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Presidência da República
Dilma Rousseff
Presidenta
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Fernando Damata Pimentel
Ministro
Banco da Amazônia
Abidias José de Sousa Junior
Federação das Indústrias do Estado do Pará
José Conrado Azevedo Santos
Presidente
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Presidente
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Federação das Indústrias do Estado do Pará
Banco da Amazônia
Apoio:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Belém
2012
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Exemplares dessa publicação podem ser adquiridos na:
Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA)
Avenida Quintino Bocaiúva, 1588
Nazaré, Belém, PA
CEP: 66053-240
Banco da Amazônia
Av. 7 de Setembro, 397
Centro, Manaus, AM
Telefone: (92) 3633-2550
Coordenação editorial
José Rincon Ferreira e Lillian Alvares
Projeto gráfico e editoração eletrônica
Júlio César Delfino
Capa
Anderson Moraes
Todos os direitos reservados
A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui
violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
BRASIL. Banco da Amazônia. Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco
da Amazônia de Empreendendorismo Consciente 2012 – Belém: Banco da
Amazônia/Federação das Indústrias do Estado do Pará, 2012. 370p.
1. Desenvolvimento sustentável. 2. Meio ambiente. 3. Empreendedorismo
consciente. 4. Amazônia. 5. Banco da Amazônia. 6. Federação das Indústrias do
Estado do Pará. III. Título.
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DEDICATÓRIA
Aos 10 anos de partida do Professor Samuel Benchimol.
A Armando Mendes e Danilo Remor.
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AGRADECIMENTOS
Para todas as pessoas e instituições que contribuem para o
desenvolvimento da Amazônia..
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APRESENTAÇÃO
Esta é a segunda vez que a Federação das Indústrias do Estado
do Pará sedia o esforço de realização dos Prêmios Professor Samuel
Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente.
Os eventos têm recebido desta Presidência e dos seus diretores
deferência especial. Eventos correlatos aos certames foram realizados
com muita dedicação em todos os níveis da Instituição.
Esse ano, ao completar sua nona edição, confirmo algo que nas
duas realizações no âmbito da Fiepa, trouxe-nos forte impressão: a
capacidade aglutinadora do evento. Raras foram as ocasiões nesta
Federação em que fomos capazes de reunir lideranças tão expressivas
da Amazônia. Como decorrência, juntou-se à Comissão Julgadora em
2012 importantes representações dos estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Pará e Rondônia.
Na primeira ocorrência das premiações na Fiepa, algo ficou
inacabado. Fomos impedidos, pelo luto, de abraçar os ganhadores.
Perdemos, poucas horas antes da solenidade de outorga dos Prêmios,
o querido companheiro Danilo Remor. Trago à lembrança hoje que
foi ele, junto com os demais presidentes das Federações das Indústrias
do Amazonas e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comér­
cio Exterior, um dos criadores do Prêmio Professor Samuel Benchimol.
Por isto, estamos comemorando os resultados e também a história do
querido companheiro. Sua perda constitui momento de muita tristeza
nesta Federação e no setor empresarial do Pará. Na cerimônia que
ocorrerá no próximo dia 23 de novembro, celebraremos também sua
memória.
Recebemos neste ano, apenas 200 inscrições, que é um decrés­
cimo, se comparado aos anos anteriores. Atribuímos este declínio a
prolongada greve nas universidades federais. Mais do que o atraso no
cronograma acadêmico, comprova-se – desconsiderando as questões
envolvidas na negociação – que a paralisação na academia interrompe
a dinâmica do aprendizado, retarda as pesquisas e seus impactos
imediatos, como por exemplo, a disseminação do conhecimento
alcançado. Nesse último caso, afetou diretamente a participação nos
Prêmios.
Entretanto, nos seus nove anos de realização, os Prêmios Pro­
fessor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo
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Consciente não terão retrocesso. Sua maior contribuição é o estímulo
à criatividade e à inteligência direcionadas a pensar a Amazônia. Com
a respeitabilidade dos Prêmios conquistada ao longo dos anos,
seguimos na certeza de que em 2013 voltemos a um incremento nas
candidaturas.
Por minha solicitação, incluímos no regulamento deste ano as
homenagens aos 70 anos do Banco da Amazônia, 45 anos do Modelo
da Zona Franca de Manaus e da Suframa, 40 anos do Sebrae, 70 anos
da Empresa Bemol, 40 anos da Rede Amazônica e 30 anos da Fucapi,
instituições que em suas áreas de atuação orgulham a Amazônia.
Do Estado do Amazonas, registro especial agradecimento à
Secretaria de Ciência e Tecnologia e à Fundação de Amparo à
Pesquisa, e não apenas por este ano de 2012, mas também por 2005
e pela assessoria. Assim como agradeço à Funtac e à Fapespa pelo
suporte financeiro, assegurando a realização dos certames nos anos
que virão. Agradeço a todos patrocinadores e apoiadores que torna­
ram possível a realização dos Prêmios, cujas logomarcas aparecem
neste Relatório.
Reconhecimento maior ao Presidente do Banco da Amazônia,
Abidias José de Souza Junior, por sua participação competente na
Presidência dos trabalhos da Comissão Julgadora e pela garantia da
continuidade inexorável e apoio financeiro concedidos. Comemo­
remos, outrossim, os 70 anos de todos aqueles que fizeram e fazem o
Banco da Amazônia, em especial e com total distinção, reverencio o
Professor Armando Mendes. Para todos brasileiros, e os amazônidas
em particular, a perda em 2012 do grande erudito que foi Armando
Mendes causou profunda tristeza. Em vida, recebeu o Prêmio
Professor Samuel Benchimol na Categoria Personalidade Amazônica.
Para homenageá-lo, orientei que conste dessa publicação a nota
emitida pelo Banco da Amazônia sobre sua pujante trajetória.
Finalmente o meu agradecimento a minha equipe na Fiepa
que tornaram possível estes Prêmios.
Despeço-me, cumprimentando e festejando os agraciados e
todos que apresentaram candidaturas.
José Conrado Azevedo Santos
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará
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PREFÁCIO
A quinta edição do Prêmio Banco da Amazônia de Empre­
endedorismo Consciente, a nona edição do Prêmio Professor
Samuel Benchimol e quarta de unificação de ambas as premiações
em um único regulamento enche de orgulho aqueles que
acreditaram e lutaram para suas realizações. Lembremo-nos que
tradicionalmente o Brasil tem histórias curtas e precocemente
abandonadas de iniciativas de premiações, assim como de
circulação de revistas técnico-científicas e de criações de empresas.
Temos muito que comemorar e destaco como consequência
das iniciativas, o fortalecimento da integração regional e as
parcerias consolidadas. Nesse último caso, merece distinção as
agências estaduais de amparo à pesquisa, as secretarias estaduais
de ciência e tecnologia e as instituições de ensino superior da
Região.
Outro elemento resultante dos certames foi o envolvimento
do setor empresarial nas iniciativas. As participações na Comissão
Julgadora muito enriqueceram o debate, agora compreendendo
também o universo do setor privado. Assim como devemos
ressaltar o importante aporte financeiro para sua execução.
Não podemos ignorar, depois de quase uma década de
premiação, a respeitabilidade alcançada dos eventos. A seriedade
com que ocorre o julgamento traz aos agraciados a marca da
qualidade e da competência, impulsionando imediatamente
suas carreiras e trajetórias pessoais. Vale lembrar que a Comissão
Julgadora adquiriu ao longo dos anos, uma situação de equilíbrio
entre as representações dos estados da Região Norte.
O número de candidaturas tem sido crescente, apesar de
alguns percalços pelo caminho. Cresceu não apenas em quantidade,
mas na qualidade das propostas, que vem progressivamente
atingindo novos patamares de conhecimento, inovação e exequi­
bilidade.
A contribuição mais significativa, no entanto, resultado do
conhecimento adquirido ao longo dos anos na gestão dos Prêmios
é a sintonia paulatinamente lograda com as políticas públicas
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de ciência e tecnologia, cuja adesão integral está refletindo no
empreendedorismo, na sustentabilidade e no apoio à erradicação
da miséria.
Dos projetos apresentados, muitos se concretizam não
apenas no mérito da importância da proposta, mas também na
obtenção de recursos financeiros para sua execução. O próprio
Banco da Amazônia, a Fapeam e a Funtac contrataram muitos
desses projetos desde 2008.
Da Categoria Personalidade Amazônica, logramos cada
vez mais que nomes expressivos, do Brasil e do exterior, cujos
caminhos percorridos contribuíram para o desenvolvimento
ambiental, social, econômico e tecnológico da Amazônia fossem
indicados e recebessem o reconhecimento de nossa parte.
Ao lembrarmos essa Categoria - Personalidade Amazônica –,
não poderíamos aqui deixar de lembrar os 10 anos da partida do
Professor Samuel Benchimol e de retratar a figura do estudioso
de temas amazônicos, o Professor Armando Dias Mendes (19242012), que conduziu a transformação do antigo Banco de Crédito
da Amazônia em Banco da Amazônia. Foi presidente da instituição
por três anos (1964-1967).
Durante sua gestão, destacou-se pelo seu profundo conhe­
cimento da Região Amazônica ao ministrar várias palestras, dentre
elas, a que se intitulava “O Banco da Amazônia e a Amazônia do
Futuro”, citando o Banco como incentivador do desenvolvimento
sustentável da Região Amazônica.
Durante sua carreira como escritor, Armando Mendes
se dedicou a estudar a Amazônia e os interesses econômicos
e políticos sobre ela. Para ele, a Amazônia deveria ser tratada
como um sujeito, com identidade e comunidades próprias, e não
como um mero objeto de interesses que ignoram os anseios das
populações locais. Um de seus trabalhos publicados, que contou
com a participação de mais 21 escritores, foi a obra “A Amazônia
e seu Banco”, que mostra a participação do Banco na história da
Região, como o seu principal agente de fomento.
Nessa busca por aperfeiçoamento contínuo em todas as
esferas, merece atenção o Regulamento, que contém os temas
gerais selecionados para o certame, os critérios de julgamento, os
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valores de premiação, a forma de inscrição e outras informações
relevantes.
Registro e agradeço o apoio das Federações Estaduais
de Indústria por onde passaram os Prêmios nos últimos anos
e em especial à Federação das Indústrias do Estado do Pará
(Fiepa) pela gestão de 2012 e pela inclusão no Regulamento das
comemorações dos 70 anos do Banco da Amazônia.
Abidias José de Souza Junior
Presidente do Banco da Amazônia
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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS........................................................................................ 7
APRESENTAÇÃO.............................................................................................. 9
PREFÁCIO............................................................................................................ 11
SUMÁRIO............................................................................................................ 15
Capítulo 1 – Parcerias e comemorações............................................... 17
Bemol, 70 anos........................................................................................... 18
Rede Amazônica, 40 Anos de Comunicação na Amazônia........ 21
Sebrae, 40 anos Apoiando Pequenos Negócios e o
Desenvolvimento Sustentável.............................................................. 27
Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI).............................. 29
30 anos da Fucapi (Fundação Centro de Análise, Pesquisa
e Inovação Tecnológica).......................................................................... 31
Capítulo 2 – Comissão Julgadora............................................................. 35
Capítulo 3 – Propostas Agraciadas.......................................................... 41
3.1 Categoria Ambiental......................................................................... 42
3.2 Categoria Econômica e Tecnológica............................................ 43
3.3 Categoria Social................................................................................... 43
3.4 Categoria Empreendedorismo Consciente............................... 44
3.5 Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional................. 45
3.6 Categoria Personalidade Amazônica........................................... 46
Capítulo 4 – Propostas Apresentadas.................................................... 47
4.1 Categoria Ambiental......................................................................... 48
4.2 Categoria Econômica e Tecnológica............................................ 104
4.3 Categoria Social................................................................................... 174
4.4 Categoria Personalidade Amazônica........................................... 248
4.5 Categoria Empreendedorismo Consciente............................... 249
4.6 Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional –
Empresarial.................................................................................................. 283
4.7 Categoria Suporte ao Desenvolvimento Regional –
Educacional................................................................................................. 302
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Capítulo 5 – Comissão Organizadora..................................................... 341
Capítulo 6 – Cobras e Buiuçus................................................................... 349
Capítulo 7 – Homenagem a Armando Dias Mendes........................ 371
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CAPÍTULO 1
Parcerias e
Comemorações
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Bemol, 70 anos
No dia 13 de agosto de 1942, há 70 anos, os filhos de Isaac
Benchimol – um migrante hebreu cuja família viera do Marrocos, no
Século XIX, em mais uma busca das promessas de prosperidade e
liberdade, dessa vez amazônica – fundaram a Bemol. Originalmente
chamada Benchimol & Irmãos, a empresa começou com Samuel,
Israel e Saul Benchimol, com representação de produtos farmacêuticos,
no espocar da II Guerra, e se credenciou a partir daí num
empreendimento diferenciado e referencial no varejo regional de
departamentos, no trato com os clientes e pela ética do quadro de
seus valores. Atualmente, emprega diretamente mais de 2.200
colaboradores e, ano a ano, segue à frente na arrecadação fiscal do
Estado, sendo pioneira no país pela certificação de qualidade no setor
em que atua. É uma trajetória que resume e simboliza a saga
amazônica de obstinação e superação da adversidade, que faz do
tropeço, apogeu e quebra da economia, a teimosia que retoma a
caminhada de reinvenção.
Um emblema da resistência e enfrentamento da penúria,
focado na semeadura da transformação e na multiplicação dos
talentos, como ilustra a parábola evangélica. O Amazonas deixará de
ser, afinal, um simples capítulo da história da terra e...tornar-se-á um
capítulo da história da civilização...”. A profecia de Getúlio Vargas
ainda ressoava nas conversas da confraria baré, e agitava os espíritos
naquele longínquo agosto de 1942, um ano que descreve um tempo
de agitação e mudanças. Com a eclosão da guerra, os japoneses,
aliados da Alemanha e Itália, cortaram o fornecimento da borracha
com o embargo dos seringais asiáticos, empurrando a Amazônia para
um novo ensaio de prosperidade e esplendor. “De todos os materiais
críticos e estratégicos, a borracha é aquele cuja falta representa a
maior ameaça à segurança de nossa nação e ao êxito da causa aliada”,
alertava o governo dos Estados Unidos para justificar substantivos
investimentos, nos Acordos de Washington, para a reativação
desesperada e atabalhoada do II Ciclo da Borracha na Amazônia.
Ainda era viva a saga do esplendor e depressão da economia do látex
na memória dos Benchimol, cujos seringais do Rio Abunã, no Alto
Madeira, fronteira com a Bolívia, foram perdidos na debacle que
começou no início do século. Samuel Benchimol – que irá recompor
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
essa história em diversos estudos e publicações – tinha então 19 anos,
era despachante nos vôos da madrugada na Panair do Brasil,
frequentava o curso de Direito da Universidade do Amazonas,
trabalhava à tarde na nova empresa e ainda dava aulas à noite de
Economia Brasileira no Colégio Sólon de Lucena: “...fui pracista,
vendedor, correspondente, caixa trapicheiro de minha própria
organização, até alcançar a gerência e montar uma estrutura
organizacional de porte, após muitos anos de quotidiana e persistente
atividade”, descreve em Amazônia, um pouco-antes e além-depois”,
onde ele assinala os indicadores da economia em ascensão do Estado
naquele momento. As exportações do Amazonas que beiravam os
US$ 350 mil no final da década de 30, já alcança US$ 8 milhões em
1943, incluindo, além da borracha, uma robusta pauta de exportação
onde figuravam itens da economia extrativa como o óleo essencial
de pau rosa, madeira, castanha, fibras vegetais, resinas, peles de
jacaré...
A navegação fluvial, com a reativação da indústria naval e
multiplicação das linhas de cabotagem e aeroviárias, tendo Manaus
como eixo estratégico de negócios regionais e intercontinentais,
confirmou, então, a vocação de oportunidades na logística dos
transportes, como os ingleses e seus estaleiros do Reino Unido já
haviam percebido décadas atrás. Louvor e glória à família Bemol, aos
funcionários e novas gerações! A experiência de participar ativamente
do novo – e fugaz – surto econômico da borracha levou Samuel a
estudar Ciências Econômicas e Sociais na Universidade de Miami, em
Oxford, Estado de Ohio, onde recebeu uma bolsa para concluir seu
Mestrado, com a tese, escrita e defendida em inglês, “Manaus, o
crescimento de uma cidade no Vale Amazônico”. De volta a sua terra,
a despeito do convite do governo americano, para lecionar na
Universidade de Siracusa e avançar na carreira acadêmica, optou por
retomar as trincheiras de luta, incessante e devotada, que descrevem
sua história, compromisso, zelo e paixão, pela Amazônia e ajudam a
compreender o alcance e o significado da celebração destes 70 anos.
E o significado dessa celebração se elucida com o conhecimento
da trajetória judaica na Amazônia, o projeto educacional de
fortalecimento familiar, uma estratégia inteligente na unidade de
objetivos e diversidade de expectativas, capitaneada pelo fator
materno, e fundada na solidariedade diacrônica entre as gerações.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Frutos representativos do êxodo hebreu-marroquino, a família
Benchimol apertou os cintos para financiar estudos de Samuel na
América, enquanto Saul e Israel davam sequência aos esforços de
recuperação do Eretz Amazônia do patriarca Isaac, vítima da debacle
da borracha. Esse pacto consanguíneo é a raiz dos princípios
organizacionais de integridade, respeito, economia, energia e
melhoria contínua, fatores de uma equação do sucesso Bemol que
congrega a adesão proativa dos colaboradores, a parceria solidária de
associados e fornecedores, fruto do trabalho e da qualificação das
novas gerações da Benchimol & Irmãos.
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
Rede Amazônica, 40 Anos
de Comunicação na Amazônia
Só alcança a posteridade os que se afirmam na serena
sublimação de seus éditos morais.
J. Bernardo Cabral, Pensamentos.
Às vésperas de completar 80 anos de idade fui distinguido
pelos diletos amigos e companheiros de diretoria da Rede Amazônica,
com a escolha do meu nome para emoldurar o anual Prêmio de
Jornalismo que se instituía na nossa área de cobertura a partir de
2012, fazendo assim parte do primeiro ato alusivo às festividades do
“Jubileu de Rubi” – quarenta anos – de atividades da nossa Rede de
Comunicação.
Agora, recebe do Abrahim Baze, diretor do Memorial “Senador
Bernardo Cabral” vinculado à Fundação Rede Amazônica, historiador,
estudioso de museologia e escritor altamente conceituado, autor
deste livro, a incumbência de apresentá-lo. Uma tarefa deveras
espinhosa, porém muito honrosa, que me obriga a impulsionar a
memória para o registro de fatos importantes acontecidos no curso
da nossa caminhada.
Tudo começou com a Amazonas Publicidade em duas salas na
Av. Eduardo Ribeiro, nos altos da padaria Avenida. E ali mesmo, a
visão empreendedora de Phelippe constituía-se a empresa Rádio TV
do Amazonas Ltda para participar de concorrência pública aberta
pelo Ministério das Comunicações para a instalação de uma emissora
de imagem e som (tele­visão) na cidade de Manaus. Preparamos
cuidadosamente a documentação exigida e nos habilitamos.
A decisão não tardou; ganhamos um canal e um segundo foi
destinado a José Ayrton PInheiro que se associara aos interesses dos
Diários Associados. O Ministério então expediu as normas e
procedimentos técnicos que deveríamos cumprir para montar a
estação geradora que recebeu o número 5. Phelippe sem perda de
tempo iniciou o périplo junto aos poucos escritórios especializados
no eixo Rio/São Paulo para que elaborassem o tão necessário Projeto
Técnico. Joaquim o acompanhava nessa maratona. Em Manaus, eu
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
cuidava da Amazonas Publicidade que em pouco tempo já mudara o
conceito até então artesanal da propaganda, com peças de lojas
comerciais e instituições públicas usando uma linguagem inovadora
de comunicação: Credilar, Camtel, Siderama, Cia. Industrial Amazo­
nense, Comarsa, Beta, Nelima, Andrade Gutierrez, Sharp, Fitejuta,
Brasiljuta, I. B. Sabbá, entre outras, experimentaram o novo tempo
desse progresso que a cidade de Manaus vivia. Depois chegaram as
agências Oana, Saga, Tape, Rizzato. E a Amazonas deu lugar à
distribuidora de revistas do grupo Abril porque estando prestes o
funcionamento do nosso canal de TV seria antiético, desleal, manterse a agência de publicidade em atividade.
Enquanto Phelippe e Joaquim acompanhavam a elaboração
do planejamento técnico, agora com a participação muito bem-vinda
de Aluísio que se aposentara na Petrobras, as obras civis da TV
Amazonas na Av. Carvalho Leal esquina da Tefé, Cachoeirinha,
ganhavam imponência com a genialidade do Severiano Mário Porto
na arquitetura bem regional, enquanto o engenheiro Arnoldo da
Costa Gomes levantava paredes, divisórias, telhado. Era uma loucura
de trabalhadores, cimento, areia, ferro, cabos, fios, etc. Robert Daou,
naquele jeito britânico acompanhava com interesse, afinal de contas,
no local existiu um amplo depósito da sua firma familiar. O prédio
recebia os últimos retoques: equipamentos importados dos EUA.
Comprados da RCA Corporation instalados e já em testes (equipa­
mentos fabricados no modelo Pal-M para transmissão em cores);
estúdio impecavelmente montado; seleção de pessoal afinado com a
novidade exigida – notadamente do jornalismo que não poderia de
forma alguma mostrar alguns vícios e bordões próprios de rádio –
nos reunimos para definir a data da inauguração. Phelippe propôs 1°
de setembro (ano 1972), pois o dia iria coincidir com a abertura da
nossa Semana da Pátria e da celebração oficial do Sesquicentenário
da Independência do Brasil. Ressalte-se que quando precisamos de
orientação para selecionar e treinar os funcionários da técnica,
jornalismo, etc., contamos com a estreita colaboração da TV
Bandeirantes (família Saad) de São Paulo que estava iniciando a
formação da sua rede de comunicação e à qual nos filiamos.
A solene inauguração da TV Amazonas – canal 5 ocorreu por
volta das 17h30/18h com o corte da fita simbólica pela Sra. Nazira
Chamma Daou. Phelippe em seguida discursou. Dom João de Souza
Lima abençoou as instalações invocando a proteção de Deus.
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
Secretários do Governo João Walter de Andrade prestigiaram a
cerimônia que também contou com familiares nossos, amigos e
empresários. O canal 5 estava no ar com sinal perfeito em todas as
direções da cidade. O noticioso “Jornal do Amazonas” fazia a sua
estreia exibindo ao vivo a festa com “flashes”. O telejornal apresentado
pelo José Augusto Cunha e Paulo José inovava com um editorial de
cinco minutos, ora escrito por Phelippe ou por mim. A Rede Amazônica
mostrava opinião a respeito de temas do interesse coletivo. E a
resposta do telespectador vinha no dia seguinte por telefone, parabe­
nizando-nos e sugerindo comentar outros assuntos.
No dia seguinte à festa o nosso Departamento Comercial
começou a peregrinação na busca dos anunciantes, dos patrocinadores.
Tarefa árdua mas contínua. Conquistamos essa confiança com
programação de desenhos infantis, séries, filmes e o quadro ao vivo do
“Titio Barbosa”, “Peteleco”. Depois surgiram “A Hora do Povo”, “Amazônia
em Revista”, “Encontro com o Povo”. Esporte com Luís Eduardo Lustoza
e Orlando Rebelo e Eduardo Monteiro de Paula. A grade da Bandeirantes
nos permitia uma destacada presença de programação local ao vivo.
Silva Santos, Ronaldo Tiradentes, Humberto Amorim atuaram no
jornalismo em épocas diferentes fazendo a leitura dos editoriais no
“JAM”. A TV Amazonas ganha popularidade com eventos em praça
pública: chegada do Coelhinho da Páscoa, chegada do Papai Noel; Dia
das Mães, Dia das Crianças. Bonecos “Topo Gigio”, “Fofão e Fofura” e
alguns artistas do saudoso “Programa do Bolinha”. Também assumimos
a responsabilidade de realizar as Corridas Ciclística e Pedestre Archer
Pinto, criação do extinto “O Jornal” no qual Phelippe e eu trabalhamos
durante muitos anos.
Em 1978 incorpora-se à nossa equipe o recém-formado
engenheiro eletrônico Nivelle Daou Jr. que logo assume a diretoria
técnica com estudos complementares visando à solidez da Rede.
Nesse interim, Phelippe, sempre pensando integrar a Amazônia pelas
comunicações, obtém do Ministério das Comunicações uma licença
especial provisória para montar o Amazonsat – canal temático que
institui uma grade de programação voltada para o meio ambiente, sua
preservação e exploração racional; a exuberância da hinterlândia e a
vida dos que a habitam. Montamos em Brasília uma sucursal para
acompanhar no Congresso Nacional a ação dos parlamentares dos
cinco Estados da nossa área de cobertura e para noticiar também
junto aos ministérios, Tribunais superiores e outras instituições, tudo o
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
que se relacionasse à região. A sucursal, que é dirigida pelo
companheiro Raimundo Moreira, dispõe de instalações confortáveis e
equipamentos de última geração para bem cumprir sua tarefa diária.
Saliente-se que no comando do Amazonsat encontram-se o
engenheiro elétrico Phelippe Daou Jr. e a bacharela em Administração
Claudia Daou Paixão e Silva. Hoje, o Sat está presente em todo o Brasil
e no exterior graças ao novo conceito de programação por eles
orientada. A Fundação Rede Amazônica, constituída em 1985 – outra
significativa ideia de Phelippe – surgiu em razão da indisponibilidade
de mão de obra para o nosso segmento profissional. No mercado
crescente da radiodifusão, na necessidade de se recrutar pessoal
habilitado, a grande dificuldade. Sempre os mesmos radialistas saídos
de uma empresa por questão salarial, acúmulo de emprego, etc.
O Sindicato dos Radialistas tentava formar novos profissionais para TV
e rádio, mas encontrava alguns entraves burocráticos porque os
certificados de conclusão dos cursos não tinham o reconhecimento
do Ministério do Trabalho. A Fundação montou a sua grade curricular
e no devido tempo foi ao já citado Ministério para obter reconhecimento
oficial. Cumpriu todas as normas exigidas e quando recebeu a chancela
do próprio ministro, abriu inscrição para os cursos de cinegrafia,
locução e edição de imagem. O quadro de professores satisfez as
exigências legais e há mais de vinte anos oferece ao nosso mercado
técnicos habilitados para aquelas funções tão carentes. E eles não são
contratados apenas em Manaus; vão para o interior amazônico ou
outros Estados. O certificado expedido pela Fundação, após um curso
realizado com rigor, é reconhecido oficialmente pelo Ministério do
Trabalho e Emprego. Saliente-se que a Fundação, a partir de
determinada época, ampliou o seu leque de cursos profissionalizantes
para atender também à demanda do nosso Polo Industrial.
Faz pouco mais de ano a TV Amazonas inaugurou seu sistema
digital com uma festa muito concorrida em Manaus. Aliás, a nossa
empresa – desculpem-me a modéstia – esmera-se quando se trata de
renovar equipa­
mentos de última geração. Vejamos: em 1972
começamos com Umatic, depois passando para Beta; em seguida
usamos o processo não linear com o modelo DVCAM e mais
recentemente, já na era da alta definição, deixou-se a fita para a
tecnologia de gravação em disco e cartão. Todas as vezes que os
grandes fornecedores anunciam novidade na N.A.B. americana, a
Rede Amazônica se faz presente e investe pesado nas aquisições. Este
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
ano (2012), por exemplo, nós ousamos com a inauguração do sistema
digital nas TVs Acre, Amapá, Rondônia e Roraima representando um
desembolso de R$ 20 milhões. Coragem e reafirmação de confiança
na Amazônia; respeito à audiência que nos dá o telespectador;
sentimento de orgulho que nos conduz à ética, à isenção, à
verdade. Louvor a Deus pela sua constante proteção aos nossos
empreendimentos.
Quando passamos a transmitir em rede – Manaus, Porto Velho,
Rio Branco, Macapá e Boa Vista – a programação Globo no ano de
1986, sentimos de imediato o porte de uma empresa tecnicamente
profissional. Sua inconteste liderança no mercado nacional
surpreendia-nos pelo método de trabalho com base em pesquisas e
metas. Logo nos adequamos aos seus princípios de ação mediante o
treinamento dos nossos colabo­
radores nos seminários e cursos
colocados à disposição nos diversos centros de formação da própria
Globo do Rio, São Paulo, Brasília e Recife. Comercial, Opec, Marketing,
Jornalismo e Engenharia tiveram algumas mudanças de estratégia
operacional na troca de conhecimento profissional que satisfez aos
anseios da afiliada na nossa área de atuação. No setor específico do
jornalismo instituiu-se um núcleo para atender de pronto as pautas
sugeridas pela CGJ e as que, de igual forma, propomos. A Rede
Amazônica está muito presente nos telejornais JN, Bom Dia Brasil,
Jornal Hoje, Jornal da Globo, Fantástico, Globo News, Globo Rural; e
em ocasiões especiais no Faustão, Caldeirão do Hulk e Mais Você.
A Rede Amazônica, além de estar atenta às exigências
tecnológicas dos cinco canais de televisão, dispõe das rádios
Amazonas-FM (Manaus), Acre-FM (Rio Branco), Amapá-FM (Macapá) e
Princesa do Solimões-AM (Manacapuru). Temos participado de
concorrência para emissora de rádio FM em Porto Velho e Boa Vista.
Os lances têm sido irreais para o mercado e não pactuamos com leilão
que agride a dignidade de quantos fazem da radiodifusão uma
prestação de serviços à cidade, ao estado, ao país, e não um mero
instrumento de negócio fácil para passar adiante a concessão. Vamos
persistir oferecendo um valor que acreditamos ser justo e não
inflacionado para o nosso segmento.
Uma grande conquista da Rede Amazônica nos últimos dois
anos que merece destaque é sem dúvida alguma o denominado
“Projeto estadua­lização” concebido pelo Phelippe e exposto em
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reunião do colegiado, que se resume da seguinte maneira: o sinal da
geradora da capital chegaria a todos os municípios do Estado. Nas
cidades interioranas de maior densidade populacional a Rede
transformaria a simples repetidora em minigeradora contemplando-a
com autonomia técnico-administrativa operacional e um videor­
repórter que apresentaria o jornal comunitário da localidade e ainda
enviaria para a Central de Jornalismo da capital as notícias de maior
relevo que ocorrem para exibição nos noticiosos. Evidente que esse
videorrepórter é selecionado com muito critério e se submete a um
treinamento de locução, cinegrafia e edição na Fundação Rede
Amazônica e na própria redação do Jornalismo. Esse procedimento
ocorre nos cinco Estados nos quais atuamos. Asseguro que o projeto
“estadualização” mudou completamente o com­
portamento da
população hinterlandina que passou a se ver no noticiário local e a
conhecer também os gestores públicos que no passado só eram
notados pela informação do rádio. Agora, o povo interiorano pode
cobrar do seu prefeito, do seu vereador, a promessa de campanha
eleitoral. Para a implantação do referido projeto em cada capital devo
fazer justiça ao empenho e dedicação dos companheiros vicepresidentes de Engenharia e de Logística; dos diretores regionais que
se empenharam nesse despertar do interior, via televisão, para o fiel
exercício da cidadania.
A Rede Amazônica de Rádio e Televisão completará 40 anos
(Jubileu de Rubi); em setembro deste ano, na sua total vitalidade
como veículo de comunicação pioneiro em tecnologia e na excelência
das suas tarefas de bom jornalismo factual e isento. Nosso compro­
misso para com a Amazônia e sua população jamais foi desvirtuado
para servir a propósitos mesquinhos e de duvidosa interpretação.
A caminhada não foi fácil, entretanto revigorada sempre pela crença
no Brasil do amanhã repleto das oportunidades para as gerações que
um dia estarão à frente dos nossos destinos. Em quarenta anos de
integração amazônica pela comunicação social – e os fatos da nossa
história revelam um conceito de trabalho acima de qualquer suspeita
– não pretendemos absolutamente ser donos da verdade, mas
vexilários da livre iniciativa com uma democracia verdadeira ao
alcance de todos.
Milton de Magalhães Cordeiro
Vice-Presidente de Jornalismo da Rede Amazônica
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
Sebrae, 40 anos Apoiando Pequenos
Negócios e o Desenvolvimento Sustentável
Para mudar é preciso acreditar que é possível. Foi isso que
aconteceu com as micro e pequenas empresas brasileiras ao longo
das últimas quatro décadas. Elas mudaram para melhor ao adotar
uma gestão mais profissional, valorizar a qualidade dos seus produtos
e serviços e, principalmente, o atendimento para fidelização dos seus
clientes. Algumas se reposicionaram enquanto outras se formalizaram
e, hoje, muitas já nascem estruturadas, com foco no mercado e plano
de negócio para garantir bons resultados, além de uma visão que
contempla inovação e sustentabilidade como fatores para torná-las
ainda mais competitivas.
Ao mesmo tempo em que o Brasil deixava para trás a inflação
galopante, a instabilidade econômica e o desemprego, os pequenos
negócios resistiam – logicamente muitos não sobreviveram – e
garantiam renda para muitas famílias, bem como produtos e serviços
mais acessíveis à população. O Sebrae acompanhou essas mudanças,
enfrentou os desafios e os impactos decorrentes da instabilidade
monetária e da volatilidade dos mercados; se modernizou, aprimorou
seu conhecimento específico sobre esse segmento e hoje é referência
no país e no exterior quando o assunto é micro e pequena empresa.
Ao somar 40 anos, comemorados neste outubro de 2012, o
Sebrae segue sua trajetória dedicada ao desenvolvimento sustentável
das micro e pequena empresa e ao fomento do empreendedorismo.
Não são nada triviais, mas é inegável que os desafios superados pelas
micro e pequenas empresas nesse período têm muito a ver com o
Sebrae. Seus programas, projetos e parcerias com instituições públicas,
privadas, bem como da sociedade civil organizada, evidenciam essa
trajetória de apoio incondicional aos empreendimentos de pequeno
porte.
Cada vez mais presente no cotidiano dessas empresas, o Sebrae
apoia o desenvolvimento dos pequenos negócios por meio de
informações, orientações, capacitações e assistência técnica, seja
presencial ou on line, por meio de uma rede de quase 800 pontos de
atendimento em todo o país. Com isso, podemos considerar que o
aumento da taxa de sobrevivência dos empreendimentos de
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pequeno porte, hoje na faixa de 73%, tem parcela significativa de
atuação do Sebrae.
No ambiente legal, a articulação e mobilização para aprovar
leis de interesse dos pequenos negócios resultaram no Estatuto da
Micro e Pequena Empresa, na Lei Geral, no Simples Nacional e no
Microempreendedor Individual, este o mais ambicioso programa de
formalização de trabalhadores autônomos que, em três anos – desde
meados de 2009, atingiu a marca de 2,8 milhões de novos CNPJ,
virando de vez a página da informalidade até então ascendente na
economia brasileira.
Maioria absoluta (99,1%) entre as empresas brasileiras, os
pequenos negócios respondem pela geração de 53% dos empregos
formais no país e 25% do Produto Interno Bruto (PIB). Diante das
novas e sucessivas demandas dos consumidores, os desafios se
renovam, tendo em vista o desenvolvimento sustentável do Brasil,
em especial, da Região Amazônica, onde o patrimônio natural é único
em todo o mundo e os pequenos negócios cumprem função
importante de geração de renda, inclusão produtiva e social.
Os prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia
de Empreendedorismo Consciente, que contam com apoio do Sebrae,
entre outras instituições patrocinadoras, contribuem para mudar a
realidade dos pequenos negócios na Região Amazônica. São
premiações capazes de influenciar mudanças do ponto de vista
regional das políticas públicas, à medida que promovem uma maior
interlocução entre os diferentes atores sociais envolvidos nesse
processo, identifica oportunidades e destaca aqueles comprometidos
com o desenvolvimento sustentável.
Assim como os empresários do segmento de pequeno porte
apostam na sobrevivência e na maior competitividade de seus
negócios, o Sebrae acredita ser imprescindível inovar cotidianamente
para garantir uma performance empresarial cada vez mais sustentável.
Por isso, acredita na força transformadora das micro e pequenas
empresas e nos sonhos de seus dirigentes e colaboradores. Que os
próximos 40 anos sejam de novas descobertas e muitas mudanças
saudáveis e promissoras para os pequenos negócios da Amazônia
bem como das demais regiões brasileiras.
Carlos Alberto dos Santos
Diretor-técnico do Sebrae
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
Universidade Aberta
da Terceira Idade (UnATI)
A Universidade Aberta da Terceira Idade (UnATI) da Universidade
do Estado do Amazonas (UEA), foi criada como núcleo de ensino,
pesquisa, extensão e assistência sobre questões relativas ao enve­
lhecimento humano. É vinculada ao Gabinete da Reitoria da UEA,
para atuar em parceria na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESA).
O Prof. Dr. Euler Esteves Ribeiro é o seu diretor. Tem como propostas:
• Tornar-se um centro de referência para pesquisa sobre as questões
do envelhecimento humano no Estado do Amazonas.
• Oferecer assistência aos indivíduos de idade tardia.
• Integrar social e culturalmente pessoas da idade tardia em
atividades explícitas sob a supervisão de profissionais qualificados,
oportunizando-as o acesso à universidade pública por meio de
atividades que propiciem a atualização de conhecimentos.
• Qualificar profissionais de diversos campos do conhecimento a fim
de formar massa crítica sobre questões do envelhecimento no
Estado do Amazonas.
Atua nos seguintes eixos:
• Coordenação de Saúde do Idoso, que compreende o Núcleo de
Orientação Gerontológica (NOG), assistência interdisciplinar, pro­
moção da saúde, reabilitação, capacitação de profissionais e
produção de conhecimento.
• Coordenação de Extensão, que compreende o Núcleo de Ativi­
dades Socioculturais e cursos livres por onde já passaram mais de
quatro mil idosos, nos seguintes cursos oferecidos: dança, coral,
teatro, línguas , direito e cidadania, informática, envelhecimento
saudável, fotografia, orientação postural, atividade física, pilates,
etiqueta, oficina da memória, oficina de atualidades, ginástica da
longevidade, violão, entre outros.
• Coordenação de Pesquisa, que compreende o Núcleo Tecnológico
Aplicado a Saúde do Idoso, Núcleo de Documentação e Gerência
da Informação, Núcleo de Publicação e Divulgação de Pesquisas e
Trabalhos. Destaca-se a pesquisa Envelhecimento do homem da
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•
•
•
•
•
floresta, onde já foram pesquisados mais de mil e oitocentos idosos
no Município de Maués. Por meio desta pesquisa, muitos trabalhos
já foram publicados, incluindo o livro Dieta Amazônica.
Coordenação de Ensino, que compreende o Núcleo de Formação
de Recursos Humanos. Destacam-se o Curso Superior Sequencial
para idosos em Gerontologia Social, em fase de projeto e a espe­
cialização Lato Sensu em Gerontologia e Saúde do Idoso. Já foram
formados mais de trezentas pessoas e atualmente encontra-se em
fase de conclusão da sexta turma de profissionais.
Formação de massa crítica Interdisciplinar com o Núcleo de Edu­
cação Continuada, com destaque para os cursos de atualizações e
capacitação em gerontologia, o grupo de estudo em gerontologia
e geriatria e as atividades educativas.
Parcerias interinstitucionais, com destaque, nesse período de cinco
anos para o Governo do Estado do Amazonas, Seas, Semsa, Susam,
Cetam, Prefeitura Municipal de Manaus e Secretaria de Cultura do
Amazonas.
Parcerias institucionais nacionais, com destaque para a Univer­
sidade do Estado do Rio De Janeiro (UERJ), Universidade de São
Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUC/RS), Universidade Federal de Santa Maria no Rio Grande do
Sul (UFSM/RS), Universidade de Brasília (UnB)
Parcerias institucionais internacionais, com destaque para a Uni­
versidade de Leon (Espanha) e Universidade do Porto (Portugal).
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
30 anos da Fucapi
(Fundação Centro de Análise,
Pesquisa e Inovação Tecnológica)
Vinte e seis de fevereiro de 1982. Criada exatamente nesta data,
exatos 30 anos atrás, inspirada em um Polo Industrial que crescia e
sofisticava suas atividades, difícil imaginar a trajetória que a FUCAPI
viria a percorrer.
Nascida Fundação Centro de Análise da Produção Industrial,
representou um encontro de demandas entre uma crescente expec­
tativa local, motivada pela necessidade de criar competências para
interagir com as empresas high tech, e a percepção, pelos órgãos
envolvidos na análise técnica de projetos para a concessão do
incentivo da ZFM, de que nem sempre o viés dessa análise contemplava
os interesses do desenvolvimento local.
Lastreada em profissionais oriundos da direção de empresas de
grande porte do Polo Industrial e da própria Academia, em sua
implantação recrutou egressos de graduações em áreas tecnológicas,
principalmente das engenharias elétrica e mecânica, além da compu­
tação, compondo equipes com um misto de experiência e juventude.
Em meio a essa fusão de conceitos abstratos concretizou- -se
uma instituição ímpar, a única desse porte na Amazônia brasileira a
conjugar tecnologia e inovação com a mesma ênfase. A diversificação
das atividades ocorreu de forma acelerada, a partir de demandas
crescentes do setor produtivo, conjugadas com o próprio amadu­
recimento quanto ao potencial de contribuição.
O bom conceito que desfruta na educação formal é fruto de
uma jornada de comprometimento e seriedade que iniciou com o
ensino técnico, em 1986, e avançou até a educação superior, implan­
tada a partir de 1998.
Em ambos, o foco é a formação em áreas tecnológicas, que têm
reconhecida importância para o desenvolvimento econômico, e de
cuja escassez de profissionais o Estado tanto se ressente.
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O pioneirismo da Fucapi é contabilizado em áreas como design,
propriedade intelectual, aferição e calibração, além da realização de
atividades de desenvolvimento tecnológico que em muito prece­
deram a existência dos recursos obrigatórios para P&D oriundos da
Lei de Informática.
Essa, aliás, é uma forte característica institucional: ao se trans­
formar em Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação
Tecnológica, em 1987, mantendo a sigla Fucapi, antecipou em quase
20 anos a importância que seria assumida pela inovação no cenário
econômico.
Hoje, é reconhecida em muitos fóruns pelo Brasil, além de bem
sucedidas parcerias internacionais, mas sempre atuando a partir do
foco nas prioridades locais. Na qualidade de instituição privada, que
sobrevive dos serviços prestados, executar atividades relevantes para
o desenvolvimento regional e, ao mesmo tempo, manter a
sustentabilidade econômica, é um grande desafio, enfrentado com
bem sucedida determinação por mais de 4,5 mil profissionais que
passaram pela FUCAPI ao longo desses anos.
É uma história que nos orgulha. O aprendizado foi grande; a
trajetória é única. É difícil até mesmo comparar as atividades de hoje
com as do já distante ano de criação. Mas queremos – e podemos –
fazer mais.
Para isso, a Fucapi tem buscado uma atuação responsável,
cooperativa; investido na formação de recursos humanos; valorizado
o domínio e aplicação de tecnologias; proposto e participado de
atividades que sequer seriam cogitadas no planejamento de
instituições privadas, uma vez que nem sempre permitem acesso a
recursos, mas são entendidas pela instituição como essenciais para o
fortalecimento das capacidades locais.
Sem exageros, é uma instituição ímpar, que alia serviços téc­
nicos especializados e educação formal em vários níveis, no ambiente
da tecnologia e inovação. Uma solução inteligente e ao mesmo
tempo difícil de executar.
Talvez no máximo outras duas instituições do país tenham
perfil semelhante, ambas no eixo Sul-Sudeste. Uma instituição de
tecnologia desse porte, numa região carente de conhecimento...
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PARCERIAS E COMEMORAÇÕES
O que era pioneirismo virou missão: a de formar pessoas e gerar
desenvolvimento em forma de soluções tecnológicas em prol do
bem comum. Tivera alguém caminhado esse caminho – com os
mesmos calçados -, então poderia melhor compreender a importância
da maior de nossas conquistas: permanecer forte e ativa, após 30
anos. Afinal, 30 anos não são 30 dias.
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CAPÍTULO 2
Comissão Julgadora
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Abidias Jose de Souza Junior
Banco da Amazônia
Abrahim Baze
Amazon Sat
Agnaldo de Almeida Dantas
Sebrae Nacional
Albertino Carvalho
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Aldemurpe Oliveira de Barros
Senai Amazonas
Alex Fiuza de Mello
Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará (SECT/PA)
Alfredo Kingo O. Homma
Embrapa Amazônia Oriental
Andrea Waichman
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam)
Anibal Turenko
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa)
Antonio Batista Neto
Sebrae Pará
Cícero Augusto M. Cavalcante
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Claudio Carvalho
Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Amapá
Claudio Roberto Pinheiro Araujo
Sebrae Acre
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COMISSÃO JULGADORA
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Dilson Frazão
Evandro Monteiro Barros
Sebrae Rondônia
Fátima Chamma
Chamma da Amazônia
Gonzalo E. V. Enriquez
Secretaria Especial de Desenvolvimento
Gualter Leitão
Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa)
Helio Graça
Conselheiro do Banco da Amazônia
Jadson Porto
Universidade Federal do Acre (Ufac)
Jaime Benchimol
Bemol
Jair Max Furtunato Maia
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Jose Avando Sousa Sales
Associação Telecentro de Informação e Negócios (ATN)
José Seráfico
Fundação Djalma Batista
Josefa Magna de Souza
Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac)
Manuel Lousada
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)
Marcilio de Freitas
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
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Marcos Formiga
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) e Universidade de Brasília (UnB)
Marcos Ximenes Ponte
Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo á
Produção (Sedip)
Maria Olivia de Albuquerque Ribeibo Simão
Fundação de Amaparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam)
Marilene Correa da S. Freitas
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Moacir Jose Bueno Macambira
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa)
Neusa M. Lobato Rodrigues
Eletronorte
Niomar Pimenta
Fundação Tecnologia do Estado do Acre (Funtac)
Odenildo Sena
Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas (SECT/
AM)
Oduval Lobato Neto
Banco da Amazônia
Raphael B. Di Salvi Rodrigues
Edenred Ticket
Reginaldo Gomes
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Ricardo Pianta
Faculdade São Lucas
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COMISSÃO JULGADORA
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Roberto Ramos Santos
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Sergio Melo
Federação Das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam)
Silas Mochiutti
Embrapa Amapá
Silvio Persivo
Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir)
Wilton Brito
Federação da Indústrias do Estado do Pará
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CAPÍTULO 3
Propostas Agraciadas
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3.1 Categoria Ambiental
Primeiro Colocado
A-40
Rubicleis Gomes da Silva
Avaliação econômica dos serviços ambientais da Bacia do Rio Acre
Universidade Federal do Acre
Acre
Segundo Colocado
A-37
Raimundo Nonato Lemos da Silva
Projeto para Difusão de Tecnologias para o Desenvolvimento
Sustentável da Amazônia Através do uso Múltiplo do Reservatório
da UHE Samuel, Buscando o Equilíbrio entre as Variáveis Econômicas,
Sociais, Ambientais e a Produção de Energia Hidroelétrica na
Amazônia (Eletronorte)
Rondônia
Terceiro Colocado
A-34
Paulo Monteiro Brando
Os Efeitos do Fogo no Balanço de Carbono, Energia e Água em
umaÁrea Ecotonal entre o Cerrado e a Amazônia
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Inpa)
Mato Grosso
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PROPOSTAS AGRACIADAS
3.2 Categoria Econômica e Tecnológica
Primeiro Colocado
ET-19
José Augusto da Silva Cabral
Aguardente de frutas da Amazônia
Amazonas
Segundo Colocado
ET-35
Ozely de Souza Oliveira e Viviane Fernandes de Oliveira
Boas práticas de manejo: desenvolvimento de equipamento para
captura, contenção, despesca e proteção na aquicultura
Amazonas
Terceiro Colocado
ET-5
Antonio Batista da Silva
Composição alimentícia e processo de produção de composição
alimentícia em formas de barras nutritivas compreendendo pólen de
abelhas indigenas
Amazonas
3.3 Categoria Social
Primeiro Colocado
S-27
João Carlos de Souza Meireles Filho
Escola de Gestão da Amazônia
Pará
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Segundo Colocado
S-44
Renata Romero Luiz Koury e Carlos Gabriel G. Koury
Plano Diretor Piloto para Cidades de Várzea
Amazonas
Terceiro Colocado
S-10
Carlos Cesar Durigan
Agroextrativismo sustentável no Rio ‘da fome’: quebrando
paradigmas produtivos na bacia do Rio Negro
Amazonas
3.4 Categoria Empreendedorismo
Consciente
Primeiro Colocado
EC-16
Gisele Seabra Amorim
Organolate
Pará
Segundo Colocado
EC-24
Michinori Kanagano
Camta/Safta: Tecnologia Social Sustentável da Amazônia
Pará
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PROPOSTAS AGRACIADAS
Terceiro Colocado
EC-17
Hervé Luiz Gislaine Rogez
Amazon Dreams
Pará
3.5 Categoria Suporte ao Desenvolvimento
Regional
Primeiro Colocado
SDR-EMP-10
Robervando Pinheiro Gonçalves
Design tropical da Amazônia: uma alternativa de renda para as
comunidades e artesões do Amazonas, através do reaproveitamento
dos recursos naturais da Amazônia.
Amazonas
Segundo Colocado
SDR-EDU-21
Teodoro Ferreira Filho
Barco-Escola “Sumaúma”
Amazonas
Terceiro Colocado
SDR-EDU-23
Welington Douglas dos Santos Dias
Tecno Barca
Rio de Janeiro
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
3.6 Categoria Personalidade Amazônica
Primeiro Colocado
PA-09
Luiz Hildebrando Pereira da Silva
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CAPÍTULO 4
Propostas Apresentadas
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
4.1 Categoria Ambiental
A-01
Aproveitamento sustentável do caroço de Tucumã
(Astrocaryum aculeatum) no desenvolvimento de um
adsorvente visando a descontaminação de
compartimentos ambientais
Affonso Celso Gonçalves Junior
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
Marechal Cândido Rondon, PR
Pretende-se desenvolver material adsorvente alternativo e
sustentável a partir do resíduo dos caroços do fruto de Tucumã
(Astrocaryum aculeatum) após a extração do óleo, visando à
fabricação de biodiesel. Sendo assim, o aproveitamento dos resíduos
dos caroços, para desenvolvimento de um material adsorvente
visando à remoção de metais pesados tóxicos e agrotóxicos de
águas e solos contaminados, pode ser considerada uma iniciativa
inédita. Além disso, a cultura do Tucumã será considerada uma
cadeia produtiva sustentável e integral representando também uma
fonte de renda alternativa buscando o desenvolvimento sustentável
da região amazônica. Com o desenvolvimento de um material
adsorvente natural e de baixo custo, será possível monitorar a
bioacumulação de metais pesados tóxicos e agrotóxicos em águas e
solos na região amazônica e posteriormente propor métodos
inovadores de remediação e descontaminação destes
compartimentos ambientais. Este projeto é uma proposta que
contempla a preocupação da sustentabilidade ambiental aliada ao
desenvolvimento econômico e social consciente.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
49
A-02
ARCO DO LAGO ARARÍ (GDPA): Grupo de Defesa,
Fiscalização, Monitoramento, Conservação e Gestão
Ambiental do Lago Ararí-Marajó
Afonso Pinheiro Ferreira
Instituto Sentinelas Socioecoambientais da Amazônia
(Isseamazon)
Ananindeua, PA
Pretende promover a defesa, monitoramento, fiscalização,
conservação e gestão ambiental do Lago Ararí, beneficiando
diretamente mais de 2.000 famílias de pescadores ativos e inativos
durante 01 ano no mínimo, por meio de ações sócio-educativas de
formação e capacitação voltadas ao empreendedorismo social
(associativismo e cooperativismo) tendo em vista o uso racional e
sustentável dos recursos naturais, seguido da transformação do
Lago Ararí em Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Lago e
seu entorno.
A-03
A Inovação no Uso Sustentável de Resíduos Orgânicos
na Aquicultura Integrado à Agricultura Familiar
Alexandre Kemenes
Embrapa
Teresina, PI
O consumo de produtos agrícolas e extrativistas é elevado nas
cidades brasileiras resultando em resíduos orgânicos, que são
provenientes de diversas fontes da cadeia produtiva. Estes vêm
sendo direcionados aos lixões, rios e outros ambientes naturais,
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
produzindo gases de efeito estufa incrementando o processo de
Aquecimento Global. Entretanto, este material pode ser
reaproveitado, transformado em biochar e utilizado em sistemas de
aquicultura semi-intensiva para absorver compostos tóxicos
(amônia, nitrito, nitrato e fosfato) presentes em água de cultivo,
aumentando a qualidade de vida dos organismos manejados, sendo
o material floculante do fundo dos tanques e sua água efluente
utilizada para enriquecer o solo e nutrir os plantios. O objetivo
principal deste projeto é aplicar o biochar em sistemas de
aquicultura semi-intensiva buscando a melhoria da qualidade da
água com o aumento da produtividade aquática integrado à
melhoria do solo com aumento da produtividade na agricultura
familiar. Os resíduos orgânicos mais comuns de cada região de
estudo serão transformados em biochar pelo método de pirólise,
que será analisado quimicamente em laboratório, e avaliado em
experimentos de aquicultura semi-intensiva num município do
estado do Pará. O material floculante de fundo e o efluente líquido
dos tanques serão analisados quimicamente ao final dos
experimentos, e utilizados em projetos de agricultura familiar.
É esperado que os resultados práticos e de laboratório demonstrem
as possibilidades da aplicação deste novo sistema de produção para
a aquicultura semi-intensiva, que esta possa ser mais produtiva do
que a atual, polua menos o meio ambiente local e regional, sendo
também uma possível solução para a mitigação das contribuições
regionais junto ao processo de Aquecimento Global.
A-04
Alexandre Pereira da Silva
Agminas
Passos, MG
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A-05
Tecnologias de tratamento e reuso de resíduos
oleosos em termelétricas da região Norte
Allan Kardec Craveiro de Lima
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnologica
(Fucapi)
Manaus, AM
A principal fonte de geração e abastecimento de energia existente
na maioria dos estados da região norte provém dos chamados
sistemas isolados, que são as termelétricas movidas a óleo
combustível para geração de energia elétrica, onde estima-se um
consumo mensal de mais de 180 milhões de litros de óleo
combustível, dependente de uma logística dispendiosa e
consideravelmente impactante sob os aspectos sociais, financeiros e
principalmente ambientais. Este projeto visa desenvolver uma
tecnologia que se adapte facilmente às dificuldades de localização,
operação e manutenção destas centrais termelétricas, propondo um
modelo de sistema de armazenamento e tratamento dos resíduos,
aliados à uma metodologia de coleta, análise e recuperação das
características do resíduo, conferindo-lhe os parâmetros ideais de
óleo tratado, onde o mesmo possa ser reintroduzido na cadeia
produtiva de energia.
A-06
Estudo das características ambientais de área urbana
da embrapa amapá visando a integração de atividades
ecológicas, educacionais e de transferência de
tecnologia
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Antônio Carlos Pereira Góes; Nagib Jorge Melém Júnior;
Milza Costa Barreto
Embrapa Amapá
Macapá, AP
Pretende-se realizar estudos dos recursos da flora, através de
levantamentos e observações de campo para determinar a
composição florística e fitossociológica da área; estudos dos
recursos da fauna, através de levantamentos e observações de
campo com objetivo de determinar as espécies existentes de
pequenos animais, pássaros, peixes e crustáceos no local; estudos
geológicos e pedológicos da área, através de levantamentos de
campo visando determinar as características para a tomada de
decisões de aproveitamento racional dos recursos destacados;
estudos socioeconômicos na área de entorno, para aferir as
percepções que a comunidade tem em relação ao meio ambiente e
identificar as possíveis contribuições para o aproveitamento racional
e sustentável da área; promover a interface do projeto com o SGA da
Embrapa Amapá e com as demais instituições públicas e da
sociedade civil organizada, no sentido de estabelecer parcerias para
a realização de programas de educação ambiental e de transferência
de tecnologia consoante as premissas do consumo e
desenvolvimento sustentáveis; e avaliar a execução do projeto,
divulgando os resultados obtidos, possibilitando à Embrapa Amapá
servir de modelo nas ações educativas socioambientais.
A-07
EM RISCO DE EXTINÇÃO: AS CRESCENTES MATANÇAS DE
GOLFINHOS DE RIO PARA USO DA SUA CARNE COMO ISCA NA
PESCA DA PIRACATINGA NA AMAZÔNIA
Antonio Miguel Borregana Migueis
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
Santarém, PA
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Espera-se erradicar as mortes de botos, promover a proteção e
conservação de botos junto de todos os elementos da rede de
produção e comercialização de piracatinga, das autoridades, e da
sociedade em geral e inspirar pescadores a praticarem as pescarias
com outro tipo de isca alternativa. Com este objetivo em mente
iremos desenvolver um programa piloto de Ecoturismo nas
comunidades alvo (onde se registram mais matanças de boto)
envolvendo toda a comunidade no processo de modo a
conscientizar todos os ribeirinhos dessas comunidades a percepção
de que existe outra forma mais facial para geração de renda extra do
que matar botos. Durante o projeto estaremos sempre controlando
o numero de botos existente na nossa área de estudo através dos
estudos que vimos já realizando desde 2007 na reserva Biológica Rio
Trombetas, uma unidade de conservação federal onde é possível
contabilizar o numero total de animais anualmente e verificar a
dinâmica/flutuabilidade populacional das suas populações, através
de um estudo pioneiro de foto-identificação que realizamos na
Amazônia. Com esses números iremos correlacionar com os
números de mortes que acontecem fora da reserva de modo a
estimar números de natalidade/mortalidade e saber ao certo a
percentagem de numero de botos que esta diminuindo face as
constantes matanças.
A-08
NUMERAÇÃO ANULADA
A-09
Comercialização ilegal de espécies ameaçadas de
extinção, o caso do cação-espadarte (Pristis), nos
mercados do Estado do Pará
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Carlos Andre Melo Palmeira
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)/ Museu
Paraense Emílio Goeldi
Belém, PA
As arraias do gênero Pristis estão entre os elasmobrânquios mais
ameaçados de extinção, devido principalmente à pesca acidental e
destruição dos seus hábitats além de sua comercialização, que
apesar de proibida, ainda é uma realidade em feiras e mercados.
Devido ao fato destes animais já desembarcarem sem a cabeça,
nadadeiras e cauda, sua identificação fica comprometida e isto
acontece porque estes peixes tem suas barbatanas vendidas assim
como os tubarões. O rostro ou serra do espadarte (Pristis),
apresentam alto valor comercial. Para investigar se espécimes deste
gênero ainda são comercializados nos principais mescados de
peixes do Pará, usamos o método de rastreabilidade genética que é
a habilidade de investigar estágios de produção e distribuição de
produtos de origem animal através do uso de informações contidas
na molécula de DNA. Como são poucos os estudos genéticos com
espécies de Pristis, o presente estudo tem como foco o
estabelecimento de ferramentas moleculares que possam auxiliar na
identificação das espécies do gênero oriundas do desembarque na
região. Como produto deste trabalho, pretende-se disponibilizar
sequências de DNA espécie-específicas, utilizando o marcador 16S
que tem eficácia comprovada em análises filogenéticas e forenses
que poderão ser utilizadas como código de barras para espécies de
arraias marinhas da costa norte brasileira. Esta abordagem será
importante para a rastreabilidade da carne de arraias
comercializadas na região, visando à identificação de espécies
ameaçadas de extinção como é o caso das espécies do gênero
Pristis. De todas as amostras compradas como espadarte, cerca de
60% eram da espécie Pristis perotetti e o restante das amostras
ficaram agrupadas em famílias de tubarões com ocorrência para
região, o que comprovou a eficácia do método.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A-10
Chave para identificação de gêneros de algas de águas
continentais da Bolívia
Carlos Eduardo de Mattos Bicudo
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo/
Instituto de Botânica
São Paulo, SP
O projeto destina a produzir uma chave artificial para identificação
de todos os gêneros de algas de águas continentais conhecidos até
então para o território boliviano. Tal chave deverá ter ampla
utilização nos cursos de graduação e pós-graduação em biologia de
todas as universidades da Bolívia, nas instituições que se ocupam do
controle da contaminação aquática e do controle da qualidade da
água de abastecimento e por todos os profissionais que necessitem
da identificação das algas para projetos de fisiologia, anatomia e
morfologia, reprodução, citologia, genética, ecologia, biologia
molecular, etc. Tal chave deverá também ser utilizada pelos
tomadores de decisão, quando necessitarem calcular o custo da
biodiversidade e da proteção dos recursos aquáticos.
A-11
MANEJO E CULTIVO DO TRACAJÁ (Podocnemis unifilis): UMA
ALTERNATIVA ECOLÓGICA E SOCIAL PARA O
DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL NO ESTADO DO
AMAPÁ
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Cesar Santos
Embrapa Amapá
Macapá, AP
O estado do Amapá encontra-se localizado no extremo norte do
Brasil, na região Neotropical de maior diversidade de organismos
aquáticos do planeta, e é considerado o Estado mais preservado do
Brasil, concentrando aproximadamente 72% do seu território dentro
de Unidades de Conservação. Caracteriza-se por possuir uma grande
riqueza em recursos hídricos e uma grande variedade de
ecossistemas aquáticos. A pesca possui elevada importância no
estado, mas nota-se um aumento gradativo da pressão exploratória
exercida sobre os recursos pesqueiros, principalmente, a exercida
por frotas provenientes de outros estados, que ocasionam o declínio
dos estoques naturais e a diminuição gradativa de tamanho das
espécies de peixes comercializadas. Com base na pressão exercida
sobre os estoques naturais de pescado, buscam-se alternativas para
novas fontes alimentares e de renda para as comunidades
ribeirinhas amazônicas, destacando-se então a quelonicultura, de
potencial comercial para toda a região amazônica. A criação de
animais silvestres com finalidade comercial é uma atividade ainda
em desenvolvimento no Brasil. Além de tornar-se uma potencial
atividade comercial, se remete à utilização sustentável dos recursos
naturais, visando promover a valorização dos recursos faunísticos de
uso comum pelas comunidades tradicionais, e ainda, configura-se
como uma nova fonte de proteína animal podendo ser aproveitada
e valorizada pela culinária local. A criação de quelônios em cativeiro
no Brasil vem despertando o interesse econômico dos produtores
rurais, desde a década de 70, após a publicação da Lei 5.197/67 – Lei
de Proteção à Fauna, a qual preconiza a proibição de captura e
comercialização de animais silvestres, se não provenientes de
criadouros legalizados. Atualmente, Podocnemis expansa - tartaruga
da Amazônia - e Podocnemis unifilis – tracajá - são espécies liberadas
para criação em cativeiro. O fomento ao desenvolvimento da
aquicultura no Estado supre uma demanda não somente de ordem
ambiental, mas também econômica e social. Com essa preocupação,
este projeto busca o fomento para o desenvolvimento de uma nova
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PROPOSTAS APRESENTADAS
proposta em aquicultura focada na quelonicultura familiar, em
parcerias com a comunidade da região dos lagos do município de
Pracuúba; e na conscientização de crianças, jovens e adultos deste
município quanto ao uso sustentável dos recursos naturais, comércio
e uso proveniente dos produtos gerados a partir da quelonicultura.
A-12
Aproveitamento da fumaça oriunda das carvoeiras,
para produção de ácido Pirolenhoso e Proteção do
Meio Ambiente
Claude de Souza Viel
Emater/Ulbra
Terra Santa, PA
O presente projeto tem por finalidades diminuir a poluição
ambiental causada pela fumaça produzida pelas carvoarias do bairro
do Urumari em Santarém-PA que tem causado muitos problemas à
população local, principalmente às crianças da Creche do bairro que
sofrem de asma e outras enfermidades respiratórias e ainda produzir
o ácido Pirolenhoso que pode ser utilizado como inseticida natural
para controle de pragas em hortas domiciliares e como
potencializador (aumenta o poder do defensivo agrícola, diminuindo
consequentemente a quantidade dos princípios ativos por hectare),
na aplicação de defensivos agrícolas. O Ministério Público Estadual já
notificou os donos das carvoarias para que obtivessem uma solução
para minimizar o problema da poluição ambiental ou terminar em
definitivo com a produção artesanal de carvão; devido ao fato de
que muitas famílias, de baixa renda, dependem dessa atividade para
sua sobrevivência, foi criada uma parceria entre o GEPEMASC (Grupo
de Estudo e Pesquisa em Meio Ambiente e Saúde Coletiva) da UEPA
Campus Santarém e a EMATER Itaituba para buscar uma solução
técnica definitiva para o problema que é ambiental e social.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
A-13
Uma análise de riscos de desastres ambientais na
Amazônia: subsídios ao desenvolvimento sustentável
na escala estadual e local
Claudio Fabian Szlafsztein
Universidade Federal do Pará (UFPA)/Núcleo de Meio
Ambiente
Belém, PA
O projeto objetiva, através da construção e aplicação de um marco
metodológico próprio para a região amazônica (densa rede de
drenagem hídrica, carência de dados e informações, concentração
heterogênea da população e atividades socioeconômicas, baixa
presencia institucional dos governos nas áreas de segurança, etc.), a
compreensão dos fatores socioambientais no planejamento e
gestão territorial de municípios amazônicos, em particular os
relacionados com os riscos de desastres decorrentes de processos
naturais perigosos. Neste contexto, particularmente, os resultados
do projeto respondem a perguntas tais como: Quais e que
características têm as principais ameaças de origem ambiental que
ocorrem nos municípios da região amazônica? Quais são os seus
principais impactos? Como a vulnerabilidade da população e suas
atividades, e infraestruturas contribuem para a geração de riscos de
desastres? De que forma o planejamento e a gestão territorial
podem colaborar com a diminuição dos riscos naturais? Como o
desenvolvimento sustentável dos municípios pode ser afetado?
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A-14
EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E ORGANIZAÇÂO DO SISTEMA
TRADICIONAL DE COLETA E PROCESSAMENTO DE FRUTOS DO
BABAÇU (ORBIGNYA PHALERATA MART.) PARA APROVEITAMENTO
INTEGRAL POR COMUNIDADES RURAIS NA BAIXADA
MARANHENSE
Claudio Urbano Bittencourt Pinheiro
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
São Luis, MA
Implantar projeto piloto de manejo e aproveitamento integral de
babaçu em comunidade rural da Baixada Maranhense, com nível
intermediário de tecnologia inserida, sustentável e replicável em
qualquer comunidade em área de babaçual. Especificamente,
pretende-se: implantar e testar sistema organizado de coleta de
frutos; implantar e testar sistema cooperativo para pela, quebra e
separação dos componentes dos frutos do babaçu; implantar e
testar bateria de fornos com tecnologia intermediária para
produção de carvão do endocarpo dos frutos em nível de
comunidade; implantar e testar mini-usina de extração de óleo das
amêndoas dos frutos do babaçu; implantar e testar sistemas de
produção com culturas anuais em associação com o babaçu para
determinação de densidade de desbaste para produção de frutos
de babaçu e produtos alimentícios; e possibilitar o incremento da
criação de pequenos e médios animais (aves e suínos), tendo como
base alimentar a ração produzida a partir do mesocarpo e da torta
(resíduos da extração do óleo).
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
A-15
A substituição da madeira utilizada na construção
civil por produtos feitos a partir do Plástico
Reciclado
Edson Granja Pereira de Souza Junior
Faculdade Literatus
Manaus, AM
A ideia da Haste de Sustentação de Pano de Laje Regulável, surgiu
de uma simples observação feita quando me deparei com uma
grande obra e percebi a quantidade imensa de madeira que estava
sendo utilizada e que depois seria no máximo reutilizada nos fornos
de padarias. Imediatamente liguei o que observei a poluição gerada
pelo plástico as nossas cidades, causando entupimentos de bueiros
e consequentemente inundações e prejuízos a população. Esse
plástico também entra na cadeia alimentar através dos bueiros
chega até aos igarapés e consequentemente aos grandes rios da
região, confundido com alimentos pelos seres aquáticos os quais
consomem esses plásticos e que futuramente acabam por chegarem
até nossas mesas. Depois de observar todas essas situações senti a
necessidade de pensar em algo que pudesse fazer para minimizar
tais impactos, foi então que surgiu a ideia da confecção da Haste de
Sustentação de Pano de Laje Regulável.
A-16
Estudo da potencial contribuição dos serviços
ambientais no módulo 4 da Floresta Estadual de Amapá
(FLOTA/AP) para o desenvolvimento sustentável local e
regional
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Eleneide Doff Sotta
Embrapa Amapá
Macapá, AP
Estudar como os serviços ambientais de estoque de carbono,
provisão de água e uso da biodiversidade podem contribuir para o
desenvolvimento sustentável local e regional visando a melhoria da
qualidade de vida da população na área do módulo 4 da Flota/AP.
Especificamente, pretende-se: analisar os aspectos biofísicos e
socioambientais da área; analisar a dinâmica de transformações na
cobertura, uso e ocupação do solo na área do módulo 4 da Flota/AP
e entorno; estimar o valor econômico dos benefícios decorrentes da
provisão dos serviços ambientais de carbono, água e
biodiversidade; predição de cenários futuros, para os próximos 20
anos, de mudanças nos serviços ambientais de carbono, água e
biodiversidade, a partir de cenários de desenvolvimento
socioeconômico e ambiental no Estado do Amapá; e sensibilizar os
diferentes atores locais sobre o tema dos serviços ambientais, a
importância de sua conservação e as oportunidades de
desenvolvimento sustentável da região amazônica.
A-17
PROJETO REVITALIZAÇÃO ESCOLAR:
Direito de Usar, Dever de Preservar
Escola Municipal de E.F. Cândida Santos de Souza
Prefeitura de Ananindeua/Semed
Ananindeua, PA
A Escola Municipal Cândida Santos de Souza é uma escola
democrática que Viabiliza Valores como respeito, justiça, igualdade,
solidariedade, ética, dignidade e honestidade, garantindo assim,
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
uma educação de qualidade que vise a formação de cidadãos mais
comprometidos, consciente e solidários, capazes de contribuir para
a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental “Cândida Santos de
Souza com a contribuição de funcionários, alunos, pais e
comunidade desenvolve há três anos consecutivos o Projeto de
“Revitalização da Escola: Direito de usar, dever de preservar” com
intuito de buscar e incentivar a Conservação e Preservação do
Patrimônio Público, a Escola, incentivando a utilização correta do
espaço escolar procurando a conscientização de todos os
segmentos acerca dos benefícios que a escola dispõe.
O Projeto Revitalização trabalha também o tema: Manejo do Lixo no
Bairro, Diga não ao Desperdício. Sensibilizando a comunidade para a
importância de se cuidar do seu Lixo evitando grandes desperdícios
que agridem o Meio Ambiente e suas gerações futuras.
Juntamente com a Revitalização Escolar desenvolvemos ações de
Cultura de Paz na Escola que mostra a importância da relação
humana no ambiente escolar, um espaço de estudo que é um
recorte de nossa sociedade onde evidenciamos as “diversidades”.
E nesta perspectiva, é que buscamos na nossa comunidade este
novo olhar sob o mundo, dinamizando a vida para uma Cultura de
Paz, uma cultura de não-violência, construindo novas relações
humanas onde propicie conhecimentos que gerem consciência de
deveres e direitos para com o social rejeitando a violência e
respeitando a vida em sua totalidade.
A Revitalização Escolar é uma ação educativa que busca estratégias
para uma preservação mais eficaz onde evidencie a preocupação
dos discentes com seus atos e o dos colegas. O Projeto de
Revitalização do espaço escolar visa alcançar estas estratégias de
forma bem dinâmica, onde os próprios alunos serão os responsáveis
em concretizá-lo e nossa meta é amenizar ou sanar os problemas
que envolvem as más condutas dos discentes e estes terão como
dever fazer as devidas fiscalizações cotidianas ao chegar e sair de sua
sala de aula mostrando-se determinados a preservar o meio em que
estudam. Assim, com certeza, os discentes valorizarão muito mais o
espaço escolar, pois tudo foi concretizado mediante seu esforço e
como diz o velho ditado “Quando as coisas saem do meu bolso e
com meu esforço, aprendo a valorizar muito mais”.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Neste contexto, há necessidade de chamar a atenção de toda a
comunidade para se praticar a cidadania, preservando o meio
ambiente, pedindo ajuda a Escola e Comunidade para que unidas
executem ações que combatam a agressão ao patrimônio público,
promovendo a conservação dos bens escolares, usando o velho
ditado “Quem quer fazer acha os meios, quem não quer fazer acha
os motivo” de Heloise Luck.
A-18
Diversidade microbiana em solos com cultivo de canade-açúcar: um enfoque biogeográfico
Fernando Dini Andreote
Universidade de São Paulo (USP)/Escola Politécnica e Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)
Piracicaba, SP
A cana-de-açúcar é atualmente uma cultura de grande importância
agrícola, a partir da qual são gerados açúcar e etanol, além de vários
outros subprodutos. No entanto, com a expansão das fronteiras
agrícolas, uma maior produtividade e sustentabilidade na produção
da cana-de-açúcar são altamente desejáveis, evitando assim a
ocupação de novas áreas. Para isto, dentre outros fatores, o papel da
comunidade microbiana presente nos solos pode ter fundamental
importância, auxiliando no melhor desenvolvimento da planta, seja
suprindo-a com nutrientes, ou diminuindo a ocorrência de doenças
e pragas. Contudo, pouco se sabe sobre a comunidade microbiana
existente nos solos cultivados com cana-de-açúcar. Dessa forma,
este projeto tem como objetivo descrever, em um enfoque
biogeográfico (utilizando amostras de várias áreas de produção total de 476 amostras), a diversidade microbiana existente em solos
de cana-de-açúcar por meio de técnicas inovadoras independentes
do cultivo microbiano, e baseadas no DNA dos organismos
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presentes nos solos. Compõem este projeto a quantificação de
comunidades microbianas (via PCR quantitativo), e a determinação
da estrutura (via T-RFLP) e filogenia (via sequenciamento de genes
ribossomais) dos grupos de fungos, bactérias e arquéias presentes
nestes solos. Com isso, espera-se gerar o primeiro mapa biológico
de solos no Brasil, e identificar tanto áreas de maior ocorrência
natural, como práticas agrícolas estimulantes de grupos microbianos
benéficos às plantas. Dessa forma, o benefício esperado é a
indicação de manejos específicos em áreas de cultivo de cana-deaçúcar, que podem levar ao aumento da densidade de
microrganismos do solo que sustentem o desenvolvimento das
plantas, propiciando uma produção com menor consumo
energético, e baseada neste vasto recurso natural, presente na forma
microbiana nos solos.
A-19
Produção de biodiesel a partir do reaproveitamento
do óleo de cozinha: Uma alternativa sustentável para
o município de Maracanã (PA)
Gilmara Maureline Teles da Silva de Oliveira
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Belém, PA
Este projeto destina-se a atender comunidades carentes do
Município de Maracanã, no estado do Pará, por meio da implantação
de uma mini usina para produção de biocombustível, a partir da
utilização de óleo de cozinha usado. Será implantado pela
Cooperativa Mista da Amazônia (Comizon), na cidade de Maracanã,
com o apoio técnico da Universidade Federal Rural da Amazônia
(UFRA) e em parceria com a Prefeitura do Município. Atualmente, o
óleo de cozinha é despejado no meio ambiente, provocando danos
ao meio ambiente. Além do mais, o combustível utilizado a partir de
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PROPOSTAS APRESENTADAS
recursos não renováveis, constitui um dos itens de custos mais
elevados para os setores produtivos, levando, consequentemente, a
uma redução na melhoria de qualidade de vida da população. O
município de Maracanã, embora possua recursos naturais em
abundância (terras, água, floresta, diversidade de espécies animais e
vegetais), estes não são explorados de forma eficiente, deixando de
serem traduzidos em benefícios para a população. Este projeto irá
beneficiar diretamente 38 famílias de cooperados da COMIZON.
Serão gerados 13 empregos diretos, com o funcionamento da mini
usina, além de inúmeros empregos indiretos, atribuindo a este
projeto um caráter de grande relevância para dinamizar a economia
local, com adoção de práticas sustentáveis, de acordo com o que
preconiza o tripé da sustentabilidade (economicamente viável,
socialmente justo e ambientalmente correto). Portanto, esta
proposta vai ao encontro da crescente necessidade de estimular a
implantação de atividades que contemplem o empreendedorismo
consciente e ao mesmo tempo busquem soluções de combate à
pobreza e a degradação ambiental em comunidades do estado do
Pará.
A-20
Avaliação da biomassa viva acima do solo e do estoque
de carbono em uma área de floresta extrativista na
região Norte do Brasil: Influência no desenvolvimento
do mecanismo REDD e redução das queimadas
Glaucia Eliza Gama Vieira
Universidade Federal do Tocantins (UFT)
Palmas, TO
A sociedade vive a cada instante a necessidade de desenvolver
tecnologias e métodos que estoquem carbono a partir da
preservação de áreas de floresta extrativistas aplicadas como fontes
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
alternativas de energia renováveis. Nesse contexto, o uso de
biomassas extrativistas pode contribuir de forma significativa, já que
são abundantes em regiões de alta luminosidade, estão disponíveis
no ambiente e apresentam o potencial de estocar carbono e
produzir serviços florestais. Um outro aspecto observado
atualmente é a expansão dos efeitos ambientais negativos
decorrentes do uso dos combustíveis fósseis, como a emissão de
gases do efeito estufa a partir da queima de florestas e uso de
combustíveis fosseis ocasionando o aquecimento global. Neste
contexto, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de avaliar a
estimativa de biomassa viva acima do solo, do estoque de carbono
fixado, o potencial de extração de óleo vegetal em áreas de florestas
extrativistas, a fim de promover a preservação e a conscientização
ambiental, social e econômica. Bem como a redução do lançamento
de dióxido de carbono na atmosfera, contribuindo desta forma para
consolidação do mecanismo Redd que visa à redução das emissões
de Desmatamento e Degradação Florestal. Este projeto tem como
objetivo quantificar a biomassa viva acima do solo e o teor de
carbono em uma área de floresta extrativista de pequi e babaçu no
Estado do Tocantins. Bem como contribuir para redução das
queimadas na região Norte do Brasil e para o desenvolvimento do
mecanismo Redd na região.
A-21
FrutiPará
João Guilherme da Silva Passos
Associação dos Comunitários e Pequenos Produtores Rurais
da Comunidade de Nossa Senhora do Livramento do Alto
Urucuri
Belém, PA
Cada vez mais a necessidade de harmonizar o equilíbrio do tripé:
recursos naturais, homem e economia demandam uma relação
menos predatória e mais sustentável no tempo e no espaço.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
As comunidades situadas no nordeste paraense tiveram seu
crescimento estabelecido a partir das relações comerciais
desenvolvidas pela escolha do escoamento da produção através das
estradas. Assim, pólos comerciais foram criados ligando os centros
urbano-consumidores da Amazônia, como Belém, aos centros
produtivos: Rio e São Paulo; neste percurso pequenos pólos
comerciais foram surgindo, como: Castanhal, Paragominas, entre
outros. São Miguel do Guamá foi uma destas cidades criadas ao
longo da Rodovia BR 316, atraindo também inúmeros produtores
familiares que trouxeram culturas das mais diferentes origens:
cabocla, portuguesas, indígena e negra.
Uma das práticas ainda hoje bastante presente é o extrativismo, as
comunidades foco deste trabalho mantêm uma relação com a terra
baseada de subsistência, utilizando seus recursos naturais ainda sem
nenhuma compensação sobre impacto gerado, isto é, mesmo sendo
esta utilização ainda de médio impactante, uma vez que ainda
conseguem preservar áreas com considerável diversificação de
recursos naturais, o crescimento populacional e a baixa
produtividade do solo, podem promover no tempo, impactos
significativos no meio ambiente, sem uma intervenção planejada,
principalmente integrando os recursos naturais a ação humana e os
retornos econômicos sustentáveis. A perspectiva de continuidade
das práticas atuais projeta danos expressivos aos recursos naturais
existentes, que de alguma forma já são perceptível: solo pouco
produtivo, redução da fauna e aumenta das lavouras.
O projeto prevê a proposta de integração destas três variáveis.
Primeiramente a reconversão da matriz produtiva, a qual através dos
estudos existentes e a pré-disposição dos agricultores em investir
nesta proposta, levam em consideração a proposta de mudança
gradual na principal fonte de renda, incorporando no tempo, além
da produção da farinha a produção agro-florestal, com base nas
frutas regionais e culturas de baixos ciclos produtivos e que possam
gerar alguma renda alternativa; como segunda abordagem a ação
humana, através da proposição de um novo entendimento do uso
dos recursos naturais, formando cidadãos mais conscientes de sua
ação local, regional e mundial e por último, um resultado econômico
que estimule novas práticas, como a agroecológica favorecendo
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concretamente os resultados ambientais, sociais e econômicos
almejados pelo projeto.
Diante desta perspectiva o projeto vem viabilizar o levantamento
sócio-econômico desenvolvido nas localidades de Santana do
Urucuri e Ladeira, mapeando os potenciais naturais e humanos da
região a fim de propor juntamente com os produtores alternativas
de novas culturas produtivas que possam estabelecer novas relações
econômicas e sócias com os recursos naturais e humanos existentes.
Os levantamentos estão sendo feitos no período de agosto de 2010
a dezembro de 2010, financiados pela Secretaria do Estado de Meio
ambiente do Pará, a qual através de seu programa “Um bilhão de
árvores para Amazônia”, busca parceria para que estas novas
práticas produtivas se estabeleçam dentro de um novo modelo de
desenvolvimento proposto para Amazônia. A metodologia utilizada
proporá a sensibilização da comunidade, aproximação junto a
órgãos de fomento, qualificação da mão-de-obra, educação
ambiental e nova alternativas de geração de renda.
Muitas abordagens sugerem as vantagens dos sistemas
agroflorestais, no caso das comunidades a utilização do açaí como
principal cultura produtiva, tem inúmeros pontos favoráveis: o açaí é
base da cultura alimentar em pelo menos três meses do ano, o
resíduo (caroço) pode ser utilizado nos fornos de farinha diminuindo
o impacto dos recursos naturais (material lenhoso) e o açaí desponta
no mercado nacional como “commodity” de boa aceitação, inclusive
já sendo aceito no mercado internacional.
A forma de promover o projeto são os momentos de vida em
comum das comunidades: festas, torneios e reuniões, estes espaços
serão importantíssimo na atração de instituições de ensino e
pesquisa, empresários, governos, mídia, outras lideranças locais e
principalmente outras comunidades.
Assim, acreditando no sucesso desta proposta, encaminhamos o
“FrutiPará” na certeza de sua aprovação.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A-22
UTILIZAÇÃO DE NANOTECNOLOGIAS PARA DESINFECÇÃO DE
ÁGUAS PARA COMUNIDADES
João Tito Borges
Faculdade Fucapi
Manaus, AM
A nanotecnologia é composta de numerosas áreas de investigação
que têm em comum o fato de manipular a matéria no nível de
átomos individuais e moléculas. A aplicação desta ciência a diversas
finalidades vem sendo investigada. Aplicações nas áreas de novos
materiais e na miniaturização de equipamentos são as mais comuns
e já em uso. Uma aplicação nobre desta tecnologia é a de obter
materiais que possam ser utilizados como desinfetantes de águas
para fins de abastecimento às populações. O objetivo deste projeto
é realizar ensaios com nanopartículas para a promoção da
desinfecção de poços de água utilizados para abastecimento de
população ribeirinhas.
Buscará nesta pesquisa desenvolver protótipo em pequena escala
utilizando-se materiais nanocompostos que visem desinfetar a água
para a população que se abastece de águas com potencial risco de
contaminação de origem microbiana.
A desinfecção com a adição de compostos de cloro tem sido o
método mais utilizado, porém, depende da disponibilidade do
desinfetante e a logística de transporte e distribuição do produto,
seja em meio líquido ou sólido. Outros processos alternativos a base
de ozônio, nitrato de prata, luz ultravioleta e outras formas de
radiação pode ser também usados, porém ainda apresentam
problemas similares, seja de logística ou problemas de manuseio e
uso adequado. Em vários outros países em sido experimentados
produtos com nanopartículas de prata, purificadores de água
cerâmicos a base de prata coloidal e uso de dióxido de titânio sob a
ação de radiação UV e o uso de nanopartículas e nanofilmes de
prata como agente bactericida na desinfecção da água.
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Neste projeto serão utilizadas nanopartículas de dióxido de titânio, a
princípio para iniciar estudos com nanocompostos na região
amazônica, será criado grupo de pesquisa, envolvendo alunos nas
áreas de química, física e engenharia ambiental e sanitária. O grupo
será também composto por professores da Faculdade de Engenharia
Civil da Ufam Unicamp, professores da Química Ufam e professores
do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Faculdade Fucapi.
Para compartilhar experiências, o grupo estabelecerá contato com
pesquisadores da África do Sul e Índia (IBSA), onde vêm sendo
realizados programas com este objetivo e também da Unicamp,
onde o proponente do projeto já realizou contatos. Para a execução
do projeto serão necessários a aquisição de materiais
nanocompósitos, reagentes e incubadoras para análise de E.Coli em
águas de abastecimento. Para desenvolver, testar e registrar
equipamento desenvolvido no projeto será necessário a aquisição
de estrutura de tubulação, sistemas hidráulicos e materiais filtrantes.
A utilização de nanomateriais para fins de tratamento de água de
abastecimento e águas residuárias vem sendo investigada por
grupos de estudo em diversos países. É muito importante que a
região amazônica, que detém grande parcela da água superficial do
planeta, realize pesquisas locais para a promoção da saúde e bem
estar de sua população. Além disso, é necessário que se estabeleçam
grupos de pesquisa na área de nanotecnologia nesta região e que
estes grupos se fortaleçam e promovam a disseminação desta
tecnologia para que as próximas gerações possam usufruir dos
benefícios das inovações proporcionadas pelo uso destes materiais.
A-23
CASA SUSTENTÁVEL
Joice de Jesus Machado
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnologica
(Fucapi)
Manaus, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A construção civil sustentável ganha cada vez mais força e tende a se
tornar imprescindível para as áreas urbanizadas. A Amazônia,
embora pródiga em florestas, tem mais de 75% de sua população
residente em áreas urbanas, para quais faltam soluções que
compatibilizem as necessidades dos ocupantes com as demandas
relativas a sustentabilidade.
Nesse contexto, o projeto pretende ser uma vitrine de soluções
ambientais focadas na sustentabilidade de habitações, ou seja, o
ponto de convergência de diversas tecnologias, com foco no
desempenho ambiental e minimização de impactos da construção
civil.
A edificação será concebida com um programa de necessidades de
uma residência unifamiliar, com adaptações que permitam-lhe
funcionar como Laboratório de Tecnologias Ambientais, um centro
demonstrativo e experimental para desenvolvimento de atividades
de pesquisa e ensino.
Sua performance será assegurada através das certificações: LEED
(Leadership in Energy and Environmental Design), AQUA e Selo Casa
Azul da Caixa Econômica Federal.
A Casa Sustentável será formatada como um conjunto de sistemas e
soluções que integrem eficiência energética, uso racional da água e
recursos naturais, integração ao entorno, conforto ambiental,
ergonomia e desempenho estético, compatibilizados a partir do
projeto arquitetônico, considerando as condições bioclimáticas suis
generis da Amazônia.
Estarão incorporados os conceitos: fontes alternativas de energia,
redução do consumo, aproveitamento de águas pluviais, reuso de
efluentes, materiais de baixo impacto, monitoramento ambiental,
arquitetura sustentável, entre outros, compatibilizados para o
desenvolvimento de soluções inovadoras passíveis de disseminação
para a comunidade acadêmica e profissionais da construção civil.
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A-24
DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVÉL: CONCEPÇÕES E DISCURSOS
DOS PROFISIONAIS DO ENSINO FUNDADMENTAL (1° a 4° SÉRIES)
DA RESERVA DE MAMIRAUÁ
Jose Nairo Paes da Silva
Semed
Manaus, AM
O tema Desenvolvimento Sustentável: Concepções e Discursos dos
profissionais do Ensino fundamental da Reserva de Mamirauá é de
extrema relevância por se tratar de um tema ligado diretamente à
sobrevivência do homem no planeta terra. Este estudo tem
despertado o interesse dos pesquisadores das ciências sociais nos
últimos anos. Busca-se compreender discursos e ações e indicar
políticas públicas no âmbito da sustentabilidade, meio ambiente e
educação ambiental para estabelecer condições de conservação do
patrimônio natural da Amazônia. Se o Brasil e em particular o
Amazonas almejam adentrar no novo milênio em condições
respeitável frente às outras nações do globo, deve-se estabelecer
um modelo de Desenvolvimento cujo lastro seja a educação, que
espraiada adequadamente firmará bases de progresso e permitirá
exploração racional dos incontáveis recursos da Amazônia, sem
colocar em risco todo planeta.(Antônio, 2000).
A criação de reserva e a formação de educadores ambientais para se
trabalhar no Ensino Fundamental tem sido um dos principais
mecanismos de estratégia para se conservar espaços ecológicos
com atributos importantes, em particular nos paises do terceiro
mundo, onde essas políticas são voltadas para se proteger as
Reservas cuja riqueza natural e estética é apreciada pelos visitantes e
a moradia em seus leitos só é permitida através de regras de
sustentabilidade.
O desenvolvimento deste projeto procurará mostrar de que maneira
o processo sócio-histórico da criação da Reserva de Mamirauá
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PROPOSTAS APRESENTADAS
contribuiu para mudanças nas políticas educacionais do Ensino
Fundamental e no equilíbrio sustentável local e global através dos
discursos e concepções dos profissionais que fazem a educação
dentro da área preservada. A escolha desta área para realização
desta pesquisa é procurar analisar a preservação através de um
ensino sustentável e estabelecer parâmetros com as necessidades
requeridas pela formação socioeconômica onde situa. E entender de
que forma esta educação atinge as crianças no Ensino fundamental
(1º a 4º séries), já que a sobrevivência dos mesmos depende da
exploração dos recursos da fauna e da flora e identificar a finalidade
deste em atingir diretamente o ensino básico.A criança, com sua
flexibilidade de resposta á mudança, sua tendência de admirar-se,
sua curiosidade natural e a necessidade de moldar um
relacionamento inicial com o mundo podem, juntos servir como um
ponto crucial de intervenção para ajudarmos a próxima geração a
construir um relacionamento ecologicamente sensível com o
mundo.(Hutchison, 2000).
Este estudo assume fundamental importância a Região Norte, em
particular aos municípios de Uariní, Alvarães, Tefé e Coari, onde as
diversas Secretarias de Educação possuem trabalhos nas
comunidades circunvizinhas da Reserva. Dada a possibilidade da
realização de um diagnostico o sistema como um todo se
beneficiará, por se tratar de um campo investigativo ainda muito
recente nos espaços acadêmicos.
Portanto, a intenção é de poder viabilizar e concretizar um sonho
surgido da prática de pesquisa e amadurecido ao longo dos
trabalhos realizados com educador, que tanto incentivou a
desenvolver no Mestrado “Sociedade e Cultura na Amazônia” e por
se tratar de uma temática que perpassa experiências vivenciadas nas
práxis pedagógicas, assumindo o papel de agente construtivo, com
possibilidades de criar estratégias interdisciplinares que colaborem
com o convívio homem x meio ambiente.
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A-25
Projeto Inter-Agindo: interfaces entre os atores do
meio rural na construção do conhecimento
agroecológico no Estado do Amapá
Julia Franco Stuchi
Embrapa Amapá
Macapá, AP
As transformações ocasionadas pelo sistema da agricultura
dominante nos tempos atuais é certamente um sucesso de
desenvolvimento e de produção de alimentos em larga escala.
Porém, em contrapartida, essa eficiência tem ocasionado impactos
desastrosos ao meio onde está inserida, aos produtores que em
contato com ela trabalham e aos consumidores que a usufruem.
Contaminação dos recursos naturais, desmatamento em larga
escala, enfermidades atingindo os produtores rurais pela aplicação
de agroquímicos, e consequências manifestadas na saúde dos
consumidores são alguns destes impactos oriundos dos sistemas
convencionais. Analogicamente a estas consequências está em
curso um intenso debate sobre a Agroecologia como um novo foco
das necessidades humanas, qual seja, de orientar a agricultura à
sustentabilidade no seu sentido multidimensional. Como ciência
emergente, a Agroecologia busca reunir, organizar e colocar em
prática as contribuições de diversas ciências naturais e sociais dentro
de uma lógica transdisciplinar integrada e mais abrangente. Neste
sentido, ela se concretiza quando, simultaneamente, cumpre com os
ditames da sustentabilidade econômica através do potencial de
renda e trabalho e ao acesso ao mercado; ecológica, por meio da
melhoria da qualidade dos recursos naturais e das relações
ecológicas de cada ecossistema; social, visando a inclusão das
populações mais pobres e da segurança alimentar; cultural, pelo
respeito às culturas tradicionais; política, com o empoderamento das
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PROPOSTAS APRESENTADAS
comunidades, organização para a mudança e participação nas
decisões; e ética, com os valores morais transcendentes.
Assim, dentro deste projeto, a Agroecologia é o fundamento
metodológico para promover a transferência de tecnologias
agroecológicas no Estado do Amapá adotando estratégias de
comunicação que dinamizem as interfaces entre os agricultores
familiares, pesquisa & desenvolvimento e Ater, para meios mais
sustentáveis, visando a qualidade de vida dos agricultores familiares
e a conservação dos recursos naturais. Os resultados devem
apresentar um mapeamento dos tipos de agricultura familiar e de
grupos de experiências agroecológicas, para um maior alcance das
políticas públicas para o desenvolvimento rural agroecológico;
também visa validar alternativas de técnicas agroecológicas
melhoradas e socializadas pelos atores rurais, através da construção
de um arranjo institucional voltado a produtos agroecológicos com
maior capacidade de geração de renda. Finalmente, prevê o
fortalecimento de redes nos territórios para promover a
Agroecologia e o empoderamento dos atores do campo. Com esses
resultados concretizados, busca-se o fortalecimento de atores
inseridos na ideologia e prática agroecológica, capazes de fortalecer
os núcleos existentes, abrir as perspectivas de atuação e empoderar
os/as agricultores/as familiares com a co-evolução do ambiente
natural e dos grupos sociais que nela intervêm desde uma
perspectiva histórica, para manter ou recuperar o agroecossitema
em questão focado na qualidade de vida humana.
A-26
UMA PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE
SUSTENTABIIDADE DE SISTEMAS PRODUTIVOS COM PALMA DE
ÓLEO NO ESTADO DO PARÁ ATRAVÉS DA FERRAMENTA
AMBITEC: MÓDULO PROTOCOLO PARA A PRODUÇÃO
SUSTENTÁVEL DA PALMA DE ÓLEO
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Kátia Fernanda Garcez Monteiro
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Belém, PA
No estado do Pará está localizada a maior produção brasileira do
óleo de palma, sendo responsável por cerca de 95 % de toda a
produção nacional. No entanto, a chegada de empresas como a
Petrobras Biocombustível, Galp energia, ADM do Brasil e a
companhia Vale, trás certa insegurança na forma como estes
projetos serão conduzidos em ecossistemas frágeis como os da
Amazônia paraense. Uma outra preocupação é que estas empresas
demandarão grande quantidade de terras agricultáveis e legalizadas,
além de um considerável contingente de trabalhadores rurais
especializados para o manejo da cultura da palma de óleo. Estes
fatores são considerados como futuros aspectos de impacto
socioambiental para o estado do Pará .
Com objetivo de conhecer o nível de aderência aos principais
indicadores de sustentabilidade socioambiental através do uso da
ferramenta Ambitec-Módulo Protocolo para a Produção Sustentável
da Palma de Óleo, a pesquisa selecionou diferentes sistemas
produtivos com palma de óleo localizados nos municípios da
mesorregião do Nordeste Paraense (Bonito, Moju, Tomé-Açu,
Igarapé-Açu, Tailândia) e na mesorregião Metropolitana de Belém
(Santa Bárbara do Pará e Santa Isabel do Pará). Neste contexto
espera-se após a conclusão do projeto que os resultados
apresentados pra os níveis de sustentabilidade em sistemas
produtivos com palma de óleo no estado do Pará, possam servir de
eixo norteador para a construção de políticas públicas em relação ao
melhor uso e aproveitamento do solo, da vegetação, dos recursos
hídricos e na maior inserção das comunidades rurais locais em
projetos sustentáveis com palma de óleo nesta parte da Amazônia.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A-27
Projeto Piloto REDD Flota Amapá
Lana Patricia Santos de Oliveira
Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF)
Macapá, AP
Nas últimas décadas as mudanças climáticas têm sido tema de
inúmeros debates de âmbito global por ser considerado o maior
problema ambiental enfrentado pela humanidade, sobretudo
devido às grandes emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)
liberados na atmosfera pela atividade humana. Dentre os GEEs,
destaca-se o dióxido de carbono (CO2), que tem um papel
fundamental na mudança do clima do planeta. O CO2 é oriundo
principalmente da queima de combustíveis fósseis (80%) e da
conversão de florestas para uso agrícola (20%). Sua emissão
representa a liberação de enormes quantidades de carbono
estocado na vegetação e no solo para a atmosfera todos os anos
(Fearnside, 1996).
A necessidade de predizer e detectar mudanças relacionadas ao
clima no ambiente natural tem se tornado de interesse primário nas
conferências internacionais sobre meio ambiente. Durante a década
de 80, as evidências científicas sobre a possibilidade de mudanças
do clima mundial inspiraram uma série de conferências
internacionais que alertavam para a urgência de um tratado mundial
para enfrentar este problema (Higuchi et al., 1998; Kerr e Ostrovsky,
2003).
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) e o Programa das
Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) estabeleceram o
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla
em inglês) em 1988. O papel principal do IPCC é desenvolver e
validar metodologias internacionalmente acordadas para estimar e
reportar as emissões nacionais líquidas (emissões – remoções) de
GEE. O IPCC visa ainda reconhecer e encorajar o uso de métodos
para mitigar as emissões de GEE como, por exemplo, fomentando
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mecanismos que movimentem a economia local e global e
valorizem as florestas em pé (IPCC, 2012). Esses métodos devem
priorizar a produção e comercialização de produtos madeireiros e
não madeireiros sob critérios de sustentabilidade e ainda definir e
valorar os serviços ambientais fornecidos pelos ecossistemas
florestais.
Em um período de aproximadamente 40 anos (1961-2000) os países
tropicais perderam mais de 500 milhões de hectares de cobertura
florestal, emitindo milhões de toneladas de carbono para a
atmosfera (FAO, 2000). O Brasil contribui com 4% a 5% das emissões
totais de carbono (Schroeder e Winjum, 1995). No caso da Amazônia
brasileira, esta enfrenta sérias ameaças. Apesar de ter um grande
potencial de conservação da biodiversidade, o bioma atualmente
está inserido em um quadro preocupante de desmatamento. Apesar
de as taxas de desmatamento no Brasil virem reduzindo ao longo da
última década, em março de 2012 o Sistema de Alerta de
Desmatamento (SAD), do Instituto do Homem e Meio Ambiente da
Amazônia (Imazon), detectou 53 km² de desmatamento na
Amazônia Legal, que comprometeram 3,6 milhões de toneladas de
CO2 equivalente (Hayashi et al., 2012).
O Estado do Amapá possui mais de 70% de seu território
(142.814,58 km2) sob alguma modalidade especial de proteção,
somando 19 Unidades de Conservação (UC) e 5 Terras Indígenas
(Drummond et al., 2008). No ano de 2011 as taxas de desmatamento
no estado ficaram em torno de 50 km2 (Inpe, 2012). A partir de 2012
este cenário tende a ser agravar em consequência da crescente
exploração mineral, do asfaltamento da BR-156 e da interligação do
estado com a Guiana Francesa através de uma ponte sobre o rio
Oiapoque. Além desses fatores, os projetos de assentamento do
governo federal no entorno das principais UCs oferecem riscos à
conservação dos seus recursos naturais caso não sejam
implementadas políticas de compensação pela proteção dessas
áreas.
Atualmente, o aproveitamento dos recursos naturais com bases
sustentáveis é um dos maiores desafios para o governo do estado.
Neste contexto, a Floresta Estadual do Amapá (Flota do Amapá) foi
criada em 2006 com aproximadamente 23.694 km², abrangendo
10 municípios do Estado. Sendo uma UC de uso sustentável, tem
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PROPOSTAS APRESENTADAS
como objetivo promover a utilização dos recursos naturais a partir
de princípios orientados à sustentabilidade ambiental, social e
econômica. Analisando o baixo índice de desenvolvimento humano
dos municípios de entorno e a diversidade de recursos naturais da
Flota do Amapá, sugere-se a implementação de ações que
objetivem, além da proteção das florestas, o desenvolvimento social
e econômico das suas áreas de influência.
O papel e a valoração econômica dos serviços ambientais têm sido
alvo de inúmeros debates, principalmente em torno do tema
Mudanças Climáticas Globais. Serviços ambientais são aqueles
prestados pelas florestas tropicais, que protegem ou afetam as
atividades e o bem-estar humano. Os Projetos de Redução de
Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd) são
exemplos de mecanismos de incentivo econômico voltados para o
financiamento de ações de redução do desmatamento e da
degradação em florestas com consequente diminuição das emissões
de carbono e geração de retorno econômico-social.
Desta forma, a proposta de implantar um projeto Piloto de Redd na
Flota do Amapá e nas áreas de influência da BR-156, surge como
alternativa de exploração dos recursos naturais de forma sustentável
e como possibilidade de beneficiar a comunidade envolvida através
do pagamento por serviços ambientais.
A-28
O ser humano ético e ecologicamente correto nasce
na família
Lucivaldo Vasconcelos Barros
Belém, PA
O que fazer para salvar o planeta das constantes agressões
ambientais? Parece utópico, mas se cada um de nós fizer a sua parte
é possível obtermos grandes transformações. É a partir de pequenas
e singelas práticas que transformamos o ambiente em que vivemos.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Se o oceano existe, é porque existem milhões de gotas que o
formam. Assim, um mosaico de gestos tem uma força imensurável.
Mas acreditamos que cultura do bom exemplo começa em casa.
É no seio da família nasce que se desenvolve o homem ético e
ecologicamente correto. Ao apreender a lição no lar, o hábito se
espalha e se projeta no cotidiano do sujeito, na escola, na rua, no
trabalho, na política e nas mais diversas formas de relacionamento
social. A seguir, o relato de uma experiência concreta.
Há dois anos Lucivaldo e sua esposa Goreti adquiriram o sítio “Toka
da Nascente”, localizado em Vila Fátima, no município de Tracuateua,
no nordeste paraense. A família quis dar um sentido diferente à
forma de usufruto do espaço, apostando na conscientização
socioambiental, em busca de uma vida digna, sustentável e solidária.
Na prática, as iniciativas têm movimentado dezenas de parentes e
amigos, além de alguns moradores da comunidade.
Entre as ações desenvolvidas está a educação ambiental, a partir do
envolvimento das pessoas com base da transversalidade do tema,
como por exemplo, a destinação adequada do que é deixado pelos
visitantes. O lema é “lixo zero”, tudo é recolhido, separado e levado
para a coleta da Prefeitura de Tracuateua. As latinhas de alumínio
são separadas, vendidas no município de Capanema e a renda é
destinada às pessoas do vilarejo. Já as garrafas PETs são recolhidas,
higienizadas e doadas a comerciantes da região, para usos múltiplos,
como reciclagem, recipientes para colocar coalhada, feijão caupi e
outros produtos da região.
A ideia inclui ainda a conservação da mata ciliar e preservação da
nascente, limpeza do rio Quatipuru, além da valorização de espécies
animais e vegetais da redondeza. A limpeza do rio busca
conscientizar as pessoas sobre a importância desse gesto, pois
muitas pessoas ainda despejam garrafas, latas de alumínio, roupas,
sandálias, cadeiras e mesas de plásticos dentro do igarapé e se
pretende fazer uma campanha alertando os riscos dessa atitude.
Estimamos que no período de fevereiro de 2010 a fevereiro de 2012,
1.920 garrafas PETs foram reaproveitadas, 4.200 unidades de latinhas
de alumínio recicladas e 425 quilos de resíduos foram retirados do
Rio Quatipuru, que passa atrás do terreno.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Dentre as mais recentes iniciativas estão o concurso de slogan e
fotografias para o sítio; o inventário florístico e faunístico dos
espécimes do Sítio; o jogo de futebol com a comunidade local;
gincanas ecológicas; a confecção de sacolas retornáveis produzidas
pelos próprios familiares. O casal bancou a produção de mais de 100
sacolas para compras e 80 sacolas ecológicas para veículos
automotores, para serem distribuídas entre os familiares e visitantes,
tudo de forma gratuita.
Para envolver as pessoas em suas ações e transpor os muros da Toka,
os proprietários criaram um jornal de notícias mensal, o “Notícias da
Toka”, um canal de comunicação via internet (e-mail e facebook),
destinado à comunicação das ações de conscientização
socioambiental.
Entre os assuntos tratados no informativo está a “Economia
Solidária”, que visa mostrar a importância da valorização humana, ou
seja, o trabalho e a oportunidade para todos, valorizar o pequeno
agricultor, o artesão, a economia local e ao mesmo tempo favorecer
meios para preservação florestal.
O noticiário também é usado para divulgar a legislação ambiental,
manifestações culturais no sítio (carimbó, marujada etc.). Sempre
que possível, são divulgados eventos, cursos, boas práticas, como
forma de amadurecimento, capacitação e envolvimento da família
com essas questões.
A regularização ambiental também é um dos objetivos, já que o sítio
está localizado em uma área de preservação ambiental, além de
ficar situado numa geografia com grande potencial turístico do
Estado do Pará. A conscientização é replicada aos familiares e à
comunidade local.
Quem chega ao sítio também é convidado a fazer doações à
comunidade ou adquirir produtos da localidade. Quem pode doa
roupas, cestas básicas, serviços e outros. Com isso se promove a
geração de renda, a valorização da força de trabalho e a produção
local, incentivando o consumo de gêneros produzidos pela
vizinhança, como polpa de frutas, frangos caipiras, frutas, legumes etc.
O sítio procura seguir três vertentes básicas: reunião familiar,
mensagem ambiental e encontro de pessoas que comungam da
mesma ideia. Com isso, a Toka da Nascente centra-se na busca de
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um lugar aprazível para o lazer, fonte de encontro e convivência
familiar, surgindo, ainda, como um espaço para a experimentação de
uma atitude política, ética, legal e ecologicamente correta. O Sítio
serve ainda para realização de atividades religiosas e pedagógicas
de escolas e igrejas, bem como para pessoas portadoras de
necessidade especiais
A-29
LUMINÁRIAS GERADORAS FOTOVOLTAICAS INTEGRADAS A
ILUMINAÇÃO PÚBLICA URBANA
Manuel Cesar Santos Filho
Exact
Manaus, AM
A iluminação pública é um serviço assegurado pela constituição, em
seu artigo 30. É classificado como indicador para qualidade de vida,
asseguração da integridade física e patrimonial em contenção a
ações degradantes que ocorrem na sociedade. A disponibilidade de
um centro urbano suprido com iluminação sustentável advinda de
luminárias fotovoltaicas propostas neste modelo é capaz de
proporcionar menores custos para manter o serviço, além de poder
entregar energia ao atual sistema.
Há o potencial de desenvolvimento do produto Luminária
Fotovoltaica integrada a rede, no Polo Industrial de Manaus e
agregar economia regional, por meio da fabricação de produto de
tecnologia limpa, e capaz de mobilizar a cadeia regional com a
geração de empregos para a fabricação e instalação do produto no
ambiente urbano, além da Luminária ser um instrumento atenuante
para minimizar os custos governamentais com o serviço de
iluminação pública.
A dispensa de acumuladores de energia, na forma de baterias é uma
condição positiva da proposta de implantação das luminárias, em
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PROPOSTAS APRESENTADAS
consideração que não haverá a necessidade de uso de metais
integrantes das baterias, obtidos por meio da exploração da cadeia
mineral por meio de extrativismo, e o descarte das baterias. O
mecanismo de sustentabilidade pode ser verificado na geração de
cada luminária que disponibiliza ao sistema a quantidade de energia
ao longo do dia superior ao seu consumo no horário noturno,
havendo desta maneira um efeito mitigador da energia requerida
para a iluminação.
A-30
Programa de Desenvolvimento Sustentável Floresta
Modelo de Caxiuanã
Maria das Graças Ferraz Bezerra
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)/ Museu
Paraense Emílio Goeldi
Belém, PA
O Programa Floresta Modelo de Caxiuanã, propõe o fortalecimento
da consciência ambiental das populações envolvidas, por meio da
inserção da educação ambiental nas escolas, construindo assim um
processo pedagógico participativo, que promova a formação de
educandos cidadãos, desenvolvendo valores éticos, tornando os
professores e os alunos agentes multiplicadores da temática sócioambiental reconhecendo-os como elemento fundamentais do
processo de desenvolvimento local.
O Programa vem se desenvolvendo com a construção de sólidas
parcerias entre instituições governamentais, não governamentais,
uma ONG, prefeituras e algumas vezes com o apoio da iniciativa
privada.
Ao agregar o Barco da Leitura Guilherme de La Penha, ganha
dinâmica e alcança o aluno em sua comunidade, tornando-se parte
do cotidiano dos alunos e professores e também dos moradores da
Flona Caxiuanã.
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A-31
Agroecologia, Sabores e Saberes no Baixo Rio Negro
Mariana Semeghini
Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ)
Manaus, AM
O Baixo Rio Negro apresenta ricas biodiversidade e sociodiversidade
inseridas em um mosaico de áreas protegidas, onde as comunidades
desenvolveram todo um saber-fazer no uso e manejo da
biodiversidade. Apesar de toda esta riqueza, os produtos da
sociobiodiversidade da região (frutas, fibras, cipós, artesanatos,
doces, farinha de mandioca, etc), vêm perdendo espaço,
principalmente por não conseguir promover melhoria efetiva na
renda, refletindo na qualidade de vida das pessoas. Os principais
fatores que contribuem para esse cenário estão relacionados à
dificuldade de escoamento e inserção destes produtos no mercado
por meio de canais diretos de comercialização e e que atribuam um
preço justo.
Em contrapartida, nas últimas décadas o Baixo Rio Negro tem se
consolidado cada vez mais pela exploração madeireira para
construção civil e produção de espetos para churrasco, devido à
demanda de um centro urbano como Manaus. A especialização
produtiva provoca a migração para o meio urbano e o abandono da
agricultura e das práticas tradicionais de manejo, o que contribui
para a insegurança alimentar e para a erosão da diversidade
agrícola.
Este projeto atuará com as comunidades localizadas na margem
esquerda do Rio Negro, em articulação com parceiros e políticas
públicas, na implementação de ações voltadas à consolidação de
sistemas produtivos agroecológicos, ao fortalecimento das
organizações locais, ao aprimoramento nos sistemas produtivos de
plantio e beneficiamento dos produtos, como produção de doces e
farinha, e comercialização, tendo em vista a geração de renda,
soberania alimentar e identidade territorial.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A metodologia é participativa e pautada na valorização do saberfazer e agrobiodiversidade locais, e no diálogo de conhecimentos.
Envolve oficinas de capacitação, assessoria e trocas de experiência
em associativismo, agroecologia e boas práticas de produção; apoio
à divulgação dos produtos e à comercialização em feiras, programas
institucionais (PAA e PNAE) e outros mercados.
A-32
Alternativas para a propagação da castanha-dobrasil
Nádia Verçosa de Medeiros Rapôso; Yilan Fung Boix; Albys
Ferre Dubois
Centro Nacional de Eletromagnetismo Aplicado
Santiago de Cuba, AM
A castanha-do-Brasil (Bertollethia excelsa H.B.K.) é uma espécie de
grande importância econômica e ecológica. São árvores imensas, de
destaque na flora da Amazônia, além de produzir frutos com grande
potencial para a exportação.
Através de técnicas in vitro, seu ciclo produtivo pode ser acelerado, a
produção de mudas de qualidade genética e fitossanitária pode ser
implementada. São apresentadas aqui as principais características
da espécie e a aplicação da Biotecnologia, apesar de ainda
incipiente, para a viabilizar a produção de mudas desta espécie em
larga escala.
A espécie Bertholletia excelsa pertence à família Lecythidaceae e é
conhecida popularmente como castanha-do-Brasil. Nativa da
Amazônia, distribui-se por quase toda a região, e parte da Bolívia,
Peru, Colômbia, Venezuela e Guianas. Seu hábitat natural é a mata
virgem de terra firme.
As sementes da castanha-do-Brasil possuem uma amêndoa que
serve, principalmente, para fins alimentícios, devido ao seu alto valor
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energético. A principal forma de consumo é in natura, ou como
ingrediente em muitos pratos culinários. Misturando-se castanha
ralada com água, obtém-se um leite branco, utilizado na culinária e
para o tratamento da pele. As amêndoas fornecem ainda óleos para
utilização na culinária, como combustível para iluminação e na
saboaria fina; os resíduos da castanha obtidos pela extração do óleo
podem ser utilizados para se fazer farinha para alimentação humana
ou ração para animais. Os índios e caboclos utilizam o tronco para
construção de barcos e canoas, e em alguns casos podem ser
empregados na construção civil. O fruto, quase esférico e lenhoso, é
utilizado no artesanato regional.
Pelo fato de possuir grande quantidade de aminoácidos, a castanhado-Brasil é considerada como carne vegetal por muitos autores, que
em alguns casos afirmam que o valor protéico de duas castanhas
corresponde ao de um ovo. A principal proteína encontrada é a
excelsina. A amêndoa corresponde a aproximadamente 50% do
peso do fruto. Possui alto teor de tiamina (vitamina B1) e pequenas
taxas das vitaminas A, D e E. A composições de sais mostra elevados
teores de cálcio e fósforo.
A propagação pode ser feita por sementes, após a quebra de
dormência, ou por enxertia. O espaçamento mínimo em cultura
solteira é de 10 x 10 m, adotando-se a marcação em triângulo
equilátero. Em consórcio com culturas perenes, recomenda-se o
espaçamento de 10 x 25 m ou 15 x 25 m. Na Embrapa Rondônia
estão sendo desenvolvidos estudos referentes à utilização da
castanha-do-Brasil na composição de sistemas agroflorestais, nos
quais esta apresenta-se consorciada com a pupunheira e outras
espécies. As mudas são levadas ao campo quando atingem 20 a
40 cm de altura e apresentam em torno de 16 folhas. As plantas
enxertadas iniciam a produção com 3,5 anos após a enxertia e as
provenientes de sementes, no oitavo ano. A produtividade em
castanhais nativos, com mais de 50 anos, varia de 16 a 55 litros/ha,
enquanto nos enxertados pode alcançar cerca de 300 litros/ha aos
seis anos.
Alguns métodos da Biotecnologia têm sido utilizados para a
propagação in vitro da castanha-do-Brasil. A cultura de embriões
imaturos é o método mais simples, mas depende da disponibilidade
de sementes viáveis. A indução de brotações em meristemas tem a
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PROPOSTAS APRESENTADAS
vantagem de não depender de eventos reprodutivos sexuados, mas
o isolamento e o estabelecimento de meristemas geralmente
tornam o método mais complexo e delicado do que a cultura de
embriões. Outro método utilizado é a indução de calos, visando a
morfogênese ou a embriogênese somática.
A regeneração de plantas a partir da cultura de embriões imaturos
tem sido empregada com sucesso. Os embriões são isolados,
assepticamente, quatro a seis meses após a polinização, ocasião em
que se apresenta com tamanho equivalente a um grão de arroz,
imerso em substância endospermática líquida. Os embriões são,
então, inoculados em meio MS, suplementado com ácido
naftalenoacético (ANA), a 1,0 mg/L, benzilaminopurina (BAP), a
1,0 mg/L, NaH2PO4 a 0,17 g/L, carvão ativado a 2,0 g/L e ágar a
7,0 g/L. A regeneração de plantas ocorre 20 a 30 dias após a
inoculação.
Para a indução de brotações em meristemas e formação de calos,
utiliza-se o meio WPM. Para indução de brotações, o meio é
suplementado com 2,68 µM de ANA e 11,10 µM de BAP. Para a
indução de calos, as combinações de reguladores de crescimento
mais utilizadas são: 4,52 µM de ácido 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D)
e 2,32 µM de cinetina (CIN) ou 2,85 µM de ácido indolacético (AIA) e
6,66 µM de BAP. Através da cultura de calos, pode-se obter taxas de
multiplicação muito altas em relação aos outros métodos. A partir
de células não organizadas do calo, surgem gemas adventícias que
crescem e se desenvolvem em novas partes aéreas. As
multiplicações sucessivas podem dar-se pela subdivisão do calo e
manutenção de um sistema adventício ou alternando-se o processo
para a proliferação axilar. Seja qual for a maneira, as partes aéreas
produzidas são individualizadas, enraizadas e transplantadas.
As técnicas descritas demonstram o potencial da biotecnologia para
a propagação desta espécie. Porém, os protocolos de cultivo in vitro
de B. excelsa atualmente disponíveis podem ser aperfeiçoados,
permitindo sua inserção em programas de melhoramento, com a
redução do ciclo produtivo, clonagem de material genético
selecionado e produção de mudas com alta qualidade fitossanitária.
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A-33
Desenvolvimento de Equipamento para Manuseio de
Peixe na Reprodução Artificial
Ozely de Souza Oliveira; Viviane Fernandes Oliveira
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Manaus, AM
O potencial do Brasil e da Amazônia para o desenvolvimento da
aquicultura piscicultura é imenso, constituído por 8.400 km de costa
marítima, 5.500.000 hectares de reservatórios de agua doces,
aproximadamente 12% da água doce disponível no planeta, clima
extremamente favorável para o crescimento dos organismos
cultivados, terras disponíveis e ainda relativamente baratas na maior
parte do país, mão de obra abundante e crescente demanda por
pescado no mercado interno.
A Amazônia com uma vasta quantidade de águas doce em seus
interiores poderá contribuir para o abastecimento de pescado da
população brasileira, mais existem alguns gargalos no que se refere
ao manuseio do peixe quanto à matriz para a indução a reprodução
artificial de peixe como tambaqui (Colossoma Macropomum) e
Matrinchã (brycon amazonicum) e outros em viveiro na região. Entre
estes gargalos apresenta-se o método que há muito tempo vem
sendo feito da mesma forma, ou seja, manualmente, precisando da
força humana para efetuar processos de aplicação de hipófise,
sutura, coleta de ova, extrusão (anexo 2). O projeto possibilitará
estabelecer sistema tecnológico que reduzira as perdas na
reprodução artificial de peixes.
O projeto tem o objetivo de desenvolver um equipamento (anexo 1)
que venha facilitar os aquicultores no manuseio com a matriz na
indução à reprodução artificial de peixe, a fim de se evitar o debate e
estresse do peixe durante o processo. Atualmente o manuseio com
as matrizes para efetuar reprodução artificial, é feito com o auxílio
de uma maca de pano (anexo 4) ou manualmente havendo a
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PROPOSTAS APRESENTADAS
necessidade de três pessoas (anexo 5) para segurar o peixe durante
o procedimento. Este processo é ineficiente e são relatadas muito
estresse ao peixe. Os desafios construtivos do equipamento
demandam por conhecimentos designe mecânico construtivo.
Neste sentido o pesquisador proponente atende a estes requisitos.
O desenvolvimento do projeto se dará em uma instituição de
pesquisa do Estado do Amazonas e contemplará os passos
necessários para o desenvolvimento do equipamento. Na primeira
etapa do projeto será feito os testes de nível de pressão, controle de
segurança. Na segunda etapa do projeto este equipamento será
testado pela equipe de suporte técnico em escala menor, quando
será disponibilizado para Secretaria de Produção Rural para
realização de testes em escala real. No final do projeto será feito um
pedido de proteção intelectual do produto gerado na pesquisa.
A-34
Os Efeitos do Fogo no Balanço de Carbono, Energia e
Água em uma Área Ecotonal entre o Cerrado e a
Amazônia
Paulo Monteiro Brando
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)
Canarana, MT
Incêndios florestais rasterios são uma das principais causas do
empobrecimento das florestas da Amazônia (Cochrane et al., 1999;
Nepstad et al., 2001). Em anos de seca, áreas de até 39.000 km2 de
florestas podem queimar como, por exemplo, durante o ciclo
climático El Nino (Enso) de 1997/1998 (Alencar et al., 2006). Visto que
diversos modelos climáticos prevêem um clima futuro mais seco e
quente na Amazônia (Cox et al., 2000; Cramer et al., 2001), incêndios
florestais poderão exercer ainda maior influência na dinâmica da
florestas da região Amazônica nas próximas décadas (Nepstad et al.,
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2008), principalmente em estados situados no arco do
desmatamento (Soares-Filho et al., 2006), onde a agricultura atua
como uma importante fonte de ignição ao fogo (Silvestrini et al.
2011). Assim, em um cenário extremo de mudanças climáticas,
incêndios florestais poderão alterar substancialmente o balanço de
carbono, energia e água de florestas da Amazônia (Nepstad et al.,
2008). Uma vez que fogos rasteiros aumentam a probabilidade de
incêndios subsequentes de intensidades muito superiores (Brando
et al., 2008; Cochrane et al., 1999), incêndios florestais podem se
tornar o principal fator de degradação florestal nos trópicos.
O principal impacto ecológico de incêndios florestais rasteiros é a
mortalidade de árvores (Barlow e Peres, 2008; Pinard e Huffman,
1997; Pinard e Putz, 1994). Este processo, por sua vez, altera
características importantes de ecossistemas terrestres (Cochrane,
2003). Por exemplo, alguns estudos sugerem que florestas
queimadas se tornam fontes de carbono à atmosfera (Barlow and
Peres 2004); a combustão de serapilheira e a decomposição de
árvores mortas transferem grandes quantidades de CO2 à atmosfera.
Em uma floresta de transição do Mato Grosso, cerca de 61 MgC ha-1
foram cometidos à atmosfera após a passagem de três incêndios
consecutivos (Balch et al. 2008). No entanto, a recuperação de
florestas queimadas pode assimilar parte do carbono emitido pelo
fogo, apesar de estimativas sobre esse processo não existirem para
florestas tropicais. Além de potenciais perdas na capacidade de
armazenar carbono, a alta mortalidade de árvores em áreas
queimadas reduzem a cobertura vegetal da floresta (Balch et al.
2008), desta maneira alterando o seu balanço de energia; quanto
menor a quantidade de material fotossintetivamente ativo, menor o
calor latente e maior o calor sensível de uma floresta (Foley et al.,
2007). Assim, florestas queimadas tendem a ser mais quentes e com
menor capacidade de ciclar água e carbono, com importantes
consequências ao clima local e regional.
Infelizmente, a comunidade científica pouco conhece os impactos
causados pelo fogo na vegetação da Amazônia, apesar de previsões
sugerirem que incêndios florestais se tornarão mais frequentes e
mais intensos no futuro (Golding e Betts, 2008; Malhi et al., 2008).
Esta falta de conhecimento se dá porque raramente é possível
prever onde e quando incêndios ocorrerão, inviabilizando a
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PROPOSTAS APRESENTADAS
quantificação dos seus efeitos à estrutura e dinamica de florestas.
Uma maneira de lidar com este problema é a realização de
queimadas experimentais, nas quais o local e a data das queimadas
são conhecidos, o que possibilita a medição dos parametros
necessários para se avaliar os potenciais efeitos do fogo.
E é exatamente isto o que estamos realizando na fazenda Tanguro,
Mato Grosso. Para melhorarmos ainda mais as estimativas dos
efeitos do fogo na dinâmica de florestais tropicais, além de
medições de mortalidade de árvores e da produtividade florestal,
serão instaladas duas torres de fluxo de CO2 em uma área de 150 ha,
parte de um experimento em larga escala localizado no Mato
Grosso. Uma dessas torres será instalada na área controle do
experimento, que nunca foi queimada; a outra torre será instalada
em uma área de 50 ha afetada por fogos experimentais recorrentes.
Assim, esse conjunto de medições nos possibilitará a avalização dos
efeitos do fogo no balanço de carbono, de água e de energia de
uma floresta de transição.
A-35
Paulo R. S. Moutinho
Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)
Brasília, DF
Paulo Moutinho é o diretor executivo do Ipam, e sob sua gerência, o
Instituto desenvolve diversos projetos na região Amazônica e
produz conhecimento científico. O Resumo do Relatório de
Atividades do Ipam destaca os projetos e publicações em destaque
da Instituição no ano de 2011.
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A-36
Ferramentas analíticas para contabilizar benefícios
de carbono em áreas protegidas na Amazônia
Philip Martin Fearnside
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Manaus, AM
Na mitigação do efeito estufa, os sistemas atuais usados para
calcular os benefícios de carbono são fortemente enviesados contra
áreas protegidas, e especialmente áreas protegidas em locais longe
da atual fronteira de desmatamento. Ao invés disso, os fundos dos
mercados internacionais de carbono que poderiam ser aplicados no
Estado de Amazonas, por sua política de redução de emissões
oriundas do desmatamento, são dirigidos para outras opções de
mitigação, tais como os biocombustíveis. Com relação ao setor
florestal, o crédito baseado em “adicionalidade” dá alto valor em
evitar o desmatamento em locais onde este processo foi rápido no
passado recente, como no Arco de Desmatamento, mas uma reserva
fora desta área recebe pouco ou nada de crédito. Dentro deste
paradigma, o “vazamento” remove a maior parte do crédito que
poderia ser ganho por meio da criação de reservas. Este é o efeito
que criar uma área protegida causa fora da própria reserva. Por
exemplo, as pessoas residentes na reserva podem se deslocar desta
para outros locais na área circunvizinha, ou as pessoas que vêm de
outros lugares, que teriam se instalado na área convertida em
reserva, podem resolver se estabelecer em outro lugar na região e
derrubar o mesmo tanto de floresta. O valor atribuído ao tempo
afeta os valores atribuídos tanto ao benefício da reserva na redução
do desmatamento como ao impacto causado pelo vazamento. Estes
valores também dependem do cenário para ocupação e para o
desmatamento na área, ou seja, a “linha de base” (“baseline”) no
jargão de Kyoto.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A abordagem mais desejável seria aquela baseada em estoques, em
lugar de fluxos, de carbono, como proposto por este autor no
projeto que ganhou o Prêmio Benchimol na categoria ambiental em
2007: Valoração do estoque de serviços ambientais como estratégia
de desenvolvimento no Estado do Amazonas. Pretende-se continuar
o trabalho de coleta de dados pertinente à abordagem baseada em
estoques, mas muitos destes dados também podem ser usados nas
abordagens baseadas em fluxos propostas aqui. Durante os últimos
anos, este autor participou em várias iniciativas para definir métodos
para contabilidade de carbono, inclusive o grupo de
aconselhamento sobre metodologia da Iniciativa Amazonas (do
governo estadual do Amazonas), o Documento de Concepção de
Projeto (PCD) da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio
Juma, a “metodologia de fronteira” para contabilidade de carbono
pelo Fundo Protótipo de Carbono (PCF) do Banco Mundial, e a
metodologia dos Padrões Voluntários de Carbono (VCS), assim como
também debates ainda em andamento sobre as regras a serem
adotadas para o sucessor do Protocolo de Kyoto referente a 2013 em
diante. Com a exceção de parte da Iniciativa Amazonas, ficou claro
ao partir destas experiências que é provável que a metodologia
predominante de contabilidade de carbono estará baseada em
fluxos, em vez de estoques, no futuro previsível. Portanto, é
importante ter um “Plano B” como alternativa à abordagem baseada
em estoques que seria o ideal para lugares como o Estado do
Amazonas. Este “Plano B” é uma série de alterações à abordagem
baseada em fluxos, assim criando o arcabouço proposto aqui. Este
arcabouço visa um cálculo baseado em um horizonte de tempo de
100 anos com a inclusão de uma taxa de desconto maior que zero
sobre os fluxos de carbono entre a floresta e a atmosfera ao longo
deste tempo. A modelagem do vazamento, usando o modelo
AGROECO desenvolvido no laboratório do autor, refelete estes
benefícios por meio da geração de uma “linha de base” sem reservas
que possa ser comparada com as emissões de gases reais que
ocorrem ao longo do tempo, assim como também possibilitando
previsões dessas emissões para discussão de diferentes estratégias
antes da tomada das decisões.
A proposta atual é diferente da valoração com base em estoques de
serviços, pois visa uma adaptação mais provável de avançar
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políticamente no âmbito das negociações em curso, em diferentes
níveis, adaptando o paradigma predominante de valorar mudanças
nos fluxos de carbono (i.e., a “adicionalidade”), acrescentando os
efeitos do valor do tempo e cálculos do efeito de vazamento ao
longo de um horizonte de tempo de 100 anos, para oferecer um
arcabouço que viabiliza a remuneração dos serviços ambientais das
áreas protegidas no Estado do Amazonas. A combinação da
modelagem de desmatamento com e sem áreas protegidas, a
interpretação do “vazamento” (efeitos provocados fora da área
geográfica do projeto de mitigação), e a colocação do valor do
tempo na análise, ofereçe um arcabouço em potencial para valor
adequadamente as áreas protegidas, possibilitando a captura de
recursos financeiros a partir dos serviços ambientais para servir
como uma base alternativa de suporte para a população rural
tradicional.
A-37
Projeto para Difusão de Tecnologias para o
Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Através do
uso Múltiplo do Reservatório da UHE Samuel,
Buscando o Equilíbrio entre as Variáveis Econômicas,
Sociais, Ambientais e a Produção de Energia
Hidroelétrica na Amazônia
Raimundo Nonato Lemos da Silva
Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte)
Porto Velho, RO
Pretende viabilizar a introdução de uma floresta de várzea com
espécies frutíferas às margens do reservatório da UHE Samuel, ilhas
e áreas baixas; minimizar os impactos ambientais com a
transformação do ambiente lótico em lêntico (rio em lago artificial)
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PROPOSTAS APRESENTADAS
com a criação dos igapós; minimizar o desequilíbrio ecológico
causado a ictiofauna do reservatório, a montante da UHE Samuel,
através da oferta de abrigo e alimento para os peixes onívoros e
frutíferos; e viabilizar a manutenção do cardume pesqueiro, que
gera renda e a oferta de alimentos proteicos para as populações
ribeirinhas, com a introdução de espécies já ou quase extintas,
como pirarucu, surubim, caparari, tambaqui e outras; diagnosticar a
modificação na estrutura das comunidades ictiofaunística
residentes da bacia do rio Jamari, principalmente as espécies
reofílicas; implantar uma floresta com espécies frutíferas de várzea,
alternativa para manter as APP´s conservadas, pois estas matas
ciliares protegem o solo contra a erosão; contribuir na manutenção
das matas ciliares, que são abrigos dos animais silvestres,
principalmente, no trecho entre os municípios de Candeias do
Jamari, Itapoã do Oeste, Alto Paraíso e Ariquemes, que são os únicos
esconderijos para as espécies, antas e veados capoeiros, já em
processo avançado de extinção; apaziguar os costumes das
comunidades ribeirinhas que vivem exclusivamente da pesca;
contribuir para a manutenção do cardume pesqueiro, recurso que é
um dos principais produtos para a sustentabilidade dos municípios
de Porto Velho e Candeias do Jamari, Itapoá do Oeste, Alto Paraíso e
Ariquemes; contribuir para evitar conflitos sociais constantes, entre
as comunidades ribeirinhas que vivem exclusivamente da pesca e
os órgãos ambientais; e mudar o modelo de pensar e de gerar o
negócio na produção de energia elétrica, através da utilização dos
recursos hídricos com a conservação dos ecossistemas amazônicos.
A-38
Espécies Exóticas Invasoras na Amazônia:
conhecer a problemática para propor soluções
Ricardo Adaime; Adilson Lima; Ezequiel de Deus;
Lailson Lemos
Embrapa Amapá
Macapá, AP
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As Espécies Exóticas Invasoras (EEI) representam uma das principais
ameaças à biodiversidade brasileira, à sanidade vegetal e animal e à
saúde humana. O presente projeto tem o objetivo de promover a
sensibilização dos diferentes segmentos da sociedade acerca dos
impactos das EEI nos contextos ambiental e econômico.
Os benefícios esperados após a implantação da proposta estão
atrelados, especialmente, às questões ambientais. Prevenir a
introdução e disseminação de espécies exóticas invasoras na
Amazônia significa promover a manutenção da diversidade
biológica da região e do país, evitando a redução da população de
espécies nativas e minimizando os riscos de ocorrer extinção de
espécies. Adicionalmente, espera-se minimizar prejuízos
econômicos e reduzir os riscos associados à saúde humana. Esperase dar visibilidade e relevância ao tema Espécies Exóticas Invasoras,
garantindo que todos os setores da sociedade possam compreender
a importância de sua participação no sentido de minimizar os riscos
de introdução desses organismos no país, tendo em vista os danos
ambientais e prejuízos econômicos que podem causar.
A-39
Ecotoxicologia na Amazônia: ferramenta para
políticas públicas de proteção ambiental as espécies
ornamentais
Rodrigo Yudi Fujimoto
Embrapa
Aracaju, SE
O projeto tem como objetivo realizar o estudo ecotoxicológico de
diferentes xenobioticos para determinação da concentração letal
50% e a avaliação da toxicidade sobre organismos alvo, a fim de
fornecer subsídios para formulação de políticas publicas especificas
para a região Amazônica, considerando seus aspectos específicos
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PROPOSTAS APRESENTADAS
assim como a ação destes tóxicos na fauna de peixes local. Para tanto
serão realizados diversos testes de toxicidade aguda com os
xenobioticos: cloro, glifosato (herbicida), óleo diesel queimado e
manipueira (resíduo do processamento da mandioca brava)
agressores ambientais mais comuns nas regiões mais afastadas dos
grandes centros urbanos da Amazônia. Serão utilizados testes de
toxicidade água em sistema estatístico durante 96 horas com 6
concentrações de cada produto. Posteriormente serão realizados
avaliações comportamentais, morfológicas dos peixes e histológicas
dos principais órgãos como pele, brânquias, fígado e rim. Após
obtenção destes dados determinar-se-á as concentrações letais 50%
e seus efeitos nos peixes da região e a formulação de um relatório
sobre os riscos destes produtos alcançarem os corpos de água e a
formulação de cartilhas e materiais didáticos para conscientização
das populações que vivem próximos aos córregos e mananciais de
nossa região a fim de orienta-las para a melhor realização de praticas
corriqueiras como lavar roupa e automóveis, alem de cuidar do
roçado e processar a colheita.
A-40
AVALIAÇÃO ECONÔMICA DOS SERVIÇOS AMBIENTAIS DA BACIA
DO RIO ACRE
Rubicleis Gomes da Silva
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Rio Branco, AC
A Bacia do Rio Acre diponibiliza para as atividades econômicas uns
dos principais fatores de produção (água), e além disto, disponibiliza
para a sociedade um elemento indispensável para a vida humana.
Em função desta características, torna-se relevantes identificar qual
o valor dos serviços ambientais fornecidos por esta bacia e qual a
percepção que a sociedade possui sobre seus serviços, bem como,
quais suas preocupações com este recurso hídrico. De forma geral,
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esta pesquisa busca diagnosticar e analisar a percepção que os
usuários dos serviços ambientais da Bacia do Rio Acre possuem
sobre as externalidades Para realização desta pesquisa será utilizado
como referencial teórico as teorias de externalidade e bens públicos
em relação ao referencial analítico será utilizados o modelo logit.
Os resultados indicaram que os serviços ambientais são avaliados
em 87,50 milhões e meio de Reais e que a educação é uma variável
que impacta de forma acentuada sobre a disposição a pagar pela
manutenção e conservação das externalidades positivas
ocasionadas pela bacia.
A-41
SABÃO ECOLÓGICO: Reciclagem de Óleo de Cozinha na
Comunidade
Silvia Luciane Basso
Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac)
Rio Branco, AC
O projeto propõe implantar um núcleo de reciclagem do óleo de
cozinha envolvendo comunidades e escolas na realização de
campanha informativa, a coleta seletiva e a destinação adequada de
óleo usado de fritura através da reciclagem do óleo e óleos vegetais
para a produção de sabão, incentivando a geração de pequenos
negócios na produção do sabão ecológico para atender ao comércio
local.
O óleo de cozinha que é um dos principais poluentes dos cursos de
água superficiais, que despejado no esgoto cada litro de óleo tem
potencial para poluir cerca de um milhão de litros de água, o que
equivale à quantidade que uma pessoa consome ao longo de 14
anos de vida. Se for para a rede de esgoto, o óleo também encarece
o tratamento da água em 45%. O mais preocupante é que o descarte
inadequado está relacionado à falta de informação da população,
assim também como a falta da coleta seletiva e destinação para a
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PROPOSTAS APRESENTADAS
sua reciclagem e reaproveitamento. Em lagos ou rios, esta
substância prejudica a oxigenação, matando plantas e peixes.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos
Integrados sobre o Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a decomposição do
óleo de cozinha usado também emite na atmosfera metano, um dos
principais gases causadores do efeito estufa, responsável pelo
aquecimento global.
O conceito de economia verde através do qual as atividades
empresariais, como indústria, comércio e construção civil, deixam de
ser vistas como meras causadoras de danos ambientais e passam a
ser reconhecidas como parte da solução se encaixa em um dos
pilares de sustentação.
No Estado do Acre com a implantação do Shopping Via Verde, o
Governo iniciou uma parceria através da Funtac e SEPN, a fim de dar
um destino sustentável ao óleo descartado pelos restaurantes e fast
foods, que atualmente chega aproximadamente a 500 litros por
mês.
Visando cumprir a meta de transferência de tecnologia e difusão de
conhecimentos, associando com a importante necessidade de dar
destino ao óleo de cozinha, minimizando os impactos ao ambiente e
visando gerar renda para comunidades envolvidas a Funtac Fundação de Tecnologia do Estado do Acre e a SEPN, promovem
atualmente uma parceria no Projeto de Reciclagem do Óleo de
Cozinha para Produção de Sabão Ecológico em 2012 para 13
comunidades em Rio Branco e municípios vizinhos.
Com a divulgação das ações desenvolvidas pelo projeto, outras
escolas e comunidades organizadas em associações e cooperativas
passaram a solicitar a realização de oficinas de produção de sabão
com óleo de cozinha. Assim buscando atender a demanda este
projeto foi elaborado para visando desenvolver um piloto com toda
a cadeia produtiva para a produção do sabão de óleo de cozinha
desde a articulação comunitária com o envolvimento de populares e
membros das escolas com educação ambiental e também com o
incentivo à comunidade para produzir para seu próprio consumo e
caso haja interesse regularizar um pequeno negócio, através da
instalação de um Núcleo de Reciclgem que proverá todos os
protocolos necessários para a regularização do produto.
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Por ser uma ação em cadeia onde existem as responsabilidades de
instituições ligadas ao governo, a Funtac busca a parceria com os
seguintes órgãos: Depasa (Departamento de Pavimentação
Saneamento), SEPN (Secretaria Estadual de Pequenos Negócios), a
SEE (Secretaria Estadual de Educação, Prefeitura de Rio Branco),
Semsur e Sesacre (Secretaria Estadual de Saúde), que cumprem as
respectivas funções: campanha informativa sobre os prejuízos do
óleo no ambiente; apoio na organização de pequenos negócios;
articulação na escola; apoio na coleta seletiva; a regularização junto
a vigilância sanitária e a Anvisa e a Funtac cabe a participação como
coordenação e responsabilidade técnica para realizar as oficinas de
capacitação para produção do sabão, bem como disponibilizar o
espaço para construção do Núcleo.
Este projeto deverá contribuir para o aumento da conscientização
da população e a diminuição dos impactos ambientais negativos
causados pelo óleo de cozinha descartado, além da promoção de
ações de capacitação da comunidade na confecção de produtos de
limpeza e também para a criação de pequenos negócios para
geração de renda a partir de produção comercial do Sabão
Ecológico.
Esta iniciativa tem como premissa de que qualquer quantidade de
óleo reciclada representa um ganho para o meio ambiente, já que
pesquisas apontam que apenas um litro de óleo de cozinha é capaz
de poluir cerca de 20 mil litros de água.
A-42
AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DAS ÁREAS
DEGRADADAS PELA ATIVIDADE DE MINERAÇÃO NO GARIMPO
ELDORADO DO JUMA, MUNICÍPIO DE NOVO ARIPUANÃ (AM)
Vanderson da Silva Ribeiro
Novo Aripuanã, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Um dos assuntos que desperta grande interesse em todo mundo
atualmente é sem dúvida, o meio ambiente e, é uma das
preocupações centrais de todas as nações. Em 2006 foi descoberto
no município de Novo Aripuanã, o maior garimpo de terra firme do
Estado do Amazonas chamado de Garimpo Eldorado do Juma, com
grande imigração de pessoas vinda de vários lugares em busca de
riqueza, o ouro começou a ser explorado desordenadamente,
causando a retirada da cobertura vegetal e assoreamento dos
igarapés, hoje o garimpo está incluído no Programa de Recuperação
de Áreas Degradadas (PRAD) com Licença de Operação-L. O. N° 051/
de 26 de janeiro de 2011, e com a Permissão de Lavra Garimpeira PLG. N° O1/ de 15 de fevereiro de 2011 expedido pelo Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O estudo desse trabalho possibilita as informações que auxiliam na
caracterização dos efeitos negativos causados ao meio ambiente e
promover ações necessárias para a recuperação, manejo e
conservação das áreas degradadas pela atividade do Garimpo
Eldorado do Juma.
A-43
Projeto ACeAm + Sustentável
Ismael Alexandre Soares Ribeiro
Cursolivres
Manaus, AM
A sustentabilidade ambiental e o crescimento econômico geram um
paradoxo que precisa ser superado, com o objetivo de garantir a
proteção dos recursos naturais e assegurando uma sociedade
sustentável e desenvolvida.
Embora o problema de poluição seja antigo, existindo desde os
séculos XVIII e XIX, eram pontuais e vistos como perturbação
secundária que tendia a ser controlada com investimentos em
contenção e recuperação. No entanto, no final da década de 60, a
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poluição e a degradação ambiental atingiram níveis elevados,
ameaçando a capacidade de assimilação do meio ambiente e
fazendo surgir assim os primeiros indícios de perturbações globais
provocadas pela poluição.
Atualmente, com a globalização e o surgimento de uma sociedade
altamente consumista, sérios problemas marcam a atual forma de
vida, como a realização do uso de energia, esgotamento dos
recursos naturais, falta de saneamento básico, aquecimento global,
mudanças climáticas, entre outros.
O desafio, portanto, é termos uma sociedade consciente, que
repense seus hábitos, recusando produtos que agridam nosso meio
ambiente, reduzindo o consumo desnecessário e reutilizando o que
antes poderia ser descartado.
A-44
ELABORAÇÃO DE PROJETO PARA A COMPENSAÇÃO AMBIENTAL
PARA A RESERVA EXTRATIVISTA DE JACI PARANÁ, EM PORTO
VELHO
Ivaneide Bandeira Cardozo
Kanindé Associação de Defesa Etnoambiental
Porto Velho, RO
Esta proposta atendendo a solicitação do Movimento Extrativista,
através da Associação dos Seringueiros e Ribeirinhos da Reserva
Extrativista de Jaci Paraná (Bentivi). Tal fato deve-se em virtude da
Associação Bentivi não estar momentaneamente habilitada para
desenvolver as atividades previstas neste projeto
A proposta tem por objetivo a elaboração de um projeto para a
compensação ambiental para a Reserva Extrativista de Jaci Paraná,
no município de Porto Velho, Rondônia, através de metodologias
participativas.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Desta forma pretendemos levantar informações básicas na área
social, econômica e ambiental. para apresentar um projeto para
entidades governamentais e não governamentais e, principalmente
para as empresas / consórcios que estão construindo as duas
hidroelétricas no rio Madeira, em Porto Velho.
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4.2 Categoria Econômica e Tecnológica
ET-01
DESCARTE CORRETO: Transformando lixo tecnológico
em matéria-prima, empregos, capacitação e educação
socioambiental
Alessandro Dinelli
Descarte Correto Serviço Ambiental
Manaus, AM
É uma empresa social especializada na gestão de resíduos
tecnológicos e com inovador processo que vem ao encontro às
alternativas avançadas do segundo e terceiro setor para a coleta,
reciclagem e destinação correta do lixo tecnológico, devidamente
registrada e licenciada pelo Ipaam sob LO n° 160/12 e no Ibama
certificado de regularidade sob n° 5513150.
Pioneiro na Amazônia, desenvolvemos o conceito descarte correto
mobilizando pessoas, comunidades, empresas e governos,
promovendo atividades como: palestras, eventos públicos e
comunitários, gincanas, fóruns e seminários. Também através de
parcerias com empresas, entidades e negócios sociais, implantamos
através de convênios pontos de coleta.
Nosso processo e serviços de manufatura reversa, separação de
todos os componentes, dando destinação correta aos reutilizados e
não-reutilizados, encaminhamos para empresas recicladoras que
trabalham especificamente com cada um deles.
Localizada na Amazônia (em Manaus) e cientes de que devemos dar
nossa contribuição para desenvolvimento sustentável da nossa
região, desenvolvemos programas de Responsabilidade
socioambiental focados em três pilares: econômico – social –
ambiental.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ET-02
Tecnologias regionalizadas para a potabilização das
águas brancas e pretas da Região Amazônica
Alex Fabiano Ribeiro de Magalhães
Autônomo
Brasília, DF
O Projeto pretende disseminar todo o conhecimento gerado
durante os mais de cinco anos de trabalho voltados para o
desenvolvimento da pesquisa que gerou as tecnologias; trazer à luz
das discussões o uso destas tecnologias em benefício da população,
com a disponibilização de água potável para uso doméstico,
comercial e industrial; proporcionar capacitação para que
profissionais da área de engenharia, a partir do conhecimento
adquirido, possam elaborar projetos, implantar, operar e dar
manutenção a estações de tratamento de água para atendimento à
população amazônica, com a consequente redução do déficit do
abastecimento de água potável na região; gerar emprego e renda
no interior da Amazônia, a partir da instalação de equipes de
projetos, de construção, de operação e de manutenção de estações
de tratamento de água; e redução dos problemas de saúde e
melhoria das qualidade de vida da população, que passarão a ser
atendidas por sistemas de abastecimento de água, utilizando a
tecnologia disseminada por este projeto.
De maneira indireta, o projeto também vai: beneficiar todas as
populações que vivem às margens dos rios de águas brancas e
pretas, o que representa a maior parte da população amazônica;
disponibilizar uma alternativa para prover a população com água
potável, que, além de significativas melhorias diretas na qualidade
de vida, também contribuirá para o desenvolvimento regional
sustentável de toda a Amazônia, a partir não só do aparecimento de
novas cadeias produtivas locais e/ou regionais (de elaboração de
projetos, de construção e de operação de estações de tratamento
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de água), mas também a agregação de valor aos produtos oriundos
das comunidades por ela atendidas, a partir de seu manuseio,
processamento e/ou produção com água potável, potencializando a
geração de emprego e renda nos municípios amazônicos.
A disponibilização de água potável também é uma condição
primordial para a crescente ampliação da rede de turismo
sustentável na Amazônia; e agregar de valor aos produtos que
passarão se ser manuseados, beneficiados e/ou produzidos com
água potável.
ET-03
TECNOLOGIA DE PRODUÇÃO EM CULTIVO HIDROPÔNICO EM
BOA VISTA (RR)
Aline das Graças de Souza
Embrapa Roraima
Boa Vista, RR
O objetivo principal deste projeto é apresentar uma alternativa para
a produção urbana de hortaliças folhosas para as condições do
Estado de Roraima. Trata-se da hidroponia, praticada em pequenas
estufas plásticas fechadas, onde as hortaliças não têm contato com o
solo. As plantas são apoiadas e crescem em calhas ou tubos
plásticos, por onde é bombeada a solução nutritiva, que alimenta as
raízes. A solução nutritiva é composta de água onde são diluídos os
sais minerais em quantidades determinadas, conforme o tipo de
hortaliça. Com esta agricultura também é possível produzir em
níveis verticais, e assim consegue-se aproveitar melhor o espaço e
aumentar a produção para uma mesma área. Como também o
espaçamento entre plantas é menor, quando comparado à
produção na terra, produz-se mais por metro quadrado. Com a
hidroponia consegue-se uma produção de hortaliças, que quando
comparada à produção na terra, apresenta as seguintes vantagens:
uso de 5 vezes menos o volume de água; área 10 vezes menor e uso
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PROPOSTAS APRESENTADAS
mínimo de defensivos químicos. Uma hortaliça hidropônica
apresenta as seguintes vantagens: maior número, melhor qualidade
e durabilidade das folhas. Principalmente por ser comercializada
com a raiz, alguns pés de alface hidropônicos chegam a durar mais
de 10 dias na geladeira. Os produzidos diretamente na terra duram
menos de 5 dias. Com todas estas características e vantagens, a
produção hidropônica de hortaliças folhosas, pode ser praticada em
pequenos espaços (inclusive sobre lajes) dentro da cidade (intraurbano) e ou na sua periferia (peri-urbano). Pode-se ter a produção
dividida por centenas de pequenos “agricultores”, inclusive com a
colheita e entrega no mesmo dia e com mínimo transporte.
As considerações finais deste projeto serão: redução do consumo de
água, adubos e defensivos químicos; produtos de melhor qualidade;
mínimo impacto ambiental e possibilidade de geração de renda,
para cidadãos “urbanos” de baixa especialização e ou baixa
escolaridade.
ET-04
RADARR: Rede de Artesanato Solidário de Roraima
Anderson dos Santos Paiva
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Boa Vista, RR
A atividade artesanal em Roraima é, sobretudo, informal e
complementar. O artesanato roraimense apresenta uma grande
diversidade de tipologias, técnicas, formas de produção,
organização e tecnologias sociais que, torna o estudo e o
desenvolvimento de páticas e ações para o setor, questões de
grande importância e complexidade, especialmente quando estas
ações são regidas por princípios e objetivos da economia solidária,
como cooperação, autogestão, viabilidade econômica, solidariedade
e preservação cultural.
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Apesar da grande riqueza e diversidade da produção artesanal do
estado, os processos produtivos artesanais são, em geral, deficientes,
levando os empreendimentos e comunidades a diversas
dificuldades, como, de afirmação da identidade cultural diante dos
imperativos do mercado, preservação ambiental, integração social
entre os participantes, capacitação técnica, logística, acesso ao
crédito, etc.
A necessidade de integração dessas variáveis e objetivos – como a
preservação e promoção da identidade cultural local, a autosustentabilidade (envolvendo autogestão, preservação ambiental,
viabilidade econômica) e autonomia política – torna fundamental o
apoio das instituições aos empreendimentos artesanais, não apenas
nas fases iniciais de implantação de novos processos e capacitação,
mas, sobretudo, no acompanhamento de ações e na continuidade
das práticas de formação solidária.
Com base nestas considerações que foi produzido o projeto
Radarr (Rede de Artesanato Solidário de Roraima), uma iniciativa
produzida através das experiências apoiadas pela UFRR que, nesta
proposta, é voltada para a articulação de uma rede de colaboração
entre os empreendimentos econômicos solidários do segmento de
artesanato e entidades de apoio. Entre os principais objetivos do
projeto estão: a ampliação da capacidade, técnica, gerencial e
produtiva dos empreendimentos; a redução dos custos através de
compras coletivas de insumos e serviços; a qualificação e o
aperfeiçoamento do design dos produtos; o fortalecimento da
autogestão dos empreendimentos e da rede e; a sensibilização para
as questões ambientais e fortalecimento das identidades de gênero
e raça.
As ações do projeto serão empreendidas numa abordagem
sistêmica dos empreendimentos (associações, cooperativas, grupos
informais) do artesanato, com referência a metodologia freiriana de
educação popular nos processos formativos com os artesãos de
Roraima (público–alvo), reunidos nos municípios de Pacaraima, Boa
Vista e Caracaraí, representando, respectivamente, de cada um dos
três territórios do estado (norte, centro e sul). Tais ações, acima
elencadas, representam o esforço no sentido de integrar as ações de
capacitação técnica e gerencial com a preservação do patrimônio
material e imaterial, visando a auto-sustentabilidade, através do
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PROPOSTAS APRESENTADAS
estimulo à economia solidária com estrategia de desenvolvimento
local. Estes esforços certamente se concretizarão na criação desta
Rede de Colaboração Solidária (RCS) como iniciativa modelo para as
futuras ações e projetos voltados ao artesanato e a cultura
amazônica.
ET-05
COMPOSIÇÃO ALIMENTÍCIA E PROCESSO DE PRODUÇÃO DE
COMPOSIÇÃO ALIMENTÍCIA EM FORMAS DE BARRAS
NUTRITIVAS COMPREENDENDO PÓLEN DE ABELHAS INDÍGENAS
Antonio Batista da Silva
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Manaus, AM
A presente invenção descreve uma nova e inventiva composição
alimentícia, compreendendo pólen coletados por abelhas indígenas
do Amazonas, instituído de alto valor nutricional e baixo valor
energético, o qual pode ser adicionado a outros elementos que
possam proporcionar o enriquecimento de fibras, minerais e
proteínas à alimentação humana nas diversas faixas etárias da
população, sem comprometer a ingestão de nutrientes.
Em um aspecto, a presente invenção refere-se a uma composição
nutricional dietética em forma de barras, contendo pólen
preferencialmente obtido de abelhas indígenas, que associado à
banana matura verde e castanha-do-brasil agregam conteúdos com
teores de vitaminas, fibras, minerais e proteínas. O objeto do
presente invento possui, além das vantagens econômicas, benefícios
à saúde de seus consumidores, devido às características funcionais
dos alimentos que integram a sua formulação. É uma alternativa que
alia a nutrição adequada com a praticidade de um alimento pronto
para consumo.
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A composição alimentícia elaborada com matéria-prima amazônica,
além de agregar valores aos produtos florestais não madeireiros,
proporcionam fonte de proteínas (aminoácidos essenciais e não
essenciais), ácidos graxos, carboidratos e fibras além dos minerais:
potássio, cálcio, magnésio, fósforo, cobre, ferro, manganês e zinco,
todos necessários na dieta basal, sendo um produto pronto para
consumo, com baixo custo, redução do impacto ambiental e grande
potencial nutritivo no combate à desnutrição de adolescentes e
adultos na faixa escolar.
Esta pesquisa teve como objetivo desenvolver um produto
alimentício pronta para consumo humano, que contêm na sua
formulação todos os aminoácidos essenciais, macro e micro
minerais, proveniente de matéria prima da região amazônica como:
pólen de abelhas indigenas, castanha-do-brasil e banana
desidratados, estando este processo direcionado ao setor técnico
em ciências e tecnologia de alimentos.
ET-06
Produção de energia hidrelétrica em grande escala
no rio amazonas, sem barragens
Aroldo Jorge Brandão Pimentel
Autônomo
Manaus, AM
São turbinas desenvolvidas para gerar energia elétrica através da
vazão do rio sem necessidade da construção de barragens ou de
condutos forçados é composta apenas por um grupo gerados
instalado no leito do rio.
Em 1982, J. H. Harwood, um pesquisador da Universidade do
Amazonas, desenvolveu um tipo de turbina hidrocinética com
tecnologia apropriada à geração de pequenas potências
denominado cata-água. O dispositivo é constituído por um cata-
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PROPOSTAS APRESENTADAS
vento, com um número menor de pás, imerso na água. O rotor,
através de uma correia, aciona o gerador instalado estrategicamente
sobre flutuadores. O conjunto é ancorado, através de cabos, de
forma a melhor aproveitar a correnteza do rio.A turbina de rotor
hélice desenvolvida em Nova Iorque, pois este rotor permite maiores
eficiências, permitindo gerar em ambos os sentidos, alcançando
25 kW Existe um exemplar desta turbina em Brasília na UNB.
Uma outra proposta é a turbina hidrocinética axial, que foi
elaborada pelo pesquisador do LHPCH-UNIFEI. Nesta proposta o
rotor, em forma de polia, aciona diretamente o gerador posicionado
sobre os flutuadores.
Além da proposta do uso do rotor eólico Darreus de pás retas como
a turbina hidrocinética. Este tipo de turbina tem a vantagem de ter
eixo na posição vertical, facilitando a instalação do gerador ou de
polias multiplicadoras de velocidade, e caracteriza-se,
principalmente, em produzir energia independente da direção da
correnteza.
Dentre as turbinas hidrocinéticas destacamos a turbina do tipo
Helicoidal, desenvolvida pelo pesquisador Alexander M.Gorlov
também baseada na turbina Darreus, concebida na década de 1930,
se difere da primeira pelo formato das pás. Elas assumem forma
helicoidal e apresentam um maior rendimento e menores vibrações,
uma vez que sempre haverá uma pá em posição de receber o fluxo.
Os primeiros testes foram realizados em 1996, no Laboratório de
Turbinas Helicoidais de Massachusetts, Cambridge, USA. A partir
destes testes, verificaram-se que esta é uma máquina que ocupa
pouco espaço; é leve e fácil de manusear; apresenta baixo custo de
fabricação e pequena vibração mecânica.
São turbinas hidráulicas capazes de gerar até 5 kW de potência,
operando independentemente da direção da correnteza. Esta
turbina possui rotação unidirecional mantendo um escoamento
livre, com um rendimento máximo que pode alcançar 35%, é
fabricada em alumínio e revestida com uma camada de material
anti-aderente, reduzindo desta forma o atrito na água e prevenindo
contra o acúmulo de crustáceos e sujeira. Podendo ser usada na
posição vertical ou horizontal.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
‘A turbina Gorlov também pode ser denominada de turbina
“ecológica” em razão do seu aspecto construtivo, ou seja, dimensão,
ângulo e distanciamento entre suas pás, que permitem a passagem
de peixes, não contribuindo para degradação do meio ambiente.
As turbinas Gorlov têm sido testadas para diferentes finalidades, a
saber: em plataformas marítimas, onde produzem a eletricidade
usada na eletrólise da água para fornecer hidrogênio e oxigênio; e
na produção de eletricidade para abastecer pequenas propriedades
rurais nas regiões ribeirinhas, nos EUA, China e Coréia.
ET-07
Aroldo Jorge Brandão Pimentel
Autônomo
Manaus, AM
Quero apresentar-lhes um modelo de geração de energia limpa,
usando a potência da corrente do Rio Amazonas para montar
centenas de estações de produção hidrelétrica sem barragens,
evitando as tão combatidas inundações de terras tradicional e
historicamente secas, sem alterar a navegação, colocando o Brasil na
vanguarda da geração de energia limpa, além de resolver nossos
problemas energéticos.
As referidas estações geradoras ficariam montadas sobre
plataformas firmadas em estacas fixadas no leito do rio, ligadas entre
si por vigamentos, formando uma grade cúbica, para resistir às
turbulências aquáticas provocadas por tempestades.
Imersos, sob cada uma uma dessas estações, conjuntos de cem ou
mais potentes hélices com duas folhas a cinco por cinco metros de
largura e cumprimento em cada folha, por exemplo, tracionadas
pela corrente do Amazonas cuja velocidade média é de 116 metros
por minuto, sete quilômetros por hora, acionariam os geradores
instalados sobre as plataformas. Imaginemos centenas de estações
assim ao longo do nosso grande rio. É um colosso energético e é
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PROPOSTAS APRESENTADAS
nosso. Está em nossas mãos. É muita, muitíssima energia.
Seria estupidez desperdiçá-la. Para quantificar o potencial exato de
geração basta medir a potência de arrasto em kgf exercida pela
corrente do Amazonas por metro quadrado de hélice. Isso é muito
simples e fácil de medir. Para tanto já existem modernos
equipamentos de medição, más na ausência deles basta ancorar um
barco ao largo do rio e um rudimentar equipamento dotado de
balança de mola executará a tarefa. O resto do cálculo e simplíssimo:
regra de três envolvendo transmissão por combinações de
engrenagens ou de polias ligadas por correias ou correntes para
acionar os geradores que ficariam sobre as plataformas das estações.
Faz-se necessário notar que este modelo pretende ser apoiado em
estacas fixas e ligadas entre si, como uma grade cúbica e não em
débeis flutuadores super vulneráveis à turbulência das tempestades,
como os usados para conter as pequenas turbinas hidrocinéticas já
conhecidas.
Hélices munidas de somente duas folhas facilitariam o trânsito da
fauna aquática, inclusive dos grandes bagres, evitando acidentá-los.
Também é possível imaginar o uso de monjolos em vez de hélices
ou um sistema misto de hélices e monjolos, nessas estações, más
estou certo de que o sistema de hélices é mais conveniente, por ser
muito mais resistente às turbulências aquaticoatmosféricas.
Razoavelmente espaçadas entre si, nenhum entrave as estações
causariam à navegação. Este sistema é, também, tremendamente
superior aos caríssimos sistemas de geração a partir da energia
heólica, que sofre tantas interrupções ao capricho dos inconstantes
ventos que nem sempre se apresentam e que não têm a mesma
pujança e constância das águas.
É claro que este modelo pode ser usado em quaisquer outros
grandes rios da Terra, como o Mississipe-Missouri, nos Estados
Unidos, o Nilo , no Egito, etc.
Faço questão de esclarecer que não tenho a menor intenção de
sugerir que voltemos atrás nos projetos hidrelétricos que se
encontram em construção e muito menos nos que já estão em
funcionamento, más é necessário que futuramente tomemos
melhores caminhos já que eles existem e que a natureza está a
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reclamar melhores cuidados para com o nosso planeta, tão
generoso e tão mal aproveitado.
ET-08
Editais Verdes para a Amazônia Legal
Claudia Maria do Socorro Cruz Fernandes Chelala
Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Macapá, AP
A Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento
Sustentável – Rio+20 destacou dois temas em foco: a economia
verde no contexto do desenvolvimento sustentável e o quadro
institucional para o desenvolvimento sustentável. Em que pese as
avaliações que consideram pífios os resultados do evento, tais
questões realçam a importância da dimensão econômica no tripé da
sustentabilidade e o papel que as instituições podem desempenhar
no intuito de viabilizar transformações sobre as formas
insustentáveis de produção. O Estado possui um relevante papel de
protagonista neste contexto, em função da grande soma de
recursos que movimenta, capaz de provocar significativos impactos
na produção de bens e serviços do sistema econômico.
As instituições públicas, em sua maioria, não adotam modelo de
gestão sustentável, provavelmente por uma série de limitações
internas como: desconhecimento do assunto, falta de pessoal, de
recursos financeiros, de capacitação, dentre outros, que em um
contexto mais amplo retratam a reduzida importância com que os
governos tratam a questão ambiental.
O poder de compra que possui o Estado brasileiro,
aproximadamente 15% do PIB, pode ser capaz de provocar
importantes transformações no setor produtivo nacional, portanto,
representa uma alternativa de política pública fundamental na
tentativa de “esverdeamento” de sua economia.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A edição da Instrução Normativa SLTI/MP n° 1/2010 e da Lei
n° 12.349/2010 que alterou o artigo 3° da Lei n° 8.666/93, trazendo
em seu texto a noção de “desenvolvimento nacional sustentável” ,
que só será obtido por meio da realização de licitações sustentáveis.
A licitação sustentável é um procedimento administrativo, cujo
objetivo é o atendimento do interesse público, respeitando a
igualdade de condições entre os licitantes, fazendo com que a
Administração Pública adquira bens ou serviços ambientalmente
sustentáveis.
Poucas são as instituições que realizam rotineiramente licitações
cujos editais destacam critérios em conformidade com a Lei
n° 12.349/2010. Sob este aspecto é possível afirmar que o fenômeno
da corrupção, que se alastra por todas as estruturas do serviço
público, desgastando sobremaneira a imagem dos agentes públicos
e direcionando o foco dos órgãos de controle, acaba por definir uma
postura das comissões de licitação que buscam priorizar o critério
“menor preço”, por entender que essa é a premissa que representa o
cumprimento ideal de sua missão. Com esta compreensão,
introduzir princípios de proteção ao meio ambiente nos
procedimentos licitatórios, talvez possa vir a não ser bem entendido
pelos órgãos de controle. O cenário da situação da Administração
Pública brasileira em relação à sustentabilidade, com isso, requisita
políticas mais amplas com o efetivo protagonismo do poder público.
O presente projeto tem o objetivo de qualificar os agentes públicos
que desenvolvem atividades relacionadas às compras públicas, com
o intuito de sensibilizá-los para a importância da variável ambiental
em seus procedimentos administrativos, assim como também
formar um Banco de Editais Verdes da Amazônia Legal à disposição
das instituições públicas.
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ET-09
Controle florestal com uso de RFID
Daniel Leão Lima Coelho
Label Evolution Desenvolvimento de Sistemas Tecnológicos
Manaus, AM
O controle florestal visa contribuir para o ordenamento de coleta de
fauna e da flora e do uso dos recursos florestais, faunísticos e
aquáticos do Estado. Para auxiliar e promover uma gestão florestal
mais efetiva com vista na preservação da flora e da fauna, o projeto
visa o desenvolvimento de uma solução para controle de árvores e
madeiras remanejadas com uso de identificação através de um chip
de RFID. Permitirá saber a localização em tempo real da madeira
remanejada e também mostrar se houve retirada de alguma árvore
em área controlada.
ET-10
Implantação de um programa de qualidade na cadeia
produtiva do Açaí
Edilluci do Socorro Tostes Malcher
Instituto de Pesquisa Científica e Tecnológica do Amapá (IEPA)
Macapá, AP
A participação de espécies frutíferas nativas no desenvolvimento da
agricultura e agroindústria na Região Amazônica gera milhares de
empregos e renda para a mesma, entre estas espécies de grande
valor econômico está o açaí. O açaizeiro (Euterpe Oleracea Mart)
distribui-se naturalmente por toda Amazônia brasileira
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Ocorre no Estado do Pará e Amapá principalmente no estuário do
rio Amazonas na área de várzea. Além disso, o Programa de Arranjo
Produtivo Local para o açaí foi eleito pelo Governo do Estado como
um dos prioritários para o desenvolvimento e fortalecimento sócioeconômico do Amapá. Soma-se a isso, o fato do Estado possuir uma
grande diversidade de ambientes naturais ecológicos, tais como,
águas do oceano atlântico, águas do setor estuarino, rios, região de
grandes lagos, manguezais, campos alagados, mata de igapó,
floresta de várzea e terras firmes, que podem ser pontos de partida
para diversos produtos naturais, valorizando, ainda mais a
biodiversidade local e contribuindo com o desenvolvimento sócioeconômico da região.
A palmeira do açaí é utilizada de maneira integral, utiliza-se o estirpe
para a construção de casas, pontes e lenhas, as folhagens para
cobertura de casas e paredes, porém o seu grande valor comercial
está na exploração dos frutos e palmito.
A partir dos frutos da palmeira do açaí, amolecido com água quente,
obtém-se o vinho do açaí, uma bebida muito utilizada pela
população amazônica, que a utiliza como complemento alimentar,
ou até mesmo como refeição principal, às vezes adicionando-se
açúcar, farinha de mandioca, peixe frito, camarão salgado,etc.
Esta bebida, é fabricada de uma maneira semi-artesanal em
unidades de beneficiamento chamada “Batedeira”ou “Amassadeiras”,
e utiliza-se para fabricação da bebida uma despolpadeira artesanal,
onde os frutos passam por um amolecimento utilizando água
quente e em seguida são despolpados utilizando água em menor ou
maior proporção, denominando assim, açaí fino, médio e grosso.
Esta bebida é embalada em sacos plásticos, sendo consumido
imediatamente pela população.
Sendo o açaí uma bebida bastante popular na região e sendo seu
processo de beneficiamento bastante artesanal, onde não existe
nenhuma etapa, durante seu processamento, que possa eliminar, ou
ação de contaminantes, torna-se de fundamental importância a
utilização das Boas Práticas de Fabricação para produção do açaí.
Em estudo realizado pelo IEPA para avaliação dos contaminantes
durante a cadeia de comercialização do açaí, foi observado que a
maior etapa de contaminação da bebida do açaí acontece durante a
comercialização nas feiras e principalmente durante o
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processamento da bebida, devido a manipulação inadequada, e a
faltas de cuidados higiênicos sanitários durante o processamento do
açaí. Ainda neste estudo, observou-se que mais da metade dos
batedores de açaí não acrescentam nenhuma solução clorada na
lavagem dos frutos, procedimento este que visa manter boas
condições de higiene e qualidade com a bebida pronta do açaí.
Também foi observado que em 86% das amassadeiras em Macapá e
80% em Santana e Mazagão não há procedimentos de higienização
das mãos escritos nem implementados nas amassadeiras,
ressaltando que 50% das amassadeiras em Macapá e Mazagão e
80% em Santana trabalham no processamento do açaí e manipulam
dinheiro, sem nenhum critério de higiene. Também não há utilização
de vestuário adequado (uniformes) durante as atividades de
processamento, a grande maioria dos manipuladores utiliza camisa;
bermuda ou short; calça comprida e sandálias.
Ainda no diagnóstico realizado pelo Núcleo de Ciências e Tecnologia
de Alimentos do IEPA, foi constatado que em 88% das amassadeiras
em Macapá, 92% das amassadeiras em Santana e 90% das
amassadeiras em Mazagão nunca recebeu nenhum tipo de
capacitação em Boas práticas de fabricação e referente à RDC
218/2007 do Ministério da Saúde. O treinamento e a educação dos
manipuladores dos alimentos são ferramentas importantíssimas
para a segurança alimentar, pois estes podem ser portadores
assintomáticos de doenças e se não tiverem os devidos cuidados
podem transmiti-las aos alimentos.
O controle de qualidade na produção de alimentos seguros envolve
o monitoramento desde a seleção da matéria prima até o consumo
final deste alimento.
A qualidade sanitária do alimento é considerando uma característica
intrínseca, vários são os mecanismos utilizados para garantir a
segurança alimentar na produção de alimentos (LOVATTI, 2004).
Um deste mecanismo é as Boas Práticas de Fabricação, e o sistema
APPCC, que estabelece a ação de medidas preventivas e corretivas
para garantir a qualidade na produção destes alimentos.
Os municípios de Macapá, Santana e Mazagão são os maiores
produtores e possuem o maior número de amassadeiras
implantadas e em funcionamento do estado. A partir de 2007, o
governo do Estado lançou o programa estadual do açaí, que visa
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PROPOSTAS APRESENTADAS
melhorar a qualidade do açaí produzido e comercializado no Estado
do Amapá. Este programa está sendo coordenado pela Secretaria de
Ciência e Tecnologia.
O objetivo deste projeto é a capacitação e implantação de
procedimentos higiênicos sanitários, através das Boas Práticas de
Fabricação para garantir a qualidade no processamento do açaí em
amassadeiras e produtores de açaí nos municípios de Macapá,
Santana e Mazagão.
ET-11
AGROINDÚSTRIAS DE FARINHA E ETANOL DE MANDIOCA PARA
COMUNIDADES RURAIS DO TERRITÓRIO DO SUL DE RORAIMA
Everton Diel Souza
Embrapa Roraima
Boa Vista, RR
O projeto prevê a instalação de uma agroindústria para a fabricação
de farinha e álcool a partir da cultura da mandioca numa
comunidade rural do Território do Sul de Roraima. Para isto, será
selecionada uma cooperativa de produtores do Sul do Estado que
atenda aos cooperados dos municípios de São João da Baliza,
Caroebe e São Luiz do Anauá, na qual será apresentado o projeto
para os cooperados que irão formar um grupo fechado de
produtores de mandioca que constituirão os sócios preferenciais.
Os produtores que optarem apenas por entregarem a produção
serão considerados sócios colaboradores. Para facilitar a
implantação do sistema de plantio 21 produtores serão divididos em
3 grupos de 7 e todos plantarão 3 hectares cada, totalizando
63 hectares de mandioca de indústria. Cada grupo plantará
21 hectares de mandioca por mês durante os meses de maio, junho
e julho. A colheita começará aos 12 meses do plantio sendo colhidos
0,25 ha de mandioca por dia com estimativa de 5 toneladas/dia de
raízes para industrialização que deverá ser programada para
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produção de etanol, de farinha ou de ambos os produtos. Espera-se
uma produção de 1500 kg de farinha ou 900 litros de etanol por dia
ou parte de cada produto dependendo da quantidade de matériaprima utilizada para cada um. Nos primeiros meses a quantidade de
farinha produzida deverá ser maior para cobrir os custos de
produção, enquanto o etanol produzido será utilizado no sistema de
produção e distribuído em cotas para uso pessoal dos cooperados.
A agroindústria deverá funcionar 252 dias por ano, descontando-se
os sábados, domingos e feriados. Os recursos para a produção da
mandioca deverão vir do PRONAF e o pagamento da produção de
cada cooperado deverá vir da venda do produto industrializado, no
caso a farinha de mandioca devidamente classificada por tamanho
de grânulos atendendo as exigências do consumidor. Em todas as
etapas de produção serão utilizadas as Boas Práticas de Fabricação a
fim de obter certificação do produto e o mesmo poder ser
comercializado nos mercados municipais, regionais e de fora do
Estado.
ET-12
Habitat de Inovação para o desenvolvimento regional
Ewerton Larry Soares Ferreira
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnologica
(Fucapi)
Manaus, AM
Empresas, governos, universidades e outros atores têm se
empenhado em contribuir para o aproveitamento da biodiversidade
amazônica em prol de sua sociedade, de maneira sustentável,
considerando os aspectos social, ambiental e econômico.
É reconhecido, também, que a inovação, a tecnologia e o caráter
empreendedor são fatores importantes para engendrar um
processo de desenvolvimento que leve a termo essa
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PROPOSTAS APRESENTADAS
sustentabilidade e que a criação de ambiente propício para esta
finalidade é condição sine qua non.
Em âmbito mundial, tem sido criadas iniciativas de ambientes
inovadores, tais como: incubadoras de empresas, parques
tecnológicos, polões tecnológicos, clusters e tecnópoles. Tudo isso
em busca de alcançar o nível de região desenvolvida na sociedade
do conhecimento. Uma das denominações para esses tipos de
ambiente é o termo Habitat de Inovação, os quais possuem uma
hierarquia de acordo com seu grau de complexidade e de
abrangência territorial. Um número crescente de habitats de menor
hierarquia (incubadoras de empresas e parques tecnológicos) tem
engendrado programas inovadores para transformar os territórios
em nos quais situam numa tecnópole, tendo, em última instância, a
intenção de propiciar a consolidação de Manaus como uma Região
Desenvolvida na Sociedade do Conhecimento.
O presente projeto tem os seguintes objetivos: criar as bases para a
constituição de um habitat de inovação em biotecnologia
(relacionado a cosméticos e/ou alimentos funcionais) em Manaus,
resultado da verificação de casos bem sucedidos e do avanço do
conhecimento sobre a teoria disponível e estruturar diretrizes e
ações que possam ser realizadas por instituições que conduzem
políticas públicas no sentido de propiciar a consolidação de Manaus
como uma Região Desenvolvida na Sociedade do Conhecimento.
Os desafios são enormes, principalmente para manter o
pragmatismo sobre o foco do trabalho, mas, ainda que as intenções
sejam audaciosas, tais contribuições são possíveis de serem dadas.
ET-13
SOFTWARE GRATUITO DE PROCESSO ELETRÔNICO PARA
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
Felipe Góes Ferreira
Proesc Soluções em TI
Macapá, AP
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O projeto consiste no desenvolvimento de um sistema que permite
a tramitação de documentos e processos de forma 100% eletrônica,
facilitando a comunicação entre setores e órgãos. Através do sistema
é possível criar todos os modelos de documentos utilizados pela
instituição cliente ou digitalizar através de scanner algum
documento em papel e enviar para qualquer setor ou instituição
cadastrada no sistema, a pessoa que tiver acesso a este documento
pode anexar outro documento ao mesmo processo e enviar para
outros setores criando assim o Processo Eletrônico.
O Processo Eletrônico garantirá o aumento da produtividade de
Instituições dos mais diversos setores, otimizando processos,
diminuindo a burocracia e gerando economia com a redução do uso
de papel, impressão e espaço físico.
Somente usuários cadastrados terão acesso ao sistema e poderão
acessar o processo eletrônico de qualquer lugar através da Internet
onde será possível visualizar os andamentos do processo, dar
despachos e anexar documentos.
A ferramenta possui um editor de texto integrado ao sistema onde
são elaborados os modelos de documentos utilizados nos fluxos de
trabalho, permitindo assim a criação de procedimentos de forma
totalmente digital e o acompanhamento de todas as atividades pelo
sistema. Com o módulo de Processo Eletrônico é possível emitir e
localizar qualquer documento, projeto ou processo de forma
instantânea, com as devidas informações de status, prazo e setor
onde se encontra.
Com a enorme demanda de informações e dados que precisam ser
armazenados todos os dias, as instituições perdem espaço físico
importante dentro do escritório, além de tempo e dinheiro para
mantê-los bem organizados e em bom estado. Com a integral
adoção do processo eletrônico, haverá também a redução de custos
com materiais de expediente, tornando o ambiente de trabalho
desobstruído das imensas pilhas de papel, gerando economia aos
cofres públicos, devido a racionalização dos recursos, gerando a
redução do impacto ambiental com a filosofia do “Papel Zero”.
É o fim do uso do papel, o que ajuda a modernizar qualquer tipo de
gestão e ainda preservar o meio ambiente.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O software é gratuito, onde o retorno da empresa será os serviços
de implantação, treinamento e manutenção, diferente de muitos
outros softweres desta área que acabam por cobrar fortunas para a
implantação e ainda cobram o serviço de manutenção e suporte
tornando a tecnologia cara e inviabilizando sua implantação.
O Processo Eletrônico é um software gratuito que garante o
aumento da produtividade de Instituições públicas em diversos
setores como Segurança, Saúde, Justiça e qualquer instituição
pública ou provada que tenha interesse em informatizar a
tramitação de informações entre os setores. pode ser acessado em
qualquer lugar do mundo via internet de forma segura por
determinar com precisão a origem de cada acesso, otimiza
processos, diminui a burocracia, moderniza qualquer tipo de gestão
e ainda preserva o meio ambiente reduzindo o impacto ambiental
com a filosofia do “Papel Zero”.
ET-14
Tecnologia de Automação de Rastreabilidade
Florestal de Baixo Custo
Humberto Caio Camilo Leão
Neoradix Serviços de Engenharia Eletrônica
Belém, PA
O projeto consiste no desenvolvimento de uma tecnologia de
rastreabilidade automática de produtos de origem florestal,
principalmente peças de madeira, com o propósito de se obter
informações precisas da origem e manuseio do produto, desde a sua
extração até a chegada ao consumidor final. Através desta
tecnologia será possível conhecer a área de onde a madeira foi
extraída, as práticas de manejo antes de depois do corte, os
processos de transporte e a armazenagem do produto e, tudo isso,
utilizando-se de tecnologias de baixo custo, como RFID.
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Com o desenvolvimento desta tecnologia objetiva-se,
principalmente, disponibilizar uma ferramenta de rastreabilidade
automática de baixo custo, que auxilie no processo de obtenção de
certificações de qualidade e certificados de origem de produtos às
mais de 2.220 empresas inseridas na cadeia produtiva da madeira
(Imazon, 2009) na região amazônica, para que os mesmos tenham
acesso aos mercados consumidores mais exigentes do pronto de
vista de origem e manejo de produtos de origem vegetal.
Através desta ferramenta também se objetiva agregar valor aos
produtos de origem florestal, pois produtos que possuem um
sistema de rastreabilidade próprio, como o café do cerrado mineiro
por exemplo, possuem valor de mercado mais elevado. Desta
maneira se estará aumentando a competitividade e lucratividade de
um setor estratégico para a região, que, só no ano de 2009, teve uma
receita bruta no valor R$ 4,94 bilhões e foi responsável pela geração
de 204 mil postos de trabalho, dos quais 66 mil empregos diretos
(processamento e exploração florestal) e 137 mil empregos indiretos.
(Imazon, 2009).
ET-15
Revolução tecnológica na acústica de madeiras
Amazônicas
Jadir de Souza Rocha; Cynthia Lins Falcone Pontes; Tereza
Maria Farias Bessa; Vania Maria Oliveira da Camara Lima; Katia
Bastos Loureiro Ramos
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Manaus, AM
O Brasil detém a maior floresta tropical do planeta, a Amazônica,
onde existem cerca de quatro mil espécies arbóreas (Rocha, 1994),
porém, ainda continua sendo um país importador de madeiras
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PROPOSTAS APRESENTADAS
estrangeiras para a fabricação de instrumentos musicais de corda e
de sopro.
A qualidade de um instrumento musical está diretamente
relacionada aos materiais utilizados em sua confecção,
principalmente o mais importante deles, a madeira, que através de
uma seleção adequada das espécies, do dimensionamento correto e
preciso das lâminas e, acima de tudo, do tratamento das peças
principais (tampo, lateral e fundo), pode-se alcançar sons e timbres
perfeitos.
Os estudos realizados sobre a acústica do material madeira têm sido
somente para conhecer quais espécies apresentam melhores
características e propriedades sonoras, com o objetivo de classificálas para uso em instrumentos musicais.
Estudos desenvolvidos pela Coordenação de Pesquisa em Produtos
Florestais (CPPF) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
(Inpa) e pelo Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Instituto
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), revelam a existência
de várias espécies arbóreas amazônicas com características e
propriedades tecnológicas bastante satisfatórias para a fabricação
de instrumentos musicais, podendo substituir as tradicionais
espécies estrangeiras (Slooten e Souza, 1993).
Nos séculos XVI e XVII surgiram na cidade de Cremona (Itália) os
maiores luthiers da história, Nicollo Amati, Giuseppe Guarneri Del
Gesú e Antonio Stradivari, este último se sobressaiu sobre os demais
ao aplicar alguns métodos objetivando aumentar o tempo de vida
útil da madeira e torná-la imune à infestação de agentes biológicos
responsáveis pela degradação do referido material, conseguindo
obter, nos seus instrumentos (violinos, violas e violoncelos), uma
qualidade sonora inigualável até os dias de hoje.
O conhecimento científico que se tem atualmente acerca das
características e propriedades da madeira, principalmente da sua
estrutura anatômica e físico-química, torna-se possível promover um
avanço tecnológico extraordinário na acústica da madeira, podendo
superar a genialidade do luthier italiano Antonio Stradivari, cujos
instrumentos fabricados pelo mesmo, há cerca de 300 anos, entre
1700 e 1720, continuam insuperáveis até hoje, conhecidos
mundialmente por Stradivarius.
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Esta proposta apresenta o desafio de desenvolver processos que
irão proporcionar na madeira a melhor qualidade sonora de todos
os tempos e isso será feito com espécies arbóreas da Amazônia,
contribuindo para torná-las extremamente competitivas e
valorizadas frente às tradicionais espécies estrangeiras utilizadas na
fabricação de instrumentos musicais.
O objetivo geral é desenvolver processos físico e químico visando a
melhoria das propriedades acústicas da madeira para fabricação de
instrumentos musicais de corda com caixa de ressonância (violinos,
violoncelos, violas, contra-baixos, violões, cavaquinhos, bandolins,
banjos e charangos). E os específicos são: avaliar a qualidade acústica
da madeira submetida a diferentes níveis de temperaturas em
retorta; avaliar a qualidade acústica da madeira após os tratamentos
físico (termo-retificação) e químico (remoção de extrativos); e
difundir os processos físico e químico aos fabricantes de
instrumentos musicais.
ET-16
Alto-sustentação Moaraná
João Guilherme da Silva Passos
Associação de Pais e Educadores Moaraná (APEM)
Belém, PA
Pretende fazer um levantamento socioeconômico da comunidade,
descobrir os anseios e capacidades dos indivíduos envolvidos.
Com este conhecimento em mãos fazer um direcionamento através
de treinamentos que primem pela capacitação profissional e uma
mudança nas relações socioeconômicos da comunidade,
valorizando conhecimentos individuais e transformando-os em
renda.
O que se percebe na comunidade atendida pela escola, é um
potencial de mão-de-obra bastante significativo, durante algumas
promoções realizadas pela instituição, percebeu-se a capacidade
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PROPOSTAS APRESENTADAS
que algumas mães possuíam na organização de eventos. Durante as
mobilizações: antes, durante e depois dos eventos, muitas destas
mães e colaboradoras, cederam parte de seus talentos: aquele que
conhecia de som, uns decoradores, outros cozinheiros e muitas
outras atividades que agregaram valores e resultados financeiros
positivos.
Durante algumas reuniões com a coordenação da escola, e diante da
imensa dificuldade de algumas mães no pagamento das
mensalidades, levantou-se a possibilidade de envolver estes
responsáveis, mais ativamente, para que pudessem, no final do mês,
todas as contas da escola ser fechadas. A proposta mais concreta, e
que agradou a maioria, foi a possibilidade de usar o espaço que a
escola dispõem, para a promoção de festas e eventos, o que já é
hoje bastante procurado devido a estrutura e o ambiente muito
admirado pela comunidade.
Partiu-se para concretização do projeto, e novamente os amigos da
Moaraná da Holanda, cederam recursos para compra de: 40 jogos de
mesas, um freezer e alguns materiais de decoração. Hoje este
material é alugado, juntamente com espaço, gerando uma fonte de
renda para escola. Porém, a utilização deste espaço poderá ter um
retorno maior, se os serviços oferecidos nos eventos possibilitarem
uma agregação maior de valor. Assim, a proposta de continuidade
do projeto prevê o envolvimento de mães e colaboradores,
objetivando que estes utilizem suas capacidades agregando valor a
este empreendimento.
Através de mobilizações e reuniões entre os pais, tirou-se uma
comissão de mães, colaboradoras e educadoras, que estão fazendo
levantamento junto aos órgãos de capacitação de mão-de-obra,
como Sebrae, Sesi e outros. Algumas professoras já participaram de
cursos de decoração, e já oferecem estes serviços nos eventos
realizados. O que se percebe é um interesse muito grande do grupo,
que não é maior pelas restrições financeira e uma alternativa
concreta para iniciação destas atividades.
Os principais objetivos são sugerir alternativas de renda,
prioritariamente, as mães ligadas à associação, que se encontram
desempregados, priorizando aquelas que são isentos das
mensalidades escolares, fazendo com que estes possam contribuir
de alguma forma para sustentabilidade da escola e para uma melhor
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
remuneração de professoras e do quadro funcional, trazendo
melhoras para qualidade do ensino na instituição. Além do que,
estas mães, possam adquirir através dos cursos ministrados uma
profissionalização para inserção no mercado de trabalho.
ET-17
UTILIZAÇÃO DE NANOTECNOLOGIAS PARA REMOÇÃO DE COR
EM ÁGUAS E PROMOÇÃO DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
João Tito Borges; Thales Tito Borges
Faculdade Fucapi
Manaus, AM
A nanotecnologia é composta de numerosas áreas de investigação
que têm em comum o fato de manipular a matéria no nível de
átomos individuais e moléculas. A aplicação desta ciência a diversas
finalidades vem sendo investigada. Aplicações nas áreas de novos
materiais e na miniaturização de equipamentos são as mais comuns
e já em uso. Uma aplicação nobre desta tecnologia é a de obter
materiais que possam ser utilizados para remover cor de águas para
fins de abastecimento às populações. O objetivo deste projeto é
realizar ensaios com nanopartículas para a remoção de cor das
águas do Rio Negro na região amazônica e recuperar este material
composto de ácidos orgânicos para o tratamento de águas
contaminadas por metais.
Sabe-se que os compostos derivados de ácidos húmicos há muito
vem sendo investigados para promover a redução de metais em
águas industriais. O Rio Negro é uma rica fonte de substâncias
húmicas que podem ser utilizadas para os fins mais nobres.
A utilização de zeólitas nanoestruturadas será testada neste projeto,
além de outros materiais nanoestruturados com alto poder de
adsorção.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O projeto proposto, além de promover a remoção da cor das águas
do Rio Negro para fins diversos, a partir do material separado
(substâncias húmicas), este material será utilizado para remover
metais em estações de tratamento de águas industriais. O material
residual do processo de tratamento de água será utilizado para o
tratamento de efluentes industriais.
Buscará nesta pesquisa desenvolver protótipo em pequena escala
utilizando-se materiais nanocompostos que visem remover a cor das
águas do Rio Negro.
Para iniciar estudos com nanocompostos na região amazônica, será
criado grupo de pesquisa, envolvendo alunos nas áreas de química,
física e engenharia ambiental e sanitária. O grupo será também
composto por professores da Faculdade de Engenharia Civil da
Ufam, professores da Química Ufam e professores do Curso de
Engenharia Ambiental e Sanitária da Faculdade Fucapi. Para
compartilhar experiências, o grupo estabelecerá contato com
pesquisadores da Unicamp, onde o proponente do projeto já
realizou contatos. Para a execução do projeto serão necessários a
aquisição de materiais nanocompósitos, reagentes e substratos
filtros diversos. Para desenvolver, testar e registrar equipamento
desenvolvido no projeto será necessário a aquisição de estrutura de
tubulação, sistemas hidráulicos e materiais filtrantes. A utilização de
nanomateriais para fins de tratamento de água de abastecimento e
águas residuárias vem sendo investigada por grupos de estudo em
diversos países.
É muito importante que a região amazônica, que detém grande
parcela da água superficial de cor escura, rica em substâncias
húmicas, realize pesquisas locais para a promoção da saúde e bem
estar de sua população. Além disso, é necessário que se estabeleçam
grupos de pesquisa na área de nanotecnologia nesta região e que
estes grupos se fortaleçam e promovam a disseminação desta
tecnologia para que as próximas gerações possam usufruir dos
benefícios das inovações proporcionadas pelo uso destes materiais.
O principal objetivo é realizar ensaios com nanopartículas para a
remoção da cor das águas do Rio Negro e utilizar este material para
o tratamento de efluentes industriais.
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ET-18
VAPP Eco: Valise Amplificada para Palestrante
Ecológica
Job Cruz de Pinho
Alô Som Componentes Eletrônicos da Amazônia
Manaus, AM
O projeto consiste no desenvolvimento e na produção de produtos
e processos ecologicamente corretos, por meio da utilização dos
resíduos de madeira da Amazônia, reciclagem de madeiras
reflorestadas (pallets oriundos do PIM) e a inserção das sementes de
tucumã seca como cantoneira de proteção e base de apoio na
confecção das valises que serão utilizadas na preparação do produto
final denominado de VAPP Eco. Nesta proposta a empresa pretende
além de oferecer este novo produto, disponibilizar como opcional os
microfones ecológicos com ou sem fio que deverão fazer parte da
Valise Amplificada Para Palestrante.
O principal objetivo é elaborar um produto que possa atender as
necessidades de mercado, em especial aos profissionais das salas de
aula. Segundo dados da Secretaria de Educação do Rio de Janeiro no
ano letivo de 2009, cerca de oito mil professores que estão afastados
do serviço por licença médica, 53% deles tiveram de deixar as salas
de aula por problemas nas cordas vocais.
ET-19
AGUARDENTE DE FRUTAS DA AMAZÔNIA
José Augusto da Silva Cabral
Sohervas da Amazonia
Manaus, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A obtenção de bebidas alcoólicas a partir da fermentação de sucos
de frutas amazônicas é uma alternativa atraente para o mercado
internacional, que tem buscado cada vez mais novos nichos e vem
valorizando produtos da biodiversidade amazônica. Porém os
produtos devem, alem de apresentar maior alcance e
representatividade econômica, ter cadeias agroindustriais locais
fortalecidas. A biodiversidade amazônica oferece diversas espécies
que podem ser aplicadas na produção de excelentes bebidas
destiladas. Há diversos estudos brasileiros indicando essa tendência
e demonstrando que o mercado é bastante promissor. De acordo
com Asquieri, Silva e Cândido (2009), frutos como cajá, ata, siriguela,
mangaba, caju laranja e jabuticaba, tem sido pesquisadas,
demonstrando claramente o empenho de instituições de pesquisa e
empresas nacionais em desenvolver produtos diferenciados e
inovadores. Uma empresa no Estado de Minas Gerais que produz
uma aguardente de banana, a Musa Agroindustrial Ltda.
Aguardente é o termo genérico para bebidas fermento-destiladas
de sucos vegetais para diferenciar de cachaça que, por lei, refere-se
somente ao destilado de cana-de-açúcar.
Com base nessas informações a Soheravas desenvolveu uma
metodologia para produzir aguardente de açaí, cupuaçu, cajá e
jenipapo, obtendo resultados animadores que permitirão criar
produtos diferenciados, inovadores, os quais se pretendem
aperfeiçoar com este projeto. Contudo, outro grande desafio é
produzir maciçamente na safra, disponibilizando o ano inteiro
produto acabado ou beneficiado para o mercado, pois, a maioria das
frutas amazônicas é sazonal, o que concorre para o baixo
aproveitamento da produção e acarreta grande desperdício de
frutos, uma vez que o mercado local não consegue consumir a safra
em sua totalidade.
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ET-20
Melhoramento genético de bacurizeiro,
camucamuzeiro, cajazeira e muricizeiro
José Edmar Urano de Carvalho
Embrapa Amazônia Oriental
Belém, PA
As espécies frutíferas da Amazônia apresentam uma oportunidade
de geração de emprego e renda aos agricultores familiares e
também uma expansão para a agroindústria de processamento de
frutas nativas. Dentre elas destacam-se o bacurizeiro (Platonia
insignis), camucamuzeiro (Myrciaria dubia), cajazeira (Spondias
mombin) e muricizeiro (Byrsonima crassifolia) com potencial de
comercialização para todas as regiões do Brasil. Contudo, ainda não
existem genótipos selecionados que possam ser recomendados
para as diversas regiões de cultivo, e que apresentem alta
produtividade, características agroindustriais superiores, com
manejo e métodos eficientes de propagação que permitam a
clonagem destes materiais.
Além disso, é possível que os genótipos utilizados apresentem uma
expressiva instabilidade nos diversos ambientes, com consequências
negativas tanto na produção quanto na qualidade do fruto. Para que
estas novas espécies possam ser incorporadas ao processo
produtivo, os genótipos selecionados com características
agronômicas e agroindustriais superiores devem apresentar ampla
adaptação aos locais de cultivo e estabilidade de produção ao longo
dos anos. Desta forma, este projeto propõe a avaliação de
genótipos/clones de bacurizeiro, camucamuzeiro, cajazeira e
muricizeiro com adaptabilidade e qualidade produtiva para os
diferentes ecossistemas de cultivo.
O projeto está composto por cinco planos de ação, sendo um de
gestão e quatro para o desenvolvimento de atividades de pesquisas.
As atividades descritas neste projeto permitirão identificar
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PROPOSTAS APRESENTADAS
genótipos/clones adaptado aos ambientes de cultivo com
estabilidade de produção, e também o melhor ambiente para o
cultivo de cada uma das quatro frutíferas em estudo. A adoção dos
resultados do projeto contribuirá para a melhor utilização dos
recursos genéticos de frutíferas nativas, para a melhoria da
qualidade de vida de populações rurais, pela comercialização e
consumo de produtos de alto valor nutritivo que complementarão a
dieta energética a calórica.
ET-21
BAGRES, PEIXES SECOS, CÂMBIO E DIVISAS NA AMAZÔNIA
(PESCADA DA AMAZôNIA): Bases para um possível
ordenamento pesqueiro para a Amazônia na Fronteira
do Brasil, Peru e Colômbia
José Francisco Magalhães Gonçalves
Aldeias da Amazônia
Tabatinga, AM
Bagres e Pescada é a denominação abreviada e acróstico de Bagres,
Peixes Secos, Câmbio e Divisas na Amazônia. É um projeto de
pesquisa, identificação, e publicação dos processos para:
dinamização econômica da circulação do peixe na fronteira do
Brasil com a Colômbia e Peru; inclusão produtiva do social excluído
na cadeia produtiva; diagnostico da diversificação desta cadeia;
análise e fortalecimento da base produtiva; e manutenção da
competitividade. Pretender ainda, incluir uma visão endógena da
infraestrutura de
comercio e câmbio de divisa na fronteira do Brasil demonstrando a
criação de cartel; ser um facilitador para um possível ordenamento
pesqueiro para a Amazônia na Fronteira do Brasil, Peru e Colômbia.
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Estende-se desde Bogotá e Colômbia, passando pela
Mesorregião do Alto Solimões, Rio Amazonas, Rio Purus e Içá, Baixo
Amazonas (Pará), e Rio Madeira (Rondônia).
ET-22
MICROELETRÔNICA E BIOELETRÔNICA: ESTRATÉGICOS PARA A
SUSTENTABILIDADE
Jose Roberto Casarini; Mario Raymundo Oliveira Sobrinho
Centro de Ciência Tecnologia e Inovação do PIM
Manaus, AM
Aplicação de sensores para conhecimento e controle das variáveis
do ambiente da floresta amazônica e controle da atividade de
extratos naturais incorporados em cosméticos, ou sua caracterização
para fim comercial com garantia de presença dos compostos ativos;
Processo de preparo do sensor eletrônico e do sistema de coleta e
transmissão de dados por RF. A associação das técnicas de
microeletrônica como litografia para formação do semicondutor de
silício, estendido ao preparo de camadas auto-organizadas de
compostos orgânicos, como os peptídeos, vai permitir efetuar
milhares de associações entre proteínas e efetuar diagnósticos no
próprio local de consulta medica. O processo conjunto - deposição
de marcadores biológicos com circuitos integrados - é investigado
pela Intel Corp (Intel’s Integrated Biosystems Laboratory). O Estado
da Bahia já dispõe de um Tecno-centro com o propósito de
desenvolver a bioinformática e biosensores, tendo como justificativa
a complexa biodiversidade da Bahia. O Estado do Amazonas com a
maior biodiversidade do planeta, tem a oportunidade de entrar
neste rol de desenvolvedores da biodiversidade. Esta proposta é
parte integrante de ação estruturante inserido no Programa de
Microeletrônica e Microssistemas da Amazônia (PMMA) e visa dar
sustentabilidade ao conjunto de desenvolvimento tecnológico e
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PROPOSTAS APRESENTADAS
capacitação de mão de obra para empresas de base tecnológica em
complemento as montadoras do polo industrial de Manaus, e tem
sua atuação estendida a Bioeletrônica.
ET-23
Manejo de Pastagem Ecológica Para uma Pecuária
Sustentável na Amazônia, no Brasil e no Mundo
Jurandir Melado
Fazenda Ecológica - Pecuária Sustentável
Guarapari, ES
O presente trabalho tem como principal objetivo, continuar e
consolidar a divulgação dos trabalhos desenvolvidos na Fazenda
Ecológica Santa Fé do Moquém, que resultaram na formalização da
Tecnologia do Manejo de Pastagem Ecológica, buscando seu
reconhecimento oficial como a melhor alternativa para alcançar o
Manejo Sustentável de Pastagens, sem o qual não é possível nem
pensar numa Pecuária Sustentável e em equilíbrio com o Meio
Ambiente.
Os objetivos específicos são relatar desenvolvimento da tecnologia
do Manejo de Pastagem Ecológica, realizado na Fazenda Ecológica
Santa Fé do Moquém em Mato Grosso, a partir de 1987; detalhar os
procedimentos usados na Formação Ecológica de Pastagens no
cerrado; descrever como a cerca elétrica padrão Fazenda Ecológica
concorre para a viabilização técnica e econômica do Manejo
Sustentável de Pastagens; descrever o Pastoreio Racional Voisin,
como a base técnica e científica do manejo de Pastagem Ecológica;
relatar a evolução da divulgação da Pastagem Ecológica, de 1993
até os dias de hoje; relatar a divulgação da Pastagem Ecológica na
Região Amazônica, principalmente através das atividades inseridas
no Programa Fogo, da Cooperação Brasil – Itália; listar as
publicações responsáveis pela divulgação da Pastagem Ecológica;
explicar a aplicação da Pastagem Ecológica por produtores
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particulares e Programas institucionais voltados para o
desenvolvimento sustentável; relatar a criação da “Rede nacional de
Unidades Demonstrativas de Manejo Sustentável de Pastagens”, que
está sendo montada em parceria com produtores, com apoio
Institucional do Programa Fogo da Cooperação Brasil / Itália;
especificar os “Serviços ambientais”, proporcionados pelo “Manejo
de Pastagem Ecológica”, viabilizando a Pecuária Sustentável, com
benefícios para as áreas técnica, ambiental e econômica; e destacar
que a Pecuária Sustentável, com o emprego do Manejo Sustentável
de Pastagens, baseado no Pastoreio Racional Voisin e a Pastagem
Ecológica, representa uma alternativa prática, viável e econômica
para colocar a pecuária do lado positivo da luta contra o
aquecimento global do planeta Terra.
ET-24
Katy Maia
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Londrina, PR
Esta pesquisa examinou o impacto do comércio internacional, da
mudança tecnológica e do consumo final na estrutura de emprego,
por nível de qualificação da mão de obra do Brasil, entre 1985 e
2003. A fim de alcançar os objetivos propostos, os autores
empregaram uma metodologia inspirada no estudo de Greenhalgh
et al. (1998), utilizando dados das matrizes de insumo-produto e da
Pnad, ambas do IBGE, de 1985 e 2003.
A decomposição dos fatores que provocaram a mudança no
emprego mostrou que o trabalhador qualificado foi beneficiado,
vis-à-vis o menos qualificado, nesse período, revelando que o
processo de liberalização comercial, o consumo final e as mudanças
tecnológicas contribuíram para estas transformações. Assim, vale
detalhar as conclusões do estudo em relação ao quantum de
emprego criado e eliminado e suas modificações relativas.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
No agregado, o país cresceu em número de ocupações, a despeito
da eliminação produzida principalmente na agropecuária, indicando
uma compensação de empregos conseguida pelos setores industrial
e de serviço. Em todos os setores da economia o nível de
qualificação cresceu vertiginosamente, sendo que a contribuição da
indústria mostrou-se positiva na geração de ocupações qualificadas,
embora menos expressiva do que a contribuição do setor de
serviços.
Particularmente, o impacto da variação do consumo final sobre o
emprego teve grande peso na geração de novos postos de trabalho
em todos setores da economia brasileira. Além do mais, foram
acrescidos em 148,62% os empregos qualificados nesses setores.
O efeito positivo do comércio exterior sobre o quantum de emprego
foi verificado, embora relativamente o nível de emprego qualificado
tenha crescido tanto quanto o de menos qualificado. O recorte no
interior da variável “exportações líquidas” evidencia a importância
das exportações em relação das importações para o incremento do
emprego em todas as atividades. O setor exportador como gerador
de emprego colabora mais do que proporcionalmente às
importações e, além disso, promove mais a mudança relativa em
favor dos empregos qualificados.
Por outro lado, o resultado da mudança tecnológica no emprego foi
negativo e atingiu mais profundamente os trabalhadores menos
qualificados, o que não surpreende, visto que as inovações
tecnológicas tendem a reduzir os requisitos de mão-de-obra por
unidade de produto, eliminando, dessa forma, postos de trabalho
menos qualificados vis-à-vis a geração, em menor proporção, de
postos qualificados.
Ainda sobre a mudança tecnológica, deve ser destacado outro
importante aspecto, o qual se refere, especificamente, à variação das
compras de bens de capital. Tal variação revelou nítida
complementaridade entre qualificação da mão de obra e tecnologia,
refletindo, por conseguinte, maior produtividade do trabalho.
Logo, devido à influência da liberalização comercial na aquisição de
novas tecnologias, as quais, por sua vez, afetam diretamente o
capital humano, admite-se quão difícil é a tarefa de tentar isolar as
variáveis do comércio e da mudança tecnológica. Neste contexto, a
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metodologia empregada no presente ensaio merece o devido
reconhecimento pelo pioneirismo, porque procura se aproximar, ao
máximo, do mundo real, sem perder de vista suas limitações, já que
não contempla as demais variáveis que podem afetar o mercado de
trabalho, tais como a entrada de investimento estrangeiro,
privatizações de empresas estatais, entre outras, além de utilizar a
escolaridade como proxy para a qualificação da mão de obra. Tais
limitações devem ser consideradas na análise dos resultados, os
quais podem contribuir para a formação de política de emprego.
Ao final, pode-se constatar que, entre os anos de 1985 e 2003, houve
uma expressiva mudança na estrutura de emprego, em favor do
trabalho qualificado, motivada pela liberalização comercial, pelo
consumo e pela mudança tecnológica em todos os setores da
economia brasileira, enfatizando que o comércio exterior e as
mudanças tecnológicas são mais intensamente responsáveis pelas
alterações na estrutura de emprego.
ET-25
VIABILIDADE DE CULTIVO DA SERINGUEIRA PARA AMAZÔNIA
TROPICAL ÚMIDA COM COPAS ENXERTADAS RESISTENTES AO
MAL-DAS-FOLHAS
Larissa Alexandra Cardoso Moraes
Embrapa
Londrina, PR
As técnicas do cultivo de clones de seringueira com copa própria,
supostamente dotados de resistência estável ao mal-das-folhas
(Microcyclus ulei), foram ampla e intensamente difundidas na
Amazônia, em cursos de especialização para profissionais de nível
médio e de nível superior, durante a execução do Programa de
Incentivo à Produção de Borracha Natural (Probor, 1972-1986), cujos
cursos foram consolidados com a experiência adquirida nas frentes
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PROPOSTAS APRESENTADAS
de serviço dos órgãos de extensão e de pesquisa. A frustração desse
programa, frente às epidemias do mal-das-folhas, é plenamente
conhecida.
Além da volumosa bibliografia publicada no Brasil e no exterior
sobre diferentes aspectos da heveicultura, o estado da arte e dos
conhecimentos na Amazônia ficou registrado nos documentos
denominados como Sistemas de Produção, produzidos para
diferentes Estados da região, os quais serviram para elaborar
projetos de financiamento do cultivo e para assinalar o conjunto de
tecnologias válidas para aquela época, e que na maioria continuam
sendo, exceto quanto ao problema do mal-das-folhas ou algumas
inovações a serem introduzidas.
O presente trabalho tem como objetivo principal servir de roteiro
para a elaboração e introdução da cultura ajustados às
peculiaridades regionais da Amazônia tropical úmida, incorporando
os conhecimentos obtidos no antigo Centro Nacional de Pesquisa de
Seringueira e na atual Embrapa Amazônia Ocidental, abrangendo
novos enfoques para a obtenção de clones de copa, seleção de
combinações copa/painel precoces e de alta produtividade bem
como o ajuste da técnica da enxertia de copa, única solução
atualmente disponível para o problema, com protótipos
tecnológicos prontos para a fase de transferência e difusão.
Em relação aos procedimentos de manejo e condução anteriores,
foram introduzidas modificações na adubação. A substituição do
sulfato de magnésio (9,0% de Mg) no segundo ano de plantio, que
forma mistura altamente higroscópica com a uréia, por calcário
dolomítico (mais de 12% de MgO), com a vantagem do aporte
adicional do cálcio. Para suprir possível carência de enxofre,
recomenda-se aplicar 25% do nitrogênio na forma de sulfato de
amônio (20% de N e 22% de S), cuja mistura com a uréia (44% de N)
resulta em perda mais lenta do nitrogênio por volatilização. Devido
à ocorrência frequente de carência de cobre (Cu) e de zinco (Zn) e
tendo em vista, recentes resultados de resposta ao boro (B), estes
devem ser incluídos em mistura com os superfosfato triplo (40% de
P2O5), aplicado de uma só vez, na cova e no início dos anos
seguintes, conforme análise de solo e foliar. De acordo com as
necessidades das plantas e das condições climáticas que favorecem
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a volatilização e lixiviação, as aplicações dos adubos solúveis devem
ser fracionadas.
Este documento foi redigido nos moldes dos Sistemas de Produção,
nos quais são omitidos no texto as referências bibliográficas e os
dados dos trabalhos originais de pesquisa. No item 2.8.1 foi feita
uma breve apresentação sobre a obtenção e seleção dos clones de
copa e combinações copa/painel, enfatizando-se a necessidade de
experimentação muito mais ampla envolvendo novas combinações
e os argumentos em favor dos ajustes locais de técnicas.
ET-26
Crescimento Econômico Endógeno e Externalidades
da economia nos municípios Paraenses 2002/2009:
Um estudo de aplicação econométrica espacial
Lúcia Cristina de Andrade Lisboa da Silva
Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social do Estado
do Pará (Idesp)
Belém, PA
Na teoria econômica, atualmente, os estudos para a explicação do
crescimento econômico de municípios, cidades, países, região, etc,
considerando o contexto espacial, tem sido realizado por meio da
verificação das externalidades espaciais. A partir da teoria da Nova
Geografia Econômica (NGE) e do desenvolvimento de modelos
econométricos espaciais, tem sido possível identificar quais variáveis
econômicas, ambientais e sociais podem influenciar no crescimento
econômico de determinado município com efeitos
transbordamentos espaciais para seus vizinhos.
As aplicações de modelos da economia espacial têm ampliado o
poder de análise das relações econômicas. Neste aspecto, a NGE, a
partir dos trabalhos de Krugman (1991), incorporou novas
contribuições e possibilidades às teorias do crescimento econômico.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Com base nas ferramentas da NGE, é possível testar a existência de
algum tipo de dependência espacial entre as variáveis ocorridas e
identificar a existência de algum tipo de externalidade positiva ou
negativa.
Glaeser (1995), no estudo sobre o crescimento das cidades
americanas buscou identificar a relação entre as características
urbanas em 1960 e o crescimento urbano de 1960 até 1990. Nesse
modelo, as cidades foram tratadas como economias separadas que
dividem trabalhos e capital em comum. O modelo admitiu a perfeita
mobilidade dos fatores capital e trabalho, incorpora as
características iniciais das cidades e supõe que trabalho e capital
diferem de cidades somente no nível de produtividade e de
qualidade de vida.
O estudo de Glaeser (1995) concluiu que a variável chave para o
crescimento das cidades é o nível de educação inicial da população.
Nas conclusões de suas análises, fica explicita a conexão entre
crescimento e nível de capital humano inicial. O crescimento decorre
das externalidades geradas pela escolaridade da população
economicamente ativa que atua de forma positiva para o aumento
da produtividade do trabalho.
No Brasil, Oliveira (2004), elaborou estudo empírico sobre os
determinantes do crescimento econômico das cidades cearenses, na
década de noventa, para verificar a presença de externalidades
espaciais no estado, adotou a concepção teórica da nova teoria do
crescimento econômico e da Nova Geografia Econômica e utilizou as
contribuições metodológicas da econometria espacial.
O modelo econométrico espacial utilizado segue o proposto por
Glaeser (1995), e demonstrou não haver evidência estatística para
convergência de rendas per capita nas cidades cearenses no período
estudado, assim como o capital humano e urbanização têm
significativa importância na promoção de externalidades positivas e
os Knowledge Spillovers (transbordamento de conhecimento), geram
crescimento econômico não só para uma cidade, mas também para
a sua vizinhança.
No estudo do crescimento das cidades brasileiras na década de
noventa, Oliveira (2006), além de verificar os determinantes do
crescimento econômico, também buscou explicações para o
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crescimento populacional das cidades, com base na mesma
metodologia utilizada por Glaeser (1995) e encontrou evidências
significativas dos efeitos dos custos dos transportes no crescimento
econômico e a influência da criminalidade e congestionamentos,
que se configuraram em externalidades negativas e atuam como
fatores que reduzem o crescimento econômico.
Pimentel e Haddad (2004), utilizando dados das microrregiões de
Minas Gerais, analisaram a renda do trabalho per capita, em cada
setor (agropecuário, indústria e serviços), os autores verificaram na
parte oeste do estado a ocorrência de regiões com elevados níveis
de renda per capita cercada de regiões com a mesma característica,
sobretudo o setor agropecuário. E na parte nordeste do Estado, a
presença de regiões com baixas rendas cercadas por regiões de
desempenho similar.
Resende (2005), utilizando técnicas da Econometria Espacial,
estimou um modelo para identificar os spillovers que afetaram as
taxas de crescimento da renda per capita dos municípios mineiros
entre 1991 e 2000. Os resultados mostraram que as externalidades
espaciais, em seu conjunto, influenciaram as taxas de crescimento da
renda per capita dos municípios. Apresentaram efeitos de
transbordamento sobre os municípios vizinhos influenciando as
taxas de crescimento da renda per capita municipais, as variáveis:
taxa de crescimento da renda per capita municipal; nível da renda
per capita em 1991; percentual de domicílios com água encanada
(proxy de infraestrutura social); número médio de mortalidade
infantil até um ano de idade (proxy de saúde); e densidade
populacional.
Importantes resultados sobre localização, crescimento e spillovers,
são encontrados em Silveira Neto (2001). O trabalho oferece
evidências empíricas a respeito da presença de spillovers de
crescimento entre as economias dos Estados brasileiros para o
período de 1985 - 1997 e explora possíveis dimensões setoriais
desses efeitos, a partir da dinâmica regional de crescimento da
produtividade do trabalho dos setores agropecuário e industrial.
O objetivo deste trabalho é o de fornecer evidências empíricas sobre
a importância da localização para o crescimento econômico do Pib
per capita dos municípios paraenses, no período de 2002-2006, e
explorar as possíveis fontes econômicas e sociais determinantes do
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PROPOSTAS APRESENTADAS
crescimento. As variáveis escolhidas seguem as contribuições
teóricas da nova geografia econômica. As técnicas de estatística
espacial e econometria espacial são empregadas para avaliar o grau
de dependência econômica entre os municípios. A especificação do
modelo econométrico espacial foi realizada utilizando-se do modelo
espacial autoregressivo estimado pelo método de máxima
verossimilhança. Os resultados obtidos para o período 2002-2006,
mostram evidências estatísticas para associar espacialmente a taxa
de crescimento do PIB per capita de um determinado município
com os seus vizinhos.
ET-27
OBTENÇÃO DE MICRORGANISMOS DA AMAZÔNIA PRODUTORES
DE METABÓLITOS DE IMPORTÂNCIA ECONÔMICA
Luiz Antonio de Oliveira
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Manaus, AM
A biodiversidade da Amazônia tem despertado um grande interesse
internacional, devido às necessidades prementes mundiais de novos
produtos de uso comercial e industrial. Os bioprodutos dessa região
poderão resultar em dezenas ou centenas de bilhões de dólares por
ano, proporcionando aos amazônidas e brasileiros, melhores
condições de vida. Investir em pesquisas é de fundamental
importância para que esses bioprodutos sejam conhecidos e
comercializados futuramente. Produtos como enzimas e antibióticos,
encontrados em microrganismos, são os de maior interesse, devido
ao seu potencial de uso mundial. A aplicação industrial de
microrganismos, principalmente bactérias, fungos e leveduras, é
extremamente diversificada, proporcionando rendimentos
astronômicos. Exemplos clássicos são as fermentações, como as de
bebidas alcoólicas e álcool combustível, laticínios, ácidos orgânicos e
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fármacos, incluindo antibióticos. Outros produtos de origem
microbiana são enzimas e polímeros de aplicação industrial,
moléculas estereoespecíficas produzidas através de
biotransformação, aditivos alimentares (amino-ácidos) e vitaminas.
Microrganismos são também utilizados na formulação de
inoculantes para uso industrial e agropecuário, tais como
probióticos, inoculantes para biodegradação de compostos tóxicos
em tratamentos de efluentes, inoculantes para biorremediação
ambiental e inoculantes agrícolas. O número de enzimas conhecidas
pelo homem moderno é em torno de 5000, mas estima-se que na
camada de liteira da floresta amazônica possam existir entre 20.000
e 100.000 enzimas diferentes, indicando o potencial elevado a ser
explorado nesses sítios edáficos.
O objetivo desse projeto será encontrar microrganismos capazes de
produzir metabólitos de interesse econômico (agronômico, florestal
e industrial) e ecológico/econômico (biorremediação) da microbiota
dos solos da Amazônia. Para isso, serão realizados diversos
experimentos de laboratório, casa-de-vegetação e de campo para
atingir os objetivos propostos. Espera-se no final da pesquisa, além
de recursos humanos mais qualificados para trabalhar com C&T na
Amazônia, obter microrganismos capazes de excretarem substâncias
que possam agregar valor à biodiversidade regional, resultando em
bioprodutos (e patentes) para a bioindústria regional e nacional.
Dentre essas podem-se citar antibióticos, rizobactérias produtoras
de hormônios de crescimento vegetal, fungos e bactérias simbiontes
com as raízes das plantas, amilases, proteases, lipases, fosfatases,
oxigenases, nitrogenase, lacase, lignina peroxidase, etc. Além disso,
permitirá uma maior integração de instituições e pesquisadores dos
nove estados da região Norte brasileira.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ET-28
Desenvolvimento de plataforma para o Trânsito
Cidade
Luiz Eduardo Negro Vaz Leal
Trânsito Manaus
Manaus, AM
O aumento da frota das principais cidades do Norte do Brasil está
inversamente proporcional a ações do governo na questões de
mobilidade urbana. A proposta de desenvolvimento de uma
plataforma chamada Trânsito Cidade, onde é possível saber nas
principais cidades da Amazônia brasileira como está o
comportamento do trânsito, é uma saída afim de evitar
congestionamentos.
Tendo um histórico de já implantado de uma forma piloto em
Manaus, Belém, Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista, já contamos
com mais de 200 mil pessoas fazendo parte dessa plataforma, onde
desde 2009 vimos a necessidade de informações sobre trânsito para
o deslocamento de pessoas. Essa plataforma é social, ou seja,
alimentada pela própria população e com a sua moderação.
Com três simples espaços, teremos o primeiro para colocar o nome
da rua ou avenida; o segundo para colocar o sentido da avenida ou
rua; e terceiro para colocar a situação dela (tranquilo, lento ou muito
lento) e podendo divulgar caso exista algum acidente ou
intervenção. Após estes três passos, poderá ser divulgado para redes
sociais de sua escolha (Twitter e/ou Facebook) a fim de divulgação
para seus amigos.
Para pessoas que querem apenas consumir a informação, é somente
necessário entrar nessa plataforma web e fazer a consulta por cidade
ou rua específica.
A realização dessa plataforma a um custo de aproximadamente de
R$30.000,00 trará benefícios diversos para todas as cidades e sua
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população, uma vez que poderá se gastar menos tempo em
congestionamentos.
ET-29
ECOLOGYCA GREEN: ESTABILIZAÇÃO DE SOLO, CONTROLE DE
EROSÃO E POEIRA, TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES E
EQUIPAMENTOS PARA TRATAMENTO DE EFLUENTES
Magaly Castro
Ecologyca - Green Soluções Ambientais
Criciuma, SC
Nossa empresa foi fundada em 1994, e hoje concentramos nossos
esforços em buscar soluções alternativas para os diversos problemas
ambientais que vem surgindo na nossa região.
Nossa Empresa já atua em diversas regiões do Brasil e no Exterior,
tendo inclusive filial na em Buenos Aires, na Argentina, onde demos
parceria forte na construção de estradas secundárias.
Nossa equipe de engenheiros e técnica está empenhada no
momento, trabalhando arduamente para solucionar um problema
sério que temos aqui no sul do país, do passivo ambiental deixado
pelas nossas minas de carvão mineral, e seus efluentes com alguns
de nossos produtos e os equipamentos Ecofae, para tratamento de
água e efluentes para recuperação da área degradada.
Sugerimos aqui duas propostas:
A primeira proposta é um projeto da confecção de tijolos feitos com
o nosso Ecobric misturado apenas com o solo da região, prensados
com prensa manual de tijolos ou pode ser feito na prensa de tijolos
de cerâmicas que antes usavam lenhas em seu processo, só que a
proposta é fazer estes sem queima, e sem cimento ou aditivos. Este
produto não é prejudicial ao meio ambiente, e os tijolos, quando
secos, após 72 horas já podem ser utilizados.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A segunda proposta seria o uso do nosso outro produto
desenvolvido, o Imperlake, impermeabilizante permanente que
após sua cura se torna inerte, não prejudicando o meio ambiente
que pode ser usado para fazer canais para captar as águas das
chuvas ou isolar um poço feito no próprio solo, para fazer aterros,
minas, fundação de lagos, etc.
ET-30
Mundo Digital Interativo (MDI)
Manoel José dos Santos Sena
MDI
Belém, PA
O MDI, Mundo Digital Interativo, é uma iniciativa constituída por
profissionais com grande experiência na área da educação,
estruturada para desenvolver projetos de laboratórios digitais
interativos que proporcionem mobilidade no ensino,
disponibilizando as ferramentas necessárias para a realização de
experimentos e aulas práticas.
O MDI pretende aumentar a qualidade da Educação Básica no Brasil
e motivar a atividade intelectual dos alunos, envolvendo-os num
mundo de conhecimento, simplificando, ilustrando e tornando o
processo de aprendizagem mais atrativo.
O objetivo maior do MDI é promover uma verdadeira via de mão
dupla na educação do País, criando ambientes interativos digitais de
aprendizagem com acesso via internet. Por isso, o MDI busca
despertar o interesse dos alunos de uma forma inédita, usando
simuladores, onde o conhecimento é elaborado espontaneamente.
Ao mesmo tempo, o MDI resolverá o problema de implantação e
manutenção de laboratórios específicos nas escolas, diminuindo
sensivelmente os custos em geral. Além disso, o MDI procura facilitar
o desenvolvimento dos conteúdos programáticos para aumentar o
tempo de dedicação dos alunos às atividades extra-classe,
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atendendo exigências e expectativas dos professores com uso de
Tecnologia da Informação.
Para alcançar os objetivos, são adotadas estratégias que visam
privilegiar o marketing de relacionamento, utilizando intensamente
as mídias digitais por intermédio das Redes Sociais, e as parcerias
com Instituições de Ensino, com o objetivo de promover os produtos
do MDI junto aos alunos.
O MDI desenvolve programas de computador que simulam os mais
variados tipos de experimentos e equipamentos de laboratórios,
permitindo a visualização de fenômenos e processos por alunos e
profissionais da indústria. Ainda, promove a aplicação de
conhecimentos por meio de jogos digitais e estimula a troca de
experiências acadêmicas usando sua própria rede social.
O MDI busca despertar o interesse dos alunos e profissionais de uma
forma inédita, construindo procedimentos interativos, onde o
conhecimento é elaborado espontaneamente. Assim, pretende-se,
no prazo de uma década, que o MDI seja consolidado no mercado
da educação como uma cultura de aprendizado, capaz de melhorar
o nível de qualificação profissional de todas as classes sociais.
O crescimento e a consolidação do MDI deverão acontecer com
recursos próprios e recursos de terceiros.
ET-31
Centro de Tecnologias Alternativas e Capacitação
Técnica para o desenvolvimento de máquinas,
equipamentos, ferramentas e acessórios para
agregação de valor aos produtos extrativistas da
Amazônia
Maria Katherine Santos de Oliveira
Autônomo
Manaus, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Considerando a qualidade comercial, a segurança e a baixa
agregação de valor dos produtos regionais da Amazônia, observamse inúmeras oportunidades de negócio e, em equivalente proporção
fatores que limitam o desenvolvimento de novos produtos ou,
simplesmente impedem o aumento do valor agregado destes. Neste
cenário, identifica-se a necessidade de um espaço físico, localizado
na sede de um dos municípios da Amazônia brasileira, capaz de
realizar testes simples de processamento, assim como a promoção
da concepção, desenvolvimento e validação de meios de produção
para o beneficiamento das matérias-primas agroextrativistas.
Neste sentido, propõem-se o Centro de Tecnologias Alternativas e
Capacitação Técnica, o qual será um espaço destinado a
identificação de gargalos tecnológicas nas cadeias produtivas de
importância econômica, social e ambiental para a Amazônia. Nele,
serão desenvolvidas atividades que busquem viabilizar e diversificar
a economia regional utilizando racionalmente os recursos naturais
amazônicos, os modelos de produção extrativista ou
agroextrativistas e, os princípios do desenvolvimento sustentável.
Propõe-se que na área das instalações físicas haja uma sede
(ofertando serviços de informática, salas para treinamento técnico
especializado, biblioteca, local para hospedagem, loja divulgando os
produtos regionais, vinculando-os à educação para o consumo
consciente e responsável, além de ser o espaço físico para a gestão
administrativo e financeiro do Centro). Visando integrar teoria e
prática, propõem-se construir o local utilizando técnicas de bio e
eco-construção.
Em outro espaço integrado à Sede, porém independente, propõemse a instalação de Unidades-piloto destinadas a realização de
ensaios tecnológicos para avaliação de processos, máquinas,
equipamentos, ferramentas e acessórios focados na otimização e/ou
desenvolvimento de meios de produção e produtos que maximizem
a agregação de valor às matérias-primas regionais e, estejam de
acordo com as exigências legais e recomendações técnicas vigentes.
A princípio, sugere-se implantar unidades básicas para: (a)
desidratação de vegetais, (b) produção de extratos vegetais, (c)
desenvolvimento de produtos com insumos regionais, (d)
aproveitamento de plantas medicinais. (e) obtenção de corantes
naturais.
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Visando maximizar o uso do espaço físico, propõe-se que o Centro
funcione por meio de programas técnicos, sendo estes: (i) Programa
de Formação Sustentável (exemplos: treinamentos para o
fortalecimento da organização e desenvolvimento social, noções de
sustentabilidade e manejo dos recursos naturais, tecnologia
apropriada, qualidade comercial da produção, agricultura
sustentável, economia solidária, dentre outros). (ii) Programa de
Capacitação Profissional (integração de estudantes de diversos
cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, buscando a
aplicação prática dos princípios de sustentabilidade em suas
respectivas áreas de trabalho, por meio do intercâmbio de
experiências). (c) Programa de Aproveitamento da Matéria-prima
Vegetal (otimização de processos, produtos e meios de produção).
(d) Programa de Apoio aos Processos Produtivos (desenvolver e
disseminar tecnologias e práticas que apoiam os processos
produtivos, fornecimento de energia, abastecimento de água
potável, tratamento de resíduos, efluentes e emissões, dentre
outros). (e) Programa de Captação de Recursos Financeiros
(estabelecimento de convênios, visitas, cursos, serviços, eventos,
entre outros para viabilizar o funcionamento do Centro).
(f) Programa de Estratégias de Marketing e Comercialização (design
de produtos, embalagens, identificação de mercados alternativos,
registro de marcas e patentes, certificação de produtos, dentre
outros). Na Figura 1, em anexo, é apresentado um desenho
esquemático ilustrando a proposta.
ET-32
VISUALIZAÇÃO DA SUBMISSÃO
Moacir Haverroth
Embrapa Acre
Rio Branco, AC
Busca estudar o etnoconhecimento e as práticas ligados aos
recursos naturais e à agrobiodiversidade entre os Kaxinawá,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
promover sua valorização através de ações de intercâmbio e troca
de saberes, investir em melhorias dos sistemas produtivos e na
conservação de recursos genéticos. O foco do projeto são os
Kaxinawá da região do Alto Rio Envira, município de Feijó (AC),
compreendendo a Terra Indígena (TI) Kaxinawá de Nova Olinda.
Com uma população de cerca de 250 pessoas, esse grupo possui
uma boa organização social e política e tem buscado o
fortalecimento da identidade cultural, ao mesmo tempo em que se
preocupa com a preservação da TI. Assim, a Embrapa Acre foi
demandada pelas lideranças kaxinawá dessa TI a fim de dar-lhes
suporte na implantação de práticas de conservação ambiental e
produção e dar visibilidade ao grupo em questões culturais
relacionadas ao uso de recursos vegetais.
As discussões com o grupo deram origem a esta proposta de
projeto, cujo desafio é mostrar como o diálogo entre o
etnoconhecimento e o conhecimento técnico-científico pode dar
respostas positivas à gestão territorial e ambiental, melhorar a oferta
de alimentos, conservar recursos genéticos importantes, valorizando
a cultura local. Para dar conta das questões colocadas, a proposta foi
estruturada em planos de ação responsáveis por atividades
relacionadas com: vegetais utilizados como recursos terapêuticos e
rituais; agrobiodiversidade e produção de alimentos; caracterização
dos solos e mapeamento espacial e temporal do uso da terra;
intercâmbios com outras TI, oficinas de troca de saberes, produção
de material impresso e visual dirigido ao grupo e divulgação.
A proposta enfatiza metodologias participativas, da etnobotânica,
da etnoentomologia e da etnopedologia e práticas agroecológicas.
Como resultados, espera-se o desenvolvimento de metodologias e
processos capazes de atender as necessidades dos kaxinawá e servir
de referência para contextos semelhantes no que se refere à gestão
territorial e ambiental, conservação de recursos genéticos e melhoria
das condições de vida através de práticas de manejo e produção
sustentáveis.
Valorizar os conhecimentos tradicionais através de ações de
intercâmbio e troca de saberes, estudar a agrobiodiversidade e
desenvolver ações de melhoria e diversificação da produção aliando
conhecimento tradicional e técnico-científico.
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ET-33
ANÁLISE QUÍMICA E SENSORIAL DA PASTA DE TUCUMÃ
(Astrocaryum aculeatum G. Mey.)
Nathalia Siqueira Flor
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Manaus, AM
O tucumã é um fruto bastante apreciado no município de Manaus.
A polpa é nutritiva e fonte de carotenóides com atividades de próvitamina A. Com o consumidor mais consciente e exigente,
aumentará a demanda por produtos novos, com maior valor
agregado, seguros e nutritivos. O trabalho avaliou a composição
centesimal e os aspectos sensoriais da pasta de tucumã elaborada
com diferentes proporções de ingredientes. Na polpa triturada,
avaliou-se o teor de umidade, pH, acidez, cinza, proteína, lipídio,
fibra, carboidrato, calorias e carotenóides. Foi realizada uma análise
sensorial da pasta de tucumã elaborada com diferentes proporções
de creme de leite e requeijão, com e sem adição de temperos.
As amostras que continham menor proporção de creme de leite e
requeijão apresentaram menores quantidades de lipídios e
proteínas. A amostra que continha as mesmas proporções de
ingredientes e a adição de tempero foi a de maior preferência entre
os provadores, com aceitação de 93%. O uso do tucumã é uma
excelente opção de investimento em indústrias alimentícias, visto a
grande aceitação do fruto e de subprodutos como a pasta de
tucumã proposta neste trabalho.
ET-34
Sistema Híbrido Eólico: Solar de Geração Elétrica
Sustentável da Ilha dos Lençóis, Cururupu (MA)
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Osvaldo Ronald Saavedra Mendez
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
São Luís, MA
O Programa Luz para Todos do Governo Federal determina que
todos os consumidores, residenciais ou não, tenham acesso à
energia e sejam atendidas até determinado prazo. Em outras
palavras, obriga todas as concessionárias em operação no Brasil a
abastecerem eletricamente a totalidade das residências que não
disponham de energia elétrica até os dias de hoje, não importando
mais se esses consumidores estão dispersos ou se são pequenos.
Este é um desafio de grandes dimensões, que para ser atendido,
demanda de soluções clássicas e de soluções inovadoras. Este
trabalho se concentra na problemática de como atender a
comunidades que residem nas numerosas ilhas do litoral Brasileiro, e
mais especificamente, no litoral do Maranhão. O Núcleo de Energia
Alternativas é responsável por este projeto piloto inovador para
atender a esse tipo de comunidades, consistente do
desenvolvimento e implantação de um sistema de geração hibrida
eólico – solar para atender a ilha de Lençóis, na região de Cururupu.
O sistema é composto de três turbinas eólicas de 7.5 kW e um
conjunto de 164 painéis fotovoltaicos interligados de forma a gerar
uma potência aproximada de 20 kW.
ET-35
BOAS PRÁTICAS DE MANEJO: Desenvolvimento de
Equipamento para Captura, Contenção, Despesca e
proteção na AqUicultura
Ozely de Souza Oliveira e Viviane Fernandes Oliveira
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Manaus, AM
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O potencial do Brasil para o desenvolvimento da aquicultura
piscicultura é imenso, constituído por 8.400 km de costa marítima,
5.500.000 hectares de reservatórios de agua doces,
aproximadamente 12% da água doce disponível no planeta, clima
extremamente favorável para o crescimento dos organismos
cultivados, terras disponíveis e ainda relativamente baratas na maior
parte do país, mão de obra abundante e crescente demanda por
pescado no mercado interno.
A Amazônia com uma vasta quantidade de águas doces em seus
interiores poderá contribuir para o abastecimento de pescado da
população brasileira, mais existem alguns gargalos no que se refere
ao cultivo de peixe e seu manuseio em viveiros para captura,
contenção, despesca, proteção, e alimentação uniforme dos peixes
tambaqui (Colossoma Macropomum) Matrinxã (bryconamazonicum) e
outros em viveiro na região. Entre estes gargalos apresenta-se o
método de manejo em tanque escavado que há muito tempo vem
sendo feito da mesma forma, ou seja, manualmente, precisando da
força humana para efetuar estes processos. O projeto possibilitará
estabelecer sistema tecnológico que reduzira as perdas na
aquicultura (piscicultura) cultivo de peixe em viveiro.
O projeto tem o objetivo de desenvolver um equipamento (anexo 1)
para manuseio de captura, contenção, despesca e proteção que
substituirá a mão de obra humana no manejo em tanque escavado.
O sistema proposto consiste de um equipamento (anexo 3) suspenso
por cabo de aço sob o tanque escavado que possibilite anexar em
sua estrutura diferentes medidas de malhas de rede de pesca para
processo de manejo e arrasto horizontal no interior do tanque
escavado com sistema manual ou automatizado para puxar, que
consiste também de rede de proteção ante pássaro e libélula
(odonata) com recolhimento automatizado, consiste também de
retirada e controle de vegetação e organismos indesejados no
interior do tanque escavado, com objetivo de melhorar o ph da
água, evitar perdas, aumentar a produção de peixe, e facilitar os
aquicultores, piscicultores na Amazônia. Atualmente o processo de
produção e manuseio dos peixes em tanque escavado (viveiros), há
muito tempo vem sendo feito da mesma forma com a necessidade
que quatro pessoas adentrem no tanque escavado para fazer
processos de manuseio de captura, contenção, despesca e proteção.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Este processo é ineficiente e são relatadas muitas perdas, de origem
predatória e proliferação de plantas e organismos indesejáveis que
competem com o peixe por oxigênio dissolvido na água. E por falta
de um equipamento adequado. Os desafios construtivos do
equipamento demandam por conhecimentos designe mecânico
construtivo. Neste sentido o pesquisador proponente atende a estes
requisitos. O desenvolvimento do projeto se dará em uma instituição
de pesquisa do Estado do Amazonas e contemplará os passos
necessários para o desenvolvimento do equipamento que será feito
em três etapas. Na primeira etapa do projeto será feito o
desenvolvimento das etapas de otimização do sistema para
manuseio Captura, Contenção, Despesca e proteção com sistema de
rede ante pássaro, teste de eficiência do sistema. Na segunda etapa
do projeto este equipamento será testado pela equipe de suporte
técnico em escala menor, quando será disponibilizado para
Secretaria de Produção Rural para realização de testes em escala
real. No final do projeto será feito um pedido de proteção intelectual
do produto gerado na pesquisa.
ET-36
Sistema de Informação para Rastreabilidade da
Legalidade de Produtos Florestais: Madeira de Espécies
Nativas
Pedro Luiz Pizzigatti Corrêa; Adriana Maria Nolasco; Edson
Vidal da Silva; Daniel Lins da Silva
Universidade de São Paulo (USP)/Escola Politécnica e Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq)
São Paulo, SP
A produção florestal é uma atividade de importância fundamental
para a economia brasileira. Estudos mostram que a ilegalidade na
produção da madeira na região Amazônica chega a 80% do total
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produzido. Esta madeira ilegal se transforma em legalizada ao longo
da sua cadeia de suprimentos, graças às falhas nos sistemas de
controle e monitoramento do Estado. Este projeto propõe analisar
os problemas operacionais e computacionais existentes no
gerenciamento e no monitoramento do processo produtivo de
madeira nativa, que contribuem para a ilegalidade da madeira, e
apresentar como resultado a modelagem de um sistema
computacional, baseado em uma arquitetura orientada a serviços,
que busca por meio da integração dos sistemas envolvidos o
registro de informações das diversas etapas produtivas. Para isso,
será definido um modelo de informação que utiliza o padrão de
metadados e Fids, projetado para controlar transações eletrônicas
na indústria florestal, e uma base de dados centralizada, na qual as
informações desse processo serão registradas e relacionadas,
possibilitando a rastreabilidade dos produtos e insumos florestais
durante todo seu ciclo de vida, viabilizando a identificação da
origem florestal e a legalidade da exploração destes produtos para
as empresas e consumidores finais.
ET-37
PARCAGEM COMO PRÁTICA AGROECOLÓGICA DE FERTILIZAÇÃO
DO SOLO PARA PRODUÇÃO DE MANDIOCA POR AGRICULTORES
FAMILIARES DOS LAGOS DE TRACUATEUA (PA)
Raimundo Nonato Brabo Alves
Embrapa Amazônia Oriental
Belém, PA
O sistema de parcagem consiste na aplicação localizada de esterco
de gado para fertilização do solo, feito por determinado número de
animais que ficam confinados durante a noite numa área reduzida,
selecionada previamente para cultivo de mandioca. Essa técnica
vem sendo praticada em Tracuateua há mais de uma geração, mais
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ainda existem entraves no sistema de produção que precisam de
melhorias, tais como: definição do número de animais confinados e
do período de duração da parcagem em relação à área a ser
fertilizada, seleção e introdução de novas variedades de mandioca e
adoção de boas práticas de cultivo da mandioca.
O projeto tem como objetivo aperfeiçoar o método da parcagem de
Traquateua e difundi-la como prática agroecológica visando o
aumento da produtividade de mandioca em nível de propriedades
da agricultura familiar, com respeito ao ambiente, inclusão social e
redução das desigualdades. O público-alvo do projeto é formado
por técnicos da assistência técnica e agricultores familiares de
30 comunidades, com ênfase nas associações de agricultores que
cultivam a mandioca em sistema de parcagem e preparo de área
com tração animal e construção de leiras, abrangendo um total de
360 famílias na Região dos Lagos de Tracuateua. Será estimulada a
formação de parcerias para criação de um Comitê Gestor com
representantes de instituições de pesquisa, de assistência técnica, de
crédito, de desenvolvimento e dos agricultores familiares para
discutir temas relacionados à agricultura familiar no município.
As ações serão focadas no aperfeiçoamento do método de
parcagem visando diminuir em pelo menos 20 a 30% os custos de
produção e aumentar a produtividade da mandioca em até 50 %,
por meio da seleção e introdução de variedades mais produtivas e
boas práticas de cultivo. Os resultados serão difundidos por meio de
cursos, instalação de unidades demonstrativas, dias de campo e
materiais didáticos produzidos em linguagem e conteúdos
adaptados às mídias e canais de comunicação das comunidades de
agricultores e do município. O projeto foi planejado para ser
executado em 36 meses com um orçamento total de R$ 230.959,50,
com relação custo/benefício da ordem de R$ 641,55 por família a ser
atingida. A fertilização de solos com adubos químicos não se
socializou na Amazônia por limitações como indisponibilidade dos
insumos e preços elevados. Portanto, com o novo contexto da
sustentabilidade a difusão de sistemas agrícolas de processos, como
a parcagem e tecnologias e processos, são exatamente os sistemas
que dependem somente dos recursos disponíveis na propriedade e
que promovem a autonomia do agricultor familiar.
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ET-38
LABORATÓRIO DE MUTAGENICIDADE E ECOTOXICOLOGIA DA
AMAZÔNIA (LABMEA): A DESCOBERTA DA ATIVIDADE
MUTAGÊNICA PARA PREVENÇÃO AO CÂNCER E PATOLOGIAS
CARDIOVASCULARES, DEGENERATIVAS E ALTERAÇÕES
METABÓLICAS
Renilto Frota Corrêa
Autônomo
Manaus, AM
A avaliação da atividade mutagênica e ecotóxica de produtos e
processos é imprescendível para a prevenção de doenças crônicas
cardiovasculares, degenerativas em adição ao processo de
carcinogênese e alterações metabólicas prejudiciais a saúde humana
e ao ambiente. Com o teste de Ames é possível obter informações
preliminares de ação genotóxica em linhagens de Salmonella
typhimurium, sensíveis às substâncias capazes de induzir diferentes
tipos de mutação. O controle dos agentes ecotóxicos em efluentes
líquidos é realizado através dos ensaios de toxicidade crônica
utilizando Ceriodaphnia dubia, visando determinar os efeitos
deletérios causados por estes efluentes. Os testes de atividades
mutagênica e ecotóxica são preconizados pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil e por agências internacionais
como a Organização Mundial de Saúde (OMS), Food and Drug
Administration (FDA) nos Estados Unidos da América e a
Organization for Economic Cooperation and Development (OECD)
da Comunidade Européia. O projeto objetiva a criação do primeiro
Laboratório de Mutagenicidade e Ecotoxicologia da Amazônia
(LabMEA) na Região Norte para testes pré-clínicos in vitro e análises
de medicamentos, corantes, conservantes, cosméticos, inseticidas,
desinfetantes e outros. O LabMEA ainda certificará os produtos e
processos de indústrias e empresas que não contaminam com
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PROPOSTAS APRESENTADAS
mutágenos o ambiente e os seres vivos da região. Com a criação do
LabMEA e suas análises de produtos e processos toda a sociedade
será beneficiada na prevenção e no controle da contaminação do ar,
solos e dos recursos hídricos por substâncias ecotóxicas e
mutagênicas nocivas a saúde humana e ao ambiente, beneficiando
toda a cadeia produtiva agregada à produção industrial na
Amazônia.
ET-39
A Aplicação de um Treinamento com o Videogame Xbox
360/Kinect na Otimização do Equilíbrio Ortostático
Sem Apoio em Paciente Lesado Medular: Estudo de caso
Roberta Nency Carvalho Hardi
Cathedral
Boa Vista, RR
Recentemente evidências científicas indicam que o uso da realidade
virtual com videogames oferece ao paciente, além de motivação no
tratamento, ganhos funcionais na reabilitação. O Xbox 360 da
Microsoft é um videogame que, diferente dos existentes no
mercado, lançou um acessório denominado Kinect que consiste em
um sensor que exclui a necessidade de um controle (joystick).
O sistema faz uma leitura do corpo do jogador, os movimentos são
precisos e adaptáveis às atividades de vida diárias. Em pacientes
portadores de sequelas motora é de grande valia, pois a inclusão do
videogame na terapia permitie que o paciente execute os
movimentos total ou parcialmente para que o sensor Kinect capte e
transmita para o televisor, fazendo com que ele se sinta de fato
dentro do jogo e dotado de sua consciência corporal.
A lesão medular é uma agressão à medula espinal resultando em
mudanças temporárias ou permanentes, da função motora,
sensitiva, autonômica normal. O tipo de traumatismo raquimedular
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(TRM) e sua localização determinam a natureza e a extensão da
lesão, gerando diversas disfunções, como a alteração do equilíbrio o
que influencia a marcha, alteração do tônus muscular e da
flexibilidade articular, interferindo negativamente nas atividades
funcionais e na qualidade de vida.
A reabilitação da marcha difícil e onerosa, os pacientes muitas vezes
são incapazes de produzir a força muscular necessária para manter a
postura e caminhar. Nestes casos, é preciso prover suporte para
proteção de quedas como barras paralelas, muletas, bengalas,
andadores. Outro fato é que estes dispositivos exigem força,
controle de tronco e coordenação. Além disso, o consumo
energético do paciente com a utilização destes auxílios para a
marcha é maior. Assim, com estes dispositivos, muitas vezes, não se
consegue gerar as condições para um treino de marcha seguro e
eficaz pela precária priorização do equilíbrio ortostático antes ou
associada ao treino da marcha, uma vez que este equilíbrio se faz
requisito essencial antes da deambulação de fato.
Restaurar a deambulação quando o paciente apresenta prognóstico
para a marcha, requer variadas técnicas e geralmente exige
assistência considerável do terapeuta para segurar o peso do
paciente e aumentar seu equilíbrio. No treino de marcha
convencional, muitas vezes, o resultado não satisfaz o paciente, com
padrões assimétricos de movimento e principalmente, com
dificuldade de percorrer maiores distâncias.
O primeiro a fazer a associação entre a tuberculose e a doença da
coluna vertebral foi Percivall Pott em 1779, ele observou que
pacientes com paralisia e espasticidade dos membros inferiores
tinham como causa uma curvatura anormal da coluna com quadro
clínico de início insidioso e mais rápido em adultos. Notou ainda que
as vértebras estavam cariadas, com corpo aumentado e mais
esponjoso. A tuberculose na coluna é o tipo de tuberculose óssea
mais comum corresponde a 50% dos casos estando associada à
doença pulmonar ou não. Se não diagnosticada precocemente pode
levar a sequelas importantes como plegias (paralisias), paresias
(diminuição da motricidade) e deformidades que determinam perda
funcional.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ET-40
Caracterização dos Resíduos Madeireiros e
desenvolvimento de tecnologias para seu
aproveitamento: APROREM
Robervando Pinheiro Gonçalves
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
(Fucapi)
Manaus, AM
Este projeto teve o design como ferramenta estratégica para o
desenvolvimento de produtos das classes moveleiras de municípios
do interior do Estado do Amazonas (Itacoatiara e Maués), sendo
financiado pela Finep, executado pela Fundação Centro de Análise,
Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi), juntamente com Instituto
de Pesquisa da Amazônia (Inpa) e Universidade Estadual do
Amazonas (UEA), que desenvolveram alternativas de utilização
adequada dos resíduos produzidos pelas indústrias madeireiras
assim como implementou metodologias de desenvolvimento de
produtos para apoiar o desenvolvimento regional, gerar mais uma
alternativa de renda para as populações tradicionais do amazonas.
Como resultado desta metodologia, obtiveram-se dez produtos
desenvolvidos para duas Associações Moveleiras: Asmovita
(Associação Moveleira de Itacoatiara) e para a Afam (Associação de
Artefatos de Madeira de Maués), além de ensinamento técnico de
criação e fabricação (treinamentos), ou seja, transferência de
tecnologia, avaliação dos produtos pelo mercado e aplicação da
metodologia de desenvolvimento de novos produtos.
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ET-41
CONSTRUÇÃO DA MATRIZ DE INSUMO PRODUTO DO ESTADO
DE RORAIMA
Rodrigo Rodrigues Silva
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Boa Vista, RR
A construção da Matriz de Insumo Produto do Estado de Roraima
visa estabelecer um conjunto de informações sobre as atividades
produtivas que desencadeiam efeitos sobre a produção de bens e
serviços locais que estimulam a economia, emprego e renda no
estado, assim como o efeito da demanda das atividades produtivas
sobre estas variáveis. Portando, a Matriz de Insumo Produto em nível
regional é um conjunto de estatísticas sobre compra e venda que
ocorre entre os diversos setores da economia da região, englobando
atividade agrícola, agropecuária, agroindustrial, indústria, comércio,
serviços e o setor público. Este estudo tem como objetivo deixar
claro qual o efeito que o comércio internacional tem sobre o estado
de Roraima, qual o efeito do comercio intra regional que Roraima
absorve sobre os demais estados da federação, quais as atividades
que desencadeiam efeitos dinâmicos sobra a produção, renda e
emprego no estado de Roraima. Dessa forma, a Matriz de Insumo
Produto é uma ferramenta indispensável para o administrador
público poder utilizar políticas que efetivamente desenvolvam a
região econômica e socialmente.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ET-42
AÇAI POR AÍ
Rosa Helena Veras Mourão
Univerdade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
Santarém, PA
A Região Amazônica é rica em diversidade de ambientes que se
caracterizam por hábitats de florestas de várzea, igapó e terra firme,
além de áreas de savana. Esta variedade de ecossistemas amplia a
biodiversidade e oferece recursos naturais que são potencialmente
aproveitáveis por variados segmentos da indústria. Dentro deste
contexto, o projeto Açaí Por Aí tem como objetivo geral agregar
valor à cadeia produtiva do açaí (Euterpe sp.) por meio da arte
associada ao conhecimento cientifico.
Açaí Por Aí é um projeto que leva o conhecimento científico por
meio da arte. Valoriza a região Amazônica pela palmeira de Açaí
(Euterpe sp.) e apresenta para as comunidades que usufruem desta,
como fonte de alimentação e geração de renda, outros olhares
sobre esta planta já bem conhecida por estas comunidades.
Como nova forma de agregar valor à cadeia produtiva do Açaí, uma
designer e uma professora doutora em Ciências Biológicas em
conjunto com as comunidades, que vivem do extrativismo do açaí,
produzirão peças com design moderno inspirados nas belezas da
palmeira. Produtos como camisetas com estampas oriundas da
fisiologia e anatomia das estruturas do açaí, canecas, peças para
usos terapêuticos feitas com enchimento do caroço, além de
fotografias, telas e livro do projeto.
O resultado das oficinas realizadas nas comunidades será
apresentado em exposições com venda dos produtos criados a
partir da vertente transversal da Ciência e da Arte ligadas à palmeira.
Esta ação refletirá potenciais das comunidades ao mesmo tempo em
que, as envolve, valoriza, informa e transforma saberes tradicionais
em arte e conhecimento científico.
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ET-43
Uma busca pela inovação na cadeia de peixes
ornamentais amazÔnicos: Criação de tecnologias para
a realização de ensaios de nutrição com espécies de
peixes ornamentais amazônicas utilizando como
material biológico o cardinal tetra
Rudã Fernandes Brandão Santos
Belém, PA
Desenvolver e adaptar técnicas de ensaios de nutrição para as
espécies de peixes ornamentais amazônicas devido as suas
particularidades e diminuto tamanho. Os peixes utilizados são os
cardinais tetra. Os ensaios realizados consistem em: determinar a
taxa de arroçoamento diário e a frequência alimentar ideal para essa
espécie a fim de identificar o manejo que resulte nas maiores taxas
de crescimento e nos menores valores de conversão alimentar;
realizar ensaios de digestibilidade comparando duas metodologias a
fim de identificar qual é mais pratica e apresenta os resultados mais
confiáveis para ensaios de digestibilidade para peixes de pequeno
porte; determinar a digestibilidade proteica, lipídica e de matéria
seca de cinco ingredientes comumente usados pela industria
brasileira de alimentação animal a fim de identificar quais podem ser
usados como ingredientes para a elaboração de alimentos para o
cardinal tetra; com base na exigência proteica do cardinal que já foi
estabelecida determinar o perfil de aminoácidos ideal para o
cardinal tetra se referenciando em experimentos de digestibilidade
e na composição corporal de aminoácidos dessa espécie. Assim, a
finalidade dessa proposta é atuar verticalmente em toda a cadeia
produtiva do néon e fornecer subsídios para a mesma quanto a
adequação de seu manejo alimentar promovendo um rearranjo da
cadeia produtiva dessa espécie devido a possibilidade de industrias
nacionais poderem desenvolver alimentos específicos para o
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PROPOSTAS APRESENTADAS
cardinal e tambem possibilitando que a industria nacional fique mais
competiva e consiga atuar em nichos de mercados ainda pouco
explorados pela industria internacional de alimentos para peixes
ornamentais devido a dificuldades metodológicas.
ET-44
ECO-DESENVOLVIMENTO: REPELENTES NATURAIS DE ÓLEOS
ESSENCIAIS DE ESPÉCIES VEGeTAIS DA REGIÃO AMAZÔNICA
Sheylla Susan Moreira da Silva de Almeida
Universidade Federal do Amapá (Unifap)
Macapá, AP
As doenças transmissíveis por insetos acometem milhões de pessoas
em todo o mundo, causando milhares de mortes. Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), somente a dengue acomete
50 milhões de pessoas no mundo anualmente, causando cerca de
24 mil mortes, e a malária, mais de 1 milhão de mortes por ano.
Somente as fêmeas dos mosquitos são hematófagas, ou seja, picam
humanos para se alimentarem da albumina do sangue. Cada espécie
tem seu habitat e ciclo próprio. Os artrópodes do gênero Aedes, por
exemplo, são os vetores da dengue e febre amarela, têm maior
atividade diurna e preferem ambientes abertos. Os do gênero
Anopheles (transmissores de malária) preferem o amanhecer e o
entardecer e frequentam ambientes tanto abertos quanto fechados.
Além de serem vetores de doenças infecciosas, insetos podem ser
causa de desconforto por suas picadas, especialmente em crianças
com hipersensibilidade. Picadas de algumas espécies de mosquitos
podem causar irritação local, prurido, pápulas, vesículas, estrófulo,
infecção secundária local, celulite, dor, desconforto e distúrbios de
sono, entre outros.
Há séculos, a humanidade busca maneiras de prevenir as picadas de
insetos por meio de práticas naturais e/ou artificiais, na tentativa de
evitar algumas doenças e também suas incômodas picadas.
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Considerando que uma única picada de um inseto contaminado
pode provocar alguma doença e que vacinas e quimioprofilaxia não
estão ainda disponíveis para todos os casos, passa a ter importância
o uso individual de repelentes.
Os óleos essenciais têm sido extensivamente utilizados como fontes
inseticidas, devido ao amplo espectro de atividade, baixa toxicidade
e capacidade de degradação rápida no ambiente. A composição e a
concentração dos metabólitos secundários de óleos essenciais
variam de acordo com fatores, tais como, espécie de planta, local e
época de coleta e rendimento. Mas, principalmente se deve
considerar a sinergia que há entre os diversos componentes do óleo
essencial para resultar em uma maior ou menor bioatividade.
Sem assim, a proposta tem por objetivo produzir repelentes a partir
de óleos essências de plantas medicinais inseticidas da região
amazônica, em especial as encontradas no estado do Amapá.
Esses óleos serão extraídos das espécies vegetais por
hidrodestilação, analisados por Cromatografia Gasosa acoplada a
Espectrômetro de Massas (GC-MS) e os repelentes naturais serão
formulados seguindo as normas preconizadas pela Anvisa,
Resolução-RDC nº 34, de 16 de agosto de 2010, onde aos óleos
essenciais extraídos serão adicionados os adjuvantes, os quais são
permitidos como componentes complementares de formulação os
ingredientes listados no “Code of Federal Regulations Usepa, 1994
Vol. 40, Parts 150 to 189 pag 439 180.1001 item C” e suas
atualizações, que serão aceitas em caráter automático, que deverão
ser selecionados após análises preliminares químicas e físicoquímicas.
Pretende-se formular 4 (cinco) repelentes proveniente das seguintes
espécies vegetais: Hyptis crenata Polh ex. Benth (salva-do-marajó),
Cymbopogon citratus (DC.) Stapf (capim-limão), Lippia alba (Mill.)
N.E. Brown (erva-cidreira) e Cinnamomum zeylanicum Ness (canela).
A escolha dessas espécies decorreu por já haver relatos do uso das
mesmas como repelentes naturais.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ET-45
Ligante asfáltico modificado com polímero e materiais
provenientes da biodiversidade Amazônica: um
pavimento ecologicamente sustentável
Tayana Mara Freitas da Cunha
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Manaus, AM
A capital do Estado do Amazonas apresenta seus pavimentos
historicamente em estados de degradação, oriundo de diversos
fatores, que contribuem para a redução da vida útil das citadas vias,
a mencionar: aumento do número de veículos; tráfego intenso e
lento devido, notadamente, à presença de veículos de grande porte,
bem como estruturas tecnicamente inadequadas, seja pelo
revestimento asfáltico normalmente utilizado – areia asfáltica
usinada a quente, ou pelas subcamadas constituídas
predominantemente com material argiloso sem nenhum
tratamento. Ressalta-se, ainda, que a Região é desprovida de
material pétreo superficial, apresentando o seu topo rochoso em
profundidades acima de 10m, e condições climáticas bastante
adversas: temperatura anual elevada e período chuvoso em torno
de seis meses.
Nesse contexto, o estudo de novos materiais torna-se fundamental
no processo de melhoria da pavimentação regional, visando,
sobretudo, obter produtos que melhorem o desempenho dos
pavimentos. Assim, a incorporação de polímeros (tradicionalmente
utilizado na modificação de ligantes asfálticos) surge como
alternativa de inovação aos ligantes comercializados na região,
visando contribuir principalmente, aos problemas da resistência à
fadiga e da deformação permanente, sendo este principal problema
apresentado pelos pavimentos locais.
Na busca de soluções tecnológicas inovadoras, o uso da
biodiversidade Amazônica, resultante de ampla variedade de
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espécies oleaginosas com grande potencial de exploração, surge
como fonte de matérias-primas que apresentam características de
modificação das propriedades do ligante asfáltico CAP 50/70,
comercializado na região, proporcionando aperfeiçoamento
tecnológico deste. Existe uma grande variedade de plantas que
produzem sementes oleaginosas e crescem facilmente na
incomensurável região que forma a bacia do Rio Amazonas, como a
ucuúba (Virola surinamensis). Óleos e gorduras são produzidos, de
forma econômica e sustentada, na comunidade do Roque, localizada
na Reserva Extrativista do Médio Juruá (AM), atuando de forma
mecanizada e orientada, sendo possível produzir óleos com
qualidade e aceitabilidade no mercado nacional, conciliando o
desenvolvimento sustentável, social e econômico dessa comunidade
com a preservação da floresta (Castro, 2006).
O uso de recursos naturais como matérias-primas provenientes das
terras, águas e florestas na Amazônia brasileira constituem uma
realidade na produção e reprodução do modo de vida dos grupos
sociais tradicionais locais. A dimensão social de suas atividades
produtivas compreende um complexo processo de uso dos recursos
naturais quando falamos do mundo do trabalho rural na Amazônia,
em que a força de trabalho humana é o principal instrumento de
extração, transporte e transformação dos produtos.
Dessa forma, a riqueza dos produtos da Região Amazônica abre um
leque de oportunidades com incontestável valor ecológico e
econômico, com destaque à utilização de óleos e gorduras vegetais.
Nesse contexto, a espécie Virola surinamensis, tipicamente
amazônica com habitat nas várzeas e nos igapós,apresenta, dentre
outras fontes de oleaginosas nativas, possibilidade de utilização
neste projeto. Vulgarmente conhecida como ucuúba, possui forma
arredondada e apresenta sementes compostas por uma massa
branca ou “sebo de ucuúba”. As amêndoas constituem 82 a 88% da
semente, com o equivalente a 60 a 65 % de gordura. Segundo
Gurgel (2006), sua composição química, é composta por glicerídeos
altamente saturados dos ácidos mirístico (70 %), láurico (10 a 20 %),
oléico, linolêico, palmítico, além de compostos como alcalóides,
flavonóides, lignanas, neolignanas e esteróides. As lignanas, que são
componentes fenólicos, contêm o 2,3-dibenzilbutano em sua
estrutura e por isso configura-se como uma matéria-prima
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PROPOSTAS APRESENTADAS
antioxidante que ao ser adicionado aos combustíveis e lubrificantes,
corroborará na diminuição dos efeitos do envelhecimento por
oxidação nos ligantes asfálticos (Borges, 2003).
Por outro lado, a Castanha de cutia (Couepia edulis (Prance)), um
fruto fibroso encontrado na Amazônia Ocidental, contendo uma
amêndoa utilizada pelos moradores locais, por meio do consumo de
torrada e moída com a farinha de mandioca, sendo que suas
qualidades organolépticas a tornam uma boa candidata para
consumo também nos grandes centros urbanos do Brasil e no
exterior. A casca do fruto oferece, igualmente a espécie anterior,
propriedades viscoelásticas e hidrofóbicas, característica da
compactação das fibras, contudo, são descartadas após a retirada
das amêndoas, mas que conferem elevados teores de lignina, um
polímero de natureza aromática com alto peso molecular, o que
aludi enorme potencial como elemento na modificação do ligante
asfáltico, uma vez que esta lhes confere maior resistência à
compressão e à biodegradabilidade, diminuindo a oxidação (Pessoa,
2005).
Dessa forma, baseando-se na perspectiva sustentável do uso dos
recursos naturais da Amazônia, um dos maiores desafios é aliar a
utilização dos recursos da floresta com a expansão da indústria
(Pereira, 1996). Atualmente, para o desenvolvimento e uso de
produtos derivados do extrativismo, faz-se presente a visão
ecológica dos produtos encontrados no mercado. Contudo,
compreendemos que as técnicas utilizadas no uso tradicional do
extrativismo, realizados pelas comunidades rurais da Amazônia, são
resultantes de técnicas de conhecimentos apurados e pelos valores
culturais, sejam eles religiosos, folclóricos ou tradicionais,
apresentando aspectos característicos de cada região (Freitas, 2006).
Nesse contexto, a garantia de uma relação de parceria entre
instituições locais de pesquisa – proposta desta pesquisa, e as
comunidades rurais que possuem potencialidades no
desenvolvimento da atividade do extrativismo garantiriam o
múltiplo aproveitamento dos recursos naturais locais aliados ao
desenvolvimento econômico, melhoria da qualidade de vida e do
saber local das populações residentes na região.
O uso social do extrativismo dos materiais naturais deste projeto,
realizada pelas comunidades locais envolvidas é viável e possibilita o
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desenvolvimento do setor econômico gerando qualidade de vida,
na medida em que possibilita a valorização do potencial da espécie,
proporcionando o resgate dos aspectos culturais e sociais, por meio
da pesquisa e desenvolvimento de trabalho com matérias-primas
locais.
A facilidade da exploração de um recurso natural de espécie
renovável, como no caso da castanha de cutia, é fator crucial para a
manutenção dos sistemas de organização social do trabalho para as
comunidades locais, assim como para a manutenção do bioma que
constitui o ecossistema local onde a pratica do extrativismo é
desenvolvida, desta forma, não agredindo diretamente o meio
ambiente envolvente, já que se constitui como possibilidade de
renda sustentável de recursos encontrados que seriam
racionalmente manejados.
É interessante pensarmos que o aspecto ecológico do extrativismo,
que explora o valor intrínseco da floresta, opõe-se à degradação
causada pela adoção de políticas de desenvolvimento
socioeconômico regionais de gestão que promovem novos
esquemas de desenvolvimento para as comunidades rurais da
região amazônica, como aquelas baseadas em áreas de pastagem e
núcleos agrícolas pioneiros que promovem a intensificação de
desgaste dos recursos naturais não renováveis.
Neste caso, o desenvolvimento da extração da castanha de cutia,
bem como de plantas oleaginosas entre as comunidades envolvidas
na pesquisa seria viabilizado pela busca das melhores formas de
extração, agregação de valor e melhoria dos processos de
comercialização, evitando-se o desperdício e o impacto
socioambiental, muitas vezes gerado pela dimensão comercial de
exploração dos recursos naturais locais. Esse é um dos desafios para
os moradores organizados coletivamente que potencialmente
encontrariam no extrativismo mais uma forma de contribuição de
renda complementar aliado às suas atividades polivalentes exercidas
em seus ambientes de vida, como a agricultura, a caça e a pesca.
Desta maneira, a potencialização de umas de suas atividades
produtivas tenderia a favorecer o desenvolvimento do extrativismo
da castanha de cutia no sentido de um instrumento de contribuição
e suporte econômica e socialmente viável, garantindo assim, os
direitos dos produtores a disporem de seus meios de subsistência,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
ou seja, a floresta, em compatibilidade econômica com o uso dos
recursos locais e adequados para a complementação da renda
familiar, capaz de implementar novas formas de uso e a criação de
um mercado por meio da comercialização direta do trabalho
efetuado na coleta e beneficiamento da castanha de cutia entre os
moradores locais organizados em comunidades.
ET-46
Estudo da aplicação do óleo vegetal de andiroba
(carapa guianensis) como isolante dielétrico em
transformadores
Vagner Barroso Pinto
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Belém, PA
Tendo em vista o forte apelo por fontes de energia limpa e
renovável, o setor elétrico também é estimulado a propor novos
fluidos isolantes, a utilização de óleos vegetais como óleo isolante
em transformadores elétricos busca reduzir ou eliminar impactos
ambientais. Neste trabalho foram avaliadas as propriedades físicoquímicas e elétricas do óleo vegetal da andiroba (Carapa guianensis)
com objetivo de verificar a viabilidade técnica do uso desse óleo
vegetal como fluido isolante dielétrico (OVIs) para transformadores
elétricos. O método utilizado foi o quali-quantitativo com base nos
parâmetros de uso dos óleos já existentes no processo de fabricação
dos transformadores produzidos por uma indústria do Polo
Industrial de Manaus (PIM). As propriedades analisadas foram cor,
fulgor, fluidez, densidade, viscosidade, acidez, fator de perda e
rigidez dielétrica, índice de neutralização, teor de água e
corrosividade. Os dados encontrados foram comparados aos
parâmetros estabelecidos pela norma ABNT NBR 15.422.
Os resultados que se espera desse trabalho e que o óleo vegetal
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estudado apresente densidade e viscosidade dentro dos limites
estabelecidos pela norma, embora deva ser submetido a
tratamentos específicos para atender a outras especificações como a
viabilidade técnica e econômica para implementação dessa
alternativa visando o aproveitamento do óleo vegetal em
abundância da região
ET-47
CRESCIMENTO E RENDIMENTO DO ABACAXIZEIRO PRODUZIDO
DE MODO CONVENCIONAL E POR MICROPROPAGAÇÃO
CULTIVADO COM DIFERENTES NÍVEIS DE IRRIGAÇÃO EM
RORAIMA
Wellington Farias Araújo
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Boa Vista, RR
O Trabalho consistirá de dois experimentos conduzidos
concomitantemente. Ambos serão com a cultura do abacaxi cv.
Pérola e cultivado em Boa Vista, RR, cujas coordenadas geográficas
de referência são: 02°42’30”N, 47°38’00”W, 90 m. O solo da área é
Latossolo Amarelo, textura franco-arenosa. O primeiro experimento
terá como objetivo analisar o desenvolvimento e o rendimento do
abacaxi cv. pérola cujas mudas serão produzidas da forma
convencional (tipo filhote) e por propagação in vitro sob quatro
diferentes concentrações de sacarose no meio de cultivo (0, 10, 20 e
30 g L-1).
Após aclimatação, o abacaxizeiro será levado a campo e cultivado
sob diferentes níveis de irrigação ao longo do ciclo vegetativo,
cessando próximo a produção. A irrigação será feita por aspersão
convencional no sistema de aspersão em linha, o que determina um
gradiente decrescente de umidade à medida que ocorre um
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PROPOSTAS APRESENTADAS
distanciamento perpendicular aos aspersores. O delineamento
estatístico será o de blocos ao acaso em parcelas subdivididas.
As variáveis analisadas serão: massa média do fruto com a coroa;
diâmetro médio do fruto; diâmetro médio do pedúnculo; firmeza do
fruto; ph do suco; sólidos solúveis totais; número de filhotes e
rebentões; rendimento total dos frutos com e sem a coroa. Também
será feita uma análise de crescimento da cultura com coletas
mensais de duas plantas representativas por parcela, onde será
mensurada a massa seca, altura, número de folhas e área foliar. Essas
mesmas plantas serão analisadas quimicamente para estimativa dos
nutrientes exportados pela cultura ao longo do ciclo. Ao término,
aos resultados obtidos serão submetidos a análise de variância
(Anova) e teste de médias para as variáveis qualitativas, quando
significativos pelo teste F.
As variáveis quantitativas, quando significativas, serão submetidos à
análise de regressão buscando-se ajustar equações com significados
biológicos. Na análise de regressão serão testados os modelos linear,
exponencial e polinomial quadrático. O segundo experimento
ocupará metade da área e quatro lisímetros de drenagem serão
instalados; sendo dois plantados com a cultura do abacaxi e dois
com grama batatais, possibilitando a obtenção dos valores do
coeficiente de cultivo (Kc) para abacaxi ao longo do ciclo vegetativo.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
4.3 Categoria Social
S-01
MYNAHATSA / NOSSOS COLARES: APOIO À PRODUÇÃO,
VALORIZAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DA ARTE E GERAÇÃO DE
RENDA ENTRE MULHERES DE UMA POPULAÇÃO INDÍGENA DO
SUDOESTE AMAZÔNICO
Adriana Romano Athila
Florianópolis, SC
O Projeto “Mynahatsa / Nossos Colares”, trata fundamentalmente de
apoiar, sob diversas perspectivas e em suas diversas fases de
produção e comercialização, a arte de fazer belíssimos colares e
outras peças de uso pessoal por mulheres pertencentes ao povo
indígena Rikbaktsa. Esta população habita o extremo noroeste do
estado de Mato Grosso, em uma região vulnerável do bioma
amazônico, na transição entre a floresta e o cerrado e em plena área
de expansão da agropecuária modernizada. Os artefatos, preciosos
adornos étnicos, são feitos com fibras e ceras vegetais, sementes não
germinadas, bivalvos fluviais, cocos de diversas palmeiras
amazônicas e ouriços de castanha-do-pará, entre outras matériasprimas de seu meio-ambiente, sabiamente manejadas, com vistas à
valorização e à conservação de sua diversidade biológica. Aprimorar
meios de produção, agregar valor cultural, social e nominal às peças
produzidas e buscar, através destas ações, condições mais justas e
igualitárias de comercialização, fazem parte das iniciativas concretas
propostas pelo Projeto, desenvolvido por uma equipe
multidisciplinar de profissionais de qualificação reconhecida e com
ampla experiência junto a populações tradicionais. Seus objetivos
centrais são, desta forma, o reconhecimento, a valorização, a
proteção e a promoção da diversidade étnico-cultural do povo
Rikbaktsa e de seu patrimônio artístico e histórico material e
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PROPOSTAS APRESENTADAS
imaterial e, através deles, da reconhecida pluralidade do país, em
uma iniciativa que pretende ser, ao mesmo tempo, geradora de
benefícios materiais e imateriais, pautados no estímulo à
sustentabilidade socioambiental. Marcado pela concepção
integrativa e participativa das políticas públicas devotadas a povos
indígenas, o Projeto Mynahatsa propõe colaboração associativa
entre agentes públicos e privados para um desenvolvimento
simultâneo, harmônico e socialmente mais justo da economia, da
sociedade e da cultura brasileiras.
S-02
Uso sustentável das faixas de servidão. Uma
alternativa econômica, social e ambiental
Alana Chocorosqui Fernandes
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Rio Branco, AC
A produção de energia elétrica é, sem duvida, uma das atividades de
maior importância para a sociedade, já que grande parte dos
avanços tecnológicos alcançados se deve ao seu uso. Seja na
produção industrial, no trânsito ou no consumo doméstico, a
energia elétrica se torna fator essencial para a execução de
atividades.
No Brasil, a maior parte da energia gerada provem de usinas
hidrelétricas, que usam a força das águas para a movimentação de
turbinas e consequente geração energética, porém essa geração só
acontece em rios com grandes desníveis, o que não acontece no
estado do Acre, impossibilitando essa geração.
Sendo assim, foi instalada oficialmente em 20 de junho de 1973 as
Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte). Em 1981, a
Eletronorte adquiriu na cidade de Rio Branco os bens e instalações
da Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), assumindo a
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responsabilidade pela operação dos sistemas elétricos da capital,
composto exclusivamente por usinas termelétricas a diesel.
O atendimento à capital do Acre continuou dependendo
exclusivamente de fontes térmicas, devido ao adiamento do plano
de interligação entre Rio Branco e Porto Velho. A empresa
prosseguiu os trabalhos de recuperação do parque térmico de Rio
Branco durante o ano de 1991, evitando um iminente racionamento.
Com o passar dos anos, a interligação entre Rio Branco e Porto Velho
se torna realidade, e a energia consumida na capital acreana e em
cerca de cinco municípios, começa a ser transportada através de
cabos aéreos em grandes torres de metal, vindos do estado vizinho,
Rondônia. Esse conjunto de cabos e torres, chamado de rede de
transmissão, trouxe economia financeira, redução de emissões de
gases e nova tecnologia ao Acre.
A transmissão de energia elétrica é o processo de transportar
energia entre dois pontos. O transporte é realizado por linhas de
transmissão de alta potência, geralmente usando corrente alternada,
que de uma forma mais simples conecta uma usina ao consumidor.
A linha de transmissão é constituída por faixa de terra, na qual é
instalada as linhas aéreas de transmissão, que são constituídas por
torres de estrutura metálica, que suportam condutores de energia e
cadeias de isoladores. As linhas de transmissão de energia são
responsáveis pela ligação entre o centro produtor (em Rondônia) e o
centro consumidor (no Acre).
Tal advento trouxe ainda para as comunidades e para a empresa
distribuidora uma serie de problemas. Dentre os impactos com a
sociedade, podemos citar como principal, a necessidade de cederem
partes de suas áreas de terra para a fixação das torres de
transmissão. Essas áreas, não podem ter construções ou vegetação
de grande porte, além de necessitarem de constante limpeza e
manutenção por parte da empresa distribuidora. Faixa de servidão é
o nome da área de segurança reservada para a passagem de uma ou
mais linhas de transmissão. Esta é formada pela faixa de domínio,
que é também uma faixa de linha de transmissão, porém de
propriedade das empresas de energia elétrica, é pela faixa de
segurança, que é uma faixa central, sob os cabos condutores, da
faixa de servidão ou de domínio, onde os serviços de limpeza
deverão ser executados com maior controle de qualidade e maior
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PROPOSTAS APRESENTADAS
segurança, de modo a evitar os acidentes de trabalho devido à
proximidade dos cabos condutores. (Eletronorte, set, 98).
A empresa teve como responsabilidade, indenizar todas as áreas
onde as torres foram alocadas, executando atividades de
manutenção, inspeção e limpeza periódicas, o que gera grandes
custos e movimentação de pessoal. A cada atividade de campo, a
empresa precisa adentrar nas áreas particulares ou não, até
chegarem às linhas de transmissão para realização do roço e
pequenos reparos, sendo necessário ainda, manter uma relação
amigável entre empresa e comunidade.
Dentre os principais impactos ambientais oriundos de instalação e
manutenção das linhas de transmissão, estão: a erosão do solo,
causada pela retirada da vegetação, que o espoe aos intemperes; os
impactos sobre a fauna e a flora, como a perda de habitats, redução
de alimento, vulnerabilidade quanto a caça e afastamento desta; e a
degradação da paisagem. As áreas degradadas localizam-se nas
áreas rurais e urbanas, devido a vários fatores.
Neste contexto, há a necessidade de propor: 1) as comunidades
afetadas pelas linhas de transmissão: uso alternativo para o uso do
solo, que já não lhe pertence, capaz de gerar renda e reduzir os
índices de fome e miséria, principalmente em áreas rurais; 2) as
comunidades, em relação ao meio ambiente: recuperar o solo que
teve sua vegetação natural suprimida a fim de evitar riscos de erosão
com o plantio de culturas como hortaliças, flores, e demais culturas
de pequeno porte; e 3) a empresa geradora de energia: permitir o
plantio nas áreas de servidão, a fim de beneficiar a comunidade e o
meio ambiente, bem como a si próprio, pela redução com os custos
com as operações de campo, melhorando a relação empresa,
comunidade e meio ambiente.
O modelo proposto tem oito etapas, sendo que a primeira visa
realização de um trabalho de conscientização e sensibilização dos
proprietários das terras, com relação a necessidade do projeto,
buscando minimizar os custos com a manutenção da linha de
transmissão e criando meios para melhorar a renda familiar daqueles
que moram na terra e dela cuidam.
Na segunda etapa, será feito um diagnostico técnico com os donos
da terra para identificar as suas necessidades, levando-se em conta a
aplicabilidade do projeto. A terceira etapa tem como objetivo buscar
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parcerias para o projeto conforme foi determinado no diagnóstico
técnico.
As etapas 4 e 5 são as fundamentais para a resolução do problema.
Nestas etapas será selecionado o tipo das espécies vegetais,
levando-se em conta o tipo de solo e as condições climáticas da
região, bem como o método de plantio, seja de mudas ou de
sementes. Ainda nesta etapa, juntamente com a parceria firmada,
serão feitos cursos para o manejo das espécies.
A sexta etapa serão definidos os indicadores de desempenho,
analisados custos e benefícios do projeto. Na sétima etapa, será
definido o planejamento sustentável de atividades para o agricultor
que aceitar participar do projeto.
Por fim, teremos a avaliação e monitoramento do projeto. Nesta fase
será verificada a melhoria do solo, a eficácia do plantio e as possíveis
novas demandas da comunidade. As etapas podem ser feitas
paralelamente e também por várias equipes diferentes.
S-03
JUSTIÇA SUSTENTÁVEL E CIDADANIA
Áldrin Henrique de Castro Rodrigues
Tribunal de Justiça do Amazonas
Parintins, AM
Este projeto tem como principal objetivo minimizar, a partir de uma
gestão administrativa com práticas sustentáveis, dentro da
perspectiva do serviço público, em especial no Poder Judiciário,
unidade do Juizado Especial Cível e Criminal de Parintins, os
impactos ambientais de toda e qualquer atividade humana no meio
ambiente. Da mesma forma, contribuir de forma indireta na
erradicação da pobreza e sensibilizar gestores públicos locais acerca
da importância destes protagonistas da economia no processo de
geração de trabalho, renda e preservação ambiental.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-04
A CONEXÃO ENTRE SABERES TRADICONAIS E O ACESSO AS
TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO
Ana Lidia Cardoso do Nascimento
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Belém, PA
A educação em Assentamentos de Reforma Agrária precisa ser
representativa do ponto de vista dos reais interesses da população e
de suas necessidades. Esta exigência impõe como premissa máxima
o desenvolvimento de uma educação de qualidade para os
assentados, visando a formação de potenciais empreendimentos
rurais. O projeto tem o objetivo de apresentar uma proposta
pedagógica que alie o conhecimento produzido no Assentamento
Abril Vermelho localizado no município de Santa Barbara,
respectivamente, sobre a produção de plantas medicinais por meio
da utilização das TIC ou seja o acesso a tecnologias tais como criação
de softwares de texto, apresentação, vídeo, áudio, imagens e outros
meios que garanta a produção de conhecimentos sobre a temática.
S-05
PROJETO TRILHAS DA VILA PONTES DE SABERES NA AMAZÔNIA:
educação popular, saúde, ambiente e cidadania
Ana Telma Monteiro de Sousa
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Belém, PA
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O Projeto está voltado em atender, aproximadamente, 120 crianças e
jovens, do sexo masculino e feminino, na faixa etária de 14 a 17 anos,
moradores da Vila da Barca, em Belém, e expandindo para Águas
Brancas, em Ananindeua e adjacências, oriundos de famílias
pauperizadas, residentes nas áreas conhecidas como “área de
ocupação”, não existindo infra-estrutura básica, rede de esgotos,
pavimentação, água tratada, nem iluminação pública adequada,
bem como serviços médicos-odontológicos e áreas de lazer,
carecendo ainda de escolas públicas que ofereçam ensino médio.
Vivendo em condições insalubres, em casas de madeira, com no
máximo dois compartimentos (palafitas), onde residem além da
família nuclear, outros parentes, formando uma extensa rede de
parentesco. Que por sua baixa escolaridade, estas crianças e jovens
são absorvidos pelo mercado informal.
Diante deste quadro, que não difere do restante da população
jovem de Belém e Ananindeua, propomos este projeto, com o
objetivo de oferecer alternativas a esta população e assim garantir
melhores oportunidades no que tange a vida educacional, artística e
cultural. Pretendemos ainda, proporcionar a formação nos aspectos
de ensino, pesquisa e extensão para aproximadamente,
15 acadêmicos da graduação e pós-graduação da Universidade do
Estado do Pará, bem como de outras instituições de ensino superior,
entre eles, 06 bolsistas extensionistas, voluntários, colaboradores,
pesquisadores e docentes.
Projeto Trilhas da Vila, Pontes de Saberes na Amazônia: educação
popular, saúde, ambiente e cidadania, tem como pressuposto a
formação para a juventude, potencializando qualidade de vida,
aperfeiçoamento escolar, construção de uma consciência cidadã
crítica e ambiental através da arte-educação considerando as
peculiaridades da comunidade. Objetivos: possibilitar ações de
educação popular em saúde, ambiente e cidadania, junto aos jovens
numa perspectiva de inclusão social em Belém e Ananindeua;
realizar atividades pedagógicas em saúde e educação ambiental
junto à população juvenil; potencializar a qualidade de vida e saúde;
realizar oficinas de expressão artísticas e pedagógicas para os
jovens; produzir textos educativos através do teatro; promover
construção de conhecimento científico. Metodologia: As práticas em
educação popular pelos temas geradores (Freire) são pilares de
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PROPOSTAS APRESENTADAS
sustentação a partir das atividades artísticas culturais, terapêuticas,
pedagógicas e lúdicas, referências do “Projeto Trilhas”. A Formação
Continuada da equipe multidisciplinar ocorre concomitantemente
com as atividades de intervenção pedagógica, desenvolvidas duas
vezes na semana. Os temas geradores e os conhecimentos dão
ênfase a síntese da produção grupal, registrando-se em atas,
fotografias e vídeo. Possibilitando aos acadêmicos participação
significativa ampliando sua formação pedagógica, profissional, na
produção de conhecimento científico contribuindo para sua
formação enquanto sujeitos críticos no processo de (re)construção
social.
S-06
NUMERAÇÃO ANULADA
S-07
Estudo e Análise de Equipamentos de Alta Tecnologia e
Baixo Custo para o Ensino de Física para as
comunidades ribeirinhas e distritos do município de
Porto Velho (RO)
Antonio Carlos Duarte Ricciotti
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Porto Velho, RO
Este projeto constitui uma experiência inovadora, principalmente
pela utilização de dispositivos eletrônicos de alta tecnologia para o
desenvolvimento, construção, aplicação e análise de equipamentos
de baixo custo para o Ensino de Física nas escolas públicas em
comunidades ribeirinhas e distritos do município de Porto Velho.
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O projeto visa primordialmente construir e ampliar os
conhecimentos em Física na Amazônia Ocidental. As atividades
serão desenvolvidas no âmbito do Grupo de Pesquisa em Ensino das
Ciências Exatas e da Natureza em sua linha de pesquisa: Uso de
materiais de Baixo Custo como Apoio Pedagógico no Ensino de
Física e de Matemática.
S-08
Utilização de Software Livre como ferramenta
educacional para crianças portadoras e não
portadoras de deficiência física no estado do
Amazonas
Antonio Ramos de Carvalho Júnior
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica
(Fucapi)
Manaus, AM
A presente proposta apresenta uma alternativa eficiente e de baixo
custo para a utilização de computadores como ferramenta
educacional, tal proposta pode ser aplicada em escolas públicas,
centros de tratamento de crianças portadoras de deficiência física
ou em comunidades carentes ou indígenas de nossa região.
A intenção é auxiliar na alfabetização, raciocínio lógico,
desenvolvimento da psicomotricidade e na dificuldade de
aprendizagem de crianças utilizando programas adaptados
especialmente para suas necessidades especiais. Para isso,
computadores de baixa configuração (baixo custo) podem ser
utilizados juntamente com programas gratuitos e de código aberto
(Software Livre), isto é, programas que permitem, legalmente, sua
modificação (tradução e regionalização) e redistribuição destas
modificações sem restrições e custos.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Neste cenário de inclusão digital, é notório que desde o surgimento
dos Computadores Pessoais (PC ou simplesmente computadores) na
década de 70 (The Early Model Personal Computer Contest, 1986), tal
tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Uma
pesquisa feita em 2008 pela Computer Industry Almanac, mostra
que no mundo há cerca de 1,19 bilhão de computadores e aponta o
Brasil como 10º colocado nessa pesquisa com 2,8% do total de
computadores, isto é, 3,3 milhões, número que tende a crescer.
No entanto, nem sempre os computadores são utilizados com fins
educacionais, ficando restrito ao entretenimento e a ambientes
empresariais ou governamentais. Um dos principais motivos da não
utilização dessa tecnologia como uma ferramenta educacional é a
falta de recursos para aquisição de computadores, custo para
aquisição de licenças de programas educacionais (que em geral não
podem ser modificados) e por último mas não menos importante, a
falta de iniciativa do setor público para a inclusão digital no meio
educacional.
O alto custo na aquisição de computadores pode ser vencido com
uma ação que contribui para a proteção do meio ambiente.
Sabemos que o lixo tecnológico é um problema que vem sendo
agravado ao longo dos anos, pois é difícil dar o destino correto a
computadores. No entanto, algumas iniciativas, como o Descarte
Correto que é feito na cidade de Manaus, coletam esse lixo e
montam novos computadores. Assim, podemos destinar tais
computadores para montar laboratórios em comunidades carentes
ou contemplar centros de tratamento de crianças com deficiências
ou doenças.
Em relação aos programas livres (Software livre) a serem utilizados, a
principal justificativa da utilização deles é a possibilidade de
modificação do programa, ampliando o leque de utilização do
mesmo. Essa modificação é possível graças a liberdade que é
fornecida pelos programas livres. O termo Software Livre
(apresentado neste trabalho como “programa livre”), refere-se à
liberdade dos usuários executarem, copiarem, distribuírem,
estudarem, modificarem e aperfeiçoarem o programa. Mais
precisamente, ele está ligado a quatro liberdades: a liberdade de
executar o programa, para qualquer propósito; estudar o
funcionamento do software, e adaptá-lo às suas necessidades;
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redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo;
aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de
modo que toda a comunidade se beneficie. Todos esses programas
livres possuem licenças que nos dão estas liberdades, a mais
utilizada entre eles é a GNU General Public License – GPL.
A pedagogia do oprimido (Freire, 1987), nos faz concluir que é
importante regionalizar um programa, pois o mesmo precisa estar
condizente com seu cotidiano e, dessa forma, incluir o oprimido
digitalmente. Além de regionalizar, é importante que o programa
esteja na língua nativa, isto é, o português brasileiro, para que as
crianças possam entender e aprender com o programas. Porém,
nenhuma das modificações anteriores seria possível se não tivermos
acesso ao código fonte do programa (necessário para a
modificação), nem a distribuição dessas modificações feitas. Dessa
forma, nosso objetivo é fazer com que o computador (programas)
seja adaptado às necessidades do aluno, e não adaptar o aluno e as
atividades educacionais ao computador, como é feita hoje em dia.
Desta forma, pedagogos, psicopedagogos, sociólogos e
profissionais de informática (técnicos e pesquisadores) podem
trabalhar juntos para a elaboração das necessidades de um
determinado grupo, gerando um produto final. Como produto final
teremos um conjunto de programas e atividades destinados
especialmente aquele grupo para o qual foi desenvolvido.
O foco de nosso projeto são crianças em fase de alfabetização, para
as quais serão fornecidas atividades (propostas por pedagogos),
utilizando programa livre (alguns modificados), que auxiliem no
processo de alfabetização, atividades de raciocínio lógico e
psicomotoras. Em relação às crianças portadoras de deficiência, suas
necessidades serão estudadas por profissionais que as
acompanham, de modo que o mesmo proponha modificações a
serem feitas, por um grupo técnico de informática, obtendo como
produto final um programa auxilie na recuperação ou melhora de
tal deficiência.
Toda modificação será disponibilizada sob a mesma licença na qual
o programa foi adquirido e com as mesmas liberdades, de modo
que outras pessoas possam se beneficiar das modificações e
atividades propostas para o auxílio dessas crianças.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Tal projeto é adaptável para a inclusão digital de idosos e indígenas
de nossa região, no entanto, resolvemos focar na educação de
crianças.
S-09
MISSÃO HAITIAMA
Audaliphal Hildebrando da Silva
Ministério Público do Trabalho
Manaus, AM
Cooperação técnica multidisciplinar envolvendo vários órgãos e
entidades do poder e da sociedade civil que visa incluir imigrante
haitianos na sociedade amazonense, proporcionando-lhe condições
de sustentabilidade, desenvolvimento e cidadania por meio de
ensino da lingua portuguesa, qualificação profissional e inserção no
mercado de trabalho.
S-10
Agroextrativismo sustentável no Rio ‘da fome’:
quebrando paradigmas produtivos na bacia do Rio
Negro
Carlos Cesar Durigan
Fundação Vitória Amazônica
Manaus, AM
As cadeias produtivas da Sociobiodiversidade têm sido,
historicamente, relegadas a um segundo plano na bacia do Rio
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Negro. A falta de incentivo e apoio às atividades produtivas em
comparação a outras regiões é patente na ausência de atuação de
políticas como a Política de Garantia de Preço Mínimo ou a Política
de Aquisição de Alimentos. Este subdesenvolvimento parece estar
atrelado, entre outras causas, ao preconceito histórico que existe em
relação ao Rio Negro e as formas de produção tradicional que as
culturas locais desenvolveram e que acabou por inspirar viajantes e
exploradores a chamá-lo no passado de “Rio da Fome”.
Os sofisticados sistemas produtivos, hoje patrimônio imaterial da
humanidade, estão adaptados às particularidades das águas pretas e
os ecossistemas associados, e aliam agricultura familiar de baixo
impacto e extrativismo de produtos da floresta. As nove
comunidades ribeirinhas do Rio Unini (172 famílias) são um exemplo
desta riqueza cultural e de interações produtivas com o ambiente
em que vivem. Buscando aliar conservação e uso sustentável da
biodiversidade, e após um longo período de mobilização e
conscientização sociopolítica que culminou com a criação da
Reserva Extrativista em 2006, as comunidades estruturaram, junto
com os parceiros, um empreendimento comunitário para
fortalecimento das cadeias de valor da cesta de produtos
agroextrativistas da região. O objetivo é reduzir a influencia de
atravessadores e melhorar a renda das famílias locais. Atualmente
duas estruturas, construídas e equipadas por meio de diferentes
projetos financiadores, estão em funcionamento para a produção de
castanha em amêndoa desidratada embalada a vácuo. O ano de
2012 tem consolidado o ciclo e procedimentos operacionais para
produção com qualidade. No ano de 2013 tem dois objetivos
marcados: 1. Consolidar a produção e vendas de 4500 kg castanha
em amêndoa desidratada e 2. Organizar a produção e vendas de
10.000kg farinha de mandioca. No ano de 2014 o projeto pretende
ampliar a sua abrangência territorial incluindo produtores
extrativistas de outras bacias do médio Rio Negro, estabelecendo-se
como um pólo regional de agregação de valor de produtos da
Sociobiodiversidade.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-11
Agenda Cidadã do Oeste do Estado do Pará (AGCID)
Centro de Formação Interdisciplinar (CFI)
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
Santarém, PA
Dando continuidade à parceria da Ufopa com a UFRJ para a
realização de um projeto-piloto em Santarém, o Programa Agenda
Cidadã foi reformulado e expandiu-se para um programa que
alcance toda a região oeste do Pará. Denominou-se como Agenda
Cidadã por consistir de uma aplicação metodológica da Agenda 21
acrescida das análises mais detalhadas da condição educacional
local, objetivando o fortalecimento da cidadania de sua população,
a partir da ação das comunidades escolares em suas áreas de
abrangência. Consiste da (i) caracterização detalhada do perfil
socioeconômico e produtivo desta sub-região, (ii) seu diagnóstico
por via de Pesquisa Socioambiental, (iii) resgate da memória viva
local, (iv) diagnóstico do ensino local, (v) consolidação da Agenda
Cidadã local e (vi) planos de ação das comunidades frente aos
resultados alcançados.
Com finalidade de perenização do processo, a Ufopa internalizou
este Programa em seu currículo das Licenciaturas do Programa de
Formação de Professores (Parfor) como processo permanente de
formação dos professores desta região, de modo a garantir a eles
competência para lidar, pela via do ensino, com o empoderamento
das comunidades locais, habitantes não só das pequenas áreas
urbanas destes municípios, mas, especialmente, das comunidades
rurais das várzeas e terras firmes regionais, que são uma das mais
interiorizadas da Amazônia Brasileira. Coube ao Centro de Formação
Interdisciplinar da Ufopa a coordenação da reorganização desta
expansão do programa para as 22 áreas de influência da
Universidade, de modo a atender à entrada de licenciandos do
Parfor já em 2012.
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S-12
INSTALAÇÃO DE HORTO, CULTIVO E MANIPULAÇÃO DE
ESPÉCIES DE PLANTAS MEDICINAIS NA VILA DO ITAPUÁ
(VIGIA/PA)
Christian Neri Lameira
Farmácia Nativa/ Fundo Ver-O-Sol/ Prefeitura de Belém
Belém, PA
O uso de plantas medicinais pela população mundial tem sido
significativo nos últimos tempos. As observações populares sobre o
uso das plantas medicinais contribuem de forma relevante para a
divulgação das propriedades terapêuticas dos vegetais. O emprego
das plantas medicinais e seus derivados aliadas ao conhecimento
tradicional e científico, com objetivo de tornar mais acessível à
manutenção e/ou recuperação da saúde. O Projeto visa integrar a
comunidade da Vila a se beneficiar do uso racional das plantas
medicinais, através do cultivo, uso e beneficiamento com a proposta
de gerar trabalho e renda. O Projeto tem coordenação técnica da
Esamaz e parceria com a Embrapa e Farmácia Nativa. A metodologia
a ser empregada será prática e de fácil assimilação para preparação
dos remédios caseiros e dos fitocosméticos artesanais, assim como
orientações quanto ao seu cultivo. As preparações seguem técnicas
descritas em publicações de valor científico, com a finalidade de
incorporar à comunidade uma alternativa na melhoria da qualidade
de vida. O Projeto tem como objetivo ofertar oficinas de cultivo, uso
e manipulação de plantas medicinais, com a finalidade do preparo
de remédios caseiros e fitocosméticos artesanais, visando à geração
de trabalho e renda. (este texto será usado para a publicação do
relatório anual).
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-13
PE-YARA: o Mapa Tátil do Amazonas: O jogo cidadão
Claudia Guerra Monteiro
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Manaus, AM
Este projeto surge em desdobramento acadêmico e pedagógico de
um projeto desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Psicotec/Ufam
com patrocínio do CNPq. Este protótipo surgiu a partir de um
projeto patrocinado pelo CNPq em que se buscou verificar quais são
os produtos didáticos para os portadores de baixa visão e cegos
eram trabalhados em sala de aula. O projeto tomou por base o fato
de o professor trabalhar com materiais importados. Nada do que se
refere às texturas trabalhadas são nacionais. Tudo é importado. Além
disso, a construção do mapa pretende trabalhar com sensibilidade,
formação e consciência ambiental. Esta construção do protótipo do
mapa pretende disseminar uma visão multidisciplinar e sócio
ambiental no estado.
S-14
LEVANTAMENTO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DAS
COMUNIDADES LOCALIZADAS EM TORNO DA ÁREA INFLUÊNCIA
DA EMPRESA PRECIOUS WOODS AMAZON
Débora Ramos Santiago
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Itacoatiara, AM
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
A Amazônia é caracterizada por apresentar uma infinidade de
espécies animais, vegetais e de microrganismos ao longo de sua
vasta extensão. Em meio a toda essa diversidade, também vivem
populações locais, que sobrevivem através desses recursos extraídos
da natureza. Preservar o meio ambiente significa proteger também
o estilo de vida desses grupos sociais. A existência de inúmeros
conflitos em torno do uso desses recursos naturais tornou-se
inevitável, mas podem ser minimizados por meio de instrumentos
de conservação, como é o caso do manejo florestal (Ibama, 2001)
Neste sentido, a Precious Woods Amazon (PWA) localizada no
município de Itacoatiara (AM), torna-se uma ferramenta significativa
na promoção do desenvolvimento das populações residentes no
município e arredores, uma vez que, ela realiza desde 1994
atividades de manejo florestal com baixo impacto ambiental, sendo
a primeira a receber o selo FSC (Forest Stewardship Council), na
Amazônia, via rigorosos padrões aplicados pela certificadora
Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
A mensagem do selo FSC significa que o manejo florestal é
ambientalmente correto, há uma relação justa com os funcionários e
com as comunidades que vivem na área de influência do manejo, e é
economicamente viável.
O objetivo dessa pesquisa é obter informações sobre as reais
características socioeconômicas e ambientais das comunidades
localizadas em torno da área de influência do manejo florestal da
empresa Precious Wood Amazon no município de Itacoatiara e
Silves no Estado do Amazonas, buscando identificar as demandas
sociais vigentes e os impactos sentidos pelas famílias antes e após o
início das atividades de manejo florestal da empresa.
Essas comunidades possuem características diferenciadas em seu
interior e não podem ser tratadas de maneira homogênea.
A ausência de estudos dessa natureza tem impedido que se
proponham políticas sociais e ambientais que se adequem ao perfil
desses moradores comunitários o que entrava o desenvolvimento
dessas áreas. A PWA entende essa necessidade e por isso busca
executar a sua responsabilidade social, que tem como essência não
a promoção do assistencialismo, que é uma medida apenas
emergencial, mas busca fornecer condições para que essas
comunidades se desenvolvam sustentavelmente, gerando emprego
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PROPOSTAS APRESENTADAS
e renda para esses grupos sociais e ao mesmo tempo mitigando os
impactos ambientais.
S-15
Anulado
S-16
Núcleo de Estudo Espaço Reflexivo: Ensino Religioso,
Filosofia, Língua Portuguesa e Sociologia
Eduardo Jorge Rodrigues Ribeiro Filho
Centro Educacional Sesc José Roberto Tadros
Manaus, AM
O presente projeto apresenta o esforço dos professores do Centro
de Educação Sesc José Roberto Tadros, das disciplinas envolvidas em
fortalecer o processo de aprendizagem dos alunos, que são elas:
Filosofia, Língua portuguesa, Ensino Religioso e Sociologia, sem
excluir as demais disciplinas de ensino fundamental e médio.
É necessário um esforço conjunto para o crescimento integral dos
alunos. Vendo essa necessidade e sentindo-a é que os professores
juntam suas forças neste projeto, dessa forma, fazendo com que os
maiores beneficiados sejam nossos alunos e o aprimoramento de
seus conhecimentos. Visa também à ampliação do projeto à
comunidade externa como escolas vizinhas, universidades e demais
interessados em nossas atividades valorizando a diversidade de
conhecimento cultural.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
S-17
CRIAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO E A CONSERVAÇÃO DA
MATA NATIVA EM TERRAS INDÍGENAS
Emmanuel de Almeida Farias Júnior
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Manaus, AM
S-18
Fábrica de produtos a partir de restos de madeira de
construções e de sobras de móveis
Enizabete Aparecida Barbosa da Silva
Ipê Roxo Associação de Desenvolvimento e Conservação na
Amazônia
Cacoal, RO
Trata-se de uma proposta de desenvolvimento de uma metodologia
para trabalhar com restos de madeira, das marcenarias, madeireiras
e construções, os quais serão utilizados para a fabricação de
artesanatos e objetos de pequeno porte, até biojóias.
Os empreendimentos citados anteriormente, geram grandes
quantidades de resíduos diariamente, os quais seriam despejados na
natureza/meio ambiente gerando entulhos que deixam a cidade
com aspecto desagradável e entopem os bueiros, vão para os rios
ocasionando os alagamentos, como temos visto nos últimos anos
em nosso Estado.
Infelizmente em nosso Estado ainda existem poucas empresas que
os reutilizam, sendo assim, será montada essa fábrica com a certeza
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PROPOSTAS APRESENTADAS
que haverá uma grande quantidade de pessoas que serão
beneficiadas social e financeiramente falando, sem contar o quão
importante ele será se ter um mundo melhor para as futuras
gerações.
Outro foco são os trabalhos que venham contemplar os presos de
Cacoal (RO), tanto do regime de semi-aberto e fechado (as peças
semi-prontas poderão ser levadas ao presídio para que os mesmos
façam os acabamentos sem precisar sair), esses produtos poderão
ser comercializados em feiras e exposições em geral, por que não
dizer para exportação? O que trará grandes benefícios a região
Amazônica também, pois será levado em suas etiquetas o nome de
nossa região.
Para que possa trazer mais benefícios, pode-se realizar a doação de
brinquedos às crianças carentes de vários municípios, pois quanto
mais peças feitas maiores serão os lucros, sejam financeiros ou para
o meio ambiente, que são valores incalculáveis. Fala-se muito em
inclusão social, mas em razão do “pré-conceito” muito pouco se tem
feito, poucos são os ex-presidiários que tem uma oportunidade para
ter uma vida melhor, bem como ter a condição de ajudar a sua
família e ter um destino feliz, para que isso ocorra é fundamental a
valorização e o respeito com o próximo que muitas vezes não teve
outra saída a não ser o mundo obscuro do crime.
Com a realização dessas atividades será incluído também os cursos
para jovens em condições de risco, essa prática ainda não tem sido
utilizada em muitos lugares, porém não basta reclamar ou
questionar, tem-se que fazer algo, pois os resultados com certeza
serão positivos e dessa política surgirá uma sociedade mais justa e
consciente no que tange ao meio ambiente.
Com certeza será visado sempre à melhoria da qualidade de vida de
todos no presente, bem como das futuras gerações, de forma
moderna e com tecnologia de ponta, com o auxílio de terceiros do
setor privado moderno nacional ou internacional, e com certeza
sempre assistidas pelo poder público. Contando sempre com o
apoio dos organismos não-governamentais e governamentais que
defendem o meio ambiente e a vidas que dependem de um planeta
mais saudável, dentre elas pode-se destacar a sociedade civil
organizada ou não, pelos governos federal, estadual e municipal,
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pelos sindicatos e órgãos de defesa de classes, pelos empresários
essa soma de forças é que fará desse projeto um sonho realizado.
Diga-se de passagem, Rondônia tem se destacado mundialmente
falando, no turismo ecológico que embora um pouco tímido ainda,
já tem evoluído consideravelmente, com valorização dos recursos e
riquezas de cada localidade, e isso proporcionará maior
lucratividade com as vendas desses produtos, como se vê não
faltarão clientes, pessoas que possam trabalhar e se beneficiar desse
honrado empreendimento.
Buscaremos apoio das Universidades, das Faculdades, já temos
convênio com algumas, bem como das escolas Públicas e Privadas,
as quais deverão participar, principalmente, com o auxílio dos
professores e alunos de todos os cursos desde iniciantes, passando
pela graduação, especialização, mestrado e doutorado nas mais
variadas áreas, pois vários outros projetos poderão ser efetuados
paralelamente, como por exemplo, pessoas para fazerem os
desenhos das peças, outro exemplo, lugares e pessoas que possam
vender a produção.
O resultado desses trabalhos deverá servir também para que alunos
possam ter material empírico para elaborar teses, dissertações e
monografias sobre os problemas e soluções encontrados no
desenvolvimento do projeto e dos trabalhos, que envolvem cada
setor da sociedade, desde a coleta da matéria prima (que são os
resíduos), até o produto final, vale ressaltar que esse projeto é um
exemplo de desenvolvimento sustentável.
O presente projeto visa também a Conscientização e Educação
Ambiental nas escolas com o apoio da Semed – Secretaria Municipal
de Educação e Secretaria Estadual de Educação, bem como de
outros órgãos como: Secretaria Municipal e Estadual de Cultura,
Sema – Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sedam - Secretaria
de Estado do Desenvolvimento Ambiental, Policia Militar, Agente
Penitenciários de Cacoal, Secretaria Municipal e Estadual de Saúde e
nas comunidades, bem como a Inclusão Social de ex-presidiários e
presidiários do Mini Presídio de Cacoal, para tanto, pretende-se
realizar processo de formação continuada e capacitação dessas
pessoas, outrora sem oportunidade nenhuma a vista.
A estruturação, a sensibilização e a mobilização da comunidade
serão alcançadas mediante a implantação e divulgação das ações do
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PROPOSTAS APRESENTADAS
projeto, para alcançar essa gama de pessoas serão feitas palestras e
divulgação através da impressa falada e escrita, pois somente assim
obterá êxito total.
Vale ressaltar que, a metodologia participativa fará com que as
atividades sejam desenvolvidas por meio de sensibilização e
mobilização dos alunos, presidiários e ex-presidiários, dos parceiros
e da comunidade através de reuniões, palestras, cursos com temas
relevantes ao meio ambiente e à gestão ambiental, distribuição de
material informativo e educativo com micro orientação, de modo
que ocorra a divulgação com maior alcance possível. O projeto
abrangerá principalmente o município de Cacoal, buscando a sua
replicabilidade em vários outros municípios circunvizinhos, atingirá
um número de beneficiários diretos e indiretos incalculáveis.
S-19
PROJETO GERANDO ESPERANÇA E CIDADANIA
Helda da Silva Moreira
Cemeja Professor Samuel Benchimol
Manaus, AM
O projeto justifica-se através das necessidades educacionais em
manter o público alvo da EJA envolvidos e engajados na busca de
sua formação escolar, mas também no resgate de sua cidadania,
muitas das vezes enfraquecida mediante a realidade onde estão
inseridos. Foram apontadas que as principais dificuldades que
jovens e adultos das classes com renda baixa enfrentam estão
ligadas à falta de qualificação profissional, de oportunidades de
empregos e outros fatores de vulnerabilidade social (difícil acesso às
políticas públicas), dentre eles a falta de renda fixa, subempregos,
violência, moradia próxima às áreas de tráfico de entorpecentes e
criminalidade. O que pode influenciar no pouco interesse pelas
atividades escolares, baixo rendimento.
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Dentro da perspectiva social crítica, as discussões e ações educativas
são realizadas com a finalidade de fazer com que cada educando da
Eja possa refletir a realidade sócio-histórica e econômica em que
está inserido, para que de uma forma satisfatória tenha tomadas de
decisões que mudem sua vida, tendo a “compreensão de que o
homem é social e historicamente constituído e, concomitantemente,
caracteriza-se como produtor de cultura e história” (Strey, 1998).
Sendo importante considerar algumas ideias e conceitos que
nortearão esse projeto a fim de embasá-lo para uma pesquisa de
maior amplitude num outro momento. Dentre os principais são a
relação do mercado de trabalho, trabalho e economia solidária, as
particularidades da Educação de Jovens e Adultos, o alto índice de
fracasso escolar e de evasão mediantes às dificuldades enfrentadas
por esse segmento escolar. Onde muitos educandos possuem nível
baixo de expectativa, motivação e autoestima, fatores
indispensáveis para a aprendizagem e a conclusão das etapas onde
estão matriculados.
De acordo com Freitas (2007) p 6.o estudante da Eja:
“o educando vive esta perversa dinâmica a cada minuto da sua
condição de estudo, mesmo que isto não seja dito, conversado ou
discutido. Trata-se de um peso psicossocial em que sua baixa
autoestima cresce, assim como cresce a descrença que tem em si
mesmo, e todo este processo acaba sendo vivido silenciosa e
solitariamente, embora todos possam se sentir assim. Cabe ao
educador tentar romper esta barreira do silêncio, da descrença em
si e da crença na irreversibilidade da situação.”
O projeto é uma intervenção comunitária com perspectiva da
psicologia social comunitária latino-americana, considerando que a
uma das vertentes do projeto é mobilizar socialmente os sujeitos
muitas vezes excluídos dos processos sociais em que deveriam estar
inclusos. Torná-los agentes de suas histórias, autores das mudanças
tanto na visão de mundo como na ação transformadora do seu fazer.
Nesse ponto, a escola torna-se um espaço para aliar análise,
discussão e conclusões a cerca das problemáticas dos estudantes,
sendo que uma delas é justamente encontrar um sentido, uma razão
para o retorno às aulas e à sua permanência na escola. Pois, se fosse
para enumerar os desafios e as dificuldades que são enfrentados
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PROPOSTAS APRESENTADAS
seria desanimador, tanto para os estudantes quanto para a equipe
técnica.
“Ou seja, fala-se aqui do compromisso para criar formas que
permitam uma emancipação e superação das condições e
submetem as pessoas a condições que oprimem e submetem as
pessoas a condições injustas, indignas e discriminadoras em suas
vidas.” (Freitas, 2007).
Existem alternativas de potencializar os processos de
conscientização e educação, como a compreensão sobre os
processos psicossociais de formação e constituição do homem como
autor e ator da sua própria história.
S-20
AÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS PARA O COOPERATIVISMO RURAL
E INCLUSÃO PRODUTIVA DE POPULAÇÕES EM SITUAÇÃO DE
POBREZA NO ESTADO DO AMAZONAS
Ires Paula de Andrade Miranda
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Manaus, AM
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social “a pobreza
é um fenômeno multifacetado e que não se enfrenta com iniciativas
isoladas”. Estudar as variáveis dos componentes determinantes do
associativismo rural nos assentamentos, enquanto atores
institucionais são ações que poderão potencializar a organização de
cooperativas ou associações de produtos da sociobiodiversidade de
acordo com o reconhecimento e a identificação das demandas,
potencialidades e necessidades das populações mais vulneráveis da
zona rural.
O plano do Governo Federal intitulado “Brasil Sem Miséria” criou um
cadastro único de programas sociais que é considerado a espinha
dorsal para o mapeamento de um processo de crescimento
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econômico, redução da pobreza e desigualdade no nosso país.
No Estado do Amazonas essas ações ainda são incipientes
(considerando às distâncias dos grandes centros do país) e para
vencer esses desafios, os pesquisadores do Laboratório de Gestão
de Processos e Produtos do Grupo de Estudos em Palmeiras do Inpa,
pretendem disponibilizar seus conhecimentos na construção de
forma participativa de uma unidade demonstrativa de cooperativas
ou associações rurais, para oportunizar a inclusão produtiva na
qualificação de recursos humanos e acesso dos indivíduos e famílias
aos serviços sócio-ambientais de maneira sustentável. A proposta
partiu da percepção de que as informações dos indicadores sociais e
ambientais locais, possuem pouca visibilidade para o fomento das
políticas públicas no referido programa para o Estado do Amazonas.
Com isso nota-se uma dificuldade na aplicação do modelo do plano
“Brasil Sem Miséria” nos segmentos mais vulneráveis e nas ações de
estruturação das cadeias de produtos da sóciobiodiversidade. Desta
forma, considera-se um fator necessário, as boas práticas do
cooperativismo rural e inserção das famílias no eixo da inclusão
produtiva e sustentabilidade. A partir de um planejamento do
inventário das potencialidades de produtos da biodiversidade, a
proposta avançará no entendimento das necessidades e demandas
da comunidade, dos produtores locais, associações, escolas e outros
segmentos, que viabilizem a construção de mecanismos com caráter
organizacional de trabalho e renda. A contribuição para a
diminuição das vulnerabilidades das populações, contempla um
conjunto de atividades (Unidades demonstrativas) desde um plano
de manejo, reposição da flora por meio de técnicas sustentáveis,
banco de sementes e mudas e a consolidação de redes interativas
através de cooperativas ou associações e as secretarias municipais,
estaduais e setores privados para fortalecer os programas de
políticas públicas dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Tratase de um projeto de pesquisa institucional e multidisciplinar, o qual
enfatiza a valorização dos produtos florestais e plantios, incluindo o
seu uso e sustentabilidade na tentativa de contribuir para o
Programa “Brasil Sem Miséria”. O projeto está sendo apresentado
como resultado de uma reflexão estratégica para acelerar a
popularização da ciência e da tecnologia, considerando as questões
prioritárias de como contribuir para a diminuição das desigualdades
sociais e melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O projeto piloto será implantado no município de Rio Preto da Eva a
70 km de Manaus, em virtude da facilidade no ajuste da logística e
futuramente a replicação de unidades demonstrativas em outros
municípios.
Trata-se de uma proposta ousada, mas com caráter inovador na
intenção de entender e colaborar com as relações fundamentais e
potencial de evolução entre as populações vulneráveis e a inclusão
produtiva.
S-21
Embarcações verdes
Jadir de Souza Rocha; Cynthia Lins FalconePontes; Katia B.
Loureiro Ramos; Tereza Maria Farias Bessa e Vania Maria
Oliveira da Camara
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (Inpa)
Manaus, AM
No mundo amazônico, tanto as grandes como as pequenas cidades
nasceram nas margens dos rios, assim como as mais distantes casas
de ribeirinhos estão assentadas sobre palafitas e, também, milhares
deles vivem em habitações flutuantes. Enfim, pode-se admitir que
haja mais barqueiros do que motoristas e mais trapiches (tabuado
para embarque e desembarque de cargas e passageiros) do que
garagens.
A Amazônia está inserida na maior bacia hidrográfica do planeta,
num entrelaçado de rios, lagos e igarapés, desta forma a navegação
se faz extremamente presente, pois seus moradores, principalmente
os ribeirinhos, fazem dessas estradas líquidas, vias de acesso em
busca de sustento como também para o translado entre
comunidades ou de uma cidade a outra (Tonete, et al., 2008).
Na Amazônia, aproximadamente 25.000 quilômetros de rios são
navegáveis, isto é, mais que o dobro (12.000 quilômetros) das
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rodovias pavimentadas já existentes. Segundo informações dos
Distritos Navais da Amazônia (4˚ e 9˚) que cobrem os Estados da
região Norte, pode-se estimar que haja, pelo menos, um milhão de
embarcações na região, estando apenas 40 mil oficialmente
registradas e o restante (96%) são canoas, cascos, catraias, voadeiras
e regatões que navegam sem documentos e fiscalização nessa
extensa rede de artérias fluviais.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO) (2008), revela que a madeira continua sendo o material mais
comum para construção de embarcações abaixo de 15 metros de
comprimento e que, em países desenvolvidos, existe uma tendência
à utilização de plásticos na construção naval, mas, na África, Ásia e
Pacífico, provavelmente 90% das pequenas embarcações são
construídas de madeira. Esse mesmo percentual pode ser estimado
para a frota fluvial da Amazônia. No entanto, o acesso limitado ou
ilícito aos recursos florestais, como também, a aplicação de uma
política florestal racional vem dificultando a aquisição das espécies
de madeira tradicionalmente utilizadas na construção naval.
A Marinha do Brasil e o Ministério dos Transportes conhecem os
problemas existentes na Amazônia com o transporte fluvial de
cargas e passageiros, sendo o mais preocupante, as embarcações de
pequeno porte, devido uma série de fatores, tais como: a ausência
de projetos estruturais adequados, geometria bem definida, cálculos
para dimensionamento das diversas peças empregadas na
construção, especialmente no caso da madeira usada com
dimensões elevadas, ocasionando grande desperdício desta
matéria-prima e aumento considerável no peso das embarcações,
influenciando diretamente na capacidade de flutuação e no
consumo de combustível.
Pela primeira vez serão utilizadas fibras vegetais na construção de
embarcações, as quais apresentam excelentes características e
propriedades tecnológicas para uso em todos os seus componentes
construtivos como: cavernas, quilhas e sobre-quilhas, vigas e pilares,
mastros, cascos, convés, toldos, camarotes/suítes, etc. No entanto,
nesta proposta, serão construídas apenas embarcações de pequeno
porte e, os resultados obtidos servirão para comprovar a eficácia
dessas matérias-primas verdes e assim garantir a sustentabilidade na
construção naval.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Também serão usadas, pela primeira vez, resinas naturais obtidas de
espécies vegetais, como aglutinantes das fibras vegetais na
construção naval. Sendo uma delas a resina da mamona (Ricinus
communis L.) e a outra o látex da seringueira (Hevea brasiliensis Wild.
Ex A. Juss), ambas são irreversíveis, isto é, após suas aplicações serão
extremamente resistentes à água.
As fibras vegetais a serem usadas serão retiradas das folhas das
espécies curauá (Ananas erectifolius L. Merril) e abacaxi (Ananas
comosus L. Merril). Essas espécies possuem caules, os quais, com
menos de um ano já contém aproximadamente 70 a 80 folhas muito
espessas e comprimento variando entre 60 a 120 centímetros (www.
ufrgs.br.2002). Ambas são originárias da Amazônia (Souza, et al.,
2000), sendo importante ressaltar que as fibras de curauá já são
industrializadas pela indústria automobilística, na produção de párachoques, forros e painéis de carros.
Conforme dados do IBGE (2006), o Estado do Pará é o maior
produtor de curauá, enquanto para o abacaxi, os maiores produtores
da região norte são Pará, Amazonas e Acre.
Diante do exposto, este projeto apresenta uma proposta
tecnológica inovadora para a construção naval, tanto em termos de
processo quanto nos tipos de matérias-primas a serem utilizadas.
S-22
CINEMA COM TUCUMÃ – CINEMA COMUNITÁRIO
Jairo silva de Souza
Instituto de Desenvolvimento Interativo (IDI)
Manaus, AM
O projeto visa disponibilizar outra opção de entretenimento, cultura,
lazer e reflexão através da exibição de filmes com temáticas sociais.
Dentre os principais objetivos está dar uma opção de
entretenimento e cultura para pessoas que não tem acesso a esse
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tipo de programa, ou por ser caro ou por ser distante da
comunidade e promover discussões a respeito do filme exibido.
S-23
Projeto Rede Cidadã: formação profissionalizante
e empregabilidade para adolescentes e jovens
Janice Matos de Oliveira
Fundação Francisco Flôres
Manaus, AM
O Projeto Rede Cidadã: formação profissionalizante e
empregabilidade para adolescentes e jovens será realizado no
município de Manaus. A linha de atuação relacionada refere-se à
Geração de Renda e Oportunidade de Trabalho e as atividades serão
executadas na Zona Sul de Manaus, considerada com grande índice
de periculosidade e que se encontra em situação de vulnerabilidade
social e econômica.
As ações serão desenvolvidas com um público de adolescentes e
jovens entre 15 e 30 anos, e adultos na faixa etária entre 30 e 59 anos
familiares dos adolescentes e jovens beneficiários, e acredita-se que
serão focadas e fortalecidas as ações para melhoria da distribuição
de renda, profissionalização e educação social. O contexto para a
realização do projeto está dotado de problemáticas sociais alistadas
ao desenvolvimento social, político, econômico e cultural do país.
Especificamente as atividades desenvolvidas e objetivos estão
relacionados com impacto em nível das condições de emprego e
renda das comunidades envolvidas, pois identifica-se um alto grau
de desemprego e subempregos, estando aliados à isso o baixo nível
de educação e escolarização, vulnerabilidade de grupos como
mulheres e jovens e alto índice de violências. Acredita-se que um
fator determina o outro, conforme a dinâmica social que se analisa
no Brasil.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O Projeto Rede Cidadã executado pela Fundação Francisco Flôres foi
organizado juntamente com os beneficiários e parceiros locais
contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e visando a
sustentabilidade local e a melhoria da qualidade de vida dos
comunitários.
Seu objetivo principal é contribuir para a formação profissionalizante
e a melhoria da geração de renda e oportunidades de trabalho para
adolescentes, jovens e seus familiares em situação de
vulnerabilidade social, o que nos remete à problemática do
desemprego como a alavanca principal de demais situações de risco
social e entraves na sustentabilidade das localidades, uma vez que
os comunitários, por não possuírem escolaridade adequada e
experiência profissional, buscam como fonte de renda o mercado
informal.
Os objetivos do Projeto foram organizados de acordo com a
experiência prática e estão elencados aos procedimentos
metodológicos adotados nas ações, tornando-se estratégicos para
que o foco principal do Projeto possa ser alcançado.
Pessoas com renda muito baixa e com os menores índices de
desenvolvimento humano serão os atendidos do projeto. Nesta
localidade, em sua maioria formadas através de ocupações ilegais, os
moradores originam-se de vários municípios do Amazonas e
também de outros estados do Norte do país. Serão beneficiados 300
adolescentes e jovens diretamente e suas famílias estarão envolvidas
indiretamente. Visando atender esse público foram planejadas ações
de formação profissionalizante, através de cursos e oficinas
sócioeducativas, acompanhamento após os cursos para identificar
potencialidades dos participantes, encaminhamento ao mercado de
trabalho formal e informal, apoio a pequenos empreendedores e
realização de atividades como oficinas, palestras e seminários sobre
questões que remetem a cidadania e a orientação para o mundo do
trabalho. Para tanto, existem alguns parceiros locais dos Sistemas S,
empresas do Pólo Industrial de Manaus e órgãos governamentais.
Toda essa organização se faz de suma importância para que os
indicadores deste bairro e suas adjacências tenham mudança
significativa em relação à qualificação e a geração de renda. Os
impactos deste trabalho aparecem não apenas em indicadores e
pesquisas como também no dia-a-dia, através da melhoria nos
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processos de participação e mobilização da comunidade, uma vez
que pessoas com bons empregos e renda participam da vida
comunitária e se doam para ações coletivas; buscam recursos para
desenvolver ações de apoio a outros grupos, principalmente aos
jovens; melhoram o relacionamento com seus filhos; dão espaço ao
diálogo familiar; passeios comunitários e reuniões das associações
comunitárias, e os adolescentes e jovens começam a participar de
iniciativas informativas e coletivas.
Assim, impacto social é essencial, sendo notado nos indicadores de
renda, qualidade de vida e desenvolvimento humano, porém os
aspectos cotidianos são subjetivos e fogem aos registros de macro
indicadores. Para a Fundação Francisco Flôres, a transformação inicia
no cotidiano dos comunitários com grande impacto familiar e social.
Isso faz parte mais de um processo de mudança de consciência do
que de melhoria nos indicadores.
S-24
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA PARA ESCOLARES DA
CIDADE DE MANAUS (AM)
Jerfeson Nepumuceno Caldas
Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
Manaus, AM
Os desenvolvimentos de ações de educação sanitária contribuem
com a sensibilização das pessoas, criam no individuo um sentimento
de responsabilidade solidária e ajuda na percepção das falhas
decorrentes da ausência de mecanismos de segurança e controle
sanitário nos mais diversos serviços oferecidos e nos produtos
comercializados no mercado. Apesar da grande contribuição que
oferece, não é objeto de estudos inseridos nos planos de ensino e
nas grades escolares, mesmo que esteja presente na vivência
sociocultural da sociedade.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Ações de educação sanitária contribuem como medidas para evitar
o adoecimento da população, agindo sobre diversos fatores de
riscos, auxiliam na construção de barreiras que evitam a
disseminação e a propagação de doenças e outros problemas.
Um trabalho realizado com maior frequência por agentes e
profissionais de saúde, e pela limitação quantitativa de pessoas
poderia ser disseminado por outros atores, como os educadores e
escolares.
Embora o processo de educação sanitária faça parte do processo de
trabalho de agentes e profissionais de saúde, sobretudo os que
atuam com vigilância sanitária, represente uma importante medida
no limiar de defesa e proteção da saúde, muitas vezes só acontece
quando ocorrido um problema sanitário, ou seja, após uma ação de
intervenção, deixando de agir na prevenção.
Considerando o exposto, o projeto visa à implantação de um
Programa de educação sanitária para escolares da cidade de Manaus
(AM), contribuindo para sensibilização das pessoas alcançadas nas
ações previstas no projeto, seja na mudança de atitude, de
comportamento ou ainda para que possam agir com maior
responsabilidade, fazendo isso, através de observações sobre a
qualidade dos serviços e produtos que estejam associados com a
saúde.
O programa envolverá estudantes de escolas particulares e públicas
da cidade de Manaus, assim como, educadores, pais e outros atores
interessados pelo tema.
Este programa pretende contribuir para minimizar os problemas
relacionados com as condições sanitárias de feiras, mercados,
ambulantes, serviços de beleza, serviços médicos ambulatoriais e
laboratoriais, comercialização de produtos (medicamentos,
saneantes, agrotóxicos, entre outros). Contribuir com o serviço de
fiscalização sanitária de bens e serviços da cidade de Manaus e
sensibilizar as pessoas, para compreensão dos cuidados básicos no
momento de comprar um produto ou fazer uso de um serviço.
Para o desenvolvimento do programa será utilizada a metodologia
sócio-construtivista, bastante adotada em ações de educação
sanitária, onde se trabalha no contexto VER, JULGAR e AGIR,
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contemplando ações lúdicas, gincanas, palestras e oficinas sobre
educação sanitária.
O projeto será desenvolvido, considerando as estratégias sócioeducativas, focando no empoderamento dos atores envolvidos, para
que possam agir como potenciais multiplicadores dos mais diversos
temas desenvolvidos no programa e para isso, será necessário reunir
com os representantes legais das escolas para apresentar o
programa e pedir o apoio necessário para desencadear as ações
previstas, recebendo deles o compromisso interinstitucional de que
estarão com seus alunos visitando o espaço destinado para o
programa. Qualificar a equipe de instrutores do programa para que
possam compreender com clareza os objetivos previstos e construir
uma metodologia de trabalho capaz de desenvolver competência
para o relacionamento pedagógico com crianças e adolescentes,
visando com isso, à realização de um trabalho que garanta a
eficiência necessária e a satisfação por parte dos beneficiados.
Realizar uma grande campanha de divulgação do programa, para
informar a sociedade sobre esse novo espaço de formação e
aprendizagem, buscando o reconhecimento e a confiança social.
Planejar e organizar junto às escolas um cronograma de visitas, de
modo que o espaço seja visitado periodicamente e mantenha uma
frequência elevada de visitas, conforme a disponibilidade prevista
em agenda.
Portanto, as ações do programa de educação sanitária para escolares
da cidade de Manaus (AM), com foco nas comunidades escolares
(professores, alunos, equipe pedagógica, direção e pais de alunos),
compreendem a atuação junto às equipes de professores e os
alunos das escolas públicas e particulares, localizadas na cidade de
Manaus, buscará na educação, uma forma de fomentar o valor da
vigilância sanitária, como parte de um processo de construção
aberta para inserção de outros atores, por meio da mudança de
comportamento e da participação social.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-25
Renascimento: Ciência e Educação para promoção da
cidadania e qualidade de vida em escolas periféricas
amazônicas
Joanne Régis da Costa; Izabelly Cruz da Costa
Embrapa Amazônia Ocidental
Manaus, AM
A proposta apresentada aqui está embasada em um programa
educacional interdisciplinar a ser estruturado em escolas públicas
localizadas em zonas periféricas de municípios amazônicos.
O objetivo é contribuir para a formação de estudantes dos ensinos
fundamental e médio, visando à promoção e consolidação dos seus
direitos fundamentais e ao embasamento de políticas públicas
educacionais.
A escola será transformada em um ambiente de educação integral,
com a execução de um programa que atuará por meio de cinco
Planos de Ação, a saber: Ciência, Meio Ambiente, Segurança
Alimentar, Saúde Preventiva, Cultura e Comunidade.
Como práticas pedagógicas podem reforçar o fracasso de uma
pessoa para além da sua vida de estudante, esta proposta de
educação busca, em estreita relação com a escola, uma nova
perspectiva de atuação, com ações diretas com a comunidade
escolar e do entorno, contribuindo para a mudança da realidade
local.
Conforme a Unesco, em distintas pesquisas, a escola ao exercer bem
sua função cognitiva e constituir-se em espaço de participação e
proteção, estará apta a bem lidar não só com aprendizagem em
temas clássicos do conhecimento, como com temas de cunho
existencial. É importante que a escola bem lide com a sua função de
aliar ensino de qualidade à afetividade e respeito nas relações entre
os diversos atores e bem desempenhar, quer com a sua matéria
prima – a reflexão, o exercício da razão crítica, o verbo, a
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comunicação, o conhecimento, a ética–, quer com temas também
relacionados ao existencial e básico do ser humano, como a
sexualidade, a afetividade e as relações de gênero ou consigo
mesmo e com o meio ambiente.
A metodologia usada nesta proposta poderá servir de base para a
construção de uma política pública de incentivo a educação, a ser
implementada em escolas públicas sob condições semelhantes.
S-26
USINAS DO MADEIRA O APOCALIPSE DO ESTADO DE RONDÔNIA
João Bosco Lima de Siqueira
Porto Velho, RO
Do ponto de vista histórico os caminhos que conduzem a
compensação é um conjunto de sangue suor e lagrima, onde o
interesse do governo nacional está acima de tudo e de todos,
conduzido pelo Lema da Geração de Emprego e Renda. Tal lema é
uma verdadeira contradição a julgar pelos programas eleitorais do
Governo Federal de suposto crescimento de emprego e renda. Na
verdade os dados pertinentes a emprego e renda são tão confusos,
que por ocasião da implantação dos grandes projetos Hidrelétricos o
governo consegue mascará o projeto com muita propriedade,
ilegalidade, exclusão e miséria que a sociedade como um todo
pouco percebe ou questiona o estado de miséria promovido ante
durante e depois da construção dos grandes empreendimentos
hidrelétricos.
Do norte ao sul do país os empreendimentos Hidrelétricos têm
proporcionado uma geração de excluído, reconhecidos pelo
governo federal, em foro do movimento dos atingido pelas
barragens, que somam hoje em mais de um milhão de pessoas sem
qualquer perspectiva de solução da problemática patrocinada pelo
governo federal e operacionalizada por grande grupo econômico
preocupado tão somente com a sua margem de lucro.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O Brasil dispõe de uma cesta de legislação ambiental que se fosse
operacionalizado do ponto de vista legal a Floresta Amazônia estaria
totalmente com suas arvores histórica de valioso interesse comercial
de pé, bem como se o interesse internacional fosse mesmo à
preservação amazônica, não patrocinariam investimento que
promove o desmatamento da nossa Floresta.
A Amazônia já foi considerada o pulmão do mundo, área de domínio
internacional, corredor dos traficantes, paraíso da borracha e exílio
dos seringueiros ao sabor da própria sorte, quando não mais
interessava a economia advinda da borracha em função dos amigos
internacional terem levado nossas mudas para outros continente e
produzidos com uma alta produtividade.
Mais nossa historia trata da compensação ambiental advindo do
complexo das usinas do madeira tão difundida pelo governo
nacional, como válvula de escape para o progresso regional.
Os conceitos jurídicos e técnicos nunca servirão de base para
tomada de decisões a julgar pelo histórico de miséria causado pela
implantação das hidrelétricas no país. Parece que as analogia tão
utilizada no poder judiciário para solução de diversos problema não
tem sido aplicado na população dos excluído da barragem, nem tão
pouco nas construções pos ditaduras com a implantação da
democracia e o restabelecimento da ordem pública. O que vem se
verificando é um conjunto de medidas que visem o crescimento do
capital, sem uma contrapartida do bem está social dos atingidos da
barragem.
Do ponto de vista histórico vamos iniciar nossa trajetória na
comunidade rurais ameaçada pela construção da hidrelétrica da
Jataizinho no Estado do Paraná , onde através da pesquisa levantada
pela Dr. Clemetina E Colito podemos constatar os impactos sociais e
ambientais promovido pela construção do empreendimento
hidrelétrico.
A década de oitenta do ponto de vista da construção de hidrelétrica
não tinha outra preocupação a não ser do desenvolvimento
econômico sem qualquer preocupação com o meio ambiente em
termo de impactos gerado pela construção. As construções não
levavam em consideração os atingidos pela construção geralmente
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pessoas que vivem em torno das construções, ou que de uma forma
ou de outra foram atingidos pelos empreendimentos.
Motivado pelo processo desenvolvimentista de produção de energia
para atender as necessidades enérgicas do país. Levou o Brasil
produzir diversas hidrelétrica como Itaipu, Balbina e Tucuruí
provocando diversas impactos no ambiente. Tal produção não
levou em consideração o bem está do pais como um todo. Tal
situação apenas privatizou lucro e socializou miséria.
S-27
Escola de Gestão da Amazônia
João Carlos de Souza Meirelles Filho
Instituto Peabiru
Belém, PA
A Escola de Gestão da Amazônia propõe-se como centro de
formação para o terceiro setor, com dois programas principais: a)
Programa Aladin – formação em gestão e mobilização de recursos
para organizações sem fins lucrativos da Amazônia, e b) Programa
Doutor Caboclo – formação de gestores comunitários, para a
administração de organizações de base comunitária (associações,
cooperativas, colônias de pesca, sindicatos e sua participação em
organizações públicas e representação local), especialmente
relacionadas a povos e comunidades tradicionais da Amazônia.
Almeja-se fortalecer a capacidade destes grupos, em gerir
organizações sustentáveis, que lhes permitam cumprir sua missão,
maior acesso a políticas públicas que atendam os direitos cidadãos e
resultem na superação das desigualdades socioeconômicas e de
acesso a recursos naturais, resultantes do processo de
desenvolvimento. Para garantir sua sustentabilidade, a Escola
oferecerá dois outros programas, com cursos pagos, a pelo menos
dois outros públicos – c) Programa de Créditos Verdes – de estágios
a estudantes universitários do Brasil e do mundo, e d) Programa
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Imersão Amazônica – de voluntariado pago a interessados em
contribuir a projetos socioambientais associados à Escola. A Etapa
Pioneira, com 3 anos, está organizada em duas fases – Fase 1 – de
mobilização – onde serão desenvolvidos: a) o plano de negócios, b)
o plano pedagógico, c) o plano de mobilização de recursos e
parcerias; d) realizada a mobilização inicial de recursos e e)
oferecidos 2 cursos iniciais, prevista para um ano; e a Fase 2 – de
Lançamento –, com 2 anos, em que serão lançados todos os
programas. A Escola trabalhará inicialmente em instalações de
parceiros. Para criar um ambiente de aprendizado intensivo e
colaborativo, a proposta é instalar, na Fase 2, a Escola em terreno na
zona rural, no Nordeste Paraense, próximo a Belém, Pará.
O investimento para a Fase de mobilização (Etapa Pioneira) é de
R$ 242.524,24.
S-28
Escola de Gestão da Amazônia
João Guilherme da Silva Passos
Associação Paraense de Ginástica Artística (APGA)
Belém, PA
A Escola de Gestão da Amazônia propõe-se como centro de
formação para o terceiro setor, com dois programas principais:
a) Programa Aladin – formação em gestão e mobilização de
recursos para organizações sem fins lucrativos da Amazônia, e
b) Programa Doutor Caboclo – formação de gestores comunitários,
para a administração de organizações de base comunitária
(associações, cooperativas, colônias de pesca, sindicatos e sua
participação em organizações públicas e representação local),
especialmente relacionadas a povos e comunidades tradicionais da
Amazônia. Almeja-se fortalecer a capacidade destes grupos, em
gerir organizações sustentáveis, que lhes permitam cumprir sua
missão, maior acesso a políticas públicas que atendam os direitos
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cidadãos e resultem na superação das desigualdades
socioeconômicas e de acesso a recursos naturais, resultantes do
processo de desenvolvimento. Para garantir sua sustentabilidade, a
Escola oferecerá dois outros programas, com cursos pagos, a pelo
menos dois outros públicos – c) Programa de Créditos Verdes –de
estágios a estudantes universitários do Brasil e do mundo, e
d) Programa Imersão Amazônica – de voluntariado pago a
interessados em contribuir a projetos socioambientais associados à
Escola. A Etapa Pioneira, com 3 anos, está organizada em duas fases
– Fase 1 – de mobilização – onde serão desenvolvidos: a) o plano de
negócios, b) o plano pedagógico, c) o plano de mobilização de
recursos e parcerias; d) realizada a mobilização inicial de recursos e
e) oferecidos 2 cursos iniciais, prevista para um ano; e a Fase 2 – de
Lançamento –, com 2 anos, em que serão lançados todos os
programas. A Escola trabalhará inicialmente em instalações de
parceiros. Para criar um ambiente de aprendizado intensivo e
colaborativo, a proposta é instalar, na Fase 2, a Escola em terreno na
zona rural, no Nordeste Paraense, próximo a Belém, Pará.
O investimento para a Fase de mobilização (Etapa Pioneira) é de
R$ 242.524,24.
S-29
Cenários da agricultura amapaense: monitoramento
microbiológico e caracterização do uso de
agrotóxicos
Jocivania Oliveira da Silva
Universidade Federal do Amapá (Unifap)
Macapá, AP
O uso de agrotóxicos provoca agravos à saúde da população bem
como ao meio ambiente. O presente estudo tem como objetivo
analisar o cenário da agricultura amapaense através do
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PROPOSTAS APRESENTADAS
monitoramento microbiológico e da caracterização do uso de
agrotóxicos. Posteriormente será promovida capacitação dos
agricultores visando a minimização dos impactos à saúde do
trabalhador, ao meio ambiente e à população em geral causados
pelo uso de agrotóxicos, pelo descarte inadequado das embalagens
destes produtos químicos e conservação inadequada dos alimentos.
Além disso, será realizada capacitação sobre boas práticas de
manipulação, conservação, armazenamento e preparo de alimentos
aos profissionais responsáveis pela merenda escolar da rede básica
de ensino do município de Macapá. Inseridos neste contexto, os
alunos de graduação e de pós-graduação da Universidade Federal
do Amapá, terão a oportunidade de participar efetivamente de
experiências metodológicas, tecnológicas e práticas, de caráter
inovador e interdisciplinar. Importante citar também a geração de
conhecimentos através do presente estudo que propiciarão o
desenvolvimento técnico e científico da região. Como resultados
espera-se contribuir para a diminuição dos gastos com
hospitalização e com serviços de saúde que possam advir do
manuseio de agrotóxicos por agricultores e da contaminação
microbiológica presentes nos alimentos consumidos pela
população, redução dos níveis de contaminação ambiental por
agrotóxicos no Estado do Amapá, contribuição para a elaboração de
políticas públicas visando a minimização dos riscos à saúde do
trabalhador da agricultura e para a segurança alimentar no Estado
do Amapá.
S-30
Vidas Urbanas: Gerando Renda, Construindo Valores
Luceny Freire dos Santos
Associação para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável
(ADEIS)
Manaus, AM
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O projeto Vidas Urbanas, tem o objetivo de contribuir para a
melhoria de renda e oportunidades de trabalho de pessoas que
moram em comunidades periféricas na cidade de Manaus, mas
especificamente nas comunidades do Grande e Nova Vitória.
O projeto possui 03 eixos de funcionamento, formação
profissionalizante, acompanhamento e encaminhamento ao mundo
do trabalho. O público alvo do projeto são jovens de 18 a 29 ano e
adultos de 30 a 45 anos. Será desenvolvido em 12 meses em parceria
com Sistema S (Senac, Senai), Centro de Educação Tecnológica do
Amazonas - Cetam e atores comunitários. As principais atividades
consistem em articulação de parcerias, formação técnica e
educativa, implantação de balcão de emprego, encaminhamento ao
mundo do trabalho, inserção formal e apoio a empreendedores.
O público participante do projeto são pessoas de comunidades em
situação de vulnerabilidade que possui baixa ou nenhuma renda.
S-31
SINFONIA DA AMAZÔNIA SUAS GENTES E SEUS TALENTOS
Lucia de Oliveira
Votum Qualitatis
Teresópolis, RJ
A nossa Amazônia pode ser vista como uma explosão de formas,
cores, aromas, vidas e emoções dos seus reinos mineral, vegetal,
animal e humano.
A música, por sua vez, se constitui numa das mais sutis expressões
artísticas da ‘emoção humana’. Por tudo isso, essa Amazônia, que
tanto nos emociona, também é Música, e com muita arte.
O próprio Samuel Benchimol, inspirado por esse gigantesco e
exótico cenário amazônico, foi amante confesso da sua Natureza,
atraído, talvez, pela ‘sinfonia da vida’, que vem dela.
Ininterruptamente.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O termo ‘sinfonia’, aqui utilizado, portanto, representa bem mais do
que está contido na sua convencional definição: “realização
orquestral da sonata, com muitos executantes para cada
instrumento e diversidade de timbres”.
Trata-se de sinfonia inspirada no povo e no seu espaço sócioambiental, e feita, criteriosamente, para ambos. Eis porque as
músicas, que compõem a nossa trilha de sinfonias, oferecem um
justo tributo ao elemento humano que povoa e enriquece essa
Região, destacando a relação entre as criações naturais e o
amazônida. Ou mesmo a relação entre as terras amazônica e os
judeus marroquinos que a adotaram como sua.
Estamos falando aqui de uma sinfonia que pode ser sentida e
interpretada como popular, simples e envolvente. Isto é, do agrado
daqueles que irão escutá-la, a ponto de serem levados, talvez, a
cantá-la na sua lida do dia a dia.
Como cada criação, - seja ela musical ou não -, nos remete, de
imediato, ao ‘talento do seu criador’, - a criatura humana -, o título
deste nosso Projeto foi inspirado no potencial da Amazônia e nos
talentos de ‘suas gentes’, como Samuel Benchimol se referiu aos que
foram descritos por ele na sua obra “Amazônia - Formação Social e
Cultural”, (1999).
‘Tão sonoro, musical e poético quanto a Natureza amazônica, o
título deste nosso Projeto é o mesmo da ‘música-tema’, criada para
este projeto, e pode ser visto como ‘sob medida’ para simbolizar a
diversidade de dons das gentes dessa Região. ‘Gentes talentosas’,
que têm direito a uma vida em tudo e por tudo melhor.
Até porque tudo indica que a Vida foi criada para ser uma ‘sinfonia
perfeita’, nos mínimos detalhes. Eis porque precisa ser vivida,
inspirada na Música e na Arte. Somente assim, cada um de nós pode
se superar e chegar ao mais alto grau do ‘bem-viver’. A bem da
parceria que deve existir entre emoção e razão.
Que nos deixemos inspirar, mais e mais, então, pó esse espaço
abençoado, a exemplo da música, que nos encanta e liberta, de
forma que ele permaneça a extasiar os nossos olhos e a nossa alma
com os acordes da sua “sinfonia poética”. Essa mesma e abençoada
sinfonia, que toca a nossa sensibilidade, e acalenta os nossos
corações, trazendo à tona emoções, que motivam a expressão de
cada potencial.
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Nesse contexto criativo, e por isso mesmo, mágico, Benchimol bem
pode ser considerado, como principal regente de uma mesma e
envolvente sinfonia a sensibilizar e aproximar mais e mais as ‘gentes
da sua Amazônia’.
Foi justamente em cada uma dessas verdades e nessas ‘gentes’, habitantes do solo tão amado por Benchimol -, que esta proposta e
a nossa sinfonia se inspiraram, e, de repente, nasceram para fazer
diferença.
S-32
Arte Improvável
Marina Quinan
Santarém, PA
A dupla Las Cabaças foi fundada no ano de 2006 em São Paulo,
desde 2009 mudou sua sede para Alter do Chão, município de
Santarém para continuidade e aprofundamento ao objetivo
embrionário à sua criação: levar a arte da palhaçaria clássica e a arte
teatral à comunidades com pouco ou nenhuma acesso.
O espetáculo é baseado na vivência da dupla após viajar dois anos
por comunidades da Amazônia Legal brasileira ao realizar os
projetos Brasil na Cabaça1 , Palhaças Amazônia Adentro2 e TietêTapajós - águas e terras dos homens3.
Projetos que tiveram como forma de atuação o improviso feito junto
com as pessoas de cada lugar e que deu margem para a construção
de muitas estórias e situações cênicas.
O material foi recolhido durante a convivência nas localidades e
imersão no imaginário característico da região amazônica.
O projeto ora apresentado pretende realizar suas ações no período
de 7 meses.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-33
Projeto Luz do saber na ponta dos dedos:
Alfabetização para cegos
Marivaldo do Vale Albuquerque
Pentop do Brasil
Manaus, AM
Este projeto tem por objetivo resolver o problema da alfabetização
de pessoas com deficiência visual, através do sistema Braile, que
atualmente depende muito de professores especializados para esta
atividade e é agravado pela falta de recursos humanos e
tecnológicos que estimulem e aumentem a eficácia do ensino, a fim
de garantir a inclusão e o desenvolvimento da educação e das
habilidades das pessoas com deficiências visuais, permitindo-as
participar de forma ativa e produtiva em nossa sociedade.
O projeto pretende desenvolver um sistema para alfabetizar pessoas
com deficiência visual, utilizando a tecnologia de sonorização de
impressos da empresa Pentop do Brasil, como princípio para facilitar
e agilizar o aprendizado. O sistema será composto por 3 aplicativos
(impressos e programas embarcados para pentop), um livro texto
impresso em tinta com letras ampliadas, Braille e códigos para
sonorização por pentops, uma caneta falante pentop e um software
de sonorização do livro texto, das cartas e das etiquetas sonorizadas.
O projeto terá duração de 12 meses, custará R$299.258,05, será
realizado por 04 pessoas fixas ao projeto e resultará em registro de
produto, de direitos autorais e um produto pronto para a produção
em escala.
Atualmente existem cerca de 6 milhões de pessoas com deficiência
visual no Brasil, segundo dados do último senso do IBGE.
A tecnologia surge com a principal aliada para facilitar a educação,
informação e lazer destas pessoas. A fase mais difícil da formação da
pessoa cega é a sua reabilitação e alfabetização no sistema Braille.
Após alfabetizada, os desafios tornam-se mais fáceis de serem
transpostos, uma vez que a pessoas já adquire autonomia para o
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acesso à informação e formação. Seja pelos meios convencionais,
seja através de ferramentas tecnológicas.
O produto resultado deste projeto poderá ser utilizado em todas as
salas de recurso e salas de aula do Brasil de forma isolada ou
concomitante com os recursos computacionais, como programas
leitores e sintetizadores de voz atualmente disponíveis e poderá
agilizar em um ano o processo de alfabetização de crianças cegas ou
com baixa visão.
O Projeto foi idealizado pelo fundador da empresa Pentop do Brasil,
pioneiro em aplicações da tecnologia de sonorização de impressos
na América Latina e responsável por esta propostas, e conta com o
apoio das equipes da empresa e da Biblioteca Braile do Amazonas.
Duas metodologias serão utilizadas em suas gestão e execução: as
melhores práticas do PMI e Scrum. Os resultados serão avaliados
pela equipe da Biblioteca Braille do Amazonas e por seus associados,
além das equipes da Fundação Dorina Nowiill, da Laramara e do
Instituto Benjamim Constant.
Embora a tecnologia de sonorização de impressos seja do domínio
da equipe da Pentop do Brasil, é a primeira vez que a mesma é
utilizada para este fim e em conjunto com uma nova metodologia
de ensino aplicável para pessoas com e sem deficiência visual. Assim
como o desafio, as oportunidades tanto comerciais como sociais são
grandes e sua exploração constitui ponto fundamental para a
melhoria da qualidade de vida de quase 6 milhões de brasileiros
com algum tipo de deficiência visual.
S-34
PROJETO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVÉL JANAMÃ
Matuzalem Lopes Sandes
Manaus, AM
O Projeto tem como intuito desenvolver economicamente, porém,
de forma sustentável, a comunidade Janamã, localizada no
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PROPOSTAS APRESENTADAS
município de Fonte Boa, esse busca colaborar para a melhoria de
vida da população. O projeto desenvolve-se a partir da criação de
um sistema de comercialização da produção pesqueira e de panelas
de barro criadas artesanalmente na comunidade, investindo os
recursos provenientes desses recursos na melhoria da qualidade de
vida da população local. O projeto se desenvolve nas áreas da
educação, saúde, cultura, moradia. Esse projeto visa ser uma
experiência inicialmente voltada para uma pequena comunidade,
porém, tem a finalidade de alcançar maiores proporções, podendo
ser desenvolvido em todo o estado, com técnicas mais elaboradas,
como o manejo do pirarucu utilizando a criação em cativeiro,
tornando-se independente da produção das reservas.
O principal objetivo do projeto é o de utilizar a produção pesqueira
da comunidade em sua totalidade. Visando levar inúmeras
melhorias para a comunidade através da expansão das atividades
relacionadas a esse recurso natural. Dentre elas:
• Melhoria do PIB regional pela intensificação da produção de
pirarucus;
• Criação e fixação de renda para os colaboradores que serão
envolvidos no projeto, com possibilidade de ascensão por meio
da qualificação;
• Melhorar a qualidade da produção pesqueira e a aumentar
quantidade a ser comercializada;
• Proporcionar melhores condições ao acesso de informação e
educação aos moradores da comunidade.
S-35
Cogumelos comestíveis da Amazônia como alternativa
alimentar e melhoria da qualidade de vida
Meire Cristina Nogueira de Andrade
Universidade Federal do Amazonas (Ufam)
Manaus, AM
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Fungos comestíveis são importantes fontes de proteína e alimentos
apreciados. Nos últimos anos tem aumentado a produção de
cogumelos no mundo, porém, apenas algumas espécies têm sido
cultivadas (Stamets, 1993). Muitos cogumelos silvestres que ainda
não são cultivados comercialmente têm uma grande importância
etnomicológica como alimento e devem ter o seu potencial
avaliado.
Entre as muitas espécies de fungos comestíveis de ocorrência no
estado do Amazonas estão o Pleurotus ostreatus, Lentinus strigosus e
o Polyporus arcularius (Sales-Campos, 2008). A implantação do
cultivo de cogumelos em qualquer região do país é de fundamental
importância, por se tratar de cultivos que não exigem mão-de-obra
abundante, melhoram as condições ambientais, além disso, também
é uma alternativa rápida de obtenção de alimentos de qualidade
nutricional elevada (Andrade et al., 2008).
A produção de cogumelos comestíveis é desenvolvida em diferentes
países com a utilização de diversos substratos de origem florestal e
resíduos agroindustriais disponíveis localmente (Vargas-Isla;
Ishikawa, 2008). No Brasil, o resíduo florestal mais utilizado tem sido
o Eucalyptus sp. No entanto, devido à baixa disponibilidade desta
arbórea na região Amazônica, é necessário avaliar a utilização de
insumos regionais e sua viabilidade econômica para a produção de
cogumelos comestíveis (Sales-Campos e Andrade, 2011; SalesCampos et al., 2010).
Com a grande exploração de madeira na Amazônia, são necessárias
medidas com relação ao aproveitamento de seus resíduos, gerados
pelo processamento inadequado da indústria. O potencial de uso
dessa enorme quantidade de resíduos vem sendo subestimado pela
indústria madeireira regional (Barbosa et al., 2001).
Com a utilização de resíduos alternativos locais pretende-se
apresentar outras opções de substratos a utilização no cultivo de
cogumelos no estado do Amazonas e diminuir os impactos
ambientais ocasionados pelo seu descarte na natureza. Assim, este
estudo terá como meta testar a potencialidade de uso de resíduos
madeireiros regionais da Amazônia visando à aplicação de cunho
econômico na produção de cogumelos comestíveis e uso como
suplemento de fonte de proteína da população.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-36
Safta / CAMTA: A EVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA SOCIAL NO
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA AMAZÔNIA
Michinori Konagano
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu-Camta-Pará
Tomé-açu, PA
A experiência iniciou-se em 1929, às margens dos Rios Acará e ToméAçu (Pará), com a chegada dos imigrantes Japoneses, organizando a
primeira Cooperativa na Amazônia, transformada em 1949, na atual
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu-Camta. Inicialmente
cultivaram hortaliças, cacau, arroz e juta, depois introduziram a
Pimenta-do-Reino na década de 30, que elevou Tomé-Açu, após a
2ª Guerra Mundial, no maior pólo de produção nacional e o Brasil ao
topo da exportação mundial. A Região alcançou prosperidade e
riqueza com a Pimenta-do-Reino, apelidada de Diamante Negro,
fase que entrou em crise na década de 60, com o surgimento da
doença Fusariose, dizimando os extensos monocultivos. Superando
as adversidades, plantaram-se frutíferas e florestais nativas, nas áreas
decadentes, culminando no desenvolvimento do Sistema
Agroflorestal de Tomé-Açu‑-Safta, totalizando atualmente de
6.500 hectares, produzindo 4.500 toneladas de matérias primas
agroflorestais, processadas na Agroindústria Camta, gerando em
2011, uma renda de 28,5 milhões de reais. Este modelo de
Agricultura sustentável transformou-se em Tecnologia Social no
Brasil e expandiu-se até a região norte de La Paz na Bolívia, através
de parcerias, compondo 20 projetos Sócio-ambientais, implantados
em regiões distintas da Amazônia.
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S-37
Produção e conservação de espécies vegetais de
interesse bilateral Brasil - Cuba com a utilização de
campos magnéticos em casa de cultivo controlado
Nádia Verçosa de Medeiros Rapôso
Universidade do Estado do Amazonas (UEA) / Escola Superior
de Tecnologia
Santigo de Cuba, AM
A implantação de tecnologias inovadoras em sistemas produtivos é
fundamental e urgente para o Brasil, principalmente para o Estado
do Amazonas a fim de torná-lo autossuficiente em alimentos, em
fitofármacos, em espécies ornamentais e em produtos agroflorestais,
dinamizando a economia dos municípios, gerando riqueza,
oportunidades de emprego e estimulando o desenvolvimento
sustentável. Têm-se conhecimento que o extrativismo é predatório e
tem levado a reduções drásticas dessas populações naturais, o que é
agravado pela mudança climática, aumento do desmatamento,
acrescimento demográfico e o desconhecimento dos mecanismos
de perpetuação das plantas nas florestas. Atualmente, demonstra-se
que a medicina verde tem um papel importante na saúde pública
uma vez que as propriedades químicas de muitas plantas são
medicamentos eficazes para combater enfermidades, e por isso os
cultivos das mesmas resulta-se indispensável. Neste projeto, o
emprego dos Campos Magnéticos atua como ferramenta para a
produção em escala comercial de espécies as quais pretende-se
incrementar a produção e a economia rural, constituindo-se uma
alternativa na autossuficiência de alimentos, fitofármacos, espécies
ornamentais e florestais. Somente mediante o cultivo em área
controlada, pode-se aplicar agrotecnicas adequadas (semeadura e
colheita no momento preciso), e obter-se uma fonte segura e
confiável de matéria-prima, não sendo possível identificação errônea
ou adulterações nos produtos. As plantas crescem com característico
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PROPOSTAS APRESENTADAS
pré-selecionadas. Por sua vez, a aplicação dos campos magnéticos
induz alterações favoráveis nas plantas provocando a estimulação
dos processos fisiológicos, bioquímicos e morfológicos facilitando a
absorção de nutrientes e aumentando o rendimento em espécies
vegetais de grande interesse agronômico, produzindo-se alimentos
de melhor qualidade (Rathore e col.1988; Rosen, 1992; Valberg, 1995;
Kramer, 1982, Rioja, 1999; Tenderforde, 2003). Várias hipóteses foram
propostas para explicar os efeitos biológicos que exercem o campo
magnético ao interatuar com os organismos vivos, entre os que se
incluem:
• Modificação da permeabilidade da membrana e o fluxo de íones.
• Orientação de partículas ferromagnéticas (magnetosomas).
• Efeitos sobre os processos enzimáticos.
• Efeitos sobre a divisão celular.
• Metabólicas (Ibáñez, 1989, Polk, 1990, Barnes, 2006).
Os resultados de vários estudos apoiam a conclusão de que o
tratamento magnético tende a prolongar o ciclo de
desenvolvimento de várias espécies vegetais. Observou-se também
uma tendência para o avanço da floração e para a frutificação
precoce. Um possível mecanismo de ação do campo magnético
pode implicar mudanças na estrutura molecular da água, para
facilitar a absorção da mesma pelas plantas (Vélez, 1993). Considerase que esta água é melhor assimilada pelas células causado
modificações nos diferentes potenciais, que se estabelecem durante
o processo de osmose, a favor da intensidade do fluxo de água no
chão mais rapidamente que em condições normais. Pesquisas
existentes, sugerem que os campos magnéticos podem melhorar os
processos de transferência de massa e a geração de compostos
bioactivos (Soliva et al. 2009). A pesar destes benefícios não existem
estudos nem teorias concludentes que mostram os efeitos em
términos de resultados fisiológicos, bioquímicos e moleculares no
metabolismo da planta.
A Comissão Internacional de Proteção Radiológico elaborou uma
guia que sugere que a exposição ocasional de até 2 Tesla de
densidade de fluxo magnético não apresenta riscos para a saúde
humana (Icnirp, 1994). A água tratada com estas induções não
produz nenhum tipo de contaminação às plantas nem ao homem
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expostos a esta radiação estática. Em conjunto, vai - se obter um uso
mais racional dos recursos água, solo e planta os quais serviram para
uma agricultura sustentável.
A melhora da qualidade de vida e produtos naturais para benefícios
da saúde é um objetivo importante na atualidade. Do ponto de vista
da saúde humana, o desenvolvimento da qualidade dos alimentos
funcionais e compostos bioactivos que podam servir como fármacos
e uma das temáticas de maior interesse na atualidade.
Este projeto ao ser concluído, propõe-se a:
1.Contribuir com conhecimento científico da influência do campo
magnético a nível estrutural e a nível das propriedades
fitoquímicas das plantas estudadas.
2.Oferecer possibilidades da vulgarização (generalização) dos
resultados em duas vertentes: uma com vistas a obter uma
acelerada propagação destas espécies;
3.Apoiar os programas de desenvolvimento sustentado rural e os
programas de saúde pública relacionados com ou uso de
fitofármacos no Brasil e Cuba.
Por tanto, criar-se-á um nível de conhecimento que ajudará a
incrementar e fomentar a cultura ambiental na população, através
do manejo das espécies e da interação acadêmica e social obtendose uma agricultura sustentável no uso das plantas amazônicas para o
desenvolvimento sustentável da região.
Os resultados obtidos nos numerosos cultivos, foram avaliados e em
muitos casos não se sabe claramente o que acontece nestes
sistemas vegetais. É por esta razão, que o Centro Nacional de
Eletromagnetismo Aplicado e em particular o Departamento de
Pesquisa elegam o estudo destes mecanismos como uma das
principais linhas de investigação; la cual podrá tener su
generalización al emplearla directamente en la práctica social en
beneficio del hombre.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-38
NUTRIÇÃO, SISTEMA IMUNOLÓGICO E DOENÇAS INFECCIOSAS
E PARASITÁRIAS EM CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS: UMA PROPOSTA
DE INTERVENÇÃO DA UEPA
Nastia Irina de Sousa Santos
Universidade do Estado do Pará (UEPA)
Santarém, PA
Neste projeto, a UEPA propõe a criação de uma cozinha
experimental comunitária para fornecimento de refeições
balanceadas e realização de ações de educação em saúde para
crianças amazônidas de 2 a 5 anos de idade residentes no bairro do
Urumarí, em Santarém, Oeste do Pará, visando melhorias sociais e de
saúde. A combinação de ações educativas em saúde e a oferta de
dieta balanceada, fornecida pela cozinha experimental comunitária,
visa a melhoria da imunidade e a redução da mortalidade e da
morbidade causadas por doenças infecciosas e parasitárias na
população infantil de 2 a 5 anos residente na região Amazônica,
precisamente num bairro da periferia de Santarém no Oeste do Pará.
A área de abrangência da pesquisa está localizada na periferia de
Santarém e apresenta altas concentrações de poluição ambiental
em decorrência da existência de carvoarias, serralherias e olarias no
local. A população alvo deste trabalho vive em condições de
exclusão social e de carência de saneamento básico, serviços de
saúde, escolas e demais equipamentos sociais. Este quadro
desfavorável determina uma condição de maior vulnerabilidade do
sistema imunológico dessas crianças, e exige intervenções
inovadoras da Universidade para enfrentar esta realidade.
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S-39
Ações Estratégicas do Inpa para melhoria do Cenário
Social, Econômico e Ambiental da AqUicultura no
Estado do Amazonas através da capacitação do
pscicultor familiar gerando renda e melhoria das
condições de vida e o seu desenvolvimento social
Nilson Luiz de Aguiar Carvalho
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
Manaus, AM
Frente ao desmatamento da Amazônia, são necessárias iniciativas
para que o desenvolvimento possa ocorrer sem perda da
biodiversidade, preservando os valores social, econômico e
biológico da floresta. Para tanto, o Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia – Inpa tem como um de seus focos e atuação, ampliar
as condições de vida, de oportunidades e do exercício da cidadania
na região a partir do conceito de Desenvolvimento Social, atento à
sustentabilidade, buscando soluções tecnológicas que harmonizem
o crescimento econômico, justiça, bem estar social, conservação
ambiental e utilização racional dos recursos naturais.
Nos últimos anos, alinhado ao programa de Ciência, Tecnologia e
Inovação para a Inclusão e Desenvolvimento Social do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação, o Inpa vem priorizando projetos com
o objetivo de diminuir a exclusão social, gerar trabalho e renda, e
propiciar a melhoria da qualidade de vida das populações menos
favorecidas.
Nesse sentido, em seus 57 anos de existência, o Inpa tem
desenvolvido um grande número de estudos sobre a biodiversidade
e os ecossistemas amazônicos, produzindo informações que
mostram uma riqueza de espécies e uma complexidade de
interações bióticas e abióticas extremamente sofisticadas. Assim, um
instituto das dimensões do Inpa deve se destacar cada vez mais
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PROPOSTAS APRESENTADAS
neste cenário como o mais apto a oferecer respostas à sociedade
dando subsídios para orientar as políticas públicas locais e regionais,
alimentando bases de dados sobre o ambiente e sua biodiversidade
e revelando quais as principais características da região, como ela
pode ser útil se for conservada e como o homem pode explorá-la
sem interferir nas relações delicadas dos organismos com o
ambiente, respeitando seus ciclos e sua dinâmica.
Adicionalmente o Inpa também desenvolve, pesquisas sobre
produção de insumos e de proteína animal e vegetal, além do
desenvolvimento de tecnologias apropriadas para o processamento
e manejo dos recursos naturais como um todo, sempre com a
preocupação da melhoria da condição humana e da conservação do
ambiente.
No campo da inovação tecnológica o Inpa continua estimulando os
pesquisadores a identificar entre os resultados de seus trabalhos
produtos e processos inovadores passíveis de proteção por meio de
patentes. Nesse sentido, o Inpa vem contribuindo gradativamente
com subsídios para a elaboração de políticas públicas
sócioambientais e educacionais além de estar cada vez mais
atentam às responsabilidades sociais da ciência.
Nos últimos anos o Inpa, têm se empenhado no desenvolvimento da
piscicultura estadual, atuando nas áreas de manejo das espécies
regionais, no aproveitamento de cursos de água para a criação de
peixes, notadamente o matrinxã, no cultivo de tambaqui em
tanques escavados, represas e tanques-rede, e do cultivo intensivo
do pirarucu com rações artificiais. Estas pesquisas também têm dado
subsídio para a ação na capacitação de recursos humanos, seja no
nível de graduação, ou de pós-graduação, com inúmeras
orientações em todos os níveis, já concluídas, e com mão de obra
formada nestas atividades já atuantes e inseridas no mercado de
trabalho local.
Atualmente o Inpa trabalha em diversos projetos focando
principalmente o estudo de reprodução, engorda, fisiologia,
parasitologia e nutrição do pirarucu. Outros projetos estão voltados
para criação de tambaqui, matrinxã e pirarucu em tanque-rede, em
canais de igarapé, estudos de efluentes da criação de tambaqui e
pirarucu em viveiros, estudos de requerimentos de vitaminas e
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estresse em pirarucu e matrinxã, e estudos de enzimas digestivas do
pirarucu e tambaqui.
Na Região Amazônica a maior importância do peixe está
relacionada, sem dúvida, à alimentação humana e o amazonense
tem no pescado sua principal fonte alimentar, consumindo em
média 60 kg de peixe por ano, o que representa mais de dez vezes o
consumo médio nacional per capita/ano.
Assim como em todo o Brasil os amazonidas desde o inicio da
década de 80 começavam a perceber que os peixes poderiam ser
produzidos em cativeiro, sob condições controladas e planejadas,
diferentemente da tradicional pesca extrativista. A perspectiva de
aumentar o consumo de um alimento nobre passou a fazer parte do
dia a dia da população e o setor produtivo percebeu uma excelente
alternativa de negócio.
Apesar de lentas, algumas mudanças significativas ocorreram nas
últimas duas décadas na área da piscicultura, sendo possível prever
para os próximos anos excelentes oportunidades de negócios.
O setor produtivo deve se organizar e orientar as políticas públicas
de acordo com as suas necessidades para um crescimento
sustentável. A perspectiva é de atração crescente de novos
investimentos à medida que a cadeia produtiva da piscicultura
melhore seu nível de estruturação.
Varias ações governamentais pontuais tem sido tomadas e várias
indústrias de processamento de peixes cultivados foram construídas
nos últimos dez anos. Porém, observou-se que a solução para o
crescimento sustentável dessa atividade é mais complexa que a
simples construção de processadoras de peixes.
O processamento do pescado mostrou-se como a forma mais óbvia
para a continuidade do crescimento da atividade, porém trouxe a
necessidade de um sistema de produção mais criterioso em termos
qualitativos e com taxas de lucro mais conservadoras.
Apesar das boas perspectivas de novos investimentos na piscicultura
brasileira, seguem informações sobre alguns entraves que precisam
ser minimizados nos próximos anos. Destacamos a dificuldade da
falta de capacitação técnica dos produtores.
No âmbito da capacitação técnica, temos, de um lado, um universo
imenso de mão de obra familiar e produtores pouco ou nada
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PROPOSTAS APRESENTADAS
qualificados e um serviço público de extensão rural sucateado.
De outro, um grande contingente de profissionais bem qualificados
saindo das universidades e de cursos profissionalizantes, ávidos por
uma oportunidade para mostrar suas capacidades. Estabelecer
políticas públicas voltadas à integração desses dois universos é um
dos caminhos mais promissores para o desenvolvimento da
atividade.
Neste contesto a capacitação de piscicultores familiar na Região
Amazônica pode proporcionar o acesso ao conhecimento técnico e
de gestão, para que possam participar da atividade econômica em
melhores condições de concorrência, contribuindo para o
crescimento do setor aquicola alem de fortalecer as organizações
associativas que desenvolvem a piscicultura.
Um dos maiores entraves na Cadeia Produtiva da Piscicultura no
Amazonas é a falta de conhecimento das técnicas de criação de
peixes por parte do Produtor Familiar que ainda trabalha de forma
empírica. Por ser uma atividade agrícola nascida do Conhecimento
Cientifico, o exercício da piscicultura requer o uso da tecnologia
desenvolvida para o setor capaz de aumentar a produtividade, a
qualidade do pescado e consequentemente a renda do piscicultor.
Para tanto, o projeto vem de forma embrionária atender essa
demanda elevada de produtores de modo a suprir essa necessidade
formando mão-de-obra capacitada para a pratica da tecnologia do
pescado e da piscicultura visando o desenvolvimento,
sistematização e difusão de conhecimentos, tecnologias e
metodologias nas suas áreas de competência, voltados para a
formação de recursos humanos e para a promoção da cidadania.
S-40
Desenvolvimento de MinI camelódromo com imitação
da cúpula do Teatro Amazonas sem causar obstrução
da calçada, poluição visual
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Ozely de Souza Oliveira
Instituto Ecológico e Comunitário da Amazônia (IECAM)
Manaus, AM
Devido à necessidade de melhoria da mobilidade urbana e logística
do camelô e trânsito de pedestre no centro de Manaus. O projeto
tem o objetivo de desenvolver um mine camelódromo com imitação
da cúpula do Teatro Amazonas com divulgação da fauna e flora da
região sem causar obstrução da calçada, poluição visual e sonora
para ordenamento e locação de camelôs no centro e bairros da
cidade a fim de facilitar o comercio e turismo, compreendendo
requisitos (anexo 1) de estrutura metálica circular, três andares,
elevador panorâmico, escada giratória, e climatização por uma
central Split de 30 mil Btu,s com capacidade de locação para
30 camelôs, 10 em cada andar. Atualmente os camelôs não possuem
local definitivo para comercializar seus produtos e mercadorias.
Instalados de forma desordenada no centro da cidade causando
obstrução das calçadas, poluição visual e sonora prejudicando com
isso a cidade, o trânsito de pedestre, o comércio lojista, meio
ambiente e turismo, tudo isto leva a um problema social e ambiental
crônico que não contribui em nada para o desenvolvimento da
cidade e da população. Este projeto possibilitará a retirada imediata
dos camelôs das vias e calçadas com isso um ordenamento
adequado e retorno imediato à todos.
Dentre os principais objetivos, estão desenvolver um mine
camelódromo para locação, instalação e ordenamento de camelôs
no centro, bairro e periferias do centro de Manaus e facilitar o
comercio e turismo, garantindo assim uma melhoria de vida e
circulação nas ruas de pedestre (consumidor) e fortalecendo o
turismo na região e desenvolver as tecnologia de uso social que
possa facilitar a implantação de políticas públicas relativas à cadeia
logística do comercio e camelôs no centro da cidade de Manaus.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-41
PRÓ-VIDA: QUALIDADE DE VIDA PARA OS PACIENTES RENAIS
CRÔNICOS DE ANANINDEUA
Patrícia Moreira Perdigão dos Santos
Unidade de Diagnóstico por Imagem (UDI)
Ananindeua, PA
Este projeto social visa contribuir para a melhoria da expectativa de
vida dos pacientes renais crônicos do município. A realidade vivida
pelos pacientes foi o principal fator que induziu a elaboração deste
projeto, visto que muitos pacientes tem seu tratamento
comprometido por sua condição social que não permite o desfrute
de um conforto mínimo, seja no consumo de alimentos ideais, seja
na mobilidade de acesso ao tratamento. Conquanto, esses são
alguns dos problemas enfrentados pelos pacientes renais crônicos
do município de Ananindeua, que ainda sofrem com a questão
psicológica e em alguns casos com falta de cuidado dos familiares.
Para tentar entender o problema e criar uma proposta de melhoria
das condições vividas pelos renais crônicos, o presente Projeto
analisou o registro de pacientes do único centro conveniado com o
SUS do município, inaugurado em abril de 2002, além disso, foi
disponibilizado pelo centro a ficha de avaliação social de 43 dos
99 pacientes atualmente inscritos no tratamento para a construção
do perfil socioeconômico dos renais de Ananindeua, o que
proporciona 95% de confiabilidade e 5% de margem de erro para a
pesquisa. Visto assim, o presente projeto, embasado nas
informações extraídas da análise socioeconômica, clínica e temporal,
visa tratar de quatro questões básicas que alicerçam a boa resposta
do paciente renal crônico ao tratamento de hemodiálise ao qual é
submetido: promover transporte adequado aos pacientes, melhorar
a base alimentar dos doentes renais crônicos, prevenir agravos
clínicos e a melhorar o quadro psicológico dos pacientes.
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Para isso, o projeto está formatado em um conjunto de ações de
indução à melhora da expectativa de vida, atendendo a 76 pacientes
renais crônicos da rede pública de saúde a um custo de
R$ 211.511,68. O custo-benefício do projeto por beneficiário direto e
indireto ficou em R$1.391,52 . Lembrando que a rede pública de
saúde gasta em média R$2.216,50 mensal por paciente em
tratamento dialítico, e o valor gasto por paciente aumenta se forem
consideradas as internações e os atendimentos de emergência,
portanto, bem acima do custo do projeto.
S-42
Mulheres de braços dados com a Perspectiva de
Mobilidade social
Paulo de Tarso de Carvalho de Oliveira
Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Porto Velho, RO
O projeto tem por objetivo principal capacitar e qualificar mulheres
com enfretamento de situações de vulnerabilidade e risco social e
pessoal agravada pela violência como Eletricista Instalador Predial e
assim oferecer uma nova perspectiva de mobilidade social.
Possibilitando a geração renda, reduzindo a desigualdade social e
combate a pobreza. O projeto é formado por quatro ações básicas:
I- Acolhimento: palestras com profissionais na área da psicologia,
trabalhando sua autoestima e saúde, II – Conhecendo o mercado da
profissão de Eletricista Instalador Predial, III – Capacitação e
qualificação de Eletricista Instalador Predial e IV – Acompanhamento
do desempenho socioeconômico do público alvo.
Através de parcerias com os governos estadual, municipal e
entidades de classe como o Crea e o sindicato dos engenheiros, a
Universidade pretende com este propor uma ação inovadora no
âmbito da região Amazônica em construir condições básicas de
cidadania a este público alvo que, historicamente, tem sofrido as
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PROPOSTAS APRESENTADAS
inúmeras discriminações e violência. Por entender o trabalho como
fundamento principal da cidadania social, promovemos a interação
transformadora entre o Ensino e a Pesquisa para bem da sociedade.
S-43
Implantação do Programa de Capacitação
Profissional e do Núcleo de Empregabilidade
e Inclusão Social: Estudo de Caso da Obra Social
Nossa Senhora da Glória – Fazenda da Esperança
Manaus (AM)
Rafael Souza de Sena
Obra Social Nossa Senhora da Glória - Fazenda da Esperança
Manaus
Manaus, AM
A problemática da dependência química na sociedade sempre
envolveu vários polêmicas e opiniões diversas. No entanto, o que
percebemos é que há alguns fatores que dificultam a inclusão social,
que são:
Preconceito e discriminação;
Falta de qualificação profissional;
Dificuldade de inserção no mercado de trabalho;
Devido a essa necessidade, a Arquidiocese de Manaus acolheu essa
iniciativa da obra social Nossa Senhora da Glória, conhecida como:
Fazenda da Esperança, dando suporte na parte espiritual por meio
da religiosidade, trabalha com tratamento de laborterapia e vida
comunitária através da convivência e respeito ao próximo. Diante
deste cenário faz-se necessário complementar as atividades desta
instituição por meio da qualificação profissional gerando assim
oportunidade, emprego e renda.
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Através desse projeto foi realizado uma parceria com Cetam na qual
é uma autarquia vinculada a secretaria de ciência e tecnologia,
criada em julho de 2003, cuja missão é promover diretamente a
educação profissional no âmbito estadual, principalmente nos
segmentos de formação técnica, qualificação profissional e inclusão
digital. Com essa parceria já está sendo executados cursos de
qualificação profissional de panificação e jardineiro, com intuito de
se qualificar e serem inseridos no mercado de trabalho após o
tratamento de reabilitação no período de 1 (um) ano.
A proposta escolhida abrange a área de Recursos Humanos através
da Capacitação dos internos da Fazenda Esperança, dispondo de
metodologias educacionais para a qualificação dessas pessoas, a fim
de reinseri-los no mercado de trabalho.
S-44
Plano Diretor Piloto para Cidades de Várzea
Renata Romero Luz Koury; Carlos Gabriel G. Koury
K2C Serviços de Consultoria Empresarial
Manaus, AM
Todos os anos, entre os meses de maio e julho, uma grande parcela
da população do Amazonas sofre com as constantes inundações.
Por outro lado, nos meses de agosto a outubro a vazante distancia a
cidade dos rios isolando-as por completo.
A premissa deste projeto é propor um planejamento urbanístico
considerando essa situação anual de modo a transformar esse
problema num elemento de construção de urbanidade, criando
diretrizes para minimizar as dificuldades enfrentadas pela população
residente nessas áreas.
Dentre os principais objetivos estão: Garantir condições dignas de
vida urbana para as populações que residem nas calhas dos rios
também nos períodos das cheias.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Desenvolver um Plano Diretor Piloto para Cidades de Várzea que
apresente normas e condutas que norteiem prefeituras e
normatizem a ocupação e o uso do solo em cidades com as
características especificas de inundação e vazante periódica.
Fundamentar uma relação saudável entre a cidade e meio ambiente
através de conceitos que garantam saneamento ambiental, infraestrutura urbana, transporte, condições de residência, trabalho e
lazer adequados para o ambiente onde estão inseridos.
S-45
A PROBLEMÁTICA DA CULTURA E DA LÍNGUA TIKUNA NO ALTO
SOLIMÕES: RESGATE, DIVULGAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO E
GERAÇÃO DE RENDA
Sebastiana Fernandes Barros
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Tabatinga, AM
A etnia tikuna é a mais numerosa de todo o Alto Solimões. Esse povo
tem como principal característica a vocação para as artes do
desenho, pintura, tecelagem, fabricação de peças artesanais, etc.
Porém, devido à forte influência do não-indígena esse povo está aos
poucos deixando de lado seu grande potencial artística que fascina
todo mundo que tem ou teve oportunidade de conhecer as
maravilhas artesanais fabricadas por esse povo tão criativo.
Ultimamente é raro encontrarmos tikuna vendendo suas peças no
município de Tabatinga e até mesmo em suas comunidades não há
um local específico onde podemos encontrar seus artesanatos.
As pessoas mais velhas perderam a vontade de produzir e vender, e
os jovens não têm interesse em aprender com os mais experientes a
produção de peças artesanais; portanto, se não tomarmos
providências sérias o artesanato produzido pelos tikuna será
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futuramente apreciado somente em museus, como ocorre com as
artes de outras sociedades ameríndias. Além desse problema, há
também o desconhecimento, por parte do não-indígena, da cultura
e da língua tikuna que é uma das mais difíceis do mundo, então
consequentemente há uma grande discriminação em relação ao
povo tikuna; professores e a comunidade em geral não entendem a
forma deste povo agir e pensar, e claro, querem que eles ajam igual
ao não-indígena e isso acarreta o desinteresse e a evasão das escolas
e da universidade. Assim, o que se pretende com esse projeto é
resgatar o gosto do tikuna em fabricar sua arte, além de divulgar
junto à comunidade acadêmica e em geral, a cultura, os valores e o
ensino da língua tikuna, principalmente aos professores e
comunidade acadêmica do Centro de Estudos Superiores de
Tabatinga.
Para a implantação desse projeto já houve uma ação, através do
I Seminário da Língua Tikuna em Tabatinga, promovido pela
Universidade do Estado do Amazonas, onde houve um amplo
debate com a participação da comunidade acadêmica da
Universidade do Estado do Amazonas, Instituto Federal do
Amazonas, Museu da Amazônia, sociólogos, antropólogos,
professores e lideranças tikuna do Peru, da Colômbia e do Brasil.
Espera-se uma parceria com a Prefeitura de Tabatinga para cessão
de espaço para exposição e comercialização, a cada final de mês, das
peças artesanais produzidas pelos tikuna. Dessa forma, além de
contribuir para divulgar e resgatar valores culturais pretende-se
também proporcionar aos artesãos alternativas de fontes de renda.
S-46
Escola da Amazônia: Prêmio Jovem Conservacionista
Silvio Marchini
Fundação Ecológica Cristalino (FEC)
Alta Floresta, MT
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O Prêmio Jovem Conservacionista vai identificar, capacitar e
incentivar jovens influentes a gerar e disseminar, principalmente por
meio das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC:
fotografia e vídeo digitais, aparelhos celulares, redes sociais, etc),
mensagens sobre melhores práticas de conservação, manejo e uso
sustentável dos recursos naturais na Amazônia, com foco na
fronteira de desmatamento no sul da Amazônia.
Dentre os principais objetivos estão:
• Divulgar e promover a adoção de práticas mais sustentáveis de
uso e manejo dos recursos naturais, entre elas os sistemas
agroflorestais, a meliponicultura e o ecoturismo, o manejo
agropecuário que suprime o uso do fogo e previne o ataque de
carnívoros silvestres (onça-pintada, lobinho, irara, entre outros)
sobre animais domésticos, além da proteção e recuperação de
nascentes e Áreas de Preservação Permanente (APPs).
• Aumentar o apoio local às iniciativas de conservação ambiental já
em andamento na região, das quais as Unidades de Conservação
(por exemplo, o Parque Estadual Cristalino) são as mais
emblemáticas.
• Engajar estudantes, educadores e escolas (principalmente as
escolas rurais) no desenvolvimento sustentável da região,
reconhecendo e valorizando o papel desses atores.
• Capacitar jovens em Comunicação/Jornalismo Ambiental, ou seja,
na geração de informação relevante para o desenvolvimento
sustentável, tanto na forma de imagem (desenho, fotografia e
vídeo) quanto de texto, e na disseminação dessa informação,
principalmente na internet, por meio das redes sociais.
• Desenvolver um modelo de Comunicação para o
Desenvolvimento Sustentável que seja viável e replicável ao
longo da fronteira de desmatamento e em outras partes da
Amazônia.
S-47
ANÁLISE CITOGENÉTICA E IMPLEMENTAÇÃO DE UM SERVIÇO DE
INFORMAÇÃO GENÉTICA E ORIENTAÇÃO CLÍNICA E
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ODONTOLÓGICA AO PÚBLICO ATENDIDO EM INSTITUIÇÕES DE
APOIO A PACIENTES ESPECIAIS
Simone Cardoso Soares
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Manaus, AM
Este projeto visa orientar pais e amigos da população atendida na
Apae de Manaus sobre as determinantes genéticas relacionadas ao
retardo mental, bem como sobre a importância dos mesmos terem
um acompanhamento profissional adequado a suas necessidades,
que possa interceptar problemas característicos da anomalia e a
minimização de efeitos tardios, e assim possam ter um melhor
desenvolvimento cognitivo, bem como inclusão a sociedade.
Portanto, será primordial detectar as alterações genéticas vinculadas
as cromossomopatias daquela população com retardo mental. Para
tanto haverá o diagnóstico clínico prévio por uma médica
geneticista, a qual irá realizar a triagem dos casos de
cromossomopatias e encaminhar ao laboratório da UEA para análise
citogenética. Após esta análise, encaminharemos o resultado para a
médica genéticista para que ela possa fornecer o diagnóstico
citogenético aos pais dos envolvidos. Em seguida será promovida
reuniões com os pais e amigos da população analisada, onde
forneceremos informações sobre as determinantes genéticas
detectadas no laboratório e que estejam relacionadas ao retardo
mental. Além disso, será promovido atendimento odontológico,
ginecológico, fisioterapêutico, fonoaudiólogo, neurológico,
Psicológico, de enfermagem e assistência social a população
envolvida no programa. Essa equipe multidicisplinar será formada a
partir de profissionais da Universidade do Estado do Amazonas com
a finalidade de promover a saúde coletiva e demonstrar que uma
população com retardo mental, pode sim, ser inserida na sociedade.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
S-48
LIMPEZA, PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DAS MATAS
CILIARES: UMA TRILHA ECOLÓGICA PARA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL
Simone Oliveira Carvalhais Moris
Secretaria de Estado da Educação (Seduc)
Ji-Paraná, RO
Sabe-se da necessidade urgente em preservar as matas ciliares em
função das nascentes e cursos d’água que propiciam o
abastecimento de cidades, de lavouras, também servindo de
bebedouro de animais.
Segundo Durigan e Nogueira (1990), muito se tem discutido sobre a
necessidade de recomposição das matas ciliares que outrora
protegiam as margens
dos corpos d’água, evitando o assoreamento, regularizando a vazão
dos rios e fornecendo abrigo e alimentação para a fauna.
No aspecto dos recursos abióticos, as florestas localizadas junto aos
corpos d’água desempenham importantes funções hidrológicas,
compreendendo: “proteção da zona ripária”, filtragem de
sedimentos e nutrientes, controle do aporte de nutrientes e de
produtos químicos aos cursos d’água, controle da erosão das
ribanceiras dos canais e controle da alteração da temperatura do
ecossistema aquático (Lima,1989).
É louvável a preocupação de qualquer entidade, escola ou grupo
organizado no sentido de buscar informações com o objetivo de
preservar e recuperar as matas ciliares.
“O trabalho de recuperação de áreas degradadas é urgente. Nesse
sentido,todo esforço e estudo são importantes, pois estará se
preservando e protegendo,acima de tudo, a qualidade de vida”
(Lobato,2003).
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O presente trabalho visa realizar o levantamento das áreas de mata
ciliar do Igarapé Pintado. Este levantamento será realizado através
de imagens , identificando áreas críticas com ausência de mata ciliar,
no curso do Igarapé Pintado, visitas no local para verificação,
levantamento fotográfico e conscientização da participação da
comunidade local na execução do mesmo.
Este projeto será realizado com a utilização de sementes de espécies
nativas da mata ciliar no Igarapé Leitão . Estas sementes são
provenientes do Horto Florestal, com qual é estabelecido uma
parceria visando o fornecimento das sementes utilizadas.
Esta proposta inovadora constituí ainda a utilização dos meios
tecnológicos pois nas escolas, de modo geral, estão buscando
preparação para a utilização das mídias na educação, investindo em
formação continuada de professores através de cursos presenciais e
a distância. Equipando o ambiente escolar ao transformar salas de
aula tradicionais em laboratórios de informática e outros ambientes,
em sala da TV escola ou em laboratórios multidisciplinares. Assim as
buscas serão feitas através de , buscas por imagens de satélites,
pesquisas na internet , utilização do L.I.E , software interativos ,links,
com o intuito de verificar , treinar e fixar a importância das Matas
Ciliares.
S-49
Mulheres vivas das matas do Marajó: rompendo com
as desigualdades, gerando autonomia e igualdade no
campo, na floresta e nos rios
Solange Pereira da Silva
Universidade Federal do Pará (UFPA)/Campus de Breves
Ilha do Marajó, PA
O projeto intitulado: “Mulheres vivas das matas do Marajó:
rompendo com as desigualdades, gerando autonomia e igualdade
no campo, na floresta e nos rios” tem como objetivo fazer um
trabalho sócio-educativo com um grupo de mulheres da
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Comunidade Santa Izabel do Rio Jupatituba no que se refere à
violação de seus direitos. Sujeitas sociais, muitas inclusive alunas do
Programa Saberes da Terra, que atende jovens dos 18 aos 27 anos do
ensino fundamental com habilitação técnico agropecuário. São
mulheres vítimas da violação dos seus direitos em suas próprias
famílias, principalmente a violência física, sexual e psicológica, o
desconhecimento do acesso dos seus direitos e aos órgãos de
proteção as torna ainda mais vulnerável. Apesar de muitos esforços,
a conquista dos direitos das mulheres, sobretudo para garantir maior
igualdade e justiça social, só começou a se tornar visível a partir do
Sec. XX. As Conferencias das Nações Unidas, realizadas desde a
década de 1970, foram cruciais para que as mulheres se
organizassem, mobilizassem e montassem estratégias para que suas
vozes fossem ouvidas em âmbito global (Viezzer, 2009).
No Brasil, esse fenômeno chegou ao final da década de 1970 e foi
expresso através de vários movimentos sociais que resultaram na
criação de várias políticas para as mulheres. Nos últimos anos as
duas conferências nacionais para as mulheres resultaram na
elaboração do I e II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.
(Viezzer, 2009). Outras conquistas oriundas dessas lutas resultaram
na criação de Delegacias de Atendimento Especializado à Mulher; do
Programa de Atenção Integral a Saúde da Mulher; do Conselho
Nacional dos Direitos da Mulher; da Secretaria da Mulher vinculada a
Presidência da República; do Pacto Nacional de Enfrentamento a
Violência contra as Mulheres e a Lei Maria da Penha (Lei nº
11.340/2006). Este conjunto de medidas vem no sentido de afirmar a
mulher na sociedade enquanto portadora de direitos.
No entanto, o art. 5º da Constituição Federal está declarado que
homens e mulheres são iguais, independentemente de qualquer
natureza. Da mesma forma, a Constituição do Estado do Pará no Art.
299 corrobora com tal instrumento e ratifica a proteção do direito a
igualdade, combatendo a discriminação contra a mulher.
Nesse sentido, o Estado do Pará adere às políticas para as mulheres
trabalhando em consonância com as políticas nacionais ao criar o
Programa Estadual de Direitos Humanos, o Sistema Estadual de
Justiça e Direitos Humanos e a Coordenadoria de Promoção dos
Direitos da Mulher. No estado também já se realizou duas
conferências e a elaboração do Plano Estadual dos Direitos da
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Mulher, assim como criou o Conselho Estadual dos Direitos da
Mulher como mecanismo para atuar no controle social (PARÁ, 2009).
No Município de Breves as políticas para as mulheres chegam
através da intervenção da Secretaria Estadual de Justiça e Direitos
Humanos do Pará. Assim, ocorreram conferências, encontros para
discutir com a sociedade propostas para criar e implantar políticas
para as mulheres. Como reflexo dessas ações, hoje o município
conta com uma Delegacia da Mulher, um Centro de Referência da
Mulher e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
Embora todas essas iniciativas do Estado por conta da luta das
mulheres para atuarem em defesa de seus direitos para que homens
e mulheres sejam tratados sem indiferença, as várias formas de
violação dos seus direitos ainda estão longe ser superado. Os índices
de violência sejam física, moral, sexual ainda figuram como os
principais crimes contra a mulher, muitos tratados de forma velada.
De acordo com Freire (2009) este ciclo de violência não existe na
sociedade que inclui ainda a psicológica e a doméstica - se
intercomunicam e se reforçam. Destaca ainda que nesta roda-viva,
as Mulheres estão mais expostas e vulneráveis. Estes casos
acontecem diariamente e muitos nem mesmo aparecem nas
estatísticas oficiais, seja por omissão das que sofrem a violência,
despreparo dos órgãos de assistência ou por falta de informação das
vítimas dos órgãos que atuam em sua defesa.
Este último caso é o que mais atinge as mulheres das comunidades
do campo, aliado a falta de informação, está também à baixa
escolaridade e a dependência financeira de seus maridos, o que
contribui para tornarem-se submissas. Esta realidade foi possível
perceber entre algumas mulheres alunas do Projovem Saberes da
Terra que atende jovens entre 15 a 49 anos em regime de
Alternância funcionando em regime de colaboração pelos Governos
Federal, Estadual e Municipal na Comunidade de Santa Izabel no Rio
Jupatituba.
Essas mulheres também fazem parte como coadjuvante de uma
Associação de moradores do Rio Jupatituba. São mães, donas de
casas, extrativistas, agricultoras e estudantes reúnem-se uma vez ao
mês para discutir seus problemas, suas vidas e as demandas da
comunidade. O contexto familiar, desse grupo de mulheres, no que
tange a violação de seus direitos, possui muitos casos, como maioria
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PROPOSTAS APRESENTADAS
delas são dependentes economicamente e emocionalmente de seus
companheiros tem dificuldades de se libertarem da violência
doméstica.
No contexto educacional, a escolarização ofertada para as
populações do meio rural do município, é deficitária e não
contempla o debate sobre a relação de gênero e a violação dos
direitos das mulheres. Por isso, o grupo de mulheres do Rio
Jupatituba, na sua maioria tem pouca escolarização, tendo ainda
algumas que não são alfabetizadas. Estes fatores observados acima
formam um conjunto de dificuldades que contribuem para o grupo
de mulheres da Comunidade de Santa Izabel do Rio Jupatituba
terem um conhecimento mais aprofundado sobre seus direitos, dos
órgãos de proteção e controle social para acessá-los.
No entanto, como afirma Freire (2009) entender a violência a partir
de uma perspectiva de gênero pode trazer uma importante
contribuição e uma melhoria efetiva nas Políticas públicas de
segurança. Para a autora, as mulheres, de um modo geral, são
figuras centrais na mediação dos conflitos existentes, pois observa a
capacidade das mesmas para equacioná-los, seja entre seus filhos,
familiares, colegas de trabalho ou seus amigos.
É com esta perspectiva que este projeto se apresenta, além de
identificar as formas de violação dos direitos das mulheres, pretende
contribuir para que elas busquem formas de superação desses
problemas, assim como tomarem conhecimento dos órgãos de
proteção de seus direitos para que tenham capacidade e iniciativas
de acessá-los quando necessário. Também, trabalhar o
empoderamento destas mulheres é fundamental para que ao final
do projeto elas tenham um mecanismo de organização próprio para
que sirva de suporte para seu processo organizativo assim como
buscarem de forma coletiva seus direitos.
Neste sentido, promover ações sócio-educativas que possibilitem o
empoderamento dessas mulheres é também uma responsabilidade
social da Universidade Federal do Pará – Campus Universitário do
Marajó/Breves. Além do mais os projetos de ensino, pesquisa e
extensão devem possibilitar também a aproximação dos discentes a
diversas realidades, a fim de que, a formação acadêmica dos alunos
esteja comprometida com o aspecto social, político e cultural das
populações marajoaras, principalmente de grupos que se
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encontram em situação de riscos e vulnerabilidades social como as
mulheres das comunidades do campo.
S-50
MATERIAL RECICLADO (POLÍMERO) TIJOLO DE PLÁSTICO
RECICLADO
Vanilda Garcia Ferreira
HVS Projetos e Ferramentaria
Manaus, AM
Com um mercado em crescimento acelerado nos últimos anos, os
plásticos tomaram conta do mundo moderno. É na forma de
embalagens, isolantes e substituindo algumas peças em aço, esta
resina termodinâmica que compõe os polímeros pode ser reciclado
e empregado em diferentes funções, como, por exemplo, a
fabricação de cadeiras, tapetes, linhas, cordas, vassouras, escovas de
dente e demais. Sempre que uma nova utilidade é encontrada para
os plásticos, o meio ambiente agradece, afinal, o mundo produz em
torno de 150 milhões de toneladas ao ano desses plásticos cuja
expectativa é de 400 anos para se degradar em aterros sanitários.
A empresa HVS desenvolveu uma nova utilidade estes plásticos (PP,
PE, PS, PET, e outros), onde o coordenador da empresa Francisco
Sávio, desenvolveu mais uma nova função para estes polímeros
reciclados: a fabricação de tijolos para a construção civil.
O produto além de ser 100% reciclado, também tem melhor custo
beneficio em relação aos similares, qualidade superior como: não
quebra fácil, mais leveza, acústico, térmico e em cores variadas.
S-51
Programa Bolsa Floresta
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Virgílio Maurício Viana
Fundação Amazonas Sustentável (FAZ)
Manaus, AM
Com quase cinco anos de atuação, a Fundação Amazonas
Sustentável (FAS) é uma organização não governamental de direito
privado, que trabalha em temas de interesse público. Ela mantém
parceria com 14 instituições governamentais, 12 empresas privadas e
21 instituições não governamentais. A FAS é reconhecida como de
interesse público pelo Governo do Estado do Amazonas.
Tem sede em Manaus e um escritório em São Paulo, focado na
captação de recursos e contato com parceiros financiadores.
O enfoque de suas ações é holístico, visando superar a pobreza e os
vetores da degradação ambiental. A principal inovação da FAS é agir
de forma integrada e equilibrada junto a todos os componentes do
desenvolvimento humano, econômico e social, no qual a tecnologia
é voltada para a realidade de populações tradicionais da Amazônia.
O trabalho envolve geração de renda, educação, saúde,
associativismo, conservação ambiental, desenvolvimento de
negócios, microcrédito, inovações tecnológicas, água/saneamento,
habitação e moradia, comunicação, desenvolvimento rural de base
comunitária, comércio justo e melhoria das condições laborais.
O Programa Bolsa Floresta é a espinha dorsal da estratégia de
atuação da FAS. Implementado em 15 Unidades de Conservação
(UCs) estaduais da Amazônia, ele colabora eficazmente para a
redução do desmatamento, a erradicação da pobreza, o apoio à
organização associativista, a melhoria dos indicadores sociais e para
a geração de renda baseada em atividades sustentáveis. Apoiado
em quatro pilares: Renda, Social, Associação e Familiar, o Bolsa
Floresta tem promovido, ano a ano, a melhoria contínua da
qualidade de vida das populações ribeirinhas.
São complementares ao Bolsa Floresta programas de Apoio à
Produção Sustentável; à Saúde e Educação; ao Desenvolvimento
Científico e à Gestão de Unidades de Conservação, todos
desenvolvidos em conjunto com os 20 parceiros da FAS. Mulheres e
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homens ribeirinhos beneficiários reconhecem na FAS o palco onde
protagonizaram as mudanças em suas vidas.
Os principais objetivos das ações desenvolvidas pela FAS são
preservar o meio ambiente e combater a pobreza extrema. Nos
locais mais isolados da Amazônia, a chamada Amazônia Profunda, a
Fundação alcançou, em 2011, 541 comunidades dispersas pelo
interior da floresta, locais sem visibilidade alguma, em que as
políticas públicas não chegam.
S-52
Robótica Livre para Todos e de Todos
Viviane Barrozo da Silva
Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir)
Porto Velho, RO
A fim de chamar a atenção para o despertar da Engenharia Elétrica
no Estado de Rondônia, este projeto constitui uma experiência
inovadora no âmbito da Universidade Federal de Rondônia,
principalmente pela utilização de dispositivos eletrônicos de alta
tecnologia para o desenvolvimento e construção de robôs de baixo
custo, atrelados conscientização sustentável baseada na utilização
de garrafas PETs, semente de árvores e sucatas eletroeletrônicas,
desta forma desmistificando o mito que a Robótica é “algo
inatingível, distante e para poucos”. Este projeto tem uma proposta
diferenciada, enquanto a maioria dos projetos de robótica no
ambiente escolar é desenvolvida com utilização de kits
padronizados, este trabalha com soluções livres em substituição aos
produtos comerciais com apelo sustentável, promovendo a
consciência que sustentabilidade e tecnologia caminham juntas e
enfatizando que o Estado de Rondônia necessita de mão de obra
especializada em engenharia elétrica. Dois grupos de pesquisas
(Grupo de Pesquisa em Modelagem de Sistemas Elétricos e o Grupo
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PROPOSTAS APRESENTADAS
de Pesquisa em Tecnologia e inovação) da instituição darão suporte
as atividades e pesquisas deste projeto.
S-53
PLANO DE TRABALHO PARA AS AULAS DE DANÇA
Wilson Tavares de Souza Junior
Manaus, AM
Os objetivos das aulas de dança são além de uma forma a mais de
expressão, visando o resgate de maneira educativa, saudável e
prazerosa dessa arte. E buscando o interesse em conhecer o nosso
corpo e nossa mente para podermos nos integrar e administrar
nossa saúde, relembrando aquilo que sempre foi o impulso da vida
de todo ser humano: o entusiasmo, a motivação e o talento.
• Esquema Corporal: Reconhecer as possibilidades do corpo,
através de movimentos que o afetam como uma totalidade e
diferenciar cada uma de suas partes por meio do movimento.
Realizar movimentos independentes e interdependentes, com os
diversos segmentos do corpo e definindo sua dominância.
• Estrutura Espaço-Temporal: Permitir ao aluno que se oriente no
espaço, discriminando localização, direção e dimensão,
discriminando diferentes momentos do tempo. Possibilitar ao
mesmo que identifique e efetue movimentos e trajetórias no
deslocamento de seus corpos e objetos.
• Qualidades Físicas: Permitir que o aluno estruture movimentos
que requeiram coordenação geral e seletiva, esforçando-se para
que consiga equilibrar-se em diferentes situações com o seu
deslocamento, controlando e ajustando sua postura. Orientar
para que o mesmo consiga melhorar seu desempenho na
execução de atividades que requeiram força, resistência,
flexibilidade, agilidade e velocidade.
• Expressão Corporal: Permitir ao aluno que ele represente com
movimentos corporais, elementos e objetos do meio circundante,
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reproduzindo pelos movimentos e posturas adaptando-se a
diferentes ritmos. Orientando que ele seja capaz de se expressar
compondo a movimentação com um companheiro ou com o
grupo e possibilite que o mesmo crie sua própria sequencia de
movimentos. Permitir que nessas atividades de respostas livres,
sejam vivenciados os pensamentos e sentimentos, e que ele
dramatize através do movimento.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
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4.4 Categoria Personalidade Amazônica
PA-01
José Seixas Lourenço
PA-02
Rosalía Arteaga Serrano
PA-03
Marcellus M. Caldas
PA-04
Euler Esteves Ribeiro
PA-05
José Mozart Holanda Pinheiro
PA-06
José Heder Benatti
PA-07
Isa Assef dos Santos
PA-08
Luiz Hidelbrando Pereira da Silva
PA-09
Luiz Gonzaga Mendes
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4.5 Categoria Empreendedorismo
Consciente
EC-01
MÓVEIS ECOLÓGICOS DA AMAZÔNIA
Adriano Bezerra de Sousa
Projeto Lata Ecologicamente Correto
Caracaraí, RR
Produzir móveis e utilitários sem gerar impacto ambiental,
contribuindo para a sustentabilidade da comunidade, promovendo
a inclusão social e geração de renda.
Implantar um novo conceito de produção sustentável, ampliado a
partir de uma técnica inovadora denominada de modelo de
entrançados de quadrados e colunas. Uma técnica ampla que só o
tempo mostrará suas reais possibilidades.
A produção do Projeto não gera impacto ambiental graças ao seu
método de produção artesanal, onde o material (lata de alumínio)
não passa pelo processo de derretimento. O resíduo é enviado à
fabricas de reciclagem para reaproveitamento do alumínio.
O método utilizado contribui para a preservação do meio ambiente,
uma vez que tais rejeitos lançados na natureza levariam centenas de
anos para se decompor.
EC-02
BIODINÂMICO DO GRANDE
Alexandre Pereira da Silva
Organização Social de Interesse Público Canal Verde
Passos, MG
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Esse Processo de difusão de tecnologias apropriadas e de baixo
custo adaptadas a realidade local que tem por finalidade:
I
Facilitar a implementação e a difusão multiplicativa de
Processos Capacitivos de Reordenamento da Potencialidade
Produtiva Local, já existente, na promoção do
Desenvolvimento Holístico e Sistêmico Ambiental de áreas
geográficas, de uma forma integrada e auto-sustentável,
possível de exequibilidade para os 156 municípios organizados
em 08 Microrregiões integrantes da Mesoregião Sul do estado
de Minas Gerais.
II A partir de uma Unidade Demonstrativa Piloto, sediada no
município de Fortaleza de Minas-MG, haverá a difusão
multiplicativa do processo através da capacitação de
16 técnicos de gerenciamento das ações a serem de imediato
postas em prática em cada uma das 08 microrregiões, através
de municípios pilotos de difusão microrregional/municipal.
III Em cada uma das microrregiões de multiplicação em
municípios estrategicamente selecionados, ocorrerá a
reaplicação prática e simultânea da capacitação de
gerenciamento obtida no Município de Fortaleza de Minas,
sudoeste de Minas Gerais.
IV Nestes municípios pilotos microrregionais os agentes de
capacitação e gerenciamento microrregional porão em prática
a aprendizagem, capacitando e treinando de idêntica forma 05
técnicos – 04 difusores rurais e 01 coordenador urbano – para a
multiplicação adequada do processo em cada município.
V A organização do potencial produtivo já existente ocorrerá, em
cada um destes instantes, através do levantamento do
potencial produtivo de cada Unidade de Produção Familiar
Rural – UPFR – em seus municípios, antecipadamente
organizadas por núcleos e sub-núcleos de produção municipal,
objetivando a detectação do potencial produtivo existente
– ora desperdiçado – para a focalização de seis ações básicas
de processos em cadeia produtiva agro industrial,
verticalizados e organizados em Células de Produção
compostas por grupos de 06, 12, 24, 48 e 96 UPFR’s associadas,
e em Células de Agro Industrialização multiparticipativa
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organizadas em nível de municípios, grupos de 06 municípios,
grupos microrregionais de municípios reunidos em um único
potencial macrorregional possível de exportação de produtos
naturais e orgânicos com qualidade, produtividade,
responsabilidade social.
EC-03
TURISMO ÉTNICO ECOLÓGICO: TRILHA GRIÔ & CARAVANA DOS
ORIXÁS
Ananiasa Nery Viana
Cantro de Educação e Cultura Vale do Iguape
Cachoeira, BA
Compreendendo o potencial da economia da cultura, otimizando o
turismo étnico ecológico no berçário histórico e cultural, conhecido
como Bacia e Vale do Iguape, município de Cachoeira – Bahia, de
influencia marcante das etnias Banto, Jeje, Nagô, a Organização Não
Governamental – Centro de Educação e Cultura do Vale do Iguape,
vem implementando o projeto Trilha Griô & Caravana dos Orixás na
Rota da Liberade, que compreende uma das atividades do receptivo
turístico desse projeto, com desempenho êxitoso.
A Trilha Griô, é um projeto com foco no desenvolvimento do turismo
étnico ecológico, construído transversalmente no desenrolar de uma
luta política cultural, de afirmação da identidade de um povo, que
tem remanescência da condição escravista, e atualmente busca a
liberdade e cidadania.
EC-04
EKOBIO, a primeira caneta biodegradável do Brasil
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Arnaldo di Giuseppe Filho
Ekomolde Produtos Plásticos Ecológicos e Sustentáveis
São Paulo, SP
A Ekobio traz para o mercado de atacado e varejo de papelaria o
modelo de caneta básica de tampa Ekobio, produzido com resina
biodegradável fabricado com base no amido de milho. Produto que
já faz sucesso no mercado promocional possui as mesmas
características que um modelo de caneta comum, mas enraizado na
causa sustentável.
A caneta Ekobio, quando descartado em condições ideais de
degradação (umidade, calor, ação de microrganismos, utilização de
compostagem, entre outros) desaparece completamente na
natureza em forma de húmus na média de 6 meses. O biopolímero é
o mesmo utilizado nas sacolas plásticas biodegradáveis que já estão
sendo distribuídas em alguns supermercados e varejistas em
cidades brasileiras que aboliram o uso do plástico comum.
Para a Ekobio, investir em produtos com base sustentável, que
possam substituir plenamente os mesmos itens fabricados com
materiais poluentes e de extração é a missão e a meta da empresa.
Isso vai se refletir futuramente em novos produtos com biopolímero
e no aumento e no aumento da conscientização ecológica de cada
um. Através de constantes pesquisas e buscando alterar a forma de
enxergar produtos e serviços, a Ekobio quer levar para cenas comuns
do cotidiano (como usar uma caneta, por exemplo) tecnologia capaz
de permitir as pessoas continuar a fazer as mesmas coisas, da mesma
forma, mas com sustentabilidade.
No desenvolvimento da caneta Ekobio, temos como alvo pessoas
ativas de preocupam com a preservação, além de crianças e
adolescentes já conscientes do seu papel na transformação da
sociedade. E estas pessoas estão surgindo em todas as classes sociais
(A, B e C) que optam por um produto com qualidade e
responsabilidade e não somente pelo apelo visual e de preço.
Para o mercado promocional temos também o modelo de
acionamento automático Exata, nas versões BIO (feitas com o
mesmo biopolímero da Ekobio) e REC (reciclada feita a partir de
sobras industriais da indústria de informática e eletroeletrônica).
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EC-05
Repense Seu Lixo
Barbarah Israel Veiga
Green Hera
Manaus, AM
A Green Hera, uma empresa amazonense de idéias inovadoras e
criativas, dentro do seu objetivo de expandir a consciencia da
populacão para um bem coletivo em harmonia com a natureza,
elaborou o projeto Repense Seu Lixo.
Inserido dentro do movimento Transition Towns Manaus, o Repense
Seu Lixo visa uma conscientizacão da responsabilidade de cada um
quanto ao lixo que produzimos, implementando a coleta seletiva
nos bairros da cidade, começando pelos condomínios da Ponta
Negra, em observacão ao Decreto 5.768, de 15 de agosto de 2001
(anexo I), criado pela Prefeitura de Manaus, como parte da Lei
Organica do Município.
Todo o material reciclável coletado com esse projeto, inclusive o
óleo de cozinha, tem a sua destinacão assegurada às famílias que
sobrevivem dessa atividade nas cooperativas de associações de
catadores existentes em Manaus.
EC-06
CLIMATIZADOR PARA VEICULOS AUTOMOTRIZES E PARA
QUALQUER TIPO DE AMBIENTE
Candido Justino de Melo Neto
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
São Luis, MA
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Os modelos atuais dos condicionadores de ar desperdiçam muita
energia, perturbam outros aparelhos, levando a oscilações de picos
na rede elétrica. portanto, a qualidade do ar refrigerado torna-se
desse modo, danosa à saúde, pois os mesmos não possuem controle
de umidade e também não renovam o ar.
Diante dos fatos mencionados, apresento com este projeto uma
alternativa para solucionar esses problemas, estabelecendo meios e
condições adequadas ao melhor conforto humano oportunizando
um produto que preze pela segurança, pela saúde e pelo bem estar
dos seres humanos.
Devido ao baixo consumo de energia elétrica, este aparelho poderá
ser utilizado pelas camadas populacionais com menor poder
aquisitivo.
As pessoas alérgicas ao aparelho convencional, não sofrem
nenhuma reação quando expostos ao novo modelo.
Este equipamento será também projetado para utilização em
sistemas como Centros Cirúrgicos, UTIs Hospitalares e Laboratórios
Clínicos, considerados ambientes com grandes necessidades de
assepsia. Sua ação será eficaz contra bactérias, vírus, fungos e ácaros.
Ele se constituirá de estrutura simples e não necessitará de filtros
especiais. Isto reduz os custos e facilita a comercialização.
EC-07
Educação: Tarefas Adequadas a cada faixa etária:
Carlos Ajajaja
Manaus, AM
2 a 3 anos
• Guardar brinquedos e livros;
• Desligar a televisão quando não há pessoas assistindo;
• Colocar a roupa suja no cesto;
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• Remover sapatos que estejam nos espaços por onde as pessoas
circulam;
• Passar pano no chão (como uma brincadeira).
“Crianças com dois ou três anos podem começar ‘ajudando de
mentira’ ao fazer de conta que limpam e cozinham, como
brincadeira, para que já tomem consciência das tarefas a partir da
imitação dos mais velhos, mas sem nenhum tipo de compromisso
ou obrigação”, pondera Adriana Friedman, autora do livro “Arte do
Brincar”
4 a 6 anos
• Levar a louça para a pia após as refeições;
• Arrumar a própria cama; • Ajudar a cuidar do jardim ou molhar as plantas dos vasos e
colocar adubo (sob a supervisão do adulto, pois ainda nessa
idade há risco de ingestão);
• Ajudar a lavar o carro da família; • Participar do preparo de uma receita; • Varrer o chão com minivassouras; passar pano de pó em locais
onde não há objetos que possam cair e quebrar; recolher
migalhas que podem cair no chão durante as refeições;
• Transportar as sacolas de compras de supermercado do carro
para dentro de casa;
• Arrumar brinquedos e livros e, de vez quando, revisar os
brinquedos para verificar se há objetos quebrados ou que estão
sem uso para descartá-los ou doá-los.
“Aliás, ensinar a compartilhar o que se tem com quem tem pouco ou
nada, é uma aprendizagem fundamental”, aconselha a especialista
Karen Ambra.
7 a 10 anos
• Arrumar a mesa para as refeições;
• Enxugar a louça e, sob supervisão, lavá-la; • Arrumar a própria cama; premio_benchimol_2012_FINAL.indd 256
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PROPOSTAS APRESENTADAS
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ajudar a olhar e entreter os irmãos menores; Auxiliar a estender e recolher roupas do varal; Cuidar dos animais domésticos (dar água, alimentar);
Ajudar a preparar a lista de compras do supermercado e avisar
quando um alimento que todos consomem acaba;
Guardar as compras do supermercado; Separar os ingredientes de uma receita e ajudar a prepará-la; Varrer o chão; Organizar no armário as roupas já lavadas e passadas; Organizar a própria mochila da escola e revisar as condições dos
lápis e demais materiais do estojo.
11 anos em diante
Arrumar roupas, calçados, brinquedos e livros, mantendo-os em
bom estado de conservação;
• Ajudar a cuidar dos irmãos menores; • Levar roupas sujas para a lavanderia;
• Lavar algumas roupas; • Auxiliar a estender e recolher roupas do varal;
• Limpar o pó; • Limpar alimentos e bebidas quando derramados;
• Passar aspirador de pó, • Organizar e limpar armários e prateleiras; • Levar o lixo para fora;
• Ajudar a lavar áreas externas da casa.
Segundo Karen Ambra, a partir dessa idade o domínio da
coordenação motora e a melhor capacidade de discernimento
possibilitam a atribuição de tarefas domésticas mais complexas e de
maneira mais frequente às crianças. Mas é importante lembrar que a
obrigação em relação a elas é sempre dos adultos.
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EC-08
Centros Convenções Comunitários Dedicados a Frei
Orlando em prol do desenvolvimento sustentável da
Amazônia
Carlos Francisco Lobato Álvares da Silva
Fazenda Boa Vista
Morada de Minas, MG
Principais objetivos: construções em cada um dos Estados da
Amazônia Legal (Região Norte). Centros Convenções Comunitários
Dedicados a Frei Orlando em prol do desenvolvimento sustentável
da Amazônia (Projeto Arquitetônico). Estado Amazonas, Acre,
Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins. E também Maranhão.
O Brasil pagar o processo canônico de Frei Orlando ao Vaticano. Para
ser o 2° Santo do Brasil.
Reivindicando que o presidente do Brasil, governo Dilma Vana
Rousseff, efetuar o pagamento do processo Canônico de Frei
Orlando ao Vaticano. A presidenta Dilma Vana Rousseff, comandante
em chefe das forças armadas brasileiras, sendo Frei Orlando patrono
perpetuo das forças armadas Brasileiras, (Exército, Marinha e
aeronáutica).
• Com reivindicação Judicial para correr nas esferas da justiça
brasileira e também no Direito Internacional. Receber dos Estados
Unidos os 31 anos de Soldos de Guerra dos Ex - combates
brasileiros da 2ª Guerra Mundial.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
EC-09
Desenvolvimento de material proveniente de resíduos
sólidos urbano para aplicação de Polos Moveleiros e
a Construção Naval
Carlos Meigue Cardoso Ferreira
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Belém, PA
O Brasil produziu 60,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos
urbanos no ano de 2010. Essa quantidade foi 6,8% mais alta que a
registrada em 2009 e seis vezes maior que o crescimento
populacional no mesmo período, que ficou em pouco mais de 1%.
Cada brasileiro produz, em média, 1 kg de lixo por dia. Somando o
descarte de todos os cidadãos, o número chega a 170.000 toneladas.
No entanto, o Brasil reaproveita apenas 11%, cinco vezes menos do
que os países desenvolvidos. O objetivo deste projeto é apresentar
soluções para a problemática acima por meio do desenvolvimento
de compósito a partir da reutilização de Resíduos Sólidos Urbanos,
para aplicação de Polos Moveleiros e a Construção Naval, entre
outras. O processamento dos resíduos dará origem a materiais
alternativos com qualidade e valores que atenderão aos requisitos
do mercado. Esses produtos poderão ser utilizados como substitutos
ou complementos da madeira e o ferro, entre outros, dependendo
da aplicação. As expectativas a partir dos resultados desse projeto
são contribuir para: diminuição do volume de resíduos sólidos
depositado nos lixões e/ou aterros sanitários; redução da extração
dos recursos naturais; agregação de valor aos resíduos; estímulo à
organização de cooperativas ou empresas que realizam coleta
seletiva e demais fases da cadeia da reciclagem de resíduos sólidos;
melhoria de vida das populações da região Amazônica por meio da
geração de postos de trabalho e renda. O projeto está previsto para
ser executado em 3 etapas está sendo desenvolvido na Incubadora
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de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Federal do Pará,
situada na cidade de Belém, Estado do Pará.
O objetivo deste é produzir móveis pré moldados e embarcações a
partir de material sintético fabricado de resíduos sólidos, com as
mesmas qualidades da madeira e ferro como cor e resistência,
porem com durabilidade maior.
EC-10
NUMERAÇÃO ANULADA
EC-11
Reciclagem dos resíduos plásticos descartados na
capital Rio Branco (AC), e demais municípios e
transformação destes em produtos de consumo no
ramo da construção, agropecuária e utilidades em
geral
Eder Paulo dos Santos
Plasacre Indústria, Comércio, Importação e Exportação de
Plásticos
Rio Branco, AC
Trata-se de um projeto que já se encontra em operação, obtendo,
assim, informações relevantes, quantitativas e com base no sistema
de produção geral, desde a captação do resíduo até o produto
acabado.
O start da produção integrada ocorreu em fev/2010, quando todos
os caminhões basculantes, que recolhiam todo e qualquer resíduo
doméstico da cidade, eram despejados e triados por uma esteira,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
havendo assim a separação dos resíduos entre recicláveis e
orgânicos.
Por dia, passavam em média 35 (trinta e cinco) mil quilos de rejeitos
urbano e, deste total, apenas 10% eram passíveis de transformação,
sendo eles: alumínio, papel, papelão, flanders, PET e plástico. Estes
dois últimos representavam 28% do total, equivalente a mil quilos, e
esta era a quantidade que abastecia as linhas de moagem.
A linha de moagem do Polietileno e do Polipropileno tem potencial
para transformar dez mil quilos de peças plásticas em material
moído e lavado, próprio para a transformação em grãos. Sendo
assim, notou-se que apenas 10% de seu potencial eram utilizados,
inviabilizando sua operação.
Desta forma, a Plasacre passou a fortalecer sua parceria com
Cooperativas e Sucatões da região, para que aumentasse a entrada
de matéria prima para a moagem.
Com um aumento para 30% de resíduos plásticos já triados para a
moagem, o sistema passou para uma breve melhoria, mas ainda
com a necessidade de aumento de abastecimento, porém seguiu
seu fluxo com uma quantidade notável.
Após a moagem e a lavagem, o material plástico é preparado para
seu próximo passo de transformação: os grãos.
Para isso, é elaborada uma massada, contendo os materiais
necessários para a transformação do que era resíduo em matéria
prima de boa qualidade para um produto final. Nesta mistura ocorre
a adição de pigmentos, aditivos químicos e carbonato de cálcio.
Toda a massada é feita em grande quantidade para a produção de
grandes lotes uniformes. Para isso, toda a mistura passa por uma
extrusora, que aquece e derrete todos os materiais contidos,
misturando e transformando tudo em fios, que após endurecem
com o choque térmico, são picotados e granulados.
Estes grãos, então, possuem todas as características exigidas para a
peça final e passam a abastecer o próximo processo operacional.
Para cada tipo de produto é exigido um tipo de processo:
Extrusão: Processo semi- contínuo que consiste na movimentação
do material derretido sendo empurrado por uma rosca através de
uma matriz de saída com o perfil da peça final desejada, como:
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mangueira de irrigação, conduíte corrugado e madeira plástica
(tábuas e mourão).
Injeção: Consiste no preenchimento de um molde com o material
plástico derretido, passando por um choque térmico de
resfriamento para a solidificação da peça final, no caso das telhas,
cumeeiras, tijolos e caixas multiuso.
Rotomoldagem: Em um molde é adicionado o material plástico em
grãos. Este molde, dentro de uma estufa com chamas, entra em
movimento giratório e assim a matéria prima é derretida e se adere à
parede do molde. Com o resfriamento o termoplástico assume nova
forma e se torna uma caixa d’água.
Entre todos os 8 (oito) produtos finais da Plasacre, transformam-se
400 mil quilos de plástico por mês. A quantidade parece razoável,
porém ainda assim, todo o sistema de operação utiliza apenas 30%
de potencial máximo.
A aceitação dos produtos reciclados está passando por uma
considerável modificação. Regiões com nível de cultura e poder
aquisitivo mais elevados recebem esta inovação com conhecimento
e confiança na qualidade e na durabilidade.
Com base em todos esses dados, sentiu-se a necessidade de um
novo projeto. Um projeto já existente no município, porém sem
execução: a Coleta Seletiva.
Projeto B:
Coleta Seletiva no Município de Rio Branco, fazendo o recolhimento
dos rejeitos separados por bairros.
Descrição Resumida da Proposta do Projeto: A Coleta Seletiva é
fundamental dentro de qualquer município, pois é desta forma que
existe a separação parcial e a destinação correta dos resíduos
gerados pelas residências e pelo comércio.
Esta ação trata-se apenas de separar o que é reciclável do que é
orgânico e dispor da forma adequada à disposição do caminhão que
passará recolhendo tais materiais.
A princípio é feita a Educação Ambiental com a população,
instruindo os moradores em como cada um deve proceder com seu
resíduo, qual a melhor forma de armazenamento, de separação e de
disposição para que o caminhão reconheça o montante. A casa
também é identificada através de uma placa.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Os caminhões passarão para retirar o resíduo com agendamento por
bairro/dia da semana.
Todo o material recolhido vai para o Projeto CATAR em forma de
doação e os cooperados fazem sua triagem. A Plasacre faz a compra
do plástico separado e assim dá continuidade ao processo de
reciclagem.
Este projeto está em andamento contando com o apoio da
Prefeitura de Rio Branco e das Secretarias de Serviços Urbanos e do
Meio Ambiente.
EC-12
MANAUS GREEN BIKE
Eduardo Jorge Rodrigues Ribeiro Filho
Manaus, AM
O desafio é fazer a junção da sustentabilidade com o
desenvolvimento econômico. O turismo, o entretenimento local e a
sustentabilidade econômica tem sido a inspiração desse projeto.
Manaus é uma capital em crescimento, um celeiro de idéias. E nada
mais viável em ser exemplo e desbravador no norte do país em criar
o Manaus Green Bike, um empreendimento que contemplará o uso
de bicicletas de passeio visando inovar e apoiar o ideal sustentável
para a comunidade manauense fortalecendo a união dos cidadãos
em prol de uma capital exemplo e consciente.
A mobilidade urbana tem sido a maior dificuldade de todas as
cidades que teem os veículos automotores como principal meio de
transporte, e Manaus é uma dessas cidades. Porém é uma cidade
mal estruturada e mal planejada. Não é receptiva para com os
ciclistas e pedestres. Nesses últimos dias houve uma atenção maior
às faixas de pedestres e o respeito a esse pequeno espaço destinado
a eles “ressuscitou”.
Quanto aos ciclistas, não temos áreas ou pistas destinadas a eles,
algumas praças tem pistas, mas não são amplas para suportar uma
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grande quantidade de usuários. Assim, uma das áreas que poderia
servir para a implantação de tamanha estrutura seria a nossa
querida Praia da Ponta Negra. Sim, esta e outras poderiam ser sedes,
mas de inicio seria ela.
A idéia é buscar incentivos com empresas que estejam dispostas a se
comprometer com o ideal sustentável, alem de se promover como
apoio e patrocinadores desse empreendimento.
O projeto terá o seu retorno financeiro baseado nos alugueis nas
bicicletas teremos infantis e adultos. Este dependerá do aceite da
implantação e do tempo de implantação. Mas, o retorno é certo, isso
deduzido pelo incentivo e a mobilização da população que quer se
interessar mas não tem incentivos para demonstrar seu interesse.
EC-13
PROJETO DE ECO EMPRESAS ACADÊMICAS DE
DESENVOLVIMENTO DE ECOPRODUTOS OU SERVIÇOS
SUSTENTÁVEIS
Geraldo Martins Guerra Filho
Escola Técnica Professor Agamenom Magalhães
Paulista, PE
Relato da experiência vivida pelo professor da rede estadual do
estado de Pernambuco, o Sr Eraldo Martins Guerra Filho que buscou
adaptar o uso da metodologia ágil somada a Aprendizado Baseados
em Problemas (ABP) com uso das Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC’s) no processo acadêmico de desenvolvimento de
projetos que envolva as boas práticas socioambientais, com intuito
de desenvolver saberes e proporcionar ao educando uma nova ótica
do ensino técnico, permitindo que o mesmo colabore com o
processo educacional e deste modo esteja mais preparado para o
mundo do trabalho.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A prática ocorreu durante a disciplina de Empreendedorismo aos
alunos do curso Integral em Design de Interiores, Manutenção e
Suporte a Informática, Edificações do 2º ano, da Escola Técnica
Estadual Professor Agamemnon Magalhães (Etepam), em Recife-PE.
Tais práticas permitiu transformar a sala de aula em uma empresa
com perfil de uma incubadora o qual visava confrontar o aluno com
problemas reais e suas possíveis soluções, sendo esses problemas de
aspectos ambientais.
O resultado dessa metodologia adotada proporcionou boas práticas
educacionais tendo como fruto os projetos:
• MobTec – A oficina da Natureza – Tal projeto destina-se não só ao
desenvolvimento de móveis ecologicamente corretos ou no
aproveitamento de matérias descartado pela sociedade, como
também a participação, conscientização e capacitação da
comunidade, a fim de que a mesma possa produzir seus próprios
móveis. Sendo os mesmo para uso pessoal ou geração de fonte e
renda, atendendo assim conceitos de cidadania e boa prática
socioambiental;
• Construcoco – Eco produtos para construção civil - Este projeto
tem por objetivo o reaproveitamento do coco de forma
sustentável e viável economicamente sendo aplicada na
construção civil, onde consequentemente visa minimizar os
impactos causados por materiais e elementos nocivos ao meio
ambiente. Tendo como resultado inicial tijolos e um estudo para
desenvolvimento de telhas, cerâmicas e contra piso;
• Canal Mobtec – Canal de Cursos de Eco produtos – Trabalho que
visa através do uso da mídia digital e do canal de
compartilhamento de vídeo uma conscientização sobre o valor
que o reuso de desperdício físico, assim como podemos ter um
melhor aproveitamento. Sejam na construção de objetos, móveis,
brinquedos e ambientes. Permitindo não só a redução provocada
pelos mesmos no ambiente, como a possibilidade de gerar fonte
de renda extra por meio da venda de eco produtos;
• Ekolar – Residência Ekológica – Estudo da viabilidade do uso de
contêiner e vagões como Residências autossustentáveis que,
proporcionam economia de energia, de água, aumento da vida
útil dos lixões, diminuição da poluição, geração de empregos,
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além de ser uma opção, rápida, versátil e de baixo custo para
ajudar no alojamento de famílias carentes em situação de risco;
• SmartWay – Caminho da Água – Projeto viabiliza o uso da placa
de Peltier como instrumento de captação da umidade do ar,
permitindo assim utilizar essa umidade como um recurso
renovável de água. Para tal o uso de energia eólica como fonte
alimentadora da tecnologia embarcada e o uso de caixa de leites
como receptoras do processo. Sendo assim um projeto
ecologicamente correto, podendo sanar muitos problemas
ligados a escassez da água.
É preciso que nós educadores, continuemos nos apropriando cada
vez mais de conhecimentos para a ampla utilização das ferramentas
tecnológicas disponíveis nos dias atuais, criando possibilidades de
uso dessas tecnologias para o bem comum ou despertar no aluno o
interesse pela pesquisa dentro e fora da escola, desenvolvendo no
educando, as capacidades de interpretação, síntese e criticidade,
uma vez que, a escola é o espaço apropriado para inovar no
processo de aprendizagem e ensinar como as pessoas devem se
portar diante das tecnologias. Acredito que tais projetos possam ser
disseminados para outros professores, estando assim a disposição
para compartilhar conhecimento e documentos necessários para
orientação dos projetos.
Assim concluo o projeto com a frase de Gilberto Freyre: “Sem um fim
social o saber será a maior das futilidades”.
EC-14
Fernando Antonio Gonçalves Alcoforado
Instituto Rômulo Almeida de Altos Estudos (IRAE)
Salvador, BA
Nossa proposta prevê o cumprimento das atividades descritas a
seguir:
1. Definição do conceito de desenvolvimento sustentável
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PROPOSTAS APRESENTADAS
2.
Estabelecimento de objetivos do desenvolvimento sustentável
da Amazônia
3. Formulação da estratégia de desenvolvimento sustentável da
Amazônia
4. Elaboração de planos estratégicos e operacionais de
desenvolvimento sustentável da Amazônia
5. Delineamento de projetos de desenvolvimento sustentável da
Amazônia
6. Delineamento de projetos estruturantes na Região Amazônica
7. Estimativa dos investimentos e custos operacionais dos
projetos de desenvolvimento sustentável da Amazônia
8. Estimativa dos benefícios econômicos, sociais e ambientais
associados à estratégia de desenvolvimento sustentável da
Amazônia
9. Relação Benefício/Custo da estratégia de desenvolvimento
sustentável da Amazônia
10.Conclusões
EC-15
NUMERAÇÃO AnuladA
EC-16
ORGANOLATE
Gisele Seabra Abrahim
Centro Universitário do Pará (CESUPA)
Belém, PA
O projeto Organolate tem como objetivo capacitar um grupo de
mulheres, das comunidades Bom Jardim e Traquateua, para que
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tenham uma alternativa de geração de renda por meio da produção
de um achocolatado em pó, totalmente orgânico.
Para tanto, além da capacitação em gestão e em produção,
atendendo-se os requisitos sanitários e os aspectos mercadológicos
que contribuam para sua comercialização, o projeto prevê a
construção de uma cozinha industrial para o beneficiamento do
produto.
Os principais objetivos são:
a) Construir uma cozinha industrial para a produção de um
achocolatado orgânico nos parâmetros exigidos pela Vigilância
Sanitária;
b) Promover capacitação em técnicas de produção e manejo;
c) Complementar a formação teórica dos alunos do CESUPA com
aplicações práticas, contribuindo para a formação de um
espírito empreendedor, crítico e analítico, subsidiando dados
para futuras pesquisas;
d) Realizar capacitação/treinamento das mulheres da
comunidade focando nas condições de higiene e segurança no
ambiente produtivo;
e) Promover capacitação em logística;
f ) Desenvolver ferramentas e subsídios para gestão
administrativa do negócio;
g) Desenvolver um programa de educação financeira para a o
gerenciamento do negócio;
h) Promover parcerias com outras instituições;
i) Desenvolver estratégias de marketing e estratégias de
comercialização do produto que valorizem o trabalho da
comunidade perante o mercado;
j) Contribuir para o desenvolvimento sustentável das
comunidades.
k) Prover a comunidade de água potável e de condições
sanitárias necessárias à higienização e melhoria de saúde da
comunidade;
l) Desenvolver a educação ambiental da comunidade e seu
entorno em prol do desenvolvimento sustentável da região.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
EC-17
Tornar-se a referência global em biotecnologia da
Amazônia
Hervé Louis Ghislain Rogez
Amazon Dreams Indústria e Comércio
Belém, PA
A Amazônia possui um grande potencial a ser explorado de maneira
sustentável como fornecedora de biocompostos com alta atividade
antioxidante. Entre eles, os compostos fenólicos, classificados como
bioativos, têm merecido um destaque particular na última década
na prevenção de doenças crônico-degenerativas e na formulação de
cremes fitoquimioprotetores, os quais auxiliam na regeneração da
pele após exposição a agressões externas.
Um dos grandes problemas em estabelecer um desenvolvimento
sustentável para a região Amazônica está no pouco conhecimento
científico e tecnológico disponível que atenda a demanda da região.
Atualmente, os investimentos brasileiros na Amazônia Legal ainda
são tímidos quando comparados com as demais regiões do país,
apesar do reconhecimento de que houve na última década uma
postura favorável por parte do Estado Brasileiro buscando a
mudança desse quadro.
A empresa insere-se neste cenário econômico promissor para
alavancar e fortalecer, também, a economia regional, uma vez que
utilizamos a cadeia comercial da agricultura familiar para a aquisição
das matérias-primas, principalmente, por meio de cooperativas
agrícolas, como a Cofruta que fornece os frutos do açaizeiro; a
Camta, a qual fornece folhas do murucizeiro; e a Asdecono que
fornece folhas do ingazeiro. Estas cooperativas receberam apoio
financeiro da empresa, sendo na reestruturação de suas plantas
fabris e/ou no treinamento do seu quadro de funcionários com
relação a Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Análise de Perigos e
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Pontos Críticos de Controle (Appcc). Entre 2010 e 2012, investimos
mais de R$220.000,00 nesse quesito.
O modelo de negócio da empresa contribui para um aumento de
renda das famílias de pequenos produtores cooperadas, uma vez
que sempre adquirimos estas matérias primas a preços superiores
aos praticados pelo mercado, no caso dos frutos do açaizeiro.
As duas espécies de folhas estão sendo exploradas comercialmente
pela primeira vez, pois eram rejeitadas após as podas das árvores, o
que gera novas divisas às famílias, sempre respeitando a
sustentabilidade.
Com a tecnologia de ponta e o conhecimento científico inovadores
utilizados pela empresa na agregação de valor sócio-econômico a
partir de folhas e frutos típicos do Bioma Amazônico, o modelo de
negócio desta empresa também contribui com a redução da taxa de
desmatamento ao explorar espécies nativas como o açaí e com a
recuperação de áreas degradadas ao explorar sustentavelmente as
folhas de espécies regeneradoras do solo, como o ingá e o muruci.
Esta empresa realmente tem a chance de se tornar a primeira
fornecedora global de antioxidantes naturais (biocompostos) e óleos
naturais a partir de espécies nativas do Bioma Amazônico,
transformando um velho sonho mundial de aliar desenvolvimento
econômico, inovação tecnológica e preservação ambiental em um
caso concreto de sucesso.
EC-18
adaptação de um barco regional para que o mesmo
sirva para receber turistas com interesse específico na
área científica, mais especificamente na área de águas,
interface água-solo, comunidades ribeirinhas e flora
João Tito Borges
Faculdade Fucapi
Manaus, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
O projeto tem o objetivo de fazer a adaptação de um barco regional
para que o mesmo sirva para receber turistas com interesse
específico na área científica, mais especificamente na área de águas,
interface água-solo, comunidades ribeirinhas e flora.
O desenvolvimento do projeto se dará em uma instituição de
pesquisa do Estado do Amazonas e contemplará os passos
necessários para o desenvolvimento projeto. O barco será adaptado
para turismo de contemplação, mas incluirá informações técnicas e
científicas aos turistas para que os mesmos possam vivenciar as
atividades dos pesquisadores amazônidas e realizar um intercâmbio
com o conhecimento tradicional de forma organizada com a
finalidade principal que é o conhecimento científico. O projeto prevê
a adaptação de um barco de porte médio equipado com sistemas
de coleta e análises de parâmetros básicos de qualidade de águas,
microscópios, sistema de georreferenciamento, batimetria, internet
e sistema de vídeo-aulas permitindo que o turista nacional ou
estrangeiro participe de uma pequena expedição pelos rios da
Amazônia.
EC-19
AGREGADO ORGÂNICO E ECOLÓGICO PARA A CONSTRUÇÃO E
PAVIMENTOS: AGROCONPA DA AMAZÔNIA
Jose Francisco Magalhães Gonçalves
Aldeias da Amazônia
Tabatinga, AM
Agroconpa da Amazônia é a denominação abreviada e acróstico de
Agregado Orgânico e Ecológico para a Construção Civil e
Pavimentos na Amazônia.
Agroconpa é um projeto de pesquisa, identificação, e publicação
que visa demonstrar a importância das Térmitas (Cupins) em seu
extraordinário desempenho no papel ecológico e como gerador de
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recursos econômicos na composição bioquímica de Aglomerantes e
Agregados para a fabricação de materiais para a construção civil,
pavimentação de estradas, ciclovias, estacionamentos, calçadas,
quadras poliesportivas, praças, etc..
Como os custos da construção e pavimentos são proibitivos no
Interior da Amazônia - seja de alvenaria, tijolos, asfalto ou de
cimentos - é de se esperar uma carência muito grande deste tipo de
obras e, por conseguinte, uma utilização maior de madeira. Estimase que o interior do amazonas tenha o maior custo da construção no
Brasil. Tudo isto devido ao alto preço do transporte, que é via fluvial.
Quem conhece o Interior do Amazonas, principalmente no Alto
Solimões – Mesorregião do Alto Solimões – É sabedor que esta
região é desprovida de pedras, se visto de cima se observa a
proliferação de açaizeiros e buritizeiros - indícios eminentes de terras
alagadas - grandes várzeas, conhecida na geografia como
hidromórfica que permanecem alagadas a metade do ano
prejudicando a agricultura e impossibilitando a criação de animais
domésticos. Para minimizar a fome o pequeno produtor, agricultor
de subsistência, busca as cabeças de monte ou terras altas para
realizar suas plantações e manter sua produção de
hortifrutigranjeiro. Resolve o problema da produção mais tem um
maior ainda – como transportar e escoar esta produção se não tem
pavimento e o solo argiloso não permite o transito nem de animais
muito menos de veículos.
Este projeto irar pesquisar, diagnosticar, e tornar público através da
publicação de um site de internet, que é possível a utilização dos
insetos sociais da ordem Isoptera - considerados por muitos como
uma praga urbana e sem nenhum propósito na natureza – poderá
ter um importante papel através de sua saliva e excremento em
agregar a terra substancias capazes de sintetizar compostos estáveis
que podem funcionar como estabilizadores químicos de suma
importância para o desenvolvimento e geração de emprego ao
ativar a Construção Civil na Amazônia podendo se tornar o
diferencial na pavimentação de ciclovias, calçadas, quadras
poliesportivas, na construção de casas populares e estradas que
poderão ter um desempenho bastante qualitativo para o
escoamento da produção do pequeno produtor rural e de sua
produção familiar no interior do Amazonas. Fechando um circulo
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PROPOSTAS APRESENTADAS
virtuoso de geração de rendas, ampliação da produção, melhora o
bem estar, aumento na pratica de esporte, melhoria na educação,
ecologicamente correto ao diminuir uma praga, minimizar o
desmatamento e ampliar o desenvolvimento econômico das
comunidades e etnias locais.
Objetivo Geral: desenvolver pesquisa de campo, análise de
laboratório, publicação do diagnostico na internet, e demonstrar
que da mesma forma que as térmitas (cupins) do sul do Brasil foram
importantes na fabricação de material sintético para a construção e
impermeabilização de estradas e pavimentos. As do amazonas
também possuem estas propriedades.
Objetivos Específicos: o projeto visa pesquisar, identificar, analisar,
diagnosticar e publicar - através de um site de gestão do projeto na
internet – que existe uma térmita no interior da Amazônia, cuja
saliva e excrementos misturados ao barro e elementos da região,
produzem uma substancias capaz de sintetizar um combinado
estável que pode funcionar como estabilizador químico, semelhante
a substancia produzida pela térmita (Cornitermes cumulans), cujas
características sejam importantes para a fabricação de tijolos e
execução de pavimentos seguros, econômicos no interior da
Amazônia.
EC-20
BENEFICIAMENTO ECONÔMICO PARA IMPLANTAÇÃO DE UMA
USINA DE RECICLAGEM DE RCD: UMA PROPOSTA PARA MANAUS
Karyane de Oliveira Tolentino
Centro Universitário Nilton Lins
Manaus, AM
Cerca de 50 a 70% dos resíduos gerados em uma cidade são
provenientes da construção civil. Estima-se que a geração de
resíduos da construção civil varia de cidade para cidade e com a
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oscilação da economia. Portanto, a geração dos resíduos sólidos da
construção civil é grande, podendo representar mais da metade dos
resíduos sólidos urbanos (Sinduscon-MG, 2005). Manaus é a cidade
mais populosa do estado do Amazonas com certa de 1 832 423
habitantes de acordo com dados do (IBGE) em 2011, apesar de ser
um grande centro financeiro, corporativo e econômico ainda não
possui uma estimativa da quantidade gerada de RCD atualmente
conforme a informação da (Sinduscon-AM) e as secretarias públicas
municipais como a Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços
Públicos (Semuslp) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Sustentabilidade (Semmas).
A geração dos resíduos de construção civil causa diversos impactos
em âmbito ambiental, econômico e social. A segregação,
encaminhamento e disposição são responsabilidades cabíveis a
geradores ou de terceiros contratados para a uma destinação
correta.
Atualmente Manaus é uma das grandes cidades que sediará a copa
de 2014, com milhões de toneladas de resíduos gerados na
demolição e construção de um novo estágio e outras obras da
construção civil, cresceu bastante o volume de RCD gerado. Ainda
não existe nenhuma usina para beneficiamento de RCD, mas foi feito
um projeto de redução zero de resíduos pela construtora Andrade
Gutierrez onde eles trituram e reaproveitam os resíduos na própria
obra, porém o incentivo de reaproveitamento ainda é pequeno por
parte das construtoras.
Recentemente a cidade de Manaus passou por um processo de
mudança na limpeza pública, onde as empresas cumprem a portaria
n° 011/2012, de 14 de março de 2012, que proíbe o descarte para
destinação final dos resíduos de terceiros nas dependências do
Aterro de Resíduos Sólidos Públicos, e dá outras providências como
a medida de cumprimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Faz-se necessário um planejamento estratégico que utilize a técnica
da reciclagem a fim de minimizar os impactos gerados na disposição
de áreas para aterro e pela deposição inadequada em diversas áreas
da cidade reinserindo novamente os resíduos de construção civil e
demolição (RCD) dentro da cadeia produtiva de construção civil.
Este projeto trata do benefício econômico e ambiental para
implantação de uma usina para reciclagem dos resíduos de
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PROPOSTAS APRESENTADAS
construção civil e demolição (RCD) em agregados, através de um
planejamento e conjunto de etapas consecutivas com um sistema
de gestão inovador e diferenciado.
EC-21
PENSANDO NO PLANETA
Komani Biojóias da Amazônia
Recife, PE
Hoje o conceito de “produção’ vem passando, primariamente, pelo
pertinente questionamento: “agride o planeta?”Antes de produzir
aquilo que se deseja, é imprescindível olhar ao redor e observar se
isso fere a natureza em algum grau. Precisamos dela para viver: é o
ar que respiramos, o solo que pisamos, o nosso alimento. O que
tiramos do mundo e não repomos ou reaproveitamos, volta para
nós em forma de desequilíbrio ambiental.
É com vistas ao conceito de sustentabilidade e compromisso social,
que a Komani – Biojoias da Amazônia desenvolve um trabalho
baseado na relação saudável homem - habitat. Do chão da Floresta
Amazônica nascem as mais variadas peças, que revelam um misto
de beleza, elegância com simplicidade e peculiaridade. São brincos,
colares e pulseiras compostos pelos restos orgânicos da mata. Tudo,
claro, sem nenhum prejuízo ao meio ambiente.
EC-22
ENTRE NESSA CORRENTE. COMPREENDA,
AME E VALORIZE A AMAZÔNIA
Lucia de Oliveira
Votum Qualitatis
Rio de Janeiro, RJ
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É tempo de refletir sobre a afirmação, feita por Einstein, quanto às
mazelas causadas pelas más escolhas humanas: ‘o mundo é um
lugar perigoso para se viver. Não exatamente por causa das pessoas
que são más, mas por causa das pessoas que não fazem nada
quanto a isso’. Tal afirmação pode ser entendida como um alerta aos
que ‘pecam’ ou prejudicam a si mesmos, fazendo a ‘escolha da
omissão’.
A questão crucial do momento em que estamos vivendo é que cada
um de nós tome a decisão de ‘ser a transformação que deseja para o
mundo’, como afirmou, com profunda sabedoria, o líder indiano
Mahatma Gandhi, que parecia estar consciente, - como Jung,
Einstein, Kant, e tantos outros -, de que cada livre-arbítrio, assim
como cada vida, tem misteriosas, mas também valiosas razões, que a
própria razão humana precisa aprender a conhecer, amar e valorizar.
De forma inteligente. Atenta ao cumprimento da ‘lei de causa e
efeito, ‘necessidade e consequências’.
Afinal, a mágica ou o fascínio da vida está na crença de que, como
humanos, criados à imagem e semelhança da perfeição, herdamos o
poder de escolha para acionar a própria magia de compreender,
amar e valorizar o que vivemos ou experimentamos através do
conhecimento racional.
Isso nos permite idealizar e recriar, - não apenas a nós mesmos -, mas
também as nossas experiências de vida, o que poderia ser visto
como uma espécie de “milagre humano da transformação”,
perfeitamente possível, aliás, aos seres racionais que somos.
Até porque a vida foi criada para ser humana. Isto é, para ser vivida
com escolhas e decisões adequadas, praticadas dentro dos conceitos
de igualdade e fraternidade. Apenas assim podemos fazer jus ao
privilégio humano de existir, e de desfrutar desse privilégio em toda
a sua plenitude.
A ‘decisão de refletir sobre essas verdades e de praticar cada uma
delas’ é determinante para o destino de cada livre-arbítrio. De cada
pessoa, enfim. Em outras palavras, as escolhas que fizermos hoje vão
traçar a nossa história, - assim como a história do Meio Ambiente -,
de amanhã.
Esta deve ser, sem dúvida, a nossa grande reflexão e o nosso maior
ideal.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
EC-23
Inclusão social de mulheres através do resgate de
trabalhos manuais e da reutilização de resíduos
têxteis e embalagens descartáveis
Maria das Graças Bulhões Arruda
Autônomo
Belém, PA
O ambiente recebe diariamente milhares de toneladas de lixo e o
mais preocupante é que todo esse resíduo, ainda útil e funcional, é
despejado direto nos lixões mesmo podendo ser utilizado de
maneira mais inteligente, como na criação de novos produtos, por
exemplo. A reutilização desses resíduos é uma estratégia simples
que pode contribuir para a geração de renda e amenizar os
problemas sociais causados pelo desemprego através da
comercialização de tais produtos. Desta forma, este projeto visa
contribuir com a conservação do ambiente, com a inclusão social e
com a preservação da cultura tradicional através de três importantes
pontos: 1 - aproveitamento de resíduos têxteis descartados pela
indústria na confecção de vestuário para a produção de roupas
casuais (saias, blusas, vestidos) que são confeccionadas a partir de
sobras de tecidos de algodão; 2 - reutilização de embalagens
descartáveis, gerando produtos como bolsas, carteiras e acessórios
de decoração; 3 - resgate dos trabalhos manuais como bordados e
crochês. Esta transformação de resíduos em produtos usáveis, úteis
e que valorizam o trabalho manual já vem sendo realizada por
mulheres de comunidades carentes das regiões periféricas de Belém
e também de cidades do interior do Pará (Bragança, nordeste
paraense). Esta iniciativa contribui para a disseminação de ideias
simples e ecologicamente viáveis as quais favorecem a conservação
do ecossistema amazônico como um todo, além de despertar a
população para esta grave e urgente questão que é a conservação
do planeta.
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Os principais objetivos são:
– Amenizar os problemas sociais causados pelo desemprego,
propiciando e/ou complementando a renda familiar;
– Proporcionar o aprendizado profissional na área de confecção
através de aulas de costura, bordado e crochê;
– Resgatar trabalhos manuais (crochê e bordados à mão) através da
capacitação de mulheres da periferia de Belém e interior do
estado do Pará;
– Conservar e/ou manter a identidade da cultura local;
– Reaproveitar resíduos têxteis para a confecção de artigos de
vestuário, acessórios e decoração;
– Reaproveitar embalagens descartáveis para confecção de bolsas
e outros acessórios de moda.
– Promover ações de conscientização da conservação do planeta.
EC-24
numeração anulada
EC-25
Produção de clones de pau rosa,
curauá, mogno e pupunha
Monique Inês Segeren
ProVitro Biotecnologia
Manaus, AM
Com foco e atuação no setor da biotecnologia vegetal, contando
com uma forte estratégia em inovações para escalonar e manter as
mudas em condições adequadas torna a nossa participação em
desafios para executar propostas de inovações tecnológicas,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
envolvendo desde cultivo “in vitro” até o acompanhamento das
mudas no plantio em áreas degradadas, ajudando as comunidades e
se encaixando nos projetos de rede com Institutos e Universidades.
O investimento em “domesticação” e clonagem de mudas nativas da
Amazônia é fundamental para a rápida e eficaz recuperação do
bioma degradado. Também, a utilização de tecnologias já
plenamente dominadas, permite a certeza de retorno do
investimento, o que é um ponto importante para o envolvimento de
empresas do pólo da Zona Franca de Manaus, que possuem
agendas de responsabilidade social. Algumas, como a Toyota
apóiam projetos desta natureza na região sudeste do país.
De experiência anterior (1), pode-se afirmar que a interação com os
pesquisadores de diferentes áreas da Universidade gera inovações
nos diferentes processos fabris da biofábrica, que permitirão
redução de custos e escalabilidade. Pelo envolvimento de
pesquisadores e alunos no projeto, se construirá uma ponte entre a
universidade e as empresas parceiras, contribuindo para a atração
de novos investimentos e também para a formação de um centro de
excelência em clonagem e formação de bancos clonais na Ufam. Isso
ocorre no momento em que o Brasil inicia o acesso a um novo
patamar de projeção internacional.
A expansão das atividades será consequência do esforço conjunto
universidade, empresas e órgãos de fomento.
1.Foram desenvolvidos, pelos sócios da empresa, equipamentos
que são patenteados que permitiram a otimização do processo
produtivo para ganho de escala na micropropagação de plantas.
A razão de ser da ProVitro é fundamentalmente pesquisa e tem-se
valido, ao longo do tempo, de sua competência na captação de
recursos a fundo perdido de órgãos como Finep e Fapesp. Desta
forma, não desenvolveu competência em comercialização de
produtos, mas sim em inovação e, portanto, qualquer geração
própria de receita terá que ser propiciada em parcerias com outras
empresa privadas que se completam mutuamente.
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EC-26
Patricia Soares
Autônomo
Brasília, DF
EC-27
Promovendo a agrofloresta de cacau na várzea
amazônica: um modelo produtivo caboclo de
conservação e geração de renda familiar
Roberto Carlos Romero Pinedo
Belém, PA
Na história econômica da Amazônia brasileira, o cacau tem sido uma
commodity bandeira na pauta de exportação. As terras de várzea,
principalmente das margens do canal principal da bacia amazônica,
já constituíram os cenários de produção mais importantes no Brasil.
Municípios tradicionais da região do Baixo Amazonas, no Estado de
Pará, destacaram-se nessa produção, sendo Óbidos o mais
sobressalente. O descaso governamental com a indústria do cacau
de várzea, as novas oportunidades econômicas regionais
(principalmente da monocultura da juta e cria extensiva de gado
bovino) e a ocorrência curta na periodicidade entre as enchentes
grandes do rio Amazonas, contribuíram na gradativa substituição
das plantações de cacau na região. No entanto, nas propriedades de
pequenos produtores caboclos (ou ribeirinhos) da região de “Costa
cima” de Óbidos, assim como da região de várzea ex-sede do
município de Uricurituba, no Estado do Amazonas, a tradição
produtiva de cacau continuou sendo mantida em base de seu
manejo em agrofloresta. Neste agrossistema, que integra diversas
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PROPOSTAS APRESENTADAS
espécies perenes exóticas e nativas, produtores ribeirinhos
distribuem os cacaueiros de forma a serem protegidos das
adversidades ambientais (principalmente do efeito das enchentes
grandes), para garantir a continuidade produtiva de cacau, e outros
produtos, que favorecem no complemento da economia familiar.
O cacau é a mais importante nessa função, isto, pela propriedade de
ser beneficiado (artesanalmente pelas mulheres) em quase sua
totalidade para a obtenção de diversos produtos comerciáveis;
diferentemente do que representa em outras regiões produtoras,
apenas para a obtenção de amêndoas. O vinho, capilé, cacaurí,
geléia, doce de cacau, pão-chocolate, etc., são os produtos
resultantes e confeccionados com materiais e instrumentos simples.
A organização de transferência das tecnologias de manejo e
beneficiamento do cacau pelas famílias de produtores experientes,
em parceria com as Colônias de Pescadores, órgãos locais de
desenvolvimento municipal, Ceplac, Sebrae, e outros inerentes,
favoreceram na divulgação e fortalecimento das ações que
contribuam na sensibilização de recuperação e expansão de
florestas produtivas sustentáveis na várzea amazônica brasileira, isto
é a agrofloresta de cacau.
EC-28
Utilização de materiais alternativos, recicláveis e de
baixo custo na criação de peixes ornamentais
amazônicos
Rudã Fernandes Brandão Santos
Araraquara, SP
Identificar e validar materiais alternativos e/ou recicláveis que
possam ser usados no cultivo de espécies ornamentais amazônicas
com o objetivo de diminuir os custos de investimento e de produção
na atividade de criação de peixes ornamentais Para tanto serão
avaliadas as novas técnicas e suportes de manejo pelos índices de
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desempenho zootécnico e sanitário do acara bandeira, uma das
espécies ornamentais amazônicas mais comercializadas do mundo.
Assim, os experimentos propostos são os seguintes: a identificação
de aquários alternativos aos de vidro que possam ser utilizados
cultivo de espécies ornamentais, primando pela diminuição de custo
e o não comprometimento do desempenho zootécnico e sanitário
das espécies criadas; validar substratos de filtragem que podem ser
utilizados em filtros artesanais e comparar seu desempenho com
filtros comerciais; determinar a capacidade de suporte da associação
desses dois sistemas, a fim de avaliar a maior biomassa que esses
sistemas suportam e apresentar índices econômicos de aquisição e
custo de produção a fim de explicitar as vantagens que podem ser
obtidas quando adota-se os novos manejos. Os principais objetivos
são: prospectar materiais alternativos e recicláveis que possam ser
utilizados na criação de espécies ornamentais utilizando o sistema
intensivo de produção;
Validar os manejos a serem utilizados nos sistemas de produção,
desenvolvidos com os materiais alternativos;
Difundir o uso de ferramentas que avaliem o status sanitário dos
peixes como modelo para garantir maior bem estar animal durante
o cultivo das espécies e aumentar a sustentabilidade da atividade;
Determinar e estimar os custos de investimentos das tecnologias
propostas em comparação as atualmente preconizadas pelo setor
produtivo e o custo de produção com base nos manejos adaptados;
Difundir as informações obtidas por esse conjunto de informações
às regiões que apresentam a atividade de comercialização de
espécies ornamentais, seja através de cartilhas e materiais didáticos
distribuídos a órgãos de extensão rural ou palestras apresentadas
para grupos, associações e etc de acordo com a demanda dos
mesmos e com a ajuda no custeio dos custos para implementação
dos mesmo.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
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EC-29
Projeto Ilha PET
Rulian de Sousa Holanda
Projeto Ilha PET
Manaus, AM
É um projeto sócio ambiental que tem o objetivo conscientizar a
população como um todo a retirar do meio ambiente mais de
1 milhão de garrafas PET para servir de matéria prima para a
construção de uma ilha com conceito sustentável, construida pelos
próprios voluntários da campanha de arrecadação. O Projeto Ilha
PET visa a conscientização ambiental através de acões em escolas,
empresas, faculdades, igrejas e condomínios cadastrando
voluntários e parceiros de acões.
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4.6 Categoria Suporte ao Desenvolvimento
Regional – Empresarial
SDR-EM-01
Cardaplet
Andre Fabiano Santos Pereira
Solvetech Soluções Sustentáveis
Manaus, AM
Através da utilização do sistema Cardaplet, oferecer à rede de
estabelecimentos de food service uma solução para incremento da
qualidade no atendimento e da satisfação dos usuários, sobretudo
os serviços oferecidos na região norte do país, principalmente na
cidade de Manaus, sede de jogos da Copa do Mundo da Fifa em
2014.
O sistema Cardaplet buscará proporcionar uma ferramenta de apoio
à decisão aos proprietários dos restaurantes ao mesmo tempo em
que os clientes descobrirão uma nova forma de interagir com esses
estabelecimentos utilizando o seu Tablet ou Smartphone.
A partir do uso do aplicativo em seu dispositivo móvel, o cliente
poderá descobrir a localização de um restaurante, consultar seu
cardápio, reservar uma mesa, conhecer a receita de um prato,
conseguir ler o cardápio em sua própria língua, converter o preço
para sua moeda e muitas outras opções que a tecnologia aliada à
conectividade pode proporcionar, tais como: conhecer a opinião de
seus amigos sobre determinado restaurante ou sobre um prato,
convidar todos para um almoço, descobrir quantas calorias
consumiu, controlar sua dieta e mais uma infinidade de
possibilidades que o sistema oferecerá.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
SDR-EM-02
Tap4 Mobile
Andre Roberto Lima Tapajos
Tap4 Mobile
Manaus, AM
A Tap4 Mobile (Tap4 Informática Ltda) é uma empresa originada em
Manaus, composta de três sócios amazonenses, que é especializada
em desenvolvimento de aplicativos para tablets e smartphones.
O principal diferencial da empresa é sua capacidade criativa na área
mobile, porém, podem-se destacar outras características
importantes como: juventude, perseverança, espírito de equipe,
competência técnica, ousadia nos negócios, flexibilidade e
dedicação.
Em apenas 17 meses de mercado, a empresa conquistou clientes
importantes em Manaus, Recife, São Paulo e Rio de Janeiro,
principais pólos tecnológicos do país, montando um portfólio de
projetos de nível nacional. Tal feito se deve à grande capacidade
empreendedora dos sócios e à competência técnica da equipe, que
trabalha muito para superar os desafios e entregar aplicativos
elogiados pelas principais revistas especializadas do Brasil e até pelo
Google dos EUA.
E o que fez uma empresa tão jovem alcançar relativo sucesso em
pouco tempo? São as pessoas, pois afinal, computadores,
equipamentos e local de trabalho são relativamente fáceis de
conseguir. Agora reunir um time tecnicamente capacitado,
altamente motivado e disposto a perseguir um sonho não é tarefa
simples. E foi assim que a Tap4 chegou até onde está hoje, sempre
trabalhando com pessoas excepcionais naquilo que fazem, e vale
ressaltar, todos originários de Manaus, porém com experiência de
trabalho em grandes empresas, dentro e fora do Brasil.
Atualmente a empresa emprega diretamente 25 pessoas e está
dobrando de tamanho até dezembro de 2012, quando terá
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
aproximadamente 50 funcionários, sendo parte em Manaus e parte
na filial de Recife, que será aberta no 2º semestre de 2012.
SDR-EM-03
Tecnologia Biomagnetizer: Despoluidor do Meio
Ambiente e Economizador de Combustível
Dilson Tadashi Iamamoto
Ytchie Comércio de Peças e Acessórios
Ananindeua, PA
Com o propósito de atender recomendações científicas
internacionais, a empresa Ytchie Comércio de Peças e Acessórios
Ltda desenvolveu a tecnologia Biomagnetizer, que surge como
alternativa para a redução de emissões de gases poluentes de
automóveis, que passam a ser regulados constantemente para evitar
a queima de combustíveis de forma desregulada. Trata-se de um
energizador biomagnético, feito de imãs de cerâmica naturais (imãs
permanentes, fabricado com tecnologia exclusiva monopolar),
patenteado sob o código P1050097-3 PA-Brasil. Trata-se de produto
resultante de tecnologia circular monopolar, para gerar energia
magnética forte, que instalado acima das mangueiras de líquidos,
gases, combustíveis polariza as moléculas, aumentando a força
magnética positiva, contrária da força negativa produzida pelo atrito
do combustível puxado pela bomba de alimentação. Desta forma, o
Biomagnetizer ordena e ioniza as partículas dos combustíveis e
líquidos, com isto possibilita queimar o combustível em sua
totalidade (95%) produzindo resultados benéficos como: Redução
da poluição do ar atmosférico; economia de combustível em
motores e aumento de potencia de 4 a 5 CV. A engenharia exclusiva
da aplicação desse processo alinha os íons das moléculas, por isso
produz benefícios significantes para muitos processos de
engenharia, tais como: Alta eficiência (para processos industriais);
menos energia (líquidos, combustíveis, energia elétrica); menos
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PROPOSTAS APRESENTADAS
poluente (no processo de combustão); menos químicos tóxicos (para
tratamento da água); menos custo de produção e manutenção.
Em função do exposto, o Biomagnetizer melhora o meio ambiente, a
agricultura, a qualidade da água e resulta em economia de
combustível. O objetivo geral é a partir da utilização de uma
tecnologia sustentável, busca-se contribuir para reduzir a poluição
ambiental, resultante da emissão de gases de efeito estufa
provocada pela queima de gases termocalóricos e combustão em
motores, bem como por químicos tóxicos, usados na irrigação de
lavouras e tratamento de água, resultando em melhoria de
qualidade de vida para a população.
E os objetivos específicos são:
a)Economizar combustível em processos de combustão (gasolina,
álcool, diesel e gás);
b)Tratar a água, dispensando o uso de produtos químicos tóxicos;
c)Proteger o meio ambiente, reduzindo a emissão de poluentes em
processos de combustão.
SDR-EM-04
Projeto para o desenvolvimento e gerenciamento do
Turismo de Base Comunitária na região metropolitana
de Manaus
Hylker da Silva Medeiros
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Manaus, AM
Este projeto tem por objetivo oportunizar condições às
comunidades ribeirinhas da região metropolitana de Manaus para o
desenvolvimento e gerenciamento do turismo de base comunitária,
através da capacitação de pessoal buscando o desenvolvimento da
prática empreendedora nas comunidades.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
O projeto pretende desenvolver competências e habilidades para o
planejamento, gerenciamento e execução da atividade turística
pelos moradores do local.
Será realizado pelo Instituto a ser fundado e possíveis parceiros.
O projeto contará com o suporte de um barco-escola como principal
ferramenta facilitadora de apoio ao ensino-aprendizagem dos
comunitários. A função do barco-escola é levar o conhecimento a
comunidade ribeirinha, evitando assim o deslocamento dos mesmos
aos centros urbanos, mitigando o êxodo e os impactos econômicos
para a comunidade.
A primeira versão do projeto terá duração de 12 (doze) meses.
Inicialmente custará R$ 557.304,02 (Quinhentos e Cinquenta e Sete
Mil, Trezentos e Quatro Reais e Dois Centavos). Será realizado por
uma equipe multidisciplinar de aproximadamente 10 (dez) pessoas,
acontecerá em duas etapas, sendo a primeira o diagnóstico para
levantamento da necessidade de cada comunidade e junto a equipe
já fará a sensibilização para participação ativa no projeto e na
segunda etapa já acontecerá a realização das oficinas/ cursos/
palestras.
A área que o projeto irá abranger será a região metropolitana da
cidade de Manaus, correspondente à mesorregião do médio
Amazonas. As ações serão desenvolvidas exclusivamente em
comunidades ribeirinhas previamente selecionadas e sensibilizadas.
As comunidades beneficiadas estão localizadas entre os Municípios
de Novo Airão, Iranduba, Careiro, Careiro da Várzea e Manaus,
totalizando 36 (trinta e seis) comunidades, sendo que inicialmente
serão atendidas 23 comunidades dos municípios citados.
O objetivo geral é oportunizar condições às comunidades ribeirinhas
da região metropolitana de Manaus para o desenvolvimento e
gerenciamento do turismo de base comunitária, através da
capacitação de pessoal buscando o desenvolvimento da prática
empreendedora nas comunidades.
E os objetivos específicos são:
• Sensibilizar as comunidades para a exploração consciente da
atividade turística;
• Diagnosticar as condições socioeconômicas e turísticas das
comunidades;
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PROPOSTAS APRESENTADAS
• Proporcionar cursos de capacitação específicos e correlatos à área
e atividades de formação complementar para jovens e adultos;
• Disseminar a importância do uso sustentável dos recursos
naturais;
• Promover autonomia para exploração consciente da atividade
turística no local;
• Assegurar a criação de emprego e renda na localidade;
• Contribuir para melhoria da qualidade de vida dos ribeirinhos.
SDR-EM-05
Programa de Ecoindustrialismo do Coração Florestal
Leonardo de Queiroz Braga Cavalcante
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Fortaleza, CE
O Programa de Ecoindustrialismo do Coração Florestal (PECF) é uma
iniciativa não governamental, sem fins lucrativos, elaborada para ser
o suporte ao desenvolvimento de simbioses industriais no centro da
Floresta Amazônica. O escopo do PECF está alinhado com conceitos
e princípios da área de Ecologia Industrial e com a estratégia do
MacroZEE da Amazônia Legal para o coração florestal. Por meio do
estabelecimento de simbioses industriais, o PECF fomentará a
criação de uma rede sustentável de cidades dinâmicas. Esta rede
constituirá um sistema de otimização regional capaz de gerar
benefícios privados para as empresas, ao mesmo tempo que cria
externalidades positivas para a comunidade local e o meio
ambiente. Com base em uma tecnologia exclusiva de gestão de
ecoindustrialismo, a implementação deste programa envolverá
cinco processos básicos: (i) desenvolvimento de estratégia de
ecoindustrialismo; (ii) gestão de alinhamento; (iii) gestão de simbiose
industrial; (iv) gestão de responsabilidade e (v) gestão de adaptação
do sistema. Ao longo da sua implantação, o PECF acelerará, no
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coração florestal, a transição de uma economia linear para uma
economia circular.
De acordo com o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da
Amazônia Legal (2010), o coração florestal possui recursos e serviços
ambientais que, diante do aumento da instabilidade em toda a
economia mundial e da degradação de dois terços dos serviços dos
ecossistemas em todo o mundo (Millenium Ecosystem Assessment,
2005), despertam interesses estrangeiros, tanto de natureza política
quanto econômica. Portanto, neste contexto, a defesa do coração
florestal passa a ser uma ação estratégica necessária para garantir a
soberania brasileira sobre a Amazônia. Contrário ao projeto
conservacionista, o MacroZEE da Amazônia Legal (2010) assevera
que este processo de defesa depende diretamente da introdução de
atividades produtivas no coração florestal com base em técnicas e
práticas que não destruam a natureza e incorporem e atualizem o
conhecimento tradicional da população local. Estas atividades
produtivas devem também articular uma rede de cidades que, a
partir de iniciativas inovadoras, possam reverter o uso predatório
dos recursos naturais.
Estes indicativos estratégicos centrais do MacroZEE da Amazônia
Legal (2010) para ocupação e uso do território do coração florestal
podem ser concretizados ao implantar simbioses industriais na
região. Os estudos efetuados por Baas & Boons (2004), Doménech &
Davies (2010), Yuan et al. (2010), Atitude (2011), Boons, Spekkink &
Mouzakitis (2011), Sakr, El-Haggar & Huisingh (2011), Behera et al.
(2012), Chertow & Ehrenfeld (2012), Ferrer, Cortezia & Neumann
(2012), Paquin & Howard-Grenville (2012) demonstram que o
estabelecimento de simbioses industriais é o principal fator para a
criação de uma rede regional sustentável capaz de gerar beneficios
privados para as empresas (redução de custo, aumento de receita ou
expansão de negocios), ao mesmo tempo que cria externalidades
positivas para a sociedade e o meio ambiente. Este modelo de rede
proposto pela área de Ecologia Industrial (ISIE, 2012) poderia
constituir o cordão de blindagem flexível contra a destruição da
cobertura florestal e demais usos predatórios dos recursos naturais
recomendado pelo MacroZEE da Amazônia Legal (2010).
Por esta razão, empresas, ONGs e órgãos governamentais que
buscam articular as cidades do território-zona do coração florestal
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PROPOSTAS APRESENTADAS
com seus ecossistemas circundantes, como centros de cadeias
produtivas, de pesquisas e de indústrias devem fomentar o processo
de ecodesenvolvimento industrial na região. Conforme CohenRosenthal (2003), o resultado deste mecanismo de desenvolvimento
econômico baseado em simbioses industriais é a criação de relações
ganha-ganha entre as organizações e as comunidades locais, e a
melhoria dos desempenhos econômicos, sociais e ambientais de
uma região. Desta maneira, o ecodesenvolvimento industrial
contribuirá para a redução da pobreza, a melhoria do bem-estar e a
proteção do meio ambiente (Cohen-Rosenthal, 2003).
Tendo em vista que a estratégia de defesa do coração florestal,
apontada pelo MacroZEE da Amazônia Legal (2010), pode ser
operacionalizada pela execução de simbioses industriais, foi
elaborado o Programa de Ecoindustrialismo do Coração Florestal.
O PECF tem o propósito de ser o suporte de empresas, ONGs e
órgãos governamentais da região na construção de uma rede
regional sustentável baseada nos conceitos e princípios da área de
Ecologia Industrial. O processo de formação desta rede ecoindustrial, por meio do PECF, acelerá, no coração florestal, a transição
de uma economia linear ou de fronteira para uma economia
circular. Para que empresas, ONGs e órgãos governamentais da
região alcancem este resultado, o Programa de Ecoindustrialismo do
Coração Florestal deve cumprir os seguintes objetivos.
O objetivo geral é fomentar o desenvolvimento de simbioses
industriais no coração florestal para criar uma rede regional
sustentável que gere beneficios privados para as empresas,
externalidades positivas para a comunidade local e o meio
ambiente, e articule cidades com a floresta para formar o cordão de
blindagem flexível contra a destruição da cobertura florestal e
demais usos predatórios dos recursos naturais.
E os objetivos especificos são:
a)executar pesquisa & desenvolvimento de simbioses industriais
(P&DSI) no território-zona do coração florestal para redução de
custo, aumento de receita ou expansão de negocios e geração de
externalidades positivas para a comunidade local e o meio
ambiente. Este processo consiste na especificação de
oportunidades de simbioses industriais que abrange, além das
questões técnicas, a definição de organizações participantes e os
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facilitadores de SI, tais como parceiros, estrutura legal & política,
capital humano e tecnológico e suporte financeiro.
b)alinhar empresas, ONGs, órgãos governamentais, sindicatos,
universidades e centros de pesquisa do território-zona do
coração florestal com o PECF. Este processo buscará integrar estas
organizações com as oportunidades de simbioses industrias
identificadas. Em termos operacionais, depois de atrair novos
participantes para o PECF com a promessa de redução de custos,
aumento de renda, expansão do negócio ou externalidades
positivas, os gestores do programa alinharao as organizações
participantes por meio de um processo de comunicação formal.
Além disso, o grupo de coordenação do programa fornecerá
serviços de apoio, tais como treinamento, consultoria e serviços
de TI para auxiliar na implantação de simbioses industriais na
região;
c)traduzir as oportunidades de simbioses industriais em operações.
Este processo consiste na criação de uma estrutura que promova
simbioses industriais de modo que facilite o alcance das
oportunidades identificadas. Esta estrutura fomentada pelo PECF
incluirá leis, políticas públicas, infraestrutura, suporte financeiro,
tecnologia verde e processos de compartilha de conhecimento
especializado. Sob este contexto estrutural, as organizações
participantes do PECF serão as responsáveis pelo planejamento e
execução das simbioses industriais. Elas desenvolverão e
planejarão estratégias, alinharão seus funcionários, planejarão
operações, avaliarão a execução das SIs e adaptarão a estratégia
oportunamente. Pretende-se que suas simbioses industriais
possam ir além da reutilização de subprodutos e resíduos,
abrangendo simbioses financeiras, de canais de distribuição, de
processos e de conhecimentos;
d)monitorar a execução de simbioses industriais ao longo do
tempo. Durante este processo, a equipe do PECF supervisionará,
por meio de indicadores, o planejamento e a implementação de
simbioses industriais executados pelas empresas para identificar
os problemas, as barreiras e os desafios do ecodesenvolvimento
industrial no coração florestal;
e)adaptar a rede regional sustentável. A equipe do PECF utilizará
dados internos sobre as operações de SI e novos dados externos
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PROPOSTAS APRESENTADAS
sobre o meio ambiente, as comunidades locais e o mercado para
adaptar a estratégia de ecodesenvolvimento industrial adotada
no coração florestal. Por conseguinte, haverá o lançamento de um
novo ciclo de ecodesenvolvimento industrial com base em
resultados.
SDR-EM-06
Reciclagem de lixo derivado de papel e papelão, no
município de Santa Isabel do Pará: em busca de uma
sociedade mais consciente
Letícia Matsumura Lima
M. A. G. Pinto Cartonagem
Santa Isabel, PA
Este projeto social tem por objetivo a implantação da coleta seletiva
derivada do papel e papelão no município de Santa Isabel do Pará.
Tal iniciativa surgiu do notório desperdício detectado nesta região, o
que afeta diretamente a qualidade de vida da população, pois
advém disso, também, a questão da precariedade no saneamento
básico, aumento da proliferação de doenças, aumento da poluição
visual, dentre outros. A dificuldade encontrada na implantação da
coleta seletiva está diretamente ligada à conscientização
populacional, por não haver uma mobilização eficiente, e a falta de
um espaço próprio para receber os resíduos, uma vez que tais
resíduos, lixos, são despejados em aterros e lixões a céu aberto. Este
projeto foi elaborado de forma articulada com diversas instituições
do governo, em especial a Secretaria do Meio Ambiente de Santa
Isabel do Pará (Semma), que dará suporte na questão da orientação
e reeducação ambiental, visando resolver um grave problema social,
ambiental e econômico vivenciado por aproximadamente 59.466
mil habitantes de Santa Isabel do Pará, sendo este problema de
âmbito nacional. Pretende-se que este projeto sirva de modelo para
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o município, demonstrando consciência e preocupação com o meio
ambiente, justificando, dessa forma, a relevância desta proposta, em
função de sua viabilidade econômica, social e ambiental, associado
ao fato de que a reciclagem constitui prioridade do Governo Federal,
no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos, tendo como
prioridade também a proteção da saúde pública e da qualidade do
meio ambiente, educação ambiental, cooperação técnica e
financeira entre os setores público e privado para o
desenvolvimento de pesquisas e de novos produtos, infraestrutura
física e equipamentos para as organizações produtivas de catadores
de materiais recicláveis formadas exclusivamente por pessoas físicas
de baixa renda, reconhecida como tal pelo poder público, entre
outros, fatores esses que estão diretamente vinculados a proposta
deste projeto. Desta forma, objetiva-se desenvolver um processo de
reciclagem de papel e papelão, que nada mais é do que o
reaproveitamento do papel não funcional para produzir papel
reciclado, envolvendo a população, empresas, associações,
juntamente com cooperativas de catadores de papel, onde o
funcionamento do processo consiste em coletar, classificar, enfardar
e comercializar para as indústrias recicladoras, possibilitando o
grande interesse pelo processo de reciclagem de papel, e este
processo necessita da implantação de sistemas para a coleta seletiva
de lixo, sendo uma das soluções para a administração do problema
da destinação dos resíduos sólidos urbanos; contribuindo com o
meio ambiente de forma sistêmica e atuante; preservando os
recursos naturais; aumentando a vida dos aterros; aumento do
turismo; maior qualidade de vida; diminuição de doenças; redução
dos custos de produção do papel e além de gerar renda para toda a
cadeia de reciclagem, beneficiando assim, a população, o município,
e o Estado.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
SDR-EM-07
Projeto para aquisição de máquinas
e equipamentos para a Cooperativa dos Amigos,
Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos
de Roraima (Unirenda)
Lissandra Martha dos Santos Silva
Federação das Indústrias do Estado de Roraima (FIER)
Boa Vista, RR
O Projeto para aquisição de máquinas e equipamentos para a
Cooperativa dos Amigos, Catadores e Recicladores de Resíduos
Sólidos de Roraima (Unirenda), tem a proposta de promover a
inclusão produtiva urbana, colaborando com o fortalecimento da
participação do catador na coleta seletiva e nas cadeias de
reciclagem. A compra dos equipamentos, para montar uma usina de
reciclagem do PET, vai agilizar, significativamente, a forma de coleta,
triagem e estocagem dos resíduos sólidos. Esta ação visa promover
a inclusão dos catadores na economia de mercado e atrair para o
trabalho legal os catadores que estão trabalhando ilegalmente e em
condições precárias no aterro sanitário, além de possibilitar a
valorização dos produtos recicláveis, gerando maior valor de venda
dos resíduos, e consequentemente, ampliar o quadro de cooperados
em virtude do aumento da produtividade e da renda de cada
trabalhador. Em suma, o projeto visa proporcionar o processamento
do resíduo com rapidez, evitando deixá-lo exposto mais tempo que
o necessário; apoiar a capacitação e treinamento para os catadores;
contribuir com o controle efetivo do resíduo com objetivo de
cooperar com o planejamento municipal; e abrir novas
oportunidades de trabalho com geração de renda, promovendo a
inclusão sustentável dos catadores no mercado de trabalho.
Os principais objetivos são adquirir equipamentos e maquinário
para operacionalizar um sistema de coleta seletiva para prestação
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de serviços de seleção dos resíduos sólidos da cidade de Boa Vista,
com o caráter social de abrir frente de trabalho para 160
trabalhadores;
Melhoria da renda dos catadores;
Aumentar o número de cooperados e de postos de trabalho gerados
a partir do beneficiamento e revalorização dos produtos;
Obter maior quantidade e qualidade dos resíduos processado.
SDR-EM-08
Abatedouro de pequeno porte de carne bovina e
integração lavoura-pecuária-floresta em
assentamentos
Maurício Munhoz Ferraz
Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM)
Cuiabá, MT
A proposta do projeto é implantar um abatedouro de pequeno
porte, a ser gerido por uma cooperativa, e, ao mesmo tempo,
instaurar o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em
assentamentos da região amazônica, a começar pelo Vale do
Seringal, localizado no município de Castanheira, Mato Grosso.
O objetivo é, por meio dessas duas atividades, tornar os
assentamentos e a bovinocultura sustentáveis, com viabilidade
econômica e sem pressão sobre a floresta amazônica.
Por meio da agregação de valor, da diversificação produtiva e do
cooperativismo, o projeto promove qualidade e competitividade aos
produtos e garante relações comerciais favoráveis aos agricultores
familiares, gerando renda e qualidade de vida nos assentamentos.
Além disso, o uso racional dos recursos naturais e a incorporação da
floresta à atividade produtiva aumentam a rentabilidade da
produção, aliando sustentabilidade econômica e ambiental.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Apesar de a pecuária ser considerada uma das atividades mais
prejudiciais ao bioma amazônico, devido à emissão de metano na
atmosfera e às queimadas e desmatamentos realizados para
abertura de pastagens, a atividade faz parte da realidade dos
assentamentos, sem sinais de que venha a acabar. Isso porque o
gado de corte permanece nos assentamentos mesmo consistindo
em uma fonte de renda frágil e de longo prazo, sem incentivos à sua
cadeia produtiva.
Diante dessa perspectiva, e considerando que a pecuária é a
principal fonte de receita de muitos municípios da Amazônia, é
preciso tornar a atividade sustentável, sem incentivar o aumento da
produção, mas apenas agregando valor e assegurando a
comercialização da carne bovina, que, na agricultura familiar, já
apresenta uma produção limitada.
Para tanto, o projeto propõe a instalação de um abatedouro, com
capacidade de abate de até 10 cabeças por dia, no Vale do Seringal,
assentamento federal que tem 16 anos e conta com cerca de 750
famílias, para, além de agregar valor e proporcionar qualidade aos
produtos e viabilidade econômica ao assentamento, combater o
abate clandestino e a dependência dos produtores e consumidores
em relação aos grandes frigoríficos.
Para isso, foi desenvolvido, exclusivamente para o projeto um
abatedouro de pequeno porte que representa investimentos
bastante inferiores, em relação aos grandes frigoríficos. Por meio de
plantas inovadoras, que transferem a tecnologia das agroindústrias
de grande porte às edificações menores, nenhuma fase do processo
de transformação e beneficiamento é prejudicada, e todos os
subprodutos podem ser aproveitados. A planta do abatedouro
proposto foi elaborada de acordo com as exigências dos órgãos
certificadores, propiciando a imediata aprovação, e viabilizando a
fabricação de produtos com segurança e qualidade e sua
comercialização no mercado municipal.
Ao lado da industrialização, tornar sustentável o uso da terra é
fundamental, dando lugar a um novo modelo de exploração da
pecuária na Amazônia, gerando lucro com o menor impacto
ambiental. A integração da pecuária com a floresta proporciona
benefícios socioeconômicos e ambientais às propriedades,
melhorando a qualidade do solo, reduzindo a erosão, pragas,
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aumentando a produtividade animal e vegetal, e as fontes de renda
pela diversificação das atividades.
Dessa forma, o projeto propõe a integração da pecuária com o
cultivo de eucalipto, o principal componente da silvicultura de
florestas plantadas no Brasil, com as vantagens do seu rápido
crescimento, capacidade de adaptação a diversos ecossistemas e
utilização diversificada de sua madeira. Nos primeiros três anos, em
que as árvores crescem o suficiente para que possam partilhar a
mesma área com o gado, é possível cultivar, juntamente com as
mudas, diversas lavouras, proporcionando novas fontes de renda ao
produtor e mais qualidade ao solo, até que a madeira do eucalipto
também possa ser comercializada.
Nesse sistema, as florestas e matas ciliares são preservadas e as áreas
degradadas recuperadas, fazendo também com que o gado
desenvolva-se mais saudável, mais bem alimentado e sem estresse,
possibilitando resultados positivos em áreas reduzidas e a custos
menores, sendo uma alternativa viável para pequenas propriedades.
O objetivo geral é desenvolver um sistema agrossilvipastoril de
integração entre lavoura, pecuária e eucalipto, e implantar a
tecnologia inovadora de um abatedouro de pequeno porte em
assentamentos como o Vale do Seringal, localizado no município de
Castanheira, na região norte de Mato Grosso e pertencente ao
bioma amazônico, para conferir sustentabilidade ao assentamento e
à pecuária, por meio da garantia de equilíbrio ecológico, segurança
alimentar, geração de renda e inclusão social.
Os objetivos específicos são:
• Contribuir para a extinção do abate clandestino e da
dependência dos pecuaristas em relação aos grandes frigoríficos
que dominam o mercado da carne;
• Promover práticas sustentáveis nos assentamentos, aliando o
desenvolvimento produtivo à proteção e recuperação ambientais;
• Estimular o associativismo e a organização produtiva nos
assentamentos, como meio de garantir investimentos e relações
comerciais mais viáveis e justas;
• Possibilitar a agregação de valor aos produtos dos pequenos
produtores dos assentamentos, aliada ao incentivo à
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PROPOSTAS APRESENTADAS
diversificação produtiva, conferindo maior competitividade e
rentabilidade a esses produtos;
• Promover qualidade de vida nos assentamentos, substituindo a
precariedade técnica, produtiva e sanitária pela viabilidade
econômica, com aumento do poder aquisitivo, e inclusão social.
SDR-EM-09
Design Tropical da Amazônia: Uma alternativa de
renda para as comunidades e artesões do Amazonas,
através do reaproveitamento dos recursos naturais
da Amazônia
Robervando Pinheiro Gonçalves
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnologica
(Fucapi)
Manaus, AM
Idealizado pela Suframa, em 1999, e executado pela Fundação
Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUPICA) com
apoio do Banco da Amazônia, Programa Cooperazione Italiana e
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), através do Núcleo de
Design e Meio Ambiente, o Projeto Design Tropical da Amazônia
funciona como canal de expressão da criatividade de designers,
técnicos e artesãos, através da confecção de peças com matériaprima regional proveniente do reaproveitamento de resíduos
florestais: madeiras, frutos e sementes, mantendo um alto padrão de
qualidade, incentivando o talento do homem amazônico, visando
construir um caminho alternativo de fonte de renda e
desenvolvimento para a Amazônia, evitado a degradação do meio
ambiente.
As tecnologias utilizadas no projeto, agregadas ao design geraram
uma estratégia de inovação dos produtos e processos, promovendo
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
a valorização da arte e cultura indígena, cabocla e resgatando
habilidades artesanais tradicionais na fabricação de seus produtos.
E ainda, configura como alternativa econômica sustentável para a
região amazônica, promovendo preservação ambiental pelo uso
responsável dos recursos da floresta na produção de peças com
maior valor agregado, formação e capacitação de técnicos e
artesãos, incremento na renda de famílias beneficiadas direta ou
indiretamente pela proposta e desenvolvendo uma nova estética
amazônica.
Os principais objetivos são:
– valorização da arte e cultura indígena e cabocla;
– utilização de madeiras não convencionais e não comerciais;
– resgate e valorização de técnicas e habilidades artesanais
tradicionais;
– confecção de produtos de qualidade superior;
SDR-EM-10
NUMERAÇÃO ANULADA
SDR-EM-11
EMPRESA COSMÉTICOS DA AMAZÔNIA
Shampoo Esperança
Cosméticos da Amazônia Ocidental
Rio Branco, AC
A ideia de implantar uma indústria de cosmético inserida em uma
comunidade formada essencialmente por uma população
denominada “Povos da Amazônia” num primeiro momento nos
pareceu totalmente absurda. A produção inicial existente, feita pelas
pessoas da comunidade utilizando conhecimentos rudimentares,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
quase indígenas, era totalmente artesanal e inadequada. Tivemos
então que simultaneamente ir fazendo adequações utilizando os
recursos oriundos da comercialização dos produtos para atender a
legislação pertinente a Agencia de Vigilância Sanitária.
As dificuldades pareciam intransponíveis tais como: mão de obra
totalmente despreparada e necessitando desta forma de completo
treinamento para desta forma desenvolver atividades produtivas em
uma indústria que exige muita qualificação profissional. Outra
dificuldade se refere à logística, pois devido ao isolamento os
abastecimentos de matéria prima e dos produtos para venda tinham
que ser feitos através de via área (na época), pois o município de
Tarauacá esta localizado a 420 km de distancia da capital do Estado,
Rio Branco. Nem mesmo a água disponível na comunidade
apresentava a potabilidade exigida para produção do cosmético,
exigindo inclusive a instalação de equipamentos para desmineralizar
a água disponível, pois a água da região, mesmo tratada pelo serviço
de abastecimento publico é inadequada para a produção de
cosméticos.
Devido todos os problemas existentes tivemos então que num
primeiro momento implantar um programa de treinamento na mão
de obra local, este programa foi desenvolvido em duas etapas:
• A primeira etapa consistiu no treinamento para produção
orgânica de um conjunto de ervas nativa através da construção
de “canteiros” com a utilização dos conhecimentos agronômicos
necessários transmitidos por técnicos habilitados. Estes
conhecimentos consistiam basicamente da aplicação das técnicas
de produção orgânica e fitossanitárias, também nas técnicas de
exploração de espécies nativas sem agredi-las em seus habitats,
ou seja, preservando a floresta. A produção das ervas e outros
extraídos da floresta, entregues na indústria com o tratamento
adequado para preservação no que tange a armazenagem e
transporte, são procedimentos que foram alvos de intenso
treinamento, onde o próprio químico da empresa Dr. Alexandre
de Sousa Silveira, forneceu o treinamento necessário.
O tratamento sanitário desde a produção primaria até a recepção
na indústria é fundamental para a garantia da segurança e
qualidade do produto. Desta forma tivemos que desenvolver um
árduo trabalho no treinamento da mão de obra local que
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
infelizmente não possuía conhecimentos básicos de higiene e
limpeza.
• A segunda etapa consistiu no treinamento da mão de obra
empregada na unidade fabril. A mão de obra empregada na
fabricação de cosmético exige um treinamento bastante
complexo, mesmo nos grandes centros esse tipo de mão de obra
não e fácil de recrutar. Depois de efetuarmos as reciclagens
necessárias conseguimos selecionar um pequeno grupo de
funcionários para desenvolver as atividades da produção
industrial dos produtos em nossa unidade fabril. Tivemos
também que induzir os trabalhadores inseridos no projeto a
frequentarem os cursos curriculares oferecidos pelo sistema
público de educação, para tanto exigimos a frequência nos cursos
para que todos tivessem até o ensino médio completo, isto
também, na medida do possível, para as pessoas inseridas na
atividade primária do campo.
A maior dificuldade que enfrentamos para manter uma indústria de
cosmético implantada no meio da floresta Amazônica é a inserção
da mão de obra local em uma atividade que exige acima de tudo
disciplina nas múltiplas atividades inerentes a produção, mesmo
assim estamos conseguindo de maneira progressiva nosso intento.
Atualmente, todas as ervas nativas utilizadas na indústria são
compradas ao preço de R$ 10,00/kg com pagamento a vista na
entrega. Estes recursos são utilizados pela comunidade como renda
extra. Todos envolvidos na atividade industrial possuem registro em
carteira. Também fazemos uma transferência mensal no valor de
R$10.000,00 a titulo de arrendamento da unidade fabril. Estes
recursos, aparentemente pequenos, tem um efeito multiplicador
muito importante na comunidade e tem mantido a autoestima de
todas as pessoas simples envolvidas no projeto. É emocionante
observar o orgulho daquela comunidade ao verem seus produtos
serem consumidos por pessoas que vivem em grandes centros e
que elogiam a qualidade dos produtos.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
4.7 Categoria Suporte ao Desenvolvimento
Regional - Educacional
SDR-ED-01
PROMOÇÃO DA SAÚDE ENTRE ALUNOS DO 6° AO 9° ANO
FUNDAMENTAL NO COLÉGIO ESTADUAL PADRE AGOSTINHO
MARTINS: UMA ESTRATÉGIA TRANSVERSAL NO PROCESSO DE
ENVELHECIMENTO ATIVO
Alberto Luiz Rodrigues França
Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Manaus, AM
Este projeto visa abrir uma porta para mudança de mentalidade e
atitude dentro da comunidade do bairro de São Francisco, zona sul,
para conscientização e promoção da saúde e do envelhecimento
ativo, visando o combate aos maus tratos, da desnutrição, o
desemprego e subemprego, a violência urbana e familiar, a falta de
saneamento no bairro e nas casas, habitação inadequados, as
dificuldades de acesso à educação, a urbanização desordenada, a
qualidade do ar e da agua poluída.
Desta forma estimulando uma visão mais holística sobre o habito
saudável no processo de envelhecimento ativo, nestes pre
adolescentes, visando um futuro mais apropriado a geração dos
novos idosos que surgirão deles próprios. Com conscientizações de
ações mais responsáveis com a vida e o meio ambiente natural e
social.
Com isso, diminuindo a violência domestica dentro da comunidade,
aumentando a interatividade entre os jovens e os idosos, a inserção
do idoso nas decisões comunitárias, melhorando a qualidade deste
idoso e da vida em família, promovendo a autoestima dos
participantes da sociedade local.
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O objetivo geral é promover a mudança de atitude no pensar e agir
do aluno pré-adolescente do 6º ao 9º ano, a cerca do
envelhecimento ativo na realidade que se apresenta em seu meio
social e familiar.
Os objetivos específicos são: explicar ao pré-adolescente a
importância de se envelhecer com saúde.
Estimular a participação do jovem no processo de envelhecimento
ativo dentro da comunidade.
Conscientizar quanto à importância do idoso no seio familiar e na
estrutura social.
SDR-ED-02
Centro de Informação Integrada para o
Fortalecimento da ALC e ZPE no Município de Boa VistaRR e Bonfim-RR
Ana Zuleide Barroso da Silva
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Boa Vista, RR
O Projeto tende a se tornar uma grande referência para consultas
uma vez que irá mapear e compartilhar conhecimentos relativos a
projetos, ações, iniciativas, eventos, recursos, políticas públicas e
pesquisas no âmbito da Área de Livre Comercio (ALC) e Zona de
Processamento de Exportação (ZPE) de Boa Vista-RR e de BonfimRR. Tal realização será alcançada por meio de um Portal via internet,
que será conduzido por um núcleo de inteligência formado por uma
equipe de alunos e professores da Universidade Federal de Roraima
(UFRR) devidamente qualificada, sendo esta equipe responsável por
monitorar, coletar, analisar e disseminar os conhecimentos relativos
à ALC e ZPE de Boa Vista-RR. O público alvo será composto pelas
empresas devidamente cadastradas na Superintendência da Zona
Fraca de Manaus-Suframa ou empresas que desejem se cadastrar,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
com o fim de usufruir dos benefícios disponibilizados pela ALC e ZPE
de Boa Vista-RR, assim como articuladores e atores envolvidos na
elaboração e condução destes projetos e iniciativas, incluindo
governos, instituições, universidades, escolas, empresas, terceiro
setor, imprensa e fundamentalmente a própria sociedade.
Os principais objetivos são:
• Sistematizar informações sobre ALC e ZPE de Boa Vista-RR e
temas relacionados a serem disponibilizados por meio de
Cartilhas e CD.
• Implantar um núcleo de inteligência (equipe de especialistas)
cuja função é alimentar a base de informações e conhecimentos,
monitorar, coletar e analisar os dados e informações pertinentes
aos temas citados, articular e fomentar as redes de atores e
articuladores, inclusive por meio de parcerias, comunicando pelo
portal as informações, os conhecimentos e as experiências
adquiridas.
• Criar um Portal via Internet para compartilhamento de
conhecimentos e experiências, capacitação, articulação com
parceiros e atores locais, e divulgação dos resultados para a
sociedade.
SDR-ED-03
Sistema de Crowdsourcing para Educação e
Preservação Ambiental na Região Metropolitana de
Manaus
Carlos Maurício Seródio Figueiredo
Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnologica
(Fucapi)
Manaus, AM
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O Brasil é um dos maiores representantes mundiais em riqueza de
biodiversidade, onde se estima que exista uma de cada cinco
espécies em todo mundo (Lewinsohn, 2000). Isso se deve,
basicamente, à sua vasta extensão territorial e sua diversidade de
clima e ambientes. Em uma época de conscientização sobre os
efeitos da ação do homem sobre o ambiente, com a extinção de
espécies, o desmatamento acelerado e o aquecimento global,
vemos a real necessidade de conhecer e monitorar toda essa
diversidade, seja por parte de grupos de pesquisa e empresas de
base tecnológica, por organizações não-governamentais ou por
entidades do governo (John, 2002). Complementarmente, sugere-se
que haja um real impacto econômico na sociedade dessas questões
de preservação ambiental (Balmford, 2002).
Particularmente, a Amazônia desperta especial interesse da
sociedade (Souza, 2006). A biodiversidade dessa região, além de
única, concentra aproximadamente um milhão de espécies animais
e vegetais. Representando uma vasta extensão de área ainda
inexplorada, a região amazônica constitui uma reserva considerável
de espécies com potencial de alimentação, bem como, para fins
medicinais. De fato, todo esse ecossistema é de importância
estratégica para a sobrevivência do ser humano e, ao mesmo tempo,
extremamente sensível à sua interferência.
Nos últimos 10 anos, Manaus, capital do Amazonas, experimentou
um crescimento urbano acelerado, impactando significativamente
na fauna e flora de seu entorno e nas poucas áreas verdes que
restaram em seu interior. Tal crescimento passa afetar comunidade
próximas, da constituída Região Metropolitana. Esse cenário mostra
a importância em se aplicar metodologias e tecnologias adequadas
para o monitoramento do meio ambiente. Ainda, faz surgir a
necessidade de que sua população também colabore para as
questões de preservação, exigindo de governos e pesquisadores
uma atuação mais consistente na educação ambiental.
Recentemente, as pessoas e, principalmente, os jovens, vivem na era
da telefonia celular e das mídias sociais na Internet. Todos já estamos
habituados a acompanhar as crianças manipulando aparelhos
eletrônicos avançados em um mundo extremamente conectado.
Portanto, novos métodos de educação e conscientização devem
adotar tais tecnologias para que consigam atrair a atenção deste
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PROPOSTAS APRESENTADAS
público. Além disso, as mídias devem ser interativas e colaborativas,
o que explica os fenômenos de mídias sociais como o Google,
Facebook e Wikipedia.
Particularmente, o sistema da Wikipedia (http://pt.wikipedia.org),
uma enciclopédia on-line construída pelos seus próprios usuários,
reforça o conceito de Crowdsourcing (Brabham, 2008), que defininese como “um modelo de produção que utiliza a inteligência e os
conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para
resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas
tecnologias”. Tal abordagem pode ser extremamente útil para o
contexto de educação e conscientização ambiental apresentado.
A ideia é que, estimulados a gerar conteúdos e observar conteúdos
gerados por outras pessoas, usuários de tecnologia possam
aprender mais e colaborar com as causas ambientais. Além disso,
tem-se um sistema
Este projeto propõe o uso da tecnologia móvel dos Smartphones,
outro elemento tecnológico popular para populações de regiões
urbanas, com as mídias sociais da Internet. O objetivo é permitir que
usuários comuns usem seus celulares para gerar dados de
ocorrências da fauna urbana, principalmente, em páginas WEB
colaborativas. Em um sistema de Crowdsourcing, tais dados ficam
disponíveis para consulta e visualização por pesquisadores e pela
própria população. Para isso, propõe-se também o uso de
Frameworks de Mapas, como o Google Maps (maps.google.com),
permitindo uma visualização mais adequada da distribuição das
ocorrências e uma ação social localizada nos pontos de maior
interesse de preservação. Tais informações podem ser bastante
atraentes e completas, aproveitando características de Smartphones
como GPS (localização), foto e textos.
O uso de Crowdsourcing para questões de Educação e Ciência não é
novidade. Nos Estados Unidos, isso vem se popularizando sob o
termo Citizen Science, ou Ciência Cidadã, e pode ser observado em
projetos como o Be Whale Wise (http://www.bewhalewise.org/), da
NOAA - National Oceanic and Atmospheric Administration, onde a
população pode denunciar violações às políticas de preservação das
baleias Orca, na costa estadunidense. O projeto proposto se inspira
nas mesmas questões, mas introduz o uso da tecnologia móvel e o
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contextualiza para uma Zona Urbana com características naturais
peculiares, que é a Região Metropolitana de Manaus.
Objetivos Geral
Projetar, Desenvolver e Implantar um Sistema de Crowdsource
Móvel para o registro colaborativo de ocorrências ambientais na
Região Metropolitana de Manaus.
Os objetivos específicos são:
• estimular a população para a observação da natureza por meio
da tecnologia;
• conscientizar a população para questões de preservação
ambiental;
• prover dados da fauna amazônica no entorno urbano usando
mecanismos das redes sociais;
• promover educação ambiental usando tecnologias móveis e
internet, de uso comum da população, principalmente dos
jovens.
SDR-ED-04
Tutoriais para o Módulo de TICs do PARFOR/Ufopa para
dispositivos convencionais e móveis
Celson Pantoja Lima
Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
Santarém, PA
O problema descrito na Introdução pode ser combatido através da
disponibilização prévia tanto de conteúdos como de atividades
práticas, de modo que, tendo o aluno acesso a estes de forma
antecipada, estará assim mais apto a interagir com o professor, a
poder melhor dirimir suas dúvidas e, consequentemente, aumentar
sua capacidade de aprendizagem.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Dois aspectos são de fundamental importância na concepção da
solução computacional referida no parágrafo anterior: a plataforma
de trabalho e a sua disponibilidade. O primeiro evoca claramente a
necessidade da independência das redes de comunicação,
nomeadamente da Internet, para que o material dos cursos esteja
também disponível e utilizável em dispositivos móveis. O segundo
aspecto, a partir do instanciamento do primeiro, reforça ainda mais
o desenvolvimento de uma solução que maximize o uso os
dispositivos móveis em função da constante disponibilidade por eles
oferecida. Esta solução foca-se no desenvolvimento de tutorais
interativos que possam ser disponibilizados tanto nos ambientes
“clássicos” de aprendizado quanto em ambientes inovadores
desenvolvidos especificamente para os dispositivos móveis.
É de se considerar também o formato dos tutoriais interativos, como
objetos de aprendizagem computacionais (Bettio e Martins, 2012), os
quais podem ajudar o aluno em todas as fases do curso. Por
exemplo, antes do início do curso pode ajudar na fase de preparação
do aluno, durante o curso para ajudá-lo a consolidar o
conhecimento adquirido e, depois do curso, para ajudá-lo a
relembrar o que possa ter sido esquecido.
Com a constante evolução da tecnologia e a consequente
diminuição dos custos de acesso à internet, aliado à aquisição de
dispositivos com grande capacidade computacional (e.g. os
populares netbooks, os smartphones e os tablets) conectados as
redes 3G, observa-se o aumento do número de professores e de
alunos que contam com estes recursos em suas casas e nos seus
bolsos. Sendo assim, o provimento de uma solução computacional
que disponibilize os conteúdos via Web Site institucional e, ao
mesmo tempo, ofereça serviços complementares para os
dispositivos móveis, poderá contribuir fortemente para melhorar a
qualidade dos resultados alcançados no PARFOR através de uma
participação mais ativa dos alunos nas aulas, de forma que o
professor desempenhe melhor seu papel, a fim de cumprir seus
principais objetivos, que são orientar quanto a execução de
atividades e tirar as dúvidas dos alunos.
O Projeto tem como objetivo principal o desenvolvimento de
tutoriais interativos, que poderão ser acessados tanto a partir de
computadores pessoais “clássicos” (e.g. notebooks e desktops) como
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a partir de dispositivos móveis (e.g. smartphones e tablets).
Tais tutoriais suportam as principais atividades da disciplina de TICs,
do Parfor/Ufopa, de forma que o aluno possa ter um instrumento de
apoio de aprendizagem em qualquer fase do curso. Em outras
palavras: (i) antes do início de uma atividade curricular o aluno ter
acesso aos conteúdos da referida atividade e, assim pode
compreender melhor os fatores construtores destes; (ii) durante a
atividade o aluno pode consolidar o conhecimento adquirido; e (iii)
depois do curso o aluno pode relembrar o que possa ter sido
esquecido.
Os objetivos específicos são:
Os tutoriais interativos das atividades selecionadas deverão ser
acompanhados por um conjunto completo elementos de apoio,
envolvendo os possíveis eventos de simulação, e os elementos dos
experimentos práticos, assim como fotos, vídeos, ou qualquer outra
forma de apresentação.
Além dos tutoriais para o módulo de TICs, deverão também ser
disponibilizados guias para uso das ferramentas usadas no
desenvolvimento dos tutoriais criados pelo projeto, permitindo
assim que outros professores possam fazer uso destas tecnologias
em outras atividades curriculares do Parfor.
Todo material produzido deverá ser disponibilizado via Portal Web
no domínio da Ufopa, de forma que qualquer professor, ou aluno,
desta atividade curricular possa ter acesso rápido e facilitado ao
conteúdo ofertado durante a execução do Projeto.
SDR-ED-05
PRATA DA CASA
David do Carmo Ranciaro
Antônomo
Manaus, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Em face da importância do ato de escrever e também do ato de ler o
Projeto Edições Literárias pode ser considerado uma relevante
contribuição à construção do conhecimento. Portanto, é um projeto
cultural de cunho sócio educativo que contribui para a disseminação
de obras literárias e científicas. Incentiva a leitura e a formação de
sujeitos leitores.
O país tem criado mecanismos para a democratização de cesso ao
livro da prática da leitura e da escrita; no entanto, as mudanças nas
práticas leitorais da sociedade brasileira virão não somente em
decorrência de política públicas, mas também do compromisso de
educadores e amantes do livro que propiciem mecanismos de
incentivos eficientes no espaço escolar e outros espaços,
despertando o prazer pela leitura tão importante no âmbito da
sociedade em que vivemos. A prática da leitura é um instrumento de
terminante para o exercício da cidadania e para a participação e
desenvolvimento social. Isso significa que o sujeito leitor tem mais
aceso às informações, aos bens culturais e maior capacidade crítica.
A leitura, a despeito dos estudos e pesquisas realizados dos
movimentos e dos projetos de diferentes instâncias dos esforços
verificados na alteração de algumas práticas pedagógicas ainda é
um objeto de preocupação para todos. Assim, a implantação deste
projeto se converte em um tema prioritário nas políticas públicas de
práticas leitorais, proporcionando à sociedade acesso aos bens
culturais, a otimização do conhecimento e o desenvolvimento do
cidadão como um todo.
Missão
Alcançar a excelência em publicação de livros oportunizando a
viabilização de obras literárias inéditas a autores de baixo poder
aquisitivo.
O objetivo geral é publicar livros de relevância cultural e científica,
possibilitando o fomento à escrita e à leitura como ferramentas de
livre expressão e inclusão social, visando o enriquecimento
curricular do professor escritor.
Os objetivos específicos são:
• promover a publicação de trabalhos de cunho artístico e
científico.
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• valorizar o livro e a sua veiculação, acreditando que a leitura é um
modo privilegiado de conhecimento e aproximação entre
indivíduos e grupos.
• fomentar a leitura na escola e na comunidade, contribuindo para
a formação de cidadãos críticos, sensíveis e éticos.
• subsidiar o trabalho do professor em sala de aula, oportunizando
o contato de alunos/leitores com o autor.
• realizar palestras nas escolas a fim de levar informações e discutir
hábitos, usos, costumes e cultura.
• discutir o papel do texto literário no processo de
desenvolvimento da sensibilidade humana.
• oportunizar oficinas de produção literária nas escolas.
SDR-ED-06
Ação educativa e preventiva contra os acidentes de
trânsito em Porto Velho (RO)
Denise Teodoro Sampaio
Faculdade São Lucas
Porto Velho, RO
De acordo com os resultados do crescimento populacional nos
últimos cinco anos em busca de trabalho nesta região norte do
Brasil, temos como consequência, o aumento das vendas de
automóveis e motocicletas no Estado de Rondônia. Fator este, que
veio a contribuir para o crescente aumento dos índices de acidentes
de trânsito que apontam para um número relevante de lesões e
disfunções musculoesqueléticas, tanto em hospitais quanto em
clínicas de reabilitação.
Sendo assim, justifica-se a necessidade de criar um programa
educativo através de ações preventivas e informativas as pessoas e
aos motoristas condutores no trânsito da cidade de Proto Velho- RO.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Diante disso, a partir desta proposta, faz-se necessário a prevenção e
a promoção de orientação reflexiva e preventiva no trânsito tanto
aos condutores quanto aos passageiros, sobre os riscos que a
violência e a imprudência trazem como consequências, quando não
há educação, cautela e segurança no trânsito.
O objetivo geral é orientar, prevenir e propor ações de medidas
reflexivas e informativas voltadas para as frequentes lesões
musculoesqueléticas e cerebrais, reversíveis ou irreversíveis, em que
as pessoas podem estar predispostas a sofrer quando vítimas de
acidentes de trânsito.
Os objetivos específicos são conscientizar as pessoas sobre os riscos
de acidentes de trânsito.
Propor informações sobre os tipos de lesões musculoesqueléticas e
cerebrais em que as pessoas podem estar predispostas a sofrer
quando vítimas de acidentes de trânsito.
Sensibilizar sobre as consequências que estes acidentes de trânsito
vão gerar tanto para a saúde física, mental e emocional não só
destas vítimas, mas também aos seus familiares.
SDR-ED-07
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares e
Empreendimentos Econômicos Solidários (ITCPES/UFRR):
promovendo a sustentabilidade e a cidadania
Emerson Clayton Arantes
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Boa Vista, RR
Este trabalho tem por objetivo promover o desenvolvimento
regional por meio do processo de formação, assessoramento,
qualificação e mobilização dos empreendimentos solidários a partir
da organização de grupos de mulheres, priorizando o processo de
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organização e inovação de unidades produtivas no município de
Boa Vista, Estado de Roraima. O intuito desta ação visa tornar estes
grupos, beneficiários das políticas públicas que promovam a
geração de trabalho e renda a partir da perspectiva de
desenvolvimento sustentável e solidário. Não obstante, o projeto
objetiva criar alternativas concretas de inclusão sócio-econômicas
das trabalhadoras e trabalhadores, via acesso a formação e
qualificação da sua força de trabalho, com inserção de tecnologia
social. E também nesse contexto desenvolver pesquisas que gerem
conhecimento científico a partir articulação com o saber popular,
numa proposta integradora de participação de: discentes, docentes,
técnicos e a comunidade público alvo desta proposta.
SDR-ED-08
Creche-Escola e Núcleo de Educação Ambiental e
Profissionalizante no Lixão do Aurá, município de
Ananindeua (Pa)
Gisalda Carvalho Filgueiras
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Belém, PA
Este projeto social consiste na construção de uma creche-escola
para atender 200 (duzentas) crianças na faixa etária entre 2 e 6 anos.
Ressalta-se que no horário noturno e aos sábados a creche
funcionará como um núcleo de educação ambiental e
profissionalizante, direcionado a familiares (jovens e adultos) dessas
crianças, num total de 100 pessoas, que se encontram em situação
de risco, buscando qualificá-los, contribuindo, dessa forma, para (re)
inserção dessas pessoas no mercado de trabalho. O local onde o
projeto será implantado, município de Ananindeua, no estado do
Pará é considerado o 2º mais populoso do estado e o terceiro maior
da Amazônia, com estimativa de 471.744 habitantes, abrigando o
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PROPOSTAS APRESENTADAS
lixão do Aurá, local em que é depositado todo lixo da região
metropolitana de Belém. Ressalta-se que quase duas mil toneladas
por dia de resíduos sólidos são despejados nesse lixão a céu aberto,
sem nenhuma estrutura que garanta o gerenciamento de resíduos
sólidos, causando impactos socioambientais devastadores. Estimase que 72 mil pessoas vivem no entorno do lixão do aurá e que mais
de 1.500 famílias tiram o seu sustento como catadores desse lixão.
Um Exemplo típico de ocupação precária do espaço urbano, o Aurá
tornou-se um bairro violento, sem saneamento básico, serviços
precários na área da saúde, educação, segurança pública e
transporte. As crianças que vivem na comunidade Carlos Mariguela
(Lixão do Aurá) estão expostas à criminalidade, exploração sexual e
trabalho infantil, uma vez que muitas são levadas pelos familiares
para catarem lixo, a fim de ajudarem na renda familiar, ou até
mesmo, por não terem aonde deixá-los enquanto trabalham,
expondo-as a resíduos tóxicos e de alta periculosidade à saúde.
Diante deste contexto de exclusão social em que crianças e
adolescentes encontram-se fora da escola, em situação de risco,
insere-se a comunidade Carlos Mariguela, constituída por
aproximadamente 6.000 famílias, sendo 2.000 crianças na faixa
etária entre 2 e 7 anos de idade, oriundas, em sua maioria, de
famílias totalmente desestruturadas (pais dependentes químicos,
presidiários ou desempregados). Diante deste cenário, impõe-se a
necessidade de uma creche-escola na comunidade, com a finalidade
de oferecer educação pré-escolar com atividades psicopedagógicas, lúdicas (brinquedoteca), educação ambiental,
orientações sobre higiene, saúde e uma adequada alimentação.
Com este projeto serão gerados 23 empregos diretos. Além do mais,
100 jovens e adultos receberão qualificação profissional,
aumentando a possibilidade de inserção no mercado de trabalho, e,
ainda, com a creche-escola, as mães das crianças assistidas poderão
trabalhar, contribuindo para o aumento de emprego e renda na
comunidade.
O objetivo geral é implantar uma Creche-Escola sustentável do
maternal ao ensino Fundamental e cursos técnicos
profissionalizantes na Comunidade Carlos Mariguela (Lixão do Aurá),
visando atender uma demanda reprimida por uma educação de
qualidade, proporcionando melhoria de qualidade de vida e bemestar social.
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Os objetivos específicos são:
a)facilitar o acesso de crianças, jovens e adultos à educação;
b)contribuir para reduzir a evasão escolar na comunidade;
c)oferecer cursos profissionalizantes a jovens e adultos,
contribuindo para a sua (re) inserção no mercado de trabalho;
d)contribuir para elevar o nível de conscientização ambiental da
comunidade local;
e)facilitar a inserção da mulher no mercado de trabalho,
contribuindo para elevação da renda familiar.
SDR-ED-09
Inclusão Digital para povos Indígenas do Alto Rio
Negro
Instituto Socioambiental
Telecentro de São Gabriel da Cachoeira
São Gabriel da Cachoeira, AM
A região do Alto e médio rio Negro é habitada a pelo menos 3 mil
anos por um conjunto diversificado de povos Indígenas. Atualmente
22 povos indígenas, que falam idiomas pertencentes a quatro
famílias linguísticas distintas: Aruak, Maku, Tukano e yanomami. Esta
área é drenada pelo curso alto e médio do Rio Negro, que recebe
aguas de inúmeros rios e igarapés, entre os quais se destacam o
Uapés, Içana, Curicuriari, Marié, Padauari, Uneiuxi, Cauaburi, Marauia
e outros que fazem parte da maior bacia de aguas negras do Mundo.
Trata-se de uma região da Amazônia cuja unidade socioambiental –
Uma bacia hidrográfica habitada e manejada tradicionalmente por
um conjunto de povos indígenas articulados entre si, que apresenta
enorme diversidade.
Entretanto o projeto visa atender ao maior numero possível dessas
pessoas que tem uma grande diversidade Cultural que precisa ser
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PROPOSTAS APRESENTADAS
mostrada ao mundo através dessa importante ferramenta chamada
Internet. O Projeto visa implementar o uso das ferramentas da web
entre os povos Indígenas, ha algum tempo já estamos discutindo a
possibilidade de tornar acessível através de programas de tradução
a todos que desejam acessar os blogs e redes sociais escritas em
línguas dos povos aqui do rio Negro, pois isso já conseguimos e foi
uma grande vitória. Porém é preciso mais oficinas de capacitação
para as comunidades locais.
Ensinar durante as séries de oficinas dentro do sistema de formação
como usar as ferramentas da web no desenvolvimento sustentável e
também para divulgar seus produtos culturais via internet para
povos Indígenas de outras regiões, pra fora do Brasil e também para
o mundo.
Os principais objetivos sã:
a)promover a inclusão digital, entre os povos do alto rio negro para
lutar pelos seus direitos e dentro das escolas indígenas.
b)contribuir com a educação escolar da comunidade indígenas. E
também da cidade de SGC no tel. socioambiental, promovendo
acesso de todos aos produtos culturais que disponibilizamos no
Telecentro.
c)promover encontro de culturas num espaço público e
democrático, pois todos têm direito de ir e vir de graça,
valorizando os conhecimentos indígenas e sua interação com os
conhecimentos não indígenas.
SDR-ED-10
Transferência de Conhecimentos e Tecnologias para
Agricultura de Base Familiar, com Apoio da Rede das
Associações das Escolas Famílias do Amapá
Jackson de Araújo dos Santos
Embrapa Amapá
Macapá, AP
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Em decorrência da importância econômica, ambiental e social das
atividades agropecuárias e extrativistas no Estado do Amapá, é
necessária a implementação de ações de transferências tecnológicas
com maior capilaridade, podendo contribuir na ocupação de mão
de obra e geração de renda, reduzindo a distância entre os
conhecimentos científicos e inovações tecnológicas produzidas
pelas instituições de pesquisa, ensino e extensão e sua
transformação em tecnologias efetivamente aplicadas. A presente
experiência visa a formação de agentes multiplicadores de forma
interativa e sistêmica, para difundir e transferir conhecimentos e
tecnologias orientadas para uma produção equilibrada e duradoura
para agricultura de base familiar, integrada à proposta curricular da
pedagogia da alternância, instrumentalizado pelo projeto
profissional do jovem. Essa experiência conta com o apoio da Rede
das Associações das Escolas Famílias do Amapá - RAEFAP e
apresenta potencial de desenvolvimento, por integrar ao processo
os parceiros: família, escola, extensão, pesquisa e a comunidade,
facilitando a inter-relação, apropriação e empoderamento dos atores
sociais. Possibilita também a retroalimentação do sistema com apoio
dos jovens estudantes das escolas famílias e seus pais, que
subsidiados pela Pedagogia da Alternância que possibilita maior
integração na transferência de tecnologias com ênfase na
agricultura familiar, equilíbrio ambiental, social e econômico, através
da práxis pedagógica que alterna períodos no meio
socioprofissional e na escola, constituindo-se em um importante elo
de ligação entre as unidades produtivas e o contexto social.
A experiência alcança 140 comunidades, 500 unidades familiares e
819 alunos.
O objetivo geral é formar agentes multiplicadores, para difundir e
transferir conhecimentos e tecnologias orientadas para uma
produção equilibrada e duradoura da unidade de produção familiar.
Os objetivos específicos são:
• potencializar e integrar à proposta curricular da pedagogia da
alternância, instrumentalizado pelo projeto profissional do jovem;
• integrar educação do campo e produção familiar, para
oportunizar novas estratégias de compreensão e
desenvolvimento dos processos de gestão e produção da
unidade familiar;
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PROPOSTAS APRESENTADAS
• intercambiar de forma interativa e sistêmica a formação de produtores e alunos das Escolas Famílias do Amapá, para atuarem
no processo de transferência, como gentes multiplicadores de
primeira e segunda geração;
• incentivar e proporcionar a produção de mudas frutíferas de
qualidade para agricultura familiar;
• reduzir a prática de uso do fogo na agricultura famíliar e
incentivar a técnica do plantio direto;
• possibilitar alternativas para manejo florestal de especies
arbóreas de várzeas pela agricultura familiar;
• disponibilizar tecnologias adequadas para promover a
diversificação e o aumento de produtividade de culturas
alimentares;
• incentivar a criação de abelha na agricultura familiar;
• estimular o uso de sistema de irrigação para agricultura famuliar;
• possibilitar alternativas sustentáveis para manejo florestal de uso
multíplo.
SDR-ED-11
PROAP: PROGRAMA DE APRENDIZAGEM PRÉ-VESTIBULAR
Jose Ribeiro Secundino Junior
Instituto de Desenvolvimento Interativo (IDI)
Codajás, AM
O Projeto (Proap) Programa de Aprendizagem Pré-Vestibular
inscreve-se no campo das políticas de ações afirmativas
educacionais para a população codajaense no Estado do Amazonas,
mais especificamente no município de Codajás. O projeto pretende
criar um espaço formativo que possibilite o acesso e a permanência
da população às Universidades, visando criar inicialmente, apenas
um núcleo, que desenvolva uma experiência piloto e atenda
estudantes, sem distinção de raça, cor, sexo, sexualidade ou credo,
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que esteja concluindo ou que já tenham concluído o 2º grau e
desejam ingressar nas Universidades. Desenvolvendo um conjunto
articulado de ações educativas com o objetivo de potencializar os
educando e as instituições envolvidas, desenvolvendo pequenos
grupos sistemáticos de melhoria social.
Os principais objetivos são implantar a primeira experiência de Pré
Vestibular e Formação Cidadã em Codajás no Estado do Amazonas,
através da 1ª Filial do Instituto de Desenvolvimento Interativo em
Codajás – IDI/Codajás, visando ser um espaço institucional
catalisador de práticas e discussões sociais e pedagógicas que
possibilitar o acesso e a permanência de alunos nas universidades.
SDR-ED-12
PROJETO DE AÇÃO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO E
SUSTENTÁVEL MUNICIPAL PARA AMAZÔNIA: FORMAÇÃO E
INTERVENÇÃO
Kátia Valéria Pereira Gonzaga
PUC-SP/ILTC-RJ
Rio de Janeiro, RJ
Este projeto tem caráter interdisciplinar pois, visa uma ação
integrada entre as diferentes áreas e frentes de ação pública e da
sociedade civil em geral, de atendimento sócio-econômico à
população de um município brasileiro da Amazônia, de baixo
desenvolvimento local sustentável, que será considerado como
piloto.
O projeto consta de três etapas a serem desenvolvidas em no
mínimo 18 meses.
Partimos do problema da dificuldade desses municípios brasileiros
de baixo índice de desenvolvimento humano local, encontrarem
alternativas de superação bem sucedida e sustentável do mesmo,
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PROPOSTAS APRESENTADAS
mesmo quando encontram parceiros que financiem ações e projetos
para esses fins.
O projeto será desenvolvido junto aos líderes e executores das ações
de atendimento à população do município piloto, que servirão de
multiplicadores em seus espaços de trabalho, e serão préselecionados pelas instituições envolvidas. Para cada setor da
sociedade e área de atuação teremos proporcionalmente
representantes.
O principal objetivo do projeto será a Formação Profissional em
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento de Política de Ação
Integrada, mediada pela tecnologia, através de um sistema
informacional de gestão do conhecimento que possa ser
compartilhado entre as diferentes áreas e frentes de trabalho de
atendimento à população, culminando no Plano de Gestão
Municipal junto à ONGs, Órgãos do Sistema Público (prefeituras,
conselhos etc.) e instituições privadas de atendimento gratuito à
população, buscando socializar com outros municípios com
necessidades semelhantes, a metodologia, as ferramentas de gestão
e relatos do desenvolvimento e resultados do projeto. Os espaços
privilegiados dessa formação serão as escolas do município, que se
transformarão em centros vivos de irradiação de cultura e de
transformação social da cidade. Teremos por principais
interlocutores no processo reflexivo, referenciais tais como Paulo
Freire, Edgar Morin, entre outros. Partiremos da máxima de Marcel
Proust: “Uma verdadeira viagem de descoberta não se resume à
pesquisa de novas terras, mas envolve a construção de um novo
olhar”. E esse novo olhar, sem vícios, sem preconceitos, um olhar
coletivo comprometido com a realidade e sua transformação no
sentido positivo, de melhor atender os munícipes-cidadãos, para
que de fato a cidadania seja uma realidade no município piloto,
garantindo o empoderamento de todos os agentes públicos.
O objetivo geral é desenvolver a autossustentabilidade e inclusão
sócio-econômica, e consequente desenvolvimento humano local e
fortalecimento do município piloto na busca de sua
sustentabilidade, desenvolvendo para isso indicadores de qualidade
para uma gestão pública voltada para o desenvolvimento local
sustentável, ferramentas de gestão, formação continuada de
multiplicadores das e nas instituições participantes, bem como de
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políticas públicas buscando esse desenvolvimento, e, ações de
intervenção.
Os objetivos específicos são:
Constituir equipe de coordenação Geral do Projeto nas diferentes
áreas; Definir indicadores de qualidade para uma gestão pública
voltada para o desenvolvimento local integrado e sustentável nas
diferentes áreas; Desenvolver ferramentas e metodologias para
diagnóstico e intervenção nos problemas que inviabilizam o
desenvolvimento humano sustentável, a partir de um estudo da
realidade local; Definir o município piloto e identificar parceiros para
financiamento das 2ª e 3ªs etapas; Lançar o projeto no município;
Constituir equipe de multiplicadores indicados a partir de um perfil
definido, pelos diferentes segmentos envolvidos; Apoiar o município
piloto oferecendo formação continuada para líderes e executores
(multiplicadores) de ações voltadas para o atendimento à população
nas diferentes áreas, buscando uma gestão estratégica de ação
integrada e voltada para o desenvolvimento local sustentável;
Realizar o estudo da realidade (diagnóstico) com representantes das
diferentes áreas e setores de prestação de serviços à população;
Elaborar Planejamento estratégico de ação municipal integrada às
políticas regionais, estaduais e nacionais; Desenvolver políticas
públicas envolvendo as instituições públicas, sociedade civil e setor
privado de atendimento aos problemas diagnosticados, numa visão
estratégica de ações integradas nas diferentes áreas e frentes de
trabalho, culminando no planejamento estratégico; Auxiliar na
implementação das políticas públicas traduzido no Planejamento
Estratégico municipal, acompanhando-as e avaliando-as ao longo
do processo de desenvolvimento do projeto; Desenvolver
ferramentas para avaliação de processo e impacto de todo o
desenvolvimento do projeto envolvendo todos os
participantes;Buscar parceiros públicos ou privados para investir, se
necessário for, em equipamentos e recursos que favoreçam o
sucesso das ações e integração dos diferentes setores, como um
sistema informacional de gestão do conhecimento que possa ser
compartilhado entre as diferentes áreas e frentes de trabalho de
atendimento à população; bem como na gestão dos recursos
destinados às ações; Sistematizar em documentos todo o processo
de desenvolvimento do projeto, desde a etapa do planejamento até
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PROPOSTAS APRESENTADAS
as avaliações do processo, bem como relatos, metodologias e
ferramentas desenvolvidas a fim de disponibilizar para outros
municípios interessados em implementar o projeto ou parte dele.
SDR-ED-13
PROJETO SÃO LUCAS SOLIDÁRIO
Maria Elisa de Aguiar e Silva
Faculdade São Lucas
Porto Velho, RO
O Projeto São Lucas Solidário surgiu em 2006 com o nome de
Projeto “D” um Abraço: O dia da Responsabilidade Social.
Inicialmente com uma edição por ano. Após a percepção por parte
dos seus idealizadores a proposta de uma edição anual foi
insuficiente face as necessidade e a aceitação das comunidades
atendidas com a proposta, de integrar alunos, professores e
parceiros. O Projeto São Lucas Solidário alçou voos mais altos,
buscou ampliar suas ações e beneficiar uma parcela maior da
comunidade. Ainda na primeira versão do projeto o escopo dos
serviços oferecidos estava voltado a área de prestação de serviços
com a promoção da saúde preventiva e do acesso a cidadania, que
se dava por meio da orientação e atendimentos básicos,
mobilizando alunos de todos os cursos da Faculdade São Lucas.
Em 2008 o projeto, face às enormes demandas comunitárias passou
a ter oito edições por ano, firmando parcerias com empresas de
expressão nacional e juntos proporcionaram serviços com maior e
melhor qualidade, elevando o número de atendimentos em cada
edição. Atualmente o projeto mobiliza em cada uma das oito
edições aproximadamente 100 voluntários entre alunos, professores,
colaboradores e voluntários. A proposta do Projeto São Lucas
Solidário é a de realizar atendimentos de saúde, educação e
cidadania com a atenção especial a mulher, a criança e ao idoso, nas
comunidades do município de Porto Velho e distritos que por
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qualquer maneira estejam em situação de risco social eminente.
Além da importância social que rege o projeto, o mesmo contempla
a atividade educativa, cultural e cientifica agregando dois grandes
pilares da universidade, o ensino e a pesquisa, sendo considerada a
terceira vertente ou o grande elo de integração entre a universidade
e a sociedade. Esse elo contribui para a formação do aluno, com
maior senso de responsabilidade social, para que esse compreenda
sua importância na construção de sociedades mais justas.
Os pressupostos básicos do projeto São Lucas Solidário são
ancorados em preceitos de responsabilidade social, em voluntariado
e solidariedade, como pilares da formação acadêmica. O escopo de
seu objetivo é inserir os alunos em práticas que atendam os
referidos preceitos. Dessa maneira os objetivos específicos visam:
• Promover ações de orientação e atendimento a saúde coletiva e
preventiva a comunidades carentes de Porto Velho;
• Propiciar a oportunidade de acesso fácil a exames e consultas
básicas, primárias e fundamentais à saúde preventiva;
• Formar o acadêmico de acordo com a realidade social na qual
está inserido;
• Estimular a formação acadêmica com senso de Responsabilidade
Social.
• Fomentar a inclusão social através de acesso as cidadania e aos
direitos fundamentais do respeito social;
• Promover mensalmente em comunidades ações de inclusão e
respeito social.
SDR-ED-14
Educação Integral para o Empreendedorismo
Consciente em Assentamentos da Reforma Agrária
no Estado do Pará
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PROPOSTAS APRESENTADAS
Mônica de Nazaré Corrêa Ferreira Nascimento
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Belém, PA
O Projeto Educação Integral para o Empreendedorismo Consciente
em Assentamentos da Reforma Agrária no Estado do Pará é uma
iniciativa educacional inovadora, da Universidade Federal Rural da
Amazônia (UFRA), voltada para a promoção do empreendedorismo
em assentamentos periurbanos de reforma agrária, no estado do
Pará, especificamente na Região Metropolitana de Belém. Como
parte do Programa UFRA na Reforma Agrária: Extensão Universitária
para a Formação Humanística e Cidadã, a proposta reconhece na
reforma agrária um campo especial de atuação profissional, o qual
demanda profissionais de ciências agrárias com formação técnicocientífica distintamente qualificada, sólida formação humanística, e
genuíno compromisso com o desenvolvimento sustentável.
A proposta elege a Teoria Integral, devida ao filósofo norteamericano Ken Wilber, como referencial teórico-metodológico capaz
de orientar um processo educacional que leve em conta,
simultaneamente: (1) as dimensões psicossociais, valorativas e
comportamentais dos indivíduos e das suas culturas; (2) o
reconhecimento das diferenças ligadas ao gênero, à etnia, à faixa
etária e às possíveis condições especiais dos participantes, (3) as
complexidades e interações dos sistemas sociais, econômicos e
ecológicos em que se passam e a que se referem às ações
educativas, e (4) a diversidade de situações em que se encontrem as
comunidades participantes dos processos educacionais, nos
momentos em que estes estiverem acontecendo. A proposta toma
como foco a concepção de empreendimentos econômicos
solidários, para compor os eixos produtivos dos assentamentos
selecionados, como contribuição aos processos de licenciamento
ambiental e enquadramentos nas condições de elegibilidade aos
programas governamentais de alimentação escolar e aquisição de
alimentos da agricultura familiar. As vivências de campo, por parte
dos estudantes e docentes envolvidos nessa proposta, deverão
ainda promover outro princípio da educação integral, aqui proposta:
(5) a transformação do próprio educador. Dentro desse contexto, a
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
implantação deste projeto gerará benefícios às famílias assentadas e
suas associações, por meio de ações de qualificação técnica e
gerencial que apoiam o incremento da produção agroecológica, da
segurança alimentar dessas famílias e de suas receitas monetárias,
via comercialização coletiva de produtos destinados aos mercados
locais e às escolas municipais do entorno do projeto.
O Projeto visa, em síntese: a) apoiar o desenvolvimento da
responsabilidade socioambiental e da solidariedade na concepção
de empreendimentos econômicos sustentáveis em áreas de
assentamentos periurbanos da região metropolitana de Belém, e
b) consolidar a formação humanística dos estudantes de ciências
agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia, fortalecendo
caráter orgânico-institucional da extensão universitária e a formação
de agentes de desenvolvimento com foco na reforma agrária e
agricultura familiar.
Os objetivos específicos são:
a)definir os eixos produtivos dos assentamentos selecionados e
eleger as atividades econômicas mais promissoras;
b)sensibilizar as comunidades e oferecer capacitações nos temas da
economia solidária, empreendedorismo e responsabilidade
socioambiental;
c)nivelar informações quanto às legislações sanitária e ambiental e
às demais condições de participação nos programa
governamentais de alimentação escolar (PNAE) e de aquisição de
alimentos (PAA);
d)desenvolver soluções locais em agroecologia e para a gestão
socioambiental dos empreendimentos propostos;
e)apoiar a concepção e a implantação de planos de compra coletiva
de insumos e venda coletiva da produção;
f ) incrementar as participações dos públicos atendidos, nos
assentamentos, nos eventos acadêmicos e oportunidades
educacionais oferecidas pela Universidade Federal Rural da
Amazônia (UFRA).
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PROPOSTAS APRESENTADAS
SDR-ED-15
O DIREITO AO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE
EQUILIBRADO, COMO DIREITO FUNDAMENTAL DA PESSOA
HUMANA
Nucilvane da Costa Silva
Boa Vista, RR
O tema versa o direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, como direito fundamental da pessoa humana,
abordando a temática “Respeito ao Meio Ambiente”. O presente
trabalho não tem a intenção de esgotar a matéria, mas tão só
contribuir para o estudo do tema, destacando alguns aspectos
importantes que marcam o direito ao meio ambiente.
Atualmente presenciamos uma mudança constante no ambiente em
que vivemos, pois está em contínuo processo evolutivo no sentido
de dar contar dos problemas que industrialização e agora a pósmodernidade estimam. As exigências sociais chegaram a um nível
tão elevado de sofisticação que o ser humano deseja cada vez mais
conquistar o espaço físico, está sempre em busca de novas
tecnologias e uma desenfreada necessidade infinita de consumo.
A cada dia os problemas ambientais são maiores em dimensão e em
números, destacando-se como o mais urgente a escassez de água
potável, sem deixar de mencionar o enorme buraco na camada de
ozônio, a erosão do solo, a extinção de espécies da fauna e flora,
poluição, desmatamento, queimada, além da falta de tratamento
dos resíduos de todas as ordens.
O desenvolvimento tecnológico pode e deve ocorrer sem prejudicar
de forma catastrófica o meio ambiente como vêm ocorrendo,
devido à falta de preocupação e conscientização do homem para
com a sociedade num todo. É preciso proteger o meio ambiente e
assim melhorar a qualidade de vida, pois a conservação e a proteção
constituem um meio de alcançar a sustentabilidade do ser humano.
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A questão do direito ao meio ambiente, não repousa em utilizar seus
recursos até torná-los inesgotáveis causando danos pelo
descumprimento de um dever jurídico, merece reparação e os
custos ambientais nas mais variadas atividades humanas, que
continuam crescendo, apesar do avanço da legislação.
Contudo, sob o aspecto jurídico da Constituição Federal do Brasil
que regulamenta e assegura o direito ao meio ambiente, assim
como a Declaração Universal dos Direitos do Homem, da Carta das
Nações Unidas e a Declaração de Estocolmo, o objetivo pretendido é
interpretar a legislação que aponta sobre a questão ambiental,
baseado em princípios, doutrinas, e em face do direito fundamental
da pessoa humana.
SDR-ED-16
AMBIENTE VIRTUAL PARA CAPACITAÇÃO TÉCNICA – INCLUSÃO
SOCIAL ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Pierre Vilar Dantas
Solvetech Consultoria em Tecnologia
Manaus, AM
São sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao
suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e
comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e
recursos, apresentar informações de maneira organizada,
desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento,
elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados
objetivos. A aplicação individual do aprendizado é feita sem a
presença do professor.
A Universidade do Vale Paraíba, a Universidade Estadual de Ponta
Grossa, A Prefeitura Municipal de Manaus e diversas outras
entidades já utilizam o conceito para capacitar seu pessoal.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
As NR (Normas Regulamentadoras) do MTE – Ministério do Trabalho
e Emprego propõem diretrizes para a implementação de medidas
de controles preventivos, destinados a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores.
São normas de âmbito nacional e que possuem carácter obrigatório
para os profissionais adentrarem e se manterem no mercado de
trabalho, surgindo assim a necessidade e a obrigação de possuir os
cursos para atuação nessas áreas.
O principal objetivo deste projeto é melhorar o nível de
empregabilidade da população, possibilitando o ingresso em cursos
de capacitação técnica através de um ambiente virtual de
Aprendizagem, utilizando o conceito do e-learning.
Este Ambiente possuirá um módulo específico para atendimento a
pessoas de baixa renda que não têm meios necessários para aplicar
em qualificação técnica
SDR-ED-17
Ambiente Virtual Para Capacitação Técnica –
Inclusão Social Através da Educação à Distânci
Rafael Lobato de Mattos e Boulhosa
Cesupa e Rotary Club de Belém-Sul
Belém, PA
São sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao
suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e
comunicação. Permitem integrar múltiplas mídias, linguagens e
recursos, apresentar informações de maneira organizada,
desenvolver interações entre pessoas e objetos de conhecimento,
elaborar e socializar produções tendo em vista atingir determinados
objetivos. A aplicação individual do aprendizado é feita sem a
presença do professor.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
A Universidade do Vale Paraíba, a Universidade Estadual de Ponta
Grossa, A Prefeitura Municipal de Manaus e diversas outras
entidades já utilizam o conceito para capacitar seu pessoal.
As NR (Normas Regulamentadoras) do (MTE) Ministério do Trabalho
e Emprego propõem diretrizes para a implementação de medidas
de controles preventivos, destinados a garantir a segurança e a
saúde dos trabalhadores.
São normas de âmbito nacional e que possuem carácter obrigatório
para os profissionais adentrarem e se manterem no mercado de
trabalho, surgindo assim a necessidade e a obrigação de possuir os
cursos para atuação nessas áreas.
Os valores destes cursos somam R$1.720,00 sem contar despesas
com deslocamento e alimentação. Outro ponto importante é que
estes treinamentos geralmente são ministrados entre as 18h00min e
22h00min, o que causa uma sobrecarga de afazeres.
A proposta é elaborar um ambiente virtual que propicie o estudo
online destes cursos técnicos a custo zero para a população de baixa
renda.
O ambiente será custeado por Mantenedores, que serão as
empresas e Universidades que pagarão para ter acesso ao sistema.
As empresas utilizarão o sistema para capacitar seus colaboradores e
as Universidades o utilizarão para capacitar os recém-formados ou
formandos.
Dessa maneira, será possível proporcionar o acesso a custo zero para
a população de baixa renda.
Os principais objetivos são:
a)melhorar o nível de empregabilidade da população,
possibilitando o ingresso em cursos de capacitação técnica
através de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, utilizando o
conceito do e-learning.
b)este Ambiente possuirá um módulo específico para atendimento
a pessoas de baixa renda que não têm meios necessários para
aplicar em qualificação técnica
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PROPOSTAS APRESENTADAS
SDR-ED-18
Projeto Brasil Norte Sul: Florestas Sustentáveis
Renato Cesar Gonçalves Robert
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Curitiba, PR
Este projeto consiste na realização anual de uma viagem técnica de
estudos que traz uma proposta diferente de todas as já realizadas
pelos Cursos de Engenharia Florestal das Universidades Brasileiras,
pois é a primeira viagem realizada por um grande número de
estudantes de engenharia florestal com a finalidade de conhecer os
métodos, as tecnologias e as pesquisas realizadas na Amazônia e no
estado do Acre sobre Manejo Florestal Sustentável ´´in loco``, através
de visitas e apresentações no pólo moveleiro ( Triunfo e Ouro Verde)
em Rio Branco - Acre, visita na Universidade Federal do Acre - UFAC,
Curso de Manejo Florestal Sustentável na Amazônia realizado na
Floresta Estadual do Antimari –Funtac, visita à empresa de
reflorestamento Floresteca em Mato Grosso, visita ao Seringal
Cachoeira e a Fábrica de Preservativos Natex em Xapuri – Acre, visita
ao Sesc Pantanal em Poconé – Mato Grosso, visita a Universidad
Nacional Amazónica Madre de Dios em Puerto Maldonado no Peru e
visita ao Consolidado Otorongo (Concessão Florestal) em Madre de
Dios no Peru.
A viagem foi realizada no período de 22 de junho a 14 de julho de
2012. A organização do evento está a cargo da Universidade Federal
do Paraná com o apoio da Universidade Federal do Estado do Acre,
Governo do Estado do Acre e Floresteca no Mato Grosso. O número
de participantes foi limitado a 43 vagas devido ao seu caráter
itinerante. Tem como público alvo estudantes de Engenharia
Florestal da Universidade Federal do Paraná, Universidade Federal
Rural do Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade Católica do Paraná e
Universidade do Estado de Santa Catarina cursando o 4º ou 5º ano,
que tenham interesse no tema do curso de extensão que é
vinculado à disciplina Gestão do Abastecimento Florestal, e estejam
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
dispostos a difundir os conhecimentos adquiridos para o restante da
comunidade acadêmica, além de possuírem predisposição para
quando da atuação no futuro como profissionais, apresentem o
caráter empreendedor para atuar na região Amazônica. Dois
profissionais formados pela Universidade Federal do Acre em
Engenharia Florestal e que são atuantes em secretarias do Governo
do Acre participaram da viagem com o intuito de adquirir
conhecimentos ao longo da viagem sobre técnicas aplicadas nas
regiões sul, sudeste e centro oeste que por ventura possam ser
aplicadas no Acre.
Um grande diferencial dessa edição da viagem foi a interação entre
alunos brasileiros com os profissionais da região amazônica, em
especial do Acre e peruanos, além disso a viagem propôs a
participação de um aluno da Universidad Nacional Amazónica de
Madre de Dios – Unamad para realizar o Curso de Manejo Florestal
Sustentável na Amazônia realizado pela Funtac na Floresta Estadual
do Antimary.
No Curso foram abordados os temas de Manejo de Impacto
Reduzido na Amazônia, onde os alunos tiveram aulas práticas e
teóricas sobre Legislação, Inventário, Extração, Abertura de Estradas
e Mapeamento.
Os principais objetivos são apresentar por meio de cursos, visitas e
palestras para futuros profissionais da área de recursos florestais de
outras regiões do Brasil, o potencial e a dinâmica de
desenvolvimento florestal nos estados amazônicos, em especial do
Acre, de Rondônia e da região de Madre de Dios no Peru.
Contribuindo assim com a formação de profissionais que irão atuar
no setor florestal e que estes tenham maior interação com os temas
amazônicos. O projeto propôs também mostrar a profissionais da
UFAC/Governo do Acre as realidades encontradas desde o sul do
país até a chegada ao Acre, difundindo assim a interação dos
mesmos com outras tecnologias e culturas.
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PROPOSTAS APRESENTADAS
SDR-ED-19
GUARDIÕES DO PANTANAL: Um Conceito Sustentável para
o Pantanal baseado em Resultados de Desempenho
Rondenelly Cesar Marques de Arruda
Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas)
Cuiabá, MT
As ações aqui apresentadas são com base nos resultados do
acompanhamento da execução do Projeto “Guardiões do Pantanal”
apoiado pelo Ministério do Turismo em parceria com o Governo do
Estado de Mato Grosso, e nas análises referentes às possibilidades de
inserção das comunidades ribeirinhas em especial aos pescadores
profissionais artesanais, no mercado das iniciativas de Turismo de
Base Comunitária (TBC), como proposta viável a sustentabilidade do
Pantanal de Mato Grosso no território entre os municípios de Santo
Antônio de Leverger e Barão de Melgaço.
O Pantanal mato-grossense com sua localização geográfica é de
particular relevância, uma vez que representa o elo entre o Cerrado,
no Brasil Central, o Chaco, na Bolívia, e a região Amazônica, ao Norte,
identificando-se, aproximadamente, com a bacia do alto Paraguai.
O Projeto Guardiões do Pantanal surgiu como forma de oportunizar
aos pescadores profissionais artesanais de Barão de Melgaço
mediante atividade turística, o aperfeiçoamento profissional;
oferecendo as famílias das comunidades ribeirinhas condições para o
empreendedorismo solidário, preservação do patrimônio histórico
cultural e ambiental, fortalecimento da categoria de pescadores
qualificados para o turismo, uma melhor gestão pública do
município, agregação da mão-de-obra local, gerando oportunidades
de trabalho e renda com inclusão social e consciência ambiental.
E desde então, ações de sensibilização, capacitação, planejamento,
organização e estruturação para o turismo tem acontecido nesta
comunidade.
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PRÊMIOS PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL E BANCO DA AMAZÔNIA DE EMPREENDEDORISMO CONSCIENTE 2012
Dentre as mais importantes está a capacitação de trinta pescadores
para atuarem como condutores de turismo, visando oportunizar
uma nova atividade produtiva que não seja a pesca e tire o pescador
da condição de extrativista para a de preservador ambiental.
O turismo surge na vida destes Guardiões, como parte integrante do
conhecimento ecológico tradicional, visando proteger as belezas
naturais desta região, a riqueza da fauna e da flora em paisagens
exuberantes e das antigas tradições culturais do seu dia-a-dia.
O Projeto Guardiões do Pantanal vislumbra como um dos principais
objetivos, a organização da atividade turística de forma
ecologicamente correta e sustentável, envolvendo as famílias
ribeirinhas e a qualificação profissional dos pescadores locais para a
comercialização do roteiro e recepção dos turistas com uma
conscientização de preservação do meio ambiente. O Plano de
Trabalho estabelece uma meta – “Formatação, promoção e
comercialização de um roteiro de ecoturismo fluvial pesqueiro” e
cinco etapas com ações focadas em formatar um roteiro turístico
com base na identidade e história da região; estruturar e adequar
uma embarcação para a utilização como meio de transporte no
roteiro; realizar a qualificação profissional dos pescadores
pirangueiros; fazer o acompanhamento e monitoramento do projeto
(visitas técnicas ao local) e promover a comercialização do roteiro.
SDR-ED-20
Educação Básica via satélite para as comunidades
rurais no interior do Amazonas
Rossieli Soares da Silva
Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino
(Seduc)
Manaus, AM
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PROPOSTAS APRESENTADAS
A proposta do Projeto é levar a Educação Básica, principalmente às
comunidades de difícil acesso no Estado do Amazonas, onde a Rede
Regular de Ensino não consegue chegar. Trata-se de um
empreendimento inovador na educação básica que utiliza
tecnologia IP multimídia em larga escala numa plataforma baseada
em ferramentas de videoconferência e colaboração. Uma Central de
Produção Educativa para TV, conectada a uma rede satelital
bidirecional, permite interatividade em tempo real dos professores
que ministram as aulas dos estúdios localizados em Manaus com os
alunos e professores presenciais em suas salas de aula, localizadas
(em sua maioria) nas comunidades rurais dos municípios do Estado.
Os principais objetivos são:
Ampliar e diversificar o atendimento escolar por meio das
tecnologias, atendendo demandas reprimidas de alunos
concludentes do ensino fundamental (1ª e 2ª fase), minimizando
migrações causadoras de graves problemas sociais.
Atender, principalmente no interior do Estado e em suas
comunidades de difícil acesso, demandas de alunos com
necessidade de cursar o Ensino Médio e Fundamental em locais cuja
oferta não existe, por parte do poder público, nos municípios do
Estado e respectivas zonas rurais.
SDR-ED-21
Barco-Escola Sumaúma
Teodorio Ferreira Filho
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai)
Manaus, AM
O Departamento Regional do Senai do Amazonas, em cumprimento
à sua Missão, tem por objetivo atender a indústria, por meio da
educação profissional e de prestação de serviços técnicotecnológicos, visando a melhoria do nível de empregabilidade e o
desenvolvimento econômico e social do Estado do Amazonas.
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Devido a dimensão continental do Estado, há dificuldade de acesso
das populações dos municípios distante do centro industrial, aos
serviços de educação profissional.
Considerando que o transporte hidroviário é uma característica
preponderante à locomoção sócio-econômica do Estado do
Amazonas, o Senai-AM, preocupado com as comunidades mais
longínquas do Parque Industrial de Manaus, criou o Barco-Escola
Sumaúma (anexo 1), para levar a esse público, programas e serviços
de educação profissional que possibilitam a preparação de mão-deobra qualificada ao mundo do trabalho industrial, comercial,
autônomo, solidário, cooperativista e serviços públicos dos
municípios.
Os principais objetivos são:
• qualificar mão-de-obra obra para o trabalho local;
• disseminar novas tecnologias e boas práticas de produção e
serviços;
• qualificar e desenvolver as práticas de empreendedorismo;
• conscientizar as populações à redução de impactos ambientais;
• cooperar no desenvolvimento das potencialidades profissionais
das comunidades;
• complementar as políticas públicas dos municípios em prol do
desenvolvimento do Estado do Amazonas.
SDR-ED-22
QUALIDADE DO SOLO EM SISTEMAS DE PLANTIO DIRETO E
CONVENCIONAL COM ROTAÇÃO DE CULTURAS EM LATOSSOLO
AMARELO DISTRÓFICO NA SAVANA DE RORAIMA
Valdinar Ferreira Melo
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Boa Vista, RR
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PROPOSTAS APRESENTADAS
As ações que o homem exerce sobre os recursos naturais mesmo
sendo feita com os melhores propósitos causa mudanças
significativas no meio ambiente interferindo em toda dinâmica
ambiental. A exploração dos recursos naturais deve ser feita com
racionalidade sempre respeitando os limites de resistência que os
mesmos possam apresentar.
A agricultura encontra-se num dilema que é produzir alimentos
dentro de padrões de qualidade e quantidade demandada pelo
mercado dentro de principio que balizam a sustentabilidade o que
demanda respostas para alguns questionamentos relacionados a
como produzir mais para atender a demanda ser degradar.
A agricultura convencional baseada na exploração máxima do
recurso solo tem por objetivo maximizar a produção e do lucro na
qual está fundada a agricultura brasileira precisa ser avaliada quanto
a sua sustentabilidade, sendo necessário diagnosticar as situações
dos recursos naturais quanto a suas potencialidades e suas
vulnerabilidades (Tavares; Siqueira; Silva, 2008).
Nas últimas décadas, o Brasil obteve avanço significativo na
produção de alimento de origem animal e vegetal com abertura de
novas fronteiras agrícolas que o coloca numa posição de destaque
no cenário mundial. Porém, o uso dos recursos naturais de forma
indiscriminada pela agropecuária convencional, tem levado muitos
áreas e ecossistemas a um processo de degradação resultando em
diversos tipos de problemas ambientais, sociais, econômicos com
um alto preço para toda sociedade.
No que se refere ao recurso solo o desafio é estudar e encontrar
alternativas de manejo sustentável socioeconômico, cultural,
ambiental e tecnológico satisfazendo as necessidades das gerações
atuais e futuras (Tavares; Siqueira; Silva, 2008).
Para atenuar este problema, faz-se necessário o conhecimento das
peculiaridades desses solos no que se refere à suas vulnerabilidades
e potencialidades, resistência e resiliência para posteriormente
desenvolver tecnologias de manejo mais adequada de produção.
Os solos das savanas apresentam características peculiares de
potencialidade e fragilidades nos seus atributos e seu manejo requer
muita racionalidade. Os sistemas de manejo do solo que se ora
pratica nas áreas de savanas de Roraima, são baseadas em
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tecnologias de outras regiões do Brasil e às vezes inadequadas às
condições edafoclimáticas de seus ecossistema. Esse tipo de manejo
contribui negativamente na qualidade do solo e na biodiversidade.
O sistema de plantio direto (SPD), prática conservacionista de
manejo do solo com revolvimento mínimo é visto como uma
importante alternativa de manejo (Steiner, et al, 2011) por promover
melhorias nos atributos, químicos, físicos e biológicos trazendo
benefícios significativos para o meio ambiente.
O SPD tem demonstrado que em ambientes sensíveis como o
amazônico poderá ser uma alternativa para exploração sustentável
de seus recursos configurando como uma alternativa promissora
para a sustentabilidade na agropecuária na região.
O presente projeto de pesquisa tem por objetivo conhecer a
influência do sistema de manejo do solo submetido aos sistemas de
plantio convencional (PC) e plantio direto (PD) com rotação de
culturas, nos seus atributos químicos e físicos e os resultados obtidos
poderão ser somados a outras pesquisas e contribuir para a
definições de manejo do solo da savana de Roraima.
O objetivo geral é avaliar as alterações da qualidade do solo nos
atributos físicos, químicos em sistema de plantio direto e
convencional com rotação de culturas em Latossolo amarelo
distrófico do na savana de Roraima.
Os objetivos específicos são:
• avaliar a dinâmica de K, Ca, Mg, P, N e a CTC em função dos
sistemas de manejo do solo;
• avaliar a influência dos sistemas de manejo nos teores de carbono
orgânico do solo;
• avaliar a influência dos sistemas de manejo na umidade do solo,
na densidade do solo, estabilidade de agregados e resistência a
penetração;
• avaliar os componentes de produção e produtividade de grãos de
milho e de soja;
• avaliar a produção de biomassa da cultura do milheto (matéria
seca).
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PROPOSTAS APRESENTADAS
SDR-ED-23
TECNO BARCA
Wellington Douglas dos Santos Dias
Rio de Janeiro, RJ
O projeto Tecno Barca, a ser realizado no Arquipélago do Bailique,
no litoral do estado do Amapá, visa somar forças na melhoria da
qualidade do ensino escolar na região, por meio de um conjunto de
ações que inclui:
• vivências artísticas (artes visuais, literatura, música e teatro);
• biblioteca flutuante;
• cineclube;
• exposição;
Promovendo a capacitação dos professores e alunos da região com
atividades culturais que são complementares para uma formação
mais crítica e sensível.
O arquipélago do Bailique é um conjunto de 8 ilhas, com
40 comunidades ribeirinhas e uma média de 10.000 habitantes,
situado entre o Rio Amazonas e o Oceano Atlântico, distante de
Macapá (AP) por 12 horas de barco.
A iniciativa é um conjunto de vivências de formação livre em
diversos segmentos das artes, a serem desenvolvidas com
professores da rede pública e alunos da região, e, também se
configura como ferramenta de inclusão da arte como processo
pedagógico, estimulando o desenvolvimento das capacidades
criativas, cognitivas e novos laços entre alunos e comunidade
escolar.
A “biblioteca flutuante” contará com um acervo de livros de
literatura nacional e regional, revistas, gibis e outras publicações
voltadas para as áreas da ciência, tecnologia, arte, cultura e saúde.
Serão promovidos saraus literários e encontros de fruição de contos,
poesias e narrativas. Ao final da circulação da Tecno Barca, todo o
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acervo desta “biblioteca flutuante” será distribuído para as escolas
públicas da região.
No cineclube itinerante serão exibidos filmes, documentários e
curtas-metragens possibilitando o acesso dos moradores da região a
diferentes visões de mundo e organizações de sociedade por meio
do audiovisual.
Os principais objetivos são:
• oportunizar o acesso à arte, cultura e conhecimento em
comunidades do interior da Amazônia;
• contribuir para o “despertar de um novo olhar” para a escola,
enquanto local de criação e produção de conhecimento, por
meio de atividades lúdicas, que enxergam cada aluno com suas
peculiaridades, particularidades e limitações.
• incentivar o hábito da leitura por meio de dinâmicas coletivas e
integração com as artes visuais, música e o teatro;
• incentivar a discursão e reflexão sobre o papel do ensino da Arte
em escolas públicas entre os professores e alunos, num
aprendizado e debate compartilhado.
• contribuir para o bem-estar social e contato com outras formas
de apreensão e ressignificação da realidade amazônica por meio
do olhar artístico;
• possibilitar o diálogo e intercâmbio entre artistas oriundos de
contextos socioculturais diversos;
• viabilizar ações coletivas, estimulando a atuação em rede,
formação de grupos e movimentos de continuidade de pesquisa
e ação artístico-cultural na região amazônica;
• contribuir para a capacitação de artistas e populações residentes
no interior da Amazônia;
• estimular a realização de projetos artísticos e sociais em
comunidades distantes do circuito oficial das artes no Brasil;
• ofertar novos horizontes e perspectivas de aprendizagem para
populações do interior da Amazônia;
• ampliar a percepção e sensibilidade dessas populações para com
o universo das novas mídias e o ofício do artista;
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CAPÍTULO 5
Comissão Organizadora
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Presidente Executivo
José Conrado Azevedo Santos
Presidente da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa)
Comissão Julgadora
Abidias José de Sousa Junior
Coordenação Geral
Ivanildo Pontes
Diretor-Executivo da Federação das Indústrias do Estado Pará (Fiepa)
José Rincon Ferreira
Assessor de Relações Institucionais do Grupo Bemol/Fogás
Comissão Organizadora
Vilson João Schuber
Diretor Superintendente do Sebrae/PA
Glauter Leitão
Diretor do Instituto Euvaldo Lodi
Phelipe Daou Junior
Presidente do Amazon Sat
Comissão Apoiadora
Adriano Remor
Diretor da Região Norte da Faculdade Estácio de Sá
Antonio Airton Oliveira Dias
Presidente da Federação do Comércio do Estado de Roraima
(Fecomércio) e do Conselho Deliberativo do Sebrae Roraima
Alex Fiúza de Mello
Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará
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COMISSÃO ORGANIZADORA
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Antonio Silva
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas
Carlos Takashi Sasai
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre.
Denis Baú
Presidente Federação das Indústrias do Estado de Rondônia
Edilson Baldez das Neves
Coordenador da Ação Pró-Amazônia da Confederação Nacional da
Indústria (CNI) e Presidente da Federação das Indústrias do
Maranhão (Fiema)
Gioconda Santos e Souza Martinez
Reitora da Universidade Federal de Roraima
Jaime Benchimol
Diretor-Presidente do Grupo Bemol/Fogás
João Batista Fecury Bezerra Cargo
Superintendente da Diretoria Executiva do Sebrae Acre
José Aldemir de Oliveira
Reitor da Universidade do Estado do Amazonas
José Seixas Lourenço
Reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará
Leandro Domingos
Presidente Federação do Comércio do Estado do Acre
Luiz Augusto Mesquita de Azevedo
Diretor-Presidente da Fundação de Tecnologia do Estado do Acre
(Funtac)
Márcia Perales da Silva
Reitora da Universidade do Amazonas
Maria Berenice Alho da Costa Tourinho
Reitora da Universidade Federal de Rondônia
Maria Olívia Simão
Diretora-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
do Amazonas (Fapeam)
Mário Ramos Ribeiro
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Diretor-Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Pará (Fapespa)
Nelson Rocha
Diretor Superintendente do Sebrae/AM
Odenildo Sena
Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas
Orlando Sabino da Costa Filho
Diretor Superintendente do Sebrae/AC
Pedro Teixeira Chaves
Diretor Superintendente do Sebrae/RO
Rivaldo Fernandes Neves
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Roraima
Roberto Magno Martins
Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Tocantins
Roberto Baungartner
Diretor de Relações Institucionais da Edenred Brasil/Ticket Serviços
Comissão de Acompanhamento
Elane Medeiros da Silva
Gualter Leitão
José Lúcio de Arruda Gomes
Kelly Cavalcante
Leila Cristina Soares
Luiz Lourenço Neto
Manoel Fernando Lousada Soares
Marcos Pinho
Maria de Fátima Corrêa Amador
Oduval Lobato Neto
Paulo Pereira
Raphael Barbosa di Salvi Rodrigues
Reison Queiroz Silva
Ricardo Pianta R. da Silva
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COMISSÃO ORGANIZADORA
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Rosana Bianco de Vasconcelos
Rosângela Maria Queiroz da Costa
Ruth Helena Fernandes dos Santos Lima
Sheyla Maria Soares Sobreira
Silvio Persivo
Tenório Telles
Vanusa Silva
Comissão Realizadora
Almecir Camara
Douglas André Muller
Lillian Alvares
Márcia Antunes Caputo
Meyer Alberto Abecassis Neto
Comissão Técnica
Abrahim Baze
Alex Paulaen
Ana Luiza Calmon Sobral
Anderson Gustaffesson de Oliveira Cassiano
André Cordeiro dos Santos
Andreia Cintia
Anede Rocha
Anelise de Souza Santos
Antonio Vasconcelos
Augusto Pellucio
Carlos Marcel Rodrigues da Silva
Diogo David
Edel Meri Nahoum Mota Pinto
Eduardo Taveira
Elizangela Bezerra Queiroz
Elmir Marques
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Elorides Brito
Elzilene Silva
Emerson Souza da Rocha
Fany Leonel
Francisco Alves Albuquerque Monteiro
Helder Feijó Pontes
Hildo Almeida
Hugo Shigueo Rodrigues Tanimoto
Ivana França Botelho
Ivani Gama Maia
Janete Pinheiro de Souza
Jhony Herberth De Sousa
Joy Braga Cavalcante
Kleiton da Silva Macedo
Leila Cristina Soares
Leopoldina Couto
Luciano Maia
Marcilene Carvalho
Maria Barbosa Mamed
Maria José Alves
Maria Regiana Araújo da Costa
Menderson Coelho
Newton Novo Guerreiro
Niomar Pimenta
Noemi Silveira
Orlei Paes
Paulo Mauricio Santos
Pedro Gomes da Silva
Rafaela Oliveira de Souza
Raimundo Barradas
Raimundo Pincanço Filho
Raquel do Couto Ataíde
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COMISSÃO ORGANIZADORA
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Rejane de Araújo Carneiro
Renata Brito
Ricardo Nogueira
Rita de Cássia de Assis Costa
Robson Gadelha
Rodrigo Araújo de Lima
Rodrigo Campos
Roman Tavares
Rosa Alves
Rosa Maria Cunha de Sena Alves
Rosana Bianco de Vasconcelos
Sheila Lima
Sidney Jose de Andrade Silva
Silmar Nunes
Solange Braga Silva
Stanlei Rocha de Souza
Stella Regina Folhadela Torres
Suzy Elen Queiroz da Silva
Tânia Melo
Tatiana Libório
Vanessa A. Dias Gonçalves
Wagnar Vieira
Wherlles Araújo
Yeda Silva
Designer
Glauber Gomes
Anderson Moraes
Júlio César Delfino
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CAPÍTULO 6
Cobras e Buiuçus
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Samuel Isaac Benchimol destacou-se na área da educação,
não apenas pelo seu conhecido legado ao ensino e à pesquisa, mas
também pelas metodologias de estímulo ao aprendizado por ele
criadas. A criação das honrarias dos Cobras e dos Buiuçus aos
melhores alunos é o melhor exemplo. Nas suas palavras:
A denominação quixotesca e folclórica dada a essas ordens, a
dos Cobras e a dos Buiuçus, representa a versão glebária-amazônica
do velho instituto universitário europeu e norte-americano da
graduação “cum laude”, “magna cum laude” e “summa cum laude” ...
constituem prêmio para os que mais se distinguiram ... significa
crédito, renome, desempenho, recomendação e reconhecimento ...
Apresentamos a seguir, os alunos que foram condecorados com a
Ordem dos Cobras e Ordem dos Buiuçus, de 1985 a 1999.
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CAPÍTULO 7
Homenagem a
Armando Dias Mendes
Reprodução da matéria publicada no periódico
Contagem Regressiva
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ELE FEZ HISTÓRIA
O Contagem Regressiva de hoje prestará homenagem a um
ilustre personagem que deixou sua marca registrada no Banco. Na
história da Amazônia. No cenário nacional.
Depois de retratar a Amazônia em livros, seminários, palestras,
morreu no último dia 15 (sexta-feira), em Brasília, o Professor Armando
Dias Mendes, aos 88 anos. Ele conduziu a transformação do antigo
Banco de Crédito da Amazônia em Banco da Amazônia. Foi presidente
da instituição por três anos (1964-1967).
Durante sua gestão, destacou-se pelo seu profundo conheci­
mento pela região amazônica ao ministrar várias palestras, dentre
elas, as que se intitulavam “O Banco da Amazônia e a Amazônia do
Futuro”, citando o Banco como incentivador ao desenvolvimento
sustentável na Região Amazônica.
Durante sua carreira como escritor, Armando se dedicou a
estudar a Amazônia e os interesses econômicos e políticos sobre ela.
Para ele, a Amazônia deveria ser tratada como um sujeito, com
identidade e comunidades próprias, e não como um mero objeto de
interesses que ignoram os anseios das populações locais. Um de seus
trabalhos publicados, que contou com a participação de mais 21
escritores, foi a obra “A Amazônia e seu Banco”. O Banco da Amazônia
participa da história da região como o seu principal agente de
fomento.
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HOMENAGEM A ARMANDO DIAS MENDES
“a instituição foi, no seu início, o Banco de um
produto: a borracha. Depois, converteu-se no
banco de uma economia: a regional. Tornou-se,
em 1966, o banco de uma região, não apenas de
sua economia: a Amazônia – o desenvolvimento
da Amazônia. Nesse contexto, aqui e ali reajustado,
como seria inevitável, é que deve ser entendida a
sua atuação: o banco mais presente na região, não
só fisicamente; o de maior relação empréstimos/
depósitos; o grande incentivador de médios e
pequenos empreendimentos; o estimulador de
muitas atividades que, sem ele, estariam desam­
paradas”
Armando Dias Mendes
Revista Rumos, março-abril de 2004
Armando Mendes foi professor e pró-reitor da Universidade
Federal do Pará (UFPA); fundador do Núcleo de Altos Estudos
Amazônicos (Naea/UFPA); foi assessor especial do Ministro da
Educação e Secretário Geral do Ministério da Educação e Cultura
(MEC). Foi, ainda, presidente do Banco da Amazônia, membro da
Comissão Coordenadora de Ciência e Tecnologia do CNPq, membro
técnico da Comissão de Planejamento da Superintendência do Plano
de Valorização Econômica da Amazônia (Spvea). Em breve incursão
na política, cumpriu dois mandatos eletivos: um de vereador à Câmara
de Belém, entre 1948 e 1951, e o outro de deputado à Assembleia
Legislativa do Pará, de 1951 a 1954.
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