Gramática
2º Semestre/2013
CURSINHO PRÉ VESTIBULAR
AULA I – COLOCAÇÃO PRONOMINAL
A colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) é um
dos aspectos de colocação das palavras ligados à harmonia da frase, apoiando-se na tonicidade da
palavra vizinha (principalmente um verbo). Dessa forma, esses pronomes podem ocupar três posições
na oração. Observe:
I) antes do verbo – próclise (pronome proclítico):
Nunca me revelaram os verdadeiros motivos desse problema. / Isso me deixa transtornado.
A noite de ontem lhe fora agradável. / Ele não te viu. / Quanto me doeu essa distância.
II) no meio do verbo – mesóclise (pronome mesoclítico):
Revelar-me-iam os verdadeiros motivos desse problema? / Esperá-lo-ei amanhã em minha casa.
“Como era boa de cama, pagar-lhe-iam muito bem.” / Encontrar-te-ei mais tarde. / Dir-lhe-emos tudo!
III) depois do verbo – ênclise (pronome enclítico):
Revelaram-me os verdadeiros motivos desse problema. / “Canta-me cantigas, manso, muito manso...”
Dê-me isto. / Empreste-me um lápis? / Não era meu objetivo magoar-te. / Dê-lhe bons conselhos.
PRÓCLISE - o que justifica o deslocamento do pronome para antes do verbo, gerando a próclise, são
alguns tipos de palavras e de frases (normalmente denominados “atrativos”), como:
a) advérbios – quando antepostos ao verbo atraem próclise:
Tu não sabes o quanto te achei gentil. / Não o verei amanhã. / Aqui se vive bem.
Ontem nos encontramos. / Agora o vejo feliz. / Nunca te esqueci. / Jamais nos casaremos...
b) pronomes demonstrativos, relativos, indefinidos e interrogativos:
Aquilo nos aborreceu profundamente. / Isto me pertence. / Aquilo nos entristeceu. / Isso o deixa feliz?
Este é o lugar onde me sinto bem. / Eis a moça de que lhe falei. / Ele quem me ensinou o caminho.
Algo me dizia que isso daria certo./Todos te querem bem./Alguém me telefonou./Ninguém se abraçou.
Quem me telefonou? / Quanto te cobrarás pelo conserto do sapato? / Por que te afliges tanto?
c) conjunções subordinativas (integrantes e adverbiais):
Confesso que me entristeci com o caso. / Alguém sugeriu que se ministrasse mais medicação.
Quando se encontraram, riram. / Comprarei o móvel se me for útil. / Ficarei feliz desde que me abrace..
d) frases e orações exclamativas (iniciadas por palavras exclamativas) e orações optativas (que
exprimem desejo):
Como lhe fica bem o vestido preto! / Como se maltratam com essas agressões! / Deus te guie!
Quantas ideias interessantes me ocorrem agora! / Deus lhe perdoe o mal que fazes a todos!
e) preposições seguidas de verbos no gerúndio e no infinitivo pessoal:
Em se tratando de dinheiro, não fale comigo. / Em se lembrando, venha.
Por se acharem o máximo, acabam sozinhos. / Vivi sempre muito bem sem me faltarem os amigos.
Não nos provando a verdade, você será processado.
MESÓCLISE - só ocorre com verbos empregados no futuro do presente ou no futuro do pretérito
(desde que não haja algum fator “atrativo” de próclise):
“Quando fosse sacrifício, fá-lo-ia de boa vontade.” / Chamar-nos-ão para o teste.
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Encontrar-te-ei mais tarde, se não tiveres compromissos. / Dar-lhe-iam o prêmio.
Após a recuperação, avaliar-se-á o crescimento do aluno. / Dir-te-ia a verdade.
ÊNCLISE - não havendo “atrativos” para o uso da próclise nem verbos no futuro, para uso da
mesóclise, a posição “normal” dos pronomes oblíquos átonos é depois do verbo, posição enclítica:
a) orações iniciadas por verbo (desde que não estejam conjugados no futuro do presente nem no
futuro do pretérito):
Faça-me o favor de puxar a cadeira. / Tratando-se de festas, era só falar com ela.
“Amo-te muito; adoro-te, confesso!” / Viram-nos aqui! / Queixou-se de muitíssima dor de cabeça.
b) orações com verbos no imperativo afirmativo:
Traga-me a água. / Deixa-me dormir,por favor! / Ao chegar, procure-nos. / Abrace-nos agora!
c) orações com verbos no gerúndio (desde que não estejam precedidos da preposição em):
...disse ele, voltando-se para o crítico de arte. / Logo de manhã, levantando-se da cama, sorriu.
d) orações com verbo no infinito impessoal (regido de preposição):
Convém contar-lhe tudo. / Espero devolver-lhe o favor. / Sem motivos, começou a maldizer-me.
e) depois de pausa (marcada por um sinal de pontuação):
Quando voltava do trabalho, parecia-me bem cansado. / Ele parou, deu-lhe um beijo e correu.
PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS NAS LOCUÇÕES VERBAIS
obedece, junto às locuções verbais, aos seguintes critérios:
-
a colocação dos pronomes
a) verbo auxiliar + verbo principal no gerúndio ou infinitivo
1) se não houver justificativa para a próclise, o pronome átono poderá ser colocado tanto
depois do verbo auxiliar quanto depois do verbo no gerúndio ou infinitivo:
Devo-lhe mandar o livro hoje.
Estou lhe ouvindo com paciência.
Estavam-nos esperando na sala.
Devo-lhe ouvir com paciência.
/
/
/
/
Devo mandar-lhe o livro hoje.
Estou ouvindo-lhe com paciência.
Estavam esperando-nos na sala.
Devo ouvir-lhe com paciência.
2) se houver justificativa para a próclise (“atrativo”), o pronome átono poderá ficar antes do
verbo auxiliar ou depois do verbo principal:
Não lhe devo fazer nenhum favor.
Todos nos estavam esperando na sala.
Não lhe devo mandar o livro hoje.
Não lhe estou fazendo nenhum favor.
/
/
/
/
Não devo fazer-lhe nenhum favor.
Todos estavam esperando-nos na sala.
Não devo mandar-lhe o livro hoje.
Não estou fazendo-lhe nenhum favor.
b) verbo auxiliar + verbo principal no particípio
1) se não houver justificativa para a próclise, o pronome átono ficará obrigatoriamente depois
do verbo auxiliar:
Maria havia-lhe feito um favor.
Havia-lhe falado toda a verdade.
Haviam-me oferecido um bom emprego.
2) se houver justificativa para a próclise (“atrativo”), o pronome átono ficará obrigatoriamente
antes do verbo auxiliar:
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Maria não lhe havia feito nenhum favor.
Nunca lhe havia falado toda a verdade.
Eles me haviam oferecido um bom emprego.
QUESTÕES
1- (CESGRANRIO) Indique a opção que preenche de forma correta as lacunas da frase:
“Os projetos que [...] estão em ordem; [...] ainda hoje, conforme [...] .”:
a) Enviaram-me - devolvê-los-ei - lhes prometi;
b) Enviaram-me - os devolverei - lhes prometi;
c) Enviaram-me - os devolverei - prometi-lhes;
d) Me enviaram - devolvê-los-ei - lhes prometi;
e) Me enviaram - os devolverei - prometi-lhes.
2a)
b)
c)
d)
e)
(F. Carlos Chagas) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma culta::
Por que expulsaram-se os holandeses que vieram ao Brasil?
Nada compara-se à contribuição de Post à pintura e, principalmente, à arquitetura.
As colônias da Holanda, o governo não as comandava diretamente.
A ocupação de Pernambuco, foi o conde Maurício de Nassau que comandou-a.
Ninguém esqueceu-se do episódio da dominação holandesa.
3do
a)
b)
c)
d)
e)
(FUVEST) Assinale a alternativa em que o pronome, substituindo a expressão grifada, deveria ficar obrigatoriamente antes
verbo da oração.
O famoso cineasta já colocou suas unhas no seguro.
Do caixão informou ao presidente.
Em ocupar as unhas do mestre do terror.
Em convidar Zé do Caixão.
Para ocupar o cargo.
4a)
b)
c)
d)
e)
(FUVEST) “Se ninguém [...] a verdade, e se precisei lutar para [...] nada [...] a respeito.”:
Disse-me - a encontrar - se falou;
Disse-me - encontrá-la - se falou;
Me disse - a encontrar - falou-se;
Disse-me - encontrá-la - falou-se;
Me disse - encontrá-la - se falou.
5a)
b)
c)
d)
e)
(CESGRANRIO) O pronome oblíquo o coloca-se proclítico nos períodos abaixo, exceto em:
Deus [...] livre [...] de um tropeço na prova!
Como [...] achou [...] ontem?
Não quis o rapaz aqui, [...] mandei [...] embora.
Talvez [...] encontre [...] na outra sala.
Nada [...] perturba [...] nas provas.
6- (SSP-SP) Assinale a aternativa em que se colocam os pronomes de acordo com o padrão culto:
a) Quando possível, transmitirei-lhes mais informações.
b) Estas ordens, espero que cumpram-se rigorosamente.
c) O diálogo a que me propus ontem continua válido.
d) Sua decisão não causou-lhe a felicidade esperada.
e) Me transmita as novidades quando chegar a Paris.
7- (SSP-SP) Assinale a única frase que ficará incorreta se o pronome oblíquo que está entre parênteses for colocado depois
do verbo:
a) Seus argumentos vão convencer facilamente. (me)
b) Atualmente, fala muita coisa errada sobre ele. (se)
c) A umidade está infultrando pelas paredes. (se)
d) Não houve jeito de localiza rno meio da multidão. (te)
e) Alguns amigos haviam convidado par auma festa. (nos)
8- (F. Carlos Chagas) A colocação pronominal está de acordo com a norma culta em:
a) Se lavaram e saíram às pressas.
b) Ele sabe que todos receber-me-ão com alegria.
c) Eu não direi-lhe o que aconteceu.
d) Ao dirigir-me a palavra, baixou os olhos.
e) Ele sempre afirma que fala-me a verdade.
9- (F. Carlos Chagas) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal de acordo com a norma culta:
a) O processo da eleição me tem desagradado.
b) Ninguém se lembrou de que o conclave estava previsto par ao dia 18.
c) Os cardeais não deixaram-lhe opção de escolha.
d) Em tratando-se de eleição, o voto deve ser secreto.
e) Quem garante-me o sucesso da votação!
10-
(FUVEST) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma culta:
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a) Sempre cumprimentaram-na pelo seu aniversário.
b) Poucos se negarma a aprticipar da ação voluntária.
c) Este é o autor a que referiu-se o comentarista.
d) Me acusaram daquele ato de covardia.
e) Nunca diga-lhe que estiva aqui.
11(FUVEST) O pronome oblíquo está bem colocado em um só período. Qual?
a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente.
b) Segundo deliberou-se na sessão, esper5o que todos apresentem-se na hora conveniente.
c) Me entenda! Lhe não disse isto!
d) Os conselhos que dão-nos os pais,levamo-los em conta tarde.
e) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me.
12-
(TJ-SP)
I – Nem filhos, nem netos, ninguém lhe dava ouvidos.
II- Quando o viu na sala, dirigiu-lhe a palavra.
III – Me avisarma do acidente por telefone.
Nas frases anteriores, a colocação pronominal está correta em:
a) I, apenas;
b) II, apenas;
c) III, apenas;
d) I e II, apenas;
e) I, II e III.
13((MACK) Assinale a alternativa incorreta quanto à colocação pronominal:
a) às vezes, o afasto dos insípidos conselhos da tia velha.
b) Pode ser arriscado, mas não é sem arriscar que se ganha.
c) Que mal lhe fizemos?
d) Não posso castigá-las, pois naõ desobedeceram às minhas ordens.
e) Garanto que há coerência no método que se lhe seguiu.
14(CESGRANRIO) Logo que você [...] , é claro que eu [...] da melhor maneira possível, ainda que isto [...]
serviço.
a) me chamar - atendê-lo-ei - me atrase;
b) chamar-me - atendê-lo-ei - atrase-me;
c) me chamar - o atenderei - me atrase;
d) me chamar - o atenderei - atrase-me;
e) chamar-me - atenderei-o - atrase-me.
o
15(CESGRANRIO) Há erro de colocação pronominal em uma das alternativas. Assinale-a:
a) Em se tratndo de perfumes, ainda prefiro os franceses.
b) Deus vos ouça e dê boas inspirações!
c) Não vás arrepender-te de haver-me esperado.
d) Tinha esquecido-se de conferir o resultado da loteria.
e) Quando nos viu, afastou-se e nem sequer nos cumprimentou.
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AULA II – FUNÇÕES E USOS DO “QUE"
Leia as frases a seguir e observe a partícula QUE:
Apenas ajudante do médico?
O enfermeiro é mais que isso!
Nesse exemplo, a palavra QUE classifica-se como conjunção subordinativa comparativa, servindo de
conectivo, e introduz a oração subordinada adverbial comparativa.
Que livros de enfermagem você tem lido ultimamente?
Na frase acima, a palavra QUE classifica-se como pronome interrogativo adjetivo, é usada na frase
interrogativa e exerce a função sintática de adjunto adnominal.
A medicina trava luta de morte contra os males que ameaçam a saúde das pessoas.
Aqui, a partícula QUE classifica-se como pronome relativo substantivo; refere-se a seu antecedente
“males” e pode ser substituída por “os quais”. Além de introduzir a oração subordinada adjetiva
restritiva, exerce a função sintática de sujeito do verbo “ameaçam”.
Não creio que a medicina atual vá exterminar todas as formas de câncer.
Agora, no período composto acima, a palavra QUE é uma conjunção subordinativa integrante,
servindo de conectivo, e introduz a oração subordinada substantiva objetiva direta.
Pode-se observar que a palavra QUE admite várias classificações morfológicas, exercendo funções
sintáticas diferentes dentro da oração, dependendo do contexto em que está inserida. Para uma análise
de aprofundamento das particularidades assumidas pela partícula QUE – tanto no quesito morfológico
quanto sintático -, apresentamos o quadro a seguir:
FUNÇÃO MORFOLÓGICA
SUBSTANTIVO
ocorre apenas quando
nomeamos a própria palavra –
deve ser acentuada e precedida
de determinante
PREPOSIÇÃO
liga dois verbos de uma locução
verbal – equivale à preposição
“de”; normalmente junto ao
verbo “ter”
FUNÇÃO SINTÁTICA
exerce as funções próprias do
substantivo (núcleo do sujeito,
objeto direto ou indireto,
preditivo do sujeito, etc.)
por ser um conectivo/conjunção
não tem função sintática
INTERJEIÇÃO
exprime espanto, admiração,
por ser interjeição, não tem
sentimento, surpresa; vem
função sintática
seguida de ponto de exclamação
e é acentuada; Usa-se também
a variação: “O quê!”
ADVÉRBIO
quando se refere a adjetivo ou a
EXEMPLOS
Dá para perceber um quê de
mistério nisso tudo.
Esse casarão tem um quê
assustador.
Ele tem certo quê misterioso.
Estes quês estão mal
empregados na frase.
“Se eu quiser falar com Deus,
tenho que ficar a sós.”
Tenho que sair mais cedo.
Tiveram que enfrentar a
situação.
Temos que estudar.
Quê! Você ainda não atendeu
aquele paciente?
O quê! Você por aqui?!
Quê! Você quem fez isso?
Quê! Você vai deixá-los sair
agora?
Que lindas são aquelas
crianças!
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advérbio, sempre com
circunstância de intensificador:
advérbio de intensidade;
equivale a “quão”
adjunto adverbial de intensidade
PRONOME RELATIVO
retoma um termo da oração
antecedente, projetando-o na
oração consequente; equivale a
“o qual” (e suas flexões); é
pronome relativo substantivo
introduz a oração subordinada
adjetiva e tem muitas funções
sintáticas (todas as funções do
pronome relativo – sujeito,
objeto direto e indireto,
complemento nominal, etc.)
PRONOME INDEFINIDO
equivale a “quão, quanto,
quanta”; acompanha o
substantivo e será sempre
pronome adjetivo – normalmente
em frases exclamativas
PRONOME INTERROGATIVO
pronome substantivo –
substitui o substantivo e equivale
a “que coisa”; junto ao ponto de
interrogação, leva acento
pronome adjetivo –
acompanha/determina um
substantivo; pode ser substituído
por “qual/quais”
CONJUNÇÕES
relacionam entre si duas
orações; podem ser orações
coordenadas e subordinadas:
CONJUNÇÃO
COORDENATIVA
ADITIVA
adjunto adnominal
exerce as funções próprias do
substantivo (núcleo do sujeito,
objeto direto ou indireto,
preditivo do sujeito, etc.)
adjunto adnominal
introduz oração coordenada
sindética aditiva... (= e)
introduz oração coordenada
sindética explicativa... (= pois)
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
INTEGRANTE
introduz orações subordinadas
substantivas...
CONJUNÇÃO
Que houve com você?
Você precisa de quê?
Que fazer numa situação
dessas?
Aconteceu o quê?
Que dia é hoje?
Que clube você frequenta?
Que livros você comprou?
Que equipes foram
classificadas?
por serem meros conectivos,
as conjunções não têm
função sintática
CONJUNÇÃO
COORDENATIVA
EXPLICATIVA
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
CAUSAL
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
COMPARATIVA
Que longe é a sua casa!
Que bom você ter vindo!
Que caro!
Que longe é aquela cidade!
Não encontramos as pessoas
que saíram.
O cantor que chegou é muito
famoso..
Encontrei as chaves que
estavam perdidas.
Gosto de ver as folhas que
caem no outono!
Que mulher belíssima, meu
amigo!
Que dinheiro gasto à toa!
Que tempo estranho: ora faz
calor, ora faz frio!
Que coisa interessante!
introduz oração subordinada
adverbial causal... (= porque)
introduz oração subordinada
adverbial comparativa...
(precedida de mais, menos;
= como, tal qual)
introduz oração subordinada
Trabalha que trabalha e nunca
vê dinheiro.
Aquele vendedor fala que fala e
nunca diz nada.
Falou sim, que eu escutei.
Não vá, que sentirei saudade.
Abra a porta, que quero entrar!
Venha logo, que é tarde.
Não quero que você vá.
Espero que me entendam.
Desejo que você venha.
Esperamos que você se cure.
Não irei ao show que vai chover.
Não ia fazer nada sozinho, que
eu não sou bobo.
Fiquei mais triste (do) que você.
Come mais (do) que coelho.
Ele era simples, simples, que
nem uma criança.
Fez tanto exercício que cansou.
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SUBORDINATIVA
CONSECUTIVA
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
FINAL
PARTÍCULA EXPLETIVA
OU DE REALCE
quando seu emprego é
desnecessário; se retirada da
frase, não faz diferença;
aparece, na expressão “é que”
adverbial consecutiva...
(precedida de tanto, tal,
tamanho, tão)
introduz oração subordinada
adverbial final... (= para que)
não possui nenhuma função
sintática
A rapidez da máquina era tal,
que escapava a toda
compreensão.
Faço votos que vocês se
entendam.
Devia conter meu coração, que
não pulasse.
Eu é que sei!
E que doido que eu fui.
Quase que perco o jogo.
Vocês que são os culpados.
“O perfume é que tem perfume
no perfume da flor!”
QUESTÕES
16(CESGRANRIO) “Oh! que altos são os segredos da Providência divina!” (Padre Vieira), a palavra destacada é::
f) conjunção subordinativa causal;
g) conjunção subordinativa integrante;
h) pronome relativo;
i) pronome interrogativo;
j) advérbio de intensidade.
17os
f)
g)
h)
i)
j)
(F. Carlos Chagas) Nos versos de Vinícius de Moraes:
“a beleza que não é só minha
que também passa sozinha.”
conectivos destacados classificam-se como:
pronome substantivado;
conjunção integrante;
conjunção causal;
conjunção explicativa;
pronome relativo.
18-
f)
g)
h)
i)
j)
(FUVEST) Leia o texto abaixo e assinale corretamente a função sintática do pronome relativo que:
“Menino que mora num planeta
azul feito a cauda de um cometa
quer se corresponder com alguém
de outra galáxia.”
sujeito;
objeto direto;
adjunto adverbial de intensidade;
predicativo do sujeito;
objeto indireto.
19(FUVEST) Identifique a alternativa que classifica corretamente a função do que nas frases a seguir:
I - Espero que os homens pensem, com amor, em seu velho planeta.
II - A criança doente que chorava era a felicidade e a esperança da família.
f) pronome indefinido substantivo - preposição;
g) conjunção integrante - pronome relativo;
h) pronome relativo - substantivo;
i) advérbio - pronome indefinido adjetivo;
j) conjunção subordinativa causal - partícula expletiva.
20(CESGRANRIO) Assinale a alternativa que contém um que classificado morfologicamente como partícula expletiva
(ou de realce):
f) “Oh! que revoada, que revoada de asas!”
g) “A vida é tão bela que chega a dar medo!”
h) “O vento que vinha desde o princípio do mundo / Estava brincando com teus cabelos...”
i) “Nós é que vamos empurrando, dia a dia, sua cadeira de rodas.”
j) “Havia uma escada que parava de repente no ar.”
21(FUVEST) Marque o item em que a regência empregada atende ao que prescreve a norma culta da língua escrita:
a) A causa por que lutou ao longo de uma década poderia tornar-se prioridade de programas sociais de seu estado.
b) Seria implementado o plano que muitos funcionários falaram a respeito durante a assembleia anual.
c) A equipe que a instituição mantinha parceria a longo tempo manifestou total discordância da linha de pesquisa escolhida.
d) Todos concordavam que as empresas que a licença de funcionamento não estivesse atualizada deveriam ser afastadas do
projeto.
e) Alheio aos assuntos sociais, o diretor não se afinava com a nova política que devia adequar-se para desenvolver os
projetos.
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22(F.Carlos Chagas) Em: “Pedra que rola não cria limo.”, o que pode ser classificado como:
a) pronome interrogativo;
b) pronome indefinido;
c) pronome relativo;
d) conjunção integrante;
e) conjunção coordenativa.
23(CESGRANRIO) No trecho: “Ouves acaso quando entardece / Vago murmúrio que vem do mar.”, a palavra que
pode ser classificada como:
a) pronome interrogativo;
b) pronome exclamativo;
c) pronome integrante;
d) pronome indefinido;
e) pronome relativo.
24(MACK-SP) Assinale a alternativa cuja relação é incorreta:
a) Sorria às crianças que passam. – pronome relativo;
b) Declaram que nada sabem. – conjunção integrante;
c) Que alegre manifestação a sua. – advérbio de intensidade;
d) Que enigmas há nessa vida! – pronome adjetivo indefinido;
e) Uma ilha que não consta no mapa. – conjunção coordenativa explicativa.
25(F.Carlos Chagas) Aponte a alternativa na qual a palavra que exerça a função de objeto direto
a) Que belo dia está fazendo!
b) Contarei a você, que é meu amigo.
c) Este é o prefeito de que precisamos.
d) Este é o exercício que acertei.
e) O aluno que estuda é recompensado.
26(F.Carlos Chagas) “Nos perigos grandes o temor é maior muitas vezes que o perigo.” A palavra destacada é:
a) pronome interrogativo;
b) pronome relativo
c) pronome indefinido;
d) conjunção subordinativa consecutiva;
d) conjunção subordinativa comparativa
27(UNIP-SP) O que está com função de preposição na alternativa:
a) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga!
b) Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és!
c) João não estudou mais que José, mas entrou na faculdade.
d) O fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro.
e) Não chore, que eu já volto.
28(PUCCamp.) Assinale a alternativa onde a palavra em destaque é pronome:
a) O homem que chegou é meu amigo.
b) Notei um quê de tristeza em seu rosto.
c) Importa que compareçamos.
d) Ele é que disse isso!
e) Vão ter que dizer a verdade.
29(CESGRANRIO) Na frase: “Você é que pensa que a vida flui segundo as leis do poder!”, a palavra que classifica-se,
respectivamente, como:
a) partícula de realce / pronome relativo;
b) advérbio de intensidade / conjunção integrante;
c) advérbio de intensidade / pronome relativo;
d) conjunção integrante / pronome relativo;
e) partícula de realce / conjunção integrante.
30(FAAP-SP) No período: “Há pouco tempo me disse que quisera ter nascido princesa.”, a palavra destacada é:
a) conjunção subordinativa final;
b) conjunção subordinativa consecutiva;
c) conjunção subordinativa integrante;
d) conjunção subordinativa concessiva;
e) conjunção subordinativa proporcional.
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AULA III – FUNÇÕES E USOS DO “SE”
Observe a partícula SE, destacada nas frases a seguir:
“Os jovens sabem se divertir!”
No exemplo acima, a palavra SE classifica-se como pronome pessoal do caso oblíquo e exerce a
função sintática de objeto direto.
“Se a Europa não é um ‘produto acabado’, muito menos o Brasil.”
Nesse caso, a partícula SE classifica-se como conjunção subordinativa condicional e introduz oração
subordinada adverbial condicional, servindo de conectivo – sem função sintática.
“Lixo atômico, chuva ácida, efeito estufa, extinção de espécies, desertificação:
Viva-se em um mundo desses!”
Nessa frase, a palavra SE classifica-se como pronome pessoal do caso oblíquo e é considerada
partícula expletiva ou de realce, podendo ser retirada da oração sem perda de sentido.
Assim, observa-se que a partícula SE admite várias classificações, exercendo funções sintáticas
diferentes; para saber quais as classes gramaticais e as funções sintáticas da partícula SE, veja o
quadro a seguir:
FUNÇÃO MORFOLÓGICA
SUBSTANTIVO
aparece antecedida de artigo ou
qualquer outra palavra
determinante; quando
nomeamos a própria palavra
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
INTEGRANTE
quando introduz uma oração
subordinada substantiva
CONJUNÇÃO
SUBORDINATIVA
CONDICIONAL
quando introduz uma oração
subordinada adverbial
FUNÇÃO SINTÁTICA
exerce as funções próprias do
substantivo (núcleo do sujeito,
objeto
direto
ou
indireto,
preditivo do sujeito, etc.)
introduz
uma
oração
subordinada substantiva objetiva
direta (pode-se substituir toda a
oração por “isso”); não tem
função sintática por ser apenas
um conectivo
introduz
uma
subordinada
condicional (= caso)
oração
adverbial
Índice de Indeterminação do
Sujeito ( I.I.S.) – vem ligado a
um verbo que não é transitivo
direto (podem ser verbos:
transitivo indireto, intransitivo e
EXEMPLOS
Estamos estudando as várias
classificações do se.
O
se
é
uma
palavra
monossilábica.
Este se me deixou confuso.
Identifique as funções do se.
Ele não disse se virá.
Perguntei se ele estava feliz.
“Não sei se fico ou passo!”
Nunca se sabe se ele vai chegar
ou não a tempo de discursar.
Quero saber se tudo deu certo.
Só irei, se você também for.
Se ela não vier, agradeceremos.
Continuarei a história se você
ficar quieto.
Se todos tivessem estudado, as
notas seriam altas.
Trabalha-se de dia.
Vive-se bem aqui.
Come-se bem neste boteco.
Precisa-se de operários
especializados.
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Gramática
2º Semestre/2013
PRONOME PESSOAL
DO CASO OBLÍQUO
de ligação) sempre no singular, Neste país, já não se confia
tornando o sujeito indeterminado mais em ninguém.
Não se é feliz em parte alguma.
Partícula Apassivadora (P.A.) – Não se deve punir um inocente.
liga-se a verbo transitivo direto e Exigiam-se melhores salários.
verbo transitivo direto e indireto Vendem-se casas.
na
voz
passiva
sintética; Cobrem-se botões.
também denominado pronome Consertam-se bicicletas.
apassivador – sem função Ali ainda se viam grandes
sintática
florestas.
Partícula Expletiva ou de Realce Ele se morria de ciúme pelo
– pode ser retirada da frase sem patrão.
prejuízo algum para o sentido; Passavam-se os dias, e nada
liga-se a verbos intransitivos, acontecia.
geralmente
–
por
ser Aquela garota morre-se de
descartável, não possui função amores por meu irmão.
Todos se foram, logo que
sintática alguma
amanheceu.
Parte Integrante do Verbo – faz A mulher arrependeu-se do que
parte de verbos essencialmente fez.
pronominais, ou seja, verbos O lavrador orgulhava-se da boa
que
só
se
conjugam safra.
acompanhados de pronome Ajoelhou-se no chão e rezou.
pessoal oblíquo; sem nenhuma O técnico vangloriava-se com o
função sintática
sucesso do time.
Queixou-se duma dor de
cabeça que a torturava.
Pronome Reflexivo – tem valor
de “a si mesmo”, exercendo as
funções sintáticas de:
Objeto Direto
Objeto Indireto
Sujeito
de um verbo no infinitivo
Ela se penteou.
Ele cortou-se com a faca.
O rapaz olhou-se no espelho.
A atriz se atribui muito valor.
Ele arroga-se direitos demais.
Ela se dá muita importância.
Mãe e filha queriam-se muito
bem. (objeto indireto recíproco)
Os jogadores davam-se as mãos
antes da partida.(obj. ind. recíproco)
Ele deixou-se ficar ali mesmo.
Sofia deixou-se estar à janela.
Aquela senhora deixou-se guiar
pelo jovem rapaz.
QUESTÕES
31(CESGRANRIO) Aponte a alternativa em que o se exerce a função de sujeito do infinitivo:
a) A televisão deixou-se ficar como um veículo de propaganda cultural.
b) Necessita-se de menos interferência crítica na formação da personalidade.
c) Discutiu-se, com veemência, sobre os valores éticos a serem preservados pela sociedade.
d) Os habitantes do território nacional reservaram-se o direito da livre iniciativa e expressividade.
e) Os torcedores agrediram-se nas arquibancadas.
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Gramática
2º Semestre/2013
32(CESGRANRIO) Aponte a alternativa que corresponde à seguinte descrição: se = partícula apassivadora:
a) O carro sumiu-se na poeira da estrada ao longe.
b) O operário se mutilara durante a realização de sua atividade diária.
c) Mulheres se odeiam subjetivamente.
d) Lavam-se cortinas e carpetes por preços módicos e facilitados.
e) Alunos queixavam-se, professores queixavam-se, só havia queixas...
33-
(FUVEST) No exemplo abaixo, classifique a conjunção, assinalando a única resposta certa:
“Não sabíamos se deveríamos tomar o trem ou o ônibus.”
a) conjunção subordinativa concessiva;
b) conjunção subordinativa condicional;
c) conjunção subordinativa integrante;
d) conjunção subordinativa conformativa;
e) conjunção subordinativa causal.
34(F. Carlos Chagas) “Há um se empregado incorretamente nesse texto.” A alternativa em que a palavra se tem a
função idêntica à da frase acima é:
a) Ela se afastou pensativa.
b) Não se queixaram de nada.
c) Quando se precisa, ninguém aparece.
d) Algum se ficou sem explicação?
e) Verei se posso ajudar.
35(CESGRANRIO) A partir dos seguintes trechos: “... e nunca mais se soube o que era blasfêmia...” e “Dentro dos sons
movem-se cores...”, assinale na alternativa correta:
a) O pronome átono se exerce a função de partícula apassivadora na voz passiva analítica.
b) O pronome átono se exerce a função de partícula apassivadora na voz passiva pronominal.
c) O pronome átono se exerce a função de partícula apassivadora na voz ativa.
d) O pronome átono se é parte integrante do verbo.
e) O pronome átono se exerce a função de pronome reflexivo.
36(MACK-SP) “Sumiu-se por entre as matas e a cena não se pode descrever.” A palavra se, destacada no período
anterior, é respectivamente:
a) partícula de realce / pronome apassivador;
b) pronome reflexivo / pronome apassivador;
c) partícula de realce / pronome reflexivo;
d) pronome apassivador / pronome reflexivo;
e) pronome reflexivo / pronome reflexivo.
37(Pref.de Guarulhos) O se, destacado na oração: “(...) rola para dentro e se espalha.”, funciona como:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) pronome apassivador;
d) objeto indireto;
e) partícula de realce.
38(FUVEST) “Não se veem pessoas neste recinto.” A palavra destacada na frase anterior é classificada como pronome:
a) relativo;
b) reflexivo;
c) apassivador;
d) interrogativo;
e) indeterminador do sujeito.
39(F.Carlos Chagas) “O herdeiro, longe de compadecer-se, sorriu e, por esmola, atirou-lhe três grãos de milho.” O se
no trecho anterior é:
a) índice de indeterminação do sujeito;
b) pronome (partícula) apassivador;
c) pronome pessoal reflexivo;
d) partícula expletiva;
e) parte integrante do verbo.
40(TJ-SP) Classifica-se o termo em destaque na frase: “Ele se impôs essa postura desde criança.”
a) partícula de realce;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) pronome apassivador;
e) índice de indeterminação do sujeito.
41(TJ-SP) Assinale sintaticamente o pronome reflexivo em destaque: “O caçador feriu-se.”
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) predicativo do sujeito.
42(FUVEST) A classificação da palavra se está correta em:
a) Passavam-se os meses e nenhuma notícia chegava. – parte integrante do verbo;
b) Venha à festa se estiver disposta. – conjunção integrante;
c) Quero perguntar-lhe se você está satisfeita. – conjunção subordinativa condicional;
d) Com o susto, deixou-se cair no sofá. – partícula de realce;
e) Compram-se bonecas de louça. – partícula apassivadora.
43(F.Carlos Chagas) Aponte a alternativa na qual o se é índice de indeterminação do sujeito:
a) Trabalha-se dia e noite.
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b) Pedro atirou-se na piscina.
c) Ela se faz de boba.
d) Ele julga-se um grande sábio.
e) Consertam-se eletrodomésticos.
44(CESGRANRIO) Aponte o período em que a palavra se seja uma conjunção subordinativa integrante:
a) A tristeza daquela jovem se funda em problemas sociais.
b) Em suas palavras, não se separam mentiras e verdade.
c) Se essa obra fosse impressa no Brasil, teria o valor de oito mil reais.
d) Os dirigentes indagaram se seriam ordens adequadas a seus subalternos.
e) Os chefes administrativos mantêm0-se atualizados quanto a questões existenciais das mais complexas.
45(TJ-SP) Uma das alternativas apresenta o pronome reflexivo se:
a) “Capitu deixou-se fitar e examinar.”
b) Voltarei cedo se quiseres.
c) Queixou-se das questões do concurso.
d) Alugam-se apartamentos.
e) Precisa-se de pedreiros.
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AULA IV - DIFICULDADES DA LÍNGUA PORTUGUESA
Há, na Língua Portuguesa, muitas palavras ou expressões que, às vezes, oferecem dúvidas quanto
ao correto emprego. Apresentamos, a seguir, alguns casos que provocam dificuldades:
a cerca de - acerca de - cerca de - há cerca de
a cerca de / cerca de = significam aproximadamente, mais ou menos:
Estamos a cerca de dois quilômetros do Hospital Universitário.
Meu avô contava nessa época cerca de oitenta e oito anos.
acerca de = significa a respeito de, sobre:
Nada disse acerca de seus problemas.
/
Discute-se muito acerca da violência urbana.
Amanhã o professor falará acerca do aparelho reprodutor feminino.
há cerca de = indica um tempo já transcorrido (pode ser substituído por “faz mais ou menos”):
Estivemos aqui há cerca de uns dez anos. /
Trabalho como enfermeiro há cerca de quinze anos.
a fim - afim
a fim = indica uma finalidade, equivale a “com o objetivo de”, faz parte da locução adverbial “a fim de”:
Vive reclamando a fim de me irritar. / Estudo bastante a fim de ser aprovado num concurso pública.
afim = significa semelhante, análogo, que tem afinidade; é um adjetivo variável:
O seu projeto é afim ao meu. / Temos objetivos afins. / O ferido teve assistência de médicos e afins.
a menos de - há menos de
a menos de = expressa ideia de tempo futuro, quantidade ou distância aproximada; é uma locução
prepositiva:
Estamos a menos de cinco quilômetros do centro da cidade. / Estamos a menos de um mês do Natal
O candidato à diretoria clínica do Hospital Municipal discursava a menos de vinte eleitores.
há menos de = é a locução “menos de” antecedida do verbo “haver” empregado na indicação de tempo
passado; o “há” pode ser substituído por “faz”:
O navio zarpou há menos de meia hora. / O paciente veio a óbito há menos de dez minutos.
A última Copa do Mundo ocorreu há menos de dois anos.
.
ao invés de - em vez de
ao invés de = indica oposição, significando “ao contrário de”:
Ao invés de baixar, o custo de vida aumenta cada vez mais.
em vez de = indica substituição, significando “no lugar de”:
Em vez de ir à faculdade, eles preferiram ir à balada.
ao encontro de - de encontro a
ao encontro de = significa aproximar-se de, em direção de, ser favorável a:
Assim que a vi chegar, fui ao encontro dela / Suas ideias vêm ao encontro de minhas pretensões.
Correu ao encontro do pai e abraçou-o. / Suas vontades vêm ao encontro dos meus desejos.
de encontro a = tem o sentido de oposição, choque, colisão, ser contrário a:
A criança foi de encontro à porta de vidro e machucou bastante a cabeça.
Somos muito diferentes: suas ideias vêm sempre de encontro às minhas.
Seus argumentos sempre vêm de encontro aos nossos. / O motorista foi de encontro ao poste.
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a princípio - em princípio - por princípio
a princípio = significa inicialmente, no começo:
A princípio, sua sugestão pareceu-me boa, mas depois percebi que não era muito propícia.
A festa, a princípio estava chata. / Marina, a princípio não disse nada que a prejudicasse.
em princípio = significa teoricamente, em tese, antes de tudo:
Em princípio sua sugestão é muito boa; vamos vê-la na prática.
Toda criança, em princípio, tem direito à educação. / Em princípio, creio que você tenha razão.
por princípio = tem o significado de por forte razão, por convicção, em virtude de valores morais:
Por princípio, não fumo nem bebo. / Por princípio religioso, não critico crenças alheias às minhas.
a par - ao par
a par = significa ciente, bem informado:
Já estamos a par de tudo o que ocorreu. / Todos os funcionários estão a par das negociações.
ao par = essa expressão só deve ser empregada para indicar equivalência cambial:
O real e o dólar, assim como o euro e o ien, já estiveram quase ao par.
à toa - à-toa
à toa = significa em vão, a esmo; é uma locução adverbial – devendo sempre ser empregada sem hífen:
“Estava à toa na vida, / o meu amor me chamou...” / Pus-me a passear à toa pela cidade vazia.
à-toa = quer dizer impensado, inútil, desprezível, insignificante; trata-se de um adjetivo, modificador de
um substantivo (o hífen se justifica pois representa uma palavra e nãouma locução):
O jogador foi expulso por uma atitude à-toa. / Cobraram-me caro por um servicinho à-toa.
Aquele sujeito é incapaz de uma boa ação; é um sujeito à-toa.
demais - de mais
demais = pode ser um advérbio de intensidade (= muito / excessivamente) ou um pronome indefinido
(sinônimo de “os outros”, “os restantes”):
Não se deve trabalhar demais.
/
Acho que você fuma demais, meu rapaz.
Saí antes que os demais convidados percebessem. / Os demais turistas chegarão amanhã cedo.
de mais = é o contrário de “de menos”:
Venderam ingressos de mais para o jogo. / Não percebi nada de mais nas suas perguntas.
Alguns possuem regalias de mais; outros, de menos. / Necessito de mais alguns dias de férias.
dia-a-dia - dia a dia
dia-a-dia = é um substantivo composto, sinônimo de cotidiano:
Esta é a atividade que realizo no meu dia-a-dia. / O dia-a-dia das enfermeiras é bastante cansativo.
dia a dia = é uma locução adverbial, equivale a “todos os dias”, diariamente:
Vou erguendo minha casa bem devagar, dia a dia. / Dia a dia, alguns pacientes vão se recuperando.
embaixo - em baixo
embaixo = é um advérbio de lugar, significa sob, debaixo de:
O bebê brincava embaixo da mesa da sala de jantar. / O menino escondeu-se embaixo da cama.
em baixo = é uma locução adjetiva, formada por preposição “em” + adjetivo ”baixo”:
Falou firme, porém em baixo tom de voz.
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enquanto - em quanto
enquanto = é uma conjunção subordinativa, inicia uma oração subordinada adverbial temporal:
Enquanto a mãe faz o almoço, a empregada arruma a casa.
em quanto = é uma locução pronominal interrogativa, formada pela preposição “em” + pronome
interrogativo “quando”:
Em quanto tempo você fez todo esse trabalho?
há - a
há = equivale ao verbo “fazer / existir”, indicando tempo transcorrido; presente o indicativo do verbo
“haver”:
Não se encontram há tempos. / “Há mulheres no ‘Ateneu”, senhores!” / Saiu daqui há duas horas.
a = é uma preposição (emprega-se quando não é possível fazer a substituição por “faz / existe”);
também pode ser um artigo definido singular feminino (indicando ideia de futuro):
Estamos a poucos dias do final do mês.
/
Daqui a pouco os convidados chegarão.
Essa é a escola em que estudei. / Moro a dois quilômetros do trabalho.
mal - mau
mal = é antônimo de “bem” – advérbio de modo; pode ser substantivo – quando estiver antecedido de
artigo ou outro determinante; e também conjunção subordinativa adverbial temporal – sinônimo de
“assim que” e “quando”:
advérbio: O candidato foi mal recebido pelos eleitores. / Aquele rapaz sempre fala mal de nós.
substantivo: O mal nem sempre vence o bem. / Evitem o mal que o fumo provoca.
conjunção temporal: Mal você saiu, ela chegou. / Mal o desfile começou, desabou um temporal.
mau = é antônimo de “bom” – adjetivo:
Ninguém suporta mais o seu mau humor. / Não era mau rapaz, apenas um pouco preguiçoso.
Adiamos a viagem devido ao mau tempo. / Não estavam maus os trabalhos dos alunos.
mas - mais - más
mas = é uma conjunção coordenativa adversativa – equivale a porém, todavia, entretanto, contudo,
entanto (exprime ideia de oposição):
Ele leu todo o livro, mas não entendeu a história. / Estudou bastante mas não passou nos exames.
mais = pode ser um advérbio de intensidade (sinônimo de “muito”) ou um pronome indefinido (antônimo
de “menos”):
Procure agir com mais cautela, meu filho! / Quero mais sobremesa. / Ele errou mais; eu, menos.
más = é um adjetivo feminino pluralizado:
Conheço algumas mulheres muito más.
/
Os pacientes não gostam das más enfermeiras.
nenhum - nem um
nenhum = é antônimo de “algum” – pronome indefinido:
Nenhum candidato foi reprovado nesse concurso. / Não confio em nenhum desse médicos.
nem um = equivale a nem um só, nem um sequer, nem um único – locução pronominal:
Não tenho nem um centavo no banco. / Não vou esperá-la nem um minuto a mais.
onde - aonde - donde
onde = usa-se com verbos que exprimem estaticidade, permanência; verbos que não regem a
preposição a:
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Onde você está? / Não sei ainda onde vou me internar. / Não lembro onde coloquei minhas chaves.
aonde = emprega-se com verbos que indicam movimento, deslocamento; verbos que exigem a
preposição a – por exemplo: ir, chegar, dirigir-se:
Aonde você vai? / “Que os leve aonde sejam destruídos.” / Sei bem aonde você quer chegar, amigo!”
donde = de maneira rara, emprega-se na indicação de procedência, origem:
“Quem vem... Donde? De Deus?” / “... com ventos contrários e desvia / donde o piloto falso a leva...”
porventura - por ventura
porventura = significa acaso, por acaso:
“Porventura, meu Deus, estarei louco?” /
Aprenderemos mais nas próximas aulas, porventura?
por ventura = significa por sorte:
Por ventura, ele escapou da morte!
/
O paciente, por ventura, curou-se completamente.
senão - se não
senão = advérbio - equivale a caso contrário, a não ser; também pode ser substantivo – significando
obstáculo, defeito, equívoco (sempre que estiver antecedido por determinante):
Saia daí, senão vai se molhar. / Entre, querida, senão ficará gripada. / Não faz nada senão reclamar.
Não há nenhum senão em sua ficha profissional. / Nunca sei usar o senão.
se não = equivale a se por ventura não, , caso não – introduz orações subordinadas condicionais:
Se não quiser, não faça. / Se não houver a participação de todos, seremos derrotados.
tampouco - tão pouco
tampouco = corresponde a também não – conjunção coordenativa aditiva:
Ela não olhava para mim, tampouco me dirigia a palavra.
tão pouco = corresponde a muito pouco – locução adverbial:
Trabalhamos demais, porém ganhamos tão pouco!
QUESTÕES
46(CESGRANRIO) Qual das expressões abaixo, quando inserida corretamente na frase a seguir, indica oposição,
contradição?
“O projeto político daquele senador vem [...] interesses da população.”
a) ao encontro a;
b) ao encontro dos;
c) de encontro aos;
d) aos encontros dos;
e) dos encontros dos.
47(CESGRANRIO) Observe as preposições a seguir e assinale a opção que contém, em sequência, os termos corretos
para preencher as lacunas:
I – Após deixara prisão, por diversas vezes ele faz [...] uso da liberdade. (mal / mau)
II – Voltou [...] pouco, declarando que dali [...] pouco tornaria a sair. (há / a)
III – Perguntei-lhe [...] tinha comprado esse CD. (aonde / onde / donde)
IV – Ele caminhou alegremente [...] seu
amigo. (ao encontro de / de encontro a)
V – É cada vez mais [...] a soma para pagar o colégio dos filhos. (vultuosa / vultosa)
a) mal - a - há - aonde - ao encontro de - vultosa;
b) mal - há - a - aonde - de encontro a - vultuosa;
c) mau - a - há - donde - de encontro a - vultuosa;
d) mau - há - a - onde - ao encontro de - vultosa;
e) mau - há - há - onde - ao encontro de - vultuosa.
48(F. Carlos Chagas) Observe atentamente as frases abaixo:
1 – “Aonde você mora? / Aonde você foi morar?” (Cidade Negra)
2 – “Moro aonde não mora ninguém!” (Agepê)
3 – Da onde eu vim, a vida era de uma monotonia ímpar. Não havia televisão.
4 – Aonde eu for não importa, desde que seja onde estiveres.
Assinale a alternativa em que o emprego de onde, aonde ou donde esteja de acordo com a variante culta da linguagem:
a) somente a 1 correta;
b) a 1 e a 4 são corretas;
c) somente a 4 é correta;
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d) a 2 e a 3 estão corretas;
e) somente a 3 é correta.
49(CESGRANRIO) Selecione a forma adequada ao preenchimento das lacunas abaixo:
“O [...] aluno foi [...] na prova de inglês, [...] não sabe; se você o [...] , é bom avisá-lo.”
a) mau - mal - mas - vir;
b) mal - mau - mas - ver;
c) mal - mal - mais - ver;
d) mau - mau - mais - vir;
e) mau - mal - mais - vir.
50(F. Carlos Chagas) “Como se não bastasse a suspeita dessas lacunas, o projeto enfrentaria ainda um obstáculo
jurídico.”
Nesse trecho, se não é grafado separadamente porque se trata de uma conjunção condicional seguida de advérbio de
negação. O mesmo ocorre em:
a) Se não fosse a seca, o Nordeste seria um polo agrícola.
b) Fique quieto, se não aparece a polícia.
c) Eu não podia dar se não a minha solidariedade.
d) Encontrou um se não que acabou por engavetar o projeto.
e) Ninguém se não o político pode explicar a negociata.
51(SSP-SP) Assinale a frase com erro de grafia:
a) Ele saiu há muito tempo.
b) A festa seria dali a uma semana.
c) Daqui a alguns meses ele voltará.
d) De hoje há três dias, sairão os resultados.
e) O lugarejo ficava a minutos de carro.
52(F. Carlos Chagas) Aquele estudante americano está sempre com a turma, [...] os colegas não o entendem direito,
[...] fala muito [...] o português. Ele não é o [...] aluno, pois é esforçado e faz [...] trabalhos de pesquisa.
a) mais - porque - mau - mal - bastantes;
b) mas - por que - mal - mal - bastantes;
c) mas - porque - mau - mau - bastante;
d) mas - porque - mal - mau - bastantes;
e) mais - por que - mau - mal - bastante.
53(FUVEST) Qual alternativa está incorreta?
a) A seleção brasileira tem jogado muito mal.
b) Deve-se cortar o mal pela raiz.
c) O mal desempenho da aluna foi muito cirticado.
d) A menina caiu de mau jeito.
e) A carne podre cheirava mal.
54(SSP-SP) Assinale a opção em que a palavra sublinhada está empregada incorretamente:
a) Durma cedo, senão acordará tardeamanhã.
b) Mal começou a chover, o barraco desabou.
c) Disse que há cinco anos ganhou na loteria.
d) Estava mau informado, por isso se equivocou.
e) De hoje a dois meses, pedirei novo empréstimo.
55(MACK) Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas do seguinte período:
“Algumas pessoas não admitem [...] provém sua satisfação, porque não sabem [...] vão os sentimentos, nem [...] mora
a consideração pelo próximo.”
a) donde - onde - onde;
b) donde - aonde - onde;
c) aonde - onde - aonde;
d) aonde - aonde - aonde;
e) donde - aonde - aonde.
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AULA V – ORTOGRAFIA
A ORTOGRAFIA é a parte da gramática que estuda a correta grafia das palavras de nosso idioma.
Acontece que não existe uma equivalência única entre a denominada língua oral e língua escrita, ou
seja, falamos de forma diferente de como escrevemos. Nosso país é de tamanho continental, portanto
há muitas variações de pronúncia em relação às nossas palavras; entretanto, no momento de
ESCREVER, todos, independentemente de como “falam”, devem fazê-lo de uma mesma forma,
respeitando as REGRAS GRAMATICAIS de ORTOGRAFIA.
O Novo Acordo Ortográfico, que entrou em vigor em janeiro de 2012, registra “pequenas alterações”
em nosso sistema de ortografia, o qual ainda não conseguiu atingir um nível de simplificação
satisfatório. As dificuldades são muitas – as 26 letras de nosso alfabeto não são suficientes para
representar todos os fonemas existentes, havendo a necessidade de se usar sinais gráficos,
denominados “notações léxicas” (como os acentos, o til, a cedilha, o apóstrofo e o hífen) -; para tanto,
apresentamos a seguir algumas orientações ortográficas que poderão auxiliar no emprego de uma ou
outra letra – lembrando que esse “emprego” das letras depende também da etimologia (origem) das
palavras -, reforçando a ideia de que, na dúvida, deve-se recorrer a um bom dicionário – até porque a
maioria das REGRAS apresentam “exceções”...
Emprego das letras “g” e “j”
 letra “g”
1 – nos substantivos terminados em “-agem”, “-igem” e “-ugem”:
folhagem - garagem - massagem - viagem - vertigem - fuligem - origem - ferrugem...
Obs. / Exceções: pajem \ lambujem \ viajem (do verbo “viajar” é com “j” em todas a suas flexões)
2 – nas palavras terminadas em “-ágio”, “-égio”, “-ígio”, “-ógio” e “-úgio”:
contágio - estágio - egrégio - colégio - prodígio - litígio - relógio - subterfúgio - refúgio...
3 – usa-se, por tradição e etimologia, em alguns vocábulos:
algema - apogeu - auge - estrangeiro - gengiva - gesto - gibi - gilete - gíria - giz - herege megera - monge - rabugento - rabugice - sugestão - tangerina - tigela - álgebra - agiotagem...
 letra “j”
1 – nas palavras de origem tupi, africana e árabe:
canjica - jenipapo - acarajé - jequitibá - jerimum - jiboia - jiló - jirau - pajé - alforje...
Obs. / Exceção: Sergipe.
2 – formas verbais dos verbos terminados em “-jar”:
Arranjar: arranjei - arranje - arranjemos - arranjem - arranjassem...
Viajar: viajei - viaje - viajemos - viajássemos - viaje - viajeis...
Despejar: despejei - despeje - despejemos - despejem...
3 – usa-se, por tradição e etimologia, em alguns vocábulos:
berinjela - cafajeste - jeca - jegue - majestade - lojista - manjedoura - manjericão - ojeriza projeto - sujeira - sarjeta - traje - varejista - ultraje - jesuíta - gorjear - laje - jeito - anjinho...
Emprego das letras “x” e “ch”
 letra “x”
1 – depois de ”ditongos”:
baixo - baixela - feixe - frouxo - gueixa - trouxa - ameixa - caixa - eixo - faixa - rouxinol...
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2 – depois da sílaba “en-”:
enxada - enxame - enxergar - enxerto - enxotar - enxugar - enxoval - enxada - enxaqueca...
Obs. / Exceções: preencher \ enchapelar (de chapéu) \ verbos encher e encharcar (e seus derivados).
3 – depois da sílaba “me-”
México - mexer - mexerico - mexicano - mexilhão - mexerica...
Obs. / Exceção: mecha (e seus derivados).
4 - nas palavras de origem africana e indígena:
xangô - xará - xavante - xingar - xique-xique - abacaxi - muxoxo - xadrez - orixá - capixaba...
5 – nas palavras aportuguesadas (de origem inglesa e espanhola):
xampu - xelim - xerez - lagartixa - xerife - Xangai...
6 – usa-se, por tradição e etimologia, em alguns vocábulos:
bexiga - bruxa - coaxar - faxina - graxa - lixa - lixo - puxar - rixa - praxe - vexame - xarope xaxim - xícara - xale - almoxarife - caxumba - elixir - engraxate - relaxar - xereta - maxixe...
 letras “ch” - usa-se, por tradição e etimologia, em alguns vocábulos:
bucha - charque - chimarrão - chuchu - cochilo - cochicho - fachada - ficha - flecha - mochila
- pechinchar - tocha - chucrute - chumaço - chutar - piche - rachar - salsicha...
Emprego das letras “s” e/ou “z”
 letra “s”
1 – usa-se nos adjetivos terminados nos sufixos “-oso / -osa”:
cheiroso - formosa - dengosa - horroroso - gostoso - graciosa - teimoso...
2 – usa-se nos vocábulos com sufixos “-ês / -esa / -isa”, indicadores de nacionalidades, títulos de
nobreza e profissões – masculinos e femininos:
francês - francesa - marquês - marquesa - dinamarquesa - duquesa - profetisa - poetisa princesa - milanês - camponesa - inglês - baronesa - português - burguesa...
3 – usa-se nas variantes dos verbos querer e pôr:
quis - pus - quiser - puser - quisesse - pusesse - quiseram - puseram...
4 – usa-se nos derivados de verbos cujos radicais terminam em “-s”:
analisar (de análise) - apresar (de presa) - atrasar (de atrás / atraso) - abrasar (de brasa) pesquisar (de pesquisa) - avisar (de aviso) - visitar (de visita)...
Obs. / Exceção: catequizar (de catequese – há “-s” na sílaba final)
5 – usa-se após “ditongos”:
coisa - faisão - mausoléu - maisena - lousa - Neusa - causo...
6 – usa-se, por tradição e etimologia, em alguns vocábulos:
aliás - através - besouro - querosene - raposa - represa - colisão - cortesia - defesa despesa - empresa - surpresa - tesoura - frase - gás - manganês - mês - três - mesa mesada - usina - paraíso - presa - paisagem - vigésimo - obséquio - reses...
 letra “z”
1 – usa-se com os substantivos abstratos com sufixo “-ez / -eza” formados a partir de adjetivos:
insensatez - mesquinhez - escassez - altivez - magreza - beleza - grandeza - riqueza - mudez
- estupidez - palidez - lucidez - sensatez - avareza - boniteza - limpeza - frieza - gravidez...
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Gramática
2º Semestre/2013
2 – usa-se “-izar” nos derivados de verbos cujos radicais originados de substantivos não apresentem
“-s” em seus radicais:
fertilizar (de fertilizante) - canalizar (de canal) - hospitalizar (de hospital) - atualizar (de atual) civilizar (de civil / civilização) - radicalizar (de radical) - abalizar (de baliza) - ajuizar (de juízo)...
3 – usa-se, por tradição ou etimologia, em alguns vocábulos:
azeite - azedo - amizade - aprazível - buzina - bazar - vazamento - vizinho - chafariz cicatriz...
Emprego das letras “s”, “ss”, “ç”
Vocábulos derivados de verbos com final “-ão”:
1 – “-são” = escrevem-se com “-s” se, antes da sílaba final do verbo, houver “N” ou “R” (por exemplo:
o verbo EXPANDIR tem um “n” antes da sílaba final; portanto, o substantivo EXPANSÃO é com “-s”):
ascensão (de ascender) - conversão (de convergir) - distensão (de distender) - inversão (de
inverter) - pretensão (de pretender) - suspensão (de suspender) - compreensão (de compreender)...
2 – “-ssão”
= escrevem-se com “-ss” quando derivarem de verbos terminados em “-tir” ou “-dir”:
permissão (de permitir) - agressão (de agredir) - demissão (de demitir) - discussão (de discutir) admissão (de admitir)...
Obs. / Exceção: repetiÇão (de repetir)
=escrevem-se com “-ss” quando nos verbos encontram-se as letras “-ced-”:
cessão (de ceder) - concessão (de conceder)...
Obs. / Exceção: exceÇão (de exceder)
3 – “-ção” = escrevem-se com “-ç” os derivados de verbos com terminação “-ter”:
abstenção ( de abster) - atenção (de ater) - contenção (de conter) detenção ( de deter) - retenção (de reter)...
QUESTÕES
56(FUVEST) Assinale a alternativa que contém o período cujas palavras estão grafadas corretamente:
a) Ele quiz analisar a pesquisa que eu realizei.
b) Ele quiz analisar a pesquiza que eu realizei.
c) Ele quis analisar a pesquisa que eu realizei.
d) Ele quis analizar a pesquiza que eu realizei.
e) Ele quis analisar a pesquiza que eu relaizei.
57(FUVEST) Aponte a alternativa que apresenta todas as palavras grafadas corretamente:
a) enxada - bondoso - bexiga - revezamento;
b) faxina - tóxico, canalisar - nobreza;
c) eresia - canzarrão - caxumba - hesitar;
d) hêxito - gorjeio - algema - pesquisa;
e) hegemonia - cangica - xadrez - vazio.
58(CESGRANRIO) Assinale a alternativa em que todas as palavras estejam corretamente grafadas:
a) empolgação - através - extrangeiro - despercebido - auto-falante;
b) eletricista - asterístico - celebral - frustado - beneficente;
c) assessores - pretensão - losango - asterisco - alto-falante;
d) sicrano - vultosa - previlégio - entitular - prazeiroso;
e) eletrecista - pretensão - ascenção - celebral - prazeiroso.
59(CESGRANRIO) Sob o ponto de vista da ortografia, assinale a opção verdadeira em relação às frases abaixo:
I – Durante o regime militar, muitos políticos tiveram seus mandatos caçados e foram exilados.
II – Os detentores do poder anseiam sempre por subjulgar os mais fracos.
III – Os governantes que verdadeiramente respeitam a liberdade dos indivíduos não deveriam ser uma exceção.
a) Apenas a I está correta;
b) Apenas a II está correta;
c) Apenas I e III estão corretas;
d) Apenas a III está correta;
e) Todas as frases estão corretas.
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60- (CESGRANRIO) A grafia de todas as palavras está correta em:
a) O organizador do consórcio foi flaglado numa operação ilegal.
b) A inveja não condis com o perfil de quem se pretende ser chefe de sessão.
c) Ele nunca responde na hora; remoi em casa todos os seus recentimentos.
d) No caso de inssolvência, a empresa terá seus bens empenhorados.
e) A curva inflacionária é ascendente, mas há indícios de que em breve declinará.
61- (F. Carlos Chagas) Assinale a alternativa correta quanto à ortografia oficial:
a) Em novembro de 2004, a discução sobre o aquecimento global tornou-se ainda mais acalorada.
b) O problema é que as nações como o Brasil e a China recuzam-se a reduzir emissões de gases poluentes.
c) Lei aprovada por unanimidade no Senado dos Estados Unidos transfere para jurisdição federal o caso a respeito de
terrorismo.
d) Os americanos afirmam que o acordo vai freiar a economia.
e) O Corinthians venceu o Palmeiras por 2 a 0 numa partida marcada pelo exceço de faltas e pela tenção.
62- (F. Carlos Chagas) A alternativa em que há erro de ortografia é:
a) origem / berinjela / agenda;
b) homenagear / granjear / lisonjear;
c) adágio / gorjeio / égide;
d) abjeto / objeto / ultraje;
e) gente / ginete / jirau.
63- (Pref. de Guarulhos) A alternativa em que todas as palavras se completam com a mesma letra é:
a) ami__toso / e__tagnar / e__trangeiro;
b) trou__emos / e__pairecer / má__imo;
c) anali__ar / oficiali__ar / valori__ar;
d) ine__gotável / te__to / e__pensas;
e) qui__ermos / fi__emos / pu__emos.
64- (Pref. de Guarulhos) “mesmo que [;;;] não conseguiríamos [...] na equipede trabalho o nosso [...] colega.”
a) quiséssemos / encaichar / pretencioso;
b) quiséssemos / encaixar / pretensioso;
c) quiséssemos / encachar / pretensioso;
d) quiséssemos / encaxar / pretensioso;
e) quiséssemos / encaichar / pretencioso.
65- (F. Carlos Chagas) Na oração: “Em sua vida nunca teve muito [...] , apresentava-se sempre [...] no [...] de tarefas
[...].”. As palavras adequadas para o preenchimento das lacunas são:
a) censo / lasso / cumprimento / eminentes;
b) senso / laço / comprimento / iminentes;
c) senso / lasso / cumprimento / iminentes;
d) senso / lasso / cumprimento / eminentes;
e) censo / lasso / comprimento / iminentes.
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AULA VI – PONTUAÇÃO E AMBIGUIDADE
SINAIS DE PONTUAÇÃO
Os SINAIS DE PONTUAÇÃO são recursos próprios da ESCRITA e representam pausas e
entonações da linguagem oral. Por ter um caráter bastante subjetivo, a PONTUAÇÃO não possui regras
rígidas a serem seguidas, mas requerem atenção, pois qualquer deslize pode prejudicar a clareza do
texto escrito. Observemos os principais SINAIS DE PONTUAÇÃO e seus respectivos empregos:
 PONTO FINAL ( . )
Utilizado para encerrar qualquer tipo de período, exceto os terminados por orações interrogativas e
exclamativas; Indica uma pausa longa.
Um experiente jornalista prestou enorme serviço à imprensa brasileira. / Sou estudante. / Anoitecia.
 PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
Utilizado no final de frases interrogativas diretas. Nunca é colocado numa interrogativa indireta, que
deverá ser encerrada com PONTO FINAL.
Entendeu? / Onde estarão as causas dos problemas sociais brasileiros? / Será que vai chover?
 PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
Colocado após determinadas palavras, como as interjeições, e no fim de orações enunciadas com
entonação exclamativa – denotando, entre outras coisas, entusiasmo, alegria, dor, surpresa, espanto,
ordem, etc.
Que bom seria se todos tivéssemos os mesmos direitos! / Não toque em nada! / Ah! Entendi!
 PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
Marca uma pausa mais longa que a VÍRGULA, no entanto menor que a do PONTO FINAL. É
empregado para separar orações coordenadas que já tenham VÍRGULA; para separar orações
coordenadas assindéticas e para separar itens de uma enumeração (por exemplo: os itens das
alternativas de uma questão fechada).
Poderia fazê-lo hoje; contudo só o farei amanhã ./ Uns riem; outros choram. /
Ele prefere cinema; eu, teatro.
 DOIS-PONTOS ( : )
Marcam a suspensão da melodia de uma frase e são utilizados para dar início à fala ou citação e dar
início a uma sequência que explica, esclarece, desenvolve ou discrimina uma ideia anterior.
E o pai perguntou: / - Aonde vai, garoto?
/
Descobri a grande razão da minha vida: você!
 ASPAS ( “ “ )
São empregadas para isolar uma citação textual, destacar uma expressão ou palavra e destacar
palavras estrangeiras, gírias e termos vulgares – além dos títulos de obras de arte em geral.
Entendi o “porquê” do seu projeto. / Como Drummond, “perdi o bonde e a esperança”. /
Ele é um “gentleman”.
 RETICÊNCIAS ( ... )
Marcam a suspensão de uma frase, devido, muitas vezes, a elementos de natureza emocional com a
intenção deliberada de permitir que o leitor complete o pensamento que foi suspenso, ou para marcar
fala quebrada e desconexa, própria de quem está nervoso ou inseguro.
O balão foi subindo... / E eu que trabalhei tanto pensando que... / “O sertanejo é... um forte!”
 PARÊNTESES ( ( ) )
Têm a função de intercalar, no texto, qualquer indicação acessória – indicações, explicações,
comentários.
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Ela (a rainha) é a representação viva da mágoa...
/
Zeugma é a omissão de um termo (geralmente
 TRAVESSÃO ( - )
Serve para indicar que alguém está falando de viva voz (discurso direto). Pode-se usar o TRAVESSÃO
duplo ( - - ) para substituir dupla VÍRGULA, sobretudo quando se quer dar ênfase ou destaque ao
termo intercalado.
Vimos um homem – um mendigo decerto – sentado na calçada. / - De quem são essas pernas?
 VÍRGULA ( , )
Marca uma pequena pausa e pode ser usada: nas datas, para separar localidade; depois do “sim” ou
“não”, usados como resposta nos inícios de frases; para indicar a omissão de um termo; para separar
termos de uma mesma função sintática; para separar o APOSTO e o VOCATIVO; para separar palavras
e expressões explicativas; para separar termos deslocados de sua posição normal na frase; para
separar elementos de um provérbio; para separar orações coordenadas assindéticas; para separar
orações coordenadas sindéticas (à exceção das introduzidas pelas conjunções “e”, “nem” e “ou”); para
separar orações subordinadas adjetivas explicativas; para separar orações reduzidas.
QUESTÕES
66- (FUVEST) Aponte a alternativa pontuada corretamente:
a) Com as graças de Deus vou indo mestre José Amaro!
b) Com as graças de Deus, vou indo mestre José Amaro!
c) Com as graças de Deus, vou indo, mestre José Amaro!
d) Com as graças de Deus vou indo, mestre José Amaro!
e) Com as graças, de Deus, vou indo mestre, José Amaro!
a)
b)
c)
d)
e)
67- (F. Carlos Chagas) Leia atentamente: “A maior parte dos funcionários classificados no último concurso, optou pelo
regime de tempo integral.”. Na frase há um erro de pontuação, pois a vírgula está separando de modo incorreto:
o sujeito e o predicado;
o aposto e o objeto direto;
o adjunto adnominal e o predicativo do sujeito;
o sujeito e o predicativo do objeto direto;
o objeto indireto e o agente da passiva.
68- (F. Carlos Chagas) Quando se trata de trabalho científico [...] duas coisas devem ser consideradas
contribuição teórica que o trabalho oferece [...] a outra é o valor prático que possa ter.
a) dois-pontos, ponto-e-vírgula, ponto-e-vírgula;
b) dois-pontos, vírgula, ponto-e-vírgula;
c) vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula;
d) ponto-e-vírgula, dois-pontos, ponto-e-vírgula;
e) ponto-e-vírgula, vírgula, vírgula.
69a)
b)
c)
d)
e)
[...]
uma é a
(CESGRANRIO) Das seguintes redações, assinale a que não está pontuada corretamente:
Os meninos, inquietos, esperavam o resultado do pedido.
Inquietos, os meninos esperavam o resultado do pedido.
Os meninos esperavam, inquietos, o resultado do pedido.
Os meninos inquietos esperavam o resultado do pedido.
Os meninos, esperavam inquietos, o resultado do pedido.
70- (CESGRANRIO) Assinale a opção em que a vírgula está empregada para separar dois termos que possuem a mesma
função na frase.
a) “Minhas senhoras, seu Mendonça pintou o diabo enquanto viveu.”
b) “Respeitei o engenho do dr. Magalhães, juiz.”
c) “E fui mostrar ao ilustre hóspede a serraria, o descaroçador e o estábulo.”
d) “Depois da morte do Mendonça, derrubei a cerca.”
e) “Não obstante essa propaganda, as dificuldades surgiram.”
71- (F. Carlos
a) Bem
b) Bem
c) Bem
d) Bem
e) Bem
Chagas) Assinale a alternativa em que o texto está corretamente pontuado:
te dizia eu, que iriam a bons resultados as tuas paixões.
te dizia eu que, iriam a bons resultados as tuas paixões.
te dizia eu que iriam a bons resultados, as tuas paixões.
te dizia eu que iriam a bons resultados as tuas paixões.
te dizia eu que iriam, a bons resultados as tuas paixões.
72- (CESGRANRIO) Assinale a frase com erro no uso da vírgula:
a) Fui à faculdade; não o encontrei, porém.
b) Depois falaram, o professor, os pais, os alunos e o diretor.
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c)
d)
e)
No dia 15 de novembro, feriado nacional, foi proclamada a República.
Pelé, Ministro dos Esportes, está preocupado com a violência.
Chirac, que é presidente da França, ainda não suspendeu as experiências nucleares.
73- (ITA-SP) O teste seguinte refere-se ao trecho do texto “Morte e Vida Severina” de João Cabral de Melo Neto. Leia-o
atentamente para respondê-la.
“- Muito bom dia, senhora,
Que nessa janela está;
Sabe dizer se é possível
Algum trabalho encontrar?”
No primeiro verso, senhora vem entre vírgulas porque o termo é:
a) um aposto;
b) um sujeito deslocado;
c) um predicativo;
d) um vocativo;
e) um sujeito simples.
74- (Cásper Líbero-SP) Dos trechos abaixo, extraídos de “Dom Casmurro” de Machado de Assis, assinale aquele que está
incorreto quanto à pontuação:
a) “Que é, Bentinho?”
b) “Dá licença, perguntou, metendo a cabeça pela porta.”
c) “Não, eu não sou como outros, certos parasitas, vindos de fora para desunião das famílias, aduladores baixos, não.”
d) “Dita a palavra, apertou-me as mãos com as forças todas de um vasto agradecimento, desprendeu-se e saiu.”
e) “Uns sapatos, por exemplo, uns sapatinhos rasos de fitas pretas que cruzavam no peito do pé e princípio da perna.”
75- (ESPM-SP) Observe as frases abaixo e verifique a justificativa entre parênteses sobre o uso de dois-pontos:
I – “O que mais penso, testo e explico: todo-o-mundo é louco.” (esclarecimento)
II – Em um de seus poemas, a escritora Cecília Meireles afirma: “A vida só é possível reinventada.” (citação)
III – Eis os motivos pelos quais foram demitidos os diretores: traição, corrupção e desvio de verbas. (enumeração)
a) todas estão corretas;
b) somente I e II estão corretas;
c) somente II e III estão corretas;
d) somente I e III estão corretas;
e) todas estão erradas.
AMBIGUIDADE
A AMBIGUIDADE é um recurso de linguagem muito utilizado na publicidade e na propaganda –
quando não é um deslize do emissor (por exemplo: “Pedrinho, vi a Célia passeando no Shopping com
sua irmã.” – há um “defeito” nessa frase que causa duplo sentido: a utilização do pronome possessivo
sua, que pode indicar que era a irmã da Célia ou a irmã do Pedrinho; essa AMBIGUIDADE nos
impossibilita interpretar a frase correta e coerentemente); a AMBIGUIDADE é um recurso poderoso para
captar a atenção do leitor, porque apresenta uma espécie de “charada” que precisa ser decifrada. Esse
recurso, junto às campanhas publicitárias, surte bastante efeito – a interpretação de um texto
publicitário, ou de propaganda, depende da observação da imagem e do texto. A AMBIGUIDADE é,
portanto, o efeito que um texto ou imagem produz ao comunicar simultaneamente várias mensagens.
Observe alguns exemplos:
CELULITE – CREMES ESPECIAIS
Está disponível no mercado um dos produtos mais famosos,
Indicado para a redução da celulite. [...] reduz visivelmente
a celulite incrustada em 14 dias.
(“Drogasil Viver Feliz” – folheto publicitário, maio de 2002)
Uma leitura atenta revela que a expressão “em 14 dias” pode referir-se ao período de tratamento (reduz
em 14 dias) ou ao tempo em que a celulite estaria incrustada. A ambiguidade aqui é determinada pela
estrutura sintática, isto é, pela organização da frase. Considerando que se trata de um anúncio sobre
tratamento da celulite, provavelmente a leitura mais adequada seria: “reduz em 14 dias”.
“Sítio Bom Jardim, apresenta Forró Sertanejo com a banda
Casa Nova, no dia 30 de outubro, a partir das 21 horas. Mulher
acompanhada até 24 horas não paga. Venha e participe desta
festa.”
(Jornal “Vale ADC’S, outubro de 1999)
Percebe-se que há ambiguidade no trecho “mulher acompanhada durante 24 horas não paga”, pois
possibilita diversas interpretações: 1 – Mulher não paga, se chegar até meia-noite acompanhada; 2 – A
mulher que ficar acompanhada até meia-noite não paga; 3 – A mulher que estiver acompanhada, se
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ficar até meia-noite na festa, não paga – ou seja, fica a critério do receptor depreender qual foi a
intenção do emissor.
A ambiguidade, assim como o duplo sentido em um texto pode não ser um erro, mas um
recurso de estilo. Não há, necessariamente, descuido na elaboração da mensagem, mas exploração
proposital de várias interpretações. Trata-se de um recurso bastante comum para criar humor, chamar a
atenção do leitor ou enfatizar uma determinada ideia.
Em 2001, a Antárctica realizou a ”Promoção Caçulinhas do Brasil”: com as garrafinhas de guaraná,
eram oferecidas réplicas de pelúcia de animais típicos da fauna brasileira. Leia o slogan da campanha:
“Só o Guaraná Antarctica Caçulinha
poderia fazer uma promoção desta natureza”.
Há, nessa frase, uma palavra polissêmica – natureza – que pode ser lida como uma referência à fauna
brasileira ou como sinônimo de “tipo”. Ao contrário do que se nota quando a ambiguidade é um vício de
linguagem, a dupla leitura, nesse caso, não deseja ser eliminada, ela é intencional.
“O QUE FAZ UMA BOA METRÓPOLE.”
Observe que a frase acima admite duas interpretações possíveis: 1 – O que uma boa metrópole oferece
aos seus moradores e 2 – O que faz com que uma cidade seja uma boa metrópole.
A leitura literal do texto abaixo produz um efeito de humor por causa da ambiguidade. Observe:
“As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. A decisão atende
a uma portaria de dezembro de 1991, do Juizado de Menores, que proíbe que as casas de vídeo
aluguem, exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos. A portaria proíbe ainda os
menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais.”
(“Folha Sudeste”, 6/6/1992)
A passagem “sem a companhia ou autorização dos pais”, que se encontra no último período do texto,
produz humor; afinal, é engraçada uma situação em que os pais acompanhem os filhos ao motel. Uma
sugestão para evitar essa dupla interpretação seria: “A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos
de frequentarem rodeios sem a companhia ou autorização dos pais e de irem a motéis sem a
autorização dos responsáveis.”.
QUESTÕES
76- Dentre as seguintes frase, assinale aquela que não contém ambiguidade:
a) Peguei o ônibus correndo.
b) Esta palavra pode ter mais de um sentido.
c) O guarda deteve o suspeito em sua casa.
d) O menino viu o incêndio do prédio.
e) Deputado fala na reunião do canal 2.
77- “Muita gente que passou pela escola não consegue ler, pois sente dificuldade em entender as frases. São os
chamados “analfabetos funcionais”, pessoas treinadas para decodificar os signos da linguagem escrita, mas
incapazes de transformar esse ato em compreensão e conhecimento.”
(FCCultura, Déficit de leitores, Ricardo Soares, s/d)
O problema apontado no texto pode desencadear as reflexões a seguir, exceto uma. Aponte-a.
a) A valorização do ensino interfere na qualidade da educação e por conseguinte no desenvolvimento do país. Numa
sociedade competitiva como a nossa, aqueles que não estudaram infelizmente não devem mesmo integrar o mercado de
trabalho.
b) As políticas educacionais dos últimos governos têm procurado dar acesso à escola para todas as crianças, mas nem
sempre a uma escola de qualidade.
c) O analfabetismo funcional revela o mal-estar de nossa educação, na medida em que nem sempre a escola contribui para
formar cidadãos de fato.
d) O ato de ler vai além da mera decodificação de signos da língua escrita, mobilizando o leitor a fazer relações entre
informações disponíveis.
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78- “Ainda hoje se ouve dizer que as pessoas cometem erros quando falam ou escrevem, que nossa língua está em
crise, como se tivesse contraído uma doença degenerativa, o que pode ser considerado uma visão elitista e
preconceituosa da língua, pois adota como correto um padrão chamado culto, autorizado, que corresponde ao
padrão daqueles que têm mais acesso aos bens sociais e culturais produzidos pela sociedade.”
Assinale a alternativa livre dessa manifestação preconceituosa:
a) A gramática é a arte de falar e escrever corretamente.
b) Não podemos admitir a difusão de gírias que ofendam o idioma nacional.
c) Minha pátria é a língua portuguesa.
d) Os estudantes de hoje não sabem falar, imagine escrever!
e) Uma editora séria não comete erros de português em suas publicações.
79- “(...) defendemos a adoção de normas e o investimento na formação de brinquedistas*, pessoas bem mais
preparadas para a função do que estagiários que têm jeito e paciência para cuidar de crianças.”
(“VEJA-SP”, 13/08/2003) *brinquedistas = neologismo que designa as pessoas que brincam com as crianças em creches,
escolas e brinquedotecas.
A ambiguidade desse texto deve-se:
a) às expressões de comparação “bem mais / do que”;
b) à ausência de flexão do pronome relativo “que” em “que tem jeito”;
c) à distinção das funções sintáticas de “brinquedistas” e de “estagiários”;
d) à ausência de vírgula após a palavra “estagiários”;
e) à ordem dos termos.
80- Na frase “Não há homens sem valores morais, por mais rudimentares que sejam.”, ocorre uma ambiguidade, pois o
termo rudimentares pode ser relacionado tanto a “valores morais” quanto a “homens”. Assim, não se sabe se os
homens são seres “rudimentares / toscos” ou se os valores morais é que são “rudimentares / elementares”.
Apresentam-se a seguir propostas para se desfazer a ambiguidade.
I – Não há homem sem valores morais, por mais rudimentar que seja.
II – Não há homens sem algum valor moral, por mais rudimentares que sejam.
III – Não há homens sem valores morais, por mais toscos que seja.
Só não se desfaz a ambiguidade em:
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e II;
e) II e III.
81- Num jornal de televisão, o apresentador anunciou:
“As lojas comerciais fecham
sexta-feira, mas abrem domingo,
por causa do feriado.”
A declaração permite várias interpretações, porque não se conhece o contexto, faltam informações. Dessa maneira, a única
interpretação não adequada é:
a) As lojas ficarão fechadas por dois dias.
b) Por causa do feriado, as lojas abrirão no domingo.
c) Por causa do feriado na sexta-feira, as lojas fecham dois dias.
d) As lojas fecham no feriado da sexta-feira.
e) Somente as lojas fecham por dois dias e reabrem no domingo.
82- Leia um fragmento do conto “Maria do Ahu”, do escritor português José Régio.
“O pai de Maria era um pobre cabouqueiro que trabalhava de vez em vez, se embebedava quando podia, e não tinha o
que se diz mau fundo. Acabara por ficar viúvo com dois gandulos e a rapariga.”
(José Régio. In”Histórias de Mulheres”)
Identifique a alternativa que indica o sentido de cada um dos termos destacados, respectivamente:
a) cavouqueiro - má índole - meninos - menina;
b) cavoucador - má pessoa - pássaros - moça;
c) carvoeiro - passado condenável - pássaros - menina;
d) cavouqueiro - mau caráter - meninos - menina;
e) cavoucador - má pessoa - meninos vadios - menina.
83- Leia o trecho de uma carta que o escritor Mário de Andrade escreveu, em 1942, para Fernando Sabino.
“O problema da sinceridade, da espontaneidade: não me lembro o que lhe disse na carta anterior. Como escrevo carta
sem guardar cópia e o mais... espontânea e sinceramente possível, desde já exijo de você a complacência com os calos!
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Gramática
2º Semestre/2013
Entendeu! Me explico: Exijo de você que aceite os meus exageros e até contradições. Afinal não estou escrevendo um tratado
mas apenas nos procurando viver milhor. [...] Onde que vamos parar com a sinceridade!... Mas, reconheço: tudo é porque
não conceituam sinceridade nem espontaneidade. Sinceridade pra com o quê? Espontaneidade imediata ou superior? Você
conhece coisa mais espontânea que uma fábula de La Fontaine?”
(Mário de Andrade. “Cartas a um jovem escritor”)
O emissor, Mário de Andrade, explica o sentido do termo calos, porque:
a) o contexto não é suficiente para que o leitor entenda o sentido do termo;
b) tem consciência de que o destinatário não conhece a gíria por ele empregada;
c) deseja desfazer previamente a possível ambiguidade que o termo pode gerar;
d) tem consciência de que o leitor não está habituado a interpretar os sentidos figurados, criados pelo contexto;
e) o termo é polissêmico e, no contexto, é necessário que seja entendido em um só sentido.
84- Sejam as frases abaixo:
“Participe da campanha contra a criminalidade do Jornal da Manhã!’
“Encontra-se à venda um massageador para pés de madeira.”
“10 de janeiro: início do Campeonato de Futebol Inglês.”
A dificuldade de compreensão das sentenças, que provocam ambiguidades, reside:
a) no emprego inadequado da preposição;
b) na ordem inadequada dos termos;
c) na falta de concordância gramatical entre os termos;
d) na impropriedade vocabular da locução adjetiva;
e) no uso inadequado da regência de alguns verbos.
85- Interpreta-se incorretamente o sentido da frase “Tudo vale a pena se a alma não é pequena” em:
a) Tudo vale a pena quando grande é a alma.
b) Não vale a pena quando a alma deixa de ser pequena.
c) Quando a alma é grande, não há nada que não valha a pena.
d) Para que tudo valha a pena, deve ser grande a alma.
e) Não sendo pequena a alma, nada há que deixe de valer a pena.
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AULA VII – SEMÂNTICA
SEMÂNTICA é a parte da Gramática que estuda os significados das palavras de um
determinado idioma; no nosso caso, da Língua Portuguesa – um ramo da linguística que analisa a
evolução e as alterações sofridas pelo significado das palavras no tempo e no espaço. De acordo com
as questões de SIGNIFICAÇÃO, podem-se classificar as palavras como: sinônimas, antônimas,
parônimas, homônimas, hipônimas, hiperônimas e polissêmicas. Uma das maneiras de se
organizar as palavras é perceber que entre elas pode haver:
 semelhança de sentido entre dois vocábulos de significação próxima, que constitui a
denominada SINONÍMIA – exemplos: esbelto e magro \ gordo e obeso \ intrépida e destemida \
intumescida e avolumada \ apagar e abolir \ furto e roubo \ desditoso e infeliz \ tragar e beber;
 oposição de sentido entre dois termos; palavras de sentidos contrários entre si, ao que se
denomina ANTONÍMIA – exemplos: velho e novo \ emigrante e imigrante \ longe e perto \
fino e grosso \ pouco e muito \ quente e frio \ bem e mal \ comprido e curto \ quente e frio;
 aproximação de sentido entre palavras, no que se refere ao som e/ou grafia, ao que a linguística
denomina HOMONÍMIA – que se divide em:
I – Homônimos Homófonos Heterográficos - palavras que se pronunciam da mesma forma, mas
cujo sentido e escrita são diferentes. Exemplos: xeque (chefe mulçumano) e cheque
(documento com valor financeiro) \ buxo (tipo de arbusto) e bucho (estômago de animais) \
cozer (cozinhar) e coser (costurar) \ acento (sinal gráfico) e assento (lugar para sentar-se) \
cela (pequeno quarto) e sela (arreio de cavalo) \ cessão (doação), sessão (reunião) e seção
(repartição) \ conserto (reparo) e concerto (apresentação musical);
II – Homônimos Homógrafos Heterofônicos – palavras que se escrevem do mesmo modo, mas
têm a pronúncia e o significado diferentes. Exemplos: começo (“e” fechado – substantivo) e
começo (“e” aberto – verbo começar) \ jogo (“o” fechado – substantivo) e jogo (“o” aberto –
verbo jogar) \ conserto (“e” fechado – substantivo) e conserto (“e” aberto – verbo consertar);
III – Homônimos Perfeitos – palavras iguais tanto na pronúncia quanto na grafia, porém com
significados diferentes – de acordo com o contexto em que se apresentam. Exemplos: cedo
(verbo ceder ou advérbio de tempo) \ manga (fruta, peça do vestuário ou verbo mangar) \
luta (substantivo ou verbo lutar) \ nós (pronome pessoal do caso reto – 1ª pessoa do plural e
plural da palavra “nó”) \ mato (substantivo ou verbo matar);

aproximação e semelhança quanto à pronúncia; entretanto, são totalmente diferentes tanto na
escrita quanto na fala e nos significados; a esse fato, denomina-se PARONÍMIA - exemplos:
descrição (tipo de texto) e discrição (qualidade do que é discreto) \ deferir (conceder) e
diferir (adiar, diferenciar) \ comprida (longa) e cumprida (realizada);
O processo de paronímia pode nos levar a alguns problemas, caso não escrevamos a palavra
corretamente; por esse motivo, seguem-se alguns exemplos de palavras parônimas:
absolver (inocentar)
absorver (consumir, sorver)
apóstrofe (figura de linguagem)
apóstrofo (sinal gráfico)
aprender (instruir-se)
apreender (assimilar)
área ( medida da superfície)
ária (peça musical)
arrear (pôr arreios)
arriar (abaixar, descer)
comprimento (extensão)
cumprimento (saudação)
delatar ( denunciar)
dilatar (ampliar, alargar)
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despensa (local de guardar alimentos)
despercebido (sem ser notado)
discente (relativo a alunos)
emergir ( flutuar, sair da água)
emigrante (quem sai do próprio país)
emigrar (sair de um país)
eminência (excelência)
eminente (ilustre, elevado, importante)
espiar (observar em segredo, espionar)
externo (lado de fora)
flagrante (evidente)
incidente (acontecimento imprevisto, episódio)
inflação (desvalorização do dinheiro)
infligiu (impor, aplicar pena ou castigo)
insipiente (ignorante, imprudente)
ótico (relativo ao ouvido)
peão (trabalhador rural)
prescrever (ordenar, determinar)
recrear (divertir)
retificar (corrigir)
soar (produzir som)
torvo (triste, pesado, sombrio, que causa terror)
tráfego (trânsito, fluxo)
vultoso (volumoso)



dispensa (ser dispensado de algo)
desapercebido (distraído)
docente (relativo a professores)
imergir (afundar, mergulhar)
imigrante (quem entra em país estranho)
imigrar (entrar em um país)
iminência (proximidade de ocorrência)
iminente (prestes a acontecer)
expiar (reparar os pecados, purificar-se)
esterno (osso do corpo humano)
fragrante (aromático)
acidente (desastre)
infração (violação, desobediência às regras)
infringiu (transgredir, desrespeitar leis)
incipiente (que está no começo)
óptico (relativo à visão)
pião (brinquedo de madeira)
proscrever (condenar, expulsar)
recriar (criar de novo)
ratificar (aprovar, validar, aceitar)
suar (verter suor, transpirar)
turvo (opaco, nebuloso, água agitada)
tráfico (comércio ilícito)
vultuoso (inchado, bochechas vermelhas)
relação de sentido genérico entre os vocábulos pertencentes a um mesmo campo semântico,
denominado pela linguística como HIPERONÍMIA – exemplos: fruta é hiperônimo de maçã,
banana, laranja, abacaxi, figo, uva \ ser humano é hiperônimo de homem, mulher, criança;
relação de sentido mais específico entre os significados das palavras pertencentes a um mesmo
campo semântico, denominado HIPONÍMIA – exemplos: vacas, cavalos, cachorros, peixes e
formigas são hipônimos de animais \ alunos, professores e livros são hipônimos de escola;
uma mesma palavra que pode ser empregada com acepções diferentes é o que se chama de
POLISSEMIA (alguns gramáticos não diferenciam POLISSEMIA de HOMÔNIMOS PERFEITOS
- sendo que as palavras tidas como POLISSÊMICAS costumam resultar dos diferentes
significados que vão sendo atribuídos a um mesmo vocábulo no processo evolutivo da língua) –
exemplos: pintar = fazer figuras (Minha prima pintou um quadro.); parecer, dar ares (Ele já não
é mais, mas ainda se pinta de adolescente.); descrever (A mãe pintava a filha como uma
maravilha!); apresentar-se (Pintou um excelente emprego para mim.); maquilar-se (Hoje as
menininhas também se pintam.) \ ponto = sinal de pontuação (Terminei minha redação com
um ponto final.); parada de ônibus (Conheci aquela garota num ponto de ônibus.); laçadas de lã
ou linha no tricô ou crochê (Aprendi um novo ponto para tricotar minhas toalhas.); momento,
instante (Pararam a discussão nesse ponto.); lugar determinado (Parou o carro num certo
ponto da estrada.); registro de entrada e saída do trabalho (Não se esqueça de assinar o ponto
quando for embora.); desistir de algo (Eles entregaram os pontos.); fazer coisas por interesses
(Ela nunca dá ponto sem nó.).
QUESTÕES
86- Leia a frase:
Ele deveria se juntar ao grupo de apoio aos procrastinadores compulsivos,
mas acho que vai adiar a decisão.
Analise a frase acima e escolha a alternativa que apresenta um antônimo de procrastinar:
a) adiar;
b) prever;
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c) prorrogar;
d) antecipar;
e) ratificar.
87- Observe:
I – Eles têm o aval da União Astronômica Internacional... (apoio)
II – Até a contenda ser esclarecida... (controvérsia)
III - ... reúne as condições de temperatura e luminosidade compatíveis com a existência
vida. (adequadas à)
As palavras entre parênteses poderiam substituir as destacadas, sem alterar o sentido da frase, em:
a) I somente;
b) I e II somente;
c) I e III somente;
d) II e III somente;
e) I, II e III.
de
88- Escreva, nos parênteses, V ou F, conforme as palavras [...] mantenham ou não relação de sinonímia entre si, e, a
seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
(___) asco e nojo;
(___) sórdida e abjeta;
(___) raiva e desespero;
a) V - F - V;
b) V - V - F;
c) F - V - F;
d) F - F - V;
e) F - V - V.
89- Observe o anúncio publicitário transcrito a seguir.
Não deixe faltar energia na sua casa.
Leia Bons Fluidos.
A relação de sentido estabelecida para o termo “energia” na propaganda acima é denominada de:
a) Paronímia, visto que apresenta um termo parecido com significados diferentes;
b) Homonímia, porque se refere a um termo igual com significados diferentes;
c) Sinonímia, porque faz referência a um termo diferente com significados iguais;
d) Antonímia, uma vez que emprega um termo diferente com significados opostos;
e) Polissemia, pois se trata de um termo com a propriedade de assumir vários significados no contexto.
90- Os sinônimos de ignorante, iniciante, sensatez e confirmar são, respectivamente:
a) incipiente - insipiente - descrição - retificar;
b) incipiente - insipiente - discrição - ratificar;
c) insipiente - incipiente - descrição - ratificar;
d) insipiente - incipiente - discrição - ratificar;
e) incipiente - insipiente - descrição - ratificar.
91- Assinale a alternativa correta quanto ao uso e grafia das palavras em itálico:
a) Na atual conjetura, nada mais se pode fazer.
b) O chefe deferia da opinião dos subordinados.
c) O processo foi julgado em segunda estância.
d) O problema passou inteiramente despercebido da votação.
e) Os criminosos espiaram suas culpas no exílio.
92- Indique a alternativa em que a palavra destacada tem o mesmo sentido de flanar:
a) Suas lorotas eram de enfadar a gente.
b) É preferível poupar hoje, para ter amanhã.
c) Vi-o estreitar seus valores pela vida.
d) Não é permitido vagabundear pelos corredores.
e) Se alguém girar a maçaneta, logo estará na sala.
93- Há, na língua portuguesa, palavras que apresentam certa semelhança na escrita ou na pronúncia, mas são diferentes no
significado. São as chamadas parônimas. É o caso de mandato (poder concedido / período de desempenho de cargo
eleitoral) e mandado (incumbência / missão / ordem escrita de autoridade pública). Assinale a alternativa em que a palavra
destacada se escreve de acordo com o significado expresso pelo contexto da frase:
a) A motorista foi multada porque infligiu as leis de trânsito.
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b) Professor e orientador deferem nas suas formas de lidar com o aluno.
c) O iminente deputado visitou a Feira de Utilidades Domésticas.
d) Falta bom senso às autoridades para resolver o problema da segurança pública.
e) Minha namorada é vendedora na sessão de artigos esportivos daquele magazine.
94- Observe as frases seguintes:
1 – Esses casos caracterizam uma [ ... ] a leis e normas existentes.
2 – As taxas refletem o ganho do investidor porque levam em conta o impacto da [ ... ] .
3 – À pequena distância, não era possível a [ ... ] dos sinais de trânsito.
4 – A [ ... ] da maconha tem gerado muitas polêmicas na sociedade brasileira.
Assinale a alternativa cujos parônimos preencham, adequadamente e na ordem em que aparecem, as lacunas das frases
acima:
a) inflação - infração - discriminação - discriminação;
b) infração - inflação - discriminação - descriminação;
c) inflação - infração - descriminação - descriminação;
d) inflação - infração - descriminação - discriminação;
e) infração - inflação - descriminação - discriminação.
95- Assinale a alternativa em que a palavra pior assume significado diferente da dos demais casos:
a) Aquele médico agiu da pior forma possível.
b) Quem fica com a pior parte é sempre quem carrega a geladeira; quem leva o fogão acaba sendo beneficiado.
c) Meu marido se comportou pior do que nosso filho, que já não é lá muito simpático.
d) O pior livro do autor é, sem dúvida, o editado em 2001.
e) O garoto tinha sempre o pior desempenho entre os alunos da oitava série.
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AULA VIII – FIGURAS DE LINGUAGEM
A gramática é um conjunto de regras que estabelecem um determinado uso da língua, denominado
norma culta ou língua padrão. Acontece que as mesmas normas estabelecidas pela gramática nem
sempre são obedecidas pelo falante, que, muitas vezes, delas se desvia. Os desvios da norma culta
podem dar-se por vários motivos:
a) O falante desvia-se da norma culta com a finalidade de reforçar a mensagem, construindo uma
mensagem nova, original;
b) O falante desvia-se da norma culta por não conhecê-la ou por não concordar com ela.
Os desvios da norma culta, enquanto reforço da mensagem, vão constituir as denominadas Figuras
de Linguagem, que são recursos a que os falantes / autores recorrem para tornar a linguagem mais rica
e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades
estilísticas do emissor. Para utilizar corretamente as Figuras de Linguagem, é necessário entender os
conceitos de denotação e conotação, ou seja, o uso de palavras ou expressões empregadas no
sentido próprio ou figurado.
DENOTAÇÃO – é o emprego da palavra no seu sentido usual / seu sentido próprio (o significado usual
ou convencional da palavra é o primeiro informado no dicionário; é um tipo de emprego em que a
palavra fica sujeita a apenas uma interpretação); a denotação é própria da linguagem informativa,
científica ou técnica, porque os textos dessa natureza exigem informações claras, objetivas, exatas,
precisas – é o sentido real:
“Ignorando as leis, a empresa usa o trator na área proibida.”
trator = veículo com motor, que se desloca sobre rodas ou esteiras e pode realizar trabalhos pesados; a
palavra “trator”, nessa frase está empregada em seu sentido usual, convencional, portanto no sentido
denotativo.
“O goleiro bateu a cabeça na trave.”
“O lavrador possui mãos bastante ásperas.”
CONOTAÇÃO – é o emprego da palavra fora do seu sentido normal: a ela é atribuído um significado
novo, um sentido conotativo ou figurado – significado esse, criado pelo contexto em que se encontra
a palavra; é um tipo de emprego em que a palavra fica sujeita a mais de uma interpretação; a
conotação é própria da linguagem literária, porque os textos literários expressam o imaginário do autor,
uma realidade criada por ele, fictícia (o objetivo do autor literário é puramente estético, artístico); a
conotação é também muito presente na linguagem falada: “Conheci uma garota que é uma gata!” /
“Abri meu coração para ela!” – é o sentido figurado:
“O operário daquela empresa era um trator.”
trator = a palavra, nessa frase, está empregada fora de seu sentido usual; tem o sentido de “força”,
“capacidade para o trabalho”, “rapidez”; adquire, portanto, um sentido conotativo.
“Conseguiram capturar o cabeça daquela quadrilha.”
“O pai dirigiu palavras ásperas ao filho respondão.”
As Figuras de Linguagem, também chamadas de Figuras de Estilo, são recursos expressivos que
se revelam pelo modo não convencional com que as palavras são trabalhadas e podem ser agrupadas
em:
 Figuras de Palavras / Semânticas;
 Figuras de Pensamento / Semânticas;
 Figuras de Som / Fonéticas / Sonoras / de Harmonia;
 Figuras de Construção / Sintáticas / de Sintaxe;
Obs.: em concursos públicos, são raras as questões relativas às Figuras de Linguagem; em
vestibulares, entretanto, a ocorrência é bastante frequente.
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
Figuras de Palavras – consistem no emprego de palavras ou expressões do ponto de vista
conotativo, ou seja, em sentido diferente do que habitualmente são empregadas (são recursos
expressivos que se encontram nas palavras, quando elas adquirem um sentido novo, diferente
do convencional)
I - COMPARAÇÃO – consiste no confronto entre dois elementos que mantêm uma relação de
semelhança entre si; ligados por nexos comparativos explícitos (como, tal qual, assim como, que nem,
etc.) ou por alguns tipos de verbos (parecer, assemelhar-se, figurar-se, etc.):
A chuva caía como lágrimas de um céu entristecido.
O rapaz é forte como um touro.
“Você há de rolar como as pedras / Que rolam na estrada”
“Antônia, você parece uma lagartixa listada.”
II – METÁFORA – emprego de um termo por outro, dada a relação de semelhança ou a possibilidade
de associação entre elas; substituição de um termo por outro a partir de uma relação de semelhança
entre os elementos que tais termos designam (a metáfora também pode ser entendida como uma
comparação abreviada, em que o nexo comparativo não está expresso, mas subentendido):
“Sua boca é um cadeado / E meu corpo é uma fogueira.”
“O Brasil é novo, é um pivete!”
Aquela mulher é uma víbora.
O passado é uma roupa que não nos serve mais.
III – CATACRESE – emprego de um termo figurado por falta de um específico para dar nome a
determinadas coisas que necessitam de designação; espécie de metáfora em que se emprega uma
palavra no sentido figurado por hábito ou esquecimento de sua etimologia (entretanto, devido ao uso
contínuo, não mais se percebe que a palavra está sendo empregada em sentido figurado):
Os braços da poltrona são macios.
Ninguém coça as costas da cadeira.
A asa da xícara quebrou-se.
O pé da mesa estava quebrado.
IV – METONÍMIA – emprego de um termo em lugar de outro, havendo entre ambos contiguidade,
afinidade de sentido; como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra
que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado (a transposição de
significados não é feita com base em semelhanças e sim de antiguidade – parte pelo todo, autor pela
obra, etc.):
Gosto muito de ler Paulo Coelho. (autor pela obra)
A fome era tamanha que as crianças comeram uma panela de arroz. (o continente pelo conteúdo)
O bonde está cheio de pernas. (a parte pelo todo)
Construí a minha casa com o suor do meu trabalho. (o efeito pela causa)
Meu pai é um bom garfo. (o instrumento pela pessoa que o utiliza)
Ganhei cristais maravilhosos pelo meu casamento. (a matéria pelo objeto)
A criança precisa do carinho e da proteção dos pais. (o singular pelo plural)
A infância é saudavelmente desordeira. (o abstrato pelo concreto)
Quando nasceu meu primeiro filho, ofereci aos amigos um havana. (a marca pelo produto)
Comprou um Graham Bell antigo a preço de banana. (o invento pelo inventor)
A coroa foi disputada pelos irmãos. (o símbolo pela coisa simbolizada)
V – PERÍFRASE – expressão que designa um ser por uma de suas características ou atributos, ou por
um fato que o celebrou; consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com
facilidade:
O mal de Lázaro é uma doença já controlada. (= lepra)
A Cidade Luz continua atraindo visitantes do mundo todo. (= Paris)
O maior estádio do mundo fica no Rio de Janeiro. (= Maracanã)
O Poeta dos Escravos denunciou em seus versos os horrores da crueldade. (= Castro Alves)
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VI – SINESTESIA – consiste na mistura de sensações e impressões percebidas por diferentes órgãos
do sentido humano; é uma espécie de metáfora em que há o “cruzamento” de sensações diferentes:
Aquele doce sorriso me animou. (paladar e visão)
O cheiro doce e verde do capim trazia recordações da fazenda. (olfato, paladar e visão)
Um áspero sabor de indiferença a atormentava. (tato e paladar)
“... e veja, ouça a doce modulação do canto!” (visão, audição, paladar e audição)
“Sobre a terra amarga, caminhos têm sonhos...” (visão e paladar)
Um doce abraço indicava que o pai desculpara o filho. (paladar e tato)

Figuras de Pensamento - são recursos expressivos que se encontram na combinação das
palavras, quando o conteúdo da frase expressa um jogo de conceitos; nas Figuras de
Pensamento, o sentido da mensagem não está explícito, encontra-se subentendido, ou seja, nas
entrelinhas.
I – ANTÍTESE – emprego de palavras ou ideias com sentidos opostos, antônimos; consiste na
aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido:
“Tristeza não tem fim / Felicidade sim!” (Vinícius de Moraes)
“Eu preparo uma canção / que faça acordar os homens / e adormecer as crianças.” (C.D.de Andrade)
“Hoje não vou falar mal nem bem de ninguém” (Ana Carolina)
“Os jardins têm vida e morte!” (Cecília Meirelles)
II – PARADOXO – consiste numa frase / oração de sentido aparentemente absurdo, porque resulta da
reunião de ideias contrárias / opostas:
“É cuidar que se ganha em se perder.” (Luís Vaz de Camões)
“Pra se viver do amor / Há que se esquecer o amor!” (Chico Buarque de Hollanda)
Só o vejo na ausência.
III – EUFEMISMO – emprego de termos mais agradáveis para suavizar uma expressão; substituição de
um termo rude, chocante ou inconveniente por outro mais suave ou atenuante:
Não anda bem da cabeça. (= está maluco)
O prisioneiro faltou com a verdade. (= mentiu)
Você não foi feliz nos exames. (= foi reprovado)
“Levamos-te cansado ao teu último endereço!” (= morto / = sepultura)
IV – IRONIA – consiste na inversão de sentido: afirma-se o contrário do que se pensa, visando-se à
sátira ou ridicularização; ato de se afirmar o contrário do que se pensa num tom sarcástico:
Você está bem levinho com seus 120kg.
Cada vez que você interrompe o colega, sem pedir licença, percebo como é bem-educado.
“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar das crianças.” (Machado de Assis)
“Era um tatu. Nada mais que um tatu, bichinho que rivaliza com a prefeitura na arte de esburacar.”
(Stanislaw Ponte Preta)
V – PROSOPOPEIA - atribuição de características humanas a seres não humanos; empréstimo de
ação, voz ou sentimento a seres inanimados ou imaginários (também denominada personificação):
“A bomba mente e sorri sem dente!” (Carlos Drummond de Andrade)
“O mar passa saborosamente a língua na areia!” (Eduardo Dusek)
O jardim olhava as crianças sem dizer nada.
“As árvores são fáceis de achar / Ficam plantadas no chão / Mamam do céu pelas folhas / E pela
terra / Também bebem água / Cantam no vento / E recebem a chuva de galhos aberto.”
(Arnaldo Antunes)
VI – HIPÉRBOLE – consiste em tornar uma ideia mais expressiva por meio do exagero;
engrandecimento, de forma exagerada, de uma afirmação, a fim de proporcionar uma imagem de
impacto:
Derramou rios de lágrima.
Na época de festas juninas, morro de medo de fogos de artifício.
“Chorou lágrimas de esguicho!” (Nelson Rodrigues)
Ele possuía um mar de sonhos e aspirações.
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VII – APÓSTROFE – interrupção para evocar alguém ou alguma coisa; consiste na interpelação
enfática a alguém ou alguma coisa personificada (é um vocativo):
“Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me, vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
VIII – GRADAÇÃO – consiste na apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax), ou
descendente (anticlímax); sequência de palavras que intensificam uma mesma ideia:
“Anda, corre, voa, senão perdes o trem!” (Othon Garcia)
“Um coração chagado de desejos, / Latejando, batendo, restrugindo...” (Vicente de Carvalho)
“Verso canta-se, urra-se, chora-se!” (Mário de Andrade.
“O trigo nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se, mediu-se...” (Padre Antônio Vieira)
 Figuras de Som – são recursos expressivos que se mostram nos aspectos sonoros das palavras;
utilizam os efeitos que a linguagem realiza para reproduzir os sons emitidos pelos seres em geral –
também denominadas Figuras de Harmonia, Figuras Fonéticas e/ou Figuras Sonoras.
I – ALITERAÇÃO – consiste na repetição de fonemas consonantais no início ou no interior das palavras
– repete, intencionalmente, determinados sons de consoantes na frase / oração / verso:
“Esperando, parada, pregada na pedra do porto.” (Chico Buarque de Holanda)
Ele era bruto, bravo, como a agreste região onde nascera e morrera.
“Apresentou-se a enfermeira sonhada: severa, sadia, solícita.” (Mário de Andrade)
“O vento varria as folhas, / O vento varria os frutos, / O vento varria as flores...” (Cecília Meirelles)
“São Paulo – metrópole / o metrô – bisturi que rasga / o ventre da noite...” (Clínio Jorge)
“Despudorada, dada, / à danada agrada andar seminua.” (Chico Buarque de Holanda)
II – ASSONÂNCIA – emprego de uma sequência ordenada / repetitiva de fonemas vocálicos – repete,
intencionalmente, determinados sons de vogais:
“O que vago e incógnito desejo / de ser eu mesmo de meu ser me deu.” (Fernando Pessoa)
“Esta menina / tão pequenina / Quer ser bailarina!” (Cecília Meirelles)
“A bela bola rola: a bela bola do Raul / Bola amarela, a da Arabela / A do Raul, azul / Rola a
amarela e pula a azul.” (Cecília Meirelles)
III – ONOMATOPEIA – imita o som natural daquilo que representa – é o emprego de uma palavra ou
um conjunto de palavras que sugerem algum ruído (imitação do som natural dos seres):
“Sino de Belém bate bem-bem-bem!” (Manuel Bandeira)
O cóim-cóim dos porcos parecia uma orquestra desafinada.
“Sem o coaxar dos sapos e o cri-cri dos grilos/ como é que poderíamos dormir tranquilos?” (M. Bandeira)
“Não se ouvia mais o plic-plic-plic-plic da agulha no pano!” (Machado de Assis)
IV – PARANOMÁSIA – emprega palavras parônimas, que têm som e grafia semelhantes, mas
significados diferentes – consiste na aproximação de palavras de sons parecidos:
“Há soldados armados, amados ou não!” (Geraldo Vandré)
“Quem vê um fruto / Não vê um furto!” (Mário Quintana)
“Bomba atômica que aterra! Pomba atônita da paz!” (Vinícius de Moraes)

Figuras de Construção - são recursos expressivos que se encontram na organização não
convencional ou usual das termos da frase – também denominadas Figuras de Sintaxe e/ou
Figuras Sintáticas, são os “desvios” que se evidenciam nas construções do período (ocorrem na
concordância, na ordem e na construção dos termos da oração).
I – ELIPSE – consiste no ocultamento de um termo, que fica subentendido, mas que é facilmente
identificado pelo contexto:
“Ele era um que sabia abanar a cabeça, que não, que sim.” (Guimarães Rosa – omissão de “indicando”)
À direita da estrada, sol; à esquerda,chuva. (omissão do verbo “haver)
“Na rua deserta, nenhum sinal de bonde.” (Clarice Lispector – omissão de “não havia”)
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (Machado de Assis – omissão do verbo “haver”)
II – ZEUGMA – também consiste na omissão de um termo, mas de um termo já expresso anteriormente
– uma palavra que já apareceu antes:
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Nem eu o ouvi, nem ele a mim. (omissão de “ouviu”)
“Nossos bosques têm mais vida, nossa vida mais amores.” (omissão de “tem”)
Ele prefere cinema; eu, teatro. (omissão de “prefiro)
O que acalmava o pescador era contar as estrelas; as luzes dos barcos... (omissão de “era contar”)
III – HIPÉRBATO – consiste na inversão da ordem natural (direta) dos termos na oração ou nas
orações de um período:
“De tudo, ao meu amor serei atento / Antes e com tal zelo...” (Luís Vaz de Camões)
(“... serei atento ao meu amo antes de tudo...”)
“Bendito o que na terra o fogo fez, e o teto.” (Olavo Bilac)
(“Bendito o que o fogo e o teto fizeram na terra.”
“Raios não peço ao criador do mundo...” (Bocage)
(“Não peço raios ao criador...”)
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas...” (Hino Nacional Brasileiro)
(“As margens plácidas do Ipiranga ouviram...”)
IV – PLEONASMO – consiste na repetição de um termo ou no reforço de seu significado – redundância
de uma ideia ou de uma função sintática com a finalidade de enfatizar a mensagem:
Vi com meus próprios olhos.
Choramos um choro sentido, mas nos refizemos logo.
A esperança do nordestino era de que a água da chuva aguasse a terra...
“A minha alegria quando ele nasceu, não sei dizê-la.” (Machado de Assis)
V – POLISSÍNDETO – consiste na repetição intencional de um conectivo coordenativo (geralmente a
conjunção “e”):
“... e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre...” (Clarice Lispector)
“E sob as ondas ritmadas / e sob as nuvens e os ventos / e sob as pontes e sob o sarcasmo / e
sob a gosma e sob o vômito (...)” (Carlos Drummond de Andrade)
E falei, e gritei, e gesticulei, e pedi ajuda, mas ninguém parou para me socorrer.
VI – ASSÍNDETO – consiste na supressão de um conectivo entre elementos coordenados:
O cantor interpretava a canção, [e] o público vaiava.
“Nesse ponto Baleia arrebitou as orelhas, arregaçou as ventas, sentiu cheiro de preás, farejou um
minuto, localizou-os no morro, [e] saiu correndo...” (Guimarães Rosa)
“O sol era verde sobre o gramado, a água era dourada sob as pontes, outros elementos eram azuis,
róseos, alaranjados, o guarda-civil sorria, [e] passavam bicicletas...” (C. Drummond de Andrade)
VII – ANACOLUTO – consiste numa interrupção da estrutura sintática em curso para se introduzir uma
outra ideia – é uma interrupção do segmento sintático de uma frase, ficando um termo desprovido de
função dentro da estrutura oracional; é, contudo, semanticamente indispensável à compreensão do
período:
“Eles, o seu único desejo é exterminar-nos!” (Almeida Garrett)
(O pronome “Eles”, com aparência de sujeito, não se integra sintaticamente à oração.)
A vida, nãosei realmente se ela vale alguma coisa.
Umas moedas velhas caídas no funda da gaveta, nós descobrimos o seu valor depois...
VIII – ANÁFORA – consiste na repetição de uma palavra ou expressão para enfatizar o sentido –
normalmente, no início de frases, orações ou versos:
“Quando se vê, já são seis horas! / Quando se vê, já é sexta-feira... / Quando se vê, já terminou o
ano... / Quando se vê, passaram-se 50 anos!” (Mário Quintana)
“Amor é fogo que arde sem se ver / É ferida que dói e não se sente / É um contentamento
descontente / É dor que desatina sem doer!” (Luís Vaz de Camões)
“Se você gritasse, / se você gemesse, / se você tocasse / a valsa vienense...” (C. D. de A.)
“Na solidão solitude, / Na solidão entrei, / Na solidão perdi-me, / Nunca me alegrarei.” (M. Andrade)
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IX – APÓSTROFE – consiste na interpelação enfática a alguém (ou a alguma coisa personificada) –
gramaticalmente, tem a função sintática de Vocativo:
“Meu Deus, por que não morri?” (Álvares de Azevedo)
“Ó Mar Salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)
“Senhor Deus dos desgraçados, dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)
X – SILEPSE – consiste na concordância com a ideia e não com os termos expressos na frase – é o ato
de fazer a concordância com a palavra implícita na mente de quem fala ou escreve, e não com a
palavra explícita no enunciado. Há três tipos de silepses:
1. Silepse DE GÊNERO – a concordância se faz com o gênero gramatical implícito:
Vossa Excelência está preocupado.
A antiga São Paulo da garoa é uma das maiores cidades do mundo.
“Eu não devia dizer / mas essa lua / mas esse conhaque / botam a gente comovido como o diabo.”
(Carlos Drummond de Andrade)
O Rio de Janeiro dos turistas e das belezas naturais é também famosa pelos seus carnavais.
2. Silepse DE NÚMERO – a concordância se faz com o número gramatical implícito:
O bando de moleques brincava com pipa. Não ouviam nem buzina nem chamada da mãe.
“Ninguém tinha notícia do livro, nem supunham que valesse a pena gastar tempo com essas coisas.”
(José de Alencar)
“Os Lusíadas” glorificou nossa literatura.
Aquela antiga gente do vilarejo costumavam ir à igreja para ver casamentos e batizados.
3. Silepse DE PESSOA – a concordância se faz com a pessoa gramatical explícita:
“Quando Cristina acabou, todos a quisemos beijar.” (Virgílio Ferreira)
O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde...
Os brasileiros somos muito hospitaleiros.
Todos sonhamos com um mundo bem menos violento.
QUESTÕES
1- (FUVEST) Assinale a alternativa que apresenta frase com sentido figurado:
a) Essencial para a sobrevivência, a água também determina a riqueza de uma nação.
b) Na semana passada, que marcou o início do outono e o dia mundial da água...
c) A única esperança estava em conter o vazamento, que faz uma enxurrada de diamantes literalmente escapar pelo ralo.
d) Tão essencial à vida quanto o ar que se respira, a água não custa nada...
e) Dono de quase 12% de toda a água doce, (...) o Brasil começa a cobrar pelo uso da água do rio Paraíba do Sul.
2- (F. Carlos Chagas) Observe o enunciado:
“E enquanto todos pulavam no salão, o dólar pulava no câmbio.”.
O verbo “pular” está empregado no primeiro caso no sentido denotativo; no segundo, o sentido é figurado. Também a
palavra “dólar” é usada no sentido figurado. A figura de linguagem empregada no caso de “dólar” é:
a) Antítese, porque, no enunciado, há ideias contrárias relacionadas aos seres representados;
b) Eufemismo, porque, no enunciado, há ideias diminuídas relacionadas aos seres representados;
c) Prosopopeia, porque, no enunciado, há a personificação do ser representado;
d) Metonímia, porque, no enunciado, há relações de contiguidade entre os seres representados;
e) Onomatopeia, porque, no enunciado, imitam-se as vozes dos seres representados.
3- (F.Carlos Chagas) Indique a alternativa em que o exemplo de figura de linguagem não está corretamente classificado:
a) Com a alma purificada, ela partiu para a eternidade. (eufemismo)
b) Cai a tinta da treva sobre o mundo. (metáfora)
c) Em seu louvor hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto. (comparação)
d) As ondas do mar gritam e gemem ao encontro das pedras. (prosopopeia)
e) Rezo para esquecer o que vivo lembrando. (antítese)
4- (F. Carlos Chagas) Leia o trecho: “Só quando Albino surgiu na boca do poço, o sarilho parou de gemer. O rapaz
estava que era um monstro de Lama.” (Mário de Andrade)
No trecho acima, temos respectivamente três figuras de linguagem:
a) Catacrese - prosopopeia - comparação;
b) Metonímia - personificação - metáfora;
c) Metáfora - hipérbole - eufemismo;
d) Sinestesia - pleonasmo - anacoluto;
e) Prosopopeia - onomatopeia - metáfora.
5- (FUVEST) Na frase “(...) data da nossa independência política, e do meu primeiro cativeiro pessoal”, ocorre o mesmo
recurso expressivo de natureza semântica que em:
a) Meu coração / Não sei por que / Bate feliz, / Quando tevê.
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b) Há tanta vida lá fora, / Aqui dentro, sempre, / Como uma onda no mar.
c) Brasil, meu Brasil brasileiro, / Meu mulato inzoneiro, Vou cantar-te nos meus versos.
d) Se lembra da fogueira, / Se lembra dos balões, / Se lembra dos luares dos sertões?
e) Meu bem querer / É segredo, é sagrado, / Está sacramentado / Em meu coração.
6- (FUVEST) A enumeração de substantivos expressa gradação ascendente em:
a) “menino mais gracioso, inventivo e travesso”;
b) “trazia-o animado, asseado, enfeitado”;
c) “gazear a escola, ir caçar ninhos de pássaros, ou perseguir lagartixas”;
d) “papel de rei, ministro, general”;
e) “tinha garbo (...), e gravidade, certa magnificência”.
7- (FUVEST) Assinale a alternativa em que se identifica a figura de linguagem predominante no trecho:
“As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falta de esperança e baixa autoestima se engrenam para criar um tipo de
máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la
funcionando. O analfabetismo é a cavilha.”
a) Eufemismo;
b) Antítese;
c) Metáfora;
d) Elipse;
e) Hipérbato.
8- (CESGRANRIO) Está usada em sentido denotativo a palavra destacada em:
a) Embriagava-se daquela paisagem de intensas cores e cheiros.
b) A cauda batendo com violência na anca, o animal se aproximava garbosamente.
c) Era a brisa do amanhecer que lhe afagava no peito uma tênue esperança.
d) A menção à sua beleza e encantos próprios iluminou-se o sorriso.
e) A freada fez o pneu assobiar no asfalto, mas nada houve além disso.
9- (CESGRANRIO) Na frase “O fio da ideia cresceu, engrossou, e partiu-se.”, ocorre o processo de gradação. Não há
gradação em:
a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.
b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.
c) O balão inflou, começou a subir e apagou.
d) A inspiração surgiu, tomou conta da sua mente e frustrou-se.
e) João pegou um livro, ouviu um disco e saiu.
10(CESGRANRIO) “Descoberto em 1961, após 333 anos debaixo d’água, o navio foi retirado do mar e hoje,
praticamente intacto, está aberto à visitação. Não é possível entrar dentro de suas instalações, mas nas salas ao redor há
diversas exposições que reconstituem a história da embarcação, a saga de seus marinheiros e o processo de retirada do
mar.” (Marcelo Lima)
A expressão grifada no texto é um caso de:
a) Metonímia;;
b) Hipérbole;
c) Ironia;
d) Pleonasmo;
e) Gradação.
11(CETESB) Assinale a alternativa que apresenta uma palavra com sentido conotativo:
a) O sistema seria mais eficiente que o armazenamento de água.
b) Seria desejável que o governo adiasse a obra.
c) O projeto suscita cada vez mais um mar de controvérsias.
d) A obra deverá custar R$ 4,2 bilhões.
e) Os estudos para a obra privilegiaram a questão da quantidade.
12(SSP-SP) A frase: “Vi com os meus próprios olhos!” apresenta a seguinte figura de linguagem:
a) pleonasmo;
b) metáfora;
c) metonímia;
d) paradoxo;
e) eufemismo.
13(SSP-SP) A respeito do vocábulo destacado em “O processo de paz derrapa na justa medida do desejo dos eternos
descontentes.”, pode-se dizer que:
a) está empregado denotativamente;
b) o autor não o empregou em sentido figurado;
c) o autor explora a conotação desse vocábulo;
d) tem o mesmo sentido na frase citada em “o carro derrapa”;
e) está empregada erroneamente, já que seu sentido, no texto, desvia-se de seu significado normal.
14(SSP-SP) Assinale a alternativa em que a palavra destacada está empregada em sentido conotativo:
a) A história colonial brasileira durou três séculos.
b) Foi no século passado que aconteceram as Grandes Guerras.
c) Um século tem cem anos.
d) Já estamos no século XXI.
e) Há séculos ele vem querendo entrar na faculdade.
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15(FCarlos Chagas) Assinale a alternativa em que o termo destacado está empregado em sentido conotativo:
a) O tabagismo encabeça a lista dos fatores de risco.
b) ... contribuem para o aparecimento do câncer.
c) ... aparece sobretudo na língua e no assoalho da boca.
d) ... ele começa em forma de pequenas feridas na boca.
e) ... ou escovar os dentes bruscamente.
16(FUVEST) ANACOLUTO é:
a) O emprego repetido de conjunções coordenativas, especialmente aditivas;
b) A omissão de um termo facilmente subentendido;
c) A quebra da estruturação lógica da oração;
d) A repetição de termo já mencionado ou de ideia já expressa;
e) Erros propositais quanto à concordância da frase.
17(F. Carlos Chagas) “Os excedentes ou rejeitados pela vida nunca têm acesso a nada e sobram na mesa dos pais e
foram desmamados cedo e nasceram sem que ninguém os chamasse e passaram a constituir formas de imperfeição.”
No segmento transcrito, aparece uma Figura de Construção, reconhecida como:
a) Pleonasmo;
b) Polissíndeto;
c) Assíndeto;
d) Anacoluto;
e) Aliteração.
18(F.Carlos Chagas) “Os professores da Universidade vimos desejar-lhes boa sorte.”
Esta oração é um exemplo de Silepse de:
a) Gênero;
b) Número;
c) Pessoa;
d) Gênero e número;
e) Pessoa e gênero.
19(F. Carlos Chagas) Em “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.” (Machado de Assis) há:
a) Pleonasmo;
b) Hipérbato;
c) Silepse de pessoa;
d) Silepse de número;
e) Silepse de gênero.
20(FUVEST) Assinale a Figura de Linguagem da frase seguinte: “Em poucos segundos avistávamos a maravilhosa Rio
de Janeiro.”:
a) Metáfora;
b) Silepse de pessoa;
c) Silepse de gênero;
d) Silepse de número;
e) Anacoluto.
21(SSP-SP) Silepse é:
a) redundância de expressão;
b) repetição desagradável de consonâncias iguais ou semelhantes;
c) expressão idiomática;
d) concordância irregular.
22-
(Pref. de Sorocaba) Leia o trecho a seguir, colocado sobre a pia do banheiro de uma escola:
I – Uso racional da Água
II – Vai colaborar
Ou
III – Vai lavar as mãos?
IV – Água. Usando Bem, Ninguém, Fica Sem.
Há sentido figurado, ao mesmo tempo, apenas em:
a) I;
b) II;
c) III;
d) II e III;
e) III e IV.
23(CESGRANRIO) O escritor Paulo Lins, em seu romance “Cidade de Deus”, expressa o avanço da violência no Brasil,
nas últimas décadas, com a frase:
“Falha a fala. Fala a bala.”
Nas duas frases só não se pode identificar a seguinte figura de linguagem:
a) Paronomásia - pelo trocadilho ou jogo de palavras com apelo sonoro;
b) Aliteração - prela repetição de fonemas consonantais;
c) Assonância - pela repetição da vogal “a”;
d) Perífrase - pela substituição da palavra “violência” por um elemento que a compõe (= bala);
e) Personificação - pela característica humana atribuída à “bala”.
24(F. Carlos Chagas) Assinalar a alternativa correta, correspondente à figura de Linguagem presente nos fragmentos
abaixo:
I – “Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.”
II – “A moral Legisla par ao homem; o direito, para o cidadão.”
III – “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores, porém, discordavam.”
IV – “Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, para, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”
a) anacoluto / hipérbato / anáfora / pleonasmo;
b) hipérbato / zeugma / silepse / assíndeto;
c) anáfora / polissíndeto / elipse / hipérbato;
d) pleonasmo / anacoluto / catacrese / eufemismo;
e) anáfora / silepse / polissíndeto / zeugma.
25-
(Pref. Mauá) Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:
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a) “Água de fonte... água de oceano... água de pranto.” (Manuel Bandeira)
b) “A gente almoça e se coça e só se vicia.” (chico Buarque de Holanda)
c) “Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então.” (Clarice Lispector)
d) “Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor.” (Mário Quintana)
26(F. Carlos Chagas) Todas as frases a seguir estão corretas. Assinale a única que encerra anacoluto:
a) Aos homens parece não existir a verdade.
b) Os homens parece-lhes não existir a verdade.
c) Os homens parece que ignoram a verdade.
d) Os homens parece ignorarem a verdade.
e) Os homens parecem ignorar a verdade.
27(SSP-SP) “Os adultos possuem o poder de decisão; os jovens, incertezas e conflitos.” Na segunda oração do período
acima, ocorreu uma omissão do verbo possuir, modificando a estrutura sintática da frase. Tal desvio constitui uma figura de
construção, reconhecida como:
a) zeugma;
b) assíndeto;
c) elipse;
d) hipérbato;
e) pleonasmo.
28(UNIFESP) Na expressão “... a natureza parece estar chorando...”, do ponto de vista estilístico, temos:
a) antítese;
b) polissíndeto;
c) ironia;
d) personificação;
e) eufemismo.
29(UNIFESP) Em “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.” (Machado de Assis), há:
a) pleonasmo;
b) hipérbato;
c) silepse de gênero;
d) silepse de pessoa;
e) silepse de número;
30(UNIFESP) Assinale a Figura de Linguagem presente na frase seguinte: “Em poucos segundos avistávamos a
maravilhosa Rio de Janeiro.”
a) metáfora;
b) silepse de pessoa;
c) silepse de gênero;
d) silepse de número;
e) anacoluto;
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AULA IX – REVISÃO DE CONCORDÂNCIAS E REGÊNCIAS
QUESTÕES DE CONCORDÂNCIA VERBAL
31(CESGRANRIO) Para se atender às normas de concordância verbal, é preciso corrigir a forma verbal sublinhada na
frase:
a) Não nos parece que sejam irrelevantes quaisquer medidas que visem à preservação de línguas utilizadas pelas minorias.
b) Que não se meça esforços para se preservar ou resgatar um fato cultural que ajude a compreender o nosso passado.
c) Tem havido muitas pressões para garantir os direitos das minorias, tais como a utilização e a veiculação de línguas que
resistem ao desaparecimento.
d) As populações a quem interesse preservar seus direitos históricos devem unir-se e mobilizar-se contra medidas
autoritárias.
e) Caso politicamente não convenha às autoridades do Ministério das Comunicações proibir o programa “Nheegatu”, este será
mantido em sua forma original.
32-
(F. Carlos Chagas-Adaptada) Considere o trecho e as afirmações para responder a esta questão.
Quase metade das grandes descobertas científicas surgiu não da lógica, do raciocínio
ou do uso de teoria, mas da simples observação.
Afirma-se:
I – A norma culta admite também o emprego de “surgiram”, na frase, concordando com “descobertas científicas”.
II – Na substituição de “quase metade” por “cinquenta por cento”, torna-se obrigatória a concordância no plural:
“surgiram”.
III – A flexão no singular “surgiu” decorre da concordância com a palavra mais próxima do verbo (“lógica”, núcleo do
sujeito composto.
Dessas afirmações, somente:
a) I está correta;
b) II está correta;
c) I e II estão corretas;
d) I e III estão corretas;
e) II e III estão corretas.
33(FUVEST) Assinale a frase correta quanto à concordância verbal:
a) Existem possibilidades de o médico não fazer o tratamento adequado, caso não tenha informações adequadas.
b) É possível que os médicos não façam o tratamento adequado, caso não tenha a informação adequada.
c) Sem que hajam informações adequadas, o médico não pode fazer o tratamento correto.
d) Como não têm as informações adequadas, existe a possibilidade de o médico não fazer o tratamento correto.
e) Vislumbra-se possibilidades de os médicos não fazer o tratamento adequado, se não tiver as informações adequadas.
34(F. Carlos Chagas) De acordo com a gramática normativa, a alternativa correta quanto à concordância verbal com o
emprego da palavra “-se” é:
a) “Para agilizar-se as exportações (criando emprego e desenvolvendo nossa indústria) não é necessário alterar a
Constituição nem esperar o novo governo.”
b) “Quem estiver convencido de que é preciso que se efetue alterações profundas na Constituição é porque não conhece
direito.”
c) “Não se constroem partidos sérios com políticos tão oportunistas e fisiológicos.”
d) “Depois de tantas experiências democráticas, ainda não se definiu projetos de estabilidade democrática.”
e) “Diz-se tantas mentiras em períodos de eleição que o povo fica desorientado.”
35(CESGRANRIO) Para preencher de modo correto a lacuna da frase dada, o verbo entre parênteses deverá
obrigatoriamente adotar uma forma do plural em:
a) O que nos dizeres do anúncio [ ... ] (parece) enigmático ao rapaz era o fato de que tal mensagem não se ajustava ao seu
portador.
b) A rotina das experiências interioranas vividas pelo rapaz não o [ ... ] (preparar) para aquela visão.
c) As necessidades de uma emergência [ ... ] (levar) aquele que precisa a se desfazer das joias mais modestas.
d) Se alguém ainda acha que nunca [ ... ] (haver) provas efetivas da insensibilidade humana, que atente para os homenssanduíches.
e) O chapéu velhíssimo, os sapatos deformados, a calça puída,tudo isso [ ... ] (indicar) as agruras da vida do homem
sanduíche.
36(CESGRANRIO) Assinale a alternativa correta a respeito das seguintes frases:
1 – Joaquim é um banana.
2 – Os médicos, muitas vezes, agimos como conselheiros dos pacientes.
3 – Vossa Excelência é o responsável por esse tipo de decisão.
a) Todas as frases são consideradas incorretas, pois apresentam erro de concordância.
b) Na frase 3, a concordância irregular é de número.
c) Na frase 2, a concordância irregular é de número.
d) Na frase 2, a concordância irregular é de gênero.
e) Na frase 1, a concordância irregular é de gênero.
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37-
(UNIFESP)
“João vem!
E há de estar triste ou alegre...”(Mário Quintana)
Substituindo-se João por Eles, obtém-se:
a) Eles vem! E hão de estarem tristes ou alegres.
b) Eles veem! E hão de estar tristes ou alegres.
c) Eles vêm! E hão de estar triste ou alegre.
d) Eles vêm! E hão de estar tristes ou alegres.
e) Eles vem! E hão de estar tristes ou alegres.
38(UNIFESP) Assinale a alternativa cuja sequência enumera corretamente as frases:
( 1 ) concordância verbal correta
( 2 ) concordância verbal incorreta
(___) Ireis de carro tu, vossos primos e eu.
(___) O pai ou o filho assumirá a direção do colégio.
(___) Mais de um dos candidatos se insultaram.
(___) Os meninos parece gostarem de brincar.
(___) Faz dez anos todos esses fatos.
a) 1 - 2 - 2 - 2 - 1;
b) 2 - 2 - 2 - 1 - 2;
c) 1 - 1 - 2 - 1 - 1;
d) 1 - 2 - 1 - 1 - 2;
e) 2 - 1 - 1 - 1 - 2.
39(FGV-SP) Observe a concordância dos verbos existir e haver nas frases abaixo:
I – Existem livros antigos maravilhosos.
II – Há tanta coisa que é escrita hoje simplesmente para defender os interesses do autor ou grupo que dissemina essa ideia.
É correto afirmar:
a) Se fosse empregado o verbo HAVER, na frase I, ele seria flexionado no plural, visto tratar-se de sinônimo de EXISTIR.
b) Se fosse empregada a forma plural “tantas coisas”, na frase II, o verbo HAVER permaneceria no singular.
c) Se fosse empregado DEVER como verbo auxiliar de EXISTIR, na frase I, aquele seria conjugado no singular: “deve existir
livros maravilhosos”.
d) HAVER tem, na frase II, o mesmo sentido que tem na frase “havia escrito coisas importantes”, por isso a flexão no
singular.
e) Na frase II, se fosse empregado ol verbo EXISTIR e o plural “tantas coisas” seria indiferente empregar o verbo o singular
ou no plural (“existe” ou “existem”).
40(FUVEST) Qual a frase com erro de concordância?
a) Para o grego antigo, a origem de tudo se deu com o caos.
b) Do caos, massa informe, nasceu a terra, ordenadora e mãe de todos os seres.
c) Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que o homem precisa para seu equilíbrio.
d) Ela mesma cria um ser semelhante que a protege: o céu.
e) Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que nascerá todos os seres viventes.
41(FUVEST) “... e por ali não existia sinal de comida.” Com o substantivo grifado no plural, também é correto escrever:
a) ... e por ali não existia sinais de comida.
b) ... e por ali não haviam sinais de comida.
c) ... e por ali não poderia existir sinais de comida.
d) ... e por ali não poderia haver sinais de comida.
e) ... e por ali não ia existir sinais de comida.
42(CESGRANRIO) Assinale a alternativa em que, mesmo posta no plural a expressão grifada, mantém-se o verbo no
singular:
a) ... este caso insignificante (...) talvez haja desviado o curso dela.
b) Escapava-me a significação da réplica.
c) O meu protagonista enleara-se nesta obsessão.
d) Devia existir uma razão econômica...
e) ... que na acusação houvesse algum fundamento.
43(CESGRANRIO) Observe as frases abaixo:
1 – Quais de vós dirias a verdade?
2 – Tudo eram alegrias naquela casa.
3 – Como é bom cerveja gelada no verão.
4 – Bateu dez horas agora mesmo na Catedral.
Assinale a alternativa correta quanto à concordância:
a) 2 e 4 estão corretas;
b) 2 e 3 estão corretas;
c) todas estão corretas;
d) 1 e 3 estão corretas;
e) n.d.a.
44(ESPM) Indique a frase inteiramente correta quanto à concordância verbal:
a) A propaganda, nas classes em que estão os muito pobres, não terão como vender seus produtos.
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Gramática
2º Semestre/2013
b) As pessoas do povo, sempre a seu modo, tem conseguido assimilarem mensagens e formas publicitárias.
c) Não deixará de acender sua vela a Nossa Senhora da Aparecida aqueles torcedores atraídos pela mídia eletrônica.
d) Assuadas prestações mensais são o sacrifício que fazem os consumidores mais pobres.
e) Às pessoas do povo parecem conveniente assimilar de outro modo as formas e mensagens da propaganda.
45(F. Carlos Chagas) Ainda que [...] imprevistos, não [...] motivos para que se mantenham [...] os acordos.
a) hajam - faltará - presentes;
b) haja - faltarão - presentes;
c) haja - faltará - presente;
d) hajam - faltarão - presentes;
e) hajam - faltará - presente.
QUESTÕES DE CONCORDÂNCIA NOMINAL
46(CESGRANRIO) Em apenas uma das opções a frase é completada corretamente com a palavra entre parênteses.
Marque-a:
k) Todos entrariam no departamento exatamente ao meio-dia e [ ... ] . (meia)
l) Era preciso mais amor e [ ... ] intolerância para viver melhor. (menos)
m) Ela [ ... ] fará toda a tarefa. (mesmo)
n) Os desenhos das células seguem [ ... ] na próxima semana. (anexas)
o) Os candidatos estudavam [ ... ] satisfeitos com o resultado. (bastante)
47(F. Carlos Chagas-Adaptada) Indique a opção em que não é possível colocarmos na lacuna o adjetivo “novos”:
k) Doei à firma XIS duas mesas e um computador [ ... ] .
l) Adaptei ao meu automóvel antigo freios e ar-condicionado [ ... ] .
m) Aprecio [ ... ] autoras de teatro e escritores de novelas.
n) Conheci ontem [ ... ] médicos e enfermeiras do Hospital Geral.
o) Comprei um caminha e dois automóveis [ ... ] .
48(FUVEST) Assinale a alternativa em que a concordância nominal está errada:
k) Submetia sua frieza a exagerada postura e controle.
l) Submetia sua frieza a postura e controle exagerados.
m) Submetia sua frieza a postura e controle exageradas.
n) Submetia sua frieza a exagerado controle e postura.
o) Submetia sua frieza a postura e controle exagerado.
49(FUVEST) Quanto à concordância nominal, as lacunas das frases:
k) “Era talvez meio-dia e [ ... ] quando fora preso.”
l) “Decepção é [ ... ] para fortalecer o sentimento patriótico.”
m) “Apesar da superlotação do alojamento, havia acomodações [ ... ] para os homens.”
n) “Os documentos dos candidatos seguiam [ ... ] às listas de inscrição.”
o) “As fisionomias dos homens eram as mais desoladas [ ... ] naquele cortejo.”
são preenchidas, respectivamente, por:
a) Meia - bom - bastantes - anexos - possíveis;
b) Meio - bom - bastantes - anexo - possíveis;
c) Meia - boa - bastante - anexo - possível;
d) Meio - boa - bastante - anexos - possível;
e) Meia - bom - bastantes - anexo - possível.
50(Adaptada de diversos) Observando a concordância nominal das frases abaixo:
I – É necessário compreensão.
II – A compreensão é necessária.
III – Compreensão é necessário.
IV – Para quem a compreensão é necessário?
verificamos que:
a) Apenas a I e a IV estão erradas;
b) Apenas a II e a III estão erradas;
c) Apenas a IV está errada;
d) Apenas a II está errada;
e) Todas estão certas.
51-
(SSP-SP) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas:
“Ela [...] preparou as provas. Por isso, teve que estudar as literatura [...] e [...] .”
a) mesma - portuguesas - espanholas;
b) mesmo - portuguesa - espanhola;
c) mesmo - portuguesa - espanholas;
d) mesma - portuguesa - espanhola;
e) mesmo - portuguesas - espanhola.
52-
(SSP-SP) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas:
“Seguem [...] as encomendas que você me pediu. Agora estou [...] com você.”
a) anexo - quite;
b) anexa - quites;
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a) anexo - quites;
b) anexas - quites;
c) anexas - quite.
53(F. Carlos Chagas) Assinale a alternativa que completa, corretamente, na sequência, as frases abaixo:
Todos os quartéis estavam [...] .
Vitamina é [...] para a saúde.
Era meio-dia e [...] quando o trem chegou.
a) alertas - bom - meia;
b) alertas - boa - meio;
c) alerta - bom - meio;
d) alerta - bom - meia;
e) alertas - bom - meio.
54(CESGRANRIO) Assinale a opção incorreta quanto à concordância nominal:
a) Colecionava jornais e revistas antigas.
b) Ao meio-dia e meia desceram para o almoço.
c) Tinha pelo computador sincero respeito e admiração.
d) Quaisquer que sejam as dificuldades, tudo será resolvido.
e) Ela mesmo se negara a conhece-lo melhor.
55(FUVEST) Aponte a opção cuja sequência preenche corretamente as lacunas deste período:
“Muito [...] , disse ela. Você procederam [...] , considerando meu ponto de vista e minha argumentação [...] .”
a) obrigado - certos - sensata;
b) obrigada - certo - sensatos;
c) obrigada - certos - sensata;
d) obrigada - certos - sensatos;
e) obrigado - certo - sensatos.
56(CESGRANRIO) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas:
I – Justiça entre os homens é [... ] .
II – É [...] a entrada da pessoas estranhas.
III – A água gelada sempre é [...] .
a) necessário - proibida - gostosa;
b) necessária - proibida - gostosa;
c) necessário - proibida - gostoso;
d) necessária - proibido - gostoso;
e) necessário - proibido - gostosa.
57(SSP-SP) Assinale a opção de concordância nominal indiscutível:
a) É um relógio que torna inesquecível todas as horas.
b) Elas mesmo providenciaram os atestados anexos.
c) Manifestaram dor e pesar profundos.
d) Enviaram anexo as procurações solicitadas.
e) As mulheres das áreas rural são discriminadas por todos.
58(TJ-SP) Considerando a concordância nominal, assinale a frase correta:
a) Ela mesmo confirmou a realização do encontro.
b) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra.
c) Ela ficou meia preocupada com a notícia.
d) Muito obrigada, querido, falou-me emocionada.
e) Anexos, remeto-lhes nossas últimas fotografias.
59(TJ-SP) Assinale a alternativa em que a concordância nominal não é adequada:
a) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçada.
b) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçados.
c) Obrigava sua corpulência a exercícios e evolução forçadas.
d) Obrigava sua corpulência a forçado exercício e evolução.
e) Obrigava sua corpulência a forçada evolução e exercício.
60(ESPM) Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:
a) Foi acusado de crime lesa-justiça.
b) As declarações devem seguir anexas ao processo.
c) Eram rapazes os mais elegantes possível.
d) É necessário cautela com os pseudolíderes.
e) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados.
QUESTÕES DE REGÊNCIA VERBAL
61(CESGRANRIO) “Leve-os para Cabo Frio, leve-os para Arembeque, aspire-os delicadamente nas montanhas
Correas.”
Assinale a alternativa em que o verbo aspirar tem o mesmo sentido do trecho:
a) Faz mal aspirar tanta poluição.
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b) Não aspire às rosas do jardim do vizinho.
c) Todos aspiramos aos prazeres da vida.
d) Os homens aspiram a belas contas bancárias.
e) Vale a pena se aspirar ao futuro.
62(F. Carlos Chagas) Assinale a alternativa que substitui corretamente as palavras destacadas:
1 – Assistimos a inauguração da piscina.
2 – O governo assiste os flagelados.
3 – Ele aspirava a uma posição de maior destaque.
4 – Ele aspirava o aroma das flores.
5 – O aluno obedece aos mestres.
a) lhe - os - a ela - a ele - lhes;
b) a ela - os - a ela - o - lhes;
c) a ela - os - a - a ele - os;
d) a ela - a eles - lhe - lhe - lhes;
e) lhe - a eles - a ela - o - lhes.
63(FUVEST)
I – Certifiquei-o [...] que uma pessoa muito querida aniversaria neste mês.
II – Lembre-se [...] que, baseada em caprichos, não obterá bons resultados.
III – Cientificaram-lhe [...] que aquela imagem refletia a alvura de seu mundo inteiro.
De acordo com a regência verbal, a preposição de cabe:
a) nos períodos I e II;
b) apenas no período II;
c) nos períodos I e III;
d) em nenhum dos três períodos;
e) nos três períodos.
64-
(F. Carlos Chagas-Adaptada) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas abaixo:
A enfermeira procede [...] exame no paciente.
O gerente visa [...] cheque do cliente.
A equipe visa [...] primeiro lugar no campeonato.
O conferencista aludiu [...] fato.
Não podendo lutar, preferiu morrer [...] viver.
a) ao - o - ao - ao - a;
b) ao - ao - o - a - do que;
c) ao - a - o - o - que;
d) o - a - ao - ao - à;
e) a - ao - o - ao - que.
65(CESGRANRIO) As sentenças abaixo, exceto uma, apresentam desvios relativos à regência verbal vigente na língua
culta. Assinale a que não apresenta esses desvios:
a) Vi e gostei muito do filme apresentado na Sessão de Gala de ontem.
b) Eu me proponho a dar uma nova chance, se for o caso.
c) Deve haver professores que preferem negociar do que trabalhar, devido os vencimentos serem irrisórios.
d) Com o empréstimo compulsório, não se pode dar luxo de ficar trocando de carro.
e) A importância que eu preciso é vultosa.
66(FUVEST) A chamada jornalística que apresenta um par de verbos com Regências incompatíveis é:
a) Exposição mostra como a moda interfere e molda a figura da mulher.
b) O MST foi criado e mantido num tempo de impunidade.
c) Israel ataca e invade o QG deArafat.
d) Estudo comprova que TV incita e amplifica atos de violência.
e) Tecnologia digital faz “E.T.” voltar e encantar com imagens inéditas.
67(FUVEST) Assinale a alternativa que preencha corretamente os espaços em branco da frase a seguir: “Posso informar
[...] senhores [...] ninguém, na reunião, ousou aludir [...] tão delicado assunto.”
a) aos - de que - o;
b) aos - de que - ao;
c) aos - que - à;
d) os - que - à;
e) os - de que - a.
68(MACK) Aponte a alternativa em que a Regência do Verbo pagar contraria a norma culta:
a) Aliviando-se de um verdadeiro pesadelo, o filho pagava ao pai a promessa feita no início do ano.
b) O empregado pagou-lhe as polias e tachas roídas pela ferrugem para amaciar-lhe a raiva.
c) Pagou-lhe a dívida, querendo oferecer-lhe uma espécie de consolo.
d) O alto preço dessa doença, paguei-o com as moedas de meu hábil esforço.
e) Paguei-o, com ouro, todo o prejuízo que sofrera com a destruição da seca.
69(CESGRANRIO) Assinale a alternativa correta quanto à Regência Verbal:
a) Prefiro esforçar-me hoje do que lamentar amanhã.
b) Não lhe procurei mais desde a última briga.
c) Chame os funcionários e pague-os os meses atrasados.
d) Ele aspira pouco progresso na carreira.
e) Venha assistir à palestra do diretor.
70(Prefeitura de Guarulhos) Assinale a opçãoem que ocorre erro de Regência:
a) Também já é possível assistir a alguns programas ao vivo.
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b) Prefiro aspirar a uma posição honesta a ficar aqui.
c) Custa-me muito entender as tuas evasivas.
d) Não os obedecemos, enquanto forem presunçosos.
e) Anseiam por novos amigos.
71(Prefeitura de Guarulhos) Assinale a alternativa correta, no que se refere à Regência de acordo com a norma culta:
a) Em Cubatão, aspira-se a um ar poluído.
b) Obancário visou ao cheque para que pudesse ser descontado.
c) Prefiro o carro branco do que o preto.
d) Eu me simpatizo com você.
e) A enfermeira assistia os doentes.
72(F. Carlos Chagas) Assinale a alternativa em que está incorreta a Regência Verbal:
a) Vimos convidá-lo para a solenidade de posse.
b) Pergunte se quer que o auxiliemos no estudo.
c) Vamos proceder a um profundo estudo sobre o tema.
d) Não o quero enganar, senhor, mas ele será condenado.
e) Não aprovo assistir a cenas de violência na televisão.
73(F. Carlos Chagas) Há erro de Regência em:
a) O garoto obedeceu aopedido do pai.
b) Todos preferem o certo do que o errado.
c) Estas são as verdades em que acredito.
d) O atleta aspirava ao primeiro lugar.
e) Alguém deveria assistir o rapaz ferido.
74(Nossa Caixa-SP) Leia as frases:
I – Este caso de homicídio é idêntico com o outro.
II – Prefiro este juiz àquele outro.
III – O advogado chamou ao réu.
IV – Assitimos ao julgamento com atenção.
Quanto à Regência Verbal, estão corretas apenas as frases:
a) I e III;
b) II e III;
d) II e IV;
e) III e IV.
c) I e IV;
75(Nossa Caixa-SP) Substitua na frase abaixo o verbo gostar por preferir e assinale a alternativa correta, de acordo
com a norma culta:
“Os jovens gostam mais do rock que do samba.”
a) Os jovens preferem mais do rock que do samba.
b) Os jovens preferem o rock ao samba.
c) Os jovens preferem muito mais rock que o samba.
d) Os jovens preferem o rock do que o samba.
e) Os jovens preferem amis o rock que o samba.
76(Prefeitura de Guarulhos) Assinale a alternativa em que está correta a Regência Verbal:
a) NossaCampanha visa sensibilizar aos pais sobre o problema das drogas.
b) Conhceces o edifício que resido?
c) Cientifique de que deverão prestar novas proivas.
d) A cidade a que iremos possui ótimos bares.
e) Avise de que sua documentação está disponível.
77(Prefeitura de guarulhos) Assinale a alternativa em que a Regência está incorreta:
a) Assiste em Brasília desde 1980.
b) Aquele espetáculo, assisti-lhe em pé.
c) Não assisti ao espetáculo circense.
d) O advogado assiste o clinte.
e) Vários advogados lhe assistem.
78(SSP-SP) Assinale a alternativa em que o verbo não admite opronome oblíquo lhe:
a) A TV Bandeirantes aspira ao poder da transmissão de novelas. (aspira-lhe)
b) Os pesquisadores da Intituição sucederam aos investigadores da comunicação de massa. (sucederma-lhe)
c) Muitas imagens televisivas serviram de escudo aos brasileiros.(serviram-lhe de escudo)
Esse tema de reflexão sobre a vigência da democracia coube amuitos cidadãos brasileiros. (coube-lhe)
e) n.d.a.
79(SSP-SP) Que frase não apresenta erro de Regência Verbal?
a) Avisei-lhe da hora da reunião.
b) Quando iremos na empresa?
c) Reclamava muito, mas ninguém o ajudava.
d) Proibo-lhe de sairsem autorização.
e) Lembrei de suas palavras.
80(MACK) Assinale a alternativa incorreta quanto à Regência Verbal:
a) Ele custará muito para me atender.
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b) Hei de querer-lhe como se fosse minha filha.
c) Em todos os recantos do sítio, as ciranças sentem-se felizes, porque aspiram o ar puro.
d) O presidente assite em Brasília há quatro anos.
e) Chamei-lhe de sábio, pois sempre soube decifrar os enigmas da vida.
QUESTÕES DE REGÊNCIA NOMINAL
81(CESGRANRIO) Que frase apresenta ERRO na regência nominal?
p) Ninguém está imune a influências.
q) Ela já está apta para dirigir.
r) Tinha muita consideração por seu país.
s) Ele revela muita inclinação com as artes.
t) Era suspeito de ter assaltado a loja.
82(F. Carlos Chagas-Adaptada) Marque o item sublinhado que apresenta ERRO gramatical ou de ortografia:
“Conforme a designação contida na (A) folha 377, comparecemos ao Órgão (B) para a execução dos trabalhos. Da análise
realizada, consoante (C) aos critérios (D), parâmetros e técnicas acima descritos (E), identificamos os pontos seguintes.”
a) A;
b) B;
c) C;
d) D;
e) E.
83(FUVEST) Assinale a alternativa que indica, dentre as orações abaixo, as com ERRO de regência nominal:
1- Sou avesso aos abusos de certas autoridades.
2- Ele é versado com arte de enganar os outros.
3- Sua mente é escassa de boas ideias.
4- Os inseticidas são nocivos às aves que se alimentam de sementes e insetos.
5- Esta função não é compatível de sua dignidade.
a) 1 - 2;
b) 3 - 4;
c) 2 - 5;
d) 3 - 5;
e) 2 - 3.
84(CESGRANRIO) Estão CORRETAS, de acordo com a Regência Nominal, as frases:
I – É necessário compreensão.
II – A compreensão é necessária.
III – Compreensão é necessário.
IV – Para quem a compreensão é necessário?
a) apenasem II, III e IV;
b) apenas em I, II e III;
c) apenas em I, III e IV;
d) apenas em II e IV;
e) apenas em I e III.
85(FUVEST) “Sua avidez
próximo.”
a) por - por - em - do;
d) para - para - de - pelo;
[...]
lucros,
[...]
riquezas, não era compatível
b) de - de - com - para o;
e) por - por - com - ao.
[...]
seus sentimentos de amor
[...]
c) de - de - por - para com o;
86(F. Carlos Chagas) Ocorre Regência Nominal INADEQUADA em:
a) Ela sempre foi insensível a elogios.
b) Estava sempre pronta a falar.
c) Sempre fui solícito com a moça.
d) Estava muito necessitado em carinho.
e) Era impotente contra tantas maldades.
87(IBGE-SP) Assinale a opção em que todos os adetivbos devem ser seguidos pela mesma preposição:
a) indigno \ odioso \ perito;
b) leal \ limpo \ oneroso;
c) oposto \ pálido \ sábio;
d) orgulhoso \ rico \ sedente; e) ávido \ bom \ inconsequente.
889CETESB-SP) No trecho “O projeto está propenso a críticas inquietantes”, trocando o adjetivo propenso por
imbuído, tem-se, segundo as regras de Regência Nominal:
a) O projeto está imbuído de críticas inquietantes.
b) O projeto está imbuído a críticas inquietantes.
c) O projeto está imbuído sobre críticas inquietantes.
d) O projeto está imbuído à críticas inquietantes.
e) O projeto está imbuído entre críticas inquietantes.
89Indique a alternativa incorreta quanto à Regência Nominal:
a) Acompanhado do técnico da seleção, o meio-campista entrou para atuar no amistoso.
b) O advogado viu-se forçado a pedir mais tempo para ressarcimento das dívidas de seu cliente.
c) O jornalista sequestrado sofreu torturas análogas com os atos e crimes do passado.
d) O gosto pela rotina justifica o cardápio falho na variação dos pratos nos restuarantes chineses.
e) n.d.a.
90(CESGRANRIO) Assinale a oração que apresenta Regência Nominal incorreta:
a) O tabagismo é prejudicial à saúde
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b) Estava inclinado em aceitar o convite.
c) Sempre foi muito intolerantecom o irmão.
d) É lamentável sentir desprezo por alguém.
e) Em referência ao assunto, prefiro nada dizer.
91(MACK-SP) Assinale a alternativa que apresenta um desvio no domínio da Regência Nominal:
a) Estava ansiosa para saber se podia gerar filhos.
b) Ela precisava domar os caprichos, dirigir suas forças para se sentir apta àquela situação conjugal.
c) Bernardo moera com alegria o punhado de milho no salão contíguo à fazenda.
d) Ávido de esperanças, abandonou seu abrigo e lancou-se entre os perseguidores.
e) Com o espírito ambicioso com verdades, aplacou a ira daquele momento.
92(FUVEST) “Apesar de muito sensível [...] censuras, ela não fez objeção [...] minha crítica.”
a) de - de;
b) por - para com;
c) com - para;
d) a - a;
e) às - de.
93(FUVEST) “Tinha aptidão [...] trabalho; era, porém, inclinado [...] farras.”
a) para o - à;
b) com o - as;
c) para o - a;
d) ao - as;
e) pelo - em.
94(F. Carlos Chagas) “Alguns demonstraram verdadeira aversão
suficiente [...] utilização do tempo [...] dispunham para o estudo.”
a) com - pela - de que;
b) por - com - que;
d) com - na - que;
e) a - na - de que.
[...]
exames, porque nunca se empenharam o
c) e - na - que;
95(CESGRANRIO) Assinale a frase com ERRO de grafia:
a) Ele saiu há muito tempo.
b) A festa seria dali a uma semana.
c) Daqui a alguns meses ele voltará.
d) De hoje há três dias, sairão os resultados.
e) O lugarejo ficava a minutos de carro.
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