O período estudado compreende
a fase pré-capitalista, no Brasil Colonial, chegando aos dias atuais.
I – OBJETIVOS
A disciplina pretende estabelecer um quadro conceitual que permita compreender a
estruturação e produção do espaço urbano no Brasil a partir do estudo de autores clássicos que
refletem sobre as relações entre Estado e Sociedade brasileiros.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Entender as causas da formação de um Estado patrimonialista, clientelista e
estamental;

Compreender a problemática urbana como decorrente da problemática social;

Avaliar o Estado brasileiro a partir da sua relação com a geopolítica internacional;

Perceber os entraves ao processo de livre acumulação e desenvolvimento capitalista;

Discutir os caminhos possíveis para a efetivação do planejamento urbano, na figura do
Estado, como o principal agente regulador dos processos e estruturação do espaço
urbano visando o desenvolvimento social, econômico e ambiental.
II - METODOLOGIA E AVALIAÇÃO

O curso foi organizado para ocorrer em 11 encontros para o estudo de 7 obras
compreensivas do objeto de estudo.
1
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
Cada 01 ou 02 aulas compreenderá o estudo extensivo da obra referenciada a partir da
apresentação em forma de seminário pelo(s) aluno(s) responsáveis por dissecar
determinada obra.

A organização do seminário deverá contemplar os principais aspectos, por capítulo,
desenvolvidos pelo autor, referenciando-se inclusive, as páginas quando houver
citações.

Para cada capítulo, o grupo de alunos da disciplina fará o exercício, com o auxílio da
professora, em estabelecer uma síntese de cada capítulo.

Ao fim de cada obra, buscar-se-a sempre a reflexão para o momento presente.

A avaliação considerará a participação em sala de aula, nos seminários programados, e
no trabalho final da disciplina;

O trabalho final deverá ser um artigo que faça uma reflexão sobre as relações entre
Estado e Sociedade brasileiros a partir da bibliografia fornecida.

O formato do trabalho deverá seguir as seguintes indicações: cerca de 15 páginas,
espaço 1.5, tipo 12, papel A4, margens (superior – 2,5; inferior – 2,0; esquerda – 2,5;
direita – 2).

A data de entrega, formato impresso, será em 21/12/2015.
III - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A construção política do Brasil: sociedade, economia e
Estado desde a Independência. São Paulo, Editora 34, 2014. 461p.
FERNANDES, Florestan. Sociedade de classes e subdesenvolvimento. 5ª edição. São
Paulo: Global, 2008. 253p.
FURTADO, Celso. Raízes do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2003. 220p
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26ª edição. São Paulo: Companhia das Letras,
2006. 220p.
MOTA, Carlos Guilherme. LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. 4ª edição.
São Paulo, Editora 34, 2015. 1133p.
OLIVEIRA, Francisco. Crítica à razão dualista o ornitorrinco. 3ª reimpressão. São Paulo,
Boitempo, 2011. 150p.
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. 47ª reimpressão. São Paulo:
Brasiliense, 2006. 364p.
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IV – PROGRAMAÇÃO DO CURSO
AULA 1: 19/08/15 (17 às 18horas)



Apresentação dos Alunos
Apresentação da Ementa e da Proposta do Curso
Distribuição de Atividades
AULA 2: 09/09/15 (14 às 18horas)
RAÍZES DO BRASIL
“Podemos dizer que de lá nos veio a forma atual de nossa cultura; o resto foi
matéria que se sujeitou mal ou bem a essa forma” (Holanda, 2006:40)
OBRA:
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. 26ª edição. São Paulo: Companhia das Letras,
2006. 220p.
Alunos:
AULA 3: 16/09/15 (14 às 18horas)
HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL – PARTE 1
“A decisão firme de um povo é mais forte que qualquer poder governamental”
(Prado Júnior, 2006:59)
OBRA:
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. 47ª reimpressão. São Paulo: Brasiliense,
2006. Páginas 1 – 154.
Alunos:
AULA 4: 23/09/15 (14 às 18horas)
HISTÓRIA ECONÔMICA DO BRASIL – PARTE 2
“Em suma, não é com empreendimentos imperialistas que podemos contar para
um real desenvolvimento. Ao contrário desse desenvolvimento, o que os
empreendimentos imperialistas determinam na atual conjuntura brasileira, é
uma deformação e amesquinhamento do que deveria ser o nosso processo de
industrialização. E representam assim um reforçamento do sistema colonial que
é o principal responsável pelas nossas deficiências, limitando o desenvolvimento
aos acanhados horizontes daquele sistema” (Prado Júnior, 2006:330)
OBRA:
PRADO JÚNIOR, Caio. História Econômica do Brasil. 47ª reimpressão. São Paulo: Brasiliense,
2006. Páginas 157 – 356.
Alunos:
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AULA 5: 30/09/15 (14 às 18horas)
RAÍZES DO SUBDESENVOLVIMENTO
“As relações entre subdesenvolvimento e dependência externa, observadas do
ângulo dos efeitos do progresso tecnológico, são o ponto de partida de uma
linha de reflexão que nos permitirá tentar uma explicação geral para os dois
fenômenos” (Furtado, 2003:7)
OBRA:
FURTADO, Celso. Raízes do subdesenvolvimento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
2003. 220p.
Aluno:
AULA 6: 07/10/15 (14 às 18horas)
SOCIEDADE DE CLASSES E SUDESENVOLVIMENTO
“A “revolução burguesa” e o capitalismo só conduzem a uma verdadeira
independência econômica, social e cultural quando, atrás da industrialização e
do crescimento econômico, exista uma vontade nacional que se afirme
coletivamente por meios políticos, e tome por seu objetivo supremo a
construção de uma sociedade nacional autônoma” (Fernandes, 2008:155)
OBRA:
FERNANDES, Florestan. Sociedade de classes e subdesenvolvimento. 5ª edição. São
Paulo: Global, 2008. 253p.
Aluno:
AULA 7: 14/10/15 (14 às 18horas)
CRÍTICA À RAZÃO DUALISTA O ORNITORRINCO
“Como é o ornitorrinco? Altamente urbanizado, pouca força de trabalho e
população no campo, dunque nenhum resíduo pré-capitalista; ao contrário, um
forte agrobusiness. (...)Uma estrutura de serviços muito diversificada numa
ponta, quando ligada aos estratos de altas rendas, a rigor, mais ostensivamente
perdulários que sofisticados; noutra, extremamente primitiva, ligada exatamente
ao consumo dos estratos pobres” (Oliveira, 2011: 132-133)
OBRA:
OLIVEIRA, Francisco. Crítica à razão dualista o ornitorrinco. 3ª reimpressão. São Paulo,
Boitempo, 2011. 150p.
Aluno:
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AULA 8: 04/11/15 (14 às 18horas)
A CONSTRUÇÃO POLÍTICA DO BRASIL – PARTE 1
“Ao estudarmos determinada sociedade temos de pensa-la historicamente, o
que significa que devemos pensa-la em termos de fazer ou estágios de
desenvolvimento por meio do qual a divisão do trabalho aumenta e essa
sociedade vai se tornando mais complexa (Bresser-Pereira, 2014:13)
OBRA:
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A construção política do Brasil: sociedade, economia e
Estado desde a Independência. São Paulo, Editora 34, 2014. Páginas 13 – 191.
Aluno:
AULA 9: 11/11/15 (14 às 18horas)
A CONSTRUÇÃO POLÍTICA DO BRASIL – PARTE 2
“Hoje, o Brasil é uma sociedade...” (Bresser-Pereira, 2014:399)
OBRA:
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. A construção política do Brasil: sociedade, economia e
Estado desde a Independência. São Paulo, Editora 34, 2014. Páginas 193 – 407.
Aluno:
AULA 10: 18/11/15 (14 às 18horas)
HISTÓRIA DO BRASIL: UMA INTERPRETAÇÃO



A República Autocrático-Burguesa: do fim da ditadura
“democráticos”;
De Tancredo a Lula (1985 – 2007)
A transição incompleta: ainda o mesmo modelo (2007 – 2014)
aos
governos
OBRA:
MOTA, Carlos Guilherme. LOPEZ, Adriana. História do Brasil: uma interpretação. 4ª edição.
São Paulo, Editora 34, 2015. Páginas 853-1060.
Aluno:
AULA 11: 25/11/15 (14 às 18horas)
ESTADO E SOCIEDADE NA PRODUÇÃO DO ESPAÇO CAPITALISTA


Apresentação dos projetos de pesquisa (alunos regulares)
Balanço da disciplina
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