GERAL
DOMINGO E SEGUNDA-FEIRA, 09 E 10 DE agosTo DE 2015
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Zé das Congas: um talento da Rua Nova para todo o mundo
Arquivo Pessoal
ACM/Secom PMFS
Em seu ateliê, Zé das Congas fabrica os instrumentos que vende para todo o mundo
Um dos sonhos de Zé foi realizado ao tocar com Carlinhos Brown
O
bairro da Rua Nova, em
Feira de Santana, é muito
conhecido pela sua musicalidade com a existência de
grandes artistas, que hoje tem
visibilidade a nível mundial. Um
bom exemplo disso é José Pereira
dos Santos ou simplesmente Zé
das Congas, ilustre morador da
Rua Itororó e dono de um talento
incrível não só de tocar, mas de
fabricar diversos instrumentos
de percussão conhecidos pelo
mundo a fora. Através da arte,
da reciclagem, ele repassa seus
conhecimentos para os mais de
200 “filhos adotivos”, seus alunos, que participam dos projetos
de cunho cultural e social.
Desde cedo, o garoto da Rua
Itororó despertou os sentidos
para a música e dança, tendo
Michael Jackson, como a sua
grande referência. “Eu achava o
máximo o break: a forma como
ele conseguia dançar e cantar
ao mesmo tempo. O imitava, por
onde passava e dentro de mim
já acalentava o sonho de mexer
com música, seja cantando, to-
cando ou dançando”, afirmou Zé
das Congas.
Sem condições financeiras
para comprar discos ou ainda um
aparelho toca-discos, desde cedo
Zé das Congas começou a fabricar seus próprios equipamentos
para estar inserido no universo
musical. “A primeira oportunidade que eu tive de fabricar alguma
coisa foi quando encontrei um
compacto do grupo ‘Menudos’,
em meio ao lixo. Daí tinha umas
coisas velhas como caixa de madeira, agulha, fios e montei uma
radiola. O primeiro som foi baixinho, mas deu para ouvir o disco”,
lembra.
O menino foi crescendo e na
inquietude da adolescência começou a futucar e tirar sons percussivos de vários instrumentos.
Num bairro considerado o “berço da arte feirense”, ele logo foi
descoberto e começaram a surgir
os primeiros convites para apresentações e então, começou a
ganhar uns trocados, mas como
o dinheiro era pouco, Zé das Congas ainda esbarrava em dificulda-
des. “Tinha vontade de comprar
instrumentos, mas o alto preço
era tipo uma ‘ducha de água fria’.
Mas não recuei e aí comecei a fabricar meus próprios instrumentos de percussão, reciclando um
monte de coisas que encontrava
no lixo”, conta.
No quintal de casa, Zé começou
então a fabricar congas, atabaques, berimbaus, cajons, kalimbas, paus-de-chuva, chocalhos,
timbales... Tudo feito de material
reciclável - árvores mortas, tampinhas de garrafas; alumínio, ferro, plásticos e chaves inservíveis.
“Paralelo a esta fabricação de
instrumentos, eu continuava me
apresentando com bandas, cantores ou individualmente e assim
o meu trabalho foi se projetando
a ponto de chegar a tocar com
músicos conhecidos em todo o
mundo”, observou Zé das Congas.
No hall dos famosos, Zé tocou
com nomes como: Xangai, Luiz
Caldas, além de todos os artistas
feirenses. Porém, o músico não
esconde que até hoje o grande
momento da sua vida foi propor-
Pai cria aplicativo para ajudar filha deficiente
NÃO PARA
Aos 40 anos, Zé das Congas
é atividade pura, porque além
manter a intensa fabricação de
instrumentos, em seu ateliê na
Rua Itororó, ele ainda faz apresentações em igrejas e escolas, sem
falar que coordena um projeto
que tem a participação de mais
de 200 crianças e adolescentes,
a partir dos 13 anos de idade.
“Não tenho tempo porque vivo
sempre cheio de encomendas, já
que, fabrico instrumentos para serem revendidos em lojas ou ainda
aqui em casa mesmo. Uma conga
ou mesmo um atabaque levo um
dia inteiro para fabricar. Tem 12
pessoas que trabalham comigo
diretamente, mas dependendo da
encomenda, posso chamar mais
gente para trabalhar”, afirma.
As aulas do curso geralmente ocorrem aos fins de semana,
quando garotos de vários bairros
da cidade se concentram na Rua
Itororó para as aulas de percussão.
Os meninos aprendem os ritmos,
a harmonia de vários instrumentos e para muitos acaba sendo a
porta de entrada para o mundo da
música. “Como sou muito conhecido, sempre sou muito procurado
para indicar alunos meus para estarem ingressando em bandas ou
fazendo trabalhos independentes.
Dou o melhor de mim a eles, mas
cobrou muito também: além da
dedicação nas aulas, eles precisam estar bem na escola, porque
o estudo é importante na vida de
qualquer pessoa”, salientou Zé das
Congas.
Mesmo tendo mais de 20 anos
de experiência, Zé das Congas disse que ainda sente aquele friozinho na barriga quando vai tocar.
“Não importa onde, nem quando
vou tocar. É algo que vai além do
normal, ou seja, toco com muito sentimento e dedicação. Por
isso, sinto esta coisa do iniciante e estou sempre em busca de
aprimorar cada vez mais meus
conhecimentos, pois, a música se renova a cada instante e
quem ama a música deve estar
sempre acompanhando a sua
evolução”, argumentou o músico
Zé das Congas.
Uso de mochila escolar pesada pode causar escoliose, alerta ortopedista
O ortopedista Hildemar Queiroz acredita que o uso constante
do celular também contribui para
problemas de tendinite
O uso da mochila escolar com
peso em excesso aliado à constante utilização do aparelho celular, são fatores que contribuem
para uma postura inadequada,
causando problemas de saúde
em alguns estudantes.
(Foto: Reprodução / TV Globo)
Um aplicativo criado por um
pernambucano está causando
uma revolução na vida de cerca
de dez mil pessoas. A tecnologia,
que ajuda pessoas com deficiência a se comunicarem, se chama
Livox e já foi traduzida para 25
idiomas. Nos países de língua
árabe, por exemplo, o aplicativo
deve ser lançado em dois meses.
A ideia também começa a chegar
nas escolas públicas do Recife,
em fase de testes.
De acordo com o analista de
sistemas Carlos Pereira, criador do aplicativo, a tecnologia
tem algoritmos inteligentes que
fazem o sistema se adaptar ao
usuário, a partir da deficiência
dele. “Não importa se a pessoa
tem deficiência motora, visual ou
cognitiva. Ele se ajusta a cada deficiência”, explica. Exemplo disso
é que dois terços dos usuários do
aplicativos são pessoas autistas.
Carlos criou o aplicativo para
ajudar a filha, Clara, que tem paralisia cerebral, a se comunicar.
O escolhido para os testes no
Recife foi o estudante Jhonatan,
de 18 anos. Ele tem paralisia cerebral e não é alfabetizado, mas
cionado há pouco tempo, quando
teve uma oportunidade de tocar
com Carlinhos Brown, na Micareta de Feira. “Por tudo o que ele
representa como músico e compositor, a sensação de ter dividido
as atenções com ele foi algo que
não tem palavras para descrever a
emoção. Este, sem dúvida, foi um
dos grandes sonhos que realizei
na vida”, declarou o artista.
A sua musicalidade também
chegou aos Estados Unidos e Europa, onde já teve oportunidade
de participar de apresentações e
diversos seminários sobre a cultura brasileira. “A minha participação nestes eventos é importante, porque através deles, busco
me reciclar aprendendo outras
culturas, conhecendo novos instrumentos e principalmente trocando experiências com outros
povos. Por exemplo, eu tive oportunidade de estar com africanos
e conhecer de perto a alegria
deles, sem falar na grande arte
que envolve a música e a dança
naquele continente”, disse Zé das
Congas.
Segundo o ortopedista Hildemar Queiroz, uma complicação
comum encontrada nos pacientes é a escoliose. “A postura inadequada é causada tanto pelo
uso da mochila quanto pelo uso
dos carrinhos com muito peso
de livros. Alguns estudos mostram que além de 30% do peso
da criança e do adolescente, já
vai causar algum dano à coluna.
E essa é uma fase em que a criança e o adolescente estão em crescimento. É a fase onde a coluna
não pode ter sobrecargas, principalmente causando má postura”.
De acordo com ele, crianças
que puxam o carrinho utilizando um lado do corpo ou as que
colocam mochila em apenas em
um dos lados podem vir a ter escoliose.
Contato com a natureza diminui chances de depressão
Carlos criou o Livox para ajudar a filha Clarinha a se comunicar
é louco por internet e tem habilidade com aplicativos no telefone.
Com o aplicativo, Jhonatan pode
se comunicar melhor e também
aumentar o aprendizado na escola. “As questões pedagógicas se
iniciam a partir da comunicação.
Se eu me faço compreender e
ajudo com que o meu aluno seja
compreendido, isso dá uma autonomia para ele, uma segurança
no aprendizado”, explica a professora Jeisy Oliveira.
Uma caminhada no parque
pode acalmar a mente e no processo, mudar o modo como ela
funciona, melhorando nossa saúde mental. É isso que afirma um
estudo recente sobre os efeitos
físicos que o contato com a natureza tem no cérebro.
Hoje, a maioria das pessoas
moram em centros urbanos e
passam muito menos tempo em
espaços verdes e naturais do que
as gerações passadas. Moradores
das cidades têm riscos maiores
de sofrer de ansiedade, depressão e outras doenças mentais do
que aqueles que vivem longe do
espaço urbano,
Esses fatores parecem ligados
de alguma maneira, de acordo
com um conjunto cada vez maior
de pesquisas. Vários estudos descobriram que quem mora nas cidades, com pouco acesso à áreas
verdes, tem incidência mais alta
de problemas psicológicos do
que as pessoas que vivem perto
de parques. Além disso, os moradores urbanos que frequentam
ambientes naturais têm níveis
menores de hormônio do estresse, logo depois da visita, do que
aqueles não veem áreas verdes
há algum tempo.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CURACÁ
CNPJ N: 13.915.640/0001-73
AVISO DE LICITAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Nº 051/2015
Pregão Presencial PP051/2015 - Objeto: Contratação de empresa especializada para aquisição de
combustível e derivados para atender diversas secretarias, deste município. Data: 20 de Agosto de
2015, às 09:00 horas. Informações e aquisição dos editais na sede da prefeitura de 2ª a 6ª das 08:00 às
13:00hrs, à Praça Bom Jesus da Boa Morte, nº 311, Centro, Curaçá-BA. Curaçá 06 de Agosto de 2015.
Iria Torres Silva - Pregoeira/Presidente.
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