 PAULO ROBERTO RODRIGUES VIEIRA
Linha de Pesquisa: Organização do Território, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Orientador: Prof.ª Dr.ª Rosemary Ferreira Andrade
Iniciou em:
Concluiu em:
03/2009
09/2011
Banca Avaliadora:
 Presidente:
 Avaliador Externo:
 Avaliador Interno:
Prof.ª Dr.ª Rosemary Ferreira Andrade (UNIFAP)
Prof. Dr. Álvaro Augusto Ribeiro D'Almeida Couto (SEAMA)
Prof. Dr. Valter Gama de Avelar (UNIFAP)
Titulo da dissertação: MALÁRIA NA ÁREA INDÍGENA: ESPACIALIZAÇÃO DOS CASOS
AUTÓCTONES NO MUNICÍPIO DO OIAPOQUE-AMAPÁ.
Resumo:
No Brasil, aproximadamente 99% dos casos de malária se concentram na Região Amazônica, onde as
condições sócio-econômicas e ambientais favorecem a proliferação do mosquito do gênero Anopheles, vetor da
doença. No Amapá, a partir da década de 80 com a abertura de novos garimpos, abertura de projetos de
assentamentos e o aumento do fluxo migratório, esta doença teve um incremento dos seus índices
epidemiológicos no Estado. Com a implantação do Programa de Intensificação do Controle da Malária
(PIACM) a partir do ano 2001, estes índices sofreram redução. Entretanto, mesmo com uma redução de 88,72%
dos casos notificados em 2002, na área indígena do Oiapoque, constatou-se aumento da endemia nos anos
seguintes. O objetivo deste estudo foi descrever a distribuição dos casos de malária na área indígena do
Município de Oiapoque no período de 2003 a 2010 através do Sistema de Vigilância Epidemiológica da
Malária (SIVEP) com projeção espacial dos casos detectados “In loco”. O método utilizado foi o estudo
observacional descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, com observação direta “in loco”. A partir da
seleção das aldeias pelo IPA e localização geográfica, foram selecionadas as aldeias Cariá, Kumarunã,
Kamuywá, Uahá e Espírito Santo. Assim, diante dos dados obtidos pelo SIVEP no período de 2003 a 2010,
estas aldeias contribuíram com 35,80% dos casos autóctones registrados e que o Plasmodium Vivax esteve
presente em 88% dos casos, o que foi verificado em na pesquisa de campo. Houve incrementos do IPA a partir
de 2005, mas, todas as aldeias reduziram em 2010, entretanto a aldeia Kamuywá apresentou curva ascendente
com o total de 1035,29. A diferença entre o gênero masculino e feminino não é marcante no conjunto destas
aldeias, mas, verificou-se “In loco” que o masculino foi o gênero com mais notificados nas aldeias Kamuywá e
Kumarumã com 83,33% e 75% respectivamente e que o feminino esteve mais presente na aldeia Cariá com
70% dos casos. Vale ressaltar que a maioria das notificados do gênero masculino era de crianças com idade
entre três e quinze anos. Com a espacialização dos casos autóctones pode-se verificar que as residências
estavam sempre próximas de prováveis criadouros e que seu modo de construção não configura barreira ao
contágio e as práticas do cotidiano facilitam a expansão da malária na região onde os grupos etários mais
atingidos são os menores de 15 anos por estarem envolvidas nas práticas do dia a dia.
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