Visão Computacional Formação da Imagem www.dca.ufrn.br/~lmarcos/courses/visao Sumário • Princípios óticos e geométricos na formação de imagens de intensidade • Natureza de imagens de intensidade, aquisição e modelos matemáticos Mais sobre visão Variantes Mais variantes Iluminação • Fontes de luz emitem luz: – Espectro eletro-magnético – Posição e direção • Superfícies refletem luz – Reflectância – Geometria (posição, orientação, micro-estrutura) – Absorção – Transmissão – Iluminação é determinada pela interação entre fontes de luzes e superfícies Significado de cor • O que é uma imagem? – Irradiância: cada pixel mede a luz incidente num ponto no filme – Proporcional à integral da radiância da cena que chega àquele ponto • O que é cor? – Refere-se à radiancia ou irradiância medida em 3 comprimentos de onda diferentes – Cor da cena: radiância vinda das superfícies (para iluminação) – Cor da imagem: irradiância, para renderização – Quantidades com diferentes unidades, não devem ser confundidas Percepção de iluminação • A luz recebida de um objeto pode ser expressa por I() = ()L() • onde () representa a reflectividade ou transmissividade do objeto (albedo) e L() é a distribuição de energia incidente. • Intervalo de iluminação do sistema visual humano: 1 a 1010 Luminância de um objeto • A luminância ou intensidade de luz de um objeto espacialmente distribuído, com distribuição de luz I(x, y, ), é definida como: f x , y 0 I x , y ,V d • V() é a função de eficiência luminosa relativa do sistema visual. Luminância e brilho • Luminância de um objeto é independente da luminância dos objetos ao seu redor. • Brilho de um objeto também chamado de brilho aparente, é a luminância percebida e depende da luminância ao redor do objeto. • Duas regiões com mesma luminância, cujas regiões ao redor de ambas possuem diferentes luminâncias terão diferentes brilhos aparentes. Tipos de imagens • Imagens de intensidade – Similar a fotografias – Codifica intensidade, cor – Adquiridas por câmeras • Imagens de profundidade (range images) – Codifica forma e distância – Adquiridas por sensores especiais (sonar, câmeras laser) Características comuns • Geralmente, matriz 2D de valores (números) • Conseqüências: – Relação exata da imagem com a cena (física) é determinada pelo processo de aquisição que depende em última análise do sensor usado – Qualquer informação contida nas imagens pode ser ultimamente extraída (calculada) a partir de uma matriz 2D na qual está codificada Parâmetros físicos • No sistema visual humano, o processo de formação de imagem começa com os raios de luz vindos da cena projetando nos fotoreceptores da retina • Uma variedade de parâmetros físicos afetam a formação das imagens num sistema artificial Parâmetros óticos • Caracterizam a ótica do sistema – – – – tipo de lentes; distância focal; campo de vista; abertura angular. Parâmetros fotométricos • Caracterizam o modelo da luz que chega ao sensor após reflexão nos objetos da cena – tipo, intensidade e direção de iluminação – propriedades de reflectância das superfícies visualizadas – efeitos da estrutura do sensor na quantidade de luz chegando aos fotoreceptores Parâmetros geométricos • Posição na imagem na qual um ponto 3D é projetado – tipos de projeção – posição e orientação da câmera no espaço – distorções de perspectiva introduzidas no processo de imageamento Outros parâmetros • Propriedades físicas da matriz fotosensitiva da câmera • Natureza discreta dos fotoreceptores • Quantização da escala de intensidade Ótica básica • Formação da imagem em VC começa com o raio de luz que entra na câmera através da abertura angular (pupila num humano) • Raio bate numa tela ou plano de imagem e o sensor fotoreceptivo registra intensidade da luz • Muitos raios vem de luz refletida e alguns de luz direta Focando uma imagem • Qualquer ponto numa cena pode refletir raios vindos de várias direções • Muitos raios vindos do mesmo ponto podem entrar na câmera. • Para termos imagens nítidas, todos os raios vindos de um mesmo ponto P da cena devem convergir para um ponto único p no plano de imagem. Reduzindo abertura • Apenas um raio de cada ponto entra na câmera • Imagens nítidas, sem distorções, mesmo à distâncias diferentes Problemas com pin-hole • Tempo de exposição longo • Quantidade mínima de luz • Difração Introduzindo um sistema ótico • Introduz lentes e abertura • Introduz outros elementos para que um raio vindo do mesmo ponto 3D convirja para um único ponto na imagem • Mesma imagem que uma pin-hole mas com tempo de exposição bem menor e abertura maior Lentes finas Lente fina Eixo ótico Fl Fr f f Duas restrições básicas • 1) Qualquer raio que entra no sistema de lentes paralelo ao eixo ótico, sai na direção do foco no outro lado • 2) Qualquer raio que entra na lente vindo da direção do foco, sai paralelo ao eixo ótico do outro lado Lentes finas Lente fina P Q Eixo ótico s O S Fl Fr p R Z f f z Modelo básico • Propriedade 1) a PQ e propriedade 2) a PR • Defletem para se encontrar em algum ponto do outro lado • Uma vez que o modelo de lente fina foca todos os raios vindos de P convergem para o mesmo ponto, PQ e PR se intersectam em p Equação fundamental • Usando similaridade entre os pares de triângulo (<PFlS>, <ROFl>) e (<psFr>, <QOFr>), obtém-se: Zz = f2 • Fazendo Z´=Z+f e z´= z+f, encontramos: 1 /Z´ + 1/z´ = 1/f Campo de vista • Seja d o diâmetro efetivo das lentes (periferia pode não ser visível) • Juntamente com f, determinam o campo de vista: tan w = d/(2f) • metade do ângulo subentendido pelo diâmetro, visto a partir do foco