Presidentes da
Câmara dos Deputados : 2º Francisco de Paula e Sousa e
Melo
Boletim da Biblioteca da Câmara dos Deputados,
v. 20, n. 1-3, p. 10-26, jan./dez. 1971.
http://bd.camara.leg.br
“Dissemina os documentos digitais de interesse da atividade legislativa e da sociedade.”
PAULA
SOUZA
FltANCISCO DE PAULA SOUSA E MELO
29 Ptesidente da Câmara dos Deputados
92.342.536.12(81)
PRESIDENTES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
29*
FRANCISCO DE PAULA SOUSA E MELO
O segundo presidente da Câmara dos Deputados foi
o deputado
Francisco de Paula
na sessão de 4 de maio de 1827.
Sousa e Melo, eleito
Os Annaes do Parla-
mento Brazileiro registram:
"PMc.edendo-1.:.e hoje ã plfÁ..meÁ.Jla. 1.:.u1.:.ão 0Jtcli.Y1.Ó.1Úa. da. Câma.Jta. do.ó Veputa.do.6, 6oJtam elwo1.; Y1.a. 6oJt
ma do .6 eu Jtegime.n,to paJLa. pJte.ú. den:te, o deputa.áõ
f!ta.nclóc.o de. Paula SoMa. e Melo; paJLa. vice-ptt.e.1.:.ide.n,te o de.puta.do 101.:. ê. da Co.õ:ta. CaJLvai.ho ••• ".
Depois, vêm os nomes
dos secretários, sem haver,
contudo, menção dos votos recebidos pelos eleitos.
*
Ver Carta do Editor, p. 5-7.
B.Bibl.C.D. (Brasilia) 20(1-3):11-26, jan./dez. 1971
12
Francisco
de
Paula Sousa e
Melo fora eleito ã
Constituinte de 1823, onde ficou
ate
a
dissolução
desta, quando se retirou para Itu, na antiga provincia de são Paulo, sendo que, "na universidade da sua
-
biblioteca, escondeu o luto que levava no coraçao
lo golpe de Estado que enchera de nuvens
horizonte politico do Brasil".
t
p~
sombrias o
o que afirma Joa-
quim Manoel de Macedo, no Anno Biographico Brazilei~'
de 1876.
Mas a 5 de
ma~o
de 1826
principiou, realmente, a
primeira legislaFura do Império, de acordo com a cons
tituição jurada ~ 25 de março de 1824 e, deputado eleito por São Pa:µlo, Francisco de Paula Sousa e Melo
exaltou a tribuna da Câmara com brilho excelso.
Francisco de Paula Sousa e Melo, ou
Paula Sousa,
seu nome parlamentar, nasceu na vila, depois cidade,
de Itu, na então provincia de são Paulo, a 5 de
neiro de 1791, filho do bacharel em cânones
ja-
Antônio
J ose de Sousa, n.atural do Porto, e de D.Gertrudes So
lidÔnea de Siqueira.
Falecendo-lhe
o pai em 1795,
Francisco de Paq.la teve a sua educação
confiada
ao
jesuíta José de Campos Lara, parente seu. Notaram-se
nele, desde a p:dmeira juventude, faculdades raras e
admiráveis, que se juntaram para torná-lo, como acon
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teceu, verdadeiro gigante de sabedoria: fácil e pro~
ta inteligência, memória excelente, reflexão
excep-
cional naquela idade, tudo aliado ao amor ao estudo,
à leitura, que se somavam à docilidade de gênio e à
modéstia.
De Itu, passou
para
a cidade de são Paulo, onde
continuou os estudos, sem fazer, todavia, o curso
pleto de humanidades, mas fortalecendo-se, ao
CO!!!_
cabo,
nas principais matérias do ensino secundário.
A conclusão que se tira, com respeito
intelectual de Paula Sousa,
ê
à formação
a de que ele
ir graduar-se na Universidade de Coimbra
não pôde
por
moti-
vos de saúde, pois sua compleição era muito delicada, com problemas sérios na visão.
Assim,
voltou a
Itu e recolheu-se à biblioteca que herdara do pai, e
que o jovem foi ampliando com obras escolhidas e copiosas, onde o saber se lhe foi impondo graças ã sua
inteligência vasta e bela.
"Vossa Excelência ê formado nas
areias
de Itu",
dizia-lhe ironicamente Du Pin e Almeida, futuro Marquês de Abrantes.
De fato, era Paula Sousa
nas areias de Itu;
no entanto, podia dar
formado
e
muitas
vezes deu lições de sabedoria e de ciência a mais de
um diplomado na legendária Universidade de Coimbra.
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Em 1820 foi desencadeada ruidosa revolução em Por
tugal.
Os resultados foram tão importantes, que sen
sibilizaram a Francisco de Paula, encerrado
em
Itu
na sua convivência com os livros: Estes se fecharam,
para que ele saudasse a liberdade, e os
paulistas o
elegeram deputado ãs Cortes de Lisboa, em 1821,
zendo parte de um elenco de nomes de
Entretanto, não pÔde embarcar rumo
primeira plana.
à Europa, devido
a razões de doença grave, desconsolado
a Antônio Carlos, FeijÕ, Vergueiro
seu substituto.
fa-
vendo partir
Silva Bueno,
e
1
Por outro lad,p, começava, entre nÕs,
da independência, verificando-se, a
23
o movimento
de maio
de
1822, na cidade de são Paulo, pronunciamento no sen-
tido das idéias lusitanas;
a Câmara de Itu, pronta-
mente, reagiu, sendo que, em sessão extraordinária de
4 de agosto, dec::larou nulo e cassado o governo prov!_
sôrio que se formara na capital da província, conferindo a
Francis~:o
de Paula Sousa Melo poderes de seu
procurador para intentar com as outras vilas paulistas a organizaç~o de um centro de união e obediência
ao Príncipe Reg1mte, D. Pedro.
O movimento 1ie 23 de maio de 1822,
que
culminou
com a deposição do poder do coronel Martim Francisco
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Ribeiro de Andrada e do Brigadeiro Manoel Rodrigues
Jordão, passou ã história com o apelido de "Bernarda
de Francisco Inãcio", teve feiçÕes de acontecimento
grave e esfacelou o próprio governo, chegando a divi
dir profundamente os paulistas, atirando uns contra
os outros. A capital da província pôs-se em lidgio com o interior, ficando a administração entregue
a alguns estrangeiros ~ João Carlos de Oeynhausen,
"
Daniel Muller,
Antônio Maria Quartin e Miguel de Oli
veira Brito~ escorados militarmente pelo coronel
Francisco Inãcio de Sousa Queiroz e civilmente pelo
ouvidor José da Costa Carvalho. Este sempre esteve
ao lado dos portugueses, conquanto alguns o achassem
portador de idéias republicanas.
Em oposição ao domínio dos estrangeiros na capital rompeu, de imediato, o povo ituano, capitaneado
por Paula Sousa e Cândido Mota, seguindo-lhe o exemplo, logo, Porto Feliz, sob o comando do major Josê
CustÕdio e do capitão Salvador Martins; Campinas, sob
a direção do capitão-mor João Francisco, Padre Mi'
guel Arcanjo e outros; Piracicaba, dirigida por Domingos Soares de Barros; Mogi-Mirim, Sorocaba. Itapetininga e as vilas dos Campos Gerais.
Com sede em Itu, instalou-se verdadeira confedeB.Bibl.C.D. (Brasflia) 20(1-3):11-26, jan./dez. 1971
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ração de municípios,
e a cidade foi transformada em
verdadeira praça de guerra, guarnecida por força armada, sob
nha.
as ordens do coronel Pedro de Brito Cami-
Por seu turno,
sob o comando do
Santos se mantinha em sossego,
general paulista Cândido Xavier de
Almeida e Sousa, enquanto as vilas do vale do Paraíba, sob a influência do marechal José Arouche de Toledo Rendon, se revelavam solidárias com a confedera
ção ituana na
repulsa do predominio estrangeiro na
capital da província.
Mas veio a proclamação da independência, e
Paula
1
Sousa não precisou cumprir o mandato que lhe fora con
ferido pela C~ara de Itu.
Com a indep~ndência, começa a vida parlamentar de
Paula Sousa,
n~
Constituinte brasileira, uma vez que
se elegera dep~tado por são Paulo juntamente com Nicolau Pereira ~e Campos Vergueiró, Antônio Carlos Ri
beiro de
Andra~a
Machado e Silva, Antônio
Rodrigues
Veloso de Oliv~ira, José Ricardo da Costa Aguiar Andrada, José Arquche de Toledo Rendon, Diogo de Toledo Lara e Ordo~hes, José Bonifácio de Andrada e Silva e José Feliciano Fernandes Pinheiro.
Paula Sousa teve destacada atuação na Constituinte, e, dissolvida esta, a carreira política do sâbio
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saído
de
sua biblioteca de Itu se interrompe, para
reiniciar-se, como jâ foi dito, com a primeira legi!.
latura do Império, em 1826;
e são surpreendentes os
seus conhecimentos em direito constitucional e administrativo,
em finanças,
em direito internacional,
bem como em quaisquer assuntos postos
em discussão
naquele grande cenârio.
Sublinha Joaquim Manoel de Macedo:
"Quando .&e levan:ta.va pMa. 6at'.M, ninguém mWtmWtava, todo.6 o.6 ouv.i.do.& e.orno que .6e alongavam pa.
lt.a. nã.o pelt.de!t. uma. .&Ô pala.vila. que i,a1.a. da. .&u.a. voz
61t.a.c.a.; o c/..Uc.u.Mo de Pa.ui.a. Sou.6a. e1t.a. .&emplle ILlc.a.
6onte de luz, lÕg.lc.a. v.lva., e M vezu no me.lo de
.&ua. plt.ec.eliuo.&a. .&-i.mplic..ldade ha.v.la. JuUgo.6 de eloqll.ênci.a .&em c.â.e.cu.lo, -i.magen.& b!LU.ha.ntu e de momento .ln.&púr.ada.6 que a.Me.ba.tavam o a.ud.UÕ!Úo".
Paula Sousa foi reeleito deputado;
os votos
dos
paulistas e a escolha da Regência, em 1833, levam-no
para o Senado, onde foi liberal
.,.
dos mais autênticos •
..
Sua trajetoria, de 1838 em diante, e
de atuações na disputa com a reação
uma
n.....
•
sequencia
conservadora. E
um bloco de assuntos, como a interpretação do Ato Adicional, questões de ensino, de responsabilidade mi
nisterial, incompatibilidade e reorganização do Conselho de Estado, as reformas do código
assim outras matérias que se contiveram
do processo,
em leis
do
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Império, sofreu do senador paulista oposição forte e
magnífica e estudos profundos, perpetuada
em
peças
oratõrias do melhor nrvel.
~
nomeado Conselheiro de Estado em 1845,
ano
em
que volta ao governo o partido liberal, que se gasta
em estéreis trabalhos.
Em 1847, foi Paula Sousa Mi-
nistro da Fazenda, para, em 1848, ser encarregado P!.
lo Imperador de organizar gabinete;
e fê-lo median-
te cuidadosa seleção de correligionârios,
dos
mais
ilustres membros do Parlamento.
Joaquim Nabu'co retrata-o, como
"o
liberal mais
sincero da nossa polftica".
O cargo recebe a um Paula Sousa, que já era naturalmente tímido, doente e cansado.
Registra-lhe o perfil, dessa êpoca, Wanderley Pinho:
"Vude o pmwo mome.n..to, bcv.ie.ando a .6u.a. poll
U.ca no me.do, mo.6.tlta. 6)[.aqu.eza. qu.e. a mol.ÜU.a. ag)[.a
va.va.; vinha de um tango e ab.6otu:to )[.etJr.a.imen.to-;
e .6Ô a.bandona/Ul u.6a .&oUdã.o, palUl cheóiaJr.. o goveJtno, po)[. ju.l.gaJr.. qu.e cv.i ~cWL6.tânúa.4 do pCÜ.6
e.)[.am 9Mvu, e a.têm do.& ma.tu ,{.n.t;e)[.no.6,
de mui.ta
tempo a.cumu.l.ado.6, ha.v-i..a. qu.e :te.me)[. d-i..úa. ê.e.e
em .6 eu d-i..-6 c.u/rl> o de a.pJtu en..ta.ç.ã.o - a. Jtepe)[.cu.M ã.o
do.& .6u.cu.6o.& da. Eu.Jtopa. [a. Jtevol.u.ç.ão con:tJta. Lul&
Felipe, que .tantM pJteoc.u.pa.ç.Õu ca.LL6cvr..am em PedJto
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19
A6 ILeóoJunM dM .útc.ompMÁ.bilidadei, e ju.cüci.âlúM lhe pa1r.ec1.am UJLgen.teJ>j e t:ã.o p1LOóunda.
eJt.a. e.6.6a. c.onv.lc.ção que .6e não óo.6.6em c.onveJLtidM
em lú naquela .6U.6âo .f.eg.l.6R.a.tlva., .tem.la. que a.
paz púbUc.a. pudu.6 e peJr1.ga1r.".
11].
Não obstante o passado intemerato de Paula Sousa,
presidente do Conselho, sua f e de of!cio marcada de
patriotismo, comprovada em sãs ideias
vincadas
sabedoria, carrearem respeito e esperança,
de
tais de-
monstraçÕes de timidez sentidas em suas palavras ini
ciais levavam ao desânimo aqueles a quem se dirigiam
para dar-lhes vibração e confiança.
Paula Sousa te-
mia pela ordem, pela monarquia, pela pátria ~
prometia comandando.
E a câmara ouviu, como
não
se re-
gistrou então, um programa de apertos, lástimas e te
mores.
O presidente do Conselho tinha em mente
colocar
por terra a onipotência dos partidos dominantes,
fim de possibilitar ã nação a realidade
do
a
sistema
representativo através da liberdade e com base na in
fluência legrtima do voto nacional nos pleitos eleitorais.
Para tanto, projetava a eleição por crrculos
ou distritos, apoiando sua livre manifestação com in
compatibilidades eletivas das autoridades
e
juízes
que dependiam da nomeação e demissão ou dos adiantamentos por decretos governamentais.
B.Bibl.C.D. (Brasilia) 20(1-3):11-26, jan./dez. 1971
20
O escopo era de alto sentido de nobreza;
no en-
tanto, ele e a própria indisciplina do partido no po
der ensejou
desinteligências, dissabores, desgostos
e perturbação
na f amflia polf tica, bem como inércia
contrariadora, dando causa a
que Paula Sousa doen-
te, cansado, aflito, decepcionado, deixasse o poder,
em 1848, para transferf-lo aos seus adversários.
Paula Sousa apareceu
pela independência:
entre os que mais pelejaram
em resumo,
ocupava a presidên-
cia da Câmara Municipal de Itu quando, em 1822, ali
se sancionou a proclamação com a divisa
1
cia ou Morte!
Legislaturas
1833 e
Independên-
Deputado ã Constituinte de 1823 e nas
Qe
presidi~
1826 e 1833, elegeu-se
senador em
ao Conselho de Ministros em 1848.
Sua morte oçorreu três anos depois.
BIBLIOGRAFIA
l - DE FRANCISCO DE PAULA SOUSA E MELO
09.05.1823. Propõe: "19 Que a bem da fazenda nacional de tpdo o imperio se diga ao governo que
B.Bibl.C.D. (Brasília) 20(1-3):11-26, jan./dez. 1971
21
·faça suspender a apresentação de todos os benefícios eclesiâsticos ainda mesmo os curados, ficando a cargo dos bispos proverem a estes interinamente, e vagos aqueles. 29 Que todas as congruas competentes aos benefícios entrem no tesouro público, e nunca se distribuam, como se tem
usado. 39 Que esta providência dure atê que se
estabeleça uma constituição eclesiástica da igreja brasiliense, ou uma lei regulamentar a tal res
peito". ~ 1823, 1:40.
30.05.1823. Propõe que se convide o governo a fazer
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09.06.1823. Propõe que "a assembléia desde jâ, e
com a maior urgência, faça uma lei provisÕria ~ue
marque a esfera dos três poderes desta assembleia
como corpo legislativo, enquanto não estiver feita, aceita e estabelecida a constituição política
do Império". ~ 1823, 1:26-27.
12.06.1823. Propõe que se determine a maneira por
que são remetidos ao Imperador os decretos da assembléia; e qual a fÕrmula por que serão publicados e mandados executar como leis; e para isto.
~ 1823, I: 46.
17.06.1823. Discurso a proeõsito de destacamento de
tropas da província de Sao Paulo, quando justificou: "Passando ao destacamento para a guarnição
da capital, parece-me que muito se beneficiava aos
milicianos, reduzindo aquela guarnição a muito me
nor número, medida talvez muito praticável, que::
rendo-se; pois, sendo a cidade central, e defenB.Bibl.C.D. {Brasilia) 20(1-3):11-26, jan./dez. 1971
22
dida pela serra, so... depende de uma força de po 1 ..i cia em que ê admissível uma restrita economia de
praças, ou por meios de supressão de alguns guardas (como além de outras a de palâcio, em verdade
supérflua, querendo-se mudar o tesouro público pa
ra a casa do banco) ou por meio de diminuição de
outras, reforçando-as porém de pólvora e bala, P,!
ra suprir ao número". AAC 1823, II:61-62.
04.05.1827. Eleição do Presidente
Deputados. ~ 1875, I:l6.
05.05.1827 a 30.05.1827.
APB 1875, I:l7-216.
Exercício
da Câmara
dos
da Presidência.
2 - SOBRE FRANCISCO DE PAULA SOUSA E MELO
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VIANA FILHO, Luiz. A vida do Barão do Rio Branco. Rio
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Documentos Brasileiros, 106)
Abreviatura de publicações citadas:
AAC - Annaes da Assemblêa Constituinte
APB - Annaes do Parlamento Brazileiro
B.Bibl.C.D. (Brasflia) 20(1-3):11-26, jan./dez. 1971
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Francisco de Paula e Sousa e Melo