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Oásis
Consequências podem
ser graves para as
regiões afetadas
DESAPARECEM
OS GLACIARES
DA ÁFRICA
A ERA DO
DIAMANTE
Japão,
Buenos Aires,
Mar de Minas
O fascinante mundo
das viagens
Viver para o
currículo...
ou para o elogio
fúnebre?
Da antiga neve e dos extensos glaciares que
outrora cobriam mais da metade do Monte
Kilimanjaro, hoje só restam um fiapos, uns
poucos tufos espalhados lá e lá, na sua parte
mais alta, já ao redor dos 5 mil metros
por
Luis
Pellegrini
Editor
O
s mais velhos provavelmente se lembrarão de As Neves do
Kilimanjaro, filme épico de 1952, baseado na novela de mesmo
nome de Ernest Hemingway. As estrelas eram a morena Ava
Gardner e a ruiva Susan Hayward, o galã era Gregory Peck, o diretor era
Henry King e o pano de fundo era a “montanha branca”, o Monte Kilimanjaro, o “teto da África”. Com esse quinteto, mais uma boa adaptação do texto
de Hemingway, o destino do filme não poderia ser outro: o do sucesso
total. E assim foi.
Era tão impressionante o surgimento daquela imensa montanha branca,
coberta de neve, com a forma perfeita de um cone vulcânico, no meio da
tórrida savana africana, que desde a época de Cristo um historiador grego/
egípcio, Ptolomeu, que a visitou, fez dela uma descrição que correu o mundo.
As neves do Kilimanjaro então pareciam eternas. Ninguém fazia a menor
oásis
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Editorial
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por
Luis
Pellegrini
Editor
ideia de que, a partir da segunda metade do século 20, a temperatura média
do planeta iria subir por causa de um fenômeno chamado “aquecimento
global”. Hoje, o Kilimanjaro ainda está lá, imponente e solitário, cercado
de savana por todos os lados. Mas da antiga neve e dos extensos glaciares
que outrora cobriam mais da metade do seu território, hoje só restam um
fiapos, uns poucos tufos espalhados lá e lá, na sua parte mais alta, já ao redor
dos 5 mil metros.
Essa montanha não é a única a sofrer os efeitos crescentes da canícula que
se abate sobre o globo. Nossa matéria de capa fala disso, e aponta que
também o Monte Quênia e as montanhas da Cadeia Rwenzori (as outras
elevações africanas que possuíam neve na região dos cumes, encontram-se,
mais e mais, desprovidos de suas capas de gelo branco.
E a estética não é o único valor afetado por esse fenômeno: o artigo revela
que a agricultura nas imediações dessas montanhas, fortemente dependente
delas para a irrigação, encontra-se já em fase de abandono.
Richard Atugonza, do Mountain Resource Makere Center, da Universidade de Uganda, informa: “Já hoje, a redução do caudal dos rios que descem
a partir dos gelos influi negativamente na produção agrícola e a de energia
elétrica”. Outros, por seu lado, comparam a atual situação com aquela vivida
pelos “canarinhos da mina”, referindo-se à utilização de canários em gaiolas
por parte de mineiros para detectar uma possível presença de gases venenosos no fundo das minas. Luc Hardy, diretor da ONG Green Cross, fundada pelo russo Mikail Gorbachev, disse: “O derretimento dos gelos é um
‘canário’ que acusa a incapacidade do homem de compreender a mudança
climática e seus efeitos negativos”.
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Editorial
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ambiente
DESAPARECEM OS
GLACIARES DA ÁFRICA
Consequências podem ser
graves para as regiões afetadas
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Kilimanjaro
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Desaparecimento do gelo no cume
das maiores montanhas africanas
poderá causar terríveis efeitos para
a agricultura das encostas e para o
turismo de montanha
E
Por: Equipe Oásis
m toda a África, apenas três montanhas possuem neve em seus
cumes: o Monte Kilimanjaro, o
Monte Quênia e a Cadeia Rwenzori. Em todos os três a área
branca e congelada diminui a
cada ano, mas é no Monte Stanley (que pertence à Cadeia Rwenzori) onde o gelo derrete em velocidade mais inquietante. No giro
de 20 anos, segundo os cálculos, a inteira
montanha poderá estar inteiramente destituída de gelos, e as consequências disso podem ser terríveis para a agricultura nas suas
encostas e também para o turismo de montanha.
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ambiente
A previsão é importante e foi revelada há
pouco por um repórter especializado, Peter Martell, em artigo que escreveu para a
Agência France Press. Martell cita como
uma de suas fontes John Medenge, um conhecido guia que acompanha as expedições
de escaladores que desejam subir ao cume
do Monte Stanley. Medenge, que conhece
a montan ha há mais de 30 anos, afirma
que o gelo ali se reduz mais e mais, à vista d’olhos. Esse guia escalador começou a
subir o Stanley quando ainda era um adolescente. Hoje ele tem 57 anos.
“O derretimento dos gelos africanos constitui uma grave ameaça para o abastecimento hídrico da região”, explica Luc
Hardy, explorador franco-americano, vice-presidente do grupo ambientalista “Green
Cross”, uma instituição fundada e mantida pelo ex-líder russo Mikhail Gorbachev.
Por seu lado, Richard Atugonza, do Mountain Resource Makere Center, da Universidade de Uganda, informa: “Já hoje, a redução do caudal dos rios que descem a partir
dos gelos influi negativamente na produção agrícola e a de energia elétrica”.
Luc Hardy comparou a situação com aquela vivida pelo “canarinho da mina”, referindo-se à utilização de canários em gaiolas por parte de mineiros para detec
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As paisagens nas encostas das grandes
montanhas africanas são únicas. Na foto,
a vegetação no Monte Quênia
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Imagens mostram a diminuição das neves
dio Kilimanjaro entre 1950 e 1999
As Montanhas da Lua
O Monte Stanley é conhecido dos ocidentais desde o
século 2 d.C. O geógrafo grego Ptolomeu de Alexandria
chamou as montanhas nevadas da Cadeia Rwenzori de
“Montanhas da Lua”, por causa da sua cor branca. Ele
supunha que naqueles cumes surgiam as nascentes do
Rio Nilo Branco. Já nos tempos modernos, em 1889,
foi o explorador inglês Henry Morton Stanley quem
chegou pela primeira vez aos gelos.
Na verdade não seriam nem necessários os depoimentos de guias como John Medenge, bons conhecedores
do Monte Stanley, para se perceber a redução dos gelos dessa montanha. Ela salta aos olhos quando se observam os mapas mais antigos que mostram as linhas-limite do gelo. De 1909, quando a área gelada era de
cerca sete quilômetros quadrados, ela hoje foi reduzida
a apenas um quilômetro quadrado.
Kilimanjaro também perde o seu “chapéu
branco”
tar uma possível presença de gases venenosos no fundo das minas. Hardy disse: “O derretimento dos gelos
é um ‘canário’ que acusa a incapacidade do homem de
compreender a mudança climática e seus efeitos negativos”.
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ambiente
Como nas outras montanhas nevadas da África, a neve
que cobre o monte Kilimanjaro, o pico mais alto do
continente diminui rapidamente e poderá desaparecer
dentro de 20 anos, alerta um estudo publicado na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences”.
Investigadores acabam de calcular os valores de perda
de gelo nessas áreas montanhosas africanas e os resultados não foram positivos.
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Monte Quênia também perdeu a maior
parte da sua cobertura nevada
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Esta sequencia de 3 imagens do Kilimanjaro também
é muito ilustrativa da redução da sua área gelada
A camada de gelo diminuiu 26 por cento desde o ano
2000 até aos dias de hoje. Os dados são mais alarmantes ao comparar-se esta camada entre 1912 e 2007, pois
neste espaço de tempo, a capa de neve diminuiu 85 por
cento.
As principais causas apontadas pelos especialistas para
a evolução deste fenômeno são o aumento das temperaturas do planeta e as mudanças na nebulosidade e
nas precipitações.
Tanto ao norte, como ao sul, os cumes do Kilimanjaro sofreram uma redução de 1,9 e 5,1 metros, respectivamente. Um exemplo disso é o pequeno glaciar
Furtwangler, que diminuiu 50 por cento entre 2000 e
2009. Segundo Lonnie Thompson, coautor do estudo
e professor da Universidade de Ohio, este glaciar montanhoso corre o risco de desaparecer de um ano para
outro.
Os especialistas referiram ainda no estudo que essa rápida fusão do gelo demonstra que as condições climáticas que afetam atualmente o Kilimanjaro jamais foram
vividas durante os últimos 11 milênios.
Um dos principais impactos do desaparecimento desses glaciares dirá respeito ao nível da disponibilidade
de água em nascentes e poços que são parcialmente
abastecidos com água de origem glaciar.
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As duas fotos feitas por satélite mostram a extraordinária
redução das áreas congeladas da cadeia Rwenzori
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DIAMANTE
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ciência
ciência
A ERA DO
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O diamante já não é apenas joia:
ele está sendo utilizado em áreas
tão variadas como medicina,
comunicações, computação e
exploração de petróleo. Cientistas
acreditam que o mineral – seja ele
natural ou artificial – será um dos
protagonistas das próximas décadas
B
Por Eduardo Araia
elos, brilhantes e indestrutíveis, os
diamantes estabeleceram uma aura
de pedra preciosa ao longo dos milênios. O mineral raro era quase que
somente aproveitado na indústria
de joias, mas recentes avanços na
física e na nanotecnologia prometem torná-lo
cada vez mais presente em nosso dia a dia.
Nos últimos anos, a pedra já era destaque
em setores tão variados como instrumentos
odontológicos e exploração de petróleo. Agora, surgiu em pesquisas sobre olhos biônicos,
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ciência
próteses, tipos inovadores de laser, comunicações à prova de hackers e terapias contra o
câncer.
O diamante é a mais dura substância natural
conhecida. Os gregos se referiam a ele como
adamas (invencível, indestrutível). Recentemente, descobriu-se que o mineral conduz
calor mais rapidamente do que qualquer outro material, o que o torna ideal para reduzir
o desperdício de calor em aparelhos eletrônicos com consumo intensivo de energia. O
diamante é ainda virtualmente transparente
por um largo espectro de comprimentos de
onda, desde o infravermelho até o ultravioleta. A luz tende a ser absorvida apenas pelas
impurezas de boro ou de nitrogênio eventualmente contidas na precisa estrutura cristalina de átomos de carbono que constituem a
pedra.
Os diamantes naturais foram formados há
milhões de anos em ambientes quentes e de
alta pressão, situados a mais de 100 quilômetros abaixo da superfície da Terra. Hoje
em dia, porém, eles também podem ser produzidos artificialmente, usando-se um processo de laboratório denominado deposição
química a vapor (CVD, na sigla em inglês),
que envolve a ionização de uma mistura de
gases, incluindo o metano. Liberado a partir
do metano, o carbono forma o diamante em
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tumores na mama e no fígado, em estágio avançado, ao
“colar” um remédio quimioterápico, a doxorrubicina, em
nanodiamantes.
De acordo com um estudo publicado na revista Science Translational Medicine, a técnica, testada em ratos,
faz o remédio penetrar no tumor (o que não acontece na
quimioterapia tradicional) e encolhê-lo. “O que é mais
interessante é que quando administramos uma dose
mais elevada do remédio, ela era tão tóxica que todos os
animais morreram – não duraram nem o suficiente para
completarmos o estudo”, disse o líder dos pesquisadores,
Dean Ho, da Universidade Northwestern (EUA), à agência France Presse. “Entretanto, quando administramos a
mesma dose elevada e a anexamos ao nanodiamante,
uma base material especialmente preparada aquecida a
800 °C.
Também é possível “dopar” o diamante adicionando à
sua composição elementos como o boro ou o nitrogênio.
Aliás, algumas das oportunidades mais interessantes da
tecnologia quântica se baseiam na presença desses “intrusos” no diamante. Quando um único átomo de nitrogênio
é apanhado na rede de átomos de carbono, ele se liga com
o diamante de tal forma que um elétron é deixado “livre”.
Sucesso contra o câncer
Uma frente importantíssima recentemente aberta para o
diamante (na verdade, para nanodiamantes com diâmetro entre dois e oito nanômetros) está na área da saúde.
Pesquisadores norte-americanos conseguiram atacar
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ciência
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não apenas todos os animais sobreviveram ao estudo como os
tamanhos dos tumores eram os
menores que havíamos visto no
estudo.”
Outra novidade no campo da medicina é a perspectiva da criação
de um olho biônico com matriz de
diamante, a partir dos estudos do
australiano Steven Prawer, físico
do Instituto de Materiais da Universidade de Melbourne. Certas
características do mineral o tornam talhado para fazer parte desse invento. Além de ele ser forte e
resistente, os elétrons livres ligados às suas impurezas lhe possibilitam atuar como semicondutor
– e como o carbono, presente no
diamante, compõe 20% do corpo humano, não há risco
de rejeição se ele for inserido no organismo.
Segundo Prawer, uma matriz de diamante seria implantada atrás da retina de pessoas que ficaram cegas por
doenças degenerativas dos olhos, tais como retinite pigmentosa ou degeneração da mácula relacionada à idade.
Emitido por uma câmera, um sinal eletrônico passaria
através do diamante para estimular as células ganglionares (a saída de informações visuais da retina), devolvendo
a visão ao cego. “Nosso objetivo é criar um conjunto de
eletrodos com cerca de mil pixels (pixel é o menor ponto
que forma uma imagem digital), porque com isso você já
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ciência
pode reconhecer rostos e letras grandes”, diz o físico.
O setor de próteses também poderá se beneficiar do diamante. O desgaste sofrido por essas peças seria contido
se elas fossem revestidas com uma fina camada do mineral, mas essa solução provocaria outro problema: na movimentação, o diamante poderia se revelar abrasivo para
a carne. Uma solução teórica inesperada surgiu do físico
norte-americano Alexander Wissner-Gross, da Universidade Harvard. Ele realizou simulações de computador
que mostram que a adição de uma única camada de átomos de sódio ao diamante poderia criar uma superfície
sobre a qual uma camada de gelo de apenas algumas mo
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Computadores quânticos
léculas de espessura resistiria à temperatura ambiente,
podendo assim funcionar como um lubrificante.
A ideia do gelo que não derrete mesmo na temperatura
do corpo parece inicialmente estranha. No entanto, explica Wissner-Gross, já existem diversos estudos teóricos que confirmam essa possibilidade em superfícies não
muito diferentes da do tipo que ele e sua equipe estudaram.
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ciência
O físico quântico norte-americano David Awschalom, da Universidade da
Califórnia em Santa Bárbara, concentra sua pesquisa em um novo campo,
a “spintrônica” – a manipulação do
spin dos elétrons livres das impurezas do diamante por meio de micro-ondas. Em termos simples, spin é uma
propriedade magnética de partículas
elementares, em geral vista como uma
orientação ou um sentido de giro. No
caso do elétron, consideram-se habitualmente duas orientações, o spin up e
o spin down, compatíveis com o código
binário (0 ou 1) usado na computação
convencional. Mas a mecânica quântica
acrescenta uma dose de incerteza nesse
estado com as micro-ondas, multiplicando as alternativas disponíveis entre 0 e 1. Com isso, a
capacidade de armazenar dados e a velocidade para trabalhar com eles aumentam enormemente – exatamente a
ideia por trás dos sonhados computadores quânticos, que
processarão as informações super-rapidamente com o uso
de efeitos quânticos.
O diamante representa uma vantagem nessas circunstâncias porque o cristal conserva seus elétrons estáveis e
menos suscetíveis a influências ambientais por um tempo
muito mais longo do que o observado em outros materiais.
Mais um detalhe importante: tudo acontece à temperatura
ambiente, sem necessidade de controles adicionais.
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ópticas, denominadas cristais fotônicos. Para os cientistas alemães, o invento já seria o embrião de um computador quântico.
Laser superpotente
Enquanto um bom número de pesquisadores trabalha
de olho no potencial das impurezas do diamante, outros
preferem a pedra o mais impecável possível. É o caso do
físico óptico australiano Rich Mildren, da Universidade
Macquarie, em Sydney: a partir de diamantes artificiais
com cerca de oito milímetros de comprimento, ele criou
um laser inovador.
Em um diamante perfeito ou próximo disso, a passagem
No primeiro semestre de 2010, Awschalom já havia conseguido alterar o estado quântico do elétron no ínfimo
intervalo de um bilionésimo de segundo. Outro avanço
ainda maior foi noticiado em novembro do mesmo ano,
quando pesquisadores da Universidade Humboldt, em
Berlim, anunciaram ter construído um sistema híbrido
primitivo de computação quântica a partir do uso de estímulos eletrônicos em nanodiamantes e de nanoestruturas
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ciência
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da luz através do material é facilitada porque há poucos resíduos (ou nenhum) a
atrapalhá-la, e isso se reflete em potência
maior. Outro detalhe favorável é a rápida
taxa de condução de calor desse mineral
(dissipar o calor é um problema sério dos
aparelhos de laser convencionais). Somando-se as duas coisas, abre-se o caminho
para a criação de lasers menores e bem
mais potentes.
As pesquisas de Mildren revelaram que o
laser de diamante consegue trabalhar com
comprimentos de onda infravermelhos,
inacessíveis aos aparelhos convencionais.
Essa característica favorece, por exemplo,
o uso em neurocirurgias nas quais sejam
necessários cortes a laser ínfimos (entre
seis e sete milionésimos de metro). A precisão no comprimento de onda também ajudaria na captação, a uma distância segura, de vapores emanados de
explosivos em aeroportos e zonas de guerra: “O sinal de
retorno do feixe de laser é afetado pela absorção de vapor, permitindo que qualquer ameaça potencial possa ser
visualizada instantaneamente”, explica o físico.
Com um leque de aplicações que não para de crescer, as
perspectivas futuras para os diamantes são extremamente promissoras. De olho nos cifrões que isso representa,
Bryant Linares, presidente executivo da Apollo Diamond,
uma das maiores fabricantes de diamantes artificiais do
mundo, assegura: “Houve uma era do cobre e uma era do
aço. A próxima será a do diamante.”
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ciência
Preço cada vez mais caro
O interesse crescente da ciência e da indústria pelos diamantes sofre com uma barreira natural: a escassez das
pedras, responsável pelo preço elevado que atingem. Em
2010, o diretor-geral da De Beers (o maior grupo produtor do mineral no planeta), Gareth Penny, anunciou que
a produção mundial de diamantes cairia de 48 milhões
de quilates em 2008 para cerca de 40 milhões de quilates
naquele ano, como adequação à falta de novas jazidas e
ao crescimento de demanda causado pelo aquecido mercado chinês. “Se continuarmos a produzir a mesma quan
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pesquisa da equipe de Dean Ho sobre tratamento de câncer eram resíduos de explosões, como as que ocorrem na mineração
de carvão, ou de operações em refinarias de
petróleo, e isso barateia seu valor.
Comunicação à prova de grampos
tidade de diamantes de hoje, em 15 anos já não será possível extraí-lo em escala comercial”, disse Penny ao jornal
italiano La Reppublica. Com isso, o diretor calculava que
os preços subirão cerca de 5% para os compradores.
E quanto aos diamantes sintéticos? Por enquanto, eles
têm preços muito parecidos aos do mercado de pedras
naturais. Mas acredita-se que, se a procura aumentar
muito, a produção crescerá e, a partir de certo momento,
baixará os preços.
Já os nanodiamantes são um caso à parte. Os usados na
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ciência
As impurezas do diamante são a base de
uma revolucionária forma de comunicação
desenvolvida pelo físico australiano Steven
Prawer. A comunicação convencional utiliza pulsos ao longo de uma fibra óptica, cada
qual composto por um grande número de
fótons (partículas elementares de energia
radiante). O trabalho de grampear uma ligação envolve basicamente “sugar” alguns desses fótons, o que pode passar despercebido
tanto por quem liga quanto por quem recebe
a chamada. A inovação do sistema de Prawer (que também funciona nas ligações com celulares) é que, ao usar
apenas o elétron associado a uma impureza do diamante,
ele trabalha com um único fóton por pulso – as informações são levadas na polarização (propriedade eletromagnética que restringe a uma as possibilidades de spin)
desse fóton. Pela mecânica quântica, quem tentar alterar
esse quadro mudará a polaridade dos fótons, o que vai
destruir as informações transmitidas e informar aos interlocutores que há um intruso na sua conversa. A técnica já está sendo usada nas comunicações entre delegacias
de polícia no Estado de Victoria, na Austrália.
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viagem oásis
JAPÃO, BUENOS AIRES,
MAR DE MINAS
O fascinante mundo
das viagens
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viagem oásis
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Coluna sobre viagens, assinada
pela jornalista Fabíola Musarra.
A cada 15 dias, ela traz as
novidades do setor, mostra roteiros
e dá dicas sobre turismo. A ideia
é facilitar ainda mais sua vida,
dando a nossa contribuição para
que você faça as viagens de seus
sonhos, sem transtornos e com
excelentes recordações.
Boa leitura!
Q
Por Fabíola Musarra (*)
oásis
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viagem oásis
uioto e cidades japonesas
Conhecer o Japão e ter contato com a cultura milenar desse
pequeno país oriental é uma
experiência única. Há muitos
roteiros que conduzem até essa
inesquecível experiência, como
este pacote de 17 dias que abrange visitas a Dubai, nos Emirados
Árabes, e às cidades japonesas de
Osaka, Nara, Quioto, Hiroshima,
Miyajima, Nagasaki, Kumamoto, Okayama, Hakone e Tóquio, além dos montes Aso e Fuji.
Disponibilizado pela agência Gema Turismo e com
saídas programadas para os dias 7 e 14 de maio, o
roteiro começa em São Paulo, como o embarque
no Aeroporto Internacional de Guarulhos rumo
a Dubai, no voo Emirates 262, às 1h25. A chegada acontece no segundo dia da viagem, às 22h55,
quando estão previstas a recepção e o traslado ao
Hotel Kempinski.
No dia seguinte, você tem uma manhã livre para
você explorar os encantos – e são muitos – de
Dubai. Já à tarde você vai embarcar em um passeio pela cidade, conhecendo a área de Bastakiya,
a parte antiga de Dubai, e o museu Forte Al Fahidi.
Depois, está programado um passeio na travessia
do canal Creek, e uma parada no mercado de especiarias e de ouro. Por fim, o tour chega à parte moderna da cidade com sua rica arquitetura, atravessando a Avenida Sheik Zayed, e passa em frente ao
Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo, onde
há uma parada na Praia de Jumeira para fotos do
grande Hotel Burj Al Arab.
O passeio termina no aeroporto, onde às 3 horas,
você embarca no voo Emirates 316, com destino a
Osaka. Chegada às 17h10 ao Aeroporto Internacional Kansai, recepção e traslado ao Hotel New Otani Osaka. Vale saber que Osaka sempre se destacou pelo comércio e, ainda agora, é um importante
centro econômico e financeiro do Japão. Paralelo a
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oásis
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viagem oásis
Mercado de quioto
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Osaka
isso, a cidade também se orgulha pela vida agitada e pelas várias opções culturais e de lazer que oferece para quem deseja se
divertir.
Logo pela manhã, você vai passear nesta cidade japonesa e
conhecer o Mercado Kuromon, o Aquário Kaiyukan (o maior e
mais completo aquário do Japão) e o movimentado bairro de
Dotonbori, um centro comercial que abriga muitas lojas, restaurantes, karaokês e “pachinkos” (casas de jogos), entre outras atrações. A tarde é livre para você desfrutar Osaka de seu
jeito.
No dia seguinte, a viagem prossegue com destino a Nara, primeira capital do Japão no século 8, com stops no Templo Todaiji, onde se pode apreciar a colossal imagem de Buda, feita
em bronze fundido (a maior do Japão, construída no ano de
749), e o Parque dos Cervos Sagrados. Traslado para hospedagem no Hotel New Miyako, em Quioto. Depois de Nara, Quioto foi a antiga capital imperial do país por mais de mil anos.
Logo cedo, você vai entender o que isso significa.
De manhã, vai passear pelas ruas desta cidade e vivenciar o
autêntico Japão, com seus séculos de história e tradição. Pouco depois, é a vez de conhecer a moderna estação de trem de
Quioto e apreciar a vista panorâmica da cidade, além de visitar
o Pavilhão Dourado (Kinkakuji) e o Templo Xintoísta Heian,
com seu belíssimo jardim. Aproveite que a tarde é livre e deleite-se com a linda Quioto.
A viagem está na metade e agora o destino é Hiroshima e
Miyajima. Aqui, um parêntesis: o pessoal da Gema Turismo
despachará suas bagagens para o hotel em Kumamoto, onde
você passará duas noites. Após o pernoite, na estação de Quiooásis
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viagem oásis
to, viajem de trem com destino a Hiroshima. Na cidade, você
vai visitar a Ilha de Miyajima e o Templo Xintoísta Itsukushima, reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade,
com direito a um stop para admirar o belo “torii”, aclamado
como um dos cenários mais bonitos do Japão. Visita ao Museu
da Bomba Atômica e ao Parque Memorial da Paz, construído
em memória às vítimas da bomba atômica. Hospedagem no
Hotel New Hiroden.
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Nara, Todaiji Templo
Pela manhã, caminhada até
a estação de Hiroshima para
embarque no trem bala com
destino a Nagasaki (conexão
em Hakata). Chegada em Nagasaki, uma cidade exótica que
foi no passado a única porta
de entrada dos estrangeiros ao
Japão. Influenciada pelo cristianismo, guarda ainda hoje as
reminiscências dos primórdios
dessa religião no país. Visita à
Igreja Católica Oura e à Mansão Glover, cenário da ópera
“Madame Butterfly”, de Puccini. Hospedagem no Hotel New
Nagasaki.
No décimo dia de viagem,
partida em ônibus até o Porto Taira e embarque no ferry
com destino a Kumamoto. Após a chegada, você vai conhecer
o Castelo de Kumamoto e suas imponentes paredes de pedra.
Elas foram erguidas para proteger a antiga fortaleza de eventuais ataques de inimigos. Em seguida, ida ao Monte Aso, vulcão
ainda ativo, para subida até o topo de sua cratera em teleférico.
Hospedagem no Hotel New Otani Kumamoto. Logo cedo, você
segue até a estação de Kumamoto e vai de trem bala até Okayama, onde vai visitar o Jardim Korakuen, considerado um dos
mais bonitos jardins em estilo japonês. Pernoite no Ana Hotel
Okayama.
No dia seguinte, você retorna à estação de Okayama e segue
oásis
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viagem oásis
de trem para Hakone. Nesta cidade, você ficará hospedado no
Yunohana Onsen, um hotel em estilo japonês, com fontes termais. À noite, participa de um tradicional jantar em traje típico
japonês, cedido pelo hotel. O fim da noite é brindado com um
merecido descanso num quarto de tatami coberto por um delicado futon.
Após o café, traslado de ônibus com destino a Tóquio. No trajeto, passeio pelo Parque Nacional de Hakone, com cruzeiro
pelo Lago Ashi, e, em seguida, ao Vale Owakudani, de onde
se pode observar o vapor expelido das fendas vulcânicas. Se o
tempo permitir, você também subirá até a 5ª Estação do Mon
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Nara, Grande Buda
mundo e a segunda estrutura mais alta
do planeta, com 634 m de altura. Se
você quiser subir ao topo da torre, terá
de comprar os bilhetes no local. À noite,
acontece um jantar de despedida, com
show típico das “furisode-san” em seus
tradicionais trajes de gueixa.
No dia seguinte, você tem pela frente
24 horas para fazer o que bem entender. Tóquio possui inúmeros atrativos.
Você pode, por exemplo, ir conhecer o
Parque Nacional de Nikko, onde templos e santuários mesclam-se harmoniosamente à natureza. Outras opções
são visitar a Tokyo Disney Resort, o
Museu Edo-Tokyo ou até mesmo fazer
um cruzeiro pela Baía de Tóquio.
te Fuji, a 2.305 m de altitude. Chegada em Tóquio, capital do
Japão. Cidade elegante e global, Tóquio é sinônimo de modernidade e tecnologia de última geração, mas ainda preserva a
história, as tradições milenares e as origens de seu povo. Hospedagem no Hotel New Otani, um dos mais luxuosos do país.
A manhã começa com um passeio pela capital. As primeiras
paradas são na Praça do Palácio Imperial, onde fica a residência da família imperial, e no Templo Asakusa Kannon, com
suas pequenas e típicas lojas de suvenires. O tour termina na
área do Shopping Solamachi e da Tokyo Sky Tree, construção
reconhecida como a torre de telecomunicações mais alta do
oásis
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viagem Oásis
Depois de ter participado de toda essa
experiência mágica, você tem até o
meio-dia para fazer o check-out do hotel. Depois, fica livre
para curtir suas últimas horas em Tóquio – o traslado parte do
hotel ao Aeroporto Internacional Narita às 17 horas. O embarque para Dubai é no voo Emirates 319, às 22 horas, com chegada prevista para as 4h15. Em Dubai, você faz uma conexão
às 8h35, no voo Emirates 261, com destino a São Paulo. Fim
da viagem.
Estão inclusos neste roteiro a hospedagem nos hotéis mencionados, as refeições, os traslados e os passeios descritos no
programa, um guia acompanhante saindo do Brasil falando
português, um guia local falando português ou espanhol e um
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Dubrovnik
cidade italiana, o navio aporta em
Dubrovnik, na Croácia, cenário
escolhido para ser o Porto Real
(King’s Landing) do “Game of
Thrones”. Essa parada dá direito a
percorrer as muralhas medievais,
reconhecer trechos onde as intrigas dos personagens acontecem e
ver a ilha de Lokrum, defronte à
cidade, também usada como locação do seriado.
seguro de viagem de 16 dias. Também as passagens aéreas em
classe econômica, com Emirates, nos trechos São Paulo/Dubai/Osaka e Tóquio/Dubai/São Paulo e o envio de bagagens
em Quioto, Kumamoto e Tóquio fazem parte do preço. O pacote custa US$ 6.650 por pessoa em apartamento duplo. Informações: Gema Turismo, tels. (11) 2367-8019, (11) 5011-3992,
www.gematurismo.com.br e e-mail: [email protected].
Na rota do “Game of Thrones”
Durante a primavera e o verão, o Norwegian Jade percorre paisagens onde foram filmadas cenas do famoso seriado “Game
of Thrones”, além de portos da Grécia e Turquia. O cruzeiro
de sete noites começa e termina no porto de Veneza. Da linda
oásis
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O cruzeiro visita ainda outros portos lendários do Mediterrâneo,
como o de Atenas, a capital grega
repleta de história, e o de Kusadasi, na Turquia. Éfeso, como se chamava no Império Romano, possui um importante porto que
ainda guarda ruínas da antiga cidade turca. Antes de voltar
a Veneza, o Norwegian Jade também atraca em Split, cidade
croata célebre pelo palácio de Diocleciano, imperador romano
que a havia escolhido para sede de seu período imperial. Split
hoje é uma dinâmica cidade balneária.
Os cruzeiros do Norwegian Jade acontecem dias 31 de maio;
14 e 28 de junho; 2, 16 e 30 de agosto; 13 e 27 de setembro; e 11
de outubro. O preço por pessoa em acomodação dupla é US$
614 (cabine interna), US$ 794 (cabine externa) e US$ 1.244
(cabine externa com varanda). Informações: Firstar, representante para o Brasil, tels. (11) 3253 7203 e (21) 3553 7646,
e-mail: [email protected].
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Buenos Aires, tango
e gastronomia de primeira – massas, tortas, empanadas, carnes e
vinhos excelentes. Os doces são
um capítulo à parte. Nem é preciso citar os alfajores, de chocolate
branco, ao leite... recheados com
diferentes sabores. E se a ideia é
só petiscar nada melhor do que
uma “picada”, a versão argentina
das “tapas” espanholas, integrada
por porções de queijo, presunto,
salame e berinjela, por exemplo.
Mi Buenos Aires querido
Segundo maior país em extensão territorial da América do
Sul (o primeiro é o Brasil), a Argentina reserva boas surpresas para quem a visita. Do interior e cidades litorâneas até a
Patagônia argentina, no extremo sul do continente, a terra de
compositor e bandoneonista Astor Piazzola abriga ainda e –
com muito orgulho, sim – a capital portenha, a charmosíssima Buenos Aires. Colonizada em sua maioria por imigrantes
italianos e espanhóis (e se você tem descendência entenderá
sobre o que estou falando), a cidade tem vida noturna agitada
oásis
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Buenos Aires possui o glamour de
um país europeu. Oferece diversão e lazer para todos os gostos,
desde museus, teatros, espetáculos, cassinos, restaurantes e
roteiros de compras até passeios
ao Delta do Rio Tigre. Vale lembrar que a Argentina tem na sensualidade do tango uma de suas
expressões máximas. Não à toa que a terra que imortalizou o
cantor e compositor francês Carlos Gardel, o mais famoso intérprete de tangos argentinos, tem diversas casas com shows –
a Señor Tango é uma das mais concorridas.
Outras atrações portenhas são a Recoleta, um dos bairros mais
nobres da cidade; a Calle Florida, uma rua no centro com diversas lojas; a Casa Rosada (sede do governo); o Teatro Cólon e
o El Caminito, no bairro La Boca, uma zona portuária de Buenos Aires que fica às margens do Rio Riachuelo. O bairro de
simpáticas casas coloridas concentra grande número de mari
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nova york
nheiros e de imigrantes. Situado
no coração do bairro, o El Caminito, um calçadão de quase 100 m
de extensão, é um dos pontos mais
procurados pelos turistas. Vuelta
de Rocha, La Bombonera, o museu
Quinquela Martín e a antiga ponte
de ferro Nicolás Avellaneda são
outros símbolos do bairro.
Ficou interessado? A Litoral Verde
Viagens é uma das operadoras que
oferece viagens de três, quatro ou
mais dias para a capital portenha.
O pacote “Dia do Trabalho em
Buenos Aires” é apenas um deles.
São cinco dias e quatro noites e
custa a partir de US$ 973 por pessoa em apartamento duplo. Informações: www.litoralverde.
com.br. Também a CVC (www.cvc.com.br) está com preços
promocionais para quem pretende viajar nas férias de julho. O
pacote de cinco dias para Buenos Aires custa R$ 903, 88 (este
valor pode ser dividido em dez parcelas de R$ 90,39) por pessoa em apartamento duplo, com café da manhã. Inclui ainda
traslados e as passagens aéreas saindo do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP)/Ezeiza (Buenos Aires)/São Paulo.
O melhor de Nova York
Jornalista que comanda alguns dos programas mais emblemáticos sobre Nova York para emissoras de tevê brasileiras e norte-americanas, como o “Manhattan Connection” (Globonews),
Pedro Andrade reúne em “O Melhor de Nova York”, dicas de
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culinária, moda, cultura e show bizz da Big Apple, apelido
dado à cidade que se popularizou a partir de 1920. Resultado
de dez anos de trabalho, o livro é um lançamento da Editora
Rocco e traz fotos da cidade feitas pelo autor.
Dividido em segmentos, o guia apresenta Nova York de forma
original. Em suas 272 páginas, Andrade explica o que o viajante vai encontrar em cada local, o que deve esperar, quanto deve
gastar e com qual celebridade vai esbarrar. E vai além de dicas
frias: ele informa qual o traje apropriado para cada local, qual
a melhor hora para chegar, onde conseguir reservas exclusivas
e o que há de melhor para ser degustado em cada restaurante
indicado no livro. “O Melhor Guia de Nova York” custa R$
59,50.
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Cristo Redentor, Rio de Janeiro
Para comprovar que isso acontece quando monumentos icônicos
são fotografados em um enquadramento que não retrata o que há
a seu redor, o link http://www.
ie.org.br/site/noticias/exibe/
id_sessao/4/id_noticia/8462/
CURIOSIDADE---16-lugares-famosos-mostrados-com-o-seu-verdadeiro-entorno traz
16 atrações turísticas mundiais,
mostrando o que você irá encontrar, caso um dia decida visitar uma
delas. Entre os pontos selecionados
estão o Central Park (Nova York, Estados Unidos), as Pirâmides de Gizé
(Egito), Stonehenge (Reino Unido),
a Igreja Sagrada Família (Barcelona,
Espanha) e o Cristo Redentor, no
Rio de Janeiro. Vale a pena dar uma
espiadinha!
O entorno de 16 ícones mundiais do turismo
Brasil é o sexto do ranking
Ao acessar o link “Curiosidade”, da edição nº 603 da Newsletter do Instituto de Engenharia, você vai encontrar uma nova
abordagem sobre algumas das principais atrações turísticas
mundiais. O texto discorre sobre o quanto o ângulo, a perspectiva e o enquadramento de uma fotografia podem favorecer a
imagem de determinados locais, deixando de dar uma ideia
mais precisa do contexto real onde essa imagem está situada.
Fato este que pode mudar radicalmente a vontade de uma pessoa querer conhecer aquele lugar.
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla
em inglês), entidade que reúne os maiores empresários de
turismo no mundo, divulgou o estudo anual “Viagens e Turismo: Impacto Econômico”, com dados coletados em 184
países. O Brasil aparece em sexto lugar no ranking de países
que considera vários indicadores do setor, como a importância
do turismo para o Produto Interno Bruto (PIB), a geração de
empregos, as divisas geradas por turistas internacionais e os
investimentos públicos e privados.
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Feito em parceria com a Universidade de Oxford, o estudo
também revela que, este ano, o impacto do turismo na economia do Brasil deverá alcançar 9,5% do PIB (R$ 466,6 bilhões),
um crescimento de 5,2% em relação ao ano passado, que foi de
foi de 9,2% do PIB (R$ 443,7 bilhões). O número é superior a
média mundial, que será de 2,5%.
Guia Virtual da Estrada Real
Desenvolvido pelo Sistema de Informações Turísticas Georrefenciado da Estrada Real (Sitgeo), o guia virtual (http://
estradarealguiavirtual.com.br) é uma nova alternativa
para quem pretende percorrer (ou simplesmente conhecer
pela internet) a Rota Turística da Estrada Real. Ele reúne informações fresquinhas, indicando desde as principais atrações
turísticas até as hospedagens e os restaurantes existentes no
circuito.
O grande diferencial do guia, contudo, fica por conta de ele
possibilitar o compartilhamento de informações, proporcionando a maior interação entre os seus usuários. Desse modo,
os internautas podem fazer o upload e compartilhar com seus
seguidores a sua própria trilha, organizar seu roteiro de viagem, guardar suas trilhas favoritas na região e criar sua rede de
contatos com pessoas que também pretendem viajar ou que já
viajaram pela Estrada Real.
O projeto é fruto da parceria entre o Instituto Estrada Real, a
GlobalGeo Geotecnologias e a Imaginosfera. O primeiro é uma
entidade criada pelo Sistema FIEMG, com os objetivos de organizar, fomentar e gerenciar o produto turístico Estrada Real.
Já a GlobalGeo Geotecnologias é a responsável pela inteligên
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mar de minas
cia geográfica do projeto, enquanto
a Imaginosfera trouxe seu conhecimento em design e usabilidade.
O mar de Minas
Um verdadeiro mar de águas verdes e doces, alimentado por rios
e nascentes de águas cristalinas!
Assim é Capitólio, na região Sudoeste de Minas Gerais, a 475 km de
distância de São Paulo. Localizada
às margens do Lago de Furnas,
conhecido como o “Mar de Minas”,
a cidade está numa região privilegiada, permeada por paisagens
exuberantes. São cenários fantásticos pincelados pelo cerrado e por
curiosas formações rochosas, com rios, cachoeiras e piscinas
naturais limpinhas, além de cânions e de trilhas para caminhadas. Capitólio é terra de gente hospitaleira e possui culinária de
primeira, com pratos típicos mineiros à base de peixes do lago,
frango caipira, doces e queijos. Isso tudo e muito mais fazem
parte do pacote que a Terrazul está oferecendo para o período
de 30 de abril a 4 de maio.
A viagem começa no dia 30 de abril, às 21 horas, com o embarque na Rua Vergueiro, 1.000, em frente ao Centro Cultural
São Paulo, metrô Vergueiro, na capital paulista. Por volta das
3 horas, chegada ao Hotel Escarpas, com vista para um lago.
Check-in e hospedagem. Na manhã seguinte, às 10h30, saída
para a Trilha do Sol, um indescritível lugar com trilhas e cachoeiras, onde está prevista uma caminhada com guia local.
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Às 14 horas, almoço com comida mineira no restaurante local
(opcional e custa R$ 53). Às 16 horas, retorno ao hotel, com
uma paradinha na Casa de Queijos Califórnia, para comprar as
delícias da gastronomia mineira. Às 20 horas, jantar no hotel.
A noite é livre e, quem quiser, pode visitar o Clube Escarpas do
Lago e usufruir de sua piscina e instalações.
Após o pernoite, saída para o Paraíso Perdido, para conhecer
suas cachoeiras, piscinas naturais, corredeiras de águas límpidas e os seus intrigantes cânions. Neste lugar existe a possibilidade de se percorrer uma trilha pelo leito do rio, com interessantes formações rochosas. O ingresso custa R$ 20 e não está
incluído no pacote. Também o almoço é opcional. Antes de
retornar ao hotel, visita à Represa de Furnas e subida ao Morro do Chapéu, com uma vista panorâmica da região. Às 20
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Festa junina em Aracaju
O pacote da Terrazul custa R$ 1.296, valor que
pode ser parcelado em seis vezes de R$ 216.
Inclui a hospedagem, com o café da manhã e
jantar; o transporte; um passeio de escuna e um
guia credenciado. Informações e reservas: Terrazul Turismo, (11) 3670-7103, www.terrazul.
tur.br, e-mail [email protected].
Sergipe em ritmo da Copa do Mundo
horas, jantar no hotel.
No dia seguinte, após o café, passeio de escuna pelo Lago de
Furnas, uma imensidão de águas verde-esmeralda e cânions de
80 m, onde despencam cachoeiras. Tempo para nadar e curtir
o visual. No retorno, parada na Lagoa Azul, uma linda cachoeira de águas verdes e piscina natural. O ingresso de R$ 10 para
conhecer a Lagoa Azul é opcional, assim como o almoço. Depois, acontece um tour pela cidade de Capitólio. Às 20 horas,
jantar no hotel e noite livre.
Logo cedo, tempo para aproveitar o Clube Escarpas. Às 11h30,
saída para almoço no Restaurante do Turvo, localizado à margem do rio do mesmo nome e especializado no preparo de
pratos de peixes do lago. O almoço é opcional e custa R$ 42. Às
15 horas, retorno a São Paulo.
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Desde o fim do ano passado, a Secretaria de
Estado do Turismo (Setur) e a Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur) estão trabalhando
para a maior divulgação dos festejos juninos de
Sergipe em todo o Brasil e Exterior – no Estado
e no Nordeste, a festança sergipana já é bastante conhecida. Agora, por exemplo, as duas entidades de turismo acabam de produzir um guia que será distribuído durante
o período junino, momento de grande atração turística para o
Sergipe e que coincide com a realização da Copa do Mundo de
2014.
Resultado de um projeto do edital do Ministério do Turismo
(Mtur), o pequeno livro chamado “Um Ritmo Para Todos”
descreve o São João de Sergipe e suas principais características e manifestações culturais, caracterizando os festejos como
uma celebração à vida, princípio fundamental que rege a festa
em todo o Estado. Editado em três idiomas (português, inglês
e espanhol), o guia ressalta as principais tradições dos municípios sergipanos, desde suas festas juninas animadas pelas tradicionais quadrilhas até a excelente gastronomia.
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Hostel Brasil, em Salvador, Bahia
Outras informações e algumas
curiosidades sobre os municípios
sergipanos também são encontradas no guia, elaborado especialmente para presentear os turistas
que estarão em Sergipe durante a
vinda da Seleção da Grécia para o
Estado.
Hostels oferecem diárias a
1 centavo
A rede Hostelling International
Brasil (HI) tem uma boa notícia
para quem costuma se hospedar
neste tipo de acomodação: no dia
15 de maio, diversos hostels brasileiros terão diárias de R$ 0,1. A promoção comemora o aniversário de nascimento de Richard Schirmann, professor alemão
que fundou o movimento alberguista. O preço é válido para
estadias em quartos compartilhados e inclui roupa de cama e
café da manhã, mas ele só vale para aqueles que apresentarem
a carteirinha da HI. Ela pode ser adquirida em qualquer hostel
da rede ou pelo site www.hihostelbrasil.com.br.
Confira quem faz parte da promoção. Em Alagoas: Maceió
Hostel (Maceió). Na Bahia: Hostel Caminhos da Chapada
(Palmeiras) e Hostel Chapada (Lençóis). Em Brasília: Hostel 7
(Brasília). No Ceará: Jeri Brasil Hostel (Jericoacoara). Na Paraíba: Hostel Pousada do Inglês (Jacumã). No Paraná: Paudimar
Campestre e Curitiba Eco Hostel, ambos em Foz do Iguaçu.
Em Pernambuco: Arrecifes Hostel (Recife) e Hostel Boa Viagem, também em Recife (válido para estadias mínimas de três
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noites). Em Minas Gerais: Pico da Bandeira (Alto Caparaó), Lá
em Casa (BH) e Brumas Hostel (Ouro Preto).
No Rio de Janeiro: Holandês Hostel (Ilha Grande), Samambaia Hostel (Petrópolis) e Recanto do Lord (Teresópolis). Ainda no Estado, Copa Hostel, Caipi Hostel e Brothers Hostel,
todos no Rio de Janeiro. No Rio Grande do Norte: Albergue
da Costa (Natal) e Albergue da Jangada (São Miguel do Gostoso). No Rio Grande do Sul: Porto Alegre Hostel Boutique
(Porto Alegre). Em Santa Catarina: Joinville Hostel (Joinville),
Rezende Hostel (Balneário Camboriú). Em São Paulo: Santos
Hostel, em Santos.
(*) Toda a correspondência para a seção “Viagem
Oásis” deverá ser enviada à colunista Fabíola
Musarra: [email protected]
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VIVER PARA O CURRÍCULO...
ou para o elogio fúnebre?
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Dentro de cada um de nós há
dois egos, sugere David Brooks
nesta curta palestra meditativa:
o ego que almeja pelo sucesso,
que constrói um currículo, e o ego
que busca conexão, comunidade,
amor, os valores que compões um
grande elogio fúnebre. (Joseph
Soloveitchik chamou esses egos
de “Adam I” e “Adam II”.) Brooks
pergunta: será que conseguimos
equilibrar esses dois egos?
D
David Brooks
Vídeo: TED março 2014 – Ideas Worth Spreading
Tradução: Gustavo Rocha. Revisão: Leonardo Silva
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avid Brooks, colunista do New
York Times é autor de “Bobos
in Paradise,” “On Paradise Drive,” e também da narrativa de
neurociência”The Social Animal: The Hidden Sources of
Love, Character and Achievement.”
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Vídeo integral da palestra de David Brooks
oásis
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Tradução integral da palestra de David Brooks
Eu estive pensando na diferença entre as virtudes do currículo
e as virtudes do elogio fúnebre. As virtudes do currículo são as
que colocamos no currículo, que são as habilidades que levamos ao mercado. As virtudes do elogio fúnebre são aquelas que
são mencionadas no elogio fúnebre, que são mais profundas:
quem somos em profundidade, qual é a natureza de seus relacionamentos, somos audaciosos, carinhosos, dependentes,
consistentes? E a maioria de nós, eu inclusive, diria que as virtudes do elogio fúnebre são as virtudes mais importantes. Mas
pelo menos para mim, será que é nelas que penso na maior
parte do tempo? E a resposta é não.
Estive pensando nesse problema, e um pensador que me ajudou nisso foi Joseph Soloveitchik, um rabino, que escreveu um
livro chamado “The Lonely Man Of Faith”, em 1965. Soloveitchik disse que há dois lados de nossas naturezas, os quais chamou de Adam I e Adam II. Adam I é o lado mundano, ambicioso e externo de nossa natureza. Ele quer construir, criar, criar
empresas, criar inovação. Adam II é o lado humilde de nossa
natureza. Adam II não quer só fazer o bem, mas ser bom, viver
internamente de modo a honrar a Deus, à criação e a nossas
possibilidades. Adam I quer conquistar o mundo. Adam II quer
ouvir um chamado e obedecer o mundo. Adam II saboreia conquistas. Adam II saboreia consistência interna e força. Adam I
pergunta como as coisas funcionam. Adam II pergunta por que
estamos aqui. O lema de Adam I é “sucesso”. O lema de Adam
II é “amor, redenção e retorno”.
uma entrada gera uma saída, o risco leva à recompensa.
O lado interno de nossa natureza é uma lógica moral e
muitas vezes uma lógica inversa. É preciso dar para receber. É preciso se render a algo externo para ganhar força interna. É preciso conquistar o desejo para conseguir
o que se quer. Para completar-se é preciso se esquecer.
Para encontrar-se é preciso se perder.
Acontece que vivemos numa sociedade que favorece
Adam I, e muitas vezes negligencia Adam II. E o problema é que isso nos torna animais astutos, que consideram
a vida um jogo, e nos tornamos criaturas frias e calculistas, que caem num tipo de mediocridade onde percebemos que há uma diferença entre seu eu desejado e seu eu
verdadeiro. Não estamos merecendo o elogio fúnebre que
queremos que alguém nos faça. Não temos a profundidade da convicção. Não temos uma sonoridade emocional.
Soloveitchik argumentou que esses dois lados de nossa natureza estão em guerra entre si. Vivemos num perpétuo auto-confronto entre o sucesso externo e o valor interno. E o mais
curioso, eu diria, nesses lados da natureza é que trabalham por
lógicas diferentes. A lógica externa é uma lógica econômica:
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Tradução integral da palestra de David Brooks
Não temos compromisso com tarefas que precisariam de mais
de uma vida para nos comprometermos.
Lembraram-me de uma resposta comum, através da história,
de como construir um Adam II sólido, como construir profundidade de caráter. Pela história, as pessoas voltaram em seus
próprios passados, às vezes para uma época preciosa em suas
vidas, para sua infância, e, muitas vezes, a mente gravita no
passado em um momento de vergonha, um pecado cometido,
um ato de egoísmo, um ato de omissão, de superficialidade, o
pecado da raiva, o pecado da pena de si mesmo, tentar agradar todo mundo, uma falta de coragem. Adam I se constrói
trabalhando nossas forças. Adam II se constrói lutando contra
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nossas fraquezas. Entramos em nós mesmos, encontramos o pecado cometido repetidamente em nossas vidas,
nosso pecado específico, do qual os outros emergem, e
lutamos contra esse pecado e combatemos esse pecado,
e dessa luta, desse sofrimento, assim uma profundidade
de caráter se constrói. E normalmente não nos ensinam
a reconhecer o pecado dentro de nós, não somos ensinados nesta cultura a como combatê-lo, como confrontá-lo
e como enfrentá-lo. Vivemos numa cultura com a mentalidade de Adam I, em que não nos pronunciamos sobre
Adam II.
Finalmente, Reinhold Niebuhr resumiu o confronto, a
vida vivida completamente com Adam I e Adam II, assim: “Nada que vale a pena fazer pode ser alcançado durante a vida; portanto, precisamos nos salvar pela esperança. Nada que é verdadeiro, bonito ou bom tem sentido
completo em qualquer contexto histórico imediato; portanto, precisamos nos salvar pela fé. Nada que fazemos,
por mais virtuoso, pode ser realizado sozinho; portanto,
precisamos nos salvar pelo amor. Nenhum ato virtuoso é
tão virtuoso do ponto de vista de nosso amigo ou inimigo
como de nosso próprio ponto de vista. Portanto, precisamos nos salvar pela forma final do amor, que é o perdão.”
Obrigado.
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DESAPARECEM OS GLACIARES DA ÁFRICA