perfil A lacuna para o desenvolvimento Álvaro Palma de Jorge, sócio do Barbosa, Müssnich & Aragão, responsável pelo grupo de Infraestrutura e pela área de Direito Público do escritório, será o novo chairman do Comitê de Logística e Infraestrutura da Amcham Rio Por Andréa Blum “O desenvolvimento do País passa necessariamente pelos avanços em infraestrutura e logística. Haverá sempre limitações de crescimento com gargalos estruturais.” A afirmação é do novo chairman do Comitê de Logística e Infraestrutura da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, Álvaro Palma de Jorge, sócio do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão, no qual responde pelo grupo de Infraestrutura e pela área de Direito Público. A partir de janeiro de 2013, ele lidera o grupo da Amcham Rio que visa consolidar debates em torno desses setores e ajudar o mercado e as empresas a transformar essas lacunas em oportunidades. Há 12 anos no BM&A e sócio do escritório desde 2008, Palma de Jorge acredita que, apesar desse cenário ser um consenso, ainda pairam muitas dúvidas sobre como solucionar esse problema. Segundo ele, o comitê tem como papel ser um instrumento de formação e contribuição para encontrar propostas e modelos que ajudem as instâncias públicas a tomar decisões, já que naquele grupo estão representadas as empresas privadas que, além de saber detalhadamente as reais necessidades do setor, podem endereçar as contribuições de forma mais transparente e consolidada. “A primeira mola propulsora, considerando esse ambiente de negócios, é saber que infraestrutura e logística são áreas que não vão se desenvolver sozinhas e precisam da participação ativa da iniciativa privada para contribuir na modelagem dos projetos do Governo”, afirmou. O momento não poderia ser mais propício tanto para a ativação do Comitê quanto para o País 16_Edição 278_nov/dez 2012 O momento não poderia ser mais propício tanto para a ativação do comitê quanto para o País, que ingressa num estágio de aceleração de investimentos no ambiente nacional e também para o Rio de Janeiro. “Agora, há um pouco mais de controle e podemos escolher para onde vamos. Temos um conjunto de possibilidades concretas, que são motores importantes rumo ao desenvolvimento, como o porto e os aeroportos”, disse. Segundo ele, a Amcham Rio pode ser um fórum de diálogo entre as empresas e lideranças públicas e de geração de conteúdos relevantes aos associados que os ajude na tomada de decisão e na geração de futuros negócios. “É fundamental – e vejo o comitê como este lugar – um espaço de estudo e interação privado para a discussão desses temas, muitas vezes difícil de ser encontrado num ambiente de muita concorrência, mas necessário para fomentar a troca das informações que realmente interessam para as empresas ali representadas”, defendeu ele como mais uma das missões do grupo. “Essas são as linhas mestras da proposta que percebo para trabalhar ao longo de 2013 e que será debatida com os associados para entrar em consonância com seus desejos. Acredito que este ano promete trazer temas palpitantes para o Brasil, como as concessões de ferrovias e rodovias, portos, aeroportos, rede hoteleira e transporte urbano, que darão bastante combustível para as reuniões, os eventos e as propostas do comitê. Esperamos ter mais adesões de empresas que também estão chegando ao Rio e possam agregar ao grupo”, concluiu. Álvaro Palma de Jorge ingressou no BM&A em março de 2001 e se tornou sócio do escritório em 2008. É mestre em direito constitucional pela Harvard Law School. Edição 278_Brazilian Business_17