jornal do
Impresso
Especial
saesc
N° 68001041/01-DR/SC
SAESC
CORREIOS
Informativo do Sindicato dos Administradores de SC - Ano XII - nº 80 - Jun./Jul./Ago. 2008
Parabéns!
O Dia do Administrador
chega com novas
conquistas para você
Celesc, Casan, Epagri e
Cidasc em negociações
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E ainda:
Eleições: o político como
administrador
PÁGINAS 6 E 8
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Profissionais de SC agora
têm plano de previdência
José Nascimento, uma vida dedicada a todos nós.
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Administradores de SC agora
têm plano de aposentadoria
Expediente
Informativo do Sindicato dos
Administradores de SC
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Flexível, CRAPrev é oportunidade de investimento com custo baixo
Intersindical da Agricultura
mobiliza os trabalhadores
Trabalhadores na Epagri e Cidasc realizaram assembléia no dia 6 de agosto na cidade
de Chapecó. Com apitos nas mãos, os trabalhadores chamaram a atenção da população com uma passeata pelas ruas da cidade. O Governo vem tratando de maneira
irresponsável a categoria, que presta um serviço público essencial para a população. A
luta dos profissionais é pelo fim da Campanha Salarial. Entre os pontos da Campanha
estão a garantia de emprego e o aumento do vale-alimentação. Os trabalhadores estão
mobilizados e dispostos a ir até os extremos na defesa dos seus direitos. A Intersindical
da Agricultura continuará promovendo ações para trazer o Governo para a mesa de
negociação. Sindicatos estão mobilizados, percorrendo a base e realizando reuniões e
assembléias.
Pauta foi entregue na Celesc
Foi entregue na Celesc, dia 8 de agosto, a pauta de reivindicações dos trabalhadores.
A pauta foi aprovada no dia 2, em assembléia realizada em Lages. No encontro, foi
aprovada a Moção de Repúdio contra a terceirização das atividades da Celesc. Também foi aprovada a paralisação de 24 horas, realizada no dia 7 de agosto em todo o
estado, pelo não cumprimento da PLR.
Assinado o Acordo Coletivo na Casan
Foram garantidos no Acordo Coletivo de Trabalho (2008-2009) da Casan a reposição do
INPC, o pagamento de benefício constante do plano de cargos e salários e o incremento
do INPC na gratificação de férias e no abono natalino. A principal conquista foi a criação
de três Comissões. A primeira vai tratar de regulamentar os critérios para participação
nos lucros e resultados, a segunda vai tratar da implantação de alterações no estatuto
da Casanprev - a entidade de previdência complementar fechada que foi criada em
substituição à Fucas - e a terceira vai cuidar de estudos relacionados a alteração na escala
salarial da companhia, que está defasada.
A Casan tenta há anos derrubar um processo trabalhista em que os servidores da empresa
reivindicaram critérios para a extinção do contrato de trabalho. Em uma manobra, a
Casan conseguiu levar o assunto para julgamento no Tribunal Superior do Trabalho. O
julgamento ocorreu no dia 6 de agosto e os ministros do TST mantiveram os critérios para
rescisão do contrato de trabalho por três votos a favor dos funcionários da Casan.
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Os 12 mil administradores de Santa Catarina já podem contar com um
plano de previdência complementar exclusivo na hora de planejar a
aposentadoria. É o CRAPrev, fundo
instituído pelo Conselho Regional de
Administração do estado em parceria com a Fundação Petros e a Mongeral.
A Fundação Petros é o segundo
maior fundo de pensão do país, com
investimentos de R$ 39,3 bilhões (em
abril de 2008). É responsável pela
administração dos recursos do CRAPrev – tanto as aplicações financeiras
quanto o pagamento dos benefícios
de aposentadoria.
A seguradora Mongeral é responsável pela comercialização do plano
e pela gestão dos benefícios de risco. A empresa é líder no mercado de
fundos instituídos no Brasil, planos
de previdência como o CRAPrev, estipulados por contratos fechados com
entidades representativas de classes.
Em 2007, a Mongeral administrava
85% dos fundos desse tipo já criados
no Brasil.
O CRAPrev é uma oportunidade
para investir na qualidade de vida na
aposentadoria, com custos reduzidos
em relação à opções disponíveis nos
bancos. A taxa de administração cobrada pela Petros é de 6% do valor das
contribuições. O valor das contribuições é flexível e depende do valor do
benefício desejado na aposentadoria
ou em caso de invalidez. Para um administrador com 30 anos que planeja
se aposentar aos 60 com renda de R$
2 mil (e o mesmo valor para benefício
de invalidez), a contribuição mensal
estimada pelo plano é de R$ 295,39,
caso a rentabilidade anual seja de 7%.
Um simulador ajuda a fazer as contas,
no hotsite do CRAPrev. Os valores podem ser revistos semestralmente.
Banco de imagens
Jornalista Responsável
Gastão Cassel (DRT/RS 6166)
Projeto Gráfico
Marina Righetto
Reportagem
Galeno Lima
Diretor Responsável
Benhour de Castro Romariz Filho
Benefícios
previstos no
CRAPrev
•Aposentadoria programada ou
antecipada, a partir de 55 anos de
idade e 5 anos de contribuição
•Aposentadoria por invalidez
•Abono por morte do titular ou pensão para o cônjuge ou companheiro
e/ou filhos menores de 21 anos
•Atenção: o valor dos benefícios é
calculado em função das contribuições recolhidas e da rentabilidade
obtida pelos investimentos. A leitura do regulamento do plano é fundamental para entender o valor e
as modalidades de cada benefício.
Outras
vantagens
•As contribuições podem ser deduzidas do imposto de renda até o
limite de 12% da renda bruta
•Quem já possui planos de previdência em outras instituições
(PGBL ou VGBL) pode transferir os
recursos para o CRAPrev, sem custos, usando o instituto da portabilidade
•Os participantes podem participar
do Clube Petros, que oferece financiamentos para compra da casa própria em bancos conveniados
Mais informações:
0800 25 2545 (de segunda a sexta, das 8h às 18h)
http://www.petros.com.br/petrossite/servicos/hotsitecraprev2008/design/html/index.html
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Homenagem
José Nascimento: uma vida dedicada ao coletivo
Solidário, conciliador,
sensato, companheiro,
amigo. Parece não haver
adjetivos suficientes para
descrever o administrador
e eletricitário José
Nascimento, Diretor de
Administração e Finanças
do Saesc, que faleceu em
8 de julho, aos 66 anos.
“Ele era uma pessoa sempre
preocupada com o coletivo.
Nunca em sua vida ele
exerceu uma atividade
privada”, descreve o
presidente do Saesc,
João Paulo de Souza.
Filho de operários, José Nascimento nasceu em Blumenau em
1942, no lugar conhecido como
Beco Araranguá – um bairro extremamente humilde. Ainda jovem
começou a trabalhar na Companhia
Força e Luz do município, como auxiliar administrativo, conciliando o
trabalho com o curso técnico em
contabilidade. No final da década de
1960, a Companhia foi incorporada
pela Celesc, junto a outras empresas
de energia. Seu desempenho destacado fez com que fosse designado
administrador da agência regional
de Concórdia. “Foi uma administração exemplar que até hoje é lembrada”, afirma João Paulo.
De Concórdia, Nascimento foi
nomeado para a regional de Florianópolis, que na época passava por
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uma reestruturação administrativa.
Permaneceu na função entre 1973
e 1986, quando foi enviado então
para a regional de Chapecó. No ano
seguinte assumiu o departamento
de Administração da Celesc, onde
permaneceu até a aposentadoria,
em 2001.
lhadores e da empresa. “Inclusive ele
chegou a ser incompreendido por
isso algumas vezes”, comenta. Na
década de 1970, a ditadura, os eletricitários conquistaram direitos como
garantia de férias diferenciadas, participação nos resultados e complementação de aposentadoria.
Quando se estabeleceu em Florianópolis, já casado e com filhos,
Nascimento conciliava o trabalho na
Celesc com o curso de Administração na Esag. Como administrador,
fez parte da equipe que criou a Associação Profissional dos Administradores, que conduziu à estruturação do Saesc. “Nascimento sempre
foi associado do Saesc e também
mantinha seu vínculo com o Sinergia [Sindicato dos Eletricitários],
que era sua categoria majoritária”, lembra o presidente do
Saesc.
João Paulo lembra que outra característica marcante de Nascimento era a habilidade em considerar as
individualidades, mesmo quando a
preocupação maior era com o coletivo. “Vem daí o grande respeito
que ele angariou, tanto nas relações
pessoais quanto nas profissionais”,
afirma.
Uma característica marcante de José Nascimento era
sua postura conciliatória. João
Paulo observa que, mesmo quando ocupava
funções de chefia
na Celesc, sua
conduta sempre buscava
conciliar os
interesses
dos traba-
José Nascimento:
concilação e respeito
pelo colegas
Nascimento acompanha apuração dos votos durante eleição para o Conselho realizada na Fundação Celos
Atuação marcante
também na Celos
Uma vez aposentado, José Nascimento continuou trabalhando por
causas coletivas. Prestou serviços
para a Associação de Aposentados
da Celesc (APCelesc), onde ocupou
cargos como a vice-presidência e a
diretoria financeira. Na Celos, foi o
primeiro diretor de Seguridade eleito pelos aposentados – antes, a escolha era feita pela patrocinadora.
“Quando se instituiu a eleição direta,
o Nascimento foi o primeiro escolhido, o que é um indicativo do respeito
que os aposentados tinham por ele”,
comenta Remi Goulart, atual diretor
de Seguridade da Celos.
Embora tenham trabalhado na
Celesc durante o mesmo período,
foi após a aposentadoria que Goulart e Nascimento tiveram maior
convivência. “Ele era uma pessoa
alegre, disponível, positiva, solidária,
extremamente sincera e carismática”,
lembra Goulart, que não esquece o
grande estímulo dado por Nascimento para que o amigo o sucedesse na
diretoria da Celos. “Eu estava inseguro quanto a concorrer, mas lembro
que ele me disse: ‘Remi, nós temos
uma grande missão. A nossa missão
é atender, dentro das nossas possibilidades, os nossos colegas aposentados e pensionistas’”, relata. “Essa foi
para mim a grande lição que o Nascimento nos deixou: a de servir”, acrescenta Goulart.
José Nascimento morreu no
dia 8 de julho de 2008, por falência
múltipla dos órgãos, decorrente de
complicaçõs pós-cirúrgicas. Deixou
a mulher, três filhos e netos.
Conselho Deliberativo
se reúne para realizar
a troca de cargos
Os membros do Conselho Deliberativo do Saesc, reunidos no dia
29 de julho, trataram do remanejamento das funções de Diretor de
Administração e Finanças e de Imprensa e Divulgação. A alteração é
em cumprimento ao Estatuto, em
sua sessão 6, página 57, que prevê
a substituição do cargo em caso
de vacância.
Para o cargo de Diretor de Administração e Finanças assumiu
Benhour de Castro Romariz Filho,
que estava na função de Imprensa
e Divulgação, e na vaga de Diretor
de Imprensa assumiu o membro
suplente Leandro Passoni. A substituição do cargo ocorre em função
do artigo 4 do Estatuto, ou seja, em
relação ao falecimento de um dos
membros do Conselho.
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O POLÍTICO COMO ADMINISTRADOR,
O ADMINISTRADOR COMO POLÍTICO
Prefeitos e vereadores não precisam ter formação superior ou dispor
de registro no conselho profissional
para exercer suas funções como administradores públicos. Isso é democrático, atende ao princípio de assegurar a amplo número de brasileiros
o direito de alcançar um cargo eletivo, mas não significa que os saberes
da Administração são dispensáveis
para qualificar a gestão pública, em
todos os níveis de governo.
A diretoria do Saesc não tomará
posição em relação ao pleito de outubro, mas sugere aos sindicalizados
que avaliem, entre os candidatos, a
disposição para incorporarem, nas
Prefeituras e Câmaras de Vereadores
de Santa Catarina, práticas administrativas mais eficazes.
O custo da máquina tornou-se absurdamente caro para o nível de qualidade dos serviços públicos. Com tributação equivalente à de alguns dos
países mais ricos do mundo, o Brasil
ainda apresenta indicadores semelhantes a alguns dos mais pobres em
áreas típicas da atuação do Estado,
como o saneamento.
A inteligência da Administração
tem a contribuir para mudar esse
quadro. Em primeiro lugar, com a
adoção de métodos mais eficazes e
de menor custo para otimizar a destinação do orçamento de cada município. Junto com isso, com o imperativo ético de combater a corrupção
e o desperdício – fundamental num
país desigual e com tanta natureza a
preservar. Se mobilizarem esse saber
da nossa área, os eleitos de outubro
poderão governar melhor.
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Banco Frank Maia
Saesc participa das
eleições no CRA
Arcênio Patrício, Benhour de
Castro e Luiz Henrique Bernardo, membros da diretoria do
Saesc, vão atuar na Comissão
Eleitoral das eleições do Conselho Regional de Administração
- CRA. A eleição para a escolha
da nova diretoria do Conselho
acontece no dia 15 de outubro.
Sérgio Ricardo Breda, membro
diretor do Saesc, está concorrendo nas eleições. Ele é funcionário da Casan e concorre
em uma das chapas.
9 de Setembro:
Dia do Administrador
Foi no dia 9 de setembro, em 1965,
que a profissão de administrador passou a ser oficialmente reconhecida no
Brasil, após assinada a lei nº 4769, que
exigiu a obtenção de diploma para
exercer a função. Três anos depois, o
Conselho Federal de Administração
(CFA) ratificou, através de uma resolução, esta data comemorativa.
Usando uma definição simplificada, administrar significa gerir, gerenciar. Os conceitos no campo da administração sempre estiveram ligados
ao modo de produção capitalista. O
americano Frederick Taylor é considerado o pai da Administração Científica, que deu origem a segunda revolução industrial.
Muito além do gerenciamento, o
administrador atual precisa ser eficiente e bem-informado, para poder
tomar decisões complexas num curto espaço de tempo. Tais habilidades
se tornam indispensáveis para os administradores de empresas, que se
situam no topo da cadeia hierárquica,
e por isso lidam diretamente com colegas cujos trabalhos requerem maior
envolvimento intelectual. São os
chamados “trabalhadores do conhecimento”, na definição cunhada por
Peter Drucker. Estes conhecimentos
permitiram que os empresários deixassem de enxergar os funcionários
apenas como peças na grande engrenagem de produção, e passassem a
levar em conta sua subjetividade para
os objetivos da empresa.
Um exemplo recente desta nova
visão empresarial ganhou as páginas dos noticiários em novembro de
2007: o italiano Enzo Rossi, dono de
uma empresa de massas, decidiu tentar viver um mês com o salário que
pagava aos funcionários – mil euros
para si e mil euros para sua mulher. O
banco de imagens
Análise
casal, com duas filhas de 14 e 15 anos,
não conseguiu fazer o dinheiro render
além do dia 20. Baseado na experiência,
Enzo aumentou os salários em 20%.
Com a recente estabilidade econômica do Brasil, que permitiu que o
país aumentasse sua participação no
mercado global de capitais, os cursos
de administração também se multiplicaram. A primeira escola foi fundada em 1952, mas hoje já são quase
duas mil, sem contar os muitos cursos
de especialização e MBA.
Ao longo dos anos, com o crescimento da categoria, diversas associações profissionais se formaram. O SAESC foi criado em 1985 para defender
os direitos dos administradores em
Santa Catarina. Para se manter, conta
com a contribuição sindical de seus
associados, paga em forma de anuidade. Os associados têm seu imposto
sindical quitado, têm direito a assessoria jurídica e outros benefícios
Perfil do profissional brasileiro
A pesquisa mais recente do CFA, de 2006, buscou traçar um perfil do administrador no Brasil. Segundo os participantes, o que os atraiu para a área foi a possibilidade de criar seu próprio negócio, assim como a formação abrangente. Outros
dados indicam que o administrador, em sua maioria:
• É do sexo masculino, casado e sem dependentes;
• Está na faixa etária de até 30 anos;
• É egresso de universidades particulares;
• Possui especialização em alguma área de Administração;
• Trabalha nos setores de serviços, da indústria e em órgãos públicos;
• Atua nas áreas de Administração Geral e Finanças;
• Ocupa cargos de gerência.
Com informações de: http://andreilima.adm.br/
•
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Há que se recatar e
respeitar os valores éticos
Walmor Tadeu Schweitzer,
administrador CRA n º 4567*
entender os motivos que levam
algumas sociedades a evoluir mais
rápido que outras. Só recentemente ficou patente que, além
da liberdade, outros fatores
intangíveis são essenciais ao
desenvolvimento das nações.
O principal deles é a capacidade de as sociedades criarem
regras de conduta que, caso
desrespeitadas, sejam implacávelmente seguidas de sanções. A
solidificação científica dessa descoberta no campo da economia
pode ser creditada ao americano
Douglass North, ganhador do Prémio Nobel de 1993 [junto com Robert
William Fogel].
Sob essa ótica, observa-se que países subdesenvolvidos, como o Brasil,
poderão enfrentar as suas mais variadas
dificuldades, como a da impunidade
dos corruptos dos setores públicos e
privados. Pesquisas realizadas em 2004,
pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário - IBPT, revelaram que cerca
de 7.437 empresas entrevistadas, 64%
sonegaram tributos. Destas, 49% são
médias empresas e 27% são empresas
grandes. A estimativa de sonegação em
faturamento foi de R$1,02 trilhão, ou
seja, 39,27% do faturamento total das
empresas. A estimativa de valores de
tributos sonegados pelas empresas no
período de 2000 a 2005 é de R$219 bilhões. A pesquisa foi feita com 1.285 pequenas, 3.905 médias e 2.247 grandes.
Stuart Gilman, cientista político e
chefe do Programa Global da ONU
contra a Corrupção, afirma: se a impunidade não é controlada, destrói a
confiança da população nas instituições. Afirma também que a corrupção
conduz à instalação de regimes autoritários, isto porque, em um cenário de
falência das instituições democráticas,
Banco Frank Maia
Há séculos os estudiosos tentam
as pessoas podem se deixar levar pela
ilusão de que a corrupção está ligada
à democracia.São comuns os governos
que não dão exemplo de cumprimento de normas e por consequência não
punem os seus administrados. Este
comportamento tem propiciado um
campo fértil para a oficialização da roubalheira civil.
Muito se fala de corrupção e corruptos, mas se esquece de falar dos
corruptores. Há muitas empresas na
listagem de corruptoras.
Não há transparência, não há eqüidade, não há respeito às leis por parte
de empresas que sonegam, alertou o
presidente do conselho do Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa,
José Monforte, durante um Seminário
Internacional de Combate à Corrupção
realizado no Rio de Janeiro. Durante
este Seminário, no qual cerca de 20
empresários participaram, o tema debatido foi, especificamente, a sonegação fiscal. O ex-procurador do Estado
do Rio de Janeiro Ricardo Lodi Ribeiro,
na mesa de debates, lembrou que a sonegação fiscal deixa de ser uma ques-
tão ética para se tornar um problema
econômico, sobretudo em países periféricos como o Brasil.
A sonegação afeta diretamente
as pequenas empresas que querem
pagar em dia seus tributos. Afinal, a
concorrência não paga, acaba tendo
mais lucro e sobra mais dinheiro para
investimentos afetando, dessa forma, a
sobrevivência daquelas.
No estado democrático de direito a
função da tributação é para custeio de
toda a sociedade. A sociedade considera o ato de sonegar como crime, mas
um crime moralmente aceitável. Fica
complicado quando os nossos próprios
representantes governamentais dizem
que a prática de Caixa 2 é antiga. Os
governos brasileiros nunca praticaram
o espírito republicano. Todos querem o
bem de si mesmo. É necessário aplicar
os grandes princípios republicanos e
democráticos, colocando-se o interesse
comum acima dos interesses de poucos. O povo tem que ser reconhecido
como verdadeiro titular da cidadania e
os políticos apenas como servidores do
povo e não donos do poder.
* O texto original foi reduzido, em função do espaço.
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