FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Equação da Energia e presença de uma máquina: v12 g h1 2 p1 v12 h 2 g 1 p v2 H1 1 1 h1 2 g p1 1 p2 PeixoB v22 g h2 2 PB B PeixoB Q HB B Se a máquina for uma turbina: T v22 h 2 g 2 p2 PT PfT PT T PfT PT T Q HT v2 2 h2 H 2 2 g p2 A equação de Bernoulli, quando há uma Se colocarmos uma máquina entre os pontos máquina entre os pontos (1) e (2) e o deslocamento do fluido se dá de (1) para (2) pode ser reescrita da forma, (1) e (2), escreveremos a relação como: considerando que há uma perda de carga Hp12 (Energia H1 H M H 2 perdida por unidade de peso): Se H M H 2 H1 0 Motor; h Se H M H 2 H1 0 Turbina. Vazões: Definimos como: Vazão em Peso: Qg M Vazão em Massa: Vazão em Volume: Q (2) H2( p2, v2 ,h2) Peso t m Qm t h2 V t Potência de uma máquina A potência de uma máquina é definida como: Em t E E P Pt m m eso t Peso t E H m Peso P Como: Pt H eso t m g Pt H t V g Pt H t V Q t g Pt H Q Pt Rendimento de uma máquina: O Rendimento de uma máquina é definido quanto a sua natureza. Se a máquina for um motor: P B B PeixoB H1( p1, v1 ,h1) h1 (1) H1 H M H 2 H p12 Se HM > 0 Bomba Pot PotB Potência da Bomba e rendimento: Pot QH B B Pot PotB Se HM < 0 turbina Pot PotT Potência da Turbina e rendimento: Pot QH B T PotT Pot 1 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Equação da continuidade: Como e como H1 E H2 são chamados cargas totais, Para fluidos incompressíveis: v1 A1 v2 A2 {2} Se for considerada também a presença de uma máquina entre (l) e (2), a equação da energia ficará: p1 gy1 v12 2 p2 gy2 H1 H 2 v22 2 {3} Substituindo {2} em {3}, a velocidade é dada por: 2p v12 p1 v2 p z1 H M 2 2 z2 H p12 2g 2g Da Equação deve-se notar que, no escoamento de um fluido real entre duas seções onde não existe máquina, a energia é sempre decrescente no sentido do escoamento, isto é, a carga total a montante é sempre maior que a de jusante, desde que não haja máquina entre as duas. A potência dissipada pêlos atritos é facilmente calculável raciocinando da mesma maneira que para o cálculo da potência do fluido. A potência dissipada ou perdida por atrito poderá ser calculada por: H O Ndiss QH p12 2 Com: cq 2 1 é denominado 'perda de H1 H M H 2 H p12 v12 p1 v22 p2 z1 z2 2g 2g v2 cq H p12 carga'. Equação de Bernoulli: 2 H p12 H1 H 2 m1 m2 1V1 2 V2 1v1 A1 2v2 A2 4 1 A d 2 4 A A2 d1 d 24 2 1 A vazão será: Q A1 v1 A2v2 Exemplos: 1. Um tubo admite água ( = 1000 kg/m3) num reservatório cuja vazão é de 20 L/s. No mesmo reservatório é trazido óleo ( = 800 kg/m3) por outro tubo com vazão de 10L/s. A mistura homogênea formada é descarregada por um tubo cuja seção tem uma área de 30 cm2. Determinar a massa específica da mistura no tubo de descarga e a velocidade da mesma. Equação da energia para fluido real Nesse item será retirada a hipótese de fluido ideal; logo, serão considerados os atritos internos no escoamento do fluido. São mantidas as hipóteses de regime permanente, fluido incompressível, propriedades uniformes na seção e sem trocas de calor induzidas. Esta 3 última significa que não existe uma troca de calor Q1 20 Ls 20 103 ms ; provocada propositalmente; no entanto, ao se considerar 3 Q2 10 Ls 10 103 ms os atritos no escoamento do fluido, deve-se imaginar que haverá uma perda de calor do fluido para o Qm Q ambiente causada pêlos próprios atritos. Como será visto a seguir, a construção da equação da energia pode Q1 Q2 Q3 Q3 20 10 30 Ls 30 103 ms ser realizada sem se falar, explicitamente, dessa perda Qm1 Qm2 Qm3 aQ1 oQ2 mQ3 de calor. Da equação de Bernoulli sabe-se que, se o fluido 1000 0,02 800 0,01 0,03 933,33 kg m m m3 fosse perfeito. H1 = H2 (Figura 4.8). 3 m 933,33 mkg 3 Qm Avm vm 3 Qm 30 10 vm 10 ms A 30 104 vm 10 ms Se, no entanto, houver atritos no transporte do fluido, entre as seções (l) e (2) haverá uma dissipação da energia, de forma que H1 > H2. Querendo restabelecer a igualdade, será necessário somar no segundo membro a energia dissipada no transporte. H1 H 2 H p12 H p12 : energia perdida entre (l) e (2) por unidade de peso do fluido. 2. No tubo da figura, transporta-se ar. Na área da maior seção do tubo a área vale 25 cm2, a densidade 1,2 kg/m3 e a velocidade 10 m/s; no ponto de menor seção a área vale 5 cm2, a densidade 0,8 kg/m3. Determine na menor seção a velocidade e as vazões em massa, volume e em peso. v (1) (2) Qm1 Qm2 1 A1v1 2 A2v2 v2 1 A1v1 2 A2 2 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br v2 1, 2 25 10 v2 75 ms 0,8 5 Equação de Bernoulli: v2 v2 p1 gh1 1 p2 gh2 2 Q2 A2v2 Q2 5 104 75 Q2 0.0375 ms 2 3 Qm2 2Q2 Qm2 0.8 0.0375 Qm2 0.03 kgs 3 Qg 2 gQm2 Qg 2 9.81 0.03 Qg 2 0.29 Ns Equação da energia para fluido real Nesse item será retirada a hipótese de fluido ideal; logo, serão considerados os atritos internos no escoamento do fluido. São mantidas as hipóteses de regime permanente, fluido incompressível, propriedades uniformes na seção e sem trocas de calor induzidas. Esta última significa que não existe uma troca de calor provocada propositalmente; no entanto, ao se considerar os atritos no escoamento do fluido, deve-se imaginar que haverá uma perda de calor do fluido para o ambiente causada pêlos próprios atritos. Como será visto a seguir, a construção da equação da energia pode ser realizada sem se falar, explicitamente, dessa perda de calor. Da equação de Bernoulli sabe-se que, se o fluido fosse perfeito. H1 = H2 . 2 v2 p v2 h1 1 2 h2 2 H1 H 2 2g 2g p1 h h2 (2) H2( p2, v2 ,h2) M 3 H1( p1, v1 ,h1) h1 (1) H1 H M H 2 H p12 Números Adimensionais Número de Reynolds Expressa a relação entre a força de inércia e a Se, no entanto, houver atritos no transporte do fluido, entre as seções (l) e (2) haverá uma dissipação da força de atrito. energia, de forma que H1 > H2. v NR Querendo restabelecer a igualdade, será necessário somar no segundo membro a energia dissipada no transporte. H1 H 2 H p12 H p12 : energia perdida entre (l) e (2) por unidade de peso do fluido. Como H p12 H1 H 2 e como H1 E H2 são chamados cargas totais, H p12 é denominado 'perda de carga'. Se for considerada também a presença de uma máquina entre (l) e (2), a equação da energia ficará: H1 H M H 2 H p12 v12 p1 v2 p z1 H M 2 2 z2 H p12 2g 2g g g g v v NR NR g g Quanto maior o número de Reynolds, tanto maior a influência das forças de inércia e a sua diminuição corresponde um aumento das forças de viscosidade. Número de Froude Expressa a relação entre a força de inércia e a força de gravidade: V 2 L V2 L g Da equação deve-se notar que, no escoamento de Número de Weber um fluido real entre duas seções onde não existe Relaciona a força devida a pressão e a força de máquina, a energia é sempre decrescente no sentido do escoamento, isto é, a carga total a montante é sempre inércia: p maior que a de jusante, desde que não haja máquina Eeu entre as duas. V 2 A potência dissipada pêlos atritos é facilmente Número de Mach calculável raciocinando da mesma maneira que para o Expressa a relação entre a raiz quadrada da cálculo da potência do fluido. A potência dissipada ou força de inércia e a raiz quadrada da força relativa da perdida por atrito poderá ser calculada por: compressibilidade do fluido: Ndiss Q H p12 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br M ma V 2 L V 2 C M ma 4 V C h p1 p2 y2 y1 Para efeitos práticos, supõe-se que a energia consumida para vencer as resistências, que se opõem ao movimento é uma conseqüência do atrito do líquido contra as paredes do conduto. Admitindo-se que o líquido se deslize como um êmbolo dentro da tubulação, verifica-se que a perda de carga será proporcional à rugosidade das paredes do conduto. Considerando-se o prisma líquido entre as seções 1 e 2 , com seção transversal constante e igual a A e comprimento L, sobre ele estão agindo a gravidade e as pressões p1 e p2, nas referidas seções, sendo equilibradas pela resistência oferecida pela parede. Para se obter a equação geral da perda de carga, que é uma energia perdida por unidade de peso, basta escrever a equação de equilíbrio das forças que agem no prisma líquido. C: velocidade do som. Regimes de escoamento De acordo com o valor do número de Reynolds, o escoamento de um líquido pode ser classificado em 3 tipos, conforme mostra a experiência de Reynolds-Hagens. Na experiência, Reynolds-Hagens utilizaram um reservatório com água mantido à nível constante, alimentando um tubo transparente com uma válvula. Um líquido corante foi introduzido no tubo, vindo de um reservatório. Abrindo-se gradualmente a válvula, p R X L p h 1 y1 2 y2 primeiramente a velocidade é baixa e o líquido corante A se mantém em faixas, com a perda de carga sendo R: Tensão de atrito (N/m2). proporcional à velocidade (Δh α V). X: perímetro. Nessas condições tem-se o regime laminar A: área. que se dá teoricamente para Re ≤ 2.000. L: comprimento. Com o aumento da velocidade a perda de carga é proporcional ao quadrado da velocidade (Δh α V2) e o Verificou-se que a relação R/ é função da líquido corante começa a se ramificar, estabelecendo-se velocidade. Assim: o regime dito de transição ou estado crítico que ocorre R b v2 para: 2.000 < Re ≤ 4.000 . B: coeficiente experimental que depende da Para velocidade altas o líquido corante misturase completamente com a água, devido ao aumento da rugosidade e tem origem no atrito. Também se constatou turbulência e a perda de carga é proporcional ao que: quadrado da velocidade (Δh α V2), estabelecendo o f b regime turbulento para Re > 4.000. 8 g Fórmula fundamental para perda de carga A figura mostra um regime de escoamento permanente: f: coeficiente de atrito. Assim: h R X L f v2 X L A 8 g A A relação entre a área molhada de um conduto e o seu perímetro é conhecida como raio hidráulico (Rh). Assim para um conduto forçado e circular, tem-se: A P Rh 4 Rh A: área molhada; P : perímetro molhado. : diâmetro hidráulico. Assim: h Aplicando-se a equação de Bernoulli: v12 p1 v22 p2 y1 y2 h 2g 2g v1 v2 f v2 4 L 8 g Assim: L v2 h f 2g 4 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br f f NR , K 5 O valor do coeficiente de atrito f , nas fórmulas de perda de carga, é dado por expressões que o relacionam com a rugosidade da parede, com as propriedades do líquido e as dimensões do conduto, através do número de Reynolds. Para a determinação do coeficiente de atrito, podem ser utilizadas as fórmulas de: Prandtl; Blasius; Moody; Coolebrook e Nikuradse. Rugosidade ou aspereza, da parede interna de conduto, pode ser determinada através de um aparelho denominado rugosímetro, que mede a altura média das asperezas da parede interna do tubo, representada pela letra ― e ‖. Experiência de Nikuradse: Número de Reynolds: NR v g NR v g g Nikuradse realizou uma experiência que visou determinar como a função f variava para condutos com rugosidade uniforme. Fixou valores de , L DH, e no dispositivo indicado e, para diversas aberturas da válvula (diferentes velocidades) encontrou os valores de p1 e p2 indicados. Efetuada a experiência, construiu um gráfico de f em função do número de Reynolds e da razão: DH K f f NR , K 5 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 6 A fórmula geral da perda de carga foi deduzida, supondo que o prisma líquido se deslocasse no interior do conduto, com velocidade v, atritando com as paredes do mesmo. Essa hipótese não é verdadeira, porque junto à parede do conduto forma-se uma película aderente e imóvel de líquido. Assim o líquido que está em movimento, não está em contato direto com a parede do conduto, mas com uma camada de líquido estacionária, que é denominada camada limite ou laminar ou lamelar ou de Prandtl. Dessa maneira, os esforços tangenciais se originam pelo atrito entre duas camadas de líquido, uma estacionária e aderente a parede do conduto e outra em movimento. Segundo Prandtl, a espessura da camada limite, δ é dada por: e 3 Condutos lisos: Fórmula de Blasius N R 100000 f 0.316 N R0.25 Fórmula de Prandtl 1 2 log N R f 0.8 f Fórmula de Nikuradse 6 f 0.0032 0.0021 N R0.237 Condutos de transição A espessura da camada limite é tal, que o coeficiente de atrito é função da rugosidade e donúmero de Reynolds. e 8 3 Fórmula de Moody 1 6 3 20000 e 10 f 0.0055 1 NR Fórmula de Coolebrook 2e 1 18.7 1.74 2 log N f f R Condutos rugosos A espessura da camada limite é tal, que o coeficiente de atrito é função somente da rugosidade relativa. e 8 32.8 NR f Fórmula de Nikuradse f 1 2e 1.74 2 ln 2 Classificação dos condutos segundo a Fórmulas para cálculo da perda de carga camada limite: Comparando a rugosidade e com a Perda de carga distribuída: Δhd espessura da camada limite δ, um conduto pode ser A perda de carga distribuída é a que ocorre ao longo classificado em: liso, de transição ou rugoso. Portanto um mesmo conduto, dependendo das condições de do escoamento, na extensão do tubo. escoamento, pode ser classificado como liso, de Regime laminar: N R 2000 transição ou rugoso. O regime laminar ou de Poiseuille, é Cálculo do coeficiente de atrito f para: característico de escoamento com baixa velocidade, pequenos diâmetros e líquidos muito densos. A espessura da camada limite é tal, que a Segundo Poiseuille: rugosidade do tubo não tem influência na determinação 32 v L do coeficiente de atrito, que passa a ser função do hd 2 número de Reynolds. FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br hd 64 v 2 L 2 g 2 64 L v 2 hd NR g 64 f NR L v2 hd f g 7 Tipos de condutos Ferro Fundido ou aço galvanizado em uso Chumbo Ferro Fundido ou aço galvanizado novos b1 b2 0,00092 0,0014 0,00056 a 0,00062 0,00074 0,00086 a 0,00095 0,00113 Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao Utilizada para cálculo de condutos de pequeno Regime turbulento: N R 4000 diâmetro, nas instalações domiciliares (φ ≤ 50 mm). O regime turbulento ou hidráulico é característico Para tubos de aço ou ferro galvanizado, de escoamento com velocidades médias e altas, grandes conduzindo água fria: diâmetros e líquidos com baixa viscosidade. É o tipo de Q1.88 escoamento que mais ocorre. J 0.002021 4.88 Fórmula geral para perda de carga Para tubos de cobre ou latão: v C R J h J: perda de carga unitária (m/m). C: coeficiente de perda de carga. v: velocidade (m/s). Rh: raio hidráulico (m). Fórmula universal: L v2 hd f g Q 55.934 2.71 J 0.57 (água fria) Q 63.2812.71 J 0.57 (água quente) Fórmula de Hazen-Williams Válida para tubulações com φ ≥ 50 mm. Fórmula de Darcy Válida para tubulação de FoFo (Ferro Fundido) e 0,05m ≤ ≤ 0,50m. 4 b v2 b J Tubos Novos 0,0002535 Usados 0,000507 0,00000647 0,00001294 Fórmula de Flamant A fórmula de Flamant foi muito utilizada, devido a sua praticidade. Atualmente é utilizada para o cálculo de condutos de pequeno diâmetro (φ ≤ 100 mm), principalmente para tubos de PVC em instalações domiciliares. v1.75 Q1.95 J b1 1.25 J b2 4.75 J: Perda de carga unitária (m/m). Q: vazão (m³/s). v: velocidade (m/s). : diâmetro da tubulação (m). v 0.355 C 0.63 J 0.54 J 10.643 Q1.852 C 1.852 4.87 Q 0.2785 2.63 J 0.54 φ: diâmetro da tubulação (m) v: velocidade de escoamento (m/s) Q: vazão (m3/s) J: perda de carga unitária (m/m) C: coeficiente de Hazen-Williams; tabelado em função do tipo e do estado da tubulação Perda de carga localizada ou acidental: hL Ocorre perda de carga localizada ou acidental, devido à peças especiais, que são introduzidas nas instalações hidráulicas, com os seguintes objetivos: - mudança de direção de escoamento (curva ou cotovelo) - derivações (tê) - cruzamentos de tubulações (cruzetas) - mudanças de diâmetro (ampliação ou redução) - entrada e saída de reservatório - bloqueio e ou controle de vazão (válvula) - outras A perda de carga localizada pode ser calculada por dois métodos: Fórmula geral da perda de carga localizada As perdas de carga singulares ocorrem quando há perturbações bruscas (válvulas, cotovelos, etc.) no escoamento do fluido e são calculadas por expressões que envolvem análise dimensional, dadas por: hL K s v2 2g 7 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br ΔhL: perda de carga localizada (m). Ks: coeficiente de perda de carga localizada (tabelado em função da geometria da peça). v: velocidade de escoamento (m/s). g: aceleração da gravidade (9,81 m/s2). Singularidade Esquema Ks 1 Alargamento 8 A1 A2 1 Caso limite A1 A2 Estreitamento Caso Limite 0.5 Cotovelo a 90° 0.9 Válvula de gaveta Totalmente aberta Válvula tipo globo Totalmente aberta Válvula de retenção 0.5 Cotovelo 45º 0,40 Crivo 0,75 Curva 90º Curva 45º 0,40 0,20 Saída de canalização Tê passagem direta Tê saída lateral Tê saída bilateral Válvula de pé Válvula de retenção Válvula gaveta aberta Curva 22 1/2º 0,10 Entrada normal 0,50 em canalização Entrada de 1,00 borda Existência de 0,03 pequena derivação * Com base na velocidade maior (menor diâmetro) ** Relativa à velocidade na canalização Fonte: Manual de Hidráulica, Azevedo Netto 1,00 0,60 1,30 1,80 1,75 2,50 0,20 Detalhes das válvulas Válvula Gaveta 0.2 Válvula Globo 10 Rugosidade dos tubos Material Tubos novos e(m) Aço galvanizado Aço rebitado Aço revestido Aço soldado Concreto bem acabado Concreto ordinário Ferro fundido Ferro fundido com revestimento asfáltico 0,00015 à 0,00020 0,0010 à 0,0030 0,0004 0,00004 à 0,00006 0,0003 à 0,0010 Tubos usados e(m) 0,0046 0,0060 0,0005 à 0,0012 0,0024 - 0,0010 à 0,0020 0,00025 à 0,00050 0,00012 0,003 à 0,0050 0,0021 Fonte: Manual de Hidráulica, Azevedo Netto Tabela - Valores aproximados do coeficiente K de perda localizada Peça Ampliação gradual Bocais K 0,30 Peça (*) K Junção 0,40 2,75 2,50 (**) Comporta aberta Controlador de vazão Cotovelo 90º 1,00 Medidor Venturi Redução gradual Válvula de ângulo aberta Válvula globo aberta 2,50 0,90 Válvula de retenção Método do comprimento equivalente ou virtual: Leq Consiste em transformar uma peça inserida em uma instalação hidráulica, para efeito de cálculo, em um comprimento de tubulação retilínea de mesmo diâmetro 0,15 (*) e material da peça, de tal maneira que provoque a mesma perda de carga que a peça provoca. Esse 5,00 comprimento é denominado comprimento equivalente 10,00 (L ) e é tabelado em função do diâmetro, do material e eq 8 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br da peça. Obtém-se o comprimento equivalente da determinação da potência da máquina hidráulica seguinte maneira: instalada. v2 hL K s 2g Leq v 2 hL f 2g K Leq s f 9 9 Comprimentos equivalentes expressos em número de diâmetro 12 45 20 30 15 17 35 30 6 8 350 170 35 20 50 65 250 100 Peça Ampliação gradual Cotovelo 90º Cotovelo 45º Curva 90º Curva 45º Entrada normal Entrada de borda Junção Redução gradual Válvula gaveta aberta Válvula globo aberta Válvula ângulo aberta Saída de canalização Tê passagem direta Tê saída lateral Tê saída bilateral Válvula de pé e crivo Válvula de retenção Fonte: Manual de Hidráulica, Azevedo Netto Perda de carga total A perda de carga total será a soma das perdas de cargas distribuídas e localizadas: hT hd hL Instalações de racalque É o conjunto de equipamentos que permite o transporte e o controle do fluido. Compreende, em geral, um reservatório, tubos, singularidades, máquina e um reservatório de descarga. A tubulação vai desde o reservatório de tomada até a maquina é denominada tubulação de sucção. Geralmente contém uma válvula de pé com crivo na entrada (válvula de retenção com filtro), objetivando obstruir detritos na máquina e não permitindo o retorno do fluido ao desligar a bomba. A tubulação que liga o reservatório de descarga chama-se tubulação de recalque e contém uma válvula de retenção e um registro para o controle da vazão. O objetivo dessas instalações é a seleção e a Diâmetro (mm) Cotovelo 90° RL Cotovelo 90° RM Cotovelo 90° RC Cotovelo 45° 13 19 25 32 38 0,3 0,4 0,5 0,7 0,9 0,4 0,6 0,7 0,9 1,1 0,5 0,7 0,8 1,1 1,3 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 Curva 90° Curva 90° RD = 1 1/2 RD = 1 0,2 0,3 0,3 0,4 0,5 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Curva 45° Entrada Normal Entrada de borda 0,2 0,2 0,2 0,3 0,3 0,2 0,2 0,3 0,4 0,5 0,4 0,5 0,7 0,9 1,0 Válvula Gaveta aberta 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 50 63 75 100 125 150 200 250 300 350 10 1,1 1,3 1,6 2,1 2,7 3,4 4,3 5,5 6,1 7,3 1,4 1,7 2,1 2,8 3,7 4,3 5,5 6,7 7,9 9,5 Diâmetro (mm) Válvula Globo aberta 1,7 2,0 2,5 3,4 4,2 4,9 6,4 7,9 9,5 10,5 Válvula ângulo aberta 0,8 0,9 1,2 1,5 1,9 2,3 3,0 3,8 4,6 5,3 0,6 0,8 1,0 1,3 1,6 1,9 2,4 3,0 3,6 4,4 0,9 1,0 1,3 1,6 2,1 2,5 3,3 4,1 4,8 5,4 0,4 0,5 0,6 0,7 0,9 1,1 1,5 1,8 2,2 2,5 Tê passagem direta Tê saída lateral Tê saída bilateral Válvula de pé e crivo 0,7 0,9 1,1 1,6 2,0 2,5 3,5 4,5 5,5 6,2 Saída da canalização 1,5 1,9 2,2 3,2 4,0 5,0 6,0 7,5 9,0 11,0 Válvula de retenção tipo leve 0,4 0,4 0,5 0,7 0,9 1,1 1,4 1,7 2,1 2,4 Válvula de retenção tipo pesado 1,6 2,4 3,2 4,0 4,8 6,4 8,1 9,7 12,9 16,1 19,3 25,0 32,0 38,0 45,0 13 4,9 2,6 0,3 1,0 1,0 3,6 0,4 1,1 19 6,7 3,6 0,4 1,4 1,4 5,6 0,5 1,6 25 8,2 4,6 0,5 1,7 1,7 7,3 0,7 2,1 32 11,3 5,6 0,7 2,3 2,3 10,0 0,9 2,7 38 13,4 6,7 0,9 2,8 2,8 11,6 1,0 3,2 50 17,4 8,5 1,1 3,5 3,5 14,0 1,5 4,2 63 21,0 10,0 1,3 4,3 4,3 17,0 1,9 5,2 75 26,0 13,0 1,6 5,2 5,2 20,0 2,2 6,3 100 34,0 17,0 2,1 6,7 6,7 23,0 3,2 8,4 125 43,0 21,0 2,7 8,4 8,4 30,0 4,0 10,4 150 51,0 26,0 3,4 10,0 10,0 39,0 5,0 12,5 200 67,0 34,0 4,3 13,0 13,0 52,0 6,0 16,0 250 85,0 43,0 5,5 16,0 16,0 65,0 7,5 20,0 300 102,0 51,0 6,1 19,0 19,0 78,0 9,0 24,0 350 120,0 60,0 7,3 22,0 22,0 90,0 11,0 28,0 Fonte: Hidráulica Geral, Paschoal Silvestre;Obs.: RL = Raio Longo RM = Raio Médio RC = Raio Curto Diâmet Joelho Joelho Curva Curva Tê 90º Tê 90º Tê 90º Entrada Entrada Saída da ro mm 90º 45º 90º 45º passagem saída saída normal de canalizaçã direta lateral bilateral borda o 20 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3 2,3 0,3 0,9 0,8 25 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4 2,4 0,4 1,0 0,9 32 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1 3,1 0,5 1,2 1,3 40 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6 4,6 0,6 1,8 1,4 50 3,2 1,3 1,2 0,6 2,2 7,3 7,3 1,0 2,3 3,2 60 3,4 1,5 1,3 0,7 2,3 7,6 7,6 1,5 2,8 3,3 75 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8 7,8 1,6 3,3 3,5 85 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0 8,0 2,0 3,7 3,7 110 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3 8,3 2,2 4,0 3,9 140 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3 10,0 10,0 2,5 5,0 4,9 160 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1 11,1 2,8 5,6 5,6 Fonte: Hidráulica Geral, Paschoal Silvestre Diâmetro Válvula de pé e Válvula de Válvula de Válvula globo Válvula gaveta Válvula ângulo externo mm crivo retenção tipo retenção tipo aberta aberta aberta leve pesado 20 8,1 2,6 3,6 11,1 0,1 5,9 25 9,5 2,7 4,1 11,4 0,2 6,1 32 13,3 3,8 5,8 15,0 0,3 8,4 40 15,5 4,9 7,4 22,0 0,4 10,5 50 18,3 6,8 9,1 35,8 0,7 17,0 60 23,7 7,1 10,8 37,9 0,8 18,5 75 26,0 8,2 12,5 39,0 0,9 19,0 85 26,8 9,3 14,2 40,0 0,9 20,0 110 28,6 10,4 16,0 42,3 1,0 22,1 140 37,4 12,5 19,2 50,9 1,1 26,2 160 43,4 13,9 21,4 56,7 1,2 28,9 Fonte: Hidráulica Geral, Paschoal Silvestre seção (2) é 0,16 MPa, a vazão é l0 L/s, a área da seção dos tubos é l0 cm2 e a perda de carga entre as seções (l) e (4) é 2 m. Não é dado o sentido do escoamento, H2O 104 N m3 ; g = 10 m/s2. Exemplos: Solução l. Na instalação da figura, verificar se a máquina Deve ser notado, inicialmente, que a seção (4) é o é uma bomba ou uma turbina e determinar a sua potência, sabendo que seu rendimento é 75%. Sabe-se nível do reservatório inferior sem incluir a parte interna que a pressão indicada por um manômetro instalado na do tubo, já que nesta não se conhece a pressão. 10 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Sabe-se que o escoamento acontecerá no sentido das cargas decrescentes, num trecho onde não existe máquina. Para verificar o sentido, serão calculadas as cargas nas seções (l) e (2). A figura mostra a variação de v(r) com r. (a) Encontre a velocidade média: v v r dA A dA A (b) Mostre que: vm 1 vmax 2 11 H1 v12 p1 z1 0 0 24 24m 2g H2 v22 p2 z2 2g v2 Q 10 103 10 m s A 10 104 v22 p2 H2 z2 2g H2 102 0,16 106 4 25m 2 10 104 Como H2> H1, conclui-se que o escoamento terá o sentido de (2) para (1) ou de baixo para coma, sendo a máquina, portanto, uma bomba. Aplicando-se a equação da energia entre as seções (4) e (1), que compreendem a bomba. Lembrar que a equação deve ser escrita no sentido do escoamento. 17 r v r vmax 1 R Mostre que: vm 49 vmax 60 4. Na instalação da figura, a máquina é uma bomba e o fluido é água. A bomba tem uma potência de 5 kW e seu rendimento é 80 %. A água é descarregada à atmosfera com uma velocidade de 5 m/s pelo tubo cuja área de seção é 10 cm2 Determinar a perda de carga do fluido entre (1) e (1) e a potência dissipada ao longo da tubulação. Dados: H2O=104N/m3; g = 10m/s2. (1) 5m (2) B H 4 H B H1 H p14 v42 p4 H4 z4 2g H1 24m H4 0 H p 2 11 3. No escoamento turbulento de um fluido em condutos circulares, o diagrama de velocidades é dado pela equação: Solução: H1 H B H 2 H p12 H1 v12 p1 z1 0 0 5 H1 5m 2g 14 H B H1 H 4 H p14 24 0 2 26 PotB QH B 104 10 103 26 3470W 3, 47kW B 0,75 2. No escoamento lamelar de um fluido em condutos circulares, o diagrama de velocidades é representado pela equação: r 2 v r vmax 1 R onde vmax é a velocidade no eixo do conduto, R é o raio do conduto e r é um raio genérico para o qual a velocidade v é genérica. Sendo vm a velocidade média: R 1 vm v r dA dA 2 r dr A0 H2 v22 p2 52 z2 00 2g 2 10 H 2 1.25m Q HB PB B HB B PB P Q v A HB B B Q v A 3 0.8 5 10 HB 4 10 5 10 104 H B 80m H1 H B H 2 H p12 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H p12 H1 H 2 H B PotT H p12 5 1.25 80 H p12 83.75m Pdiss Q H p1,2 Pdiss 104 5 10 83.75 Pdiss 4190W Pdiss 4.19kW 12 5. A equação de Bernoulli, quando há uma máquina entre os pontos (1) e (2) e o deslocamento do fluido se dá de (1) para (2) pode ser reescrita da forma, considerando que há uma perda de carga Hp12 (Energia perdida por unidade de peso) de 3m : h h2 (2) H2( p2, v2 ,h2) Pot QH B T PotT Pot Considere que não há perda de carga (Hp12=0) na figura abaixo: (1) (2) 12 24 m 5m M Considere o reservatório grande fornecendo água para o tanque a 10L/s. Verifique se a máquina instalada é bomba ou turbina e determine sua potência, se o seu rendimento é de 75%. Supor fluido ideal. Dados: Atubos = 10 cm2; g = 10m/s2; a=104N/m3. 6. Na instalação da figura, verificar se a máquina é uma bomba ou uma turbina e determinar a sua potência, sabendo que seu rendimento é 70%. Sabe-se que a pressão indicada por um manômetro instalado na seção (2) é 0,17 MPa, a vazão é l2 L/s, a área da seção dos tubos é l0 cm2 e a perda de carga entre as seções (l) e (4) é 2 m. Não é dado o sentido do escoamento: 2 H O 104 N m3 ; g = 10 m/s . M H1( p1, v1 ,h1) h1 Potência da Turbina e rendimento: (1) 2 H1 H M H 2 H p12 H1 Se HM > 0 Bomba Pot v2 Solução: 2 1 v p 1 z1 0 0 24 24m 2g Q 12 103 12 m s A 10 104 H2 PotB Potência da Bomba e rendimento: Pot QH B B Pot PotB Se HM < 0 turbina Pot H2 v22 p2 z2 2g 122 0,17 106 4 27.2m 2 10 104 Como H2> H1, conclui-se que o escoamento terá o sentido de (2) para (1) ou de baixo para coma, sendo a máquina, portanto, uma bomba. Aplicando-se a equação da energia entre as seções (4) e (1), que compreendem a bomba. Lembrar que a equação deve ser escrita no sentido do escoamento. FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H 4 H B H1 H p14 H4 8000 0.0026 10 kg Qm 2.1 s Qm v42 p4 z4 2g H1 24m H4 0 H p 2 Qg g Qm Qg 21 N s 14 H B H1 H 4 H p14 24 0 2 26 8. Na extremidade de uma tubulação de diâmetro D, acha-se instalado um bocal que lança um jato de água na atmosfera com diâmetro de 2 cm. O manômetro 7. Quais são as vazões de óleo em massa e em peso metálico registra uma pressão de 20 kPa e a água sobe do tubo convergente da figura, para elevar uma coluna no tubo de Pitot até a altura de 2.5 m. Nessas condições, de 20 cm de óleo no ponto (0)? determinar: (a) A vazão em peso do escoamento. 80 mm 40 mm (b) O diâmetro D do tubo admitindo escoamento permanente e sem atrito. a = 10 N/L 20 cm PotB 13 QH B 104 12 103 26 4457.14W 4.457kW B 0, 70 D (1) (0) (2) (1) Solução: v02 p0 v2 p z0 1 1 z1 2g 2g p0 0.2 v22 h v2 2 g h v2 7.07 ms 2g Qg D22 v2 4 Qg 104 0.022 7.07 4 v12 v02 p0 2g 2g v12 v02 0.2 20 v12 v02 4 A0 v0 A1 v1 D02 D12 v0 v1 4 4 802 402 v0 v1 v1 4v0 4 4 16v02 v02 4 v0 0.52 Q Q 2 D0 v0 4 m s 0.082 0.52 4 Q 0.0026 m3 l Q 2.6 s s Qm Q Qm Q g Solução: (a) Qg 22.2 N s v12 p1 v22 p2 z z2 (b) 1 2g 2g v12 v22 p1 2g 2g v12 7.072 20 103 v1 3.16 ms 2 g 2 10 104 D12 D22 v1 v2 4 4 D1 D2 v2 v1 D1 3cm 13 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 9. Um dos métodos para se produzir vácuo numa 10. Desprezando os atritos do pistão da figura, câmara é descarregar água por um tubo convergente- determinar: divergente, como é mostrado na figura. Qual deve ser a vazão em massa de água pelo convergente-divergente (a) a potência da bomba em kW se seu rendimento para produzir uma depressão de 22 cm de mercúrio na for 80%. câmara da figura? Dados: desprezar as perdas de carga. (b) a força que o pistão pode equilibrar a haste. N 5 N ; Hg 1.36 10 3 m m3 m g 10 2 s D1 72mm D2 36mm H O 104 2 14 14 Câmara patm H 2O (1) (2) Dados: A2 = A3 = A4 = A5 = A6 = 10 cm2 AG = 8 cm2; Ap = 20 cm2; AH = 10 cm2 Hp1,2 = Hp1,4 = 0.5 m; Hp4,5 = 0. Solução: (a) Solução: p2 Hg h p2 1.36 105 0.22 p2 29920Pa v12 p1 v2 p z1 2 2 z2 2g 2g p2 29920 v22 v12 20 104 v22 v12 59.84 A1 v1 A2 v2 v22 v12 2 g D12 D22 v1 v2 4 4 v2 4v1 v1 2 ms Qm Q g Qm A1 v1 g D12 Qm v1 g 4 Qm 104 0.0722 2 10 4 Qm 8.14 kgs v62 p6 v12 p1 z1 H B z6 H p1,6 2g 2g v2 z1 H B 6 H p1,6 2g 2 v H B 6 H p1,6 z1 2g 102 24 20 H B 3m Q A6 v6 HB Q 10 10 104 m3 Q 0.01 s Q HB PB B 104 0.01 3 PB 0.80 PB 375W (b) p4 Ap pG Ap AH F F p4 Ap pG Ap AH v2 p v42 p4 z4 6 6 z6 H p4,6 2g 2g FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br p4 H p4,6 p4 H p4,6 p4 104 1 p4 104 Pa v52 v42 2 g Equação manométrica: p4 p5 F h v2 p v42 p4 z4 G G zG 2g 2g pG p4 v42 vG2 2g Q AG vG vG 15 p4 p5 1.2 105 104 0.8 p4 p5 8.8 104 Pa 8.8 104 104 v52 v42 176 A4 v4 A5 v5 3 A5 v4 A5 v5 v5 3 v4 v52 v42 2 10 Q AG 0.01 8 104 m vG 12.5 s 2 pG p4 v4 vG2 2g vG 3v4 2 v42 176 9v42 v42 176 176 m v4 4.7 8 s 4 Q4 A4 v4 Q4 100 10 4.7 v4 pG 104 102 12.52 104 104 20 pG 1.81104 Pa Q4 0.047 F p4 Ap pG Ap AH (b) F 104 20 104 1.81104 20 104 10 104 11. Sabendo que a potência da bomba é 3 kW, seu rendimento é 75 % e que o escoamento é de (1) para (2), determinar: (a) a vazão. (b) a carga manométrica da bomba. (c) a pressão do gás. Dados: 3A5 = A4 = 100 cm2 Hp1,2 = Hp5,6 = 1.5 m; Hp1,4 = 0.7m. 2 N m3 Gás (6) 4m (2) (3) (4) (5) Q HB B P HB B B Q 2m h = 0.8m F =1.2.105N/m3 (c) v62 p6 v p1 z1 H B z6 H p1,6 2g 2g p p H B 6 z6 H p1,6 6 H B z6 H p1,6 p p H B 6 z6 H p1,6 6 H B z6 H p1,6 2 1 H p1,6 H p1,2 H p3,4 H p5,6 H p1,6 1.5 1.5 0.7 H p1,6 3.7m (H2O) 3 103 0.75 104 0.047 H B 4.8m HB p6 H B z6 H p1,6 B (1) m3 s PB F 38.1N H O 104 p4 p5 Solução: (a) v52 p5 v42 p4 z4 z5 2g 2g p6 104 4.8 6 3.7 p6 4.9 104 Pa p6 4.9 104 Pa p6 49kPa 15 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 12. Dado o dispositivo, calcule a vazão de hf f escoamento de água no conduto. v12 p1 v2 p z1 2 2 z2 2g 2g Tubulação de aço: K = 4.6.10-5m 0.45 104 5 K 4.6 10 K p1 p2 v22 v12 2g p1 p2 m h A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 5 104 , 104 K p1 p2 6 104 1104 0.2 16 f 0.021 p1 p2 1102 Pa 1000 1.192 h f 0.021 0.45 2 10 h f 3.3m p1 p2 v v 2g 2 2 2 1 p1 h p1 3.8 10 Pa 4 p1 p2 1102 Pa p2 20kPa L v2 DH 2 g 14. Calcular a vazão num conduto de ferro fundido, sendo dados D = 10 cm, = 0.7.10-6 m²/s e sabendo que os dois manômetros instalados a uma distância de 10m indicam, respectivamente, 0.15MPa e 0.145 MPa. Dado: a = 104N/m³. p1 20 103 1102 p1 20100Pa 2p A1 v1 A2 v2 v1 p1 13. Determinar a perda de carga por km de comprimento de uma tubulação de aço de seção circular de diâmetro 45 cm. O fluido é óleo com viscosidade cinemática = 1.06.10-5 m²/s e a vazão é 190 L/s. Solução: Tubulação de aço: k = 4.6.10-5m. D = DH = 0.45m Q Q Av v A 4Q 4 190 103 v D 2 0.45 m v 1.19 s Número de Reynolds: v v NR g v DH NR 1.19 0.45 NR 1.06 105 N R 5 104 NR p2 (1) L = 10 m (2) Solução: p1 p2 0.15 0.145 106 h 0.5m h1,2 1,2 104 L v2 hL f DH 2 g h1,2 v f 2 g hL DH f L 2 g hL DH v2 L Nota-se que o valor de f é função de: D f f NR f , H K 16 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Calculando: 17 NR f v DH NR v DH 2 g hL DH NR f v2 L D 2 g hL DH NR f H L 0.1 2 10 0.5 0.1 NR f 0.7 106 10 4 N R f 4.5 10 DH DH D 0.1 H 385 4 K 2.59 10 D f f N R f 4.5 104 , H 385 K D f f N R f 4.5 104 , H 385 0.027 K 2 g hL DH v f L v hL f v 4Q L 8 Q2 h f L D 2 D 5 2 g 8 f L Q2 D5 hL 2 g 1a tentativa: Adotando-se f1 = 0.02 D1 5 D1 v1 N R1 5 8 0.02 600 19 103 17 2 3 2 10 D1 0.164m 4Q 4 19 103 m v v1 0.9 1 2 2 D1 0.164 s v1 D 0.9 0.164 N R1 N R1 4.92 104 6 3 10 D1 DH 0.164 3.56 4.6 105 8 f2 L Q2 D2 5 hL 2 g Note que podemos azer: v 8 f1 L Q 2 hL 2 g 2a tentativa: Adotando-se f2 = 0.023 2 10 0.5 0.1 m v 1.92 0.027 10 s NR L v2 DH 2 g v DH N v R DH D2 2.8 105 0.7 106 m v 1.96 0.1 s 5 8 0.023 600 19 103 2 3 2 10 D2 0.165m Veja que não há variação significativa no O primeiro resultado é de maior confiabilidade, número de Reynolds e na razão D/ diâmetro com mudanças no diâmetro. Assim: pois a leitura de f é mais precisa, pela escala utilizada. Assim: D 0.165m Q Av Q D 2 v 4 0.12 1.92 4 m3 Q 1.51102 s L Q 15.1 s Q 15. Calcular o diâmetro de um tubo de aço que deverá transportar uma vazão de 19L/s de querosene (viscosidade cinemática: = 3.10-6 m²/s) a uma distância de 600 m, com uma perda de carga de 3m. Solução: 16. Na instalação da figura, a bomba B recalca a água do reservatório R1 para o reservatório R2, ambos em nível constante. Desprezando as perdas de carga singulares, calcule: (a) A vazão da tubulação. (b) A potência na bomba em kW quando o rendimento é 75%. (2) R2 10 m R1 (1) B FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Solução: (a) Como desprezíveis: as hL f v NR f 18 NR f perdas singulares são L v2 DH 2 g H B 10 4 14m 2 g hL DH f L DH 2 10 10 1106 50 2.552 4.064m 0.1 2 10 H B z2 z1 H p1,2 H p1,2 hL 0.025 2 g hL DH L 2 2 10 10 10 4 50 N R f 4 104 Q HB 104 20 103 14 PBe PBe B 0.73 PBe 3.8kW 17. Dada a tubulação na figura, cuja seção (2) está aberta à atmosfera, calcular: (a) a perda de carga entre as seções (1) e (2). (b) a vazão em volume. Sabe-se que o escoamento é laminar. Dados: = 9.103N/m³; = 0.5.10-³m²/s; L12 = 30m; D = 15 cm; p1 = 32.8 kPa. DH 10 102 D H 400 4 2.5 10 p1 Pelo diagrama de Moody-Rouse: D f f N R f 4 104 , H 400 0.025 K 2 g hL DH v f L 2 10 10 102 4 m v v 2.55 0.025 50 s 2 D Q Av Q v 4 10 102 Q 2.55 4 m3 Q 20 103 s Q 20 (1) L s H1 H B H 2 H p1,2 H B H 2 H1 H p1,2 p2 p1 z2 z1 H 2 H1 z2 z1 H 2 H1 H 2 H1 10m L v2 hL f DH 2 g H p1,2 hL 0.025 50 2.552 0.1 2 10 L12 (2) Solução: H1 H 2 H p1,2 (b) Montando a equação da energia entre (1) e (2) teremos: H p1,2 D p1 p2 z1 z2 p H1 H 2 1 H1 H 2 H p12 H p12 32.8 103 H1 H 2 H p12 3.64m 9000 L v2 H p1,2 hL f DH 2 g Como o escoamento é laminar: f H p1,2 hL 64 NR 64 L v 2 N R DH 2 g 64 L v 2 H p1,2 hL v DH DH 2 g 64 v L H p1,2 hL 2 g DH2 18 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br hL 2 g DH2 64 L h 2 g DH4 Q A v Q L 256 L L Q 30.1 s v 19 18. No trecho (1) – (5) de uma instalação existem: uma válvula de gaveta (2), uma válvula tipo globo (3) e um cotovelo (4). Sendo a tubulação de aço de diâmetro 2‖ (5cm), determinar a perda de carga entre (1) e (5) sabendo que a vazão é 2L/s e que o comprimento da tubulação entre (1) e (5) é 30 m. Dado: = 10-6m²/s. NR v DH 1 5 102 NR 106 N R 5 104 Para aço: k 4.6 105 m DH DH D 5 102 H 1090 5 k 4.6 10 Pelo diagrama de Moody-Rouse: D f f N R 5 104 , H 1090 0.025 k 51 12 h f 0.025 5 102 2 10 h f 1.28m 19. Sendo a pressão p8 mantida igual a 532 kPa constante, determinar a potência da bomba de rendimento 0.7 e a pressão de entrada dela se a vazão for 40 L/s. Dados: Tubos de ferro galvanizado: K = 0.15.10-3m; ks1 = 15; ks2 = ks6 = 10; ks7 = 1; ks4 = 0.5; pvH2O = 1.96 kPa (abs.); = 104 N/m²; = 10-6 m²/s; patm = 101 kPa Solução: O comprimento das singularidades é desprezado e supõe-se que a perda de carga distribuída seja devida a 30 m de tubulação. Assim: H p1,5 h f1,5 hs2 hs3 hs4 Da tabela de um fabricante, obtém-se: Válvula gaveta (2‖): Leq2 = 0.335m Válvula tipo globo (2‖): Leq3 = 17.61 m Cotovelo (2‖): Leq4 = 3.01 m. Tudo se passa como se a tubulação tivesse um comprimento de: L Lreal Leq( 2) Leq(3) Leq( 4) L 30 0.335 17.61 3.01 L 51m L v2 hf f DH 2 g Solução: A velocidade será: DH2 4Q Q A v Q v v 4 DH2 v 4 2 103 5 10 2 2 v 1 m s Nota-se que os diâmetros da sucção e do recalque são diferentes. Portanto, o cálculo das perdas deverá ser feito separadamente. Se os diâmetros fossem os mesmos, poderíamos efetuar o cálculo diretamente entre as seções (0) e (8). H 0 H B H8 H p0,8 Assumindo o PHR no nível (0), tem-se H0 = 0. 19 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H p0,8 k8 v82 p 532 103 8 z8 H p0,8 0 7.5 2 g 104 H p0,8 60.7m H p0,8 h fS h f R hsS hsR Sucção: Q A vS Q DH2 4Q vS vS 4 DH2 4 40 103 v 15 102 20 NR 2 v 2.26 m s Perda distribuída: DH DH D 15 102 H 1000 3 k 0.15 10 Pelo diagrama de Moody-Rouse: D f S f N R 3.4 104 , H 1000 0.021 k 2 L v h fS f S S S DH S 2 g 12 2.262 15 102 2 10 h fS 0.43m h f S 0.021 hsS 6.61m 2 2.26 2 10 hpe hs f hsS 0.43 6.61 7.04m Recalque: 2 D 15 vR S vS vR 2.26 10 DR m vR 5.1 s 2 Perda distribuída: v DH 5.110 102 NR NR 106 N R 5.1105 Perda singular: vR2 vR2 vR2 vR2 hsR ks4 ks5 ks6 ks7 2 g 2 g 2 g 2 g hsR ks4 ks5 ks6 ks7 vR2 2 g 5.12 hsR 0.5 10 0.9 1 2 10 hsR 16.1m H p5,8 hsR hsR 10.8 16.1 26.9m H 0 H B H8 H p0,8 2 S hsS 15 0.9 10 36 5.12 10 102 2 10 h f R 10.8m H p0,8 H p0,e H p5,8 7 26.9 33.9m v v v ks2 ks3 2 g 2 g 2 g 2 v hsS ks1 ks2 ks3 S 2 g hsS ks1 D f R f N R 5.1105 , H 666 0.023 k 2 L v hfR f R R R DH R 2 g A perda total na instalação será: Perda singular: 2 S Pelo diagrama de Moody-Rouse: h f R 0.023 v DH 2.26 15 102 NR 106 N R 3.4 105 2 S DH DH D 10 102 H 666 3 k 0.15 10 H B H8 H p0,8 H 0 H B 60.7 33.9 0 H B 94.6m A potência da bomba será: Q HB 4 10 40 103 94.6 PB 0.7 PB 54kW PB Pressão na entrada: Aplicando a equação da energia entre (0) e (e): H 0 H M H e H p0,e 0 0 H e H p0,e ve2 pe 0 ze H p0,e 2g ve2 pe ze H p0,e 2g 20 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br peabs 2.262 pe 104 0.5 7 2 10 pe 77.5kPa pe patm peabs 77.5kPa 101kPa peabs 23.5kPa peabs 23.5kPa pv 1.96kPa vm3 vmax3 vm3 0.0628 m s 21. O esquema a seguir representa um canal com 25 cm de largura. Admitindo escoamento bidimensional e sendo o diagrama de velocidades dado por: v 30 y y 2 Logo, a tubulação está bem dimensionada. 21 49 49 vm3 0.07696 60 60 20. Água escoa num conduto que possui dois onde y está em cm e v em cm/s. Determinar a velocidade ramais de derivação. O diâmetro do conduto principal é média na seção. 15 cm e os das derivações são 2.5 cm e 5 cm, vm = 66.7 cm/s respectivamente. O perfil de velocidades no conduto principal é: r 2 v r vmax1 1 R1 e nas derivações: r v r vmax 2,3 1 R2,3 1 7 Exemplos resolvidos 1. Determinar a vazão de água no tubo Venturi, mostrado na figura abaixo, sabendo-se que a diferença Se vmax1 = 0.02 m/s e vmax2 = 0.13 m/s, de pressão entre os pontos A e B é igual a 5.286kgf/m². Resp.: Q = 172 L/s determinar a velocidade média no tubo de 5 cm de diâmetro. (3) 5cm 15cm (1) 2.5cm (2) Solução: Q1 Q2 Q3 A1 vm1 A2 vm2 A3 vm3 d32 49 d12 1 d 22 49 vmax1 vmax2 vmax3 4 2 4 60 4 60 152 1 2.52 49 52 49 vmax1 vmax 2 vmax3 4 2 4 60 4 60 225 306.25 1225 0.02 0.13 vmax3 8 240 240 0.5625 0.17 5.1 vmax3 vmax3 0.07696 m s Solução: H A HB vA2 p A v2 p y A B B yB 2g 2g AA vA AB vB 2A 2B vA vB 4 4 2B v A 2 vB A 1502 vA vB 3002 1 vA vB vB 4vA 4 2 vA pA v2 p y A B B yB 2g 2g 21 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br p A pB v2 v2 yB y A B A 2g vC 4vA vA2 5286 10 0.75 104 2 9.81 2 16vA vA2 5.286 0.75 19.62 19.62 5.286 19.62 0.75 15vA2 2B vB C2 2 vC 1 vC vB vB 4 vC 4 Q 4Q vC vC 2 C C2 4 4 0.105 m vC vC 2.139 2 0.250 s 103.711 14.715 15vA2 22 vA2 103.711 14.715 88.996 vA 15 15 m vA 2.436 s vB 4 vC vB 4 2.139 vB 8.556 Q AA vA 2A vA 4 0.32 Q 2.436 4 m3 Q 0.1722 s 1000 L s L Q 172.2 s Q 0.1722 2. Calcular a pressão relativa no início do duto de 250mm de diâmetro e a altura ―h‖ de água, sabendose que a vazão é de 105 L/s e descarrega na atmosfera. Resp.: p1 = 0,350 kgf/cm2 h = 3,73 m (A) vA2 p A v2 p y A B B yB 2g 2g m s 8.5562 h 2 9.81 h 3.7311m (B) Solução: 22 vC2 pC v2 0 0 B 0 2g 2g 2 p 2.139 8.5562 0 C4 0 0 2 9.81 10 2 9.81 p 0.233196 C4 3.731148 10 pC 3.731148 0.233196 104 pC 34979.53Pa N 1 kgf 1Pa 1 2 4 m 9.8110 cm2 kgf pC 0.35 2 cm v2 vB 2 g h h B 2 g Q (C) 1252 vB 2502 3. Sabe-se que, no sistema abaixo, as pressões relativas nos pontos ―A‖ e ―B‖ são respectivamente 1,5 e -0,35 kgf/cm2 e a vazão de água é igual a Q = 0,21 m3/s. Determinar a potência real da turbina, para rendimento de 60%. Resp.: PrT = 33,5 cv vB2 0 02 0 h 0 vB 2 g h 2g 2g vC2 pC v2 p yC B B yB 2g 2g AC vC AB vB 105 L m3 0.105 s s C2 2B vC vB 4 4 Solução: H O 9.81103 2 N N kgf 104 3 103 3 2 m m m FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br H A H B HT vA2 pA vB2 pB yA yB H T 2g 2g AA vA AB vB 2A 2B vA vB 0.21 4 4 3002 6002 vA vB vA 4vB v32 p3 v22 p2 4 4 y2 y3 2g 2g kgf 4 N 1 2 9.8110 2 cm m p2 3.2942 9.152 0.5 9.81104 0 6.1 3 3 0.32 0.62 2 9.81 9.81 10 2 9.81 9.81 10 vA vB 0.21 p2 4 4 0.553029 4.2672 5 6.1 3 4 0.21 m 9.81 10 vA vA 2.97 p2 0.32 s 5.3672 0.553029 3 vA 2.97 m 9.81 10 vB vB vB 0.743 4 4 s 2 2 kgf vA pA v p p2 4814.17 2 y A yB B B H T m 2g 2g 1 2 4 m 2.972 1.5 9.81104 0.7432 0.35 9.8110 Q A v A v v2 v1 3.294 1 H 2 2 1 1 T 3 3 s 2 9.81 9.8110 2 9.81 9.8110 H 0 H1 0.44959 15 1 0.028137 3.5 HT Q 23 32 22 v2 v3 4 4 2 1502 v2 32 v3 v2 9.15 2 2502 m v2 3.294 s H 2 H3 16.44959 3.471863 HT HT 19.921453m v02 p0 v12 p1 y0 y1 2g 2g PT T Q HT p1 02 0 3.3942 30.5 0 2g 2 9.81 9.81103 p1 30.5 0.58711 9.81103 p1 30.5 0.58711 9.81103 PT 0.6 9.81103 0.2119.921453 PT 24624.11W 1cv 735W 1HP 1.014CV 24624.11 PT W PT 33.5cv 735 4. Calcular a potência real da turbina (ηT = 70%) e as pressões relativas nos pontos 1 e 2, do sistema mostrado na figura abaixo. Resp.: PrT = 38 cv p1 = 2,99 kgf/cm2 p2 = 0,481 kgf/cm2 p1 293445.4509Pa 1 kgf p1 293445.4509 4 9.8110 cm2 kgf p1 2.99 2 cm H1 HT H 2 v12 p1 v2 p y1 HT 2 2 y2 2g 2g HT Solução: H O 9.81103 104 2 Q A2 v2 A3 v3 N m3 HT v2 p v22 p2 y2 1 1 y1 2g 2g v12 p1 v2 p y1 2 2 y2 2g 2g p p2 HT 1 23 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 293445.4509 47227.007 9.81103 HT 25.1328m PT T Q HT Q A3 v3 v1 0.4804 HT 32 v3 4 0.152 Q 9.15 4 m3 Q 0.16169 s 3 PT 0.7 9.8110 0.16169 25.13 PT 27902.47W 1cv 735W 1HP 1.014CV 27902.47 PT W PT 37.96cv 735 Q 24 5. Calcular a potência teórica da bomba, no sistema mostrado na figura abaixo, sabendo-se que as pressões relativas nos pontos 1, 2 e 3 são respectivamente: -2.290 kgf/m²; 15.000 kgf/m² e 11.220 kgf/m². Resp.: PtB = 7,9 cv Solução: Q A2 v2 A1 v1 A3 v3 32 12 22 v1 v2 v3 4 4 4 2 3002 v2 12 v1 v2 v1 v2 4 v1 2 1502 v3 m s v2 4 v1 v2 4 0.4804 v2 1.9216 v3 18.367 v1 v3 18.367 0.4804 m v3 8.8235 s H1 H B H 2 HB v2 p v22 p2 y2 1 1 y1 2g 2g HB HB v22 v12 p2 p1 2g 1.92162 0.4816752 15000 2290 9.81 2 9.81 9.81103 H B 0.17637 17.29 H B 17.46637m PB Q H B 12 PB v1 H B 4 0.32 PB 9.81103 0.4804 17.46637 4 PB 5818.446W 1 1W cv 735 5818.446 PB cv 735 PB 7.91cv 6. Calcular a vazão de água no sistema abaixo, sabendo-se que a potência teórica da bomba é de 11,8 cv e a tubulação tem diâmetro constante. Resp.: Q = 0,203 m3/s 12 3002 v v v1 v3 18.367 v1 1 3 32 702 H 2 H3 v2 p v22 p2 y2 3 3 y3 2g 2g 4v1 15000 9.81 18.367 v1 11220 9.81 2 9.81 9.81103 2 9.81 9.81103 2 2 0.81549v12 15 17.194v12 11.22 15 11.22 17.194v12 0.81549v12 16.37853v12 3.78 v1 3.78 16.37853 m s Solução: 1cv 735W PB 11.8 735W PB 8673W PB Q H B H1 H B H 2 24 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 1 cv 735 10091.088 PT cv 735 v12 p1 v2 p y1 H B 2 2 y2 2g 2g v 2 v 2 p2 p1 HB y2 y1 2g 2g p p1 HB 2 y2 y1 HB 25 1.035 2.1 9.8110 9.81103 H B 4.35m PB Q H B P Q B HB 8673 Q 9.81103 4.35 m3 Q 0.203 s 4 15 7. Calcular a potência teórica da turbina, no sistema abaixo, sabendo-se que a água sai na atmosfera no final do tubo de diâmetro 75 mm. Resp.: PrT = 13.7 cv 1W PT 13.729cv 8. No sistema abaixo, a velocidade no ponto ―C‖ é igual a 3.66 m/s, onde a água sai na atmosfera. A pressão relativa no ponto ―A‖ é igual a – 0.35 kgf/cm2. A perda de carga entre os pontos ―A‖ e ―C‖ é igual a Δh = 3.05m. A potência real da bomba é igual a 20 cv, com rendimento de 70%. Até que altura ―H‖ , a bomba poderá elevar água, sabendo-se que o sistema tem diâmetro constante e igual a 150 mm? Resp.: H = 7,8 m Solução: Q HB B PB B HB e Q Q AC vC PBe C2 vC 4 0.152 Q 3.66 4 m3 Q 0.064677 s Q Solução: 2 Q Av v 4 0.0752 m3 Q 9 Q 0.03976 4 s H 0 HT H 3 2 0 2 3 2 2 v p v p 0 y0 HT 3 y3 2g 2g 0 0 9 0 30 HT 0 2g 2 9.81 HT 30 4.128 HT 25.872m PT Q HT PT 9.81103 0.03976 25.872 PT 10091.088W HB 20 735 0.7 9.81103 0.064677 H B 16.2179m H A H B HC H pAC v2 p vA2 pA y A H B C C yC H pAC 2g 2g vA2 0.35 9.81104 vA2 0 0 16.2179 1.8 H 3.05 2g 9.81103 2g 3.5 16.2179 1.8 H 3.05 12.7179 4.85 H H 12.7179 4.85 H 7.8679m 9. Determinar a potência real da bomba (ηB = 80%) e as pressões relativas nos pontos 1 e 2 , no sistema abaixo, sabendo-se que: a vazão de água é de 40 L/s, a perda de carga entre os pontos A e 1 é 3 vezes a 25 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br carga cinética do ponto 1 e a perda de carga entre os pontos 2 e B é 20 vezes a carga cinética do ponto 2. Resp.: PrB = 66 cv p1 = 0,496 kgf/cm2 p2 = 10,408 kgf/cm2 p 0 0 2.26352 2.26352 0 1 3 6 3 2g 2g g 10 2g 0 0.261133 p1 6 0.7833994 9.81103 p1 4.9554675 9.81103 p1 48613,1369Pa 1 kgf 4 9.8110 cm2 kgf p1 0.495546 2 cm H 2 H B H p2,B p1 48613,1369 26 v22 p2 v2 p v2 y2 B B yB 20 2 2g 2g 2g 5.09292 p2 02 0 5.09292 6 73 20 2g 2g 2g p2 1.289033 6 73 26.43999 9.81103 p2 98.15095 9.81103 p2 962860.89Pa Solução: PBe Q H Bomba B 1 kgf 4 9.8110 cm2 kgf p2 9.815 2 cm p2 962860.89 H PA,1 3 Ec1 H1 H Bomba H 2 v12 2g 20 Ec2 H PA ,1 3 H P2,B H P2,B v12 p1 v2 p y1 H Bomba 2 2 y2 2g 2g v22 20 2g Q A1 v1 A2 v2 40 L m3 0.04 s s 0.04 0.16 0.16 v2 v2 2 2 2 2 0.12 4 m v2 5.0929 s 0.04 0.16 0.16 v1 v1 v1 2 2 1 1 0.152 4 m v1 2.2635 s H A H1 H pA,1 2.26352 48613,1369 5.09292 962860.89 6 H Bomba 6 3 2 9.81 9.8110 2 9.81 9.81103 0.261133 4.955467 H Bomba 1.289 98.150957 5.2165 H Bomba 99.43 H Bomba 94.2135m v2 2 A 2 1 2 1 v p v p v A yA 1 y1 3 2g 2g 2g PBe PBe Q H Bomba B 9.81103 0.04 94.2135 0.8 PBe 46211.72W PBe 45896.28 cv 735 PBe 63cv 10. Supondo que no sistema do exercício nº 9, os dois reservatórios estejam fechados (pA e pB ≠ 0) e sabendo-se que as pressões relativas nos pontos 1 e 2 são respectivamente 0,2 kgf/cm2 e 9,5 kgf/cm2 . Calcular as pressões nos pontos ―A‖ e ―B‖ e potência 26 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br real da bomba (ηB = 80%), para essa nova situação. Obs.: utilizar as mesmas perdas de carga do exercício nº 9. Resp.: PrB = 63 cv pA = - 0,296 kgf/cm2 pB = - 0,912 kgf/cm2 27 L v2 hf f 2g Experiência de Nikuradse: f f NR , K 11. Óleo de viscosidade dinâmica μ = 0,01 kgf.s/m² e peso específico γ = 850 kgf/m³ , escoa em regime permanente e com vazão Q = 50,0 L/s, através de 3.000,0 m de comprimento de tubo de Ferro Fundido (FºFº), com diâmetro φ = 300,0 mm. Pede-se calcular a perda de carga distribuída através da fórmula Universal de perda de carga. Resp.: Δhd ≅ 8,9 m h R X L A X: Perímetro. L: comprimento R: Tensão de atrito em kgf/cm2. 27 Q Av v Solução: R X L h A R dv R dv dy dy R v y Q A v v R v Q A R y Q A Q A y X L A Q X L h A y A Q X L h y A2 h y Q X L 2 4 2 16 Q X L 2 4 h y 16 0.01 50 103 3000 2 X 850 0.34 h y 0.35m X 4 50 103 m v 0.7074 2 0.3 s Número de Reynolds: NR v g h R h y Q 4Q v 2 2 4 NR NR g v g 850 0.7074 0.3 9.81 0.01 N R 1838.8 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Ferro Fundido: K = 3.75.10-4m 3.3687 103 0.3 800 4 K 3.75 10 K N s m2 A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 1838.8, 1158.3 K f 0.0195 28 L v2 hf f 2g 3000 0.70742 h f 0.0195 0.3 2 9.81 h f 4.97m Ou Como NRe é<2000: f f 64 N Re 64 f 0.0348 1838.8 L v2 hf f 2g 3000 0.70742 h f 0.0348 0.3 2 9.81 h f 8.87m 12. Calcular a perda de carga distribuída em uma tubulação de aço revestido nova, com 900,0 m de comprimento e 100,0 mm de diâmetro, devido ao escoamento de 375000,0 L/dia de óleo combustível à temperatura de 20ºC ( γ = 855,0 kgf/m³ , ν = 3,94x10-6 m²/s), em regime permanente. Resp.: Δhd = 4,93 m Solução: L 103 m3 m3 Q 375000 375000 Q 4.34 103 dia 24 3600 s s Q Av v 4.34 103 m v 0.5529 2 0.1 s 4 g g g 855 g 3.94 106 g Número de Reynolds: v v NR g 855 g 0.5529 0.1 NR g 3.3687 103 N R 14032.99 NR L v2 hf f 2g Tubulação de aço: K = 4.6.10-5m 0.1 2173.9 5 K 4.6 10 K A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 14032.99, 2173.9 K f 0.03 L v2 hf f 2g 900 0.55292 0.1 2 9.81 h f 4.2m h f 0.03 13. Calcular a perda de carga distribuída em uma tubulação de aço soldado nova, com 3.200,0 m de comprimento e 300,0 mm de diâmetro, devido ao escoamento de 10.6x106 L/dia de gasolina à temperatura de 25ºC ( γ = 720,0 kgf/m³ , ν = 6,21x10 -6 m²/s), em regime permanente. Resp.: Δhd ≅ 23,82 m Solução: L 103 m3 m3 Q 10.6 106 10.6 106 Q 0.122685 dia 24 3600 s s Q Av v 0.122685 m v 1.7356 2 0.3 s 4 Aço: L = 3200m R = 4.6.10-5m 0.3 6521.7 5 K 4.6 10 K Número de Reynolds: NR v 28 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br g g v v NR NR g g g NR 29 1.7356 0.3 N R 83845.4 6.21106 Número de Reynolds: NR NR 1.5915 0.4 N R 1.2337 105 6 5.16 10 A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 1.2337 105 , 8695.6 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.03 L v2 hf f 2g A função f deve ser calculada no ponto: f f N R 83845.4, 6521.7 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.019 L v2 hf f 2g 3200 1.73562 h f 0.019 0.3 2 9.81 h f 29.47m v 29 2000 1.59152 0.4 2 9.81 h f 19.36m h f 0.03 H A H Bomba h f H R vA2 pA v2 p y A H Bomba h f R R yR 2g 2g 1.59152 13734 0 0 100 H Bomba 19.36 180 2 9.81 861 9.81 2g 14. Um óleo combustível à 10ºC (γ = 861.0 0.12909 1.626 100 H Bomba 199.36 kgf/m³ , ν = 5.16x10-6 m²/s) escoando em regime permanente com vazão Q = 0,2 m³/s, é bombeado para o H Bomba 199.36 101.755 tanque "C", como mostra a figura abaixo, através de uma tubulação de aço rebitado nova, com diâmetro constante φ = 400,0 mm e comprimento de recalque L = 2.000,0 m. O reservatório em "C" está em contato com a pressão atmosférica. Sabe-se que a pressão relativa do ponto "A" é igual a 0,14 kgf/cm². Pede-se calcular a potência real da bomba, para rendimento de 80%. Resp.: PtB ≅ 282,0 cv R H Bomba 97.605m Q H Bomba PBe B PBe 861 9.81 0.2 97.605 0.8 PBe 206102.962W PBe 206102.962 cv 735 PBe 280.4cv Solução: Q 0.2 Q Av v m3 s 0.2 m v 1.5915 2 0.4 s 4 Aço: L = 3200m R = 4.6.10-5m 0.4 8695.6 5 K 4.6 10 K 15. No sistema mostrado na figura abaixo, a vazão de água à 20ºC em regime permanente é Q = 22.1 L/s. No trecho 0-1 o comprimento é 60.0 m e o diâmetro é 200.0 mm. No trecho 2-3 o comprimento é 260.0 m e o diâmetro é 150.0 mm. A tubulação em toda sua extensão é de ferro fundido nova. Pede-se calcular: a) as pressões relativas nos pontos 1 e 2; b) a potência real da bomba para rendimento de 60%. Obs.: -Utilizar a fórmula Universal da perda de carga e o método do comprimento equivalente. -No desenho: a, b = curva 90º R/D = 1 1/2; c, d = cotovelo 90º RM Resp.: a) p1 ≅ 1.760,0 kgf/m² ; p2 ≅ 1,652 kgf/cm²; b) PrB ≅ 7,26 cv FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br hR K sR v2 0.7032 hR 0.2 0.005037m 2g 2 9.81 H 0 ha hb hR hp01 H1 v02 p0 v2 p y0 ha hb hR h f01 1 1 y1 2g 2g 02 0 0.7032 p1 2 0.02267 0.02267 0.005037 0.1586 0 2g 2 9.81 2 0.208977 0.02518 30 p1 1.7658 Solução: 3 L m Q 22.1 Q 22.1103 s s Q 0.0221 m Q A1 v1 v1 v1 0.703 012 0.22 s 4 4 H O 0.7 106 2 m2 s (viscosidade cinemática da água) Perda de carga no trecho 0-1: Ferro fundido: L 01 = 60m R = 2.59.10-4m 01 0.2 772 4 K 2.59 10 K Número de Reynolds no trecho 01: v N R1 1 01 N R1 0.703 0.2 N R1 2 105 6 0.7 10 p1 p1 1.7658 1.7658 9.81103 p1 1765.8 Singularidade 30 N m2 kgf m2 Esquema Ks 1 Alargamento A1 A2 1 Caso limite A1 A2 Estreitamento Caso Limite 0.5 Cotovelo a 90° 0.9 A função f deve ser calculada no ponto: f f N R1 2 105 , 01 772 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.021 L01 v12 h f01 f 01 2 g 60 0.7032 0.2 2 9.81 h f01 0.1586m h f01 0.021 As perdas de carga singulares ocorrem quando há perturbações bruscas (válvulas, cotovelos, etc.) no escoamento do fluido e são calculadas por expressões que envolvem análise dimensional, dadas por: v2 hs K s 2g v2 0.7032 ha hb K sa ha 0.9 0.02267m 2g 2 9.81 0.2 Válvula de gaveta Totalmente aberta 10 Válvula tipo globo Totalmente aberta Válvula de retenção 0.5 23 0.15 579.15 4 K 2.59 10 K Cálculo da velocidade no trecho 2-3: Q 0.0221 m Q A2 v2 v2 v2 1.2506 232 0.152 s 4 4 Número de Reynolds no trecho 23: N R2 v2 23 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br N R2 1.2506 0.15 N R2 2.6798 105 6 0.7 10 PBe 5110.259W f f N R1 2.67 105 , 23 579.15 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.0225 h f23 f L23 v22 23 2 g 260 1.25062 h f01 0.0225 0.15 2 9.81 h f01 3.108m 31 H 2 h f23 hvr hvga hc hd H3 v2 1.25062 hc hd K sd hc 0.9 0.07174m 2g 2 9.81 PBe 6.95cv 16. No sistema mostrado abaixo, a tubulação é de aço galvanizado nova com diâmetro de 75,0 mm em toda sua extensão de 280,0 m. A tubulação descarrega água à 20ºC, na atmosfera. O regime de escoamento é permanente com vazão Q = 6,5 L/s. Pede-se determinar a altura H, utilizando a fórmula Universal da perda de carga e a expressão para calcular as perdas de carga localizadas. Obs.: -No desenho: a = curva 90º; b, c = curva 45º Resp.: H ≅ 11,93 m patm 0 a v2 1.25062 hvr K svr hvr 0.5 0.03985m 2g 2 9.81 H b v2 1.25062 hvg K svg hvg 10 0.797m 2g 2 9.81 2 3 2 2 v p v p 2 y2 h f23 hvr hvga hc hd 3 y3 2g 2g 1.25062 p2 02 0 0 3.108 0.03985 0.797 0.07174 0.07174 12 2 9.81 2g p 0.07971 2 16.08833 p2 16.00862 p2 16.00862 16.00862 9.81103 p2 16.00862 16.00862 9.81103 N m2 1 kgf 4 9.8110 cm2 kgf p2 1.600862 2 cm H1 H Bomba H 2 v12 p1 v2 p y1 H Bomba 2 2 y2 2g 2g Q c Solução: H 0 h f hL H R H 0 h f ha hb hc hvg hvG H R L m3 Q 6.5 Q 6.5 103 s s Q 0.0065 m Q Av v v 1.4713 2 2 0.075 s 4 4 H O 1106 2 H Bomba 14.14272m Q H Bomba PBe B PBe 3 9.8110 22.110 14.14272 0.6 3 m2 s (viscosidade cinemática da água) Perda de carga no trecho L = 280m: Aço galvanizado novo. Rugosidade = K = 1.5.10-4 a 2.0.10-4m 0.075 500 4 K 1.5 10 K Número de Reynolds no trecho L: 0.7032 18839.16 1.25062 157044.56 0 H Bomba 0 3 2 9.81 9.8110 2 9.81 9.81103 0.02518 1.9204 H Bomba 0.0797 16.0086 H Bomba 16.0883 1.94588 5110.259 cv 735 PBe A função f deve ser calculada no ponto: NR N R1 v 1.4713 0.075 N R 1.103 105 6 110 f f N R1 1.1105 , 500 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f 0.025 31 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br L v2 h f f 2g J 0.002021 n 280 1.47132 h f 0.025 0.075 2 9.81 h f 10.297m hL Ki i hs K s v2 2 g (m) Local Denominação a b c Curva 90° Curva 45° Curva 45° Válvula de retenção tipo leve 0.4 0.2 0.2 2.5 0.044 0.022 0.022 0.022 Válvula globo aberta 10 1.1033 32 ha K a Trecho 0 – 1: L01 = 5m; 01 = 0.05m L m3 Q 3.6 Q 3.6 103 s s Q 3.6 103 m Q A v v01 v01 1.833 2 2 01 0.050 s 4 4 3.6 10 Q1.88 J 0.002021 4.88 J 0.002021 01 0.054.88 3 1.88 v2 1.47132 hb 0.2 ha 0.022m 2g 2 9.81 hvg Kvg v2 1.47132 hvg 0.2 hvg 0.022m 2g 2 9.81 hvg KvG v2 1.47132 hvG 10 hvg 1.1033m 2g 2 9.81 H 0 h f ha hb hc hvg hvG H R H 0 H1 h01 hvg heb hvg K s v2 1.8332 hvg 0.2 hvg 0.0342m 2g 2 9.81 v2 1.8332 hvg 1 hvg 0.1713m 2g 2 9.81 heb Keb p1 H0 patm v12 z1 h01 hvg 2 g p1 2.048 9.81103 H 0 11.51m 17. No sistema mostrado na figura abaixo, a vazão de água à 20ºC em regime permanente é Q = 3.6 L/s. No trecho 0-1 o diâmetro é 50.0 mm. No trecho 2-3 o diâmetro é 63.0 mm. A tubulação em toda sua extensão é de aço galvanizado nova. Pede-se calcular: a) as pressões relativas nos pontos 1 e 2; b) a potência teórica da bomba. Obs.: Utilizar a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao da perda de carga para calcular as perdas de carga localizadas. No desenho: a, b = cotovelo 90º Resp.: a) p1 ≅ 2.060,0 kgf/m² ; p2 ≅ 3,047 kgf/cm²; b) PtB ≅ 1,36 cv p1 1.8332 3 0 0.5745 0.0342 0.1713 9.81103 2 9.81 H0 10.297 0.044 3 0.022 1.1033 0 3 J 0.1149 h01 L1 J h01 5 0.1149 h01 0.5745m v2 1.47132 ha 0.4 ha 0.044133m 2g 2 9.81 hb hc Kb v2 2g Perdas de carga localizadas: Ks Q1.88 4.88 p1 2.2200 9.81103 N m2 kgf m2 H1 H B H 2 p1 2048.0 Trecho 2-3: Comprimento: L23 = 8+26.5+6 = 40.5 m L m3 Q 3.6 Q 3.6 103 s s Q 3.6 103 m Q A v v23 v23 1.155 2 2 23 0.063 s 4 4 3.6 10 Q1.88 J 0.002021 4.88 01 0.0634.88 3 1.88 6.0 m J 0.002021 b J 0.0372 h23 L23 J h23 40.5 0.0372 h23 1.5069m patm 26.5 m 28.0 m 0 3.0m a B 1 5.0 m 2 8.0 m Solução: Para tubos de aço galvanizado, conduzindo água fria: Perdas de carga localizadas: hb ha K a hvr Kvr hvg KvG v2 1.1552 ha 0.9 ha 0.0612m 2g 2 9.81 v2 1.1552 hb 2.5 hvr 0.17m 2g 2 9.81 v2 1.1552 hvG 10 hvg 0.6799m 2g 2 9.81 32 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Ks hs K s v2 2 g (m) Local Denominação a b Cotovelo 90° Cotovelo 90° Válvula gaveta aberta 0.9 0.9 0.2 0.0612 0.0612 0.022 Válvula globo aberta Válvula de retenção 10 1.1033 2.5 0.17 H 2 h23 ha hb hvr hvg H3 33 v22 p2 y2 h23 ha hb hvr hvg H 3 2g 1.1552 p2 0 1.5069 0.0612 0.0612 0.17 0.6799 28 2 9.81 p 0.06799 2 30.4792 p2 30.4792 0.06799 p2 30.41121 9.81103 p2 30.4792 0.06799 p2 30.41121 9.81103 N p2 2.9833 105 2 m 1 kgf p2 2.9833 105 4 9.8110 cm2 kgf p2 3.041 2 cm H1 H B H 2 v12 p1 v2 p y1 H B 2 2 y2 2g 2g HB é C = 100. No trecho 3-4 o comprimento é 100,0 m, o diâmetro é 150,0 mm e o coeficiente de Hazen-Williams é C = 90. Utilizando a fórmula de Hazen-Williams da perda de carga e o método do comprimento equivalente, pede-se determinar: (a) a pressão relativa no ponto 3; (b) a vazão de água, para escoamento permanente; (c) a cota do ponto 4; (d) o comprimento da tubulação no trecho 0-1. Obs.: -No desenho: a = cotovelo 90º RL; b = curva 45º Resp.: (a) p3 = 0.903 kgf/cm² ; (b) Q = 24.0 L/s ; (c) z4 = 810.33 m ; (d) L0-1 = 194.5 m patm ? 4 b a 804.0 m B 800.0m p atm 0 1 (a) 2 3 Solução: H 2 h23 hvr hvg H3 (b) H1 H B H 2 v12 p1 v2 p y1 H B 2 2 y2 2g 2g Como os diâmetros das seções 1 e 2 são iguais: v1 = v2. Também y1 = y2. Assim: p2 p1 p p1 HB 2 HB v22 v12 p2 p1 2g 1.1552 1.8332 2.9833 105 2.17782 104 HB kgf 9.81 N N p1 0.5 2 p1 0.5 4 2 p1 0.5 9.81104 2 2 9.81 9.81103 cm 10 m m H B 0.103255 28.19 H B 28.0876m PB Q H Bomba PB 9.81103 3.6 103 28.0867 PB 991.9W PBe 991.9 cv 735 PBe 1.3495cv 18. No sistema abaixo, as pressões relativas nos pontos 1 e 2 são respectivamente: -0,5 kgf/cm² e 10.500,0 kgf/m². A potência teórica da bomba é 5,0 cv e a tubulação é de ferro fundido. No trecho 0-1 o diâmetro é 200,0 mm e o coeficiente de Hazen-Williams é C = 120. No trecho 2-3 o comprimento é 180,0 m, o diâmetro é 200,0 mm e o coeficiente de Hazen-Williams p1 0.5 kgf kgf N p2 10500 2 p2 10500 9.81 2 cm2 m m HB 10500 9.81 0.5 9.81104 9.81103 H B 15.5m PB 5cv PB 5 735 PB 3675W PB Q H B P 3675 Q B Q HB 9.81103 15.5 m3 Q 0.024168 s L Q 24.16 s 33 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Q A1 v1 Q v1 4 0.024168 m v1 v2 v3 0.76929 2 0.2 s Perdas localizadas no trajeto de 2-3: hvg KvG 34 12 4Q v1 v1 4 12 hvr Kvr v2 0.769292 10 hvg 0.302m 2g 2 9.81 v2 0.769292 hvr 2.5 hvr 0.0754m 2g 2 9.81 v2 0.769292 hvr Kvr hvr 0.2 hvr 0.006m 2g 2 9.81 Ks Local Denominação Válvula globo aberta Válvula de retenção Válvula gaveta aberta hs K s v2 2 g (m) Válvula gaveta aberta 0.006 (=0.2m) 4.87 1.852 23 C 4.87 23 J 23 10.643 0.0241681.852 1001.852 0.24.87 J 23 0.005405 h23 J 23 L23 h23 0.005405 180 h23 0.9729m H 2 h23 hvr hvg H3 v32 p3 v22 p2 z2 h23 hvr hvg z3 2g 2g Como v2 = v3 e z2 = z3: 0.9729 0.0754 0.302 (=0.2m) (=0.2m) a (=0.2m) b (=0.15m) Leq Comprimento equivalente (m) Válvula globo (aberta) Válvula de retenção tipo leve Cotovelo 90° RL Curva 45° 1.4 67 16 4.3 1.1 v32 p3 v2 p z3 h34 hb 4 4 z4 2g 2g kgf 9149.7 2 0.97292 m 804 0.656 1.1 0 0 z 4 kgf 2 9.81 2g 103 3 m 0.04824 9.1497 804 1.756 z4 z4 814.44m H 0 h01 L01 ha hvg H1 v02 p0 v12 p1 z0 h01 L01 ha hvg z1 2g 2g 0 0 0.7692 800 0.003856 L01 L01 4.3 1.4 2g 2 9.81 800 1.003856 L01 5.7 p p2 h23 hvr hvg 3 10.5 1.3503 0.2 J 01 10.643 0.024168 120 0.2 J 01 0.003856 h01 J 01 L01 Trecho 2-3: 23 0.2m C23 100 10 Nome 1.852 p3 p3 9.1497 103 3 10 Tubulação de Ferro fundido: Rugosidade: 2.5.10-4m Trecho 0-1 e 1-2: 0.2 800 4 K 2.5 10 K Número de Reynolds: kgf m2 804 3 kgf 10 3 m 0.5 104 0.7692 5 804 2 9.81 L01 ? p3 103 34 Comprimentos equivalentes: Dispositivo 0.0754 1.852 10500 2.5 4.87 J 01 10.643 Q1.852 C011.852 01 kgf m2 3 kgf m3 J 34 10.643 0.0241681.852 901.852 0.154.87 J 34 0.00656 h34 J 34 L34 h34 0.00656 100 h34 0.656m 0.302 J 10.643 Q1.852 C 1.852 4.87 Trecho 0-1: 01 0.2m C01 120 J 23 10.643 Q 4.87 J 34 10.643 Q1.852 C341.852 34 10 Fórmula de Hazen-Williams 1.852 kgf m2 kgf p3 9149.7 2 m kgf p3 0.91497 2 cm Trecho 3-4: 34 0.15m C34 90 p3 9149.7 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br NR N R1 v Resp.: a) Q = 96,0 L/s; b) pB = 3.490,0 kgf/m² , pC = 5,412 kgf/cm²; c) LA-B = 500,5 m 1317.69 0.2 N R 2.635 108 6 110 f f N R1 2.6 108 , 800 K Pelo diagrama de Moody-Rouse: f K Leq f 35 19. No sistema abaixo a vazão de água à 20ºC, em regime permanente é Q = 11,9 L/s. Sabe-se que a pressão relativa no ponto 2 é p2 = 2,3 kgf/cm². No trecho 0-1 o diâmetro é 150,0 mm e o comprimento é 182,0 m. No trecho 2-3 o diâmetro é 100,0 mm. Utilizando a fórmula Universal da perda de carga e o método do comprimento equivalente, pede-se: a) a pressão relativa no ponto 1; b) o comprimento do trecho 2-3; c) a potência real da bomba para rendimento de 58%. Obs.: -No desenho: a, b = cotovelo 90º RL Resp.: a) p1/γ = 3,0 mcH2O; b) L2-3 = 117,3 m; c) PrB ≅ 5,5 cv Solução: 20. Para o sistema abaixo, a potência real da bomba (rendimento de 90%) é 72 cv. A perda de carga localizada devida à válvula de retenção na tubulação CD é igual a 0,127m. O fluido é água à 20ºC e as pressões relativas nos pontos "A" e "D" são respectivamente: 0,2 kgf/cm² e 0,3 kgf/cm². Pede-se: a) a vazão do sistema; b) as pressões relativas nos pontos B e C; c) o comprimento da tubulação A-B. Obs.: -Considerar no trecho A-B: rugosidade: e = 0,005m ; diâmetro igual a 400mm -Considerar no trecho C-D: comprimento: L = 1200m; diâmetro igual a 350mm; rugosidade: e = 0,0003m -Utilizar a fórmula Universal da perda de carga e o método do comprimento equivalente. Não considerar as perdas de carga devidas à entrada normal e à saída da canalização, respectivamente nos reservatórios A e D -No desenho: a = curva 45º 35 Solução: FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 36 36 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br Apêndice 37 Turbinas Hidráulicas - Tipos Basicamente existem dois tipos de turbinas hidráulicas: as de ação e as de reação. No primeiro caso, de ação, a energia hidráulica disponível é transformada em energia cinética para, depois de incidir nas pás do rotor, transformar-se em mecânica: tudo isto ocorre a pressão atmosférica Na turbina de reação, o rotor é completamente submergido na água, com o escoamento da água ocorre uma diminuição de pressão e de velocidade entre a entrada e a saída do rotor. Tradicionalmente o uso de turbinas hidráulicas temse concentrado no tipo Pelton, com um ou mais jatos, no caso das máquinas de ação; na Francis, Hélice e Kaplan, no caso do tipo de reação. A escolha do tipo adequado baseia-se nas condições de vazão, queda líquida, na altitude do local, na conformação da rotação da turbina com a do gerador e na altura de sucção, no caso de máquinas de reação. Conhecidos a altura (H) e a vazão (O) disponíveis no local, levando-se em conta: a rotação (n) imposta em valores discretos em função do número de pares de pólos (z), do gerador elétrico, e altura de sucção,(hs), no caso da turbina hidráulica ser de reação, determina-se uma rotação específica nq = 3 n Q05 / H~1’75 , que definirá o tipo de rotor da turbina hidráulica, adequado ao aproveitamento em questão. Definido o tipo de máquina, a preocupação passa ser o tipo de carga a ser atendida. Deve-se procurar adequar a curva de carga com a de comportamento da turbina. No caso de grandes variações na carga, divide-se a instalação em duas ou mais máquinas, de maneira que através de manobras, a instalação atenderá a demanda sempre com as máquinas trabalhando a cargas adequadas. Neste caso, faz-se necessário a mudança do tipo do rotor, já que a rotação específica mudou, devido a divisão da vazão. Em grandes centrais hidroelétricas as turbinas somente serão construídas após a definição de todos os parâmetros topográficas, hidrológicos e operacionais. Com isto, existe uma perfeita caracterização da rotação específica. Neste caso é feito um projeto exclusivo para as condições impostas. A preocupação do fabricante é obter um ganho do rendimento que é resultante de extensos estudos hidrodinâmicos na máquina. O alto custo desta exclusividade é diluído, face às grandes potências geradas e ao considerável aumento de receita representado por cada percentual acrescido da turbina. Já, em instalações de pequeno porte, mini e microcentrais hidroelétricas, a preocupação maior é obter energia elétrica a baixo custo. Neste caso, o estudo da escolha do tipo e do número de turbina, feita de maneira análoga às das grandes instalações, tem como fatores limitantes a rotação mínima admissível para o gerador, na ordem de 600 rpm (rotações por minuto), a necessidade de utilizar-se de modelos padronizados oferecidos pelo fabricante. Este as oferece dentro de um campo de aplicação pré-limitado, dividido em várias faixas, sendo cada uma atendida por um modelo padrão da turbina em questão. Conseqüentemente uma turbina assim especificada dificilmente irá operar no seu ponto ótimo de funcionamento. Além do que, cada máquina deverá atender a uma variação de carga preestabelecida. Impreterivelmente, quedas de rendimento da instalação deverão ocorrer. No Brasil, os fabricantes nacionais mais conhecidos se contentam em oferecer modelos padronizados dos tipos: Pelton, Francis e Hélice. Recentemente é que, baseados em projetos desenvolvidos no exterior, se encorajaram e passaram a oferecer a Kaplan e suas derivações como: Bulbo, ―S" e Tubular. Objetivando diminuir os custos e aumentar o seu campo de aplicação as Francis, além de caixa espiral, são oferecidas em caixas cilíndricas e abertas. Já as Pelton são oferecidas com um ou dois injetores. Normalmente, em se tratando de PCHs, estas máquinas são instaladas com eixo horizontal. Algumas empresas atuantes em outros segmentos do mercado, outras criadas especialmente para a fabricação de equipamentos hidromecânicos e até mesmo grandes empresas tradicionais no setor hidroelétrico voltaram seus interesses ao mercado das PCHs, procurando desenvolver modelos de turbinas hidráulicas possíveis de serem fabricadas em série. Poucas empresas, não tradicionais no mercado, trabalham exclusivamente com a muito divulgada, mas quase desconhecida, MichellBanki, a maioria concentra suas atividades nas clássicas: Pelton, Francis e Hélice, deixando os caros rotores Kaplan para uma fase posterior, quando o mercado assim o permitir. Em caso das instalações exigirem este último tipo, os projetos geralmente são importados das sedes de origem do fornecedor. Alguns tipos de turbinas que, embora bastante utilizadas, são consideradas não convencionais. Dos tipos descritos a seguir, somente a Michell-Banki encontra-se devidamente divulgada no país, é construída em pequena escala. Todas elas apresentam como vantagens comuns: simplicidade construtiva, adequação à padronização, baixo custo, simplicidade de operação e manutenção, robustez dos componentes, bom comportamento em sistemas isolados. Como desvantagem, conseqüentes das simplificações impostas, elas apresentam rendimentos ligeiramente inferiores às turbinas tradicionais. Turbinas Convencionais Turbina Pelton As Turbinas Pelton são máquinas de ação, escoamento tangencial. Operam altas quedas e baixas vazões. Podem ser de um (01) jato, dois (02) jatos, quatro (04) jatos e seis (06) jatos. C controle da vazão é realizado na agulha e injetor. A figura 4 mostra uma turbina Pelton de dois (02) jatos, com suas partes principais. Turbina Francis As Turbinas Francis são máquinas de reação, escoamento radial (lenta e normal) e escoamento misto (rápida). Operam médias vazões e médias quedas. O controle da vazão é realizado no distribuidor ou sistema de pás móveis. Turbina Axial: Hélice e Kaplan As Turbinas axiais são máquinas de reação, de escoamento axial. Operam grandes vazões e baixas 37 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 38 quedas. O controle de vazão é realizado: turbina Hélice a estender o campo de aplicação das turbinas Michel— pás do distribuidor (simples regulagem) e turbina Banki à rotação específica, nq inferiores a 40 (de 15 a Kaplan - pás do distribuidor e pás do rotor. 40). Com um campo de aplicação limitado entre queda de 50 a 150 (m) e vazões de 0,01 a 0,13 (m3/s), esta turbina deverá concorrer com a turbina Pelton de um Turbinas Não Convencionais Turbina Michell Banki jato. Inicialmente patenteada na Inglaterra, em 1903, por O seu funcionamento ocorre da seguinte maneira: a A G. Michell, engenheiro australiano, mais tarde, entre água oriunda das tubulações, passa por uma peça de os anos de 1917 e 1919, pesquisada e divulgada pelo transição, que muda a secção transversal de circular para professor húngaro Banki, esta turbina foi retangular, entra no injetor o qual, juntamente com a pá extensivamente comercializada pela empresa alemã diretriz, direciona o fluxo d’água para o rotor primário, Ossberger Turbinen Fabrik que associou-se a Michell que está contido no interior do rotor secundário, que por por volta de 1923. Nestes últimos 65 anos esta empresa sua vez é bi-partido, figura 5. A água escoa através das responsável pela entrega de mais de 7.000 unidades em pás em formato de arco de círculo do rotor primário e o todo o mundo, especialmente para em desenvolvimento. jato d’água é partido de maneira a incidir no interior das Atualmente, o número de fabricante deste tipo de pás, também em arco de círculo, do rotor secundário e turbina supera uma centena. No Brasil, o objeto de daí sair para o canal de fuga. Ambos os rotores são pesquisa do LHPCH-UNIFEI desde 1983, a turbina solidários a um eixo horizontal. Todo o conjunto é Michell-Banki, ou fluxo-cruzado, como também é contido no interior de uma tampa. conhecido, já foi fabricada pela empresa Mescli, de Em testes feitos pela Politécnica de Hong Kong, Piracicaba-SP, na década de 60. Nesta mesma época a obteve-se rendimentos na ordem de 58 a 610/o, sendo Fundição Brasil também a oferecia com o nome de que o primário testado sozinho forneceu 46 a 56%. Duplex. Atualmente, o país conta por volta de quatro A vantagem deste tipo de turbina, além de ampliar o fabricantes deste tipo de turbina. Devido às suas campo de aplicação de Michel-Banki, é a sua facilidade características específicas, estas turbinas cobrem o de fabricação, já que pode usar processo de fundição campo das turbinas tipo Pelton dois jatos até a Francis para o rotor. A desvantagem consiste no rendimento normal. Sendo classificada como uma máquina de ação sensivelmente inferior a Michel-Banki de rotações ela apresenta características de reação na primeira específicas equivalente, conforme os resultantes obtidos passagem. nos testes desenvolvidos na politécnica de Hong Kong. O seu campo de aplicação atende quedas de 3 a 100 m, vazões de 0,02 a 2,0 (m3/s) e potências de t a 100 Turbina Turgo kW Devido à sua facilidade de padronização pode apresentar rotações específicas, nqa, entre 40 a 200. A turbina Turgo é fabricada pela Gilkers & Gordon Devido à sua simplicidade construtiva e as Ltda, empresa inglesa. Trata-se de uma máquina de ação peculiaridades quanto ao seu funcionamento, esta e diferencia da Pelton quanto ao ângulo de incidência do turbina mostra-se altamente indicada para ser usada em jato d’água. Quando na Pelton o jato é tangencial, na microcentrais hidroelétricas. Destaca-se: Turgo é lateral, O jato d’água incidente no injetor, e no rotor lateralmente, formando um ângulo ente 100 a 200. - Construção simples, poucas peças móveis, facilitando A água escoa pelas pás saindo livremente do outro lado a manutenção; para o canal de fuga. Com rotações específicas, nq, - Fácil instalação, diminuindo os custos de obras civis; variando de 15 a 65, a Turgo atende quedas entre 15 a - Custos iniciais inferiores aos dos outros tipos de 100 m e vazões de 0,01 a 0,100 m3/s, com potências de turbinas usadas em centrais de baixa queda; 100W a 100 kW. Devido às suas particularidades, a Turgo compete - Trabalha sob condições ideais de funcionamento, com a Pelton multijatos até a Francis Normal. Se com mesmo se funcionando a cargas parciais; características semelhantes, a Turgo apresenta as - Pode trabalhar em várias situações de queda e vazão, seguintes vantagens diante da Pelton Multi-jatos: permitindo a sua padronização, conseqüentemente - Devido a posição do jato, a turbina Turgo pode diminuindo os custos de fabricação; assumir diâmetros até a metade da roda Pelton para as - Componentes, como o disco do rotor, a tampa e as pás mesmas condições. podem ser fabricados a partir de uma chapa de aço - Como a Pelton, a Turgo pode ser dotada de ate três carbono; injetores. - Pás são apenas calandradas; - Devido às maiores vazões admissíveis nos injetores - Adapta-se a tubos de sucção. da roda turgo, ocorre uma diminuição do número de injetores, e conseqüentemente, há uma simplificação no sistema de controle de velocidade. Turbina de Fluxo Partido A turbina de Fluxo Partido, mostrada na figura 9, trata de uma variação da Michell-Banki. Originada no Com a diminuição do diâmetro há um aumento na Nepal onde foi, pela primeira vez, construída e testada rotação, logo, sob quedas menores, é possível obter pela empresa N. Y 8., e mais tarde testada pela Escola rotações adequadas ao gerador. Politécnica de Hong Kong, a Turbina de Fluxo-Partido, Atualmente, além da Gilkers, existem propostas de SplitFlow, assim denominada, foi concebida de maneira outros modelos de turbinas Turgo mais simplificados, 38 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br como a pesquisada pelos chineses. Estes propõem o uso de pás semi-esféricas que, equacionadas, permitiram o dimensionamento e construção de um protótipo, cujos resultados obtidos em ensaios foram equivalentes ao fornecido pelas Gilkers. No Chile, a exemplo das rodas Pelton, existe uma proposta para construção de simples rodas Turgo, construídas com pás semi-esféricas e setias, no lugar de injetores. 39 Turbina Shiele A Turbina Schiele produzida somente pela empresa Water Power Engineering, Cambridge, Inglaterra, apresenta-se como um interessante tipo de turbina de reação. De rotor aberto, com fluxo em paralelo, ela opera submersa, abaixo do nível de jusante. O seu campo de aplicação cobre quedas de 1 a 10 m, vazões de 0,095 a 1,7m3/s, gerando potencias desde 1,7 a 58 kW. Pelos dados fornecidos pelo seu fabricante a rotação específica adotada é na ordem de 60. Trata-se de uma concorrente da Turbina Michell-Banki, sendo que as vantagens estão no fato de assumirem diâmetros menores e, conseqüentemente, maiores rotações que as turbinas de impulso. O rotor, que é fabricado em diâmetros padrões: 200, 300, 400, 600 mm, é instalado com eixo vertical, dentro de uma caixa espiral que, por sua vez, é ligada à tomada d’água por uma tubulação de PVC. A água que vem escoando pelo rotor é dividida, saindo tanto pela parte superior e inferior do rotor, para daí escoar para o canal de fuga através de um curto tubo de sucção. Devido ao emprego de polímeros na fundição do rotor, não se faz necessário a usinagem pós-fabricação. Com um acabamento extremamente liso e de alta integridade, o polímero por ser flexível, dá à turbina uma alta resistência à erosão dos detritos que por ventura passem pela grade. O fabricante da turbina Schiele, ou de fluxo em paralelo como também é denominada, fornece-a em forma de pacote. Empregando materiais leves e resistentes, como é o caso de fibras de vidro, PVC e polímeros, são fornecidos todos os componentes básicos da microcentral de maneira a minimizar o emprego da mão-de-obra na construção da microcentral. A tomada d’água, feita de fibra de vidro, é dotada de uma comporta desviadora, uma grade, e um extravasor. A água é conduzida até a turbina, instalada dentro de um tanque, através de um conduto de PVC. A água após passar pela turbina escoa pelo tanque através de um pequeno tubo de sucção para sair pelo rio. A potência é transmitida para o gerador, através de um eixo e uma transmissão por polias, que se faz necessário para adequar a rotação da turbina ao gerador. A velocidade da instalação é controlada eletronicamente através de um banco de resistência, que pode ser usado para aquecer água dispondo assim a carga não consumida pela usuário. importante no caso de microcentrais. O uso da bomba funcionando corno turbina, B.F.T., mostra-se altamente adequado para geração de potências inferiores a 50 W com a instalação trabalhando a plena carga. A experiência já adquirida no país, através de pesquisas desenvolvidas no LHPCH - UNIFEI, que iniciou os estudos em trabalhos publica-os pela Worthington e alguns pesquisadores estrangeiros, demonstra que o uso da B.F.T. pode tornar-se de imediato uma solução altamente econômica para as microcentrais. O funcionamento da instalação se dá pelo princípio de se operar uma bomba ao reverso, que motivos econômicos, pode ser de fabricação seriada, não sofrendo qualquer modificação. Ainda, admite-se somente o uso de um tubo de sucção cônico e o uso de uma válvula na entrada da B.F.T. para pequenas regulagens de carga. Posta a operar, a B.F.T. tem se comportado excelentemente. Não ocorrem vibrações, o rendimento é igual ou, em alguns casos, superior ao rendimento da bomba quando em operação. A dificuldade consiste em saber se o rendimento garantido pelo fabricante é real ou não, se o ponto ótimo de funcionamento é realmente para as condições de altura manométrica, vazão e rotação conforme mostrado em catálogos. As experiências têm demonstrado que, em se tratando de bombas fabricadas em série, dificilmente o apresentado em catálogos é obtido em ensaios no laboratório. Devido ao baixo custo, as B.F.T.s apresentam os inconvenientes de não admitirem variações de carga. Problema este que pode facilmente ser solucionado com regulador eletrônico de carga constante. Turbina Hidrocinética Em 1982, J. H. Harwood, um pesquisador da Universidade do Amazonas, desenvolveu um tipo de turbina hidrocinética com tecnologia apropriada à geração de pequenas potências denominado cata-água. Tal como mostrado na figura 13. O dispositivo é constituído por um cata-vento, com um número menor de pás, imerso na água. O rotor, através de uma correia, aciona o gerador instalado estrategicamente sobre flutuadores, O conjunto é ancorado, através de cabos, de forma a melhor aproveitar a correnteza do rio. A turbina de rotor hélice desenvolvida em Nova Iorque, pois este rotor permite maiores eficiências, permitindo gerar em ambos os sentidos, alcançando 25 Bombas Funcionando como Turbinas kW Existe um exemplar desta turbina em Brasília na Por fim, destaca-se o caso das bombas funcionando UNB. A figura 14 mostra esta turbina. Uma outra proposta é a turbina hidrocinética axial, como turbinas (B.F.T.), que se tratam de a solução que foi elaborada pelo pesquisador do LHPCH-UNIFEI, 39 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br cujo o arranjo está mostrado na figura 15. Nesta proposta o rotor, em forma de polia, aciona diretamente o gerador posicionado sobre os flutuadores. Uma outra proposta é o uso do rotor eólico Darreus de pás retas como a turbina hidrocinética, mostrado na figura 16. Este tipo de turbina tem a vantagem de ter eixo na posição vertical, facilitando a instalação do gerador ou de polia multiplicadora de velocidade, e caracteriza-se, principalmente, em produzir energia independente da direção da correnteza. 40 Turbina Helicoidal (Gorlov) A turbina Helicoidal, desenvolvida pelo pesquisador Alexander M.Gorlov também baseada na turbina Darreus, concebida na década de 1930, se difere da primeira pelo formato das pás. Tal turbina mostrada nas figuras 17 e 18, elas assumem forma helicoidal e apresentam um maior rendimento e menores vibrações, uma vez que sempre haverá uma pá em posição de receber o fluxo. Os primeiros testes foram realizados em 1996, no Laboratório de Turbinas Helicoidais de Massachusetts, Cambridge, USA. A partir destes testes, verificaram-se que esta é uma máquina que ocupa pouco espaço; é leve e fácil de manusear; apresenta baixo custo de fabricação e apresenta pequena vibração mecânica. São turbinas hidráulicas capazes de gerar até 5 kW de potência, operando independentemente da direção da correnteza. Esta turbina possui rotação unidirecional mantendo um escoamento livre, com um rendimento máximo que pode alcançar 35%, é fabricada em alumínio e revestida com uma camada de material antiaderente, reduzindo desta forma o atrito na água e prevenindo contra o acúmulo de crustáceos e sujeira. Esta pode ser usada na posição vertical ou horizontal. A turbina Gorlov também pode ser denominada de turbina ―ecológica‖ em razão do seu aspecto construtivo, ou seja, dimensão, ângulo e distanciamento entre suas pás, que permitem a passagem fácil de peixes, não contribuindo para denegrir o meio ambiente. As turbinas Gorlov têm sido testadas para diferentes finalidades, a saber: em plataformas marítimas, onde produzem a eletricidade usada na eletrólise da água para fornecer hidrogênio e oxigênio; e na produção de eletricidade para abastecer pequenas propriedades rurais nas regiões ribeirinhas de rios, nos EUA, China e Coréia. 40 FCTM – Capítulo 4 – Bombas, Turbinas e Perda de carga Prof. Dr. Cláudio S. Sartori www.claudio.sartori.nom.br 41 41