Versão 2.1, de Dezembro de 2009
INTRODUÇÃO AO ARCGIS®
Conceitos e Comandos
Renato Prado dos Santos
Peroba (paratecoma peroba). Reserva Biológica das Perobas. Paraná. Foto: R. Prado (2006)
“Há quem passe pelo bosque e só veja
lenha para a fogueira.”
TOLSTOI, Leon
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
2
Sumário
1. Introdução ___________________________________________________________ 4
1.1 O que é ArcGIS? ___________________________________________________ 4
1.2 Estrutura e Características Principais do ArcGIS __________________________ 5
1.3 Conhecimentos Necessários ao Usuário _________________________________ 5
1.4 Sobre este Material Didático __________________________________________ 6
1.5 Sobre o Autor ______________________________________________________ 7
2. Ferramentas Básicas ___________________________________________________ 8
2.1 Interface do ArcMAP em Modo Data View _______________________________ 8
2.1.1 Menus de Contexto ______________________________________________ 9
2.2 Planos de Informação, o que são e como Interagir? _______________________ 10
2.2.1 Trabalhando com Shapefiles e DXF (CAD) __________________________ 11
2.2.2 Selecionando Feições em Shapefiles, Objetos e Data Frames ___________ 12
2.2.3 Ordenando e “Renomeando” Shapefiles ____________________________ 13
2.3 Tabela de Atributos, obtendo informação das feições______________________ 14
2.3.1 Obtendo informações específicas __________________________________ 15
2.4 Edição de Legendas em Shapefiles ___________________________________ 15
2.4.1 Maximizando o uso de Legendas __________________________________ 17
2.5 Comandos de Visualização em modo Data View _________________________ 18
2.6 Data Frame, o que é e como Interagir? _________________________________ 19
2.7 Projetos no ArcGIS_________________________________________________ 20
2.8 Sobre o Capítulo de Introdução e Ferramentas Básicas ____________________ 21
2.9 Exercícios do Capítulo de Ferramentas Básicas __________________________ 21
3. Produzindo um Mapa para Impressão ____________________________________ 25
3.1 Modo Layout View _________________________________________________ 25
3.1.1 Configurando a Impressão e Tamanho do Mapa ______________________ 25
3.1.2 Comandos de Visualização em Layout View _________________________ 26
3.2 Sistema de Coordenadas ____________________________________________ 27
3.3 Trabalhando com Escalas ___________________________________________ 30
3.4 Sobre Objetos e Figuras ____________________________________________ 31
3.4.1 Objetos Gráficos de Convenções Cartográficas e Textos _______________ 31
3.4.2 Figuras Bitmaps e Objetos Geométricos ____________________________ 33
3.1.3 Comandos Acessórios de Layout __________________________________ 33
3.5 Distribuição dos Data Frames, Objetos e Figuras no Layout ________________ 35
3.6 Grade de Coordenadas _____________________________________________ 36
3.7 Disponibilização e Impressão de Mapas ________________________________ 37
3.8 Exercícios do Capítulo de Produção Cartográfica _________________________ 38
4. Encerramento do Curso ________________________________________________ 42
5. Índice Remissivo _____________________________________________________ 42
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
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1. Introdução
1.1 O que é ArcGIS?
O ArcGIS é um pacote de softwares da ESRI (Environmental Systems Research
Institute) de elaboração e manipulação de informações vetoriais e matriciais para o uso e
gerenciamento de bases temáticas. O ArcGIS disponibiliza em um ambiente de Sistema
de Informação Geográfica (SIG) uma gama de ferramentas de forma integrada e de fácil
utilização.
Dentro do ArcGIS temos o ArcMap, comumente chamado de ArcGIS, este é o
desktop GIS do pacote, um software de interface gráfica e amigável, que permite a
sobreposição de planos de informação vetoriais e matriciais, além de objetos gráficos,
fontes (letras) e figuras, com a finalidade de mapeamento temático. Também permite
pesquisas e análises espaciais, criação e edição de dados, padronização e impressão de
mapas1. O ArcCatalog, que disponibiliza ferramentas para a exploração,
armazenamento, pesquisa e gerenciamento de dados, criação e preenchimento de
metadados e por fim, o ArcTollBox, que agiliza a busca das ferramentas de
geoprocessamento (geoprocessing) e rotinas (scripts), fornecendo num único ambiente a
busca e a execução de comandos. As ferramentas de geoprocessamento estão
organizadas em toolboxes (caixas de ferramentas) e toolsets (série de ferramentas)
dentro de ArcToolbox e podem ser usadas individualmente ou em combinação de
ferramentas e scripts2.
Além do ArcMap, ArcCatalog e ArcTollBox, existem outros adwares e softwares
que não veremos no decorrer deste curso introdutório (ArcInfo, ArcExplorer, ArcSDE,
ArcIMS, Image, Spacial e Survey Analyst...), mas são imprescindíveis aos usuários
avançados e corporativos. A estrutura da família ArcGIS se apresenta abaixo:
Figura 1: Estrutura da família de softwares ArcGIS.
1
Adaptado de Curso Básico de ArcVIEW, versão 9, ArcPlan Geoprocessamento
Welcome to ArcGIS Desktop Help. Ajuda do ArcGIS
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
2
4
Resumidamente, o ArcSDE permite a conexão entre o ArcMap e os dados
geográficos em um servidor remoto. Facilita o controle dos dados espaciais em um
sistema de gerenciamento de base de dados, além de permitir o controle de informações
em 4 tipos de base de dados comerciais: IBM DB2, Informix, Microsoft SQL Server e
Oracle. O ArcIMS é a solução que oferece uma plataforma comum para distribuição de
informação geográfica via Internet. Permite compartilhar, integrar e analisar, dados de
novas maneiras. Os usuários podem combinar dados e informações disponíveis via
Internet com dados locais para visualização consultas e análises.3
1.2 Estrutura e Características Principais do ArcGIS4
• Facilidade de uso: oferece ferramentas de mapeamento, análise e gerenciamento de
dados, utilizadas em todos os níveis da família ArcGIS e facilmente customizadas;
• Extremamente funcional: incorpora poderosas ferramentas de edição, cartografia
avançada, administração de dados aprimorada e análises espaciais sofisticadas;
• Escalável: desenvolvido em estruturas modernas de componentes orientados a objetos,
permitindo que os softwares que compõem a família ArcGIS, compartilhem os mesmos
aplicativos, interfaces de usuário e conceitos de operação;
• Habilitado para a Internet: pode ser utilizado para a obtenção de dados geográficos
pela Internet ou Intranet;
• Facilidade de customização: construído sob padrões abertos de mercado, o ArcGIS é
rico em funcionalidades, com extensa documentação e completamente customizável
com as linguagens padrões mais utilizadas pelos profissionais de informática;
• Suporte a todos os padrões de dados vetoriais compatíveis ESRI, entre estes:
• Shapefile: formato de armazenamento de dados vetoriais baseados em arquivos.
Armazena feições geográficas e seus atributos sem topologia. É o formato
padrão do ArcView 3.x;
• Coverage: formato de armazenamento de dados vetoriais baseados em
arquivos. Armazena feições geográficas e seus atributos com topologia. É o
formato padrão do ArcInfo 7.x;
• Geodatabase: é o formato nativo do ArcGIS, que introduz uma nova geração de
modelo de dados para representação das informações geográficas.
1.3 Conhecimentos Necessários ao Usuário
O ArcGIS é um pacote de softwares de SIG – Sistema de Informações
Geográficas5, voltado para a elaboração de mapas, consultas e análises
geocomputacionais, entre outras funcionalidades. Sendo um programa voltado ao
público mais técnico, alguns conhecimentos básicos em geografia, cartografia,
3
http://srv004.geotec-rs.com.br/portal/page?_pageid=113,276068&_dad=portal&_schema=PORTAL
http://www.geoambiente.com.br/images/Amostra_Apostila_Usuario_Treinamento_ArcGIS.pdf
5
Uso o termo SIG como replicador da denominação comumente usada. Entretanto, discordo totalmente
dela, uma vez que geográfico é o sistema e não a informação, sendo o correto a denominação de SGI.
Aprofundamentos em “Geoprocessamento para Análise Ambiental” / Jorge Xavier da Silva. 2001. Ed. D5.
Pg. 39.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
5
4
computação, banco de dados, sensoriamento remoto e geoprocessamento e CAD
(computer aided drawing) é desejável, o que facilita sobremaneira o aprendizado do
software. Dada a interdisciplinaridade da ferramenta SIG, dificilmente se encontrará
profissionais com este perfil tão amplo, mas o que não inviabiliza o aprendizado do
software, mas limita seu entendimento pleno. Conforme se evolui no ArcGIS, alguns
conceitos serão facilmente absorvidos, e outros irão demandar algumas horas de
aprendizado, seja por livros, papers, apostilas ou aulas teóricas e práticas.
1.4 Sobre este Material Didático
Este material didático foi elaborado à princípio como material de apoio à
capacitação dos inscritos nas oficinas de capacitação técnica para a criação de
Unidades de Conservação da Natureza, promovida pelo Programa de Gestão de
Conflitos Relacionados à Mineração – GESCOM, do MMA – Ministério do Meio
Ambiente, assim como material didático para a capacitação interna dos funcionários do
DAP – Departamento de Áreas Protegidas e dos Núcleos de Biomas do MMA e aos
gestores de unidades de conservação e servidores das OEMA´s e OMMA´s. No
desenrolar disto tudo, esta tomou vida própria e extrapolou esta missão primeira, por
meio de amigos e colegas solicitando o aprofundamento dos comandos e a base teórica
que cada um necessitava. Inicialmente esta tinha não mais que quinze páginas e hoje
tem mais de quarenta, somente nesta parte introdutória.
Apesar de ser seu público primeiro, o material didático em mãos não é limitado
apenas à área ambiental, pois os comandos, as rotinas e os conceitos aqui
apresentados atendem todas as áreas possíveis, sendo o mais predominante o meio
ambiente.
Obedecendo uma cadência para o desenvolvimento de um produto específico
(mapa das áreas protegidas do Brasil), este material didático evoca primeiramente os
aspectos conceituais e práticos de cada passo pra finalizar o produto, e ao final,
exercícios práticos. Aos que não pretendem lê-la toda ou já possuem algum
conhecimento em ArcGIS, no fim deste documento, há um Índice Remissivo que indica
as páginas de todos os comandos aqui mostrados.
Não se pretende aqui esgotar o assunto, no entanto, se aborda os principais
tópicos de uma introdução ao ArcGIS e seus conceitos teóricos e práticos. Procurei
neste documento abranger o necessário para um curso introdutório, e por mais que foi
corrigida, há ainda com certeza problemas ortográficos ou conceituais, mas nada que
comprometa severamente o aprendizado. Quando encontrar lacunas pertinentes ao bom
aprendizado
introdutório
e
a
execução
dos
exercícios,
colabore
via
e-mail
[email protected] ou celular (61 8172-6775). As bases de dados para a
elaboração dos exercícios estão divididas em duas partes compactadas, disponíveis no
servidor 4shared, em:
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
6
<http://www.4shared.com/file/127132297/2ecb16da/AulasAG9x1.html>
<http://www.4shared.com/file/127106835/ff7ff72d/AulasAG9x2.html>.
A distribuição deste material é incentivada pelo autor, se permite sua impressão
total ou parcial, fotocópia de impressão e distribuição gratuita, sem omissão da autoria
da mesma. Além desta ressalva, alerto que, caso esta seja utilizada em cursos e
capacitações pagas, entre em contato com o autor por e-mail ou celular a fim de
combinar como se dará o uso desta.
1.5 Sobre o Autor
Sou pela graça de Deus e muito teimosia, pós-graduado Especialista em
Geoprocessamento pelo Depto. de Geociências da Universidade de Brasília (UnB),
Políticas Públicas Ambientais para a Amazônia pela Escola Nacional de Administração
Pública (ENAP) e Engenheiro Ambiental pela Universidade Federal do Tocantins (UFT).
No momento, sou mestrando em Políticas e Gestão Ambiental pelo Centro de
Desenvolvimento Sustentável (CDS/UnB). Anterior à graduação, me formei técnico em
Desenho Industrial e iniciei técnico em Processamento de Dados.
No exercício profissional ambiental atuei na iniciativa privada, em consultorias
particulares e no serviço público estadual e federal, além da participação voluntária em
atividades do terceiro setor. Trabalhei também no Núcleo de Geoprocessamento da
Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA),
onde executei atividades de campo e laboratório para criação de unidades de
conservação (UC) e outras políticas públicas ambientais; administração (geração,
aquisição e interpretação) a base de dados SIG e Sensoriamento Remoto; capacitações
internas e externas em softwares em SIG e PDISR e metodologia de criação de UCs.
Atualmente estou vinculado ao Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
(PNUD) como consultor do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) na área de geoprocessamento na elaboração de onze Planos de Manejo de
Reservas Extrativistas na Amazônia Brasileira.
No MMA, dentre os diversos trabalhos que participei, destaco com grande
satisfação a Priorização de áreas para a conservação no Bioma Caatinga, o Plano de
Desenvolvimento Sustentável para a Área de Influência da BR-163, Plano Amazônia
Sustentável (PAS), GT Araucárias, Oficinas Regionais para Identificação de Áreas
Prioritárias para Conservação da Biodiversidade (Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado),
Distrito Florestal sustentável da BR-163 e Consultas Públicas do de Carajás, TdR do
Corredores Ecológicos da Mata Atlântica e Cerrado, destinação em áreas protegidas da
Área sob Limitação Administrativa Provisória (ALAP) das rodovias BR-163 e BR-319,
além da participação na análise de projetos em duas Câmaras Técnica Temporária do
Fundo Nacional de Meio Ambiente (FNMA).
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
7
2. Ferramentas Básicas
Pretendo ao longo do curso não mistificar o ensino do ArcGIS, primeiramente
porque não é o objetivo, e segundo porque não há necessidade de longas introduções
aos modos de se trabalhar com o software, o que normalmente desestimula o
aprendizado
e
pouco
acrescenta
ao
usuário.
Alguns
conceitos
introdutórios
deliberadamente omitidos serão absorvidos pela prática e assim serão captados pelo
leitor de modo pessoal e definitivo. Portanto, vamos direto ao que nos interessa, isto é
(i.e.), o software e sua interface de trabalho.
2.1 Interface do ArcMAP em Modo Data View
Conforme a figura 2 abaixo, pode-se dividir a interface do ArcMAP (a partir daqui,
chamaremos sempre de ArcGIS, mais comumente usado) em dois modos distintos: Data
View e Layout View. Excluída a área que apresenta o mapa, todos os itens se repetem
nestes dois modos. Os itens forma divididos em Barra de título, Menus suspenso,
Barras de comandos, Table of contents – TOC, Data View, Layout View e Barra de
informações:
Barra de Títulos
Menu suspenso
Barras de comandos
Table of Contents - TOC
Data View
ou
Layout View
Barra de Informações
Figura 2: Interface padrão do ArcGIS.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
8
• Barra de título: Apresenta o título do projeto aberto (na figura 2 é AP_BR.mxd), qual o
software em operação e seu status (se respondendo ou não). Sinaliza também se o
ArcGIS está em primeiro plano de trabalho pela cor da barra (se esmaecido, não);
• Menus suspensos: Semelhante à maioria dos programas Windows, o ArcGIS possui
menus suspensos que nos remetem a grupo de comandos. Exemplo: menu File e suas
opções New, Open, Save, Save as...;
• Barras de comando: Por default6 estão localizadas no topo da janela do programa.
Estas barras são seguimentos de botões de comando, agrupados conforme sua função,
podem ser default (padrão do ArcGIS) ou gerada (customizadas) pelo usuário;
• Table of contents – TOC: A Table of contents (daqui em diante, chamado de TOC)
listas os planos de informação (shapefiles, arquivos CAD, imagens, tabelas...)
juntamente com as simbologias utilizadas. Estes dados são apresentados na TOC
conforme sua ordem de amostragem e disposição de Data Frames. Todos dados são
representados com uma caixa de seleção que permite ativar ou não para visualização na
Data View / Layout View.7 Para ativar ou desativar a TOC, acione o menu suspenso
Window e clique em Table of Contents (
). Na parte inferior da TOC, três
abas (Display, Source e Selection) permitem, respectivamente, mostrar os dados e as
legendas, indicar onde o dado está armazenado e habilitar ou desabilitar a seleção de
cada item na TOC;
• Data View: Útil para se trabalhar interativamente com os dados5, pois apresenta
visualmente o resultado da ordem e edição de legendas dos dados da TOC. Em modo
Data View, as legendas, labels (rótulos) e gráficos são reescalonados sempre que se
altera a escala de visualização. Na parte inferior da Data View, temos três ícones
(
), respectivamente, (1 e 2) define o modo Data View e Layout View (no caso,
selecionado Data View) e (3) regenera (reflesh) a tela do programa (necessário quando
se trabalha com informações complexas);
• Layout View: O modo Layout View apresenta um espaço escalonado que permite
obedecem a
arranjar os vários objetos de composição de um mapa5. Os ícones
lógica anteriormente elucidada;
• Barra de informações: Apresenta informações referentes aos ícones (descritivo dos
comandos de ação), status da execução de tarefas (%), coordenadas de localização do
ponteiro do mouse e distâncias entre dois pontos.
2.1.1 Menus de Contexto
O ArcGIS adotou na versão atual o conceito de menu de contexto, largamente
utilizado em outros programas Windows de lançamento recente. Trata-se de uma janela
de comandos que se abre conforme o usuário clica com o botão direito do mouse
6
7
Configuração padrão à época de instalação do programa, não redefinido pelo usuário.
Welcome to ArcGIS Desktop Help. Ajuda do ArcGIS
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
9
(daqui em diante, chamado de BDM) em itens na tela do ArcGIS. Os principais menus de
contexto citados no decorrer do curso são de:
• Barra de comandos: Acionado pelo BDM em qualquer ícone de comando, como
exemplos os ícones
. No menu de contexto que se abre constam as
barras de comandos padrão de instalação e as customizadas pelo usuário (figura 3),
além da opção Customize... onde se pode construir uma barra de comandos especifica;
Figura 3: Barra de comandos customizada (ferramentas_layer) e Default (Standard)
• Layer Properties: Não é propriamente um menu de contexto, mas pode ser acessado
como fosse um. Esta janela é acionada por dois cliques rápidos em um shapefile ou
imagem, figuras, objetos gráficos ou letras. Layer Properties será muito citada no
decorrer do aprendizado, pois temos nela uma diversidade de abas de comandos
necessárias na execução de rotinas de geoprocessamento;
• Menu de contexto para edição de cores: Clicando na caixa de legendas de um
shapefile, se abre uma paleta de cores, mais a frente melhor detalhada sua interação;
• Menu de contexto Data Frame Properties: Acionado pelo BDM no data frame em
consulta ou pelo menu suspenso View Data Frame Properties;
• Menu de contexto do Data View: Pelo BDM na janela de visualização (data view) ou
no nome de algum Data Frame, se abre um menu de contexto com os principais
comandos de ação para se trabalhar no espaço de Data View; e
• Menu de contexto do Layout View: Através do BDM na janela de Layout (layout
view), se abre um menu de contexto com os principais comandos de ação para se
trabalhar no espaço de Layout (arranjo) de mapas.
2.2 Planos de Informação, o que são e como Interagir?
Plano de informação (PI) é um conceito utilizado neste curso importado da
cartografia. Basicamente é uma camada de informação que pode ser intercaladas com
outras, formando mapeamentos temáticos. São também são chamados de base
temática. Em substituição, algumas apostilas e livros adotam o termo Layer, aqui se usa
PI, pois layer trata de outro conceito bem diferente no ArcGIS.
Um PI utilizado em ambiente SIG, portanto digital, pode ser de dois tipos básicos
de estrutura: celular (matricial, em grade, “raster”) ou vetorial. Ambas as estruturas são
usadas para representar digitalmente entidades ambientais.
Os dados vetoriais identificam dados singularmente como pontos (ex: nascentes,
sedes municipais e poços), linhas (ex: estradas, rios e curvas de nível) ou polígonos (ex:
solos, divisão política e manchas urbanas)8. No ArcGIS, as feições vetoriais são
8
SILVA. J. X.; Geoprocessamento para Análise Ambientais. Rio de Janeiro – RJ. 2001. Pg. 75.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
10
representadas conforme a figura 4. No decorrer do curso, trabalharemos com dados
vetoriais do tipo SHP (shapefile) e CAD (computer aided drawing).
Figura 4: Representação de pontos, linhas e polígonos no ArcGIS
Dados matriciais utilizam unidades de discretização (células ou pixel), com as
quais representa entidades espaciais sob a forma de conjuntos (pontos, linhas e
polígonos)9. No ArcGIS, os dados matriciais mais utilizados possuem extensão Geotiff,
bil, jpg e bmp (acompanhados de arquivo de cabeçalho), representados abaixo:
Figura 5: Representação dos dados matriciais no ArcGIS
2.2.1 Trabalhando com Shapefiles e DXF (CAD)
O formato shapefile é um dos formatos base do ArcGIS, podendo ser criado
neste ambiente ou em outros softwares. Shapefiles são extremamente simples de se
trabalhar, uma vez que não dispõem de estrutura topológica para armazenamento da
localização geométrica das entidades geográficas e da informação descritiva respectiva.
O formato shapefile armazena a informação geograficamente referenciada em vários
arquivos distintos:
.shp Armazena a geometria das entidades (ponto, linha ou polígono). Arquivo dos
vetores;
.dbf Contém a informação descritiva das entidades. Arquivo de banco de dados;
.shx Armazena as ligações entre as entidades e a sua geometria. Arquivo de índices;
.sbn / .sbx Realizam as ligações entre as entidades vetoriais e a sua informação
descritiva. Podem não existir caso não tinha sido feita uma operação de análise espacial;
.prj Definição do sistema de projeção cartográfica. Existente quando o shapefile
possuir um sistema de coordenadas associado; e
.ain / .aih Somente existem quando se procedem a operações de joining
(concatenação) de banco de dados.10
O arquivo DXF (Drawing eXchange Format) é o formato de exportação dos
arquivos tipo CAD (Computer Aided Drawing), do programa AutoCAD (extensão DWG),
Microstation (extensão DGN) e outros. É considerado o padrão mundial na exportação
de dados vetoriais11. Diferente dos shapefiles, os arquivos DXF, DWG e DGN podem ter
informação pontual, linear e poligonal ao mesmo tempo, além de texto. Entretanto,
apesar de parecer, isto não é necessariamente uma vantagem em relação aos arquivos
shapefile.
O ArcGIS carrega o DXF em seu formato nativo, i.e., não realiza conversão de
dados, portanto, não há problemas de compatibilidade. Quando arquivo DWG do
9
SILVA. J. X.; Geoprocessamento para Análise Ambientais. Rio de Janeiro – RJ. 2001. Pg. 76.
In http://213.63.184.54/SitioDoUrbanismo/manuais/manual_ArcGIS.pdf
11
http://www2.engesat.com.br/?system=news&action=read&id=578
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
10
11
AutoCAD, é necessário que o DXF esteja na versão 14. Atente que se pode carregar
uma ou todas as camadas do DXF, DWG e DGN (Annotation, MultiPatch, Point, Polygon
ou Polyline, figura 6) de uma só vez, o que dificulta muitas vezes a separação ideal das
camadas de informação deste tipo de arquivo.
Figura 6: Ícones dos arquivos DXF, DWG e DGN no ArcGIS
Para adicionar um ou mais shapefiles ou dados CAD (DXF, DWG, DGN...) no
ArcGIS, clique em Add Data... (
), na janela Add Data procure pela pasta do arquivo
desejado. Se for apenas um item, selecione e clique no botão “Add”; se mais de um item,
use o botão control (ou ctrl) do teclado para itens não seqüenciais e shift para
seqüenciais. O ArcGIS carrega o(s) arquivo(s) numa legenda simples (Single symbol),
obedecendo a sobreposição lógica de pontos acima de linhas e linhas acima de
polígonos.
Para remover um ou mais shapefiles ou dados CAD, há duas formas: a
primeira (seleção simples) clicando no PI na TOC (ficando numa caixa azul (ex:
)) e após clicando no botão del (ou delete) do teclado; a segunda forma é
através do BDM, selecionando Remove (
) no menu de contexto que se abre.
2.2.2 Selecionando Feições em Shapefiles, Objetos e Data Frames
O conceito de trabalho da grande maioria dos softwares GIS é o de Selecionar e
Executar; esta regra lógica se deve ao fato de que todos eles trabalham com grande
volume de informações, e a seleção de feições e objetos se faz necessária para que os
comandos sejam executados apenas onde devem ser. Distingue-se a seleção em dois
modos: de feições de shapefiles e de objetos:
Seleção de feições de shapefiles: Temos basicamente três tipos de seleção de
feições: (1) em tela (Data ou Layout View), (2) seleção por atributos (Select by Atributes)
e (3) seleção espacial (Select by Location). Sendo introdutório este módulo, veremos
somente a seleção em tela. Para selecionar em tela uma ou mais feições de um ou
mais shapefiles, usamos a ferramenta Select Features (
) clicando em cima da feição
ou desenhando um retângulo de seleção na(s) feição(ões) desejada(s) com o botão
esquerdo do mouse (clique, segure e arraste). A confirmação visual da seleção se dá
pela cor e espessura do contorno das feições selecionadas (default ciano), pode-se
confirmar também pela tabela de atributos (figura 7), onde os registros (linhas) em ciano
são de feições selecionadas.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
12
Caso este ícone esteja desativado (
), indica que todos shapefiles estão
desativados para seleção. Para ativar ou desativar shapefiles para seleção, acione a
aba Selection localizada no fim da TOC e ative/desative os shapefiles; e
Seleção de objetos: Necessária quando um comando de ação precisa agir em
apenas e um ou mais objetos e não mais em feições de shapefiles. Para selecionar um
ou mais objetos, acione o ícone de comando Select Objets ( ). O tópico 3.4 esclarece
o que são “objetos”.
Para selecionar objetos gráficos e Data Frames, acione Select Elements pelo
ícone (
) na barra de comando Tolls e clique no objeto ou Data Frame a ser
selecionado. Se a seleção foi de mais de um objeto, se pode selecionar por meio de um
retângulo envolvente ou pressionando a tecla control. Note que os elementos
selecionados ficam com abas laterais, que permitem sua edição.
2.2.3 Ordenando e “Renomeando” Shapefiles
Muita atenção à ordem dos shapefiles na TOC, ela influencia na seleção das
feições e no mapa final, pois sempre haverá informações que “escondem” outras. Dito
anteriormente, o ArcGIS carrega os dados obedecendo a uma ordem lógica e coerente
de sobreposição, onde as feições pontuais estão acima das lineares, que por sua vez
estão acima das poligonais e das imagens (dados raster). Esta ordem pode atender ou
não os propósitos do mapeamento em construção. Para ordenar shapefiles e imagens,
clique, segure e arraste o PI para a nova posição desejada na TOC.
Os dados inseridos carregam na TOC seu nome de arquivo, que na maioria das
vezes é uma codificação do usuário e não necessariamente trata do conjunto de
informações que o dado possui. Explico: num shapefile de Municípios, o nome pode ser
mun_ibge.shp, munic_2007.shp, 123456.shp ou temos-municipios-demais-no-brasil.shp,
enfim, qualquer nome pode ser dado, faça sentido ou não (o último faz muito sentido).
Caso façamos uma legenda neste shapefile que contemple uma análise censitária por
área (densidade populacional), nenhum daqueles nomes anteriores atende ao que temos
amostrado, sendo necessário um novo rótulo para a informação. Para renomear
(rotular) shapefiles na TOC (na pasta continua o nome original), usa-se três modos
distintos:
1. Dois clique em cima do shapefile; uma caixa com uma linha intermitente aparece
em torno do nome, permitindo a digitação do novo rótulo;
2. Um clique (seleção simples) e botão F2 do teclado; procedimento igual ao
anterior; e
3. Janela Layer Properties General, em Layer name se renomeia o dado. Nesta
aba também podemos descrever (Description) o conteúdo e a legenda realizada.
Todos os três modos apresentados funcionam também para mudar rótulos de
legendas e Data Frames.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
13
2.3 Tabela de Atributos, obtendo informação das feições
Uma informação importante sobre softwares SIG é que estes possibilitam uma
perfeita interação de um banco de dados (BD) com informações espaciais, sejam
pontuais, lineares ou poligonais. Esta interação é uma das diferenças fundamentais entre
softwares CAD dos de SIG, uma vez que os CAD não guardam informações em bancos
de dados externos, limitando-se a descrever características das feições por meio de
cores, linhas, espessuras, hachuras e nomes usados para as cada camada de
informação ou em banco de dados predefinido e universal.
Nos arquivos de um shapefile o banco de dados possui extensão DBF (data base
file), que contem na sua estrutura uma tabela simples de colunas e linhas, além do
cabeçalho (primeira linha). Em cada coluna temos um atributo ou característica individual
de todas as feições presentes no shapefile, as linhas informam todos os atributos ou
características de cada feição (registro). O conjunto coluna e linha formam um banco de
dados, que por estar vinculado à informações espacializadas, recebe a denominação de
banco de dados geoespacial.
Quando bem estruturado e alimentado de informações confiáveis, o banco de
dados permite análises eficazes. Na interface do ArcGIS o BD é denominado de tabela
de atributos. Seu uso é simples e intuitivo, mas de suma importância principalmente na
execução de rotinas de geoprocessamento e análises geoestatísticas.
A figura 7 representa uma tabela de atributos de um shapefile, alimentada de
dados multitemporais de cada feição do shapefile. As linhas (registro) em ciano são
feições selecionadas na Data View e as linhas em branco não estão selecionadas. O
título “Attributes of class_mult-temp” refere aos atributos do shapefile denominado
“class_mult-temp.shp”
Figura 7: Tabela de atributos de um shapefile no ArcGIS
Para abrir e consultar a tabela de atributos de um shapefile, selecione no
menu de contexto do shapefile a opção Open Attribute Table (
). Cada tabela de
atributos é própria de seu shapefile, não tendo obrigatoriamente os mesmos campos.
Alguns campos são obrigatórios, tais como FID (contagem e identificação) e Shape* (tipo
de feição).
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
14
2.3.1 Obtendo informações específicas
Os dados apresentados na tabela de atributos obedecem ao esquema visual de
um banco de dados, isto é, linhas e colunas. Quando se tem poucos registros (feições) e
poucas colunas (atributos ou características), a consulta realizada na tabela de atributos
atende à compreensão dos dados lá fornecidos. Se houver muitas feições
individualizadas com grande volume de informações, este modo se apresenta limitado e
pouco prático. No dia-a-dia, principalmente nos trabalhos regionais ou de maior
abrangência, o mais comum é encontrarmos PIs com grande volume de feições e
atributos, uma vez que estes dados são elaborados por instituições tais como órgãos
públicos (ANA, ANEEL, DNPM, Funai, Ibama, IBGE, ICMBio, MMA, MME, OEMAs...),
ONGs, Empresas públicas e privadas e prestadores de serviço dotados de capacidade
técnica e orçamentária para tanto.
Assim, ao invés de visualizar todas as informações de uma só vez, o que
extrapola a capacidade de compreensão, é preferível visualizar especificamente o
conjunto de informações (registro) de uma dada feição. Para obter informações
individualizadas de feição de shapefile, acione Find pelo ícone ( ) na barra de
comando Tolls e na janela que surge, em Find: (
), digite a
informação a ser buscada no banco de dados de todos os shapefiles inseridos. Se
desejar buscar a informação em um shapefile específico, informe-o na caixa In:
(
), que informa quais são os existentes no Data Frame ativo.
Este opção disponibiliza uma informação específica de um registro. Para visualizar
todos os campos de um registro, acione Identify pelo ícone ( ) na barra de comando
Tolls, na janela Identify Results, defina em qual shapefile deseja consultar o(s)
registro(s). Clique na feição que deseja identificar.
Os comandos Find e Identify amostram tão somente os dados existentes na
tabela de atributos, de modo individual ou em coluna de registro de apenas uma feição.
Num banco de dados, as colunas e linhas podem ser criadas e alimentadas conforme a
necessidade do usuário, mas não veremos isto neste módulo básico. A busca de
informação tanto por meio das tabelas de atributos quanto pelos comandos Find e
Information limita-se ao programa ArcGIS, sendo necessário informar no mapeamento
final os atributos pertinentes, e para tanto, usa-se legendas padronizadas,
correspondentes aos elementos mapeados.
2.4 Edição de Legendas em Shapefiles
A edição de legendas consiste em representar visualmente os dados da tabela de
atributos na Data ou Layout View, e conseqüentemente, no mapa final. Na edição de
legendas é necessário saber o que está informado no banco de dados, o que se quer
dela representar, além das ferramentas de modificação as cores, contornos e pontos.
Após consultar a tabela de atributos e saber quais registros temos disponíveis
para legendar, pode-se iniciar a edição de legenda. Para editar legendas de polígonos,
acesse Layer Properties Symbology, através do BDM properties ( ) ou num duplo
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
15
clique rápido em cima do shapefile, o resultado é o mesmo. A figura 8 apresenta a parte
superior da janela Layer Properties. Note que na aba Symbology selecionada a feição
em edição é do tipo linear; e à esquerda estão os modos possíveis de legendas, estando
selecionado o modo Single Symbol.
Figura 8: Parte superior da janela Layer Properties com todas suas abas. Atente que esta janela se
altera conforme o tipo de shapefile (ponto, linha ou polígono) e o tipo de legenda solicitada.
As cores padrão de cada tipo de legenda são
predefinidas numa escala de cores (Colors Squemes),
que pode atender ou não o usuário. Para alterar as
cores de uma legenda, dê um clique sobre a legenda
ou acione o BDM sobre a caixa da legenda. O primeiro
modo abre a janela Symbol Selector, com exemplos de
legendas e possibilidade de criar e salvar o próprio
estilo. O segundo modo nos remete a uma paleta de
cores (figura 9 à esquerda), onde se escolhe entre 120
cores predefinidas ou em More colors... se define uma
cor por meio dos canais de cores RGB (Red, Green,
Figura 9: Paleta de cores
Blue), CMYK (Cyan, Magenta, Yellow e blacK) ou HSV
(Hue, Saturation e Value).
Para informações vetoriais, ao adicionar um novo PI, o default será uma legenda
simples, i.e., todas as feições serão representadas de modo idêntico. As possibilidades
de edição de legendas em Layer Properties Symbology são as seguintes:
Legenda simples (Single symbol): É a legenda default. Apresenta as
feições de ponto, linha e poligono no mesmo padrão de cores e
formas. Não há necessidade de consulta ao banco de dados para
confecciona-la;
Categorizada (Categories): Amostra as feições conforme estão
agrupadas nos campos (Values Field) da tabela de atributos. Se
divide em consulta a um único valor (Unique Values) e único valor por
campos diversos (Unique Values, many fields). Ex: população x área;
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16
Quantificada (Quantities): Apresenta os dados
numéricos do BD agrupados pelo campo (Value),
números de classes (Classes), esquema de cor
(Color Ramps) e método de classificação
(Classify... Method). Pode ser por graduação de
cores (Graduated colors) e símbolos (Graduated
symbols), símbolos proporcionais (Proportional
symbols) e densidade de pontos (Dots density);
Múltiplos atributos (Multiples Attributes): Apresenta os registros da
tabela de atributos sobrepondo duas ou mais camadas de
informação, por meio de dois ou mais campos escolhidos (Values
Fields) e pelo esquema de cores definido (Color Schemes).
Basicamente o acima apresentado atende a edição de legendas poligonais, e em
alguns casos servindo também para pontos e linhas. Quando não atender, a edição
precisa ser específica pra estes tipos de feições. Para editar legenda de contornos de
linhas ou polígonos, use a janela Symbol Selector Properties Outline, semelhante
a Symbol Selector de feições lineares. Para editar legenda de pontos use também a
janela Symbol Selector. Sendo dinâmica, Symbol Selector modela suas funcionalidades
pelo tipo de shapefile (ponto, linha ou polígono) em edição.
2.4.1 Maximizando o uso de Legendas
Mesmo a TOC apresentando uma barra lateral de rolagem, por vezes é
necessário diminuir o espaço de visualização das legendas. No entanto se deletarmos os
shapefiles legendados, necessário se faz inseri-los e reeditá-los toda vez que deles
precisarmos. Para sanar este impasse o ArcGIS permite mostrar e ocultar os dados
quando necessário.
Para mostrar/ocultar a legenda de shapefiles ou imagens
basta habilitar (tick) a caixa ao lado do nome do dado. À esquerda
temos a legenda superior oculta e a de baixo ativa.
Uma legenda pode ter de um a “n” itens, conforme os dados na
tabela de atributos, quanto mais itens tiver, maior será sua representação e mais
complicado fica visualizar todos os PIs, pois a TOC acompanha esta proporção. Como
solução, permite-se no ArcGIS recolher a legenda e somente visualizar o título do
shapefile.
Para recolher/estender as legendas ou canais de cores (RGB)
de uma imagem, acione o sinal positivo ( ) ou negativo ( ) ao lado do
nome do PI. À esquerda as legendas do PI “Regiões” estão recolhidas e
as de “Batimetria” estão estendidas.
Já foi dito que um shapefile sempre será carregado numa legenda do tipo Single
Symbol, apresentando alguma dificuldade editar suas cores e o modo de legenda que
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17
vamos constantemente utilizar para um shapefile específico. Caso queira salvar uma
legenda já editada e sempre carregar o shapefile já com esta legenda editada, sem
necessidade de refaze-la, é necessário criar um arquivo do tipo Layer (extensão LYR, eis
aqui a diferença de plano de informação e layer).
Para salvar uma legenda editada, acione o BDM no shapefile com a legenda
editada e selecione a opção Save as Layer File... na janela Save Layer, escolha onde
quer salvar o arquivo LYR. Para carregar uma legenda editada, acione o comando Add
Data... ( ) e navegue até o arquivo de legenda (extensão LYR). Os ícones da extensão
LYR são representados como na figura 10 adiante, respectivamente shapefiles de
pontos, linhas, polígonos e imagens raster:
Figura 10: Representação dos ícones LYR no ArcGIS
Se um arquivo de Layer (LYR) for inserido e nada for apresentado na Data View
ou Layout View, significa que os campos usados na legenda salva foram suprimidos da
tabela de atributos. Uma vez apagados, os dados no BD não são mais recuperados,
portanto tenha plena certeza quando for apagar colunas e registros da tabela de
atributos, pois estes podem ser necessários em outros projetos (explica-se o que são
projetos mais adiante).
2.5 Comandos de Visualização em modo Data View
O ArcGIS possui um conjunto poderoso e intuitivo de ferramentas de visualização,
que permite melhor análise e correção dos dados, além de antever os resultados sem
necessidade de impressão. Em modo Data View, a barra de comandos Tolls (figura 11)
possui o grupo dos principais comandos de visualização, além de outros comandos
(visualização em Layout View será visto adiante).
Figura 11: Barra de comandos Tolls
Na seqüência de comandos apresentada pela barra Tolls, a aplicação e
funcionalidade dos comandos de visualização assim seguem:
Ampliação em área especifica: Com o ponteiro do mouse, inicie e termine
(clique, segure e arraste) um retângulo na área a ser ampliada;
Diminuição em área especifica: Inicie e termine (clique, segure e arraste) um
retângulo na proporção da diminuição desejada;
Ampliação de 75% e diminuição de 125% na escala do mapa: Proceda
num clique no centro da Data View a ser ampliada ou diminuída; a
ampliação/diminuição é proporcional à escala da view;
Visualização panorâmica (pan toll): Visualiza os dados por arrasto (drag mode)
na direção do ponteiro do mouse sem alteração de escala. Clique, segure e
arraste o ponteiro na direção que deseja visualizar;
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Zoom em toda extensão dos dados (Full Extent): Amostra toda a extensão da
Data View ocupada pelos dados vetoriais e raster; e
Avanço e retrocesso das visualizações: Não há limite de avanços e
retrocessos, se limitando aos executados na sessão atual. Quando a seta
em cinza, indica que não há mais possibilidades de avançar ou retroceder.
Na maioria das vezes, é necessário visualizar a extensão de apenas um shapefile
ou arquivo raster. Para visualizar a extensão de um shapefile ou imagem, acione o
BDM e selecione Zoom to Layer (
) no menu de contexto que se abre. Para visualizar
a resolução espacial de uma imagem raster, i.e., a maior escala possível de uso sem
visualização dos pixels que a compõe, acione o BDM no titulo da imagem inserida e
selecione Zoom to Raster Resolution ( ).
2.6 Data Frame, o que é e como Interagir?
A versão 8.x e 9.x do ArcGIS trouxe à comunidade GIS o conceito de data frame,
conceito importado da Estatística (matriz que comporta textos e números), mas que no
ambiente ArcGIS foge totalmente deste conceito. Sinteticamente, para o ArcGIS, Data
Frame é uma seção (agrupamento) de dados vetoriais e matriciais e suas configurações
(legenda, ordem, rótulo, zoom...). Esta inovação até hoje não é consenso na comunidade
usuária do ArcGIS, pois na versão 3.x (ArcVIEW), se podia ter “n” Layout View em um
mesmo projeto, assim como “n” Data Frames (no 3.x chamado apenas de Layout e View,
respectivamente), o ArcGIS se limita a “n” Data Frames e apenas um Layout View, o que
limita severamente a produção cartográfica em série.
O padrão do ArcGIS é criar automaticamente na TOC um Data Frame de nome
Layers (nome que se presta a confusão aos iniciantes, pois já foi dito que layers são
legendas pré-editadas). Este nome pode ser mudado a qualquer momento (veja seção
2.2.3) e todos dados são automaticamente inseridos dentro dele. Se pode ter quantos
Data Frames forem necessários, com escalas, projeções, shapefiles, imagens e tabelas
diferentes ou idênticas. Para inserir um novo Data Frame em seu projeto, acione o
).
menu suspenso Insert Data Frame (
Porque ter vários Data Frames num mesmo projeto? A explicação é melhor
absorvida visualmente que numa longa explicação. A figura 12 a seguir representa um
mapa de localização de uma Unidade de Conservação, e para realizá-lo foram
necessários quatro mapas temáticos em diferentes escalas (Brasil, Estados, Municípios
e a área protegida). Cada um dos quatro mapas é na verdade um Data Frame,
nomeados de “Brasil – MG”, “MG – Municípios”, “Municípios – UC” e “UC”, estando ativo
“Brasil – MG” (em negrito).
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Figura 12: Exemplo de utilização prática de Data Frames.
Note que na TOC da figura 12 temos dois Data Frames recolhidos. Para
recolher/apresentar os dados de um Data Frame, clique no sinal positivo ( ) ou
negativo (
) ao lado do nome do Data Frame. Importante perceber que o projeto está
), até porque já se sabe que só se visualiza
em modo Layout View (ícone ticado
mais de um Data Frame neste modo.
Mesmo que se tenha mais de um Data Frame no projeto, apenas um será
visualizado na Data View, precisando para isto ser o ativo. Para ativar um Data Frame,
acione o menu de contexto do Data Frame (clique no BDM em cima do nome do Data
Frame) e selecione a opção Activate. O Data Frame ativo fica com o nome em negrito. A
qualquer momento pode-se eliminar um Data Frame que não interessa mais. Atente que
uma vez suprimido e encerrado a sessão do projeto, não mais se recupera o que foi
suprimido. Para remover um Data Frame, acione o menu de contexto do Data Frame e
selecione a opção Remove (
). Uma mensagem informa quais são os objetos
associados ao Data Frame, aceite para apagar.
2.7 Projetos no ArcGIS
No ArcGIS, assim como na maioria dos softwares, precisamos sempre salvar o
que estamos fazendo, seja para dar continuidade, reaproveitar, repassar ou para
resgatar (backup) o trabalho. A disposição dos layers na Data View, a edição de
legendas, as tabelas de atributos e todos os demais itens em uma sessão de trabalho
podem ser salvas em um único documento, mesmo que sejam necessários diversos
arquivos para construí-lo. O projeto salvo é um arquivo de extensão MXD e corresponde
basicamente a extensão APR nas versões anteriores do ArcVIEW. 12
Na estrutura de um arquivo MXD não existe os dados (shapefiles e imagens
raster) que constituem o projeto, este somente indica onde estes dados se encontram
dentro do computador. Além disso, neste arquivo consta ainda a ordem, a edição de
12
http://www.gratisweb.com/ArcGIS/tav_ferr.htm
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legendas, os objetos inseridos, os Data Frames e o layout criado. Portanto, de nada vale
disponibilizar um arquivo MXD sem repassar os dados que foram utilizados na sua
elaboração.
Quando se inicia o ArcGIS, automaticamente um projeto se inicia, permitindo
assim a inserção de dados. Uma vez alterado, será solicitado ao usuário se deseja
salvar. Para salvar um projeto se pode clicar no botão de comando Save ( ) ou
acionar o menu suspenso File Save. Para salvar um projeto com outro nome
acione o menu suspenso File Save as.
Um problema comum ao uso de projetos é a mudança de pasta, de nome ou
mesmo a eliminação de dados utilizados ou campos na tabela de atributos. Quando um
dado apresentar um sinal de exclamação em vermelho ( ) significa que algumas destas
hipóteses estão em curso. Para resgatar o link de dados se deve saber primeiramente
onde estes se encontram, então, com um clique na caixa ao lado da exclamação se abre
a janela Set Data Source e nela informamos a nova localização do arquivo. Sobre a
eliminação de dados no BD, já foi dito que não há possibilidade de resgate deles.
2.8 Sobre o Capítulo de Introdução e Ferramentas Básicas
Aqui se encerra a parte teórica dos capítulos de Introdução e ferramentas básicas,
onde vimos a interface do ArcGIS, planos de informação e outros conceitos importantes,
tais como SIG, Data Frame, Data View, Layout View e projetos. Também se aprendeu a
inserir, apagar, ordenar, renomear, recolher/estender, ativar/desativar e editar legendas
em shapefiles. Vimos como criar, ordenar, renomear, ativar/desativar Data Frames, além
das ferramentas de visualização. Apesar de extenso, este capítulo traz os principais
comandos e funcionalidades do ArcGIS, que serão usados constantemente nas tarefas
simples e complexas dos seus usuários. A seguir temos uma aula prática que permite o
uso de todos estes conceitos e comandos.
2.9 Exercícios do Capítulo de Ferramentas Básicas
Copie no drive C: do seu computador ou Notebook a pasta Aulas do CD que
acompanha esta capacitação. Nesta pasta existem outras (cad, Figuras, img, lyr, mxd,
pdf, shp e tabelas) que possuem arquivos tipo CAD, bitmaps, imagem de satélites,
legendas, projetos, arquivos para impressão, shapefiles e tabelas, respectivamente.
Estes arquivos serão utilizados neste e nos próximos exercícios.
A figura 13 indica como ficará o projeto ao final do exercício. O exercício será a
realização do mapa do Brasil com os planos de informação de Sedes Municipais,
Hidrografia, Rodovias, Divisão Estadual, Terras Indígenas, Unidades de Conservação
Estaduais e Federais, Áreas Militares e Países Limítrofes, divididos em dois Data Frames
(Brasil e Localização). No mapa de localização do Brasil, colocaremos uma imagem
raster da América do Sul e o limite do Brasil.
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21
Figura 13: Objetivo final do Exercício 1
Os passos a seguir não dizem como executar os comandos, pois isto já está dito
nos tópicos anteriores, em caso de dúvidas, recorra ao índice remissivo ao final deste
documento. Aqui se descreve apenas os comandos necessários e as configurações para
se chegar a cada cor, legenda, renomes e ordem, considerando que a instalação do
ArcGIS não sofreu alteração em seus menus, atalhos e comandos (instalação default).
1º ) Carregue o software ArcGIS pelo botão Iniciar Todos os programas ArcGIS ArcMap. Ignore a janela de boas vindas que se abre clicando no botão fechar (canto
superior direito).
2º ) Renomeie o Data Frame Layers para Brasil e carregue isoladamente de
C:\Aulas\shp o shapefile hil_1000000-ANA2004.shp, somente depois disso, carregue em
de uma só vez os shapefiles sede_mun_ibge2001.shp, rodovias_brasil.shp,
estados_ibge2001.shp,
ti_polig_geo.shp,
UCE-atual.shp,
UCF-atual.shp,
areas_militares.shp e America_latina.shp. Leia o aviso da janela que se abre e clique em
“Ok to All”.
3º ) Confirme se a ordem está conforme a lista acima, se não estiver, reordene tudo
colocando
hil_1000000-ANA2004
abaixo
de
sede_mun_ibge2001.
Renomear
a
seqüência em Sedes, Hidrografia, Rodovias, Estados, Terras Indígenas, UCs Estaduais,
UCs Federais, Áreas Militares e América Latina.
4º ) Edite as legendas dos seguintes PIs em modo Single Symbol:
Shapefile
Modelo
Color ou Fill Color
Outline Color
Sedes
Hidrografia
Rodovias
Estados
Terras Indígenas
Áreas Militares
Circle 2
-
White
RGB 10, 147 e 252
Poinsettia Red
No Color
CMYK 0, 0, 55 e 0
Gray 30%
-
Size ou
Width
Gray 70%
Red
Gray 60%
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10
0,40
1,7
2
0,4
0,4
22
5º ) Analise e a tabela de atributos do shape UCs Estaduais, verificando o conteúdo dos
campos, principalmente a coluna GRUPO. Nela temos a informação sobre o grupo a
qual pertence a área protegida, se Proteção Integral (PI), Uso Sustentável (US) ou Não
Definida (ND) no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza,
lei 9.985 de 18 de julho de 2000). Faça o mesmo com UCs Federais. Analise os dois
temas também pelo modo Information. Feche as janelas. Qual modo é o melhor de usar?
Qual a informação a mais em UCs Estaduais?
6º ) Analise agora a tabela de atributos do shapefile América Latina. Feche as janelas.
7º ) Edite a legenda de América Latina, UCs Estaduais e UCs Federais em modo
categorizada com os valores abaixo:
Shapefile
Values
Fields
UCs
Estaduais
GRUPO
UCs
Federais
América
Latina
GRUPO
BRASIL
Add
Values
Values
Color
Fill Color
Outline Color
Width
PI
US
ND
PI
US
S
N
Violet
Green
Olive
-
Amethyst
Lepidolit Lilac
White
Gray 10%
HSV 287, 100 e 66
RGB 132, 0 e 168
Dark Amethyst
Peacock Green
CMYK 100, 55, 70 e 0
No Color
CMYK 0, 0, 0 e 57
0,4
0,4
0,4
0,4
0,4
0
0,1
8º ) Desative a visualização de Sedes, Hidrografia e Rodovias. Perceba a semelhança
entre as cores dos contornos nas UCs Estaduais e Federais. Isto significa que uma
mesma cor pode ser definida de diversos modos.
9º ) Recolha a legenda de América Latina.
10º ) Dê um zoom em toda extensão da América Latina, depois visualize o Estado em
que você nasceu, navegue panoramicamente pelos Estados vizinhos, retroceda duas
visualizações, aumente a escala em 125% e depois diminua em 75% com apenas um
clique, finalize a sessão de visualização deixando na Data View toda Extensão do Brasil.
O mapa a esta altura tem que ficar idêntico ao da figura 12 (digo idêntico o resultado
visual, não necessariamente o tamanho da view, pois isto depende do tamanho do
monitor e da resolução usada nas propriedades de vídeo do computador).
11º ) Crie um novo Data Frame e o renomeie para Localização. Repare que ele já fica
como ativo. Carregue primeiramente a imagem bm_sa2.tif (C:\Aulas\img) e depois o
shapefile estado_contorno (C:\Aulas\shp). Caso abre uma janela, acione Ok.
12º ) Edite a legenda de estado_contorno como segue:
Shapefile
Modelo
Fill Color
Outline Color
Width
estado_contorno
Hollow
-
Mars Red
2
13º ) Acione a opção de visualizar a resolução do raster (Zoom to Raster Resolution) e
navegue panoramicamente pelo país. A escala de aproximadamente 7 milhões indica
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
23
qual é a máxima visualização permitida para esta imagem. Este raster foi degradado
(piorado em sua resolução espacial) para ser utilizada facilmente em todos os
computadores. Aproxime o zoom e verifique os pixels desta imagem.
14º ) Crie um novo Data Frame, renomeie para Teste, carregue UCF-atual.shp e reedite
a legenda em modo pizza, usando os campos AR_DEC_ha (área decretada em
hectares) e Hectares (área calculada pelo SIG em hectares). Escolha uma cor clara para
AR_DEC_ha e uma escura para Hectares. Após legendar, amplie e navegue
panoramicamente, verificando como o ArcGIS reamostra as pizzas conforme a escala de
visualização. A maioria das pizzas está meio a meio, algumas totalmente ou com
predominância da cor escura, porquê será?
15º ) No Data Frame Teste, carregue estados_ibge2001.shp e edite sua legenda no
modo quantificada em cores graduadas, usando o campo AREA_OFC (área oficial), em
10 classes e rampa de cores do Verde para o Vermelho. Analise criticamente o resultado
apresentado.
16º ) Salve todas as legendas do Data Frame Teste na pasta C:\Aulas\lyr com o nome
Estado_seunome.lyr e UCFs_seunome.lyr. Apague este Data Frame. Repare que outro
Data Frame ficou ativo (sempre algum terá que ser o Data Frame ativo).
17º ) Salve o projeto em C:\Aulas\mxd com o nome AP_BR_seunome, feche e abra outra
sessão do ArcGIS, carregue o projeto AP_BR_Renato.mxd (C:\Aulas\mxd) e verifique se
há links “quebrados”, se houver, resgate os dados nas pastas “shp” e “img” de C:\Aulas.
Compare os dois projetos. Se diferentes, algum passo não foi realizado a contento,
descubra e refaça. Se estiver idêntico ou muito semelhante, parabéns.
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24
3. Produzindo um Mapa para Impressão
Até o momento, já visto como realizar mapeamentos temáticos simples dentro do
ambiente SIG do ArcGIS. Este mapeamento por enquanto é virtual, i.e., se encontra em
formato digital, acessível somente aos que sabem utilizar o ArcGIS e possuem as bases
cartográficas necessárias ao projeto. É necessária a disponibilização dele em formatos
mais disseminados, tais como PDF, JPG, TIF ou mesmo impresso.
Veremos neste capítulo como realizar a distribuição e impressão do trabalho,
seguindo as convenções cartográficas usuais por meio da simulação de um espaço
físico real, onde disporemos os objetos gráficos e Data Frames.
3.1 Modo Layout View
A interface do modo Layout View é assemelhada
ao do modo Data View. Resumidamente, o que muda é
a forma e o espaço de amostragem dos dados,
disponibilização de comandos de ação próprios de
layout e inserção de objetos gráficos. Em Layout View, o
projeto AP_BR_seunome.mxd ficará como a figura ao
lado, o que pode diferenciar é o tamanho dos Data
Frames, da janela do programa e do “papel”, resgatados
da última configuração usada, mas a visualização dos
dados estará conforme com as que foram praticadas.
Na figura ao lado há oito pontos azuis (alças) em torno
da Data Frame Brasil, sinalizando sua seleção.
No modo Layout View, os dados contidos em cada Data Frame são dispostos num
layout de impressão predeterminado (formatos ISO, banner, slide do power point...) ou
de tamanho customizado. Para acionar o modo de Layout View selecione a opção
Layout View ( ) na parte inferior da janela de visualização. Se esta opção estiver em
baixo relevo ( ) significa que o modo de Layout já está ativado.
Ao longo do processo de elaboração de um mapa, podem-se intercalar os modos
Data e Layout View a qualquer momento, no entanto é recomendável a manipulação dos
shapefiles e raster em ambiente Data View, uma vez que este amostra os dados com
menor precisão de escala e cores do que o outro modo, requisitando assim menos
recursos do computador. Do mesmo modo, algumas funções são somente executadas
em ambiente de Layout View.
3.1.1 Configurando a Impressão e Tamanho do Mapa
No ArcGIS o espaço amostral de um mapa representa o tamanho da mídia (papel
e outros) que irá recebe-lo quando for impresso. Este espaço pode ter um tamanho préestabelecido (customizado) ou padronizado (A4 até A0 e outros formatos) conforme a
necessidade do usuário. Para configurar a impressão e o tamanho do mapa acione o
menu de contexto do Layout View pelo BDM em qualquer área externa ao mapa no
Layout View, selecione Page and Print Setup, que carrega uma janela de mesmo nome,
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
25
nela defina a impressora (Printer Setup), configure o formato da mídia (size), sua
orientação (portrait ou landscape) e as margens de impressão (Paper). Caso queira
personalizar o formato, escolha Customize (Personalizar). Para escalonar os
elementos ao novo formato do papel, acione a opção Scale Map elements
proportionally to changes in Pages Size. Em Layout View os dados e objetos são
visualizados interna e externamente ao papel, mas somente os que estiverem dentro da
margem de impressão serão considerados na saída de impressão ou no arquivo de
exportação dos dados.
Na janela Page and Print Setup, um detalhe passível de confusão aos iniciantes é
sua divisão em Paper e Map Page Size. Ambas possuem campos idênticos, no entanto
os primeiros dizem respeito à saída dos dados (impressora) e a outra diz sobre seu
espaço amostral no ArcGIS, i.e., os dados podem ser impressos em tamanhos diferentes
do que foram estabelecidos (comprometendo as escalas e visualização dos dados, mas
atendendo como quicklooks13). Caso selecione Use Printer Paper Settings, o programa
replica em Map Page... as configurações de Paper.
3.1.2 Comandos de Visualização em Layout View
Foi visto anteriormente os principais comandos de visualização em modo Data
View. Estes comandos podem ser usados também em Layout View, sendo limitados ao
espaço amostral do Data Frame. Assim, em modo Layout View se tem dois espaços de
visualização, o espaço do mapa (data frame) e o espaço do papel (layout view). Os
ícones de comando de ação para visualizar em Layout View estão agrupados na barra
de comandos Layout, conforme figura 14 abaixo:
Figura 14: Barra de comandos Layout
Para visualizar em modo Layout View, conforme a seqüência default da barra
de comandos Layout, tem os botões de:
Ampliação em área especifica: Inicie e termine com o ponteiro do mouse (clique,
segure e arraste) um retângulo na área a ser ampliada;
Diminuição em área especifica: Inicie e termine com o ponteiro do mouse um
retângulo na proporção da diminuição desejada;
Visualização panorâmica (pan toll): visualização dos dados por arrasto (drag
mode) na direção do ponteiro do mouse, sem alteração de escala. Clique, segure
e arraste o ponteiro na direção que deseja visualizar;
Ampliação de 75% e diminuição de 125% na escala do mapa: Proceda
num clique na parte do Layout View a ser ampliada/diminuída;
13
Quicklooks são imagens amostradas em menor resolução e escala, utilizadas em catálogos de imagens
ou coleção de mapas. Atendem à visualização prévia de um banco de dados de imagens/mapas extenso
e/ou muito diversificado. Podem atender também como piloto de visualização e correção para
mapeamentos muito grandes e complexos.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
26
Zoom em toda extensão do papel: Amostra toda a extensão do papel
configurado;
Visualização real do papel: Simula em tela o tamanho real (100%) do papel
configurado no layout. Esta proporção nem sempre corresponde à realidade, pois
isto depende da instalação e configuração adequada do monitor e placa de vídeo;
Avanço e retrocesso das visualizações: Não há limites, no entanto, se
limita aos executados na sessão em curso; e
Porcentagem do tamanho real do papel: Permite entrar com um valor
especifico de visualização do papel, sendo 100% sua escala “real”.
Importante ressaltar que a visualização é o lastro das coordenadas de um mapa,
assim como elemento de definição da escala gráfica e absoluta, como veremos adiante,
assim, deve-se criar um backup das visualizações que são importantes ao mapeamento
nos modos Data e Layout View. Para salvar padrões de visualização, acione o menu
suspenso View Bookmark Create ( ). Na janela Spatial Bookmark nomeamos a
visualização. Para resgatar padrões de visualização aciona-se View Bookmark e o
nome da visualização desejada.
3.2 Sistema de Coordenadas
Define-se coordenada como sendo qualquer um dos membros de um conjunto de
dois valores coordenados que determinam univocamente a posição de um ponto no
espaço. Estes dois valores são representados por meio de um sistema matemático
predeterminado. Castañeda14 define como sendo uma relação de regras (sistema) que
especifica a posição de cada ponto do espaço através de um conjunto ordenado de
números reais (coordenadas). Seu desconhecimento acarreta interpretação errada na
execução dos trabalhos de posicionamento e localização15.
Figura 15: Projeção Plana no Brasil
14
Numa projeção plana, cada coordenada é
obtida a partir de um sistema de projeção, pelo
qual se estabelece uma relação pontual entre a
superfície de referência (esférica) e a superfície
do desenho (plana).
Na projeção plana, se estabelece 60 fusos
(ou zonas) com 6 graus de abertura latitudinal
(perpendicular à linha do Equador), onde cada
fuso possui um conjunto de coordenadas planas
idênticas, nunca negativas, pois se acresce 10
milhões (de metros) abaixo da linha do Equador e
5 milhões à esquerda do meridiano de Greenwich.
Castañeda, R. M. Ensaio para determinação de parâmetros de transformação entre o SAD-69 e o
NSWS-9Z2. 180p. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Paraná. 1982.
15
Cuchinski. V; Souza, G. C.; Thum, A. B.; Veronez, M. R.; Silva, R. M. Conceitos Fundamentais Usados
no Posicionamento Terrestre. COBRAC 2006 · Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário ·
UFSC Florianópolis · 15 a 19 de Outubro 2006.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
27
Conforme a figura 15, o Brasil possui oito fusos (zonas) UTM, numerados de 18 à
25 (linhas e letras vermelhas). Para cálculos de áreas que ultrapassam os limites de um
fuso, estes são referenciados por meridianos centrais, variando de -78 a -36 (linhas e
letras verdes), sendo sua indicação um lastro de deformidade, i.e., quanto mais se afasta
dele, maior o erro. O posicionamento horizontal é dado pela letra N ou S (norte e sul da
linha do Equador) e o meridiano central de referência do Brasil é o de valor -54 e da
América do Sul -60.
Na projeção geodésica (referência de
posicionamento geocêntrica) ou geográfica
(posicionamento referenciado em um datum)
adota-se uma superfície de referência
elipsoidal, assemelhada à forma terrestre, que
permite posicionar espacialmente diferentes
pares de coordenada, denominadas de latitude
(ângulo de inclinação da normal no plano
equatorial do elipsóide) e longitude (ângulo no
plano equatorial do elipsóide de referência)16.
Neste tipo de projeção, nosso país
Figura 16: Projeção Geodésica ou
situa-se entre as latitudes de 75º à 31º e
Geográfica no Brasil
longitude 61º à 54º, representado na figura 16
ao lado numa malha (chamada também de grade ou grelha) de latitude e longitude com
cinco graus de eqüidistância. Note a mudança da letra S (sul) para N (norte) após a linha
do Equador (valor de 0 grau, 0 minuto e 0 segundo).
Sendo um pacote de software voltado para o mercado mundial, o ArcGIS trabalha
com todas projeções estabelecidas, além das que forem definidas pelo usuário. As
explicações anteriores foram básicas e focadas em nosso país, assim, recomendo um
aprofundamento maior neste importante tema aos que pretende usar SIG como
ferramenta de trabalho.
Em relação a coordenadas geográficas, o ArcGIS trabalha somente com
coordenadas em graus decimais, i.e., os valores sexagesimais (minutos e segundos) são
recalculados numa base decimal. Melhor entendido nos exemplos abaixo:
Latitude
Sexagesimal
Decimal
26º 26' 33"
50º 33' 33"
51º 45' 00"
26,43333
50,55555
51,75
Longitude
Sexagesimal
Decimal
9º 39' 00"
7º 52' 38"
8º 30' 00"
9,65
7,86667
8,5
Coordenadas geodésicas sexagesimais e decimais
Mesmo que os pares de coordenadas sejam adquiridos e armazenados em graus
decimais, o programa poderá apresentá-los em graus, minutos e segundos,
16
Cuchinski. V; Souza, G. C.; Thum, A. B.; Veronez, M. R.; Silva, R. M. Conceitos Fundamentais Usados
no Posicionamento Terrestre. COBRAC 2006 · Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário ·
UFSC Florianópolis · 15 a 19 de Outubro 2006.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
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costumeiramente utilizado. Há programas e sites que fazem esta conversão de modo
rápido e preciso, procure em sites17 ou então elabore uma planilha no Excel que execute
rotineiramente com mais de um par de coordenadas por vez. Para tanto, basta trabalhar
os valores sexagesimais (minutos e segundos) numa regra de três (se 60=100, então
N=?, sendo N o valor sexagesimal), somando o resultado numa célula única (lembrando
que o segundo é fração do minuto) e após, adicionado como parte fracionária do grau,
que não precisa ser convertido em decimal.
Os valores em projeção plana serão de grandeza métrica e os valores de
coordenadas geográficas serão dados em graus, minutos e segundos (convertidos em
graus decimais). Use fração em coordenadas planas quando houver necessidade de
precisão submétrica, pois há inúmeros trabalhos técnicos e acadêmicos18, onde se
chega ao absurdo de até 4 casas fracionárias, trabalhando portanto num falso “detalhe”
de precisão, ou você acredita que cada ponto foi plotado com ajuda de um microscópio?
Isto só demonstra claramente o desconhecimento dos dados que estão sendo
trabalhados pelo operador e a falta de questionamento sobre sua grandeza. Por sua vez,
tendo por base que um grau equivale a aproximadamente 111,7km na superfície
terrestre, quando em projeção geográfica decimal, trabalhe com pelo menos 5 casas
decimais (precisão de 1 metro, aproximadamente) e quando geográfica sexagesimal,
com pelo menos duas casas da fração do segundo (Ex: Em 26º55’39,71”, o valor 1
fracionário representa uma distância de 3 metros, aproximadamente).
Para definir um sistema de coordenadas, acione Data Frame Properties, na
aba Coordinate System Predefined se escolhe entre sistemas geográficos
(Geographic…) e projetados (Projected…). Também podemos escolher (ou conhecer) o
sistema de coordenadas de um shapefile ou imagem raster da TOC, por meio da lista de
dados da opção Layers. Como projeção do Data Frame, o ArcGIS adota o sistema de
coordenadas do primeiro dado inserido, e todos os outros PIs posteriores serão
reprojetados para este sistema.
Finalizando, uma dica pertinente em relação a escolha entre coordenadas planas
ou geográficas. Nas coordenadas planas, procure nunca extrapolar os limites dos fusos,
pois mesmo eles tendo uma tolerância de aproximadamente 30% de ambos os lados, as
coordenadas informadas na grade serão passíveis de confusão em trabalhos de campo,
uma vez que o aparelho GPS buscará sempre o fuso em que se encontrar, ficando
“maluco” na sobreposição dos fusos. Assim, prefira trabalhar com UTM em áreas locais
ou regionais e geográficas em áreas de maior abrangência. Alguns sistemas de projeção
local buscam sanar isto, como é caso da capital do Brasil com o Sistema de
Coordenadas do Distrito Federal (SICAD), uma vez que o polígono do DF se encontra
entre as zonas UTM 22 e 23.
17
Ver em http://splink.cria.org.br/conversor e http://vancouver-webpages.com/META/DMS.html
Evito cita-los para não constranger seus autores e me preservar de inimizades desnecessárias.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
18
29
3.3 Trabalhando com Escalas
Escala é a relação de proporção entre uma distância medida no mapa (divisor) e
uma distância medida no terreno (dividendo)19. Em um mapa com escala 1:10.000, cada
unidade de dimensão no mapa corresponderá a 10.0000 unidades na superfície da terra
que o mapa cobre. Nesta escala um centímetro no mapa corresponderá a 10.000
centímetros no campo, i.e. 100 metros20. No ArcGIS, para que uma escala corresponda
à sua proporção real, se faz necessário estabelecer um sistema de coordenadas para o
Data Frame, pois não há possibilidade de realizar a comparação entre o dado (divisor) e
a realidade (dividendo) sem um dos dois elementos.
Para amostrar dados em escala no ArcGIS, considerando que há uma projeção
pré definida, independente se em Data ou Layout View, basta digitar na caixa Scale
(
) o valor do divisor (na escala 1: 100.000, digite apenas “100000”) ou
escolher entre as escalas predeterminadas, por meio da seta à direita da caixa. Scale
apresenta algumas escalas padrões, além das utilizadas anteriormente. Se pode
também “travar” a escala num mapa, evitando escalas quebradas (ex: 1:104.192) e que
os dados sejam reamostrados fora da escala desejada. Para travar ou destravar uma
escala, acione Data Frame Properties, na aba Data Frame, informe ou aceite a escala
informada, selecione então Fixed Scale (fixar escala). Para destravar acione Automatic
(automática).
Uma escala pode ser definida como sendo grande, média ou pequena. O quadro
21
abaixo sintetiza sua aplicação, representação e relação de escala:
Quanto ao tamanho
Escala Grande
Quanto a representação
Escala de Detalhe
Escala Média
Escala de Semi-detalhe
Escala Pequena
Escala de Reconhecimento ou de
síntese
Escala
Aplicações
até 1:25.000
Plantas Cadastrais, Levantamentos de
detalhes ou planos topográficos
de 1:25:0000 até
1:250.000
de 1:250.000 e
menores
Cartas topográficas
Cartas Corográficas e cartas gerais
Escalas de abordagem e suas implicações. Fonte: INPE
Cada shapefile foi elaborado para um propósito especifico, havendo por parte do
seu elaborador a determinação de escala de abordagem (ou escala de trabalho), i.e.,
uma escala diretamente relacionada com as necessidades de detalhe do que está sendo
mapeado. Exemplo prático: As feições geológicas do Brasil foram mapeadas pela CPRM
(Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – Serviço Geológico do Brasil) numa
escala de 1:1.000.000 (mapa geológico do Brasil ao milionésimo). Um corpo geológico
em forma de dique (formação ígnea intrusiva em forma tabular) com 50 metros de
largura seria representado com um décimo de milímetro nesta escala. Assim, não será
possível sua representação numa escala pequena, necessitando para trabalhos locais
na região deste dique de outro mapeamento22.
19
http://www.geografia.fflch.usp.br/carta/exemplos/escala
http://gmariano.com.br/i-escala.htm
21
Adaptado de http://www.dpi.inpe.br/spring/portugues/tutorial/
22
Adaptado de http://gmariano.com.br/i-escala.htm
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20
30
Por analogia, é perceptível que não faremos um bom trabalho micro e meso
(escalas grandes e médias) usando bases macros (escalas pequenas), uma vez que as
informações espaciais são incompatíveis. O contrário também é válido, mas menos
problemático, uma vez que podemos generalizar23 as informações. No entanto,
dificilmente encontraremos todas as bases de dados numa única escala (salvo
elaboração com este propósito) e assim sendo, tendo de desenvolver um produto tem de
se trabalhar em escalas diferentes, pois são os dados que temos à mão. Alerto para que
se faça ao demandante as ressalvas à este problema.
3.4 Sobre Objetos e Figuras
Além de dados geográficos dispostos nos Data Frames, um mapa pode conter
outros elementos que o auxiliam na tarefa de trazer informações aos destinatários. Estes
elementos podem ser formas geométricas (retângulos, polígonos irregulares, círculos,
elipses, linhas, curvas, segmentos à mão livre (freehand) ou pontos), letras ou caixas de
textos e signos cartográficos (norte magnético, escala gráfica e absoluta, legendas, etc.),
gráficos e tabelas. Além destes, um mapa pode ainda ter figuras tais como fotos,
logotipos, imagens bitmaps e outros elementos rasterizados.
Alguns destes objetos são usados para simples ornamentação, identificação de
conteúdo, padronização de cartas, para enfatizar uma determinada parte no mapa e
outros são imprescindíveis ao mapeamento. Para fins didáticos, aos diferentes
elementos aqui descritos, damos o nome de objetos gráficos (formas geométricas,
gráficos, textos, tabelas e signos) e figuras (fotos, logos e outros objetos rasters).
3.4.1 Objetos Gráficos de Convenções Cartográficas e Textos
Dentre os objetos gráficos de um mapa, alguns visam atender as convenções
cartográficas (obrigatórias ou facultativas). São objetos facilitadores ao conteúdo do
mapa para o público técnico e leigo. Por sua vez, os textos trazem informações que não
constam no mapa ou dinamizam sua interpretação. A seguir, se apresenta cada um
destes objetos, características básicas e modo de operação:
Quadro de legendas: Lista as legendas de
cores e formas necessárias à compreensão
dos elementos espaciais inseridos no Data
Frame ativo, é resultado direto da edição de
legendas de cada PI. Para fazer um quadro
de legendas, acione o menu Insert Legends ( ), na primeira tela da janela Legend
Wizard defina quais os dados (Legend Items) que fazem parte (
legenda, sua ordem (
e
) e número de colunas (
) ou não (
) da
). Na segunda tela escreva
o título da legenda (Legend Title) e configure sua fonte (Legend Title font properties). Na
terceira, defina o tipo de contorno do quadro de legendas (Border), cor de fundo
23
O processo de simplificação e agrupamento de feições é denominado na cartografia de generalização. É
a distinção entre o que é essencial e o não é essencial, conservando e agrupando apenas o útil.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
31
(Background) e sombra (Drop Shadow). Na quarta, defina os tamanhos (Path) de cada
item e na quinta e última tela defina os afastamentos entre os itens (Space between). As
duas últimas telas não necessitam de interação, podendo ser aceita os valores padrão;
Norte: Indica o norte geográfico da terra. Desnecessário quando o
mapa está alinhado ao pólo norte, mas é positivo acrescentá-lo como
elemento de informação, pois o mapeamento será visto por técnicos e
leigos. Para acrescentar uma seta de norte acione Insert North
Arrow ( ), em North Arrow Selector, escolha entre as 97 opções. Setas
e legendas de pontos são fontes instaladas pelo ArcGIS, assim, ao
criar o arquivo PDF, anexe as fontes utilizadas;
Escala Gráfica: Preserva a noção de escala
quando o tamanho da impressão final não
condiz com o configurado no mapa; facilita também a aferição visual de distâncias. Para
inserir uma escala gráfica acione Insert Bar Scale ( ), na janela Scale Bar Selector
selecione um dos 11 modelos. Configure em Properties os parâmetros de acordo com a
escala do mapa. Na aba Scale and Units, defina o número de divisões e subdivisões
(Number of divisions ... subdivisions), modo de reamostragem (When resizing...),
unidade de divisão (Division Units), posição do rótulo (Label Position), Rótulo (Label) e
sua distância da barra (Gap).
Escala Absoluta: Por ser uma razão comparativa entre
a realidade física e a impressa, para o uso adequado
desta escala, deve ser preservado na impressão o
tamanho do papel definido no layout. Para inserir uma escala absoluta acione Insert Scale Text ( ), na janela Scale Text Selector selecione um dos sete modelos.
Ao inserir um quadro de legendas, norte magnético, escalas gráfica e
absoluta, saiba que estes objetos sempre serão construídos a partir do Data Frame
ativo. Todos estes elementos podem ser desassociados do Data Frame, o que possibilita
sua edição, mas impede sua atualização automática a partir do Data Frame. Para
transformar um objeto gráfico vinculado em objeto não vinculado, veja item Convert
to graphics no item 3.1.3.
Textos: Possibilita a inserção de informações textuais ao mapa, tais como
títulos, balões de informação e descrições. O string de caracteres
(seqüência de texto) pode usar letras, números e caracteres especiais (+ - *
/ ! @ # $ % &). Os principais modos de textos são:
Texto simples (Text): Linha(s) de textos sem formatação em uma caixa de texto,
ocupando apenas o espaço necessário ao string de caracteres;
Texto curvado (Splined text): O string segue a seqüência de curvas. Inicie as
curvas num clique e termine em dois. Após digitar, o texto acompanha as curvas;
Balão (Callout): String de caracteres dentro de um balão. Clique no local que será
inserido a ponta do balão e digite o texto;
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32
Texto em polígono irregular (Polygon for text): Neste modo, o texto fica interno
a um polígono irregular definido por cliques seguidos;
Texto em polígono regular (Polygon for text): Nesta opção o texto está contido
num polígono regular; e
Texto em círculo (Circle for text): String interno num círculo definido a partir do
seu centro para a borda.
Qualquer tipo de texto pode ser reeditado posteriormente, não precisando ter o
string definitivo na sua criação. Também pode ser modificado em sua justificação, fonte,
cor, negrito e sublinhado. Para reeditar textos dê dois clique em cima do string ou
acione o BDM e Properties.
3.4.2 Figuras Bitmaps e Objetos Geométricos
Além dos objetos imprescindíveis, temos outros que se não o são, mas que
acrescentam informação e estética ao trabalho final, demonstrando a perícia e o zelo do
usuário. São os elementos geométricos e as figuras bitmaps. A seguir, se apresenta o
modo de operação para cada um destes objetos.
Figuras Bitmap: Inserção de arquivos bitmaps nos
formatos JPG, GIF, TIFF, EMF, BMP E PNG. Para
inserir uma figura acione Insert Picture ( ), na
janela Open selecione a figura desejada;
Objetos Geométricos: Para inserir um objeto geométrico, acione a
janela ao lado (ela aparece recolhida apresentando apenas um destes
elementos), que possibilita, na seqüência da janela, desenhar um
retângulo, polígono irregular, círculo, elipse, linha, curva, segmento à mão
livre (freehand) ou ponto. Para alterar as propriedades de um objeto geométrico
acione suas propriedades por meio do menu de contexto dele (BDM), na janela que se
abre, configure sua cor de preenchimento, espessura e cor do contorno ou padrão,
conforme for o elemento selecionado.
3.1.3 Comandos Acessórios de Layout
A versão atual do ArcGIS deu maior ênfase ao aspecto
estético na elaboração de mapas, trazendo um conjunto de
comandos aqui denominado de “comandos acessórios de layout”.
Este grupo de comandos dispõe ferramentas para o arranjo dos
objetos, permitindo o alinhamento, ordenamento, agrupar e
desagrupar objetos e também sua conversão em gráficos para
edição. Os comandos acessórios são todos encontrados no menu
de contexto de layout (figura 17 ao lado) e também estão
distribuídos em outras barras de comandos e de menus.
Figura 17: Menu de contexto do modo Layout View
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33
Para acessar os comandos acessórios via menu de contexto, selecione um
ou mais objetos (Data Frame ou objetos) da página. No menu de contexto que se abre,
acione o comando desejado.
Este caminho é demorado e cansativo para quem necessita acessá-lo
constantemente, recomenda-se então o agrupamento dos comandos mais usuais numa
única barra de comando a fim de facilitar o acesso a eles. Para criar uma barra de
comandos customizada (figura 18), dê um clique com o BDM em qualquer ícone de
por exemplo), no menu de contexto que se abre, selecione a opção
comando ( ou
Customize (por default é a penúltima opção), na janela Customize, na aba Tollbars
selecione New, defina o nome da barra (no exemplo ferramentas_layer) e dê um Ok.
Uma barra vazia será apresentada, nela se arrasta os ícones encontrados nas diferentes
categorias da aba Commands. Assim que terminado, acione Close.
Figura 18: Barra de comandos acessórios (customizada pelo usuário)
Na seqüência do menu de contexto da figura 17, excluindo os óbvios (cut, copy e
delete) e os mais avançados, os comandos são:
Convert to graphics (converter para objeto gráfico): Transforma a seleção em
objeto gráfico, que pode então ser editado. Uma vez transformado em gráfico, não
volta a ser o objeto de origem;
Group / Ungroup (agrupar / desagrupar): Quando habilitado, cria um
agrupamento ou individualiza objetos agrupados, conforme o caso;
Order Bring to Front (traga para frente): Coloca a seleção
acima de todos os outros objetos;
... Send to Back (Envie para trás): Envia a seleção para baixo de
todos os outros objetos;
... Bring Forward (colocar acima de): Altera a hierarquia de
sobreposição dos objetos selecionados;
... Send Backward (Envie abaixo de): Envia para baixo do segundo
objeto o primeiro que foi selecionado;
Align Align to Margins (alinhar pelas margens): Quando
acionado, os comandos Align usam de referência para o
alinhamento a margem de impressão do layout;
... Align Left (alinha à esquerda): Alinha à esquerda dos objetos
selecionados. Para todos os alinhamentos, a referência de
alinhamento sempre será o objeto de alças azuis ou a margem do
layout (se acionada a opção Align to Margins);
... Align Right (alinha à direita): Alinha à direita dos objetos
selecionados;
... Align Top (alinha ao topo): Alinha no topo maior dos objetos
selecionados;
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34
... Align Vertical Center (alinha verticalmente ao centro):
Alinha verticalmente ao centro dos objetos selecionados;
... Align Bottom (alinha à base): Alinha pela base os objetos
selecionados;
Properties (propriedades): Aciona a janela de propriedades do objeto
selecionado. Se o objeto selecionado for um Data Frame, será um atalho à janela
Data Frame Properties.
3.5 Distribuição dos Data Frames, Objetos e Figuras no Layout
Um Data Frame comporta uma seqüência de arquivos vetoriais e matriciais,
formando um mapeamento temático. Já foi dito que um projeto pode ter quantos
mapeamentos temáticos (Data Frame) forem necessários ao trabalho. Em modo Layout
View, o ArcGIS dispõe os Data Frames na seqüência que foram criados e no meio da
página de layout, um sobreposto ao outro. Faz-se necessário distribuí-los no layout para
poder visualizar os dados contidos. Para distribuir os data frames no layout, podemos
proceder de três modos:
1º ) Dois clique no Data Frame: Oito alças azuis aparecem distribuídas na sua borda,
estas alças permitem o usuário alterar (para e para menos) o tamanho do Data Frame;
2º ) Data Frame Properties: Acione a aba Size and Position, nesta informa-se o canto
inferior esquerdo na página (X e Y em Position) e seu tamanho (Size) pela largura
(Width) e altura (Heigth). O tamanho pode ser alterado em porcentagem (As porcentage)
ou valor numérico. Se pode também preservar a relação entre largura e altura (Preserve
Aspect Ratio); e
3º ) Réguas, guias e malha de pontos: Estas ferramentas atendem como referências e
aderências (snap) para qualquer objeto em modo Layout View, inclusive Data Frames.
3.5.1 Sobre Réguas, Guias, Malha de Pontos e Barra de Rolagem.
Além dos comandos acessórios e
objetos gráficos e figuras, o modo layout
Ruler
comporta outras funcionalidades que
podem nos auxiliar sobremaneira na
Grids
harmonização dos diferentes elementos de
Guide
composição de um projeto. Estas
ferramentas podem ser habilitadas e
desabilitadas no menu suspenso View e
Scrollbar
sua utilização obedece a conveniência do
usuário, i.e., não é imposta. São quatro as
Figura 18: Barra de rolagem, réguas, guias
funções: réguas, guias e malha de pontos e
e malha de pontos
barra de rolagem:
Réguas (rulers): Liga/desliga as réguas verticais e horizontais, que informam a
distribuição dos elementos no mapa a partir de uma escala de dimensionamento;
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35
Guias (guides): Partindo das réguas, forçam (snap) os objetos selecionados no
mapa a se fixarem nelas, auxiliando a distribuição precisa;
Malha de pontos (grids): Liga/desliga pontos (cruzetas) distribuídos na página.
A eqüidistância dos pontos pode ser configurada; e
Barra de rolagem (scrollbar): Liga/desliga as barras de rolagem vertical e
horizontal, permitindo visualizar partes da view (Data e Layout) não amostradas.
Apesar de esta seção tratar especificamente dos Data Frames, seus comandos
atendem também aos objetos gráficos figuras. Estas quatro ferramentas disponibilizam
ainda a opção de forçar os objetos selecionados a aderirem em seus limites (object
snap), o que facilita a disposição harmônica destes no layout. Para forçar os objetos
(snap) a aderirem às réguas, guias e malha de pontos, acione a opção Snap to... no
menu de contexto do layout, definindo em qual destas ferramentas se quer usar a função
de snap.
3.6 Grade de Coordenadas
A grade de coordenadas indica posicionamentos em todo o mapa por meio de
eixos coordenados de latitude e longitude (coordenadas geográficas ou geodésicas) ou
distâncias métricas nos eixos das abscissas e ordenadas (coordenadas planas). Um
mapeamento sem uma grade de referência espacial dispõe informações ao intérprete
sem o domínio espacial, sendo incompleto e passível de análises equivocadas. Para que
uma grade de coordenadas corresponda ao real posicionamento cartográfico em campo,
se faz necessário levar em consideração a escala do mapa, a projeção cartográfica
utilizada (plana ou geográfica) e os parâmetros de construção da grade.
A
B
C
Figura 19: Graticule Grid + Grid and Labels, Measure Grid + Tick Mark e
Reference Grid + Label Only
Para inserir uma grade de coordenadas em um Data Frame ativo (somente em
modo Layout View), abra a janela Data Frame Properties, acione a aba Grids New
Grid. Na janela Grid and Graticules Wizard defina primeiramente o tipo de grade, se
geográfica ou geodésica (Graticule - figura 19 A), se plana (Measure Grid - figura 19 B)
ou de referência (Reference Grid – figura 19 C). Se geográfica, na próxima janela defina
o intervalo (Intervals) em graus, minutos e segundos; se plana, defina o sistema de
coordenadas (Coordenate System) e o intervalo em metros (Intervals). Defina também a
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36
aparência (Appearance) da grade, se Label only (somente coordenadas do lado de fora),
Tick mark and labels (cruzeta no mapa) ou Grid and Labels (grade e texto). Em Axes and
Labels configure as divisões principais (Major division ticks) e secundárias (Minor...) dos
eixos (Axes) e a texto das coordenadas (Labeling). Caso queira, na ultima janela defina a
borda (Graticule ou Measured Border).
Alguns ajustes interessantes podem ser realizados após a inserção da grade de
coordenadas. Para alterar casas decimais em uma grade plana coloque o novo valor
) em Data Frame Properties Properties Reference System
na caixa Numeric (
Properties Labels Additional Properties Number format Number of decimal
places. Para que as coordenadas fiquem paralelas aos eixos verticais, selecione Left
e Right (
e
) em...Reference System Properties Label Orientation.
Atente que anterior à inserção do grid, é necessário a definição de um sistema de
coordenadas no Data Frame e também ter uma idéia, mesmo que vaga, das
eqüidistâncias entre cada elemento da grade. O programa sempre oferece na caixa de
intervalos (intervals) um par de valores que pode ou não atender ao mapa. De início,
aceite estes valores e verifique sua pertinência, se caso não atender, refaça o grid com
valores mais próximos ou distantes, conforme o caso.
O mesmo cuidado na escolha entre sistema de projeção plana ou geográfica deve
estar presente na inserção de grade de coordenadas. Usa-se a grade geográfica em
mapeamentos de escala pequena e por vezes, média (no caso da área mapeada possuir
dois ou mais fusos UTM) e grades planas quando em escala grande. A grade de
referência será usada quando forem cartas articuladas, para fins de índice ou
cadastramento em geral, uma vez que não trazem informações de localização espacial e
sim a localização das cartas no conjunto delas.
3.7 Disponibilização e Impressão de Mapas
Já temos em mente as principais ferramentas para produção de mapas no
ArcGIS, com elas podemos atender as mais diversas áreas. Mas pouco interessa se os
mapas estiverem indisponíveis ao seu propósito, seja em formato digital (imagens JPG,
BMP ou PNG ou no popular PDF) ou impresso.
Não é recomendável a impressão diretamente pelo ArcGIS, pois demanda muita
memória do computador e da impressora ou plotter (impressora de grande formato),
além do mais, não permite a verificação dos erros e omissões que porventura estão no
trabalho e o resultado final pode sair reticulado (como se fosse um bitmap).
A experiência tem me demonstrado que o formato
PDF (Portable Document Format) é o que melhor atende a
divulgação e impressão não somente de textos, mas
também a de mapas, pois nele os vetores (shapefile) e
textos (fontes) são apresentados como realmente devem ser, não são reamostrados
numa seqüência de pixels (como na figura ao lado). Também no PDF se pode controlar
o nível de resolução dos rasters presentes no mapa pela definição dos DPI (doots per
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inches, pontos por polegada), assim como qual o sistema de cores a ser utilizado na
impressão, se RGB (vermelho, verde e azul) ou CMYK (ciano, magenta, amarelo e
preto).
O software padrão de leitura de arquivos PDF (Adobe Reader®) é totalmente
gratuito24 na sua versão de divulgação. Amigável e intuitivo, o Adobe facilita a leitura e
impressão dos arquivos PDF, outra vantagem é que o mapa pode ser impresso em
outros tamanhos de páginas sem perder significativamente seus dados, mais ainda, o
usuário ArcGIS pode controlar a edição, impressão e visualização dos dados mediante
senha. Há dois empecilhos (contornáveis) nos arquivos PDF, o primeiro é que a versão 5
do Adobe Reader traz alguns problemas de leitura de arquivos com muitos vetores,
recomendando então a instalação da versão superior (recomendo a 9, recém lançada).
O segundo problema diz respeito as fontes (letras) usadas nos mapas, pois elas
precisam estar instaladas no computador que recebe o PDF. Sobre isso, duas
recomendações: ao salvar o PDF, anexe as fontes usadas, isto aumenta um pouco seu
tamanho mas evita aborrecimentos futuros, e; uso das fontes mais comuns de se
encontrar, exemplo: Arial, Times New Romans, Tahoma, Verdana, ou qualquer outra que
seja padrão de instalação do sistema operacional Windows®. Ainda sobre este aspecto,
saiba que a seta do norte e as simbologias de pontos são arquivos de fontes adquiridas
no momento da instalação do ArcGIS (o nome inicial de todas será ESRI), portanto,
necessitam estar no computador que receberá o PDF.
Para exportar um projeto em formato de mapa para divulgação ou impressão,
acione o menu suspenso File Export Map, na janela Export Map defina o local, nome
e formato do arquivo de saída. Configure os parâmetros de cada formato conforme sua
necessidade. Para anexar as fontes ao documento PDF, deixe ticado ( ) a opção
Embed All Documents Fonts na aba Format da janela Export Map.
3.8 Exercícios do Capítulo de Produção Cartográfica
Este exercício se inicia onde o primeiro terminou, então, se você não fez o
primeiro, não terá como iniciar o segundo. No primeiro exercício realizamos dois mapas
no mesmo projeto em Data Frames diferentes. Os dois Data Frames serão agora
arranjados em um layout de impressão, usando objetos gráficos, figura, letras e grade de
coordenada. A figura 20 indica como deverá ficar o projeto ao final deste exercício. Para
facilitar a leitura e compreensão, chamaremos os Data Frames Brasil e Localização
apenas seus nomes.
Do mesmo modo do exercício anterior, aqui não é dito como executar os
comandos, já explanado nos tópicos anteriores. Descreve-se apenas os comandos
necessários e as configurações para ao resultado pretendido, sendo permitido ao leitor
usar sua criatividade para, ao final, produzir um resultado idêntico ou melhorado. A
maioria dos exercícios é de execução fácil, mas de explicação longa, portanto, não se
24
Versão em português http://baixaki.ig.com.br/download/Adobe-Reader-portugues-.htm ou em
http://www.gratis.com.br
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assuste com o tamanho delas. Parte-se da pressuposto que o computador usado para a
realização do exercício já possui uma impressora instalada e que as configurações do
ArcGIS sejam default. Os comandos não apresentados são poucos (rotacionar objetos,
editar vértices), mas de compreensão rápida.
Figura 20: Objetivo final do Exercício 2
1º ) Carregue o software ArcGIS e abra o
projeto do exercício anterior, localizado em
C:\Aulas\mxd.
2º ) Confirme se o Data Frame ativo é o Brasil.
Se negativo, ative-o e após acione o modo
Layout View.
3º ) Perceba que Localização sobrepõe Brasil
(ou vice-versa), sanaremos isto mais adiante.
Por hora, acione a opção Page and Print
Setup... do menu suspenso Layout e na janela
que se abre defina o tamanho do papel para A4
(21 X 29,7cm), com orientação (orientation) de
retrato (Portrait). Deixe acionado as opções
Use Printer Paper Settings, Show printer
Margins on Layout e Scale Map Elements...
Selecione Ok. Ao fim do processo, pode parecer que não houve modificações
significativas em nosso projeto, uma vez que os elementos foram redimensionados ao
novo formato. A linha pontilhada que contorna o layout é a margem de impressão da
impressora instalada.
4º ) Caso esteja desligado, ligue a barra de rolagem, as réguas, guias e o grid. Note que
há no inicio e no fim da régua pequenas áreas sombreadas, que representam o espaço
do papel A4 (layout). Estas áreas não estão disponíveis para impressão.
5º ) Dê um zoom de layout (todo zoom de layout é diferenciado por um fundo branco
abaixo do ícone) ampliado no canto superior esquerdo do layout, que permita visualizar a
régua na casa dos centímetros. Assim que pronto, dê um clique em cima da régua
horizontal na casa que representa 2,0cm. Faça o mesmo na régua vertical, mas na casa
do 27,7cm. Repita este processo no canto oposto (inferior direito), mudando os valores
para 19,0cm na horizontal e 2,0cm na vertical.
Note agora que quatro linhas azuis estão ao longo do layout, estas serão as guias
(guides) de distribuição dos objetos e dos Data Frames. Os valores informados afastam
os elementos de composição do mapa em dois centímetros da margem do A4, podendo
ser alterada ao gosto do usuário.
6º ) Selecione Brasil e arraste seu limite para o canto superior direito das guias. Note que
há uma “atração” de sua borda para as duas guias, é o chamado snap. Coloque o cursor
do mouse acima da alça localizada no meio à direita do Brasil até se transformar numa
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
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seta de duas pontas ( ). Clique, segure e arraste esta alça até a guia vertical
localizada à esquerda.
7º ) Carregue a janela de propriedades do Data Frame Brasil. Na alça Size and Positions
e replique (copiar e colar) o valor em Width (largura) para Height (altura). Confirme. Se
precisar, arraste novamente o Brasil para qualquer um dos cantos superiores.
8º ) Clique, segure e arraste Localização para a guia horizontal inferior, em qualquer
lugar dela. Segurando o botão shift do teclado, selecione então Brasil (note que
Localização tem alças verdes e Brasil azuis). Acione a opção Align Right.
9º ) Na TOC, dê um Zoom To Layer no shapefile Estados. Verifique que há uma escala
quebrada, arredonde então seu valor para 30.000.000. O que aconteceu?
Provavelmente o programa ignorou a escala informada e apresentou uma outra bem
diferente. Isto acontece por causa da não definição de um sistema de coordenadas no
Data Frame. Acione então data frame properties de Brasil e na aba Coordinate System
escolha Predefined Projected Coordinate Systens Continental South America South America Albers Equal Area Conic. Ainda nesta aba, modifique (Modify...) o
meridiano central de -60 (América do Sul) para -54 (Brasil). Na aba Data Frame fixe a
escala (Fixed Scale) em 30.000.000 e confirme tudo em Ok. O aviso (Warning) de alerta
diz ao usuário que os dados contidos serão reprojetados na projeção informada, o que
pode acarretar distorções. Confirme em Yes. Repare que os comandos de zoom do
modo Data View estão agora bloqueados, por quê? Ajuste os limites do Brasil (me refiro
agora ao país, não mais ao Data Frame) por meio da opção Pan em modo Data View
( ). Crie um bookmark para este zoom.
10º ) Na TOC, deixe ativo Localização e dê um Zoom To Layer no shapefile
estado_contorno. Este zoom não atende ao que se pretende localizar (América do Sul),
portanto, aproxime a página com zoom de layout e redimensione a área amostrada no
Localização por meio de zooms e pan. Não é necessária precisão absoluta, a idéia aqui
é somente indicar a localização do país na América do Sul. Assim que pronto, visualize a
página toda. Crie um bookmark para este zoom.
11º ) Inicie um texto simples e digite “Áreas Protegidas no Brasil” (sem as aspas).
Configure como texto centralizado ( ), Arial, negrito, tamanho 23 e cor Fir Green.
Arraste o texto até a guia vertical esquerda e após, alinhe com a parte superior de
Localização.
12º ) Aproxime o layout no seu quadrante superior direito para indicar o oceano à frente.
Inicie então um texto curvado e digite “Oceano Atlântico” (sem as aspas), acione as
propriedades deste texto e o configure em texto centralizado, Times New Romans,
negrito, itálico, tamanho 15 e Ultra Blue. Para acertar sua rotação e vértices da linha
curva, acione os comandos rotacionar objetos ( ) e editar vértices ( ). Repita o
procedimento para a porção do Oceano Pacífico ao longo da costa Chilena.
13º ) Acione data frame properties do Brasil e na aba Frame informe em Background a
cor Lt Blue. Repare as opções Border e Drop Shadow, respectivamente, borda e sombra
deslocada para o Data Frame, use caso queira e confirme em Ok.
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14º ) Mova o cursor do mouse ao longo do mapa do Brasil, na barra de informações
(parte inferior) verifique que as coordenadas são métricas. Para amostrar estas
coordenadas em graus, minutos e segundos, acione novamente a data frame properties
anterior e na aba General especifique o valor de Display como sendo Degrees Minutes
Seconds, confirme.
15º ) Acione data frame properties do Brasil e na aba Grid, acione New Grid. Selecione
Graticule, defina um nome (ex: Brasil_30milhoes), confirme, agora selecione Tick Marks
e configure o estilo (Style) em Size 5. Defina os intervalos de cinco graus e confirme esta
e todas as outras janelas subseqüentes. Verifique o resultado obtido. Coloque os valores
verticais na vertical a fim de facilitar a leitura do mapa e melhorar a estética.
16º ) Renomeie nos shapefiles UCs Federais e Estaduais os rótulos (labels) PI por
Proteção Integral, US por Uso Sustentável e ND por Não definido. As duas primeiras
denominações correspondem às categorias de Unidades de Conservação previstas no
SNUC e a terceira são as não previstas.
17º ) Deixe ativo o Brasil e construa então uma legenda considerando apenas os itens
Estado, Terra Indígenas, Áreas Militares, UCs Federais e UCs Estaduais, nesta ordem.
Especifique em três colunas e corrija a grafia de legenda. Observe o resultado e veja se
corresponde às configurações solicitadas. Se positivo, converta a legenda em objetos
gráficos e procure deixar os objetos que constituíam a legenda assemelhados aos da
figura 20, por meio do uso das ferramentas de agrupar e desagrupar, edição de texto,
alinhamento e criação de objetos gráficos. Para facilitar a edição dos objetos da legenda,
crie uma barra de comandos idêntica ao da página 33.
18º ) Confirme se o data frame ativo é o Brasil, se não for, ative-o. Solicite agora uma
escala gráfica com as seguintes configurações: modelo Alternating Scale Bar 2, Adjust
width no modo de amostragem, quatro divisões e duas subdivisões, kilômetros na
unidade de medida e km no rótulo (label) e 500 na divisão da escala, disponha no layout
conforme a figura 20. Seja curios@ e teste outros valores na divisão da escala gráfica.
19º ) Insira uma seta de indicação do norte, ao lado e exporte os dados em formato JPG
e PDF, na resolução de 100 dpi (dots per inche – pontos por polegada). Compare os
arquivos e teste em outras resoluções. Não esqueça de anexar as fontes no PDF.
20º ) Desejando melhorar o mapa, insira a figura mascote_de_primeira.jpg na porção
inferior direita do data frame Brasil.
Introdução ao ArcGis: Conceitos e Comandos. Renato Prado ([email protected])
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4. Encerramento do Curso
Finalizo aqui este material didático na sua parte introdutória, desejoso de que
todos que o lerem descubram no SIG uma incrível ferramenta de trabalho. Pessoalmente
têm me trazido grande satisfação ver o meu trabalho contribuir positivamente ao
desenvolvimento sustentável do nosso país, uma vez que bases cartográficas bem
trabalhadas e sistematizadas subsidiam e clarificam a tomada de decisão em qualquer
nível, seja o federal, estadual, municipal, acadêmico, empresarial ou particular. Aos que
têm em mãos este material, saibam que me sentirei feliz se apenas um dos leitores
desenvolverem habilidades na ferramenta e que seu uso traga melhorias individuais e
coletivas, principalmente.
Coloco-me à disposição para esclarecimento de dúvidas sobre o conteúdo daqui
ou mais avançado e específico por meio do meu e-mail ou pela comunidade do orkut
“Dúvidas no ARCGIS / ARCVIEW?”, onde tenho a grata satisfação de ter mais de 1.000
usuários participativos, que contribuem perguntando, respondendo e disponibilizando
material e links interessantes. Reforçando, sintam-se livres para disponibilizar este
material didático com o devido respeito à autoria e ao seu uso e distribuição gratuito.
5. Índice Remissivo
Para ativar ou desativar a TOC
Para adicionar um ou mais shapefiles ou dados CAD
Para remover um ou mais shapefiles ou dados CAD
Para selecionar em tela uma ou mais feições de um ou mais shapefiles
Para ativar ou desativar shapefiles para seleção
Para selecionar um ou mais objetos
Para selecionar objetos gráficos e Data Frames
Para ordenar shapefiles e imagens
Para renomear (rotular) shapefiles
Para abrir e consultar a tabela de atributos de um shapefile
Para obter informações individualizadas de feição de shapefile
Para visualizar todos os campos de um registro
Para editar legendas de polígonos
Para alterar as cores de uma legenda
Para editar legenda de contornos de linhas ou polígonos
Para editar legenda de pontos
Para mostrar/ocultar a legenda de shapefiles ou imagens
Para recolher/estender as legendas ou canais de cores (RGB) de uma imagem
Para salvar uma legenda editada
Para carregar uma legenda editada
Para visualizar a extensão de um shapefile ou imagem
09
12
12
12
13
13
13
13
13
14
15
15
15
16
17
17
17
17
18
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Para visualizar a resolução espacial de uma imagem
Para inserir um novo Data Frame
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19
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Para recolher/apresentar os dados de um Data Frame
Para ativar um Data Frame
Para remover um Data Frame
20
20
Para salvar um projeto
21
21
Para salvar um projeto com outro nome
Para resgatar o link de dados
Para acionar o modo de Layout View
Para configurar a impressão e o tamanho do mapa
Para visualizar em modo Layout View
Para salvar padrões de visualização
Para resgatar padrões de visualização
Para definir um sistema de coordenadas
Para amostrar dados em escala
Para travar ou destravar uma escala
Para fazer um quadro de legendas
Para acrescentar uma seta de norte
Para inserir uma escala gráfica
Para inserir uma escala absoluta
Para transformar um objeto gráfico vinculado em objeto não vinculado
Para reeditar textos
Para inserir uma figura
Para inserir um objeto geométrico
Para alterar as propriedades de um objeto geométrico
Para acessar os comandos acessórios via menu de contexto
Para criar uma barra de comandos customizada
Para distribuir os Data Frames no layout
Para forçar os objetos (snap) a aderirem às réguas, guias e malha de pontos
Para inserir uma grade de coordenadas
Para alterar casas decimais em uma grade plana
Para que as coordenadas fiquem paralelas aos eixos verticais
Para exportar um projeto em formato de mapa
20
21
25
25
26
27
27
29
30
30
31
32
32
32
32
33
33
33
33
34
34
35
36
36
37
37
Para anexar as fontes ao documento PDF
38
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Apostila: ArcGIS – Conceitos e Comandos