V. AMC-V V.3. CENÁRIOS ALTERNATIVOS Dado que discordamos do montante de assistência técnica considerado no estudo, e admitindo que a TIR implícita no cenário base do SRC II em análise é adequada, sugerimos dois cenários alternativos em que consideramos que todas as restantes variáveis estão equilibradas: • Sugerimos que seja negociado com a Concessionária o aumento da renda prevista a pagar anualmente à AMCV, como “compensação” da redução do montante de assistência técnica a alocar à concessão, Ou, • Redução das tarifas previstas e com crescimentos aumentos anuais progressivos. V.4. PATRIMÓNIO No sentido de averiguar quando à afectação do património da AMC-V pelos municípios constituintes, no caso de dissolução da Associação, é necessário efectuar-se a análise sobre duas perspectivas: (i) os municípios associados antes do SRC II; e (ii) os municípios associados depois do SRC II. Assim, o património da AMC-V a distribuir pelos municípios seus associados corresponderá ao património antes do SRC II, acrescido do investimento em imobilizado a realizar com a expansão do SRC II. Património antes do SRC II • No nosso entender o actual património da AMC-V deverá ser repartido pelos 6 municípios fundadores da Associação e que efectivamente investiram na fase inicial do SRC. • A valorização do património a distribuir deverá ser intendida como o valor dos fundos próprios da AMC-V. • Tendo em conta a actual participação de cada município na AMC-V, a repartição do património é a seguinte: • Águeda – 3,2% • Estarreja – 11,7% • Albergaria-a-Velha – 8,3% • Ílhavo – 15,2% • Aveiro – 51,4% • Murtosa – 10,2% NOVEMBRO 2011 Actualização do estudo de Impacto para a AMC-V dos investimentos do SRC II 38 V. AMC-V • Desta forma, considerando os fundos próprios da AMC-V a 31Dez10, o património a repartir por cada município seria de: valores em milhares de euros Município Património antes do SCR II % Águeda 370 3% Albergaria-a-Velha 959 8% Aveiro Estarreja 5 941 1 352 51% 12% Ílhavo 1 757 15% Murtosa 1 179 10% 11 558 100% Total de fundos próprios Investimento no SRC II • Na repartição do investimento a efectuar no SRC II pelos 9 municípios que irão compor o novo sistema, existem duas hipóteses: (i) repartição pelo equipamento afecto geograficamente a cada município; ou (ii) repartição pela utilização de cada município. • A localização geográfica é definida considerando o mais adequado num sistema integrado, pelo que num município específico poderão ser feitos mais ou menos investimentos do que os que seriam feitos num contexto de sistema individual. Desta forma, a repartição pela localização geográfica do investimento não seria uma medida justa. • Num cenário de dissolução da AMC-V, poderá ser operacionalmente mais vantajoso a repartição física pela localização geográfica, mas tal carecerá de um sistema de compensação de modo a que a repartição global seja de acordo com a percentagem que venha a ser atribuída. • A repartição do investimento do SRC II pela utilização de cada município será em nosso entender a mais correcta. Esta deverá ter em consideração, tal como na repartição do património antes do SRC II, a taxa prevista de caudais consumidos por cada município. • Não estando prevista a participação do municício de Ovar na AMC-V, considerou-se que os caudais que lhe estão afectos são repartidos proporcionalmente pelos restantes municípios abrangidos no SRC II. Nesta perspectiva, as taxas assumidas na repartição do investimento são as atingidas no fim da concessão, tal como previsto no EVEF da AdV, corrigidas pela taxa referente a Ovar: • Águeda – 15,9% (inclui a ampliação às novas freguesias) • Estarreja – 12,4% • Oliveira do Bairro – 9,9% • Albergaria-a-Velha – 8,4% • Ílhavo – 15,6% • Vagos – 6,1% • Aveiro – 25,5% • Murtosa – 6,3% NOVEMBRO 2011 Actualização do estudo de Impacto para a AMC-V dos investimentos do SRC II 39 V. AMC-V • Nesta repartição deverá ainda ser considerada a taxa de comparticipação do investimento pelo POVT e pela AdV (98% do total de investimento), considerando assim apenas a componente do investimento que não é comparticipada directamente pela AMC-V. • Com base nos pressupostos supracitados e no montante de investimento previsto no EVEF a preços de 2010, o montante de investimento no SRC II a ser repartido pelos 9 municípios é de: valores em milhares de euros Município Investimento no SCR II % Águeda 4 750 16% Albergaria-a-Velha 2 495 8% Aveiro 7 612 26% Estarreja 3 699 12% Ílhavo 4 647 16% Murtosa 1 873 6% Oliveira do Bairro 2 959 10% Vagos 1 806 6% Total do investimento financiado 29 842 100% Total do investimento 30 397 NOVEMBRO 2011 Actualização do estudo de Impacto para a AMC-V dos investimentos do SRC II 40 V. AMC-V • Na perspectiva dos municípios fundadores da AMC-V os mesmos terão direito não só investimento efectuado na constituição da Associação e construção do SRC, mas também à sua cota parte no investimento a realizar no SRC II. • Quanto aos novos municípios que integrarão a AMC-V com a expansão do SRC II, o retorno obtido corresponderá apenas à sua cota parte no investimento a realizar no SRC II. • A percentagem de participação de cada município na AMC-V será então a seguinte: valores em milhares de euros Município Património antes do SCR II Águeda Investimento no SCR II Total de retorno após % de participação ajustado da comparticipação dissolução da AMC-V na AMC-V 370 4 750 5 120 12,4% Albergaria-a-Velha Aveiro 959 5 941 2 495 7 612 3 454 13 553 8,3% 32,7% Estarreja 1 352 3 699 5 052 12,2% Ílhavo 1 757 4 647 6 404 15,5% Murtosa 1 179 1 873 3 052 7,4% Oliveira do Bairro - 2 959 2 959 7,1% Vagos - 1 806 1 806 4,4% 11 558 29 842 41 400 100% Total NOVEMBRO 2011 Actualização do estudo de Impacto para a AMC-V dos investimentos do SRC II 41