“Sistemas de Rastreamento do Paciente, Cálculos, Estratégias e Soluções para visar a Entrada, o Processamento e a Saída, Facilitação e Fila”. Paulo Sérgio Kroeff Schmitz Chefe do Serviço de Emergência Hospital Moinhos de Vento Fluxos e Processos na Emergência Hospitalar Paulo Sérgio Kroeff Schmitz Chefe do Serviço de Emergência Hospital Moinhos de Vento Hospital x Indústria “Hospitais são Sistemas que envolvem alta complexidade no que diz respeito a Processos devido a grande quantidade de variáveis associadas aos procedimentos que devem ser Realizados. Nas Emergências, isto se torna ainda mais evidente”. “Um Processo Industrial pode ser mais facilmente padronizado e com isso ganhar melhoria de desempenho à medida que tem processos menos complexos ”. Emergências Hospitalares • Superlotação é um fenômeno Mundial – Todos os leitos ocupados – Pacientes em corredores – Tempo de espera acima de 1 hora – Alta Tensão da equipe assistencial – Grande Pressão para novos atendimentos – Baixa desempenho do Hospital como um todo – Baixa qualidade Assistencial Emergência: Sistema Complexo de Alta Pressão Pressão Externa Pressão Interna Fluxo de entrada UNIMED Fluxo de Saída Leitos Altas Bloco CTI UPI Ambulatórios Emergência: Sistema Complexo de Alta Pressão INPUT THROUGHPUT OUTPUT Pressão Externa Pressão Interna Fluxo de entrada UNIMED Fluxo de Saída Leitos Altas Bloco CTI UPI Ambulatórios Emergências Hospitalares • INPUT (Entrada) – Serviços Pré-Hospitalares (UPAs/Ambulâncias) – Consultas Não Urgentes • Comodidade • Conveniência • Disponibilidade – Porta para Internação de Não-Urgentes – Atendimento Universal Obrigatório Emergências Hospitalares • THROUGHPUT (Processamento) – Período que vai da Chegada até a Saída do Paciente na Emergência Acolhimento/Registro Triagem/Classificação de Risco Sala de Espera Atendimento Médico Diagnóstico/Tratamento/Reavaliação/Avaliação Especialista/Informação/Familiares • Decisão – Alta x Observação x Internação • Tempo de Espera por leito – “Boarding Time” • Designação de leito – Saída física da Emergência • • • • • Emergências Hospitalares • OUTPUT (Saída) • Disponibilidade de Leitos – Internação – CTI • • • • • Disponibilidade de Acompanhamento Ambulatorial Pacientes Crônicos/Alta permanência Protocolos de Alta Planos de cuidados Referência a menos Complexidade Emergência • Fluxo de Atendimento – Universal/ Não exclusivo – Etapas definidas – Priorização de Casos mais Graves – Contínuo – Variabilidade prevista da demanda • Horas do dia • Dias da semana • Meses do Ano Emergência • Chegada do Paciente 1 - Acolhimento • Define Prioridades imediatas e Informa Paciente 2 - Classificação de Risco • Diferencia em níveis de Gravidade (ESI, Manchester) 3 - Registro • Relação com Convênios/ Definição de Carências 4 - Espera 5 – Atendimento Médico – Definição do primeiro TEMPO = PORTA-MÉDICO Emergência • Tempo Porta-Médico • Depende da Classificação (I a V) • Depende da Demanda • Depende da qualidade/agilidade das etapas prévias • Depende de Área Física • Interfere na Percepção de qualidade de Atendimento • Informação ao paciente é fundamental Tempo Porta-Médico no HMV • • • • • Nivel 1 –Vemelho – 26 minutos Nivel 2 – Laranja – 43 minutos Nível 3 – Amarelo – 62 minutos Nível 4 – Verde – 105 minutos Nível 5 – Azul – 62 minutos Tempo Porta Médico no HMV • Dificuldades em Mensuração – Medidas pelo Sistema – Pacientes Nível 1 e 2 tem este tempo erroneamente medido – Pacientes Nível 3 tem medida adequada – Pacientes nível 4 e 5 são mais dependentes da demanda do que dos processos em si. Fluxo de Atendimento na Emergência • Atendimento Médico – Tempo de consulta • Varia em função do Espaço Físico – Deitado/Sentado – Consultório/Box Atendimento • Varia em função do tipo de Médico – Emergencista – Atendimento Primário/Especialista • Varia em Função dos Sistemas de Registro – Informatizado/Manual – Solicitação de Exames – Escrever/Marcar X – Prescrever – Prescrição Padrão x Item a Item Fluxo de Atendimento na Emergência • Atendimento Médico 1. Alta do Consultório 2. Observação Exames/Medicações/Av Especialista/Reavaliação 3. Internação • Definição do segundo TEMPO = Médico-Decisão Tempo Médico-Decisão • Pacientes com Alta do Consultório – Tempo Médico-Alta (Geralmente Níveis 4 e 5) • Pacientes Encaminhados para Internar (Nível 1 e 2) – Tempo Médico-Internação • Grande Maioria – (Nível 3) – Tempo Médico-Decisão (Alta x Internação) • • • • Exames Laboratoriais Medicações Avaliação de especialista/Assistente Reavaliação Tempo Médico-Decisão • Tempo para Exames – Radiológicos/Laboratoriais/Métodos não Invasivos • Rx/Eco/TC /Ergometria/Cintilografia, etc – Depende da Disponibilidade (prontidão) – Depende de Funcionários – Depende da Localização – Depende da Demanda – Depende de Transporte – Depende dos Processos Tempo Médico-Decisão • Tempo para Medicações – Analgésicos/Sintomáticos/Antibióticos – Depende de Funcionários – Depende de Farmácia – Depende da Dispensação – Depende da Demanda – Depende de Acesso Venoso – Depende de Processos Tempo Médico-Decisão • Tempo para Avaliação Especialista – Cardiologista/Neurologista/Cirurgião – Depende de Disponibilidade – Depende da Prontidão – Depende da Informação – Depende da Relação com Planos de Saúde – Depende de Processos Tempo Médico-Decisão • Tempo para Reavaliação – Depende do Médico – Depende da Demanda – Depende da Informação – Depende das etapas Anteriores – Depende da área Física – Depende de Processos Tempo Médico-Decisão no HMV • • • • • Nivel 1 –Vemelho – 4 hs Nivel 2 – Laranja – 3,5 hs Nível 3 – Amarelo – 2,5 hs Nível 4 – Verde – 46 minutos Nível 5 – Azul – 20 minutos Tempo Porta-Decisão • Tempo Porta-Médico + Tempo Médico-Decisão • Length of Stay (LOS) • Tempo Porta-Decisão (LOS) na Emergência HMV – Nivel 1 –Vemelho – 4,5 hs – Nivel 2 – Laranja – 4,2 hs – Nível 3 – Amarelo – 3,5 hs – Nível 4 – Verde – 3 hs – Nível 5 – Azul – 3 hs Indicadores de Qualidade • • • • Tempo Porta-Agulha no AVC Tempo Porta – Balão no IAM Tempo Porta-Antibiótico na Sepse Tempo Porta-ECG na Dor Torácica Medidas para Reduzir Tempos • “Tracking Boards” – Quadros que mostrem todos os pacientes do setor e situação em que se encontram e o que estão aguardando • • • • Revisão dos Processos Individualmente Adoção de Protocolos para Enfermagem Adequação de Área Física para ordenar Fluxos Acesso Fácil aos Indicadores/Tempos em Sistemas de informação para adequação conforme demanda “Tracking Board” Fluxo de Atendimento na Emergência • Decidida Internação: – Tempo de Obtenção de Leito = “Boarding Time” – Leito Definido –> Tempo para ir para o Leito “Boarding Time” • Período onde o paciente tem definida a internação, mas não há leito disponível e permanece na Emergência • Aumenta morbi-mortalidade • Principal causa de Superlotação de Emergência • Aumenta Tempo de Permanência • Reflete Processos de todo o Hospital “Boarding Time” no HMV • • • • • • • • Média = 24 hs Tempo Aceitável na JH – 4 hs 6012 internações pela Emergência HMV / ano 6012 x 24 = 144.288 6012 x 4 = 24.048 144.288 – 24.048 = 120.240 Tempo de Observação = 6 hs 20.040 pacientes/ano = 55 pacientes por dia “Boarding” na Emergência • Fatores que influenciam – Internações Prolongadas – Pacientes Crônicos – Previsões de Alta/Preparação para Alta – Tempo de Liberação de Leito • HMV 4hs 44 min entre alta de um e baixa de outro • Em 16 internações = 3,1 leitos/dia • Se reduzisse para 1 h e 40 min = + 2 leitos/dia Tabela de Controles Diária Gráfico de Internações x Leitos “Boarding” na Emergência • Medidas para Redução – Força Tarefa para Gerenciamento de LEITOS • • • • • Critérios de Admissão Processo de Alta/Alta pela manhã/Previsão Priorização de Leitos da Emergência “Bed Manager”/ Rounds de Alta Redução de Tempo de estadia/P – Ocupação de leitos não usados (SR/Hospital-dia) – Admissão por via Alternativa à Emergência Otimização do Fluxo na Emergência • Definição de Indicadores – Tempo Porta-Médico – Tempo Médico-Decisão – Tempo de Permanência (Length of Stay - LOS) • Análise dos Processos Internos – Redução dos desperdícios (Tempo/Etapas) • Sistema que permita fácil Acesso aos Dados • Informação ao Paciente • Intervenções nas 3 fases – Input – Alternativas à Entrada na Emergência – Throughput – Melhoria dos Processos – Output – Redução do “Boarding” através de Ações de todo o Hospital Fluxos e Processos na Emergência Hospitalar Paulo Sérgio Kroeff Schmitz Chefe do Serviço de Emergência Hospital Moinhos de Vento