Viver da E ucaristia
Viver para a igreja
BOLETIM DA BEATA ALEXANDRINA
Publicação Trimestral
Editorial
O Sacrário é uma fonte de esperança
num mundo em desespero
Jesus confiou à Beata Alexandrina os Sacrários abandonados e os
pecadores.
São milhares de vezes que Jesus
fala nos Sacrários abandonados.
Numa das muitas cartas que escreveu ao seu director espiritual, P.
Mariano Pinho, em 14/10/1934,
podemos ler. “Minha filha, não tens
pena de mim? Estou sozinho nos
sacrários, tão escarnecido e
abandonado e tão ofendido! Anda
reparar tudo isto!” Disse-me ainda:
“Anda, minha querida filha, para os
sacrários; estou sozinho, e sou tão
ofendido! Anda reparar tudo para os
sacrários , e sou tão ofendido! Anda
consolar-Me e desagravar-Me!
Repara tanto abandono! Manda dizer ao teu pai espiritual que Eu
quero que vós façais que Eu seja visitado, amado e desagravado na
Santíssima Eucaristia. Visitar os presos da cadeia, e consolá-los é
uma boa obra. Eu estou preso e preso pelo Amor. Eu sou o preso dos
presos”.
O sacrário é como um sol que irradia luz, calor, esperança! É
como um manancial correndo em todas as direcções! É como um
jardim donde se espargem os mais deliciosos aromas! Quando o ser
humano, de joelhos diante de Jesus Sacramentado, deixa que o seu
coração se abra totalmente a Esse Tesouro da Graça Divina, nunca sai
de Junto de Jesus igual: há vida nova em sua vida! Jesus Vida em
plenitude que está Vivo em cada sacrário aí espera por cada um de
nós! Se o homem não recorre a Essa Fonte é porque ainda não
descobriu a Sua riqueza. Este não acolher a presença de Jesus
Eucaristia, Sua proximidade, Seu amor, é consequência do
desconhecimento deste Mistério!
Mas o estar diante do sacrário terá necessariamente dois frutos:
um amor cada vez maior a Jesus Ressuscitado e um amor pela
salvação das almas. Viver a paixão pela Eucaristia levar-nos-á a
estarmos disponíveis para sermos enviados a eucaristizar o mundo,
segundo as palavras de João Paulo II: “a amar a quem Deus ama, a
sair ao encontro de quem anda à procura de Deus para que conheça e
ame a Eucaristia”.
A paixão por Jesus Eucaristia temos de a traduzir em compromissos concretos, pessoais e comunitários, para fazer chegá-la
aos mais débeis, aos mais pobres, aos mais distantes.
Viver uma vida profundamente eucarística é consequentemente
levar uma vida de transformação do mundo em Reino de Deus o que
implica uma permanente conversão ao estilo de Jesus: desprendimento, simplicidade, ânimo, fortaleza, vida de contínua união
com o Pai.
P. Granja
N.º 14
Janeiro / Fevereiro / Março - 2010
Os Sacrários
Beata Alexandrina é a eleita de Deus para os Sacrários
abandonados.
Jesus constantemente a convida a estar com Ele, unida a Ele, a
consolá-Lo, desagravá-Lo em todos os Sacrários abandonados do
mundo inteiro. Foi um grito contínuo de Jesus ao coração da Beata
Alexandrina, e, através dela, para todos nós.
Hoje quantas Igrejas fechadas semanas, meses a fio? Quantos
sacrários onde Jesus nunca é visitado?! Quantas ofensas: ultrajes,
sacrilégios e indiferenças! Quantas negações da presença real de
Jesus na Eucaristia?!
Em 14/9/1934 Podemos ler na carta que enviou ao seu director
espiritual: “Jesus convidou-me para os Sacrários abandonados,
para me entristecer com Ele e para reparar tanto abandono: que O
deixam sozinho e vivem como se Ele não existisse. Até os próprios
sacerdotes, a quem Ele deu o poder de transformar o pão no Seu
Divino Corpo, até esses O esquecem”.
Em 27/9/1934 Jesus diz-lhe: “Anda minha filha entristecer-te
comigo, participar na minha prisão de amor e reparar tanto
abandono e esquecimento. Manda dizer ao teu director espiritual
que seja pregada e propagada a devoção aos Sacrários, muito mas
muito. Quero que se acenda nas almas a devoção para com esta
prisão de amor e que não ficou Ele lá só por amor dos que O amam,
mas sim por todos, e que em todos os trabalhos O podem consolar”.
Em 4/10/1934 Jesus diz-lhe: “Minha filha, não tens pena de
Mim? Estou sozinho nos sacrários, tão escarnecido, abandonado e
tão ofendido! Anda reparar tudo isto”! Disse-me assim o meu Bom
Jesus: “Anda, minha querida filha, para os sacrários! Estou
sozinho, e sou tão ofendido! Anda consolar-Me e desagravar-Me!
Repara tanto abandono! Manda dizer ao teu pai espiritual que
quero que vós façais que Eu seja visitado, amado e desagravado na
Santíssima Eucaristia. Visitar os presos na cadeia é boa obra! Eu
estou preso, e preso por amor. Eu sou o preso dos presos!”.
BOLETIM DA BEATA ALEXANDRINA
2
1º CENTENÁRIO DA UNIÃO EUCARÍSTICA REPARADORA
Fundada pelo
BEATO MANUEL GONZÁLEZ (O Bispo do Sacrário Abandonado)
deixeis abandonado!”».
Também sobre o túmulo de Alexandrina,
cujos restos mortais repousam na Igreja
paroquial de Balasar, se lê: «Quero ser enterrada, se puder ser, de rosto virado para o
Sacrário da nossa Igreja. Assim como na vida
ansiei estar junto de Jesus Sacramentado e
voltar-me para o Sacrário as mais vezes possíveis, quero depois da minha morte continuar
a velar o meu Sacrário e manter-me voltada
para Ele. Sei que com os olhos do corpo não
verei o meu Jesus, mas quero ficar assim para
melhor provar o amor que tenho à Divina
Eucaristia».
Missão e carisma do Beato Dom Manuel
Este ano é o 1º Centenário da instituição da
Obra das Três Marias dos SacráriosCalvários, hoje U.N.E.R. (União Eucarística
Reparadora), fundada pelo Bispo espanhol
Dom Manuel González García (1877-1940),
beatificado por João Paulo II a 29 de Abril de
2001.
A Obra, surgida a 4 de Março de 1910, para
contrastar o abandono dos Sacrários e a
difundida indiferença religiosa e hostilidade
para com a Igreja, teve uma imediata difusão
em Espanha, na América Latina e em Portugal.
A esta Pia União pertencia também a Beata
Alexandrina M. da Costa, em cujo quarto, em
Balasar, ainda hoje se encontra pendurado na
parede o quadro-símbolo das Marias dos
Sacrários-Calvários.
O Centenário da Fundação da Obra deu-nos
ocasião para aprofundar a vida e o carisma
eucarístico que animou todo o apostolado do
Beato D. Manuel e a missão da Beata
Alexandrina, que fez do Mistério Eucarístico a
centralidade da sua vida, participando na
Paixão de Jesus, Sacerdote e Vítima pela
salvação das almas, vivendo sempre unida a
Ele, presente em todos os Sacrários do mundo.
Ambos pediram para serem sepultados com
o rosto voltado para o Sacrário, para darem
testemunho do seu amor a Jesus Eucarístico e
da sua viva fé na sua presença na Hóstia
consagrada. De facto, no túmulo do Beato D.
Manuel, cujos restos mortais repousam na
Catedral de Palência, um epitáfio refere estas
suas palavras: «Peço para ser enterrado junto
de um Sacrário, para que os meus ossos, depois
da morte, tal como a minha língua e os meus
escritos durante a vida, digam sempre aos que
passarem: “Jesus está ali! Está ali! Não o
Combater o abandono de Cristo no Mistério
Eucarístico é a sua grande missão, quer antes
como Pároco, quer depois como Bispo. A sua
fé, esperança e caridade eucarísticas, vividas
numa união profunda com o Senhor e sustentadas pela fidelidade ao próprio ministério
sacerdotal, traduziram-se num apostolado
eucarístico tão fecundo que fez reflorescer as
comunidades paroquiais que lhe tinham sido
confiadas. É este, na realidade, o carisma que o
distinguiu desde o início da sua ordenação
sacerdotal, tanto que queria ser chamado o
Bispo do Sacrário Abandonado.
Nomeado Arcipreste em Huelva em 1905, é
aqui que, a 4 de Março de 1910, funda o
movimento eucarístico a que chama “Obra
das Três Marias dos Sacrários-Calvários”.
Mais tarde junta-se também o ramo masculino
dos Discípulos de S. João Apóstolo.
Nomeado primeiramente Bispo de Málaga
e depois de Palência, dedica-se totalmente à
recristianização da sua Diocese através duma
acção pastoral iluminada e apostolicamente
fecunda que se apoia em três pilares: a
formação dos futuros sacerdotes, a educação
religiosa das crianças e a promoção da autêntica espiritualidade nos leigos praticantes.
Para realizar este programa funda “Os
Missionários Eucarísticos Diocesanos”,
sacerdotes que assistem as terras sem sacerdote
e as “Irmãs Marias Nazarenas” (hoje
Missionárias Eucarísticas de Nazaré).
Em plena guerra civil, organiza missões em
várias terras, onde se dirige para pregar o seu
tema preferido: o amor reparador a Jesus
Eucarístico. Neste período, dá novo impulso a
todas as obras eucarísticas, fundando a revista
“R.I.E.” [N.T.: Reparação Infantil Eucarística] para os meninos reparadores.
Para a formação das almas profundamente
eucarísticas, serve-se do apostolado da pena,
escrevendo cerca de trinta livros e opúsculos,
de carácter catequético, pedagógico e sobretudo ascético eucarístico.
Mas a sua saúde começa também a res-
sentir-se com as numerosas provas e sofrimentos vividos. Internado na Clínica do
Rosário, em Madrid, morre a 4 de Janeiro de
1940.
A Obra das Marias dos SacráriosCalvários em Portugal
A Obra das Marias dos Sacrários-Calvários
é fundada em Portugal em Viseu, na Igreja dos
Terciários Franciscanos, a 4.3.1925.
Dois anos depois, em 1927, por ocasião da
fundação do ramo masculino da Obra, foi
nomeado como Director o Cónego Manuel
Luís Martins. Este apaixonado sacerdote foi o
grande promotor da Obra em toda a diocese de
Viseu e introduziu-a em muitas paróquias. Em
1935, a Obra estava presente em quase todas as
dioceses de Portugal.
O Cónego Manuel Luís Martins deu vida
também a uma revista mensal para alimentar o
amor eucarístico: O Arauto da Eucaristia.
Morreu em Viseu, em conceito de santidade a
15.6.1981, depois de ter sido por muitos anos
também o Coordenador nacional da Obra.
Por ocasião da fundação da Obra em Viseu,
em 1925 é também traduzido e publicado o
Manual das Marias dos Sacrários-Calvários.
Este definia a Obra das Marias como uma
obra de reparação eucarística para partilhar e
reparar com Maria Imaculada a solidão de
Jesus nos Sacrários mais abandonados ou
pouco frequentados.
O principal objectivo da Obra não era tanto
adornar materialmente e exteriormente os
Sacrários; a missão dos “ares” definia-se em
fazer companhia a Jesus no Sacrário mais
abandonado e assistir ao Sacrifício das Santas
Missas mais desertas.
Portanto, cada “Maria” tinha a tarefa de
servir o Coração eucarístico de Jesus,
abandonado ou sozinho, com a comunhão e a
visita pessoal, cada dia, ao Sacrário que lhe
tinha sido confiado e a que chamava o “meu
Sacrário”, e empenhando-se num apostolado
eucarístico para sensibilizar e levar outros
cristãos a amar, adorar e reparar Jesus
Eucarístico.
Devia haver dois tipos de “Marias”: as
contemplativas e as activas. As contemplativas
eram aquelas que viviam espiritualmente
unidas ao Sacrário por estarem impedidas de O
visitar por motivo de doença, e as activas
aquelas que Lhe faziam companhia, quer
espiritualmente, quer fisicamente.
Era tarefa das contemplativas fazer a
Comunhão e a visita espiritual ao Santíssimo
Sacramento, unindo-se a Jesus presente no
Sacrário abandonado que lhes tinha sido
confiado. Podiam, além disso, unir-se a Jesus e
reparar o abandono através da oferta
BOLETIM DA BEATA ALEXANDRINA
quotidiana das acções do dia, das comunhões
espirituais e das jaculatórias ao seu Coração
Eucarístico.
As “Marias” activas tinham a mesma tarefa
das contemplativas, indo ainda pessoalmente
ao seu Sacrário e, sempre que possível,
participando e comungando, no mesmo lugar,
na Santa Missa.
A Beata Alexandrina e a Obra das
Marias dos Sacrários
A pertença da Beata Alexandrina à Obra das
Marias dos Sacrários-Calvários é confirmada,
para além do quadro-emblema já referido, pela
carta de 6.11.1933 ao Padre Pinho, onde
Alexandrina responde positivamente à
pergunta fatal do sacerdote jesuíta se pertencia
às Marias dos Sacrários. Esta pergunta tinha o
objectivo de obter para a Alexandrina o
benefício do Altar portátil, ou seja, a
autorização para celebrar a Santa Missa no seu
quartinho, concedida pelo Santo Padre Pio X
aos membros da Obra das Marias dos Sacrários
momentânea ou cronicamente doentes que ao
domingo não podiam assistir à Santa Missa e
receber a Comunhão eucarística. Para os
doentes crónicos estava prevista a possibilidade da Comunhão quotidiana.
Outras duas fontes citam a pertença de
Alexandrina à Obra: o livro do Pe. Pinho No
Calvário de Balasar e a biografia do Pe.
Umberto Pasquale Alexandrina.
Foi precisamente pela sua pertença à Obra
que o Pe. Pinho obteve a autorização da
Diocese de Braga para poder celebrar a Santa
Missa no quartinho de Alexandrina, pela
primeira vez a 20.11.1933, poucos meses
depois do seu primeiro encontro, ocorrido em
Agosto desse mesmo ano.
Foi grande a alegria de Alexandrina nesse
evento, pois havia muitos anos, desde 1925,
que não pudera mais participar na Santa Missa,
nem receber a Comunhão frequentemente: a
partir desse dia passou a assinalar num pequeno
caderno todas as Santas Missas que eram
celebradas no seu quartinho.
Neste momento não podemos estabelecer
com exactidão o ano em que Alexandrina
passou a pertencer às Marias dos Sacrários,
mas é certamente no período que vai de 1925,
ano da fundação da Obra em Portugal, até 1933,
ano em que Alexandrina aparece já inscrita na
Pia União.
Mas de um ponto de vista espiritual é ainda
mais significativa e muito interessante a
pertença de Alexandrina à Obra das Marias dos
Sacrários-Calvários: ela partilhava em pleno
do carisma da Obra - reparar o abandono e a
solidão de Jesus Eucarístico presente nos
Sacrários, desenvolvendo uma vida de união e
de amor para com os Sacrários mais
abandonados e unindo-se como vítima ao
Sacrifício Eucarístico que se perpetuava nas
Santas Missas que se celebravam no mundo,
pela salvação das almas.
Não sabemos se Alexandrina possuía o
Manual das Marias dos Sacrários-Calvários,
mas lendo as páginas do Manual e as páginas
autobiográficas da Beata Alexandrina é
evidente que o amor profundo e a união com
Jesus-Eucaristia que Alexandrina experimentou desde a sua Primeira Comunhão
encontraram na pertença à Obra das Marias o
ambiente espiritual mais adequado na primeira
fase da sua experiência mística, para orientar
mais eficazmente tudo o que a Graça divina
estava a operar e a inspirar autonomamente
nela, em vista da missão que o Senhor lhe
confiaria em 1934: os Sacrários e os pecadores.
Esta oração, escrita na capa de um velho
livro forrado a papel de embrulho, remonta ao
mês de Maio de 1930: «Ó meu querido Jesus,
quero ir visitar-Vos aos vossos sacrários mas
não posso, porque a minha doença obriga-me
a estar retida no meu querido leito de dor.
Faça-se a vossa vontade, Senhor, mas, ao
menos, meu Jesus, permiti que nem um
momento passe sem que à portinha dos vossos
sacrários eu vá em espírito dizer-Vos: Meu
Jesus, quero amar-Vos, quero abrasar-me toda
nas chamas do vosso amor e pedir-Vos pelos
pecadores e pelas almas do Purgatório» (Maio
de 1930).
Outras referências ao “meu Sacrário”
abandonado, típica expressão das Marias dos
Sacrários, encontram-se no testemunho dado
por Felismina dos Santos ao Pe. U. M. Pasquale
e referido no livro Eis a Alexandrina.
«Um dia, estando eu ao pé dela, disse-me
que podíamos estar unidos a Nosso Senhor
mesmo durante o trabalho. Foi então que me
ensinou esta comunhão espiritual para me unir
aos sacrários: Meu Amor Sacramentado,
visito-Vos com o coração e recebo-Vos com
afecto. Meu Jesus, eu Vos amo e Vos adoro no
“meu sacrário abandonado” e em todos os
sacrários onde habitais sacramentado».
É possível encontrar também uma outra
ressonância espiritual com a Obra no belíssimo
Hino aos Sacrários que Alexandrina compôs
nos inícios dos anos 30. Para estar sempre
presente em espírito junto dos Sacrários, o
Beato Manuel sugeria no Manual: «Repeti com
frequência e, se possível, ao começar cada
3
acção: Por esta acção seja acompanhado o
meu Sacrário abandonado. Tudo por Vós,
Coração Santíssimo de Jesus.
Se escreveis, dizei: Quero que cada letra
que escrevo seja um acto de amor para o meu
Sacrário.
Se coseis, andais, falais, etc., oferecei cada
ponto, passo, palavra, etc., ao vosso Sacrário».
E Alexandrina: «Ó meu Jesus, eu quero que
cada dor que sentir,… cada palavra que
pronuncie…, que leia…, que escreva, ou veja
escrever,… sejam actos de amor para com os
vossos Sacrários».
A partir de Setembro de 1934, depois de o
Pe. Pinho ter assumido a sua direcção
espiritual, é o próprio Jesus que confia à
Alexandrina a missão dos Sacrários e os
pecadores, confirmando-a no caminho até
então percorrido, que agora se enriquece com
os ensinamentos do Divino Mestre.
O caminho de amor e de reparação para
com Jesus esquecido, abandonado, ultrajado,
profanado na Santíssima Eucaristia que
Alexandrina realiza, guiada a partir de
Setembro de 1934 por Jesus, e que ela
comunica nas cartas ao Pe. Pinho, é uma
continuação e aprofundamento da vocação até
então desenvolvida como “Maria” dos
Sacrários.
Ao mesmo tempo, a experiência mística de
Alexandrina a partir de 1934, para além de ser
uma límpida luz na vida de amor e de reparação
para todas as almas chamadas a cumprir a
mesma missão, é uma implícita confirmação
da Obra, da missão e apostolado do Beato
Manuel, que tinha fundado as “Marias dos
Sacrários” para combater o abandono de Jesus
no Sacrário.
Não é possível referir aqui todos os
convites e ensinamentos que Jesus dirige a
Alexandrina relativamente à missão dos
Sacrários, mas a título exemplificativo, referimos um que é eloquente: « − “Filhinha, ó
filhinha, ó amor do meu amor! Anda falar um
pouco com o teu Jesus, anda aprender na
minha escola. Filha, ouve, estou abandonado
em tantos sacrários! Manda dizer ao teu pai
espiritual que procure saber todos os sacrários
do mundo pobres e abandona-dos e que
arranje um número de gente para cada um
para Me amar, Me desagravar, Me visitarem
em espírito, e mandarem as suas esmolas. Eu
estou como um mendigo sujo e esfarrapado:
que façam que Eu esteja limpo e asseado”.
Perguntei a Nosso Senhor o número que
queria para cada um deles e respondeu-me que
à medida da gente que arranjasse.
− “Mas não quero que lhes peçam porque
senão eles não cumprem. Quero que isto seja
publicado e que seja o coração deles quem o
pede. Compreendeste? Manda dizer tudo”.
… E dizia-me ainda: − “Continua tu a
acompanhar-Me em todos os meus sacrários e
a oferecer-te como vítima pelos pecadores, que
assim muito Me consolas: Eu também estou
sempre contigo: Vai, filhinha, vai, continuar as
tuas orações à medida das tuas forças”» (carta
de 11.6.1935 ao Pe. Pinho).
Maria Rita Scrimieri
BOLETIM DA BEATA ALEXANDRINA
4
GRAÇAS RECEBIDAS
- Berta Maria Teixeira Marinho
Marco de Canaveses
Em 1992, encontrei um nódulo no peito.
Logo depois fui internada no Instituto de
Oncologia no Porto para que me
retirassem esse nódulo.
Com muita fé me “agarrei” à Beata
Alexandrina.
No momento em que ia ser operada, o
nódulo tinha desaparecido.
Por isso, agora, mais devoção tenho na
Beata Alexandrina.
- Maria Madalena Rodrigues Tomé
Nabais
Guarda
Em Novembro de 2008 o meu marido
apalpou um caroço numa perna. Depois
de vários exames e uma biopsia, soubese que era um gânglio linfático. Recorri
à Beata Alexandrina de Balasar para
que, junto de Maria e de Jesus,
intercedesse por nós e o meu marido
ficasse curado. Depois de seis sessões
de quimioterapia e um mês de radioterapia, fez um T A C e concluiu-se que
ele estava curado.
Obrigada Beata Alexandrina por teres
intercedido por nós.
- José Gomes de Sousa
Póvoa de Varzim
Obrigado querida Beata Alexan-drina.
Estive 3 meses internado no Hospital de
S.to António - Porto e todos os dias
chamava por ti para intercederes a Jesus
e eu não morresse nem ficasse com
defeitos físicos. Tudo se realizou. Hoje
(29/11/09) fiz a primeira viagem de
carro e aqui estou para agradecer.
Muito obrigado Beata Alexandrina.
- Fátima Costa
Trofa
- Alzira Maria
Régua
- Felicidade Andrade Ferreira
Paços de Ferreira
- Silvina Santos Moreira
R. Constituição, 137 - 4470-589 Maia
- Fátima Araújo
Gavião
- Susana Ribeiro
Barcelos
- Ana Raquel
Fradelos - Famalicão
- Maria Rosa
Famalicão
- Maria Isabel
Braga
- António Vilaça
- Leonardo Morais
- Fernanda Machado Alves
- Leonor Morais
- Maria Alice Gomes Aires
Soure - Barcelos
- Lurdes Silva
Barcelos
- Carlos dos Santos Madureira
Mangualde
- Georgina Gomes Oliveira Madureira
Mangualde
- José Luís Soares Pinto
Rua Estamparia n.º 556
Canidelo - V. N. Gaia
- António Ferreira dos Santos
Rates - Póvoa de Varzim
- Maria da Silva Fonseca
Rates - Póvoa de Varzim
- Maria da Silva
Cavalões - Famalicão
- Dionísio M. Rosado
Entroncamento
- Maria Amélia Rosado
Alverca
- Maria António Gonçalves
Marvão - Alto Alentejo
- Hernâni Anselmo
Marvão - Alto Alentejo
- Mónica Sousa
Barcelos
- Augusto Sousa
Barcelos
- Eduardo Augusto Pinto
Meda
- Andreia Novo
A-Ver-O-Mar - Póvoa de Varzim
- Fernando Sá Campos
Cantanhede
- Ana Maria B. Coelho
Braga
- Isabel Araújo
Famalicão
- Virgílio da Silva Santos
Rua 31 Janeiro n.º 580 1º
Parafita - Matosinhos
- Maria Isaura Faria Lemos Sampaio
Joanesburgo - África do Sul
- José Augusto Correia
V. N. Gaia
- Natália Barbosa
36 Charles - Boste PL
Ontário N2M5A3 Canadá
- Maria Eugénia Nogueira
Vila do Conde
- Sofia Gomes
Aveleda - Vila do Conde
- Sara Carvalho
Aveleda - Vila do Conde
- Rita Machado
- Alexandrina Lopes
- Ana Maria
Ponte de Lima
- Avelino Augusto Alves
Vila Real
- Daniela Monteiro
Vila Real
- Mariana Sousa Costa
Rua de Angola n.º 116-A - V. N. Gaia
- Maria Joaquina
Braga
- Amândio Lopes da Costa
Póvoa de Varzim
- Leonilde Leão
Santo Tirso
- Custódia Barros
Peneda - Arcos de Valdevez
- Rufino José Teixeira Rodrigues
Peso da Régua
- Teresa Cardoso
Peso da Régua
- Carlos Monteiro
Peso da Régua
- Luísa Santos
Peso da Régua
- Maria Augusta Campos
Peso da Régua
- José da Silva Pereira
Peso da Régua
- Cristina Ferreira
Peso da Régua
- Márcio Oliveira
Paradela - Barcelos
- Alcina
Póvoa de Varzim
- Maria Augusta Silva Neves
V. N. Gaia
- Isabel Silva
- Rosa Maria
- Fernando Bastos
Gondifelos - Famalicão
- Pedro Salgueirinho
Trofa
- Lucinda
Trofa
- Isabel
Aveiro
- Maria Inês
Vizela S. João
- Armindo M. Pereira
Luxemburgo
- Mónica Lopes
Blasfemes - Coimbra
- Diana Barbosa
Vitorino dos Piões - Ponte de Lima
- Ester Martins
Piões - Ponte de Lima
- Isabel Trindade
- Manuel Vieira
- Josefina Sampaio Ribeiro
- Fernando Rodrigues
- Manuel Bastos de Almeida
Vale de Cambra
- Avelino Simões
Nine - Famalicão
- Madalena da Silva Rodrigues
Nine - Famalicão
- Maria Helena Fernandes
Águeda
- Luís Campos
Fradelos - Famalicão
- Elsa Maria Reis Carvalho
Famalicão
- Alice Maria Marques
Amazonas, Brasil
Notícias
• A partir do 1º de Abril,2010, em França, Bélgica e na Holanda vários
conventos que praticam a adoração eucarística, vão fazer um minuto
suplementar de adoração, minuto durante ao qual vão unir-se
espiritualmente às intenções da Beata Alexandrina ― guardiã dos
Tabernáculos. Mas este minuto suplementar de adoração não será limitado
aos monges e às freiras, visto que um grande número de leigos vai também
participar e, por intermédio dos blogues e dos Sítios Internet que informarão
regulamente sobre desta devoção particular, todos serão informados, de
maneira que esta acção vá “até aos confins do mundo”.
• A biografia da Beata Alexandrina foi oferecida a 9 bispos franceses, entre os
quais Monsehor Rey, bispo de Toulon (muito querido de Bento XVI!)
Prometeram ler a biografia e possivelmente depois, falar da nossa Beata.O
Monsenhor Rey, tendo ouvido dizer que provavelemente outro livro em
francês sobre a Beata iria ser impresso em França, propôs-se para escrever o
Préfácio, o que prova o seu interesse pela nossa querida Alexandrina.
• O Revdo Con. Doutor Fernando Sousa e Silva, um sacerdote da diocese de
Braga conhecedor e grande admirador da vida mística de Alexandrina, está
a preparar uma longa biografia sobre Beata Alexandrina, obra que será
publicada em breve.
• Uma outra obra que está a ser preparada é a publicação das orações que
Alexandrina Maria da Costa fez, em cada sexta-feira, no ano 1941. Esta obra
terá como finalidade ajudar as pessoas a rezar como e com Alexandrina.
Encontramo-nos em plena segunda guerra mundial. As suas orações são um
veemente apelo à paz.
• 6º aniversário da Beatificação de Alexandrina. Decorreram com muita
solenidade as celebrações do 6º aniversário da Beatificação de Alexandrina
Maria. Coincidiu ao Domingo, factor que levou que este ano houvesse cerca
de 7000 pessoas que participaram nas celebrações ou passassem pela Igreja,
igreja que se manteve cheia de pessoas desde a manhã até à noite. Pudemos
contar com a presença de dois bipos: D. Manuel Linda que presidiu à
celebração da Eucaristia para doentes e D. António Couto que participou na
Eucaristia de encerramento.
• Centenário da Obra Marias dos Sacrários. De 16 a 18 do mês de Abril
decorreu na cidade de Huelva, Espanha, o encerramento da fundação da
Obra das Marias dos Sacrários, obra à qual pertenceu Beata Alexandrina. O
seu canto - Hino aos Sacrários - está inspirado na regra desta Obra. O seu
sacrário, que ela de um modo particular devia reparar era o da paróquia de
santa Maria de Adoufe - Vila Real.
FICHA TÉCNICA
Viver da Eucaristia, Viver para a Igreja - Boletim Beata Alexandrina. Publicação trimestral - 0.50€ - Director Pároco de Balasar
Editor e proprietário: Fábrica da Igreja Paroquial de Santa Eulália de Balasar - Rua Alexandrina Maria da Costa, 21 - Telef: 252 956 100
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Boletim 14 - Beata Alexandrina